F125cc Aventura 2

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F125cc Aventura JOÃO RIBEIRO - AJP “THE TOUGH ONEMILA AHOLA & MARCO SIMONCELLI GLYMPSE Edição nº 2 Mar/ABR 2012 Bimestral ESKIMÓS 2012 DAKAR, A MAIS LOUCA TRAVESSIA F125CC NO MUNDO

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2ª edição da revista oficial do F125cc (Fórum 125) publicação on-line

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F125ccA v e n t u r a

João RibeiRo - AJP“The Tough one”

MilA AholA & MARco SiMoncelli

glyMPSeEdição nº 2Mar/ABR 2012Bimestral

eSkiMóS 2012

DAkAR,A MAiS loucA TRAveSSiAF125cc no MunDo

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Revista Oficial dO f125cc

Ficha Técnica

Propriedade: F125cc

Autoria & Design: Carla Pinto

Periodicidade: Bimestral

Contacto: [email protected]

Copyright 2012, este documento é propriedade do F125cc, podendo ser livremente reproduzido desde que devidamente recenssados os respectivos meios de comunicação.

A F125cc Aventura reserva-se o direito de não publicar anúncios ou textos que não se enquandrem nos nossos ideiais.

Março 2012capa, Daelim Roadwin 125 R de Vitor Simões aka Vinnys

http://www.facebook.com/forum125

http://www.youtube.com/user/ForumMoto125cc

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Editorial

Aqui estamos com o número 2 da F125cc Aventura, nesta edição temos Aventuras de doisnossos amigos do F125cc assim como um passeio em grupo.

Neste espirito de aventura te-mos uma entrevista com mais um conceituado piloto Portu-guês e a marca que ele repre-senta numa modalidade que é uma aventura em si só.

Sem contarmos com ela fomos presenteados com o Imposto de Selo, não se esqueçam de opagar pois as multas são eleva-das, podem consultar a tabela nesta edição.

Espero que gostem deste núme-ro como do primeiro.

Bem haja a todos

125 Saudações,Marco MachadoAdmn F125cc

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Índice

editORial .........................................3

NOvidade 2012 ..................................5

eveNtOs f125ccRumo à ExpoMoto ....................................6

eNtRevistaAJP & João Ribeiro “The Tough One” ................12

Guia dO viajaNte ................................19

dia-a-dia Na estRadaAlerta Vaga de Frio ...............................21

a “lei das 125cc” e a tabela de iuc ....23

O f125cc em PORtuGal e NO muNdO ............24

aveNtuRas a 125Eskimós 2012 ......................................27

dakaR, a mais lOuca tRavessia ................34

cOmPaNheiROs de estRadaMotos & Destinos ..................................36

cORôa de camPeões ..............................38

GlymPse ..........................................40

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Novidade 2012

Yamaha Xenter 125cc

A Yamaha Xenter 125 foi de-senhada e produzida a pensar no progresso suave e rápido pelas ruas movimentadas das cidades, mas sempre com total conforto.

Um motor sofisticado com tec-nologia anti-vibração permite um novo tipo de estrutura de montagem. Combinado com a suspensão monocross usada ta,mbém na Yamaha TMAX, proporciona um passeio excep-cionalmente suave sobre ruas esburacadas, estradas pavimen-tadas, ou troços em que am-bos se apresentem em conjunto.

Vai bastar um passeio para ver como a Xenter 125 tor-na mais fácil a vida urbana.

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Chegada uma das datas mais importantes do calendário Motociclista Português, o F125cc preparou-se mais uma vez para a romaria anual à Ex-poMoto na cidade da Batalha.

Este ano, a pedido de vári-as famílias, resolvemos or-ganizar uma ida em dois dias, uma vez que por razões fami-liares e de trabalho tinhamos companheiros que preferiam ir no Sábado (4 de Fevereiro) e outros no Domingo (5 de Fevereiro). Além disso no Sábado apreciamos também da companhia dos “cama-rigueiros” do CMN (Clube Maxiscooters do Norte).

O CMN nasceu em Agosto de 2010 e, segundo os seus admnistradores, foi cria-do, primeiro por não exis-tir nenhum Fórum/ Clube de Scooters e Maxiscoo-ters no Norte do País e de-pois, por haver necessidade de ter um espaço próprio onde os seus membros po-dessem elaborar eventos e partilha de informação. Têm ainda o convívio semanal entre membros aos sába-dos á tarde no Cais de Gaia.

Os objectivos do CMN são em muito similares aos do F125cc, daí existir esta irman-dade entre clubes/fóruns desde o ínicio do F125cc em Agosto de 2009.

Eventos F125cc

Rumo à ...

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foto de Veiga

foto de Nuno Festa

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Domingo, dia 5 de Fevereiro lá nos preparámos para seguir a romaria à Batalha. A viagem fez-se com algum ar frio, mas felizmente também com muito Sol. Viagem feita nas calmas e sem stress-es, chegámos mesmo à hora do almoço onde nos encontrámos com a caravana de Lisboa.

Os pitéus do almoço foram preparados pelo companheiro Ed.Mateus, pela Sandra (esposa), Helder e Filipe e quando chegámos ao parque de merenda já cheirava a febras assadas e a caldo verde juntamente com o ar do mar mes-mo do outro lado da estrada... Que maravilha! Nem foi preciso abrir apetite porque já vinha connosco, e em grande quantidade.

E como é que pode descrever um pitéu? Um caldo verde quentinho, umas febras acaba-das de assar... umas azeitonas com alho (ai as azeitonas !!!!), e para finalizar um Bolo de bolacha caseiro de comer a tarde toda.... Um dia destes abrimos um restaurante e o Ed.Mateus fica de serviço aos tachos!!

Muito agradecemos a disponibilidade do camarigueiro Ed, Sandra e famí-lia pela fantástica recepção e almoço.Ambos pretendememos acima de tudo pro-mover o Mototurismo organizando vários passeios em grupo (de preferência low-cost).

O cheirinho a mar que se fez sentir durante o almoço vinha daqui.foto de Ed.Mateus

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Com o estômago já bem forrado seguimos en-tão rumo à ExpoMoto na Batalha.

Podemos dizer que apesar de haver muitas máquinas bonitas em exposição, o facto é que havia pouco para se ver no que respei-ta às 125cc.

Esperemos que melhores dias venham para esta cilindrada no que respeita a exposições. Aliás foi este o desejo geral que se fez sentir entre o público pre-sente.

Ficam algumas imagens das “pequenas” mais vis-tosas que encontrámos nesta edição de 2012 da ExpoMoto.

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Em 1987 António e Jorge Pinto fundam a AJP, cujo nome porta as iniciais dos seus nomes. Nesse mesmo ano apresentam a sua primeira criação, a ARIANA 125cc (batizada com o nome da filha de António Pinto nascida também em 87), equipada com um motor dois tempos Casal, levando o nome da filha de António Pinto que nasceu no mesmo ano. Em 1991, a AJP estabeleceu uma parceria com a Petrogal, hoje em dia conhecida como Galp Energia, cujo resultado mais importante foi o desenvolvimento da AJP Galp 50. Durante esta parceria foi desenvolvida também uma vasta gama de óleos sintéticos para motores de 2 tempos e testes as gasolinas aditivadas sem chumbo.

De 1991 a 2000, AJP participou no Campeonato Nacional de Enduro, ganhando cinco títulos consecutivos de 1996 a 2000. A AJP também participou dos Campeonatos Nacionais de todo-terreno, com vitórias em 1996, 1997 e 1999.

O ano de 2001 representou um enorme ponto de viragem para a empresa: o lançamento da motocicleta AJP PR4 125, com um motor de 4 tempos. Este modelo marca o início da atividade de exportação da AJP, com as primeiras unidades a serem enviadas para vários países europeus como a França, Alemanha e Inglaterra.

Em 2003, a AJP mudou-se para uma nova fábrica em Lousada e em 2004 apresentou uma nova versão da PR4 com um motor 200cc de 4 tempos. Este modelo, com os mesmos componentes como o 125, oferecia um motor mais potente, potência esta que projectou a AJP para a Espanha, Polónia, Itália e Grécia.

A AJP PR3 200 MX é lançada, em 2007 e apresenta um novo conceito de quadro desenvolvidos pela fábrica, com longarinas de alumínio duplo. Pesando apenas 89 kg, a PR3 é a moto de enduro de 200 cc quatro tempos mais leve do mundo.

Logo de seguida, a AJP apresenta também a versão PRO deste modelo.

No final de 2008, com a homologação da série PR3, como motores 125cc e 200cc, a AJP assite a mais uma subida das suas vendas e em 2009, encontra um novo parceiro para este prohecto a AICEP Capital Global, cuja participação dotou a empresa dos meios necessários para o desenvolvimento do seu plano de expansão. Seguindo-se como é claro, no final de 2009, a apresentação do mais ambicioso projecto da AJP (até à data): a série PR5.

Homologada para o mercado Europeu desde o seu lançamento, o motor 250cc que equipa a PR5 está dotado de um sistema de injecção electrónica de combustível, sendo a PR5 o resultado de toda a tecnologia desenvolvida pela AJP ao longo dos anos. Este novo produto resultado de estudo e tecnologia recebe os mais rasgados elogios a nível Internacional, e abre mais uma vez novos mercados para a AJP, incluindo o Japão e o Brasil.

Um enorme esforço conjunto entre qualidade, inovação e perseverança, fizeram com que 25 anos depois, em 2012, a F125cc Aventura tenha o prazer de apresentar as mais recentes evidências de que esta grande marca Portuguesa não pára de jogar trunfos à conquista dos mercados e reconhecimento Internacionais, como é prova a recente participação (Janeiro 2012) no “The Tough One” no Reino Unido.

Uma fantástica prova de Enduro que testa a fundo máquinas e pilotos. “A coragem recompensa todos os que com ela viajam. “

Entrevista

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O “The Tough One”, no Reino Unido, abriu a temporada de Enduro Extreme de 2012. Esta prova conta para o novo campeonato de Extreme Enduro, denominado “Kings of Enduro Extreme” (KoEE), que terá um total de 7 provas. Deste calendário, constam também as maiores e mais importantes provas da especialidade, como é o caso do Erzberg, Hell´s Gate, Red Bull Romaniacs, e também a prova portuguesa Extreme Lagares 2012., que mais uma vez põe Portugal no radar dos desportos radicais.

A dupla Portuguesa (AJP/João Ribeiro) mostrou no “The Tough One”, este passado mês de Janeiro, que o sangue Lusitano não brinca em serviço e trouxe para casa um fantástico 9º lugar, numa das provas mais duras do Enduro Extreme.

João Ribeiro, de 29 anos, natural de Baltar representou Portugal aos comandos de uma AJP 250 e colocou-se, nesta prova, entre os 10 melhores do mundo.

É com enorme orgulho que partilhamos, de certo modo, estas grandes vitórias da AJP e do João Ribeiro convosco, e agradecemos desde já, a atenção e disponibilidade prestadas pela AJP e pelo João para com a “F125cc Aventura”.

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O que faz um miúdo de 6 anos querer praticar motociclismo? Quem ou qual foi a inspiração?

Antes de mais o meu muito obrigado pela entrevista porque é sem duvida o reconhecimento do trabalho que tenho vindo a fazer. Ainda mais, visto o conhecimento que têm de toda a minha carreira desde que comecei ainda em criança.

A inspiração deve-se principalmente ao meu pai, que não altura tinha acabado a carreira de piloto motocross devido a lesão. Tinha motos na garagem, taças por toda a casa. Acho que “nasci no meio da gasolina”. Então assim que consegui andar pela primeira vez de moto até ao dia de hoje nunca mais consegui parar, as motos já fazem parte da minha vida.

Pelo que temos entendido, a Malaguti Grizzly 50 é uma mota da eleição para os principiantes mais novos? Quem tem esta mota de tão especial?

Sinceramente não sei que tem esta moto de tão especial, mas já conheci bastantes pilotos que esta foi também a sua primeira moto. Deve ser porque na altura existiam poucas do género e era mais fácil para aprender, visto ser pequena e de Motocross.

Ainda tem a Malaguti Grizzly 50 com que começou?

Sim ainda tenho a moto, e em breve vou a restaurar, e acho que o destino será a minha sala de estar. Uma vez que a minha carreira ficará para sempre ligada a esta pequena e bonita moto que nunca mais esquecerei.

Para os menos conhecedores quais são as diferenças base entre Trial, EnduroCross e Extreme?

Existe uma enorme diferença a começar logo pelas motos. A nível de modalidade em si, EnduroCross é feito em circuito fechado e tem que se ser rápido e técnico. Já Extreme é um pouco de regularidade mas o ponto-chave é mesmo a força e forma física. Já que as provas são feitas em montes e muitas das vezes as provas tem mais de 5 horas sem parar. Já o trial é um desporto de técnica, impulsão e muito equilíbrio, mas com muito menos adrenalina, sem dúvida alguma no meu ponto de vista o mais difícil de todos.

Se pudesse escolher um campeonato ou competição para ser o 1º Classificado, qual seria? E porquê?

- Vencer Erzberg Rodeo… É uma prova desde que existe, acompanho. Acho que é uma loucura, aliada a dificuldade e espirito de luta. Seria o maior sonho realizado.

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fotos apresentadas cedidas pela,

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No que consiste o treino pré-época para um desportista deste nível? E durante a época de competição quais são os cuidados a ter?

- Não sendo eu um piloto profissional, o meu cuidado, é muito em função a minha vida laboral. Mas tento ter o máximo de cuidado tanto com a alimentação assim como todo treino físico. O treino que fiz nesta pré-época foi bastante delicado e bastante desgastante. Porque começar a época com uma corrida como o “the tough one” não é sempre. Agora os cuidados com o decorrer da época serão os normais. Atletismo, bicicleta, jogar futebol e claro treino de moto. Diariamente tenho algum exercício e sempre depois do trabalho.

Este 9º lugar no “The Tough One” era esperado? Está aquém ou além das expectativas que tinha?

- Não posso dizer que seria esperado visto os pilotos que começaram a corrida. Mas como já respondi anteriormente este tipo de corridas são principalmente de regularidade e aí acho que estive muito bem. Mas contudo sei que o meu lugar poderia ter sido ainda melhor, uma vez que os primeiros 30 minutos, tive um problema por causa do frio e não conseguia andar como deveria ser normal. Mas em geral e sendo a minha primeira corrida em condições de este género posso considerar um verdadeiro sucesso.

Está neste momento entre os 10 melhores do mundo. O facto de chegar a esta classificação numa mota 100 % Portuguesa tem um gosto especial?

- Sem qualquer dúvida que o gosto não é apenas especial, é um gosto único! Poder chegar a estes resultados com uma moto PORTUGUESA é algo que nunca pensei, mas assim que comecei a andar com a moto soube desde início que iria ser especial.

“João Ribeiro, piloto Português, vence o Extreme Lagares 2012 ao comando de AJP”? Podemos contar com esta notícia?

-Treino sempre com o objectivo de vencer onde estiver presente. É claro que vencer a extreme Lagares seria muito bom, mas todos os anos esta corrida tem os melhores pilotos do mundo, pelo que será muito difícil. Mas a promessa fica feita e claro que será de AJP.

de Carla Pinto aka Cpinto, Coimbra

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* PORTO * PENAFIEL *

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Todos nós com menores ou maiores motas, todos os dias pensamos em fazer uma viagem, com a nossa menina. Seja esta uma viagem de uma semana, um mês ou simplesmente uma viagem de fim-de-semana.

Este guia é indicado precisamente para viagens de fim-de-semana, contudo não quer dizer que não sirva de base para outras viagens. No entanto, vamos focar-nos nas viagens de fim-de-semana mas curtas, que no máximo se faz 400Km entre ponto A e B.

O primeiro passo é algo tão simples como escolher o local, sim pode parecer ridículo, mas na verdade não o é, pois como é óbvio é totalmente diferente o clima do Minho para o do Algarve.

Uma vez escolhido o local para onde se irá de viagem, vale a pena traçar o trajecto, que se vai percorrer, isto evita que se vá às cegas, para locais desconhecidos, nos quais nos podemos perder. Como tal devem usar sites como o Google maps, para que possam delinear o trajecto virtualmente, o que dá uma imagem melhor do percurso e por vezes ajuda a visualizar estradas em mau estado etc… Aconselho, também a fazerem o mesmo no fiel mapa de papel. (Ahh e tal mas para quê se tenho o ultimo Gps da TomTom na mota). Isso é muito bom, até chegar a uma altura em que por azar ele se estraga ou não está a carregar e a bateria fica a zeros, como tal devemos sempre ter o velhinho mapa, para evitar estas situações. Já para não falar que para pedir indicações o mapa é bem melhor que andar com o Gps atrás. (Na viagem de Natal a Coimbra o meu mapa safou bem a viagem devido ao Gps do Carlos não ser à prova dos elementos).

Agora que temos o trajecto delineado, devemos pensar em coisas simples, como o alojamento, o ideal seria um Hotel de 5 estrelas, contudo o dinheiro em tempos de crise não ajuda e pode-se levar tenda, as melhores são as tendas Canadianas e não as típicas tendas Iglo, porque o iglo é redondo e faz muita força contra o vento o que não ajuda a conduzir de forma segura.

Contudo vamos supor que se irá passar um fim-de-semana diferente, mas acabando por ficar num Hotel ou Pousada barata.

Existem vários itens obrigatórios para se levar com a mota, um kit de ferramentas com as chaves mais usadas, tanto chaves de bocas como um pequeno roquete. A verdade é que muitas motas possuem muita tecnologia por trás e por vezes a reparação é um pouco difícil, pelo que um bom sistema

Guia do Viajante

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de assistência em viagem é muito importante. Quanto à bagagem, não se deve levar muita roupa, apenas o necessário, se for no Verão, que é das melhores

alturas para viajar, basta umas calças de ganga, chinelos, uns calções de banho, uma t-shirt e um polo, e claro roupa interior para mudar todos os dias. Depois a escova de dentes e a pasta, juntamente com um frasco de champô se possível pequeno. Por via das dúvidas deve-se sempre levar um rolo de papel higiénico, pois no meio de uma estrada deserta ou mesmo na Auto-estrada podemos ter um problema intestinal grave.

Esta é a bagagem essencial para a viagem, contudo eu gosto de adicionar sempre uma garrafa de água e uma barra energética para o caso de ter uma avaria e ficar algum tempo à espera do Pronto-socorro. Nunca esquecer que no caso de se levar pendura se deve aumentar a quantidade de alimentos e água. Por ultimo algo opcional, mas que se pode revelar muito importante é uma manta grossa, pois se tivermos uma avaria ao cair da noite, podemos estar horas à espera de ajuda passando frio, pelo que a manta pode ajudar e muito.

Todas as motas ou quase todas têm hipótese de se colocar malas adicionais, alforges, baús, top-cases e até malas de depósito. Claro que quanto mais coisas a nossa mota puder levar melhor, daí que os “ferros” e as “tourer” sejam tão competentes neste tipo de viagem.

Toda a nossa bagagem deve ser acondicionada o melhor possível nas malas, para que ocupem o mínimo de espaço possível, e tenhamos de levar menos acessórios de bagagem presos à mota, pois quanto mais malas se leva na mota, mais instabilidade se cria. Deve-se levar ainda uma “aranha” para o caso de se ter algum problema com uma das malas poder prende-la.

Se for com pendura nunca esquecer que o comportamento da mota muda radicalmente e que tanto a travar como curvar se torna mais complicado, por isso temos de ir com o dobro da atenção e evitar conversas desnecessárias com o pendura, e se der optar pelo uso de intercomunicadores.

À ainda que garantir que nos mantemos hidratados, e ter sempre certeza que o deposito da gasolina nos chega até à próxima bomba, por isso, não custa nada perguntar sempre que atestamos a quantos Km fica próxima bomba de gasolina.

Se poder viajar com mais motas, avance com a ideia, pois é muito mais saudável a companhia e todos se podem ajudar, contudo nunca esquecer que o grupo não deve ser maior que quatro motas, pois mais que isso, ajuda a que facilmente haja atrasos e acidentes. Contudo Viajar em grupo é uma modalidade mais segura do que viajar sozinho e muito aconselhável a quem ainda está verde nestas andanças.

Antes da partida deve ainda regular a pressão dos pneus tal como o óleo do motor. Isso ajuda a evitar acidentes e avarias. Deve-se levar sempre um capacete modular ou integral, blusão, botas e se possível calças de viagem, sem nunca esquecer o fato de chuva, pois a meteorologia pode pregar uma partida.

Deve-se ainda evitar o uso de mochilas às costas durante a viagem de mota, pois uma simples pequena queda, pode-se agravar e muito se a mala nos afectar a coluna.

Espero que tenham gostado do guia, e aceitam-se sugestões para o mesmo ficar mais completo.

Ride Safe.

de Frederico Seco aka FSeco, Lisboa

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INEM alerta para cuidados a ter com a vaga de frio

Quando a temperatura desce significativamente abaixo do normal, é importante que se mantenha quente e seguro. O Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) alerta para quais os principais proble-mas relacionados com o frio e como atuar. Crianças e idosos são gru-pos particularmente vulneráveis mas qualquer um pode ser afetado.

Embora permanecer em casa o maior tempo possível ajude a reduzir o risco de acidente de automóvel e quedas, poderá também enfrentar riscos domésticos. Muitas casas estarão muito frias quer devido à falta de ener-gia quer pelo sistema de aquecimento não ser adequado à temperatura.

Quando somos forçados a utilizar aquecedores e lareiras para nos man-termos quentes o risco de incêndio aumenta bem como o de intoxicação por monóxido de carbono. A exposição a baixas temperaturas, no in-terior e no exterior, podem causar riscos sérios ou letais para a saúde.

EMERGÊNCIAS MÉDICAS RELACIONADAS COM O FRIO

HIPOTERMIA

Quando exposto a baixas temperaturas, o corpo perde calor mais depressa do que o que consegue produzir. O resultado é hipotermia (temperatura corporal excessivamente baixa), que afeta o cérebro fazendo com que a vítima não pense claramente nem se mova com a facilidade habitual. Isto torna a hipotermia particularmente perigosa pois a pessoa poderá não se aperceber da sua situação e assim não fazer nada para corrigir a situação.

A hipotermia é mais frequente quando a temperatura ambiente é muito baixa mas poderá acontecer com temperaturas superiores se uma pessoa arrefecer com a chuva, suor ou submersa em água fria.

São geralmente vítimas de hipotermia:

1) Idosos com fraca alimentação, roupa ou aquecimento;

2) Bebés que dormem em quartos frios;

3) Pessoas que permanecem por períodos prolongados no exterior, sem abrigo, montanhistas, caçadores etc.;

4) Consumidores de álcool ou drogas.

Sinais de aviso

Adultos:

- Tremores, exaustão;

- Confusão, mãos inquietas;

- Perda de memória, fala “lenta”/baralhada/ confusa;

- Sonolência

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Crianças

- Pele muito vermelha e fria;

- Apatia.

O QUE FAZER?

Se notar alguns destes sinais procure ajuda médica. Em caso de emergência ligue 112. Aqueça a pessoa da seguinte forma:

- Coloque a vítima num quarto quente ou num abrigo;

- Se a vítima estiver com a roupa molhada retire-a;

- Aqueça a parte central do corpo primeiro utilizando um cobertor

- Bebidas quentes podem ajudar no aumento da temperatura corporal mas não ofereça bebidas alcoólicas. Não tente dar de beber a uma pessoa inconsciente;

- Após a temperatura do corpo ter subido mantenha a pessoa seca e quente enrolada num cobertor incluindo cabeça e pescoço;

QUEIMADURAS PELO FRIO

Queimaduras pelo frio são lesões causadas por congelação, que condicionam perda de sensibilidade e de cor nas zonas afetadas. Estas queimaduras atingem mais frequentemente o nariz, orelhas, bochechas, queixo, dedos das mãos e dos pés. O risco de queimaduras aumenta nas pessoas com insuficiência vascular e em pessoas vestidas desadequadamente para temperaturas frias.

COMO RECONHECER QUEIMADURAS PELO FRIO?

Ao primeiro sinal de vermelhidão ou dor em qualquer zona da pele, saia do frio e proteja a pele exposta – as queimaduras poderão estar a começar.

Qualquer dos seguintes sinais poderão indicar queimaduras:

- Área da pele branca ou acinzentada;

- Pele invulgarmente firme ou cerosa;

- Formigueiro;

A vítima muitas vezes não tem consciência das queimaduras porque os tecidos congelados estão adormecidos.

O QUE FAZER?

Se detetar sinais de queimaduras procure ajuda médica. Uma vez que tanto as queimaduras e a hipotermia resultam da exposição ao frio, primeiro determine se a vítima mostra sinais de hipotermia, como descrito anteriormente. A hipotermia é uma situação mais séria e requer ajuda médica.

Se existirem queimaduras sem sinais de hipotermia e não existir auxílio médico imediato, proceda da seguinte forma:

- Vá para um quarto quente logo que possível;

- Só em caso de necessidade absoluta ande com pés ou dedos queimados

- Submerja a área afetada em água morna – não quente (a temperatura deverá ser confortável ao toque nas áreas do corpo não afetadas);

- Ou, aqueça a área afetada com calor corporal

- Não esfregue a área queimada com neve ou sequer a massaje, pois pode causar mais danos;

- Não use compressas aquecedoras, lâmpadas quentes ou o calor de um fogão, lareira ou radiador para aquecer uma vez que as áreas afetadas estão dormentes e poderão queimar facilmente.

Estes procedimentos não substituem os cuidados médicos apropriados. A hipotermia é uma emergência médica e as queimaduras devem ser avaliadas por pessoal de saúde.

Em caso de emergência médica ligue 112.

O INEM é o organismo do Ministério da Saúde responsável por coordenar o funcionamento, no território de Portugal Continental, de um Sistema Integrado de Emergência Médica, de forma a garantir aos sinistrados ou vítimas de doença súbita a pronta e correta prestação de cuidados de saúde.

A prestação de socorros no local da ocorrência, o transporte assistido das vítimas para o hospital adequado e a articulação entre os vários intervenientes do Sistema, são as principais tarefas do INEM. Através do número europeu de emergência – 112, este Instituto dispõe de múltiplos meios para responder a situações de emergência médica.

Informação do INEM, enviada por Carlos Barros, Aveiro

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A “Lei das 125cc” e a Tabela de IUC

A 13 de Agosto de 2009 deu entrada em vigor a nova lei (Lei 78/2009 de 13 de Agosto), transposição da Directiva Comunitária 91/439/CE, que permite que os condutores de automóveis ligeiros fiquem habilitados à condução de motociclos da categoria A-1, isto é de cilindrada não superior a 125cc e potência limitada a 15 cavalos.Os menores de 25 anos, portadores de carta da categoria B (veículos ligeiros) mas que não tenham licença para a condução de ciclomotores terão de efectuar uma prova específica, a regulamentar por portaria.

E claro está, pode ter demorado algum tempo, mas cá está a tabela IUC de 2012 onde as 125cc já estão incluídas, e que funcionará à semelhança dos veículos automóveis conforme o mês de matrícula. Apresentamos aos nosso leitores, a tabela de IUC Completa para que possam comparar valores entre veículos.

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O F125cc em Portugal e no Mundo

Carlos Castanha em plena estação “espacial” de trabalho

A ideia de termos um mapa para podermos ver de onde os nossos “125quistas” vão chegando partiu do nosso moderador Carlos, que o tem vindo a desenvolver, juntamente com o Mapa de Eventos do F125cc, e a actualizar indicações e opções de visualização.

Com o crescimento do F125cc a verdade é que quase não há espaço em Portugal Continental para tantas bandeirolas!

Mas com muita vontade, cabe sempre mais um e ainda temos muito terreno para explorar… Pelo que serão todos bem-vindos a juntarem-se a nós!

Juntamente com o mapa de membros, podem também ver por onde andamos no nosso mapa de Eventos do F125cc

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Para visualizar os mapas basta aceder aoF125cc.com

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http://www.wix.com/forum125cc/f125ccstore

Mais informações acerca deste evento do próximo dia 18 de Março no F125cc.com ou Clubemaxiscootersdonorte.com

Há Sol, estrada para rodar e boa companhia. Venham daí !

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Aventuras a 125Que as 125cc vão a todo lado e fazem tudo o que as outras “2 rodas” fazem, já nós que as adoramos, sabemos. E o quanto mais barato sai passear com elas, também... Mas para quem ainda tiver dúvidas sobre estas máquina de trabalho e lazer então aqui fica o relato Invernil do nosso companheiro Balasteiro que levou a sua Honda Varadero 125cc de nome “A Conquistadora” à Aventura “Eskimós 2012”. E pelo que ouvimos, parece que já à vontade para repetir em 2013.

A minha aventura começou bastante cedo, pois já tinha combinado com o amigo Mosh, companheiro das duas rodas, para irmos aos Pinguins 2012, mas

por razões profissionais não pude ir, por isso mesmo comecei logo a pensar nos Eskimós 2012.

Para os Eskimós 2012, comecei a tentar ter companhia para fazer a viagem, pois os 370km, para fazer sozinho eram bastantes arriscados, temperaturas negativas possibilidades de gelo na estrada, era bastante arrisacdo para efectuar sozinho. Foi então que me lembrei, efectuei uma busca no google, e viva encontrei o Clube XT de Portugal. Lá começaram os contactos, através do site, sempre receptivos e sempre prontos ajudar tudo 5*****, hora combinada e dia de prtida combinada, dia 10 de Fevereiro ás 08:00 em Alcochete nas bombas da Galp.

Claro que na noite anterior nem dormi pois era a tremenda ansiedade de arrancar, via as horas a passar e lá chegou as 06:00 para levantar, puxa estava a ver que não. Mota carregada, que nem uma mula coitada, e lá fui eu direito a Alcochete, fui claro o primeiro a chegar, eram 7 e meia já lá estava, chegou logo a seguir o Edgar, http://vadiodaxt.blogspot.com/2011/02/eskimos-2011.html uma pessoa muito porreira, e claro com a mota com metade da carga da minha, já batido nestas lides, eu tenrinho e de 125 carregada até mais não, até mini portátil levei ...é mesmo .

Depois de todos termos chegado lá arrancarmos,ma uma velocidade cruzeiro entre os 90 kmh e os 110 kmh, eu sempre o 2º do pelotão, para não ficar para trás, lá ia a seguir o Edgar. Passados os primeiros 50 km, lá tivemos que para pois o pessoal ia cheio de frio, e de facto estava, e já não sentiam os pés as mãos nada, e claro o amigo Balasteiro, mesmo sem luvas lá ia com as maõs quentinhas e pronto para efectuar os 370 km, fartei me de gozar com eles, pois levava as mãos e tudo o mais bastante quentinho.

Depois das primeiras fotos lá arrancamos, e depois de termos feitos os primeiros 100 km parámos para beber qualquer coisa quente, e para descansar um pouco, pois estava a começar a vir a serra e tinhamos de estar preparados para o frio. Lá seguimos então viagem, o Balasteiro, sempre quente, e pronto para mais km. Eles sempre pergutarem se estava tudo bem e se a velocidade estava adequada ao meu ritmo, ao qual eu respondi ‘’ venham mais km”. mais gasolina?... já não sou capaz de meter mais gasolina.

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Altura de reabastecer as montadas, e eu com um pouco de receio, lá fui atestar, meti 9 euros e qualquer coisa e eles pimba 20 uns outros 25 e por aí a diante, eles pergutaram-me então a tua Vara não leva mais gasolina?... já não sou capaz de meter mais gasolina ehehehehh

Começa então a subida da serra, e começam as dificuldades típicas para uma 125, carregada até á boca, noite escura, já tinha caído a noite e o frio da Serra começa-se sentir, menos nas mãos, mas de resto o frio era muito cerca de 5 graus negativos, entrava por todo o lado, era muito desgradavel conduzir a mota nestas condições.

Passados uns km na serra, a primeira queda, sem grande gravidade, mas foi assustador pois, era noite serrada e muito frio, e os reflexos começam a diminuir e com o frio que estava pior ainda, nada de grave e lá seguimos, a Honda Dominator 600 estava mais ou menos boa e o condutor ficou com o joelho arranhado e alguns arranhões nas mãos, lá fomos pela a serra acima serra abaixo, mete muito respeito mesmo, eu posso dizer que, e falo por mim claro, de dia a serra tem o seu encanto mas á noite mete respeito, pois só se vê alguma coisa com as luzes da mota o que eu acho que é pouco.

A CONQUISTADORA, lá ia subindo muitas das subidas eram feitas em 2 velocidade pois ela morria com a 3 , mas lá ia subindo e descendo aquelas curvas e contra curvas. Vale do Rossim, o local onde se realizou a concentração, chegámos pelas 21:00, nem vos digo nada, um frio que até metia medo, e eu pensava cá para mim, ‘’ como é que tu vais conseguir aquecer rapaz ?’.

Inscrição feita, 30 euros com direito a todas as refeições, e respectivo alojamento água quentinho incluída, ´lá fomos montar a TENDA GARAGEM, ficou tudo de boca aberta com a minha tenda, pois a CONQUISTADORA, dormia sempre abrigada ehehehh. Tenda montada menina abrigada, lá fomos para a primeira refeição, quentinha, muito boa aliás, e que vinha mesmo a calhar depois de fazer aqueles km todos, bem que sabia uma coisa quente.

Chegou a hora da deita e eu ia bem fornecido pois, tinha preparado tudo para os Pinguins, saco cama para temperaturas negativas, saco da água quente para os pés, e gorros e cascóis, escusado será dizer que dormi muito quentinho e que nem um ANJO.

Lume sempre aceso durante toda a concentração, a organização fornecia a madeira, estivemos sempre quentinhos, enquanto estávamos na galhofa, a comer um queijinho ou um chouriço, a malta sempre com um espírito espetacular, uma noite de sexta feira impecável.

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fotos de Rui Martins aka Balasteiro

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fotos de Rui Martins aka Balasteiro

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Sábado fomos passear até Manteigas, e ver a serra e a nossa senhora, com a CONQUISTADORA , levezinha parecia uma 600 ehehhehehe

Lá tirámos as fotos de praxe, com paisagens lindas de morrer, muito bonitas esta Serra da Estrela, quero lá levar a família, pois a mulher quando viu as fotos, ficou roidinha de inveja. Domingo, hora de arrumar tudo, e hora das despedidas, uns arrancaram mais cedo do que outros, uns vieram do Porto outros de Aveiro, Coimbra, outros como eu de Lisboa, o grupo de Lisboa arracou mais tarde, com cerca de 10 motas. Correu muito bem e gostei mais da viagem de regresso pois foi feita durante o dia, logo á mais segurança.

Viagem muito boa na companhia de pessoal todo ele muito bons camaradas das duas rodas e muito prestável o meu muito obrigado a todos. Resumindo e concluindo, nem sei como hei-de dizer, porque foi tudo muito bom mesmo, acreditem que sim apesar das condições climatéricas, pois esteve muito frio mas mesmo muito frio.

Espero lá voltar para o ano e deixo aqui o desafio a todos os CAMARIGUEIROS a juntarem-se a mim ou a

fazermos um grupo do nosso querido F125cc - FORUM 125cc, o VERDADEIRO.

Despeço-me, até breve, e espero que tenham gostado pois eu, através das palavras não sou capaz de demonstrar a alegria e a emoção com que eu fiz esta aventura, deixo-vos estas fotos lindas.

Um grande abraço e boas curvas

Não importa a cilindrada da tua MOTA interessa isso sim o teu ESPIRITO!

Um grande abraço e boas curvas

de Rui Martins aka Balasteiro, Pv.S. Iria

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Algures em 1977, o piloto motociclista Thierry Sabine perde-se no deserto da Líbia, devido a uma tempestade de areia, quando participava no rali Abidjan-Nice, numa Yamaha XT 500. Enquanto esteve perdido, prometeu que, se sobrevivesse, organizaria anualmente a maior prova de todo-terreno jamais vista, saindo da Europa e atravessando a África através do deserto. Desde então consagrou a sua vida à organização do “Paris-Dakar”, prova que veio a descrever como “um desafio para os que vão e um sonho para os que ficam”.

Assim nasceu o “Paris-Dakar” que arrancou de imediato no ano seguinte, a 26 de Dezembro de 1978. Dos 170 participantes que saíram de Paris, apenas 69 chegaram a Dakar. De início, este rali arrancava sempre de Paris, interrompendo-se a prova por um dia para a travessia do Mediterrâneo.

Em 2006 e 2007 Portugal viveu o privilégio de receber esta grande prova, precisamente nos últimos anos em que decorreu com o percurso inicial.

No entanto, nestes últimos anos, devido à constante instabilidade vivida em diversas regiões Africanas, a organização desta prova decidiu experimentar novos territórios. Exemplo disso foi o cancelamento da prova a 4 de Janeiro de 2008, um dia antes do seu início, devido a ameaças terroristas e à falta de segurança sentida em várias zonas da Mauritânia, onde alguns dias antes quatro turistas franceses haviam sido assassinados.

Apesar de todos estes percalços, a organização do Paris-Dakar é unânime no que respeita ao regresso deste grande evento do desporto motorizado ao percurso inicial. Segundo os porta-vozes da organização, logo que os problemas de segurança em áfrica fiquem resolvidos, as probabilidades de que a prova volte ao continente de origem são bastante fortes.

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foto by RedBull.com

de Carla Pinto aka Cpinto, Coimbra

Desde há muitos anos que Portugal se faz representar no Dakar com vários e excelentes pilotos nas mais diversas categorias comportadas por esta competição, são disso exemplo, alguns dos participantes mais recentes:

Ricardo Leal dos Santos, Francisco Inocêncio, Adélio Machado, Francisco Pita, Paulo Fiúza, Martine Pereira, Carlos Sousa, Filipe Palmeiro, Miguel Barbosa, Miguel Ramalho, Francisco Pita, Humberto Gonçalves na categoria Auto; Marco Moreiras e Elisabete Jacinto na categoria Camião; Luís Ferreira, João Rosa, Paulo Gonçalves, Pedro Bianchi Prata, Pedro Oliveira, Fernando Sousa, Ruben Faria e Hélder Rodrigues na categoria de moto.

A competição de 2010 ficou registada como a melhor participação Portuguesa de sempre no Dakar, ano em que Hélder Rodrigues e Carlos Rodrigues obtiveram ambos o 4º lugar. Mas se 2010 correu bem, então 2012 correu em grande aos Portugueses, Hélder Rodrigues conquistou o pódio num vitorioso 3º lugar) e mais dois “top10” nos carros, por Carlos Sousa (7º) e Ricardo Leal dos Santos (8º), fazendo assim com que as Equipas e Piloto Portugueses continuem a dar cartas neste Rali literalmente Mundial.

foto by RedBull.com

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Companheiros de Estrada

O fórum “Motos & Destinos” reúne um grande número de viajantes de duas rodas, e como o nome indica pretende pro-mover o Turismo Motocilcista. O “Motos & Destinos” festejou o seu 1º aniversário a 06-03-2012, no entanto a festa, que se realizou na zona de Guimarães, só foi possível no dia 11-03-2012 por ser fim-de-semana reunindo assim um maior núme-ro de amigos e adeptos das duas rodas.

Ficam as palavras de Fábio Pereira (M&D), para descrever o dia feliz destes nossos companheiros de estrada:

“ A hora do encontro foi às 09h00 em frente ao Ibis de Gui-marães, após um café e uma bela conversa, arranca-mos pelas 10h00 para o começo do passeio. Percorremos cerca de 75km’s no total (e sempre em alcatrão), passamos pelo centro histórico de Guimarães, Fafe, Travassós, Barragem da Queimadela e fizemos uma pequena paragem no conhecido moinho de Aboim. Depois de montarmos novamente nas mo-tas, seguimos em direcção à Serra da Penha (Guimarães), atravessando as Serras de Fafe, Varzea Cova, Moreira de Rei, Lamas e Arões.Terminamos o passeio pelas 12h30 na Serra da Penha, onde começamos a preparar a comida, com muita diversão!

Temos a agradecer em especial ao Grupo Motard Os Correias, espectaculares, trazendo o bolo do M&D, oferta para o M&D e para os convidados. Comida com fartura e convívio à altura.

Como sempre neste encontro tivemos motas de todos os fei-tios, tamanhos e cilindradas. Demonstra que não é o estilo, a cilindrada ou o tamanho da mota, mas sim o espírito que conta!

Esperamos que para a próxima possamos contar com vocês. ;)

Grande abraço,Fábio Pereira (M&D)” fotos cedidas por Fábio Pereira

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fotos cedidas por Fábio Pereira

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O ano de 2011 terminou do mesmo modo que começou 2012, com a perda de grandes campeões do mundo Motociclista. Marco Simoncelli e Mika Ahola, dois pilotos de áreas bem distintas do desporto motorizado, forma ambos vítimas de acidentes sofridos durante a prático do seu desporto preferido e profissão. A “F125cc Aventura” apresenta assim uma breve mas sentida homenagem a estes dois campeões do mundo das duas rodas.

Nascido em Cattolica (Itália) a 20 de janeiro de 1987. Começou nas mini-motos, destacava-se na multidão com o seu 1,83m de altura e a cabeleira selvagem que se tornou marca registrada - segundo ele, uma homenagem ao guitarrista Jimi Hendrix. Era conhecido pelos apelidos “Super Sic” e “Urso do cabelo duro”.A sua rapidez, estilo e determinação reconhecidos entres os pilotos da MotoGP marcaram uma nova geração da moto velocidade mundial. Simoncelli foi vice-campeão italiano em 1996 e seguiu nas mini-motos até 2000, conquistando dois títulos nacionais. No ano seguinte passou a competir na classe 125cc, foi campeão italiano e venceu o campeonato europeu em 2002, ano em que se estreou no Mundial, com uma 13ª posição no Grande Premio de Portugal.Nos anos que se seguiram Simoncelli disfrutou de vários pódios e vitórias resultando na chegada do “Super Sic” ao 5º lugar do ranking da temporada de 2005.Depois de alguns problemas no Catar, durante a

Marco Simoncelli

época de 2008, vieram dois segundos lugares (Portugal e China) e uma corrida arrepiante na Itália.Simoncelli tinha tal obstinação em acelerar tudo que parecia não medir as consequências dos próprios actos. Criticado por alguns e amado por muitos, Simoncelli seguiu com sua estratégia vai-ou-racha e essa vontade alucinada de vencer chamou a atenção da Honda, que ofereceu ao Gresini uma moto de fábrica para Simoncelli, com todas as despesas pagas. A época de 2011 foi bastante atribulada, uma série de quartos lugares até à famosa pista australiana de Phillip Island, onde depois de três tombos na mesma curva durante os treinos, Simoncelli voltou ao pódio, num inédito 2º colocação, atrás de Casey Stoner, imbatível em casa à cinco anos e novo campeão do mundo da MotoGP.No domingo seguinte, na pista de Sepang que lhe dera o título das 250cc três anos antes, Simoncelli morreu após um acidente que envolveu também Colin Edwards e Valentino

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Rossi na segunda volta do GP da Malásia, 17ª etapa da temporada de 2011 da MotoGP. Agressivo e ultra-rápido na pista, mas simples, sincero e bricalhhão fora dela, Simoncelli deixa saudades a uma legião de fãs certos de que ele sempre viveu como quis, em alta velocidade e como ele próprio referiu “vivo mais em 5 minutos numa mota destas, do que muita gente numa vida inteira”.

Mika Ahola

Finlandês, nascido a 13 de Dezembro de 1974 foi piloto de enduro e cinco vezes campeão mundial. Foi também vencedor do International Six Days Enduro (ISDE) World Trophy com o Team Finlândia, por sete vezes e foi ainda o mais rápido em geral na competição em 1999, 2001 e 2002.

Ahola estreou-se em 1993 no Campeonato Mundial de Enduro com uma Husqvarna, e tornou-se um candidato regular aos títulos após a adesão à equipe de fábrica da TM em 1997. Em 2001, ele terminou vice-campeão pela terceira vez, depois de perder a rodada final na Suécia para Anders Eriksson.

Ahola arrecadou mais três vitórias do que Eriksson, mas um problema mecânico na segunda prova na Eslováquia mostrou-se dispendioso para a sua luta pelo título. Depois de outro 2º lugar em 2002 e um 3º em 2003, Mika mudou-se brevemente para a equipa Husqvarna, até à assinatura com a Honda para a temporada 2006, em que terminou em 2º lugar, a seguir a Samuli Aro KTM na classe E2.

Em 2007, Ahola obteve sete vitórias e terminou no pódio em todas, excepto num evento, batendo o compatriota Aro e Johnny Aubert da Yamaha, e finalmente vence o campeonato mundial. Na temporada de 2008, mudou-se para a classe E1 e levou seu segundo título mundial à frente de Iván da KTM Cervantes.

Em 2010 Mika Ahola ganha o quarto título consecutivo, e em 2011 muda-se para a classe E3 e torna-se o primeiro piloto a vencer o campeonato mundial em todas as três categorias actuais. No dia de Ano Novo de 2012, Mika Ahola anunciou sua aposentadoria do enduro de corrida. Veio a falecer, praticamente 15 dias mais tarde num hospital em Barcelona, devido a uma hemorragia causada por ferimentos internos sofridos durante o treinamento em Girona, Espanha.

Marcou sem dúvida a história do moto desporto Finlandês.

de Carla Pinto aka Cpinto, Coimbra

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A nova tendência para a utilização de smartphones abre caminho ao aparecimento de ferramentas úteis baseadas nas famosas aplicações do Google. Glympse é um desses exemplos que poderão ser adoptados para um sem número de exemplos práticos, é um serviço gratuito que permite que a um utilizador com um smartphone partilhar a sua localização com quem quiser, usando para isso o serviço do Google Maps. Essa partilha de localização pode ser temporária, conforme a vontade de quem a disponibiliza.

Podemos usar este serviços para uso comercial mas também para questões de segurança. Sabe como? Já precisou de dizer onde você estava a uma pessoa pelo telefone, mas ela não entendia independentemente das dicas apresentada? Sim? Então o Glympse será uma grande ajuda para si.

O aplicativo tem a função de gerar um link no qual mostra a sua localização em tempo real. Este link é enviado pelo aplicativo via email, Twitter ou Facebook, (a opção de SMS ainda não está disponivel em Portugal) podendo ser visto através de qualquer dispositivo com conexão à internet, como smartphones, computadores ou tablets, mas APENAS para quem o utilizador tiver mandado o link.

O sistema é eficaz e seguro, já que pode programar por quanto tempo o link que enviar será válido, com um tempo mínimo de 15 minutos até 4 horas, depois disto, o sistema invalida o link e só será possível ver onde está se voltar a mandar outra mensagem. A pessoa que receber o link poderá ver a velocidade a qual nos movemos (ideal para informar nossa posição quando viajamos de carro ou mota), assim como a posição e o histórico da rota que traçarmos.

Há imensas formas de aplicar esta tecnologia: vou criar vários cenários onde poderá ser muito interessante este serviço.

Escola: vamos imaginar que os seus filhos saiem das aulas mais cedo. Nessa altura envia para si um Glympse (via mail) e poderá seguir em tempo real a localização do seu filho.

Empresa: Um estafeta pode enviar ao seu cliente um Glympse com localização temporária (pode ser colocado um tempo aproximado até chegar ao cliente) e este poderá monitorizar o caminho feito pelo estafeta até à sua porta.

Além destas duas aplicações práticas, o utilizador poderá descobrir muitas outras. Dentro das opções do Glympse estão vários atalhos e mensagens para que seja rápido a enviar a partir do seu smartphone. Claro que utilizará sinal 3G se não tiver disponível sinal Wi-Fi.

de Carla Pinto aka Cpinto, Coimbra

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Os nossos sinceros agradecimentos a todos os que de alguma forma

participaram na publicação da 2ª edição da “F125cc Aventura”.

ADMN F125cc.com

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