Exposição "Música e Palavras: Obras da Coleção de Serralves"
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Música e Palavras: Obras da Coleção de SerralvesMusic and Words: Works from the Serralves Collection
Vasco Araújo
Dara Birnbaum
Luís Paulo Costa
Luisa Cunha
João Paulo Feliciano
Dan Graham
Ricardo Jacinto
Tony Oursler
Tone Scientists
Rui Toscano
Pedro Tudela
Exposição integrada no projeto “Primeira Avenida—Dinamização Económica e Social da Baixa
do Porto” / Exhibition integrated in the ‘Primeira Avenida—Social and Economic Promotion of
Porto’s downtown area’. Edifício AXA. Av. dos Aliados, nº 211. 12 Out/Oct—15 Dez/Dec, 2013
pp. 8-10
pp. 12-13
pp. 14-15
pp. 16-17
pp. 18-20
pp. 33-37
pp. 38-39
pp. 40-43
pp. 44-45
pp. 46-47
pp. 48-49
2 3
O “Primeira Avenida—Dinamização Económica e Social da Baixa do Porto”,
resulta de uma parceria entre a Câmara Municipal do Porto, através da
PortoLazer e a Porto Vivo, sendo cofinanciado pelo POVT, do QREN, através
do Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional.
A lógica pretendida visou essencialmente o reforço da dinâmica de
criatividade e intervenção social e cultural no centro da cidade, bem como
a aproximação dos vários pólos da Baixa, servindo de centro nevrálgico de
um conjunto de iniciativas e intervenções que, partindo dos Aliados e da sua
envolvente, fossem aptas a contaminar toda a Baixa, sustentando a longo
prazo o processo de reabilitação e revitalização já em curso e potenciando
o incremento da atratividade turística da cidade. E assim tem acontecido
desde a abertura do projeto à cidade em 2012, sendo hoje possível afirmar
que foram muitos os caminhos que já se cruzaram nesta Avenida!
Atrair ao centro da cidade entidades basilares da atual energia
criativa e cultural da cidade, desafiando-as a pensar e criar para este
espaço, neste tempo, devolvendo-o à cidade e, sobretudo, valorizando-o, foi
o ponto de partida para a estratégia traçada e que contou desde a primeira
hora com o entusiasmo e a entrega da Fundação de Serralves e de toda a
sua equipa, que aproveitamos para agradecer. Não podemos deixar de referir
a colaboração da AXA, que cedeu aquele que é hoje o edifício âncora do
projeto e que recebe agora esta terceira exposição de Serralves no âmbito
do Primeira Avenida, a par de outras iniciativas que, ao longo dos seus
7 pisos, tornaram “o AXA” num “espaço de partilha”, habitado por vários
agentes culturais e artísticos da cidade bem como por criadores emergentes.
Esta terceira exposição de Serralves no Primeira Avenida é assim
prova da relevância do papel que a Fundação de Serralves, a par de outros
parceiros, tem vindo a assumir neste projeto e cujo somatório de esforços e
criatividade foram, e são, essenciais para o cumprimento do desafio lançado
a todos, de se cruzarem com esta, e nesta, zona da cidade! E que assim
continue a acontecer!
Hugo Neto
Diretor Geral da PortoLazer
4 5
“Música e Palavras: Obras da Coleção de Serralves” é a terceira exposição
organizada pelo Museu de Arte Contemporânea de Serralves no âmbito do
projeto Primeira Avenida, uma parceria com a Câmara Municipal do Porto,
através da PortoLazer e da Porto Vivo SRU. Para Serralves, este programa
dinâmico permite estabelecer contextos fora das paredes do Museu e tornar
a Coleção acessível a um público mais vasto.
“Música e Palavras”, patente no edifício da companhia de seguros
AXA na Avenida dos Aliados, inclui obras de artistas nacionais e internacio-
nais de renome cujo trabalho explora a relação entre o som, a palavra
e o visual. O artista enquanto performer, a relação da arte com os meios
de comunicação social e as possibilidades materiais e performativas do som
como meio são alguns aspetos abordados nesta exposição.
Estamos especialmente gratos a todos os artistas incluídos nesta
mostra pela sua colaboração e pelas suas contribuições para esta publicação.
Em Serralves, gostaríamos de agradecer a Ricardo Nicolau pela
conceção curatorial. Marta Moreira de Almeida e Juan Luis Toboso
asseguraram a coordenação da exposição em colaboração com a registrar
Ana Sofia Andrade. Uma palavra de reconhecimento é ainda dirigida à equipa
técnica, Ana Amorim, João Brites, Vítor Costa, Ricardo Dias e Carlos Lopes,
que instalou as obras com o seu cuidado habitual.
A habilidade para trabalhar com diversos públicos e comunidades
é crucial para o projeto de Serralves. Gostaríamos de expressar o nosso
agradecimento ao Serviço Educativo, em especial a Liliana Coutinho,
Coordenadora do Serviço Educativo e a Elvira Leita, consultora, pelo programa
de atividades desenvolvido, através do qual diversos públicos podem
contactar com a exposição e com os conceitos e ideias gerados.
Agradecemos também a Maria Burmester, Coordenadora Editorial desta
publicação, bem como a Maria João Macedo pela sua inteligente conceção
gráfica e colaboração neste projeto.
Uma última palavra de gratidão para o nosso parceiro, PortoLazer, em
particular a Hugo Neto e Francisca Ramalhosa, cuja colaboração tornou este
projeto possível.
Prefácio da Diretora
Suzanne Cotter, Diretora do Museu de Serralves
‘Primeira Avenida—Social and Economic Promotion of Porto’s downtown
area’, is a partnership between Porto Municipal Council, through PortoLazer
and Porto Vivo that is co-financed by the POVT, of the NSRF, via the
European Regional Development Fund.
The project aims to strengthen creativity and social and cultural
intervention in the city centre, and thus bring the various parts of the Porto
downtown area closer together, forging a nerve centre of initiatives and
interventions. Commencing in the Avenida dos Aliados and its surrounding
area, the initiatives aim to catalyze the entire downtown zone, thereby
fostering long-term sustainability of the ongoing urban rehabilitation and
revitalization process and reinforce the city’s rising tourism appeal. This
has occurred since the project was unveiled in the city in 2012, and it’s now
possible to say that many paths have crossed each other in this Avenue!
The strategy’s starting point was to attract the city’s key creative
and cultural agents to the city centre, and challenge them to think about,
and create in, this space, thus reincorporating it within the city, and above
all valuing it. The Serralves Foundation and its entire team have been
involved in the project from the outset, and we are deeply grateful to them.
We must also express our gratitude to AXA, that has provided the project's
anchor building, which is now hosting Serralves’ third Primeira Avenida
exhibition, together with other initiatives that, across its seven floors, have
transformed the AXA building into a ‘sharing space’, inhabited by various
of the city’s cultural and artistic agents as well as emerging artists.
This third Primeira Avenida exhibition, organized by Serralves, highlights
the key role that the Foundation has played in this project, alongside other
partners, whose combined efforts and creativity have been, and continue to
be, essential in order to respond to the challenge posed to us all—to cross
paths with, and in, this part of the city! And thereby ensure that this
intermingling continues!
Hugo Neto
Managing Director of PortoLazer
6 7
Director’s Foreword
‘Music and Words: Works from the Serralves Collection’ is the third
exhibition organized by the Serralves Museum of Contemporary Art as part
of ‘Primeira Avenida’, a partnership with the City Hall of Porto through
PortoLazer and Porto Vivo SRU. For Serralves, this dynamic programme is
an opportunity to engage with contexts outside of the walls of the Museum
and to make the Collection accessible to a larger public.
‘Music and Words’ is presented in the AXA insurance company
building on the Avenida dos Aliados and includes works by a number
of leading Portuguese and international artists whose work addresses the
relationship between sound, the spoken word and the visual. The artist as
performer, the relationship between art and mass media, and the material as
well as the performative possibilities of sound as medium are some of the
aspects brought to light in the exhibition.
We are especially grateful to all artists included in the exhibition
for their collaboration and for their contribution to this publication.
At Serralves we are grateful to Ricardo Nicolau for his curatorial
conception of the exhibition. Marta Moreira de Almeida and Juan Luis Toboso,
they have ensured the exhibition’s coordination with the support of the
registrar Ana Sofia Andrade. A word of appreciation is also due to our technical
team, Ana Amorim, João Brites, Vítor Costa, Ricardo Dias, and Carlos Lopes,
who have installed the works with their usual care and diligence.
The ability to engage with diverse communities and publics is crucial
for the Serralves project. We would like to express our gratitude to the
Educational Department, especially to Liliana Coutinho, Head of Education,
and Elvira Leite, our Educational Consultant, for developing a programme of
activities through which diverse publics can engage with the exhibition and
the thoughts and ideas that it will generate.
Our appreciation also goes to Maria Burmester, Editorial Coordinator
for this publication, for ensuring its production, and to Maria João Macedo
for her thoughtful design ideas and collaboration on this project.
Finally, we would like to express our continued gratitude to our
partner, PortoLazer, in particular to Hugo Neto and Francisca Ramalhosa,
whose collaboration has made this project possible.
Suzanne Cotter, Director of the Serralves Museum
8 9Vasco Araújo, Hipólito, 2003
Vasco Araújo
Opera, singing, recital are my work material, just
as other people work with stone, wood or other
kinds of material. I use opera as my raw material
because I’m familiar with it and practice it.
The way that I’ve approached the voice and
text in my work, or to be more precise, the voice
or text, is linked to another word that I also tend
to use: staging. Staging, not only of the text, in
the dramaturgical sense, but also staging of the
voice. I believe, moreover, that staging is also
one of the general principles that provides the
best overall means of understanding my work.
In this sense, the voice has been an important
(and strategic) element in the construction of
characters that I use to speak about humanity.
It is a unique vehicle of the soul and identity, and
for this reason, the voice often acts as a protag-
onist in my work, juxtaposed to the image. The
voice tells us more than the actual content of
the words and enables me to mix ideas, that is
when visually establishing a relationship between
text and voice rather than between voice and
image. Voice, gestures and language are used
as mechanisms in order to deconstruct dominant
discourses concerning identity, thus turning art
into a language of feelings.
A ópera, o canto, o recital são a matéria com que
trabalho como outros trabalham a pedra,
a madeira ou qualquer outro material. A ópera é
a matéria-prima porque a conheço e pratico.
O modo como tenho abordado a voz e
o texto no meu trabalho, ou melhor, a voz ou o
texto remete para uma outra palavra que, também
costumo usar: encenação. Encenação não do
texto no sentido dramatúrgico, mas encenação da
voz. Julgo aliás que encenação é também um dos
princípios genéricos que melhor permite abordar
a totalidade do meu trabalho. Neste sentido a voz
tem sido um importante (e estratégico) elemento
na construção de personagens que uso para falar
do humano. Ela é um veículo singular da alma e da
identidade e, por isso, não raras vezes, nos meus
trabalhos a voz como protagonista justapõe-se
à imagem. A voz diz mais que o próprio conteúdo
das palavras e possibilita-me desarranjar ideias,
por exemplo quando estabeleço visualmente uma
relação entre texto e voz e não entre voz e imagem.
Voz, gestos e linguagem são utilizados como
mecanismos de desconstrução dos discursos
dominantes sobre a identidade, convertendo
a arte numa linguagem de sensações.
10 11Vasco Araújo, Hipólito, 2003
12 13
Dara Birnbaum
[…] Para mim, todas as obras realizadas entre
1978−85 são “estados alterados” que levam
o observador a reexaminar esses “visuais” que
à primeira vista parecem tão banais que até a
transformação sobrenatural de uma secretária
numa “mulher maravilha” se resume a uma
explosão de luz intensa e uma torção do corpo—
dispositivos rítmicos, fáceis como uma brincadeira
de crianças, inseridos na beligerância morosa
do pasto que é a nossa dieta média de televisão
diária. Considero que é nossa responsabili-
dade sensibilizarmo-nos cada vez mais para as
perspetivas alternativas que se alcançam através
do modo como usamos os meios de comunicação
social—e descobrirmos conscientemente a
capacidade de exprimir a “voz individual”—seja
ela divergência, afirmação ou neutralidade (em
vez de supressão de problemas e entorpecimento,
devido ao “bombardeamento” constante que esse
meio cumpre com demasiada facilidade). Nos anos
1970 parecia melhor abordar essa tarefa através
da apropriação direta da imagística dos meios
de comunicação social—imagística que se tornara
indisponível para uso redirecionado no domínio
do público, embora continuasse aprovada para
se dirigir a esse público. Nos anos 1980, sinto
que é melhor estratégia retomar abertamente
a questão da possibilidade de novas formas de
representação, imagem, e significado através
da nossa própria utilização das ferramentas e
dos subprodutos da indústria. Podíamos encarar
essas ferramentas como possíveis “instrumentos
populares”, criando obras que permitiriam a
emergência de novos temas e empenhando-nos
numa prática que revelaria novos “valores
e visões”—embora criados por meio de uma
linguagem e uma forma dominantes.
[…] For me, all the works completed form
1978−85 are ‘altered states’ causing the viewer
to re-examine those ‘looks’ which on the surface
seem so banal that even the super-natural
transformation of a secretary into a ‘wonder
woman’ is reduced to a burst of blinding light and
a turn of the body—a child’s play of rhythmical
devices inserted within the morose belligerence
of the fodder that is our average daily television
diet. I consider it to be our responsibility to
become increasingly aware of alternative perspec-
tives which can be achieved through our use of
media—and to consciously find the ability for
expression of the ‘individual voice’—whether it
be dissension, affirmation, or neutrality (rather
than a deletion of the issues and numbness,
due to the constant ‘bombardment’, which this
medium can all too easily maintain.) In the 1970s
it seemed best to approach this task by directly
appropriating imagery from the mass media—
imagery which had made itself unavailable for
redirected use within the public’s domain while
still being allowed to issue itself at that public.
In the 1980s, I feel that it is a better strategy to
openly re-engage the issue of possible new forms
of representation, image, and meaning through
our own use of the tools and by-products of
the industry. We could approach these tools as
possible ‘folk instruments’, creating works which
would allow new issues to surface and engaging
in a practice which could reveal new ‘views
and values’—while created through a dominant
language and form.
Dara Birnbaum, in Talking Back to the Media, Amesterdão/Amsterdam: Stiching De Appel, 1985, p. 49.
Dara Birnbaum, New Music Shorts, 1981
14 15Luís Paulo Costa, Drums, 2007
Luís Paulo Costa, In a Silent Way, 2007
Luís Paulo Costa
The incidence of idiopathic sudden SNHL is estimated to be approximately 5 to 20 per 100.000 persons per year, although the incidence may be even higher because some patients who recover spontaneously from sudden SNHL may not seek medical attention. The frequency appears to increase with advancing age, ranging from 4,7 per 100.000 persons 20-30 years of age to 15.8 per 100.000 persons 50-60 years of age. The mean overall age for sudden SNHL ranges from 46-49 years of age. The incidence of bilateral involvement is quite variable (1-80%). There is no predilection to sex, and sudden SNHL does not occur in a seasonal pattern.
Estima-se que a incidência da surdez neuro- -sensorial súbita idiopática (SNSSI) seja de aproximadamente 5 a 20 em cada 100,000 pessoas por ano, embora possa ser ainda maior porque alguns doentes que recuperam espontaneamente de SNSSI talvez não recorram ao médico. A frequência parece aumentar com o avançar da idade, de 4,7 em cada 100,000 pessoas com 20-30 anos a 15,8 em cada 100,000 pessoas com 50-60 anos de idade. A média geral da idade dos doentes com surdez neuro-sensorial súbita idiopática é de 46-49 anos. A incidência do envolvimento bilateral é bastante variável (1-80%). Não existe predileção em relação ao sexo e a SNSSI não ocorre num padrão sazonal.
N.T. ver https://www.sporl.pt/Portals/0/Revista/PDFs/vol49_n4_dez2011.pdf / See http://www2.utmb.edu/otoref/Grnds/GrndsIndex.html
16 17
Luisa Cunha
Nunca memorizei a letra de uma canção. Também
nunca entoei uma música. No entanto, oiço canções
e peças de música em loop até à exaustão. Só uma
ou duas durante um tempo que pode ir até meses.
Até se tornarem visuais e performativas. Até
ganharem um outro corpo.
I’ve never memorized the lyrics of a song. I’ve also
never chanted a piece of music. However, I listen
to songs and music in endless loops. Only one or
two tracks at a time, sometimes over many months.
Until they become visual and performative. Until
they gain another body.
Luisa Cunha, Words for Gardens, 2006-07
18 19João Paulo Feliciano, Crash Music, 1991
João Paulo Feliciano
My relationship with music is identical to my relationship with art: I like, think and do. It’s as simple as that.
A minha relação com a música é igual á minha relação com a arte: gosto, penso e faço. Tão simples quanto isso.
20
Discos / Records
João Paulo Feliciano, Crash Music, 1991
1. Andy Warhol Capa do LP 12” / 12” LP cover, The Velvet Underground, The Velvet Underground & Nico, Verve Records, 19682. Ed Ruscha Capa do LP 12” / 12” LP cover, Mason Williams, Music, Warner Bros., Seven Arts Records, 1969
4
3 5
3. Andy WarholCapa do LP 12” / 12” LP cover, The Rolling Stones, Sticky Fingers, Rolling Stones Records, 19714. Robert Frank Capa do LP 12” / 12” LP cover, The Rolling Stones, Exile On Main St., Rolling Stones Records, 1972
5. Robert MapplethorpeCapa do LP 12” / 12” LP cover, Patti Smith, Horses, Arista Records, 1975
2
1
11
6. Sol Lewitt Capa do LP 12” / 12” LP cover, Philip Glass, Music in Twelve Parts. Parts 1 & 2, Caroline, 19767. Peter Saville Capa do LP 12” / 12” LP cover, Brian Eno, David Byrne, My Life In The Bush Of Ghosts, EG. Polydor, 1981
8. Jean CocteauCapa do LP 12” / 12” LP cover, Rip Rig + Panic, You're My Kind of Climate, Virgin, 19829. Andy WarholCapa do LP 12” / 12” LP cover, Diana Ross, Silk Electric, RCA, 198210. Paulo Nozolino Capa do LP 12” / 12” LP cover, Heróis do Mar, Amor, Philips/Polygram, 1982
11. Willem De Kooning Capa do LP 12” / 12” LP cover, Edvard Lieber, Music to Paintings, White Records, 1983
6
7
8
9
10
17. Jean-Michel Basquiat Capa do LP 12” / 12” LP cover, The Offs, First Record, CD Presents, Ltd., 198418. Lawrence WeinerCapa do LP 12” / 12” LP cover, Thick Pigeon, Thick Pigeon—Too Crazy Cowboys, Factory, 1984
19. Keith Haring Capa do LP 12” / 12” LP cover, Keith Haring, George Delmerico, A Diamond Hidden in the Mouth of a Corpse, Giorno Poetry Systems, 1985
17 19
18
12. Robert Rauschenberg Capa do LP 12” / 12” LP cover, Talking Heads, Speaking in Tongues, Sire, 198313. Jean-Michel Basquiat Capa do LP 12” / 12” LP cover, Rammellzee, K-Rob, Beat Bop, Tartown, 1983
14. Peter Saville Capa do LP 12” / 12” LP cover, New Order, Blue Monday, Factory, 198315. Roy LichtensteinCapa do LP 12” / 12” LP cover, Bobby “O”, I Cry For You, BMC Records, 198316. Keith Haring Capa do LP 12” / 12” LP cover, Malcolm McLaren, Keith Haring, World's Famous Supreme Team, Scratchin, Virgin Records / Charisma Records, 1984
12 14
15
16
13
24. Raymond Pettibon Capa do LP 12” / 12” LP cover, Sonic Youth, Goo, DGC, 199025. Damien Hirst Capa do LP 12” / 12” LP cover, David Stewart, Heart of Stone (The “Sure is Pure” Remixes), Anxious Records, EastWest, 199426. Barbara Kruger Capa do LP 12” / 12” LP cover, Consolidated, Business of Punishment, London Records, 1994
22 24
23 25
26
20. Keith Haring Capa do LP 12” / 12” LP cover, Keith Haring, Someone Like You, Warner Bros. Records Inc., 198621. Alberto Lopes e/and Henrique Cayatte Capa do LP 12” / 12” LP cover, Júlio Pereira, Miradouro, Schiu!, 1987
22. Robert Mapplethorpe Capa do LP 12” / 12” LP cover, Laurie Anderson, Strange Angels, Warner Bros, 198923. Jorge MartinsCapa do LP 12” / 12” LP cover, António Pinho Vargas, Os Jogos do Mundo, EMI, 1989
21
20
29
30
27. João Paulo Feliciano Capa do LP 12” / 12” LP cover, Sonic Youth, Blastic Scene, Moneyland Records, 199528. Marnie WeberCapa do LP 12” / 12” LP cover, Sonic Youth, A Thousand Leaves, Geffen Records, My So Called Records, 1998
29. Heitor Alvelos Capa do LP 12” / 12” LP cover, Rafael Toral, Violence of Discovery and Calm of Acceptance, Staubgold 17, 200130. Daniel MalhãoCapa do LP 12” / 12” LP cover, Rafael Toral, Space, Taiga Records, 2007
28
27
33Dan Graham, Past Future / Split Attention, 1972
Todos os discos pertencem à Coleção Salvador
Massala em depósito na Fundação de Serralves
—Museu de Arte Contemporânea, Porto. / All
records belong to the Salvador Massala Collection
on long-term loan to Fundação de Serralves—
Museu de Arte Contemporânea, Porto.
34 35Dan Graham, Past Future / Split Attention, 1972
36 37
Dan Graham
Duas pessoas que se conhecem uma à outra
estão no mesmo espaço. Enquanto uma prevê
continuamente o comportamento da outra, a outra
narra (de memória) o comportamento passado
dessa pessoa.
Ambos os intérpretes se encontram no
presente, portanto é necessário o conhecimento
do passado para deduzir de forma contínua
o comportamento futuro (em termos de relação
causal). Para que um veja o outro em termos do
presente (atenção), há um reflexo de espelho ou
loop em forma de oito com feedback/feedahead
sobre o passado e o futuro. O comportamento de
um reflete/depende reciprocamente do comporta-
mento do outro, de modo a que a informação
de cada um seja vista como o reflexo do efeito que
o próprio comportamento de ambos no passado
imediato exerce no tempo invertido, tal como
é percecionado pela visão que o outro tem de
si próprio.
Two people who know each other are in the same
space. While one predicts continuously the other
person's behaviour, the other person recounts
(by memory) the other's past behaviour.
Both performers are in the present, so
knowledge of the past is needed to continuously
deduce future behaviour (in terms of causal
relation). For one to see the other in terms of the
present (attention), there is a mirror reflection or
closed figure-eight feedback/feedahead loop of
past/future. One person's behaviour reciprocally
reflects/depends upon the other's, so that each
one's information is seen as a reflection of the
effect that their own just-past behaviour has had
in reversed tense, as perceived from the other's
view of himself.
Dan Graham, “Past Future / Split Attention”, in Brian Wallis (ed.), Rock My Religion: Writings and Art Projects, Cambridge Mass.: MIT Press, p. 66.
Dan Graham, Past Future / Split Attention, 1972
38 39Ricardo Jacinto, Locator, 2008
An artist, musician and architect by training,
Ricardo Jacinto transposes his versatile training
to his works. His works frequently resort to real
objects (functional and everyday items) in a
gesture of appropriation, that moves away from
the readymade, to the extent that it does not
overlook the pragmatic context of the chosen
item, but instead underlines it via recurrent
themes: games, sport and exhibition devices
(stages, projectors, seating rows, concerts,
instruments and performances).
His works are both scenographic and
sculptural, and use sound recording and various
types of social intervention, in which the general
public or audience have a predominant role in
‘activation’ of the works or performances. Space,
as a performative field of the inter-relationship
between the audience and the performers that
has a limited existence in time, occupies a central
place in Ricardo Jacinto’s work.
Artista plástico, músico e arquiteto de formação
transpõe para as suas peças a sua formação
polifacetada. Os seus trabalhos recorrem com
frequência a objetos reais (funcio-nais e do
quotidiano) num gesto de apropriação que se
afasta do readymade na medida em que não
negligencia o contexto pragmático do objeto
escolhido, mas antes sublinha-o em temáticas
recorrentes: o jogo, o desporto e os dispositivos
de exibição (palcos, projetores, bancadas,
concertos, instrumentos e espectáculos).
Tão cenográficas quanto escultóricas, as
suas peças recorrem ao registo sonoro e a vários
tipos de intervenção social em que o público
ou a audiência têm um papel predominante na
“ativação” das peças ou das performances. O
espaço como campo performativo de inter-relação
entre a audiência e os intérpretes tem uma
existência limitada no tempo e ocupa um lugar
central na obra de Ricardo Jacinto.
Ricardo Jacinto
Ricardo Nicolau, “Ricardo Jacinto”, in Culturgest, Lisboa, disponível em / available at <http://www.culturgest.pt/docs/cdp07_06.pdf> [acedido em 1 de outubro de 2013 / accessed on 1 October 2013].
40 41Tony Oursler (em colaboração com / in collaboration with Sonic Youth), Tunic (Song for Karen), 1990
42 43
Almost any of Tony Oursler’s shows has
confronted the visitor with a cacophony of voice
tracks, mingling among a melange of projected
images, each voicing its own complaints,
introspective remarks, or censorious social
commentary. For Oursler, music, has served largely
to condition the viewer's emotional ambiance
toward a receptivity to the messages of his voices,
once the viewer's eye is bedazzled by his images.
Tony Oursler's exploration of sound has
led from stream-of-consciousness narration and
voiceover of inanimate objects to collaborations
with acclaimed musicians and sound artists. In
the late 1970s and early 80s, he experimented
with sound and collaborated with Mike Kelley and
John Miller as part of The Poetics, an art band
that united the artists’ interest in music and
performance.
Praticamente qualquer das exposições de Tony
Oursler confronta o visitante com uma cacofonia
de vozes gravadas que se combinam por entre
um aglomerado de imagens projetadas, cada
uma dando expressão às suas próprias queixas,
observações introspetivas ou censuras. Para
Oursler, a música serve em grande medida para
condicionar o estado de espírito do observador
tornando-o recetivo às mensagens das suas
vozes, depois de o olho do observador ser
deslumbrado pelas suas imagens.
A exploração do som por Tony Oursler
passou da narração “corrente-de-consciência” e
das falas gravadas por cima de objetos inanimados
a colaborações com aclamados músicos e artistas
do som. Em finais dos anos 1970, início dos anos
1980, realizou experiências com som e colaborou
com Mike Kelley e John Miller em The Poetics, uma
banda artística que congregava o interesse dos
artistas pela música e pela performance.
Tony Oursler
Tony Conrad, “Who Will Give Answer to the Call of My Voice? Sound in the Work of Tony Oursler”, in E. Janus & G. Moore (eds),
Tony Oursler, Barcelona: Ediciones Póligrafa, pp. 150-66.
Tony Oursler (em colaboração com / in collaboration with Sonic Youth), Tunic (Song for Karen), 1990
44 45Tone Scientists, One Chord, 2001
Tone Scientists
A triple projection shows Valério on the guitar to the left, Roque on the drums in the centre, and Toscano on the bass guitar to the right. Once again they are cut out against a white background, thus resembling animated dolls. The Tone Scientists perform what was supposed to be a chord. They create a minimal-repetitive sonic flow complemented by amazing animation effects of images (in particular levitation, ghosts and rotation of the bodies of Toscano and Valério) in a work of huge perceptive impact. [...]
The Tone Scientists is a band formed in 1996 by Rui Toscano (1970), Rui Valério (1969) and Carlos Roque (1969), which transposes references and conventions from pop/rock music into artistic practice, using this as a stratagem to establish an analogy with a pop/rock band.
Uma tripla projeção mostra Valério à esquerda na guitarra, Roque ao centro na bateria e Toscano à direita no Baixo. Mais uma vez recortados sobre fundo branco, assemelhando-se a bonecos animados, os Tone Scientists interpretam o que era suposto ser um acorde. Criam um fluxo sonoro minimal-repetitivo a que se vêm aliar surpreen-dentes efeitos de animação das imagens (com destaque para a levitação, os fantasmas e a rotação dos corpos de Toscano e Valério) numa peça de enorme impacto percetivo. […]
Os Tone Scientists são um coletivo formado em 1996 por Rui Toscano (1970), Rui Valério (1969) e Carlos Roque (1969), que transpõe para a prática artística referencias e convenções do universo da música pop/rock, usando como estratagema a analogia com uma banda desse género.
One Chord was recorded at Estúdio Diabolaget and edited at Praça do Chile, in Lisbon, mid 2001. Rui Valério plays guitar; Rui Toscano, bass; and Carlos Roque, drums. Play it loud as possible.
Miguel Wandschneider, “Tone Scientists”, in Slowmotion, Caldas da Rainha: ESTGAD, 2001, n.p.
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Rui Toscano
It’s possible to define two different situations
for exploration of sound in my work: one in the
context of video works, the other in relation to
works that I call ‘sound sculptures’. In relation to
videos, sound serves as a soundtrack, according
to the canonical principles of video production,
film history and the moving image.
In terms of sound sculptures—works
made with portable radio-cassette recorders
(the ‘Brixton briefcases’ and boomboxes/
ghetto-blasters of the 1980s)—sound emerges
as an alien matter to the sculptural object,
through understanding of the sculpture as a
perennial, static silent object… This under-
standing is even more evident in the principles
of minimalism. And when the sound is emitted from
a ghetto-blaster/boombox, a paradigmatic object
of street subculture, hip-hop, the counterpoint
is exponential between this alien matter and
minimalism—the structural basis of this entire
body of work.
In these works, sound is used strategically,
in order to add information to the equation of the
object and thereby produce meaning. But sound
also works as a pretext. To identify the work to
the viewer. To show that the work is there. And
perhaps this is the most important aspect.
É possível definir duas situações distintas para
a exploração do som no meu trabalho: uma no
contexto das obras videográficas, outra relativa-
mente às peças que precisamente denomino de
“esculturas sonoras”. Em relação aos vídeos, o
som funciona enquanto banda sonora, segundo
princípios canónicos da prática do vídeo, da
história do cinema, das imagens em movimento.
Já nas esculturas sonoras—peças feitas
com rádio-gravadores portáteis (os ‘tijolos’,
boomboxes/guetto-blasters dos anos 1980)—
o som surge enquanto matéria estranha ao
objeto escultórico, pelo próprio entendimento
da escultura como objeto perene, estático,
silencioso… Entendimento ainda mais evidente
nos princípios do minimalismo. E quando o som
provém de um tijolo/boombox, objeto paradig-
mático das subculturas de rua, do hip-hop, o
contraponto é exponencial entre esta matéria
estranha e o minimalismo—base estruturante
de todo este corpo de trabalho.
Nestas peças, a utilização do som, estra-
tegicamente adiciona informação à equação do
objeto para a produção de sentido. Mas o som
também funciona como um pretexto. Para apontar
a peça ao espectador. Para mostrar que a peça
está ali. E talvez seja o mais importante.
Rui Toscano, Light Corner, 2006
48 49Pedro Tudela, A idade do cacifo, 1997
Pedro Tudela
Music and sound have assumed various levels
of importance during my career. It’s been an
instinctive partnership and a source of inspiration.
Also a source of enthusiasm and profiling,
understanding and appropriation, adaptation
and composition. I have no academic musical
training, I’ve learnt my skills over the course
of these different stages. But my approach and
development is as visual as that of any artist,
as any academically-trained painter.
A música e o som tiveram vários tipos de peso
ao longo do meu percurso. Foi instintiva parceria
e inspiração. Também entusiasmo e perfilhação,
compreensão e apropriação, adequação e
composição. A minha formação musical não é
académica, fez-se de todas estas fases. Mas
a minha abordagem e desenvolvimento é tão
plástica quanto a de um artista plástico, pintor
de formação.
Pedro Tudela entrevistado por / interviewed by Maria Leonor Nunes, “A matéria do segredo”, in Jornal de Letras, Artes e Ideias (Lisboa), janeiro/January 2008, disponível em / available at <http://pedrotudela.org/txt/48/> [acedido em 2 de outubro de 2013 / accessed on 2 October 2013].
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Vasco Araújo, Hipólito, 2003
Vídeo (DVD), cor, som, 14’03” / Video (DVD),
colour, sound, 14’03”. Col./Coll. Fundação de
Serralves—Museu de Arte Contemporânea, Porto
Dara Birnbaum, New Music Shorts, 1981
Vídeo (Pal), 4:3, cor, som, 6’16” / Video (Pal),
4:3, colour, sound, 6’16”. Col./Coll. Fundação de
Serralves—Museu de Arte Contemporânea, Porto
Luís Paulo Costa, In a Silent Way, 2007
Tinta acrílica sobre fio elétrico e colunas /
Acrylic paint on electric wire and speakers.
Dimensões variáveis / Dimensions variable. Col./
Coll. Fundação de Serralves—Museu de Arte
Contemporânea, Porto
Luís Paulo Costa, Drums, 2007
Bateria pintada, sensor de movimento, som /
Painted drum set, movement sensor, sound.
Dimensões variáveis / Dimensions variable. Col./
Coll. Fundação de Serralves—Museu de Arte
Contemporânea, Porto
Luisa Cunha, Words for Gardens, 2006-07
Banco de jardim, auscultadores, leitor de CD,
voz gravada (5’42”, loop) / Garden bench,
speakers, CD player, recorded voice (5’42”, loop).
Dimensões variáveis / Dimensions variable. Col./
Coll. Fundação de Serralves—Museu de Arte
Contemporânea, Porto
João Paulo Feliciano, Crash Music, 1991
50 LPs atirados contra a parede / 50 LPs
thrown against the wall. Dimensões variáveis
/ Dimensions variable. Col./Coll. Fundação de
Serralves—Museu de Arte Contemporânea, Porto
Dan Graham, Past Future / Split Attention, 1972
Vídeo (Pal), 4:3, p/b, som, 17’03” / Video (Pal),
4:3, b&w, sound, 17’03”. Col./Coll. Fundação de
Serralves—Museu de Arte Contemporânea, Porto
Ricardo Jacinto, Locator, 2008
Tubo multicamada de PVC e alumínio, latão
/ Multilayer PVC and aluminium tube, brass.
Dimensões variáveis / Dimensions variable. Col./
Coll. Fundação de Serralves—Museu de Arte
Contemporânea, Porto
Tony Oursler (em colaboração com / in collaboration with Sonic Youth), Tunic (Song for Karen), 1990
Vídeo, cor, som, 6’17” / Video, colour, sound,
6’17”. Col./Coll. Fundação de Serralves—Museu
de Arte Contemporânea, Porto
Tone Scientists, One Chord, 2001
3 projeções vídeo (DVD Pal transferido para DVD),
cor, som, 15’, loop / 3 video projections, (DVD Pal
transferred to DVD), colour, sound, 15’, loop.
250 x 1000 cm. Col./Coll. Fundação de Serralves
—Museu de Arte Contemporânea, Porto
Rui Toscano, Light Corner, 2006
9 rádio-gravadores portáteis, som / 9 boom
boxes, sound. 209 x 185 x 188 cm. Col./
Coll. Fundação de Serralves—Museu de Arte
Contemporânea, Porto
Pedro Tudela, A idade do cacifo, 1997
Técnica mista e som / Mixed media and sound.
160 x 34,5 x 40 cm. Col./Coll. Banco Privado, em
depósito na / on long-term loan to Fundação de
Serralves—Museu de Arte Contemporânea, Porto
Lista de obras / List of works
O programa Serralves na Primeira Avenida insere-se
no projeto “Primeira Avenida—Dinamização
Económica e Social da Baixa do Porto” que resulta
de uma parceria entre a Câmara Municipal do Porto,
através da PortoLazer e a Porto Vivo SRU, sendo
cofinanciado pelo Programa Operacional Temático
Valorização do Território, do QREN, através do
Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional.
/ The Serralves programme in the project ‘Primeira
Avenida—Social and Economic Promotion of Porto’s
downtown area’ is a partnership between Porto
Municipal Council (through PortoLazer), and Porto
Vivo SRU, co-financed by the Thematic Territorial
Enhancement Operational Programme of the
National Strategic Reference Framework (NSRF),
via the European Regional Development Fund.
Conceção / Concept Ricardo Nicolau
Coordenação / Coordination Filipa Loureiro
Organização / Organization Fundação de Serralves
Promotores / Promoters Câmara Municipal do Porto / PortoLazer
3ª Exposição / 3rd Exhibition
Música e Palavras: Obras da Coleção
de Serralves / Music and Words: Works
from the Serralves Collection
12 de outubro a 31 de dezembro de 2013
12 October to 31 December 2013
Exposição / Exhibition
Curadoria / Curator Ricardo Nicolau
Coordenação / Coordination Juan Luis Toboso
Registo e transporte / Registration and transport Ana Sofia Andrade
Equipa de montagem / Installation team João BritesRicardo DiasCarlos Lopes
Vídeo / Video Ana Amorim
Som / Sound Vítor Costa
Publicação / Publication
Conceção / Concept Ricardo Nicolau
Design gráfico / Graphic design Maria João Macedo
Coordenação / Coordination Maria Burmester
Fotografias / Photos Filipe Braga, © Fundação de Serralves, Porto, exceto/except p.45: Rita Burmester, © Fundação de Serralves, Porto
Traduções / Translations Martin DaleSofia Gomes
Edição / Copy-editing Paul BuckMaria Burmester
Pré-impressão, impressão e acabamento / Pre-press, printing and binding Empresa Diário do Porto
ISBN: 978-972-739-297-1
© 2013 Fundação de Serralves, Porto © das fotografias, dos textos e das traduções: os autores, salvo menção contrária / of photographs, texts and translations: the authors, unless otherwise mentioned
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Programa Serralves na Primeira Avenida Serralves Programme in the Primeira Avenida