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Professor 1 R e f o r ç o e s c o l a r P o r t u g u ê s O texto teatral - rubricas Dinâmica 7 9ª Série | 1º Bimestre DISCIPLINA SÉRIE CoNCEItoS objEtIvo Língua Portuguesa Ensino Fundamental 9º ano Rubricas e ironia. Identificar efeitos de iro- nia ou humor em textos variados. DINÂMICA O texto teatral - rubricas. HAbILIDADE PRINCIPAL H25- Identificar efeitos de ironia ou humor em textos variados. HAbILIDADE ASSoCIADA H27 - Reconhecer o efeito de sentido decorrente da escolha de uma determinada palavra ou expressão. CURRÍCULo MÍNIMo Identificar a função das rubricas num texto teatral.

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orço escolar •

•Português

O texto teatral - rubricasDinâmica 79ª Série | 1º Bimestre

DISCIPLINA SÉRIE CoNCEItoS objEtIvo

Língua PortuguesaEnsino Fundamental

9º anoRubricas e ironia.

Identificar efeitos de iro-nia ou humor em textos

variados.

DINÂMICA O texto teatral - rubricas.

HAbILIDADE PRINCIPAL H25- Identificar efeitos de ironia ou humor em textos variados.

HAbILIDADE ASSoCIADA H27 - Reconhecer o efeito de sentido decorrente da escolha de uma determinada palavra ou expressão.

CURRÍCULo MÍNIMo Identificar a função das rubricas num texto teatral.

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rOrganização da dinâmica:

Professor/a, nesta Dinâmica, você desenvolverá as seguintes Etapas com seus alunos:

FASES AtIvIDADE tEMPo EStIMADo oRgANIzAção REgIStRo

1 Leitura e discussão.

Leitura dramatizada e discussão orientada. 30 min Toda a turma. Individual.

2 Sistematização dos conteúdos.

Análise textual direcionada: ironia e rubricas. 30 min Grupos de 5

alunos.

Individual/Coletivo

Escrito/oral

3 Autoavaliação. ENEM 2009/2012 (questões adaptadas). 20 min Individual. Escrito.

4 Etapa opcional. Atividade de produção textual. 20 min Individual. Escrito/

coletivo.

Recursos necessários para esta dinâmica:

� Texto motivador, disponível no encarte do professor e do aluno.

� Marca-textos.

Prezado/a professor/a,

O objetivo desta Dinâmica é identificar efeitos de ironia ou humor em textos variados. Para alcançar esse objetivo, optamos por trabalhar, na Etapa 1, com o frag-mento de um conhecido texto de Pedro Bandeira: A marca de uma lágrima. Esse texto foi adaptado para adequar-se ao gênero texto teatral e permitir o estudo da função das rubricas.

Na Etapa 2, a fim de sistematizar os conteúdos, propomos exercícios que au-xiliarão os alunos a compreender melhor as características do texto teatral e a função das rubricas. Além disso, nessa Etapa, eles terão a oportunidade de estudar os efeitos de ironia no texto.

Ao final da Dinâmica, a tradicional Etapa de Autoavaliação propõe duas ques-tões objetivas.

Há ainda a possibilidade de se desenvolver uma atividade na Etapa opcional, cuja realização dependerá de sobrar algum tempo para sua realização.

Bom trabalho!

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Etapa 1LEitura E discussão - LEitura dramatizada E discussão oriEntada (30 min)

Você já leu algum texto do consagrado escritor Pedro Bandeira? A droga da obediência, A droga do amor, A marca de uma lágrima são apenas alguns dos títu-los de grande sucesso do autor. Para conhecer um pouquinho da obra desse escritor, realize a leitura do texto a seguir. Ele corresponde ao fragmento de uma das cenas de A marca de uma lágrima, que conta a história de Isabel, uma menina de 14 anos, que, ao ir a uma festa, apaixona-se pelo primo Cristiano. Este, por sua vez, encanta-se por Rosana, melhor amiga da jovem.

O fragmento do romance foi adaptado. Assumiu estrutura de texto teatral. Veja como ficou mais impactante e, de quebra, aprenda um pouco sobre esse gênero, que é um dos principais na arte literária.

Condução da Atividade � Antes de iniciar a leitura do texto motivador, fale um pouco sobre o escri-

tor Pedro Bandeira. Você encontrará informações interessantes sobre ele no seguinte site: http://www.pedrobandeira.com.br/

� Se julgar pertinente, você pode exibir os vídeos abaixo. Eles trazem um pouco da biografia do autor e do que ele pensa do uso de seus livros nas escolas. http://www.youtube.com/watch?v=U-lW36rGauw e http://www.youtube.com/watch?v=R1gLRBrDjEg

� Depois, apresente brevemente o romance que inspirou a peça A marca de uma lágrima. Se não conhece o romance, sugerimos que acesse o link a seguir. Através dele poderá conhecer um pouco mais da história da adolescente Isabel. http://www.netsaber.com.br/resumos/ver_re-sumo_c_163.html

� Solicite alguns voluntários para realização da leitura dramatizada do texto. Aja como se fosse o diretor da peça. Você precisará de duas alu-nas, que farãoos papeis das personagens Isabel e Rosana, e um aluno para interpretar o professor.

� Explique que, para dramatização do texto, não será necessário narrador, uma vez que toda ação é indicada pela fala dos personagens e pelas ru-bricas, que são orientações para os atores e o diretor.

� Após a leitura da cena, peça que os alunos usem marca-texto (lápis ou caneta se for o caso) para destacar as rubricas e pergunte se eles sabem o porquê de tais elementos textuais estarem destacadas graficamente.

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rOrientações didático - pedagógicas

Professor/a,

Nesta Etapa, é importante estimular os alunos para a leitura. Por isso op-tamos por trabalhar com um texto bem ao agrado dos jovens e sugerimos que a atividade realizada seja sua dramatização. Essa sugestão, se seguida, despertará a atenção dos estudantes para as principais características do texto teatral:

� divisão em cenas, que são unidades de ação de uma peça teatral;

� presença, em geral, dos elementos básicos da narrativa: fatos, persona-gens, tempo e lugar;

� introdução de diálogos por meio dos nomes dos personagens;

� utilização de rubricas de interpretação (que indicam o tom de voz e os gestos que os atores devem empregar) e de movimento (que informam ao diretor e à equipe técnica quais atores devem entrar em palco, como os elementos do cenários devem estar dispostos etc.).

tExto

A MARCA DE UMA LÁGRIMA

Pedro Bandeira

[...]

Cena 13

Sala de aula. Isabel, Rosana, Professor de Português e alunos. Outra vez o mo-vimento de estudantes entrando em classe. Rosana encontra Isabel e está aflita.

ROSANA: Isabel! Onde você andou? Procurei por você o recreio inteiro! Seu rosto está vermelho... O que houve?

ISABEL: Nada... acho que estou resfriada, Rosana. Na saída, eu vou com você até o ponto de ônibus. Tenho uma coisa pra te contar que vai deixar você muito feliz.

ROSANA: E eu também, Isabel, eu também tenho uma coisa linda pra te contar!

ISABEL: Agora fique quieta que a aula é de Português. Ouvi dizer que esse Professor é terrível.

ROSANA: Pra você ele deve ser fichinha, Isabel. Você é recordista de notas dez em redação!

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Entra o Professor de Português. Os alunos calam-se. O professor tem um ar muito severo. Não é de brincadeiras, ao contrário da Professora de Física.

PROFESSOR: Muito bem, jovens, vamos nos apresentar. Eu sou o seu Professor de Português. Como eu sou, vocês logo vão ficar sabendo. Comigo basta pensar. Basta trabalhar, e muito. Se vocês forem assim, vamos nos dar muito bem. Mas hoje eu que-ro conhecer vocês. Para isso, vamos fazer uma redação. [...] Vamos lá. Papel e lápis na mão. Uma redação de aquecimento. Tema livre. Podem soltar-se e mostrar o que existe dentro da cabeça de cada um. Eu só aviso que, para mim, um erro de concordância é o mesmo que empurrar escada abaixo a cadeira de rodas de uma velhinha. Com a velhi-nha em cima!

Rosana fica apavorada, pois é péssima aluna de Português e redige mal. Isabel nota seu desespero. Faz um sinal de calma para a amiga e põe-se a redigir furiosamen-te. Logo, passa disfarçadamente a folha escrita para Rosana.

ISABEL: Pegue. Copie com sua letra.

A partir desse momento, como na aula de Física, todos os atores ficam imóveis e Isabel fala seus pensamentos. Só escreve quando diz a frase: “Quando você me beijou....”

ISABEL: Idiota que fui. Pensar que Cristiano pudesse se apaixonar por mim, a gorducha... Quando você me beijou... Pensar que Cristiano pudesse ler nos meus olhos, através dos óculos, e enxergar lá dentro a paixão da gorducha iludida... Quando você me beijou...Apaixonar-se pela desengonçada, pela feiosa piadista... Ah, que piada! Com o rostinho de Rosana à frente... com o corpinho de Rosana nos braços... nem pensar! Quando você me beijou...Burra! O que Cristiano poderia encontrar em mim? A espinha amarela no nariz, como um aríete em pus abrindo caminho rumo à solidão? Quando você me beijou...O que ele veria? O que todos veem, além da gorducha iludida, da feiosa cretina? Fernando tem razão. Eu acredito em tudo, como uma feiosa cretina! Acreditei até que Cristiano poderia me amar. Cretina! Acreditei naquele beijo... Quando você me beijou...Cristiano...

Chora. Se possível, a plateia deve perceber que ela está lavada em lágrimas. E que as lágrimas pingam no papel.

PROFESSOR: Muito bem, classe, podem parar. Já deu tempo para colocar no papel o que tem dentro de suas cabeças. Se é que tem alguma coisa dentro de suas cabeças. Isabel! Quem é Isabel?

ISABEL: Sou eu.

PROFESSOR: Meu colega do nono ano elogiou muito seus textos, Isabel. Quero começar por ele. Pode entregá-lo para mim?

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rIsabel entrega-lhe o papel. O professor começa a ler e fica surpreso.

PROFESSOR: O que é isso? Quando você me beijou, quando você me beijou, quando você me beijou... Há apenas a mesma frase escrita várias vezes!

ISABEL: É um poema concreto, professor. Assim como “Uma pedra é uma pe-dra”, do Carlos Drummond de Andrade. O leitor deve completar o poema de acordo com suas próprias experiências, de acordo com suas próprias lembranças de amor...

Risadinhas discretas dos alunos. O Professor ergue um olhar duro, controlador, para toda a classe. Alunos calam-se.

PROFESSOR Uma explicação hábil e espirituosa, Isabel. Mas que não passa de uma saída para desculpar a preguiça. A preguiça e a falta de respeito... E isto? Que marquinha é esta? Parece a marca de uma lágrima...

ISABEL: Nada, professor. Faz parte do poema. É o cuspe do namorado...

Gargalhada geral. O olhar controlador do Professor, desta vez, não funciona. O Professor, surpreso, não consegue transmitir sua autoridade.

PROFESSOR: Começamos bem, não é, dona Isabel? Mas temos um ano inteiro pela frente. Que tal abrir o boletim com um zero?

Isabel sorri e nada diz.

PROFESSOR: Vamos ver se esta classe vai me dar trabalho. Você, mocinha, como é seu nome?

ROSANA: Eu? Rosana...

PROFESSOR: Posso ver sua redação, Rosana?

Rosana dá o papel para o professor.

PROFESSOR: Hum... A estrutura não está má... é uma ideia forte... breve, mas forte... tem um ritmo que... Parece que me informaram errado. Quem sabe escrever nesta classe chama-se Rosana! Vou abrir o seu boletim com um lindo oito, Rosana. Que tal? Afinal de contas, você deve ter ouvido falar que nove eu só dou para mim mesmo. E dez, só para Deus! [...]

Fragmento adaptado.

BANDEIRA, Pedro. A marca de uma lágrima. São Paulo: Moderna, 1996. In: SARMENTO, Leila Lauar. Por-tuguês: leitura, produção, gramática. 3 ed. São Paulo: Moderna, 2009.

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voCAbULÁRIo:

ARÍEtE: antiga máquina de guerra cujo principal componente era um gigantesco bastão. Era usada para derrubar portões e muralhas.

CaleidoscópioPOESIA CONCRETA

A poesia concreta surgiu com o Concretismo, fase literária voltada para a valorização e incorporação dos aspectos geométricos à arte (música, poe-sia, artes plásticas).

Em 1952, a poesia concreta tem seu marco inicial através da publicação da revista “Noigrandes”, fundada por três poetas: Décio Pignatari, Haroldo de Campos e Augusto de Campos. Contudo, é em 1956, com a Exposição Na-cional de Arte Concreta em São Paulo, que a poesia concreta se consolida como uma nova e inusitada vertente da literatura brasileira.

O poema do Concretismo tem como característica primordial o uso das dis-ponibilidades gráficas que as palavras possuem sem preocupações com a estética tradicional de começo, meio e fim e, por este motivo, é chamado de poema-objeto.

Outros atributos que podemos apontar deste tipo de poesia são:

� a eliminação do verso;

� o aproveitamento do espaço em branco da página para disposição das palavras;

� a exploração dos aspectos sonoros, visuais e semânticos dos vocábu-los;

� o uso de neologismos e termos estrangeiros;

� decomposição das palavras;

� possibilidades de múltiplas leituras.

Fragmento.

Disponível em: http://www.mundoeducacao.com/literatura/poesia-concreta.htm. Aces-so: 18 set.. 2013.

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rEtapa 2sistEmatização dos contEúdos - anáLisE tExtuaL dirEcionada: ironia E rubricas (30 min)

Agora que já tivemos a oportunidade de investigar as principais características de um texto dramático, é hora de voltarmos nosso olhar para os efeitos de ironia ob-tidos pelo texto e atentar para um aspecto particular do roteiro teatral: a função das rubricas. Forme grupos de cinco alunos e siga as orientações de seu professor.

Condução da Atividade � Peça que a turma se organize em grupos de cinco alunos e realize a ati-

vidade 1 acerca dos efeitos de ironia e humor.

� Explique que os efeitos de humor são frutos do emprego de certos recur-sos da língua e, a seguir, corrija o exercício.

� Depois, solicite que os alunos façam a atividade 2 sobre a função das rubricas.

� Dê uns minutos para execução da tarefa e corrija-a após ouvir as respos-tas dos grupos.

Orientações didático - pedagógicasProfessor/a,

O objetivo desta Etapa é sistematizar osconteúdos. Nesse sentido, é impor-tante orientar os alunos na realização da atividade 1, chamando atenção-para as palavras ou expressões que, ao serem escolhidos pelo enunciador, garantem a construção do humor.No primeiro trecho destaca-se a metáfora “é o mesmo que...”, que ressalta a crueldade que o erro de concordância sig-nifica para o professor, pois a suposta velhinha estaria em cima da cadeira de rodas lançada escada abaixo. No segundo trecho, destaca-se a ironia em “começamos bem”. No terceiro caso a ironia também comparece na afirma-ção de que só Deus recebe dez e o próprio professor se atribui nove. Isso é uma forma de desqualificar todos os alunos.

Na atividade 2, é interessante mostrar para os estudantes que é fundamen-tal a presença das rubricas no texto teatral, pois elas, ao evidenciarem o

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processo criativo do autor da peça, servem de guia para o diretor e para os atores. Como rubrica de movimento, podemos destacar, entre outras, Ou-tra vez o movimento de estudantes entrando em classe.Como rubrica de interpretação, Rosana encontra Isabel e está aflita.

atividadE 1

Ao longo do texto, podemos encontrar várias falas do Professor em que é pos-sível observar a ironia. Releia algumas dessas falas, com marca-texto grife o(s) trecho(s) irônico(s) e, a seguir, explique que recurso foi utilizado para a criação dos efeitos de ironia.

FALAS RECURSoS

“Eu só aviso que, para mim, um erro de concordância é o mesmo que empurrar escada abaixo a cadeira de rodas de uma velhinha. Com a velhinha em cima!”

“Começamos bem, não é, dona Isabel? Mas temos um ano inteiro pela frente. Que tal abrir o boletim com um zero?”

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rFALAS RECURSoS

“Parece que me informaram errado. Quem sabe escrever nesta classe cha-ma-se Rosana! Vou abrir o seu boletim com um lindo oito, Rosana. Que tal? Afi-nal de contas, você deve ter ouvido falar que nove eu só dou para mim mesmo. E dez, só para Deus! ”

atividadE 2

Durante a leitura do texto, você pôde observar que havia algumas indicações em itálico para o diretor e os atores. Essas indicações correspondem

às rubricas do texto teatral. Algumas servem para orientar mais os atores, ou-tras, o diretor e equipe técnica. Sabendo disso, transcreva exemplos de rubrica de modo a completar o quadro a seguir:

RUbRICA ExEMPLo Do tExto

de interpretação

de movimento

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SistematizaçãoIRONIA

Ironia é algo que afirma o contrário daquilo que se quer dizer, aquilo que se pensa. A ironia é a arte de gozar de alguém, de denunciar, de criticar ou de censurar algo ou alguma coisa. A ironia procura valorizar algo, mas quando na realidade quer desvalorizar, incluindo também um timbre de voz para caracterizar melhor o ato.

Para se obter o efeito de ironia, o locutor pode utilizar diferentes palavras ou expressões, além de se valer de distintos recursos ortográficos, morfoló-gicos ou sintáticos, como o emprego do grau dos substantivos ou a repeti-ção de determinadas estruturas sintáticas.

Fragmento adaptado.

Disponível em: http://www.significados.com.br/ironia/. Acesso: 18 set. 2013.

RUBRICAS

As rubricas (também chamadas “indicações de cena” e "indicações de re-gência") descrevem o que acontece em cena; dizem se a cena é interior ou exterior, se é dia ou noite, e o local em que ela transcorre. Apesar de consi-deradas como “texto secundário”, são de importância próxima à do próprio diálogo da peça, uma vez que este normalmente é insuficiente para indicar todas as ações e sentimentos a serem executados e expressos pelos atores.

Existem as seguintes categorias:

� Macrorrubrica é uma rubrica geral que interessa à peça, ou ao ato e às cenas. É colocada no alto do texto respectivo, e escrita em itálico ou em maiúsculas. As demais rubricas estão inseridas no diálogo e afetam apenas a ação cênica ou a representação do ator.

� Microrrubrica objetiva refere-se à movimentação dos atores. Ela descreve os movimentos, gestos, posições, ou indica o personagem que fala, o lugar, o momento etc.

� Microrrubrica subjetiva descreve os estados emocionais dos personagens e o tom dos diálogos e falas.

As rubricas ficam em linhas separadas colocadas, muitas vezes, entre pa-rênteses e escritas em itálico.

Fragmento adaptado.

Disponível em: http://www.cobra.pages.nom.br/ecp-teatroscript.html. Acesso: 18 set. 2013.

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rEtapa 3autoavaLiação – EnEm 2009/2012 (quEstõEs adaptadas) (20 min)

Agora que você já conhece algumas características do texto teatrale sabe que certos recursos podem ser utilizados para a construção da ironia no texto, verifique seus conhecimentos fazendo as duas questões adaptadas do Enem a seguir.

QUESTÃO 1 - Enem 2009:

Gênero dramático é aquele em que o artista usa a representação como inter-mediária entre si e o público. A palavra vem do grego drao (fazer) e quer dizer ação. A peça teatral é, pois, uma composição literária destinada à apresentação por atores em um palco, atuando e dialogando entre si. O texto dramático é complementado pela atuação dos atores no espetáculo teatral e possui uma estrutura específica, caracteriza-da: 1) pela presença de personagens; 2) pela ação dramática (composta de exposição, conflito, complicação, clímax e desfecho); 3) pela situação ou ambiente; 4) pelo tema.

COUTINHO, A. Notas de teoria literária. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1973 (adaptado).

Considerando o texto e analisando os elementos que constituem um espetá-culo teatral, conclui-se que

A ( ) o espetáculo teatral corresponde sempre à criação individual de um único autor.

B ( ) o cenário construído pelo cenógrafo independe do tema da peça.

C ( ) o texto teatral pode originar-se de contos, lendas, romances, crônicas etc.

D ( ) o corpo do ator na cena tem pouca importância na comunicação teatral.

E ( ) o som de um espetáculo independe do processo de produção do espetáculo teatral.

Resposta ComentadaA alternativa correta é a da opção C. Considerando que o texto dramático apre-

senta estrutura caracterizada pela presença de “conflito, complicação, clímax e desfe-cho”, conforme afirma o texto de referência da questão, podemos concluir que ele pode originar-se de diferentes formas narrativas, como contos e romances, que apresentam também em sua estrutura os elementos referidos anteriormente. Não há no texto infor-mações que possam sustentar as afirmações presentes nas outras alternativas.

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QUESTÃO 2 - Enem 2012:

AQUELE BÊBADO

— Juro nunca mais beber — e fez o sinal da cruz com o dedo indicador. Acres-centou: — Álcool.

O mais ele achou que podia beber. Bebia paisagens, músicas de Tom Jobim, versos de Mário Quintana. Tomou um pileque do pintor Segall. Nos fins de semana, embebedava-se da estátua Índia Reclinada, do escultor Celso Antônio.

— Curou-se 100% do vício — comentavam os amigos.

Só ele sabia que andava mais bêbado que um gambá. Morreu de excesso de álcool, no meio de uma bebedeirade pôr-do-sol no Leblon, e seu caixão tinha inúmeras coroas de ex-alcoólatras anônimos.

ANDRADE, C. D. Contos plausíveis. Rio de Janeiro: Record, 1991(adaptado).

A causa da morte do personagem, expressa no último parágrafo, adquire um efeito irônico no texto porque, ao longo da narrativa, houve o emprego

A ( ) de sentido figurado do verbo “beber”.

B ( ) de verbos na 3ª pessoa do singular.

C ( ) de linguagem coloquial.

D ( ) de exagero na expressão “inúmeras coroas”.

E ( ) de nomes de diferentes artistas.

Resposta ComentadaA alternativa correta é a da opção A. O verbo “beber” está em sentido figura-

do, porque assumiu no texto o sentido de receber conhecimentos. O personagem sorvia saber, deleitava-se. A utilização da 3ª pessoa, emprego de linguagem coloquial e de nome de artistas não contribuem para criação do efeito de ironia. A expressão “inúme-ras coroas” traz uma ideia de intensidade, não necessariamente de ironia.

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rEtapa opcionaL

atividadE dE produção tExtuaL (20 min)

A proposta agora é, caso tenha sobrado algum tempo, explorar um pouco mais o texto motivador, tentando dar sequência a ele através da criação de mais uma cena. Você é livre para criar. Se quiser, ao final de sua produção, poderá apresentá-la à turma de forma dramatizada.

Ao trabalho!

Condução da Atividade � Solicite que os grupos se refaçam para realização da atividade.

� Informe os alunos que disporão de apenas dez minutos para sua produ-ção textual, por isso peça que criem uma cena curta.

� Ao final da criação, incentive os alunos a se apresentarem para a turma. Os grupos terão os dez minutos restantes para isso.

Orientações didático - pedagógicasProfessor/a,

Esta atividade é interessante para observar se os alunos realmente conseguiram compreender quais são as principais características de um tex-to dramático. Por isso, incentive os grupos a utilizarem as rubricas e a usar o nome dos personagens para introduzir diálogos.

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ESPAÇO PARA CRIAÇÃO

rascunho

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rEfErências bibLiográficas: � SARMENTO, Leila Lauar. Português: leitura, produção, gramática. 3 ed. São

Paulo: Moderna, 2009.

sitEs consuLtados:

� http://www.cobra.pages.nom.br/ecp-teatroscript.html

� http://www.mundoeducacao.com/literatura/poesia-concreta.htm

� http://www.netsaber.com.br/resumos/ver_resumo_c_163.html

� http://www.pedrobandeira.com.br/

� http://www.significados.com.br/ironia/

� http://www.youtube.com/watch?v=R1gLRBrDjEg

� http://www.youtube.com/watch?v=U-lW36rGauw

sugEstõEs dE consuLta para o profEssor

� PAVIS, Patrice. Dicionário de Teatro. São Paulo: Perspectiva, 2005.

Este livro, traduzido por Guinsburg e Maria Lúcia Pereira, traz, em seus 560 verbetes, grandes questões da dramaturgia, da encenação, da estética, da semiologia e da antropologia da arte dramática, o que o constitui numa suma do saber sobre a história, a teoria e a prática da criação teatral.

� ITURBE, Teresa. Teatro para representar na escola. São Paulo: Madras, 2007.

A autora reúne quatro peças totalmente moldáveis, que não exigem grandes cenários, nem número determinado de participantes. Pode-se escolher uma dessas peças para leitura e encenação em sala de aula (e fora dela).Durante a preparação de uma delas, o aluno poderá aprimorar sua memória e tor-nar-se mais consciente de seu papel na sociedade.

sugEstõEs dE consuLta para o aLuno

� http://www.youtube.com/watch?v=LuWdwFHXAQ0&feature=related

Este vídeo procura apresentar o texto dramático diferenciando-o de textos narrativos, como contos e romances. Trata dos principais elementos que

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rcompõem o gênero, como, por exemplo, a rubrica e os diálogos. Ele é bas-tante útil para apresentar o assunto aos alunos.

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Neste site são apresentados os diferentes tipos de textos dramáticos, tais como: tragédia, comédia, tragicomédia, auto etc. e suas principais caracte-rísticas.