Exposição Ocupacional a Material Biológico: Medidas de Profilaxia ...
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Exposição Ocupacional a Material Biológico:
Medidas de Profilaxia Pós Exposição Oficina de Exposição a Agentes de Risco Biológico no
Trabalho
Ana Paula Volpato Kuga Centro de Referência e Treinamento DST-AIDS
VE do Programa Estadual DST-AIDS Email: [email protected]
Dados Epidemiológicos
OMS estima: ocorrência dois a três milhões de acidentes percutâneos com agulhas
com material biológico por ano entre trabalhadores da área da saúde no mundo, sendo:
2.000.000 com exposição ao vírus da hepatite B (VHB);
900.000 ao vírus da hepatite C (VHC);
170.000 ao vírus da imunodeficiência humana (HIV).
OMS 2000
Recomendações para terapia antirretroviral em adultos infectados pelo HIV - 2008 - Suplemento III - Tratamento e prevenção
BRASIL – Portaria MS 777/ 2004
Torna obrigatória a notificação compulsória dos acidentes com exposição a material biológico – SINAN NET.
NR 32 – Norma Regulamentadora de Segurança e Saúde no Trabalho em Estabelecimentos de Saúde (Ministério do Trabalho e Emprego): 2005
Ganhos
• Dados do SINABIO de 1999 a 2006 (7 anos):
– Total de notificados 14.096 – 228 notificantes
• De janeiro de 2007 a junho de 2010 (3 anos):
– Total de notificados 33.856 – 436 notificantes
• Representa um aumento de 140% na notificação de casos
• Em 2008 : 645 dos municípios do estado notificaram o agravo.
Histórico das Recomendações de Profilaxia pós exposição
Ano Quem
1996
CDC MMWR 1996:45:468-472
Uso de AZT, 3TC e/ou IDV
1998: CDC MMWR 1998;47(suppl RR-7)
Considera exposição x status para HIV
2001 CDC MMWR 2001;50 (RR-11)
Atualização recomendações HBV e HCV Possibilidade de outros regimes de drogas: IDV,NFV, EFV, ABC, KLT Descrição de falências com PPE Reforço da necessidade de seguimento
2005 2006
CDC MMWR 2005 / Vol. 54 / No. RR-9 MS
Aumenta o número de combinações e antiretrovirais para serem utilizados em acidente ocupacional. Inclui ATZ, Fosamprenavir, SQV, Enfuvirtida
2010 MS- Suplemento de 2008 Simplifica as indicações de ARV Introduz o PCR para HCV
Profilaxia Pós Exposição (PEP)
Inicialmente: Profissionais de Saúde
2011: Violência Sexual
2012: Qualquer acidente sexual ex. rompimento de preservativo
Protocolo MS 2015
ESQUEMA ÚNICO : Todos tipos de Exposição Acidente Ocupacional, Violência Sexual,
PEP Sexual
A simplificação das recomendações: aumentar o envolvimento de serviços da atenção básica e de urgência e emergência, que não possuem especialistas no tema, além dos atuais centros de referência
Esse protocolo traz recomendações somente para prevenção de HIV
Patógenos veiculados pelo Sangue
VÍRUS RISCO DE TRANSMISSÃO
PEP
HIV
0,09 a 0,3 %
QUIMIOPROFILAXIA
HEPATITE B
6 a 30 %
VACINA IMUNOGLOBULINA
HEPATITE C
1,7%
NÃO HÁ
Materiais Biológicos de Risco (HIV)
Alto risco de transmissão: Sangue e qualquer outro
material contendo Sangue
Sêmen
Potencialmente infectantes: Secreções Vaginais
Líquidos de serosas (peritoneal, pleural, pericárdico), liquido amniótico, líquor e líquido articular.
Sem risco de transmissão
Suor
Lágrima
Fezes
Urina
Vômitos
Secreções nasais
Saliva, exceto em ambientes odontológicos
Tipos de exposições de Risco
Percutâneas: instrumentos perfurantes e cortantes
Mucosas: respingos olhos, nariz, boca
Cutâneas: contato com pele não íntegra;
Por mordeduras humanas: exposição de risco quando envolvem a presença de sangue.
Estudo caso-controle multicêntrico retrospectivo, envolvendo acidentes percutâneos Fatores associados à transmissão do HIV em exposições ocupacionais
Cuidados imediatos com a área
de exposição
Exposição percutâneas ou cutâneas:
Lavagem exaustiva do local com água e sabão:.
Soluções antissépticas degermantes é uma opção.
Exposições de mucosas:
lavá-las exaustivamente com água ou com SF 0,9%
Contraindicados : Procedimentos que aumentam a área exposta: cortes,
injeções locais, expressão da área
Utilização de soluções irritantes :Éter, hipoclorito ou glutaraldeído.
Investigação diagnóstica da pessoa Exposta e Pessoa Fonte
O status sorológico da pessoa fonte, sempre que possível deve ser conhecido.
Os resultados da investigação sorológica sempre devem ser comunicados à pessoa que foi testada. E caso sorologias positivas, deve ser encaminhada para acompanhamento.
Se a pessoa exposta chegar ao serviço após 72 horas após o acidente deve-se proceder a investigação e acompanhamento sorológico.
Coleta de Exames
Paciente Fonte
Teste Rápido HIV
Sorologia anti HCV
Sorologia HbsAg
Teste Rápido HIV
Sorologia anti HCV
Sorologia HbsAg/AntiHbc e antiHbs
Pessoa Exposta
Cuidados com as Amostras da Pessoa Expostos
Garantir o sigilo
Estabelecer fluxo de coleta
Nunca entregar o sangue para ser encaminhado para o laboratório diretamente a Pessoa acidentada.
HIV+ Fonte ou sorologia
anti-HIV
desconhecidas
)
HIV -
+grave
- grave
Em geral, não se
recomenda( 1)
Em geral, não se
recomenda ( 1)
Não se
recomenda
Não se
recomenda 3 drogas
Grande
volume
Pequeno
volume 2 drogas
+ grave: agulha de grosso calibre e grande lúmen, lesão profunda, sangue visível no objeto contaminante ou agulha
usada recentemente em artéria ou veia do paciente-fonte;
- grave: lesão superficial , agulha sem lúmen;
pequeno volume: poucas gotas de material biológico de risco;
grande volume: contato prolongado ou grande quantidade de material biológico de risco
(1) Considerar uso em locais com alta prevalência de indivíduos HIV+ ou história epidemiológica para HIV e outras DST.
Exposição percutânea. Exposição de membrana - mucosa e pele não intacta.
Era assim MS 2008 - Suplemento
Fluxograma 1: PROFILAXIA ANTI-RETROVIRAL APÓS EXPOSIÇÃO OCUPACIONAL
*PEP poderá ser
indicada se a
pessoa fonte tiver
exposição de
risco nos últimos 30
dias, devido
à janela imunológica
Diário Oficial Poder Executivo - Seção I quarta-feira, 24 de fevereiro de 2016 CENTRO DE REFERÊNCIA e TREINAMENTO –DST/AIDS Nota técnica : Profilaxia Pós Exposição ao HIV (PEP)
Considera Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas – PEP da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS (CONITEC) de julho/2015: constitui um avanço na ampliação da oferta de ARV para indivíduos
vulneráveis à aquisição do HIV; O Estado de São Paulo conta com rede especializada de atendimento
em DST e aids abrangente, treinada e capilarizada; Assim sendo, para o Estado de São Paulo, entende:
no acidente ocupacional com material biológico contaminante, onde a fonte é desconhecida, geralmente a PEP não é indicada;
deve-se avaliar criteriosamente sua indicação;
em função do risco insignificante de transmissão e do risco de toxicidade dos medicamentos;
Paciente Fonte Desconhecido
Avaliar a probabilidade de risco para infecção : Prevalência da infecção naquela população;
Local em que o material perfurante foi encontrado;
Procedimento ao qual ele esteve associado;
Presença ou não de sangue;
Prevenção da transmissão secundária : Orientar uso de preservativo.
Realizando acompanhamento clínico-laboratorial do trabalhador.
Esquema preferencial para PEP Tenofovir (TDF) + Lamivudina (3TC) + Atazanavir/ritonavir (ATV/r)
A duração da PEP é de 28 dias.
• Fonte Sem uso ARV:
Utilizar esquema padrão
• Em caso de CV detectável:
Utilizar esquema ARV de resgate
Resumindo ....
Situações Especiais
Paciente fonte conhecido com sorologia desconhecida
Paciente fonte sabidamente Multirresistente
Acesso à genotipagem : últimos 12 meses
Acidente com RN de mãe sem sorologias do último trimestre de gestação : Coletar exames da mãe
Adesão a PEP
A adesão aos 28 dias de antirretrovirais é essencial para a maior efetividade da profilaxia.
Os estudos publicados mostram baixas proporções de pessoas que completaram o curso completo de PEP.
Oldenburg et al. AIDS and behavior 18(2):217-25, 2014.
Estratégias aprimoradas de acompanhamento e adesão podem incluir métodos alternativos, como mensagens pelo celular (SMS),ligações telefônicas, etc.
Recomenda-se que os serviços de emergência dispensem um quantitativo de doses suficientes até que a pessoa seja atendida no serviço que realizará seu acompanhamento clínico.
Quando possível, os serviços podem dispensar o esquema completo de PEP (28 dias), uma vez que essa estratégia tem um impacto positivo na adesão.
Risco de Transmissão do HBV Em temperatura ambiente, o VHB pode sobreviver em superfícies por até
uma semana.
Sangue é o que possui a maior concentração de partículas infectantes
Outros fluidos: leite materno, líquido amniótico, líquido biliar, líquor e líquido articular contêm partículas infectantes, porém com menor potencial de transmissibilidade.
Existe uma relação direta entre o grau de viremia do paciente-fonte e a transmissibilidade
No Brasil-três padrões de endemicidade da hepatite B:
alta (prevalência maior ou igual a 8%) na Região Norte e em alguns locais do Espírito Santo e Santa Catarina
intermediária (entre 2% e 7%) nas regiões Nordeste, Centro-Oeste e Sudeste;
baixa (menor que 2%), na Região Sul do país.
Populações de Risco para HBV usuários de drogas injetáveis, inaladas ou pipadas
pacientes em programas de diálise
contatos domiciliares e sexuais de portadores de HBsAg positivo
HSH;
heterossexuais com vários parceiros e relações sexuais desprotegidas
história prévia de DST
pacientes provenientes de áreas geográficas de alta endemicidade para hepatite B;
pacientes provenientes de prisões e de instituições de atendimento a pacientes com transtornos mentais.
Vacina é a melhor forma
de prevenir Associada a Reduzida resposta à Vacina: estresse, masculino, tabagismo, vacina em glúteo e obesidade
Vacinar sempre no
deltóide
Risco de Transmissão do HCV O principal risco de infecção pelo vírus da hepatite C (VHC) é o contato
com sangue.
Outros materiais biológicos acredita-se que seja muito baixo o risco de transmissão.
Populações de risco para VHC:
indivíduos que receberam transfusão de sangue e/ou hemoderivados antes de 1993;
os usuários de drogas
pessoas colocação de piercing e confecção de tatuagens, bem como a procedimentos cirúrgicos, odontológicos, de hemodiálise e acupuntura sem as adequadas normas de biossegurança.
indivíduos provenientes de prisões e de instituições de atendimento a pacientes com transtornos mentais
Profilaxia Pós Exposição para HCV
• Não existe!
• O único fator de eliminação desse risco é a prevenção do próprio acidente.
• Recomenda-se o acompanhamento clínico e laboratorial de todo trabalhador com exposição ocupacional ao VHC
• Tratamento precoce de trabalhadores da saúde que apresentam soroconversão e infecção aguda pelo VHC apresentam ótimos resultados. – Diagnóstico precoce da infecção aguda(PCR)
– Tratamento deverá ser realizado até 120 dias após a data conhecida da exposição ou até 90 dias após o início dos sintomas (nos casos sintomáticos sem data de exposição conhecida).
Os serviços de emergência que realizarem o primeiro atendimento dos casos
de exposição podem fornecer medicação para os primeiros sete dias se
tiverem condições de fracionamento, ou o frasco completo (28 dias).
O paciente deve sair do primeiro atendimento encaminhado para referência
local a fim de realizar o acompanhamento clínico.
A não realização da testagem rápida para HIV não deve constituir
impedimento para a prescrição do esquema profilático;
Que o indivíduo em uso de antirretrovirais para profilaxia pós-exposição
deva ser reavaliado dentro dos primeiros sete dias nas unidades
especializadas (SAEs, Ambulatórios de MI, CRTs, alguns CTAs) para coleta de
exames, avaliação de gradiente de risco, continuidade ou não da PEP, e,
quando indicado, dispensação da medicação para que se complete o tempo
preconizado da profilaxia (28 dias).
Nos serviços especializados a testagem rápida para HIV do indivíduo exposto
é necessária no primeiro atendimento;
Diário Oficial Poder Executivo - Seção I quarta-feira, 24 de fevereiro de 2016 CENTRO DE REFERÊNCIA e TREINAMENTO –DST/AIDS Nota técnica : Profilaxia Pós Exposição ao HIV (PEP)
Que a unidade especializada ou serviço de referência será responsável
pelo seguimento do exposto e deverá fazer o acompanhamento, devendo o HIV ser retestado com 30 e 90 dias, os vírus das hepatites B e C com 90 e 180 dias e a sífilis com 30, 90 e, em casos especiais, 180 dias;
Que caso a fonte seja sabidamente HIV positiva em uso de antirretroviral e carga viral detectável, deve-se realizar o primeiro atendimento iniciando o esquema ARV padrão e encaminhar com urgência a pessoa exposta para um serviço de referência visando uma possível adequação do esquema ARV;
Que no caso de acidente com material biológico deve-se proceder a notificação do agravo na Ficha de
Investigação e Notificação do Sistema Nacional de Agravos de Notificação (SINAN);
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Prevenção
A prevenção é a principal medida.
Precauções padrão
Anti HCV
PCR HCV
HBsAG
AntiHBc
6 meses
x
x
x
x
x x x
x
x
x
x
x
x
x
6 semanas
X
X X
Se Fonte portadora de HIV-HCV : acompanhamento por 1 ano
Tabela 1. Casos notificados de acidentes com material biológico, nos 30 municípios com maior número de notificações, por ano de notificação,estado de São Paulo, 2007-2015*.
N % N % N % N % N % N % N % N % N % N %
São Paulo 1.963 20,9 2.887 25,6 2.757 22,3 2.771 21,0 2.720 20,4 2.776 20,2 3.221 23,1 3.060 22,1 1.824 23,0 23.979 22,0
Ribeirão Preto 288 3,1 453 4,0 1.182 9,6 1.427 10,8 952 7,1 793 5,8 766 5,5 745 5,4 497 6,3 7.103 6,5
São José do Rio Preto 347 3,7 508 4,5 433 3,5 485 3,7 584 4,4 511 3,7 449 3,2 462 3,3 309 3,9 4.088 3,7
Campinas 259 2,8 395 3,5 418 3,4 404 3,1 385 2,9 322 2,3 341 2,4 428 3,1 200 2,5 3.152 2,9
Marília 256 2,7 306 2,7 334 2,7 251 1,9 299 2,2 284 2,1 279 2,0 286 2,1 201 2,5 2.496 2,3
Taubaté 254 2,7 276 2,5 298 2,4 250 1,9 280 2,1 251 1,8 274 2,0 273 2,0 180 2,3 2.336 2,1
São Bernardo do Campo 197 2,1 196 1,7 182 1,5 239 1,8 287 2,2 320 2,3 310 2,2 316 2,3 191 2,4 2.238 2,1
Guarulhos 235 2,5 197 1,7 249 2,0 260 2,0 210 1,6 335 2,4 368 2,6 256 1,8 97 1,2 2.207 2,0
Botucatu 186 2,0 166 1,5 223 1,8 216 1,6 216 1,6 251 1,8 230 1,6 166 1,2 117 1,5 1.771 1,6
São José dos Campos 192 2,0 230 2,0 182 1,5 201 1,5 239 1,8 222 1,6 237 1,7 204 1,5 43 0,5 1.750 1,6
Piracicaba 84 0,9 140 1,2 181 1,5 214 1,6 219 1,6 236 1,7 232 1,7 193 1,4 42 0,5 1.541 1,4
Jundiaí 164 1,8 237 2,1 193 1,6 128 1,0 154 1,2 174 1,3 175 1,3 257 1,9 57 0,7 1.539 1,4
Barretos 154 1,6 178 1,6 176 1,4 179 1,4 161 1,2 199 1,4 167 1,2 173 1,2 120 1,5 1.507 1,4
Araraquara 160 1,7 159 1,4 161 1,3 163 1,2 159 1,2 158 1,2 165 1,2 178 1,3 128 1,6 1.431 1,3
Moji das Cruzes 145 1,5 126 1,1 158 1,3 155 1,2 144 1,1 162 1,2 145 1,0 150 1,1 95 1,2 1.280 1,2
Bauru 95 1,0 122 1,1 104 0,8 117 0,9 142 1,1 120 0,9 154 1,1 282 2,0 73 0,9 1.209 1,1
Diadema 107 1,1 78 0,7 104 0,8 111 0,8 147 1,1 183 1,3 184 1,3 148 1,1 76 1,0 1.138 1,0
Catanduva 132 1,4 123 1,1 211 1,7 129 1,0 131 1,0 82 0,6 84 0,6 113 0,8 39 0,5 1.044 1,0
Sorocaba 31 0,3 54 0,5 125 1,0 136 1,0 144 1,1 161 1,2 149 1,1 119 0,9 85 1,1 1.004 0,9
Franca 59 0,6 93 0,8 107 0,9 132 1,0 153 1,1 124 0,9 135 1,0 134 1,0 51 0,6 988 0,9
Presidente Prudente 24 0,3 42 0,4 96 0,8 208 1,6 155 1,2 121 0,9 118 0,8 124 0,9 52 0,7 940 0,9
Araçatuba 88 0,9 98 0,9 98 0,8 145 1,1 110 0,8 138 1,0 138 1,0 59 0,4 35 0,4 909 0,8
Moji-Guaçu 108 1,2 103 0,9 116 0,9 106 0,8 98 0,7 83 0,6 117 0,8 85 0,6 64 0,8 880 0,8
Santos 35 0,4 59 0,5 66 0,5 77 0,6 173 1,3 154 1,1 127 0,9 100 0,7 48 0,6 839 0,8
Rio Claro 67 0,7 80 0,7 88 0,7 56 0,4 50 0,4 59 0,4 229 1,6 128 0,9 41 0,5 798 0,7
Votuporanga 56 0,6 71 0,6 100 0,8 100 0,8 85 0,6 109 0,8 83 0,6 86 0,6 81 1,0 771 0,7
Taboão da Serra 87 0,9 118 1,0 86 0,7 111 0,8 111 0,8 101 0,7 80 0,6 57 0,4 16 0,2 767 0,7
Barueri 0 0,0 39 0,3 68 0,6 101 0,8 103 0,8 121 0,9 112 0,8 117 0,8 75 0,9 736 0,7
Bragança Paulista 76 0,8 91 0,8 68 0,6 82 0,6 78 0,6 100 0,7 70 0,5 73 0,5 73 0,9 711 0,7
Outros 3.522 37,6 3.635 32,3 3.798 30,7 4.237 32,1 4.652 34,9 5.089 37,0 4.832 34,6 5.080 36,7 3.023 38,1 37.868 34,7
Total 9.371 100,0 11.260 100,0 12.362 100,0 13.191 100,0 13.341 100,0 13.739 100,0 13.971 100,0 13.852 100,0 7.933 100,0 109.020 100,0
Fonte: SINAN - Vigilância Epidemiológica - Programa Estadual DST/Aids-SP (VE-PE DST/Aids -SP)
(*) Dados preliminares até 30/06/2015, sujeitos à revisão mensal
Município de ocorrência 2015
Ano de notificaçãoTotal
2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014
Tabela 2. Casos notificados de acidentes com material biológico, segundo Grupo de Vigilancia Epidemiológica (GVE) de ocorrência, por ano de notificação, estado de São Paulo, 2007-2015*.
N % N % N % N % N % N % N % N % N % N %
GVE 1 CAPITAL 1.963 20,9 2.887 25,6 2.757 22,3 2.771 21,0 2.720 20,4 2.776 20,2 3.262 23,3 3.192 23,0 1.747 22,0 24.075 22,1
GVE 17 CAMPINAS 890 9,5 1.183 10,5 1.223 9,9 1.277 9,7 1.305 9,8 1.340 9,8 1.334 9,5 1.344 9,7 777 9,8 10.673 9,8
GVE 24 RIBEIRAO PRETO 319 3,4 493 4,4 1.219 9,9 1.467 11,1 999 7,5 862 6,3 850 6,1 931 6,7 562 7,1 7.703 7,1
GVE 29 SAO JOSE DO RIO PRETO 569 6,1 770 6,8 834 6,7 802 6,1 909 6,8 795 5,8 755 5,4 749 5,4 489 6,2 6.672 6,1
GVE 7 SANTO ANDRE 471 5,0 386 3,4 386 3,1 537 4,1 718 5,4 749 5,5 689 4,9 823 5,9 367 4,6 5.126 4,7
GVE 8 MOGI DAS CRUZES 517 5,5 436 3,9 557 4,5 604 4,6 552 4,1 681 5,0 656 4,7 560 4,0 360 4,5 4.923 4,5
GVE 33 TAUBATE 520 5,5 503 4,5 553 4,5 495 3,8 562 4,2 519 3,8 511 3,7 527 3,8 331 4,2 4.521 4,1
GVE 20 PIRACICABA 369 3,9 593 5,3 522 4,2 437 3,3 527 4,0 655 4,8 609 4,4 393 2,8 328 4,1 4.433 4,1
GVE 10 OSASCO 444 4,7 394 3,5 418 3,4 478 3,6 498 3,7 525 3,8 535 3,8 483 3,5 297 3,7 4.072 3,7
GVE 19 MARILIA 397 4,2 443 3,9 504 4,1 434 3,3 454 3,4 448 3,3 455 3,3 455 3,3 283 3,6 3.874 3,6
GVE 31 SOROCABA 233 2,5 299 2,7 407 3,3 414 3,1 453 3,4 522 3,8 454 3,3 359 2,6 249 3,1 3.390 3,1
GVE 26 SAO JOAO DA BOA VISTA 361 3,9 360 3,2 374 3,0 326 2,5 359 2,7 359 2,6 430 3,1 435 3,1 235 3,0 3.238 3,0
GVE 12 ARARAQUARA 269 2,9 277 2,5 273 2,2 335 2,5 378 2,8 409 3,0 367 2,6 687 5,0 226 2,8 3.221 3,0
GVE 25 SANTOS 255 2,7 311 2,8 295 2,4 310 2,4 407 3,1 446 3,2 387 2,8 325 2,3 216 2,7 2.952 2,7
GVE 15 BAURU 173 1,8 241 2,1 234 1,9 319 2,4 320 2,4 370 2,7 417 3,0 448 3,2 194 2,4 2.717 2,5
GVE 11 ARACATUBA 270 2,9 256 2,3 267 2,2 347 2,6 329 2,5 341 2,5 322 2,3 256 1,8 190 2,4 2.578 2,4
GVE 14 BARRETOS 272 2,9 282 2,5 292 2,4 309 2,3 253 1,9 295 2,1 284 2,0 284 2,0 179 2,3 2.450 2,2
GVE 27 SAO JOSE DOS CAMPOS 217 2,3 246 2,2 244 2,0 247 1,9 301 2,3 327 2,4 302 2,2 211 1,5 167 2,1 2.262 2,1
GVE 16 BOTUCATU 222 2,4 175 1,6 267 2,2 263 2,0 236 1,8 315 2,3 293 2,1 211 1,5 158 2,0 2.140 2,0
GVE 21 PRESIDENTE PRUDENTE 74 0,8 89 0,8 136 1,1 257 1,9 208 1,6 172 1,3 178 1,3 189 1,4 102 1,3 1.405 1,3
GVE 18 FRANCA 69 0,7 115 1,0 127 1,0 168 1,3 227 1,7 157 1,1 187 1,3 175 1,3 96 1,2 1.321 1,2
GVE 13 ASSIS 111 1,2 95 0,8 95 0,8 124 0,9 132 1,0 136 1,0 154 1,1 194 1,4 80 1,0 1.122 1,0
GVE 30 JALES 71 0,8 86 0,8 115 0,9 140 1,1 162 1,2 150 1,1 128 0,9 165 1,2 79 1,0 1.096 1,0
GVE 9 FRANCO DA ROCHA 89 0,9 114 1,0 79 0,6 62 0,5 88 0,7 118 0,9 120 0,9 119 0,9 61 0,8 850 0,8
GVE 28 CARAGUATATUBA 109 1,2 88 0,8 70 0,6 108 0,8 86 0,6 76 0,6 97 0,7 127 0,9 59 0,7 820 0,8
GVE 32 ITAPEVA 32 0,3 50 0,4 33 0,3 65 0,5 67 0,5 102 0,7 90 0,6 101 0,7 41 0,5 582 0,5
GVE 22 PRESIDENTE VENCESLAU 27 0,3 39 0,3 53 0,4 60 0,5 56 0,4 54 0,4 61 0,4 67 0,5 32 0,4 450 0,4
GVE 23 REGISTRO 58 0,6 49 0,4 28 0,2 35 0,3 35 0,3 40 0,3 43 0,3 40 0,3 26 0,3 353 0,3
Total 9.371 100,0 11.260 100,0 12.362 100,0 13.191 100,0 13.341 100,0 13.739 100,0 13.971 100,0 13.852 100,0 7.933 100,0 109.020 100,0
Fonte: SINAN - Vigilância Epidemiológica - Programa Estadual DST/Aids-SP (VE-PE DST/Aids -SP)
(*) Dados preliminares até 30/06/2015, sujeitos à revisão mensal
2015GVE Notificação/ Ano de notificação
Ano de Notificação
Total2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014
Tabela 4- Casos notificados de acidentes ocupacionais com material biológico, segundo categoria profissional, por ano de notificação, estado de São Paulo, 2007-2015*.
N % N % N % N % N % N % N % N % N % N %
Auxiliar de enfermagem 3.730 39,8 4.149 36,8 4.343 35,1 4.510 34,2 4.253 31,9 4.028 29,3 3.861 27,6 3.531 25,5 2.576 32,5 34.981 32,1
Técnico de enfermagem 1.315 14,0 1.749 15,5 2.216 17,9 2.526 19,1 2.835 21,3 3.242 23,6 3.528 25,3 3.698 26,7 1.627 20,5 22.736 20,9
Médico 975 10,4 1.280 11,4 1.461 11,8 1.387 10,5 1.394 10,4 1.426 10,4 1.467 10,5 1.460 10,5 853 10,7 11.703 10,7
Faxineiro/ Coletor de Lixo 727 7,8 912 8,1 912 7,4 1.107 8,4 1.018 7,6 1.034 7,5 1.008 7,2 1.084 7,8 612 7,7 8.414 7,7
Enfermeiro 588 6,3 777 6,9 795 6,4 869 6,6 894 6,7 981 7,1 1.053 7,5 1.093 7,9 549 6,9 7.598 7,0
Estudante 536 5,7 703 6,2 823 6,7 876 6,6 834 6,3 742 5,4 628 4,5 567 4,1 456 5,7 6.165 5,7
Cirurgião dentista/Tec.em higiene dental 375 4,0 446 4,0 485 3,9 549 4,2 537 4,0 568 4,1 607 4,3 610 4,4 326 4,1 4.503 4,1
Biologo/Trab. de laboratório de Patol. Clínica 123 1,3 147 1,3 171 1,4 192 1,5 259 1,9 226 1,6 204 1,5 225 1,6 121 1,5 1.668 1,5
Auxiliar de lavanderia 120 1,3 136 1,2 146 1,2 136 1,0 101 0,8 128 0,9 137 1,0 148 1,1 82 1,0 1.134 1,0
Agente comunitário de saúde 105 1,1 108 1,0 131 1,1 131 1,0 126 0,9 134 1,0 166 1,2 112 0,8 80 1,0 1.093 1,0
Policial militar/Bombeiro/Vigia 71 0,8 85 0,8 105 0,8 131 1,0 113 0,8 115 0,8 137 1,0 156 1,1 71 0,9 984 0,9
Motorista de Caminhão de Lixo 39 0,4 39 0,3 50 0,4 45 0,3 54 0,4 74 0,5 47 0,3 43 0,3 31 0,4 422 0,4
Outros Profissinais de saúde 198 2,1 282 2,5 307 2,5 274 2,1 352 2,6 387 2,8 392 2,8 426 3,1 203 2,6 2.821 2,6
Ignorado 469 5,0 447 4,0 417 3,4 458 3,5 571 4,3 654 4,8 737 5,3 699 5,0 346 4,4 4.798 4,4
Total 9.371 100,0 11.260 100,0 12.362 100,0 13.191 100,0 13.341 100,0 13.739 100,0 13.971 100,0 13.852 100,0 7.933 100,0 109.020 100,0
Fonte: SINAN - Vigilância Epidemiológica - Programa Estadual DST/Aids-SP (VE-PE DST/Aids -SP)
(*) Dados preliminares até 30/06/2015, sujeitos à revisão mensal
2015Total
2013 2014
Ano de notificação
2011 2012Categoria Profissional 2007 2008 2009 2010
y = 309x + 1925R² = 0,99p < 0,001
0
500
1000
1500
2000
2500
3000
3500
4000
4500
5000
2009 2010 2011 2012 2013 2014
Nú
me
ro d
e c
aso
s n
oti
fica
do
s
Ano de notificação
Auxiliar de enfermagem
Técnico de enfermagem
Médico
Faxineiro/ Coletor de Lixo
Enfermeiro
Linear (Técnico de enfermagem)
Casos de acidente com material biológico notificados segundo categorial ocupacional, periodo de 2009-2014
Fonte: SINAN - Vigilância Epidemiológica - Programa Estadual DST/Aids-SP (VE-PE DST/Aids -SP)
N % N % N % N % N % N % N % N % N % N %
Alta com conversão sorológica para HIV - - - - - - - - - - - - 1 0,0 - - - - 1 0,0
Alta após 06 meses sem conversão sorológica 2.360 25,2 2.548 22,6 2.744 22,2 3.076 23,3 3.279 24,6 3.502 25,5 3.388 24,2 2.664 19,2 729 9,2 24.288 22,3
Alta paciente fonte negativo 3.322 35,4 4.470 39,7 5.228 42,3 5.679 43,1 5.415 40,6 5.610 40,8 5.402 38,7 5.548 40,1 2.654 33,5 43.328 39,7
Abandono 1.094 11,7 1.299 11,5 1.499 12,1 1.651 12,5 1.634 12,2 1.756 12,8 1.787 12,8 1.607 11,6 146 1,8 12.473 11,4
Óbito por outra causa 1 0,0 2 0,0 2 0,0 1 0,0 1 0,0 1 0,0 0 0,0 2 0,0 1 0,0 11 0,0
Ignorado 2.594 27,7 2.941 26,1 2.889 23,4 2.784 21,1 3.012 22,6 2.870 20,9 3.394 24,3 4.031 29,1 4.402 55,5 28.919 26,5
TOTAL 9.371 100,0 11.260 100,0 12.362 100,0 13.191 100,0 13.341 100,0 13.739 100,0 13.972 100,0 13.852 100,0 7.932 100,0 109.020 100,0
Fonte: SINAN - Vigilância Epidemiológica - Programa Estadual DST/Aids-SP (VE-PE DST/Aids -SP)
(*) Dados preliminares até 30/06/2015, sujeitos à revisão mensal
2013 2014 2015
Tabela 5. Casos notificados de acidentes com material biológico segundo tipo de encerramento e ano de notificação, estado de São Paulo, 2007 a 2015*.
Evolução do caso
Ano de notificaçãoTOTAL
2007 2008 2009 2010 2011 2012
Primeiro Caso de AIDS Ocupacional entre Profissionais da Área da Saúde - Brasil
Seabra Santos et al. Braz J Infect Dis 2002;6(3):140-1
Transmission of a multidrug-resistant HIV-1 from an occupational exposure, in São Paulo, Brazil
Lopes, Giselle I.S. López –a; Coelho, Luana P.O.a; Hornke, Lorenab; Volpato, Ana P.c; Lopércio, Ana P.S.c; Cabral, Gabriela B.a; Ferreira, João L. de P.a; Domingues, Carmen S.B.c; Brígido, Luis F.M.a
AIDS : 31 July 2015 - Volume 29 - Issue 12 - p 1580–1583
IAL
IIER CRT DST AIDS
Programa municipal DST AIDS
COVISA
Vigilância em Saúde do Trabalhador
Gerencia em Vigilância em Saúde
ambiental
R
Fluxo da Informação
LCS, 27 anos, feminino, branca, auxiliar de laboratório de análises
clínicas , tempo na ocupação 1 ano e 3 meses, residente Osasco.
Acidente com exposição percutânea 12/01/2013, punção venosa para
coleta de sangue, Jelco nº 20, lúmen com sangue.
Ferimento Indicador da mão direita
Fonte : MCMS, 44 anos, feminino, em situação de rua.
Exames da Funcionária momento zero : HIV negativo
HBsAg negativo, Anti-HBc não reagente, Anti HBs reagente
HCV negativo
Caso clínico
Exames da Fonte :
HIV teste rápido positivo
Prontuário SAE : usuária de drogas, múltiplos parceiros, distúrbios mentais. Notificação:
Gestante HIV 15/03/2010
Hepatite 18/01/2010 ( PCR HCV 910.683 03/2013)
AIDS 05/02/2013
Caso clínico
Atendimento da funcionária : 26 min. após acidente;
45 min. 1ª dose Biovir + Kaletra
Tratamento 28 dias
08/04 /2013 : 3 meses após acidente :
Hepatite aguda sintomática : náuseas,vômitos, icterícia, fraqueza....
Atendimento :
HIV reagente
Anti HCV reagente
CR : genotipagem HIV MR
Acidente ocupacional prévio em 23/05/2012
Situação semelhante ao segundo acidente
Fonte do acidente HIV positivo :Recebeu Biovir + tenofovir : abandonou o acompanhamento
Caso clínico
Evolução do Caso
Realizou tratamento para Hepatite C com peginterferon e ribavirina com resposta virológica sustentada
Mantem tratamento e acompanhamento do HIV