Exploração e pesquisa no mundo da web

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Exploração e Pesquisa no Mundo da Web Módulo 1- Selecionar INFO-INCLUÍDOS Atualmente, em todo o mundo, as bibliotecas colocam ao dispor dos seus utilizadores uma enorme variedade de fontes, incluindo a Internet. O desenvolvimento de competências ao nível da Literacia da Informação permite adquirir uma melhor capacidade para a seleção, pesquisa e avaliação dessas fontes. O L-Info é um Tutorial destinado a todos estudantes que desenvolvem trabalhos de pesquisa ao longo do seu percurso escolar e académico. Pensado, sobretudo, para alunos do2º e 3º Ciclo e Ensino Secundário, será, certamente, também útil a todos aqueles que estejam interessados em desenvolver e a ajudar a desenvolver estas competências. Baseado no TILT (Texas Information Literacy Tutorial) , pretende preparar-te para a exploração e pesquisa no mundo da Web. Módulo 1- Seleção Ao longo dos seus três módulos - Seleção, Pesquisa e Avaliação da informação - encontrarás atividades que te ajudarão a consolidar alguns conhecimentos. Selecionar: escolher ou separar segundo critérios de qualidade ou valor. Ao longo do teu percurso escolar, tens necessidade de elaborar pesquisas para os trabalhos e projetos de investigação que te vão sendo propostos. Depois de concluídos os estudos, é provável que continues a pesquisar e a necessitar de informação para a tomada de decisões no teu trabalho e no dia a dia. As competências em pesquisa que adquiriste, e que deverás continuar a desenvolver, ajudar-te-ão na tua vida profissional e pessoal. Se juntares as fontes da tua biblioteca às da Internet tens ao teu dispor uma quantidade infindável de informação. Nesta enormidade de recursos disponíveis, temos, frequentemente, dificuldade em encontrar aqueles que respondem às nossas necessidades. O Módulo 1 procura ajudar-te nesta tarefa. Apresenta as diferentes fontes de informação disponíveis, onde encontrá-las e como selecionar as melhores. Demora aproximadamente 30 minutos a concluir. Depois de completares esta secção do L-info deverás ser capaz de: Identificar toda a variedade de fontes de informação disponível; Reconhecer que a escolha correta das fontes dependerá das tuas necessidades de pesquisa; Identificar as características da informação existente na Web;

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Exploração e Pesquisa no Mundo da Web

Módulo 1- Selecionar

INFO-INCLUÍDOS

Atualmente, em todo o mundo, as bibliotecas colocam ao dispor dos seus utilizadores uma

enorme variedade de fontes, incluindo a Internet. O desenvolvimento de competências ao nível da

Literacia da Informação permite adquirir uma melhor capacidade para a seleção, pesquisa e

avaliação dessas fontes.

O L-Info é um Tutorial destinado a todos estudantes que desenvolvem trabalhos de pesquisa ao

longo do seu percurso escolar e académico. Pensado, sobretudo, para alunos do2º e 3º Ciclo e

Ensino Secundário, será, certamente, também útil a todos aqueles que estejam interessados em

desenvolver e a ajudar a desenvolver estas competências. Baseado no TILT (Texas Information

Literacy Tutorial), pretende preparar-te para a exploração e pesquisa no mundo da Web.

Módulo 1- Seleção

Ao longo dos seus três módulos - Seleção, Pesquisa e Avaliação da informação - encontrarás

atividades que te ajudarão a consolidar alguns conhecimentos.

Selecionar: escolher ou separar segundo critérios de qualidade ou valor.

Ao longo do teu percurso escolar, tens necessidade de elaborar pesquisas para os trabalhos e

projetos de investigação que te vão sendo propostos. Depois de concluídos os estudos, é

provável que continues a pesquisar e a necessitar de informação para a tomada de decisões no

teu trabalho e no dia a dia. As competências em pesquisa que adquiriste, e que deverás continuar

a desenvolver, ajudar-te-ão na tua vida profissional e pessoal.

Se juntares as fontes da tua biblioteca às da Internet tens ao teu dispor uma quantidade infindável

de informação. Nesta enormidade de recursos disponíveis, temos, frequentemente, dificuldade

em encontrar aqueles que respondem às nossas necessidades.

O Módulo 1 procura ajudar-te nesta tarefa. Apresenta as diferentes fontes de informação

disponíveis, onde encontrá-las e como selecionar as melhores. Demora aproximadamente 30

minutos a concluir.

Depois de completares esta secção do L-info deverás ser capaz de:

Identificar toda a variedade de fontes de informação disponível;

Reconhecer que a escolha correta das fontes dependerá das tuas necessidades de

pesquisa;

Identificar as características da informação existente na Web;

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Identificar as características das fontes de informação existentes nas bibliotecas;

Reconhecer que a coleção de uma biblioteca é composta por documentos físicos e

documentos existentes na Web;

Recordar aquilo que pode ser encontrado num índice de periódicos;

Referir as razões para o uso de um índice de periódicos;

Distinguir as revistas científicas das revistas de atualidades.

FONTES DE INFORMAÇÃO

A informação pode chegar-nos de praticamente todos os lados: experiências pessoais, livros,

artigos, opiniões de peritos, enciclopédias, a Web, etc. O tipo de informação a que irás recorrer

variará consoante as questões a que estás a tentar dar resposta. Atenta nas fontes de informação

que se seguem para saberes o que as distingue umas das outras.

Deverás ter em atenção o seguinte:

1. Que fontes podes encontrar

linha;

2. Quais as que conduzem a informação suplementar sobre o teu tema de trabalho;

3. Quais as que utilizarias na elaboração de um trabalho de pesquisa.

CATÁLOGO DA BIBLIOTECA

O catálogo é uma base de dados pesquisável com todos os documentos existentes na biblioteca.

Ajuda-te a localizar uma fonte, ou um conjunto de fontes, que a biblioteca possui sobre o tema

que procuras. Uma vez que cada biblioteca e cada coleção são únicas, cada catálogo também o

é.

Utiliza o catálogo da biblioteca:

Para procurares tudo o que esta reúne sobre o teu tema de pesquisa;

Para localizares no espaço da biblioteca o documento de que necessitas.

Exemplos de catálogos de bibliotecas disponíveis na World Wide Web:

Biblioteca da Universidade de Évora - http://www.bib.uevora.pt/

PORBASE – Catálogo Coletivo em Linha das Bibliotecas Portuguesas:

http://opac.porbase.org

JORNAIS

Um jornal é constituído por um conjunto de artigos sobre assuntos da atualidade diária. Os

jornais locais ou regionais, podem ser importantes fontes de informação no que diz respeito às

zonas geográficas que abarcam. Tal como as revistas de atualidades ou científicas, são

denominados de “periódicos” devido à regularidade da sua publicação.

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Muitos dos jornais editam sítios na Web com as notícias do dia. Contudo, a versão em linha de

um jornal poderá conter menos artigos que a impressa e, por vezes, estar sujeita ao pagamento

de taxas de acesso, quer para as notícias diárias, quer para a consulta de artigos editados em

números anteriores. De qualquer modo, poderás encontrar o que necessitas, gratuitamente, na

tua biblioteca.

Deverás recorrer aos jornais:

Se pretendes informação atualizada sobre acontecimentos locais, nacionais ou

internacionais;

Se procuras editoriais, comentários ou artigos de opinião.

Exemplos de jornais:

Público (versão em linha em http://www.publico.clix.pt/)

Jornal de Notícias (versão em linha em http://jn.sapo.pt/)

Expresso (versão em linha em http://expresso.clix.pt)

Diário do Alentejo (versão em linha em http://www.diariodoalentejo.pt/)

LIVROS

Os livros tratam de praticamente qualquer tema, de ficção ou não.

Para fins de investigação, é provável que procures livros que sintetizem a informação existente

sobre um assunto e que defendam uma determinada tese ou apresentem determinados

argumentos.

As bibliotecas organizam e dispõem as suas coleções de livros em estantaria apropriada.

Nalgumas delas poderás também encontrar livros em formato eletrónico (e-books).

Deverás recorrer aos livros:

Sempre que pretendas informação aprofundada sobre um determinado assunto;

Para relacionar o teu tema de pesquisa com outros temas de interesse;

Para conhecer o que foi anteriormente publicado sobre o assunto;

Para encontrar resultados de investigações que sirvam de suporte a uma determinada

tese.

Exemplos:

SCHMIDT, Luísa, NAVE, Joaquim Gil e GUERRA, João - Autarquias e desenvolvimento

sustentável. Lisboa: Fronteira do Caos, 2005.

Fundação Calouste Gulbenkian - Globalização, ciência, cultura e religiões. Lisboa: Dom

Quixote, 2003.

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ENCICLOPÉDIAS

As enciclopédias são constituídas por pequenos artigos de carácter factual, escritos por

especialistas nos vários temas focados. Existem dois tipos de enciclopédias: as generalistas e as

especializadas. As primeiras incluem pequenos artigos sobre um variado conjunto de tópicos. As

segundas contêm artigos mais aprofundados relacionados com uma determinada área científica

ou de estudo.

O melhor local para encontrares uma enciclopédia é a biblioteca. Contudo, poderás também

encontrar algumas na Web.

Deverás recorrer a uma enciclopédia:

Caso pretendas, como ponto de partida, informação básica e sucinta sobre um

determinado tema;

Caso procures algumas datas mais significativas, conceitos ou ideias-chave.

Exemplos de enciclopédias:

Enciclopédia Verbo luso-brasileira de cultura (enciclopédia generalista);

Logos. Enciclopédia luso-brasileira de filosofia (enciclopédia especializada)

Infopédia (enciclopédia em linha: www.infopedia.pt )

WORLD WIDE WEB

A Web permite aceder a todos os tipos de informação existentes na Internet, através de um

navegador (browser).

Uma das principais características da Web é a capacidade de rapidamente estabelecer ligações

entre páginas e sítios diferentes mas que contenham informação relacionada com o que estamos

a pesquisar. Aqui podemos encontrar informação não apenas em texto mas também sob a forma

de sons, imagens fixas ou vídeo.

Deverás utilizar a WWW:

Caso procures informação ou notícias atualizadas;

Para acederes à página em linha da tua biblioteca;

Caso pretendas informação sobre alguma empresa;

Se procuras informação relativa a instituições da administração central ou local;

Para conhecer opiniões diversas, de especialistas ou não.

Exemplos de sítios na Web:

http://www.google.pt - (Motor de busca Google);

http://web.meteo.pt - (Instituto de Meteorologia)

Page 5: Exploração e pesquisa no mundo da web

CORREIO ELECTRÓNICO

O correio eletrónico é um método de comunicação em linha entre duas pessoas que dispõem de

software apropriado e de um computador ligado à Internet. Não assegura a privacidade da

comunicação já que as mensagens podem facilmente ser copiadas e enviadas a terceiros.

A dificuldade em exprimir emoções e intenções através do correio eletrónico obriga a que as

mensagens sejam o mais claras possível. É importante também ter em atenção que existem

regras de etiqueta (a chamada “netiqueta”) que devem ser seguidas quando se utiliza o correio

eletrónico. Por exemplo, O USO DE MAIÚSCULAS deve ser evitado. Em ambiente em linha,

essas palavras correspondem a gritos.

Deverás utilizar o correio eletrónico:

Para entrar em contacto com especialistas numa determinada área que seja útil ao teu

trabalho;

Para aceder a mensagens em fóruns de discussão (newsgroups) e em listas de

distribuição (listservs);

Para contactar o serviço de referência da tua biblioteca e pedir ajuda no âmbito da

pesquisa que estás a desenvolver.

Exemplo de correio eletrónico:

[email protected]

SELECIONAR O QUÊ?

Agora que conheces a grande variedade de fontes disponíveis, coloca-se a questão de como

selecionar as que melhor se adequam à tua investigação.

A seleção correta dependerá da informação que procuras. O quadro que se segue ilustra bem o

modo como o tipo de informação necessária pode afetar a escolha das fontes mais adequadas.

Se procuras… Deverás pesquisar…

Informação atualizada sobre a captura, no dia anterior, de

piratas informáticos...

Nos jornais e na Web.

Artigos de investigação sobre o acesso ilegal a

informação privada, através da Internet...

Em revistas científicas e livros

(impressos ou eletrónicos).

Artigos generalistas sobre burlas levadas a cabo na

Internet...

Em revistas de atualidades (impressas

ou eletrónicas).

· A consulta de múltiplas fontes de informação, em vez de uma única, ajudar-te-á a construir

argumentos sólidos e convincentes. Será, também, uma excelente forma de confirmares as tuas

Page 6: Exploração e pesquisa no mundo da web

teorias e confrontares-te com diferentes pontos de vista. Definido aquilo de que realmente

necessitas, é altura de pensares como e onde procurar

AS BIBLIOTECAS E A WEB

Em qualquer trabalho de investigação o mais difícil é começar. As bibliotecas e a Web são, por

excelência, os locais por onde deverás iniciar a tua pesquisa.

· AS BIBLIOTECAS

· Quando pensas em bibliotecas estás, certamente, a pensar em documentos impressos,

como os livros ou as revistas. Não esqueças, contudo, que elas colocam igualmente ao teu dispor

outro tipo de fontes como os índices de periódicos, as enciclopédias em linha ou artigos

publicados em jornais e revistas.

· As bibliotecas reúnem informação de qualidade numa grande variedade de formatos,

nomeadamente eletrónicos. A sua coleção é criada a pensar no tipo de público a que se destina.

No caso dos documentos eletrónicos, a grande distinção entre os recursos aqui existentes e os

da Web reside no facto de terem sido avaliados, validados e recomendados pelos técnicos que aí

trabalham.

·

A WEB

· Em contrapartida, a informação que circula na Web não está sujeita a qualquer tipo de

avaliação ou seleção. Qualquer um pode publicar as suas opiniões, ideias ou criações artísticas

de vária ordem. Apesar de interessante, parte desta informação poderá ser pouco útil para

trabalhos de investigação. Neste caso conseguirás melhores resultados, e num menor espaço de

tempo, se começares pela tua biblioteca. Caso necessites de mais informação ou de conhecer

outros pontos de vista recorrerás então à Web.

·

COMEÇAR PELA BIBLIOTECA

O principal objetivo de uma biblioteca é reunir o máximo de informação possível, tendo em conta

o tipo de público que serve e o tipo de informação que este procura. Recorrer às bibliotecas traz,

portanto, uma série de vantagens.

· Os recursos existentes nas bibliotecas passam por um processo de avaliação. Livros,

revistas, bases de dados ou sítios da Web, são selecionados pelos bibliotecários criando uma

coleção com critérios de confiança, relevância e rigor.

· São recursos de uso gratuito.

O acesso aos documentos é feito de forma gratuita ou, nalgumas bibliotecas, mediante o

pagamento de uma quantia simbólica (geralmente através do cartão de leitor).

· Estão organizados.

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Todos os itens estão organizados de forma a poderes encontrar o que existe na biblioteca sobre

um determinado tema. Por exemplo, quando pesquisas um livro no catálogo, surge-te a indicação

de uma cota. A cota indica a prateleira exata onde este se encontra. Todos os outros livros em

redor cobrem o mesmo tema.

· Permanecem nas bibliotecas.

Uma das principais funções da biblioteca é a da organização e conservação de informação

publicada ao longo do tempo. Para além de documentação recente, poderás aí encontrar edições

já fora do mercado e números de revistas mais antigos. Eventualmente, também encontrarás

estes itens em coleções de bibliotecas digitais na Web.

· As bibliotecas dispõem de assistência profissional

Ao contrário da Web, cuja filosofia é a do “faça-você-mesmo”, as bibliotecas dispõem de técnicos

especializados cuja função é a de prestar auxílio na seleção dos melhores recursos para cada

situação de pesquisa. Poderão ajudar-te a usar novas ferramentas de pesquisa e responder a

quaisquer perguntas que surjam. Algumas bibliotecas também proporcionam essa ajuda através

dos seus sítios na Web. São os chamados serviços de referência em linha.

COMEÇAR PELA WEB

Apesar de, frequentemente, a primeira opção ser a de recorrer à Web em busca de informação,

nem sempre esta é a melhor decisão...

· Os recursos existentes na Web não passam por um processo de avaliação. Qualquer

pessoa pode publicar informação na Web sem que os conteúdos sejam avaliados por um editor.

As páginas tanto podem ser escritas por um perito no assunto, como por um jornalista, uma

criança ou um consumidor que tenha sido enganado e que aí descarrega as suas frustrações.

· Muita da informação não é gratuita.

Apesar de uma grande quantidade de páginas da Web ser gratuita (e na realidade muitas das

melhores até o são), alguns sítios de carácter comercial cobram pelo acesso a parte ou à

totalidade dos seus conteúdos.

· A informação não está organizada

Alguns diretórios, como o Yahoo, reúnem ligações a sítios e páginas da Web e organizam-nos em

listas temáticas. Contudo, nenhum diretório ou motor de busca tem capacidade de organizar ou

indexar a totalidade das páginas existentes.

· A maioria da informação é temporária.

Os sítios da Web bem geridos são atualizados com frequência. Existem, contudo, muitos outros

cuja informação se desatualiza rapidamente ou que acabam por desaparecer sem deixar rasto.

·

· ENTIDADES REPRESENTADAS NA WEB

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·

A informação que se encontra na Web é tão variada como as pessoas que a produzem e aí a

colocam. Com um computador e uma ligação telefónica qualquer um pode publicar o seu sítio.

· Indivíduos - Pessoas de todo o mundo publicam páginas na Web, o que representa uma

variedade imensa de línguas e de pontos de vista.

· Universidades- As universidades podem colocar aulas inteiras em linha. Muitas

disponibilizam espaços para professores e alunos produzirem as suas próprias páginas.

· Instituições governamentais - De modo a tornar a informação disponível a um número cada

vez maior de pessoas, as várias entidades governamentais têm vindo a publicar sítios e a colocar

documentos e formulários na Web.

· Empresas- Muitas empresas publicam documentos de carácter financeiro, ou fazem

comunicados nos seus sítios. A Web pode também ser uma importante ferramenta de marketing

utilizada pelas empresas para divulgar os seus produtos.

· Organizações - Diversas organizações têm sítios na Web onde publicam as atividades que

organizam e os pontos de vista que defendem. Por exemplo, a AMI – Assistência Médica

Internacional (http://www.fundacao-ami.org/), divulga no seu sítio informação relativa a

campanhas de assistência internacional, à defesa dos direitos humanos na área da saúde, a

atividades promovidas, etc.

· Bibliotecas- É verdade, as bibliotecas são grandes produtoras e inquisidoras de conteúdos

de qualidade na Web. Por exemplo, a Biblioteca Nacional Digital (http://bnd.bn.pt/) disponibiliza

um conjunto crescente de obras digitalizadas fundamentais para o conhecimento da memória

histórica portuguesa.

·

A PRESENÇA DAS BIBLIOTECAS NA WEB

Apesar das diferenças que estabelecemos entre as bibliotecas e a Web, elas não são

completamente antagónicas. Muitas bibliotecas criam os seus próprios sítios na Web onde

organizam informação e disponibilizam o acesso a coleções de documentos de grande qualidade.

· Uma das maiores vantagens em recorrer às bibliotecas que estão na Web é a de aceder a

informação que foi previamente avaliada e organizada. Muita dessa informação pertence a

empresas, universidades, entidades governamentais ou outras, dentro ou fora do país. As

bibliotecas digitalizam, por vezes, parte da sua coleção para que possa ser acedida em qualquer

parte do mundo. Não esqueças, contudo, que apesar de haver uma crescente quantidade de

informação nestas “bibliotecas digitais”, dificilmente encontrarás versões eletrónicas completas de

todos os documentos existentes nas coleções físicas.

· Outro aspeto destas bibliotecas é a facilidade a que a elas podes aceder. Estes sítios

disponibilizam informação sobre horários, regulamentos, políticas implementadas, contactos, etc.

Desta forma poderás utilizar a tua biblioteca 24 horas por dia, sete dias por semana, a partir de

Page 9: Exploração e pesquisa no mundo da web

qualquer computador ligado à Internet. Em alguns casos podes até aqui encontrar artigos

completos de revistas.

Apoio ao Estudo

o Documentos orientadores de trabalho- Guiões

o Delicious

o Como Fazer um Resumo

o Como Sublinhar Bem

o Como Fazer um Esquema

o Como Consultar um Dicionário

o Como Estudar para um Teste

o Trabalho de Grupo: Porquê?

o Exploração e Pesquisa no Mundo da Web

Módulo 1- Selecionar

Módulo 2 - Pesquisa

Módulo 3 - Avaliação

Funcionamento das BE´s

Dia Mundial da Diabetes

Procurar no site: http://bibliotecavieiraaraujo23s.webnode.com

Contacto

Biblioteca Escolar

Rua Dra.Maria Júlia Alves Martins 4850-549 Cantelães Vieira do Minho

253647201

[email protected]

Comunica! Interage! Conecta-te!

Catálogo:

http://212.55.143.29/bibliopac/bin/wxis.exe/bibliopac/?IsisScript=bibliopac/bin/bibliopac.xic&db=EB

VARAUJO&lang=P&start=cfg-dren

Dicas de Pesquisa.docx (14,2 kB)

Sites Infantis:

http://atuabibliotecainfantil.webnode.com

Jardins de Infância do Agrupamento Vieira de Araújo:

Page 10: Exploração e pesquisa no mundo da web

http://jardinsagrupamentovieiraaraujo.webnode.pt

Site Adolescente:

http://atuabibliotecaadolescente.webnode.com.pt/

Projecto de Leitura

http://livrosvivos.webnode.com

Livros digitalizados

http://bibliotecavieiraaraujo.pbwiki.com/browse/ view # = ViewAllPages

Sobre Nós

Bibliotecas do Agrupamento de Escolas Vieira de Araújo

Somos um Agrupamento de Escolas, situado no Concelho de Vieira do Minho. O Agrupamento

tem ao serviço dos utentes quatro Bibliotecas: BEVA (Biblioteca Escolar Vieira Araújo), BERO

(Biblioteca Escolar de Rossas), BERC – (Biblioteca Escolar do Centro Escolar Ribeira Cávado) e

BEDA (Biblioteca Escolar Domingos de Abreu).

Módulo2-Pesquisa

·

· PRONTOS PARA A PESQUISA?

·

· Pesquisar é como seguir as pistas de um enigma. A pesquisa ajuda a estabelecer as

relações entre a informação adquirida e as ideias pré-existentes, alargando os nossos horizontes.

Depois de completo este processo, deverás ter já reunido suficiente informação para a redação

do teu trabalho.

· Não esqueças que para se encontrar informação de qualidade é necessário tempo. Em

caso de necessidade, pede ajuda aos técnicos que prestam Serviço de Referência na tua

biblioteca. Eles têm experiência na seleção e avaliação de fontes. A sua ajuda será valiosa.

· Pesquisar: Procurar ou investigar com o intuito de descobrir algo.

· Pesquisar é investigar. Permite-nos aumentar o nosso conhecimento e alargar os

horizontes. A partir do momento em que começamos a dominar algumas das suas técnicas torna-

se uma tarefa viciante.

· Durante uma pesquisa, é frequente encontrarmos bastante mais informação do que aquela

que realmente precisamos. Daí ser importante conseguir reduzi-la ao estritamente necessário.

Nem sempre a nossa investigação conduz a qualquer tipo de informação útil. Nestes casos a

persistência é fundamental. Há que tentar novas abordagens para sermos bem sucedidos.

Page 11: Exploração e pesquisa no mundo da web

· Com o módulo 2 aprenderás a utilizar termos de pesquisa e a combiná-los de forma a

obter os melhores resultados. Demorará aproximadamente 30 minutos a concluir.

·

Depois de completares esta secção do L-Info deverás ser capaz de:

· Conhecer as melhores estratégias para a seleção de termos de pesquisa;

· Identificar os tipos de informação disponíveis nas bases de dados das bibliotecas;

· Selecionar as bases de dados mais adequadas;

· Listar métodos de pesquisa usando palavras-chave e descritores;

· Combinar termos de pesquisa de forma eficaz;

· Descrever a informação disponibilizada através de um motor de busca;

· Selecionar as estratégias mais adequadas para a pesquisa na Web.

BRAINSTORM

O termo inglês brainstorm descreve um processo de raciocínio que conduz a uma associação

rápida de ideias a partir de uma palavra inicial. Esta “tempestade de ideias” revela-se bastante útil

na definição do tema e dos termos de pesquisa.

Antes de dares início ao trabalho, toma nota de algumas expressões que possam descrever o

tema em causa. Sublinha as palavras mais importantes. A partir desta descrição organiza uma

lista de expressões e palavras-chave.

Partindo desta lista inicial, pensa noutros termos que possam igualmente representar o teu tema

de trabalho. Toma nota de quaisquer ideias, mesmo que te pareçam descabidas. Por vezes

acabam por ser estas as mais úteis.

Tenta encontrar sinónimos para cada um dos termos registados, bem como abreviaturas,

acrónimos ou formas ortográficas diferentes. Deverás também procurar palavras com significados

mais ou menos alargados em relação aos termos iniciais. Por exemplo, partindo do termo

“poesia”, podemos encontrar um mais alargado – “literatura” – e outro mais restrito – “poesia

portuguesa”.

Esta “tempestade de ideias” ajuda-te a selecionar os melhores termos de pesquisa antes de

iniciares o trabalho. Como exemplo, apresentamos-te uma lista de palavras-chave e expressões

pensadas a partir do seguinte tema:

As preocupações com a segurança dos correios eletrónicos exigem melhores programas,

endereços autenticados e uma prática mais cautelosa por parte dos utilizadores.

PALAVRAS-CHAVE: EXPRESSÕES:

Segurança Correio eletrónico

Programação Correio-electrónico

Programas Segurança na Internet

Page 12: Exploração e pesquisa no mundo da web

Cuidados Sistemas de correio eletrónico

Autenticação Aplicações informáticas

Programas informáticos

Agora é a tua vez. Na página que se segue será dado um tema para que exercites a capacidade

de selecionar expressões e palavras-chave relacionadas. Regista todos os termos de que te

possas lembrar e clica em “Processar”.

Ao apresentares a tua lista, ser-te-á mostrada a nossa. Vejamos como te sais!

O tema do trabalho é:

Estudos sobre a utilização da Internet concluíram que o excesso de horas online pode afectar o

bem-estar psicológico dos indivíduos conduzindo, nomeadamente, a situações de solidão e

depressão.

1. No espaço abaixo, regista as ideias principais relacionadas com este tema. Clica em

“Processar”.

As nossas listas têm estes termos em comum: ………

Esta é a nossa lista completa:

Estudos

Estudo

Internet

Utilizadores

· Online

Bem-estar

Vício

Depressão

Solidão

É provável que te tenhas lembrado de outras expressões. Estas são apenas algumas possíveis,

sendo a maioria dos termos substantivos. É preferível evitar expressões demasiado longas. Caso

estejas com falta de inspiração podes sempre recorrer a uma enciclopédia temática que te dará

uma ajuda preciosa.

2. O passo seguinte é encontrar sinónimos ou termos alternativos para cada uma destas

palavras. Para começar, regista termos relacionados ou sinónimos da palavra "Internet".

As nossas listas têm estes termos em comum:

Esta é a nossa lista completa:

Net

Page 13: Exploração e pesquisa no mundo da web

World Wide Web

online

em linha

computador

ciberespaço

autoestrada da informação

eletrónico

Não esqueças que diferentes formas ortográficas, letras maiúsculas, abreviaturas ou até uma

pontuação diferente podem produzir diferentes resultados. Procura, igualmente, termos mais

alargados ou mais restritos representativos das ideias centrais do trabalho. Por exemplo, a partir

de "Internet", podíamos ter considerado o termo "correio eletrónico" ou "chat" se quiséssemos

especificar mais a pesquisa.

3. Por fim, procura diferentes palavras relacionadas com a segunda parte de afirmação feita no

tema apresentado. Regista todos os termos de que te lembres que descrevam os efeitos físicos e

psicológicos provocados pelo uso da Internet.

As nossas listas têm estes termos em comum:

Esta é a nossa lista completa:

saúde mental

felicidade

socialização

bem estar

saúde

depressão

deprimido

solidão

sozinho

tristeza

isolamento

stress

Se reparares, muitas das palavras que foram listadas não estão presentes na premissa que

serviu como ponto de partida ao trabalho, o que é normal já que esta tem normalmente apenas

uma ou duas frases. Pensa em termos alternativos que possam ter sido usados nalgum artigo

sobre este tema.

Dica para "pesquisa avançada": algumas bases de dados permitem a pesquisa de todas as

palavras com a mesma raiz - por exemplo, isolado, isolamento, isolar - através do uso de

símbolos próprios denominados de wildcards.

Page 14: Exploração e pesquisa no mundo da web

AS BASES DE DADOS

Base de dados: coleção organizada de informação em torno de um determinado assunto.

Pensemos em bases de dados enquanto sistemas eletrónicos de armazenamento de informação.

Têm de estar extremamente bem organizadas para permitir uma fácil pesquisa.

São vários os tipos de bases de dados existentes. Aquelas que mais frequentemente se

encontram nas bibliotecas são os índices de periódicos em linha, onde estão registados artigos

publicados em revistas ou jornais.

Todos os anos, milhões de artigos são publicados em periódicos. Apenas alguns deles estão

indexados em índices. Na tua biblioteca poderás encontrar algumas dessas publicações.

Quando pesquisas num índice de periódicos encontras referências bibliográficas com a menção

do autor, do título do artigo, do título do jornal ou da revista e da data. Por vezes, é também

incluído um resumo (abstract) ou mesmo o texto integral do artigo.

QUE BASE DE DADOS ESCOLHER?

Escolher a base de dados ou o índice de periódicos adequado é uma parte essencial do trabalho

de pesquisa. A primeira questão que se coloca é: como escolher dentro daquelas disponíveis na

nossa biblioteca?

As bases de dados das bibliotecas organizam tipos específicos de materiais. Algumas indexam

documentos oficiais, artigos de crítica literária, artigos de jornais e revistas, etc. Outras, como o

catálogo da biblioteca centram-se numa determinada coleção. Daí a importância de definir

primeiro o tipo de informação que procuras para facilitar a seleção.

Muitas das bases de dados de bibliotecas estão direcionados para temas específicos como

educação, gestão, antropologia, engenharia, arquitetura, etc. Outras são mais generalistas e

multidisciplinares, indexando quer as revistas científicas quer as de grande divulgação, e cobrindo

uma grande variedade de temas.

Para artigos sobre: Utiliza: Como, por exemplo:

Privacidade na Internet Uma base de dados multidisciplinar ArticleFirst

Assinaturas digitais Um índice da área da Gestão Business Source Premier

Encriptagem Um índice da área da Engenharia Inspec

Para saberes quais as bases de dados disponíveis na tua biblioteca poderás consultar o seu sítio

na Web ou aconselhares-te junto do bibliotecário e profissionais que aí trabalham.

PESQUISA POR ASSUNTO

A maioria dos índices de periódicos organizam os seus registos recorrendo a uma lista de

descritores (termos autorizados), o que permite encontrar todos os artigos relativos ao mesmo

tema a partir de um só termo, de forma a evitar ambivalências.

Page 15: Exploração e pesquisa no mundo da web

Como se pode saber quais os termos autorizados?

Alguns índices disponibilizam uma lista a que se dá o nome de tesauro. Se no índice não

encontras uma determinada palavra podes sempre procurar nesta lista um termo equivalente ou

relacionado.

Internet

USED FOR autoestrada da informação

Neste exemplo, se procuras artigos utilizando o termo “autoestrada da informação”, esta base de

dados encaminha-te para o termo “Internet” (used for = utilizado para).

PESQUISA POR PALAVRA-CHAVE

Outra forma de saber quais os descritores utilizados é fazer uma pesquisa por palavra, o que

permite localizar artigos que incluam essa palavra quer no título, quer no resumo ou na área

reservada aos descritores.

Imaginemos que elaboras uma pesquisa, na área da medicina pediátrica, sobre “aleitamento

materno”. Ao consultares este termo na base de dados da Sociedade Portuguesa de Pediatria

(http://www.spp.pt/index_86.html) recolhes o seguinte registo.

Título: Alimentação do Lactente no Distrito de Setúbal em 1998Autores: A. Duarte*, A.

Eira**, C. Perico***

Instituição: Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo

Sub-Região de Saúde de Setúbal

*- Serviço Pediatria, Hospital Garcia de Orta.

**- Centro de Saúde de São Sebastião, Unidade Coordenadora Funcional de Setúbal.

***- Centro de Saúde da Quinta da Lomba, Unidade Coordenadora Funcional do Barreiro.

Data de Publicação: Mar/Abr de 2002Local de Publicação: Ata Pediátrica Portuguesa, vol. 33 -

n.º 2Palavras-Chave: Aleitamento Materno, Diversificação Alimentar, Aconselhamento, Taxas

de Aleitamento Materno.

Resumo: Muitos trabalhos têm tentado avaliar a frequência do aleitamento materno e os seus

fatores condicionantes, com o objetivo de adequar estratégias e programas de promoção. Em

Portugal, os estudos são geralmente parcelares mas parecem confirmar que o aleitamento

materno tem tido uma melhoria progressiva das taxas nas últimas duas décadas. No distrito de

Setúbal, foram realizados 2 estudos em 1988 e 1993. Com este trabalho, utilizando uma

metodologia semelhante, pretendeu-se determinar as taxas de aleitamento materno no distrito de

Setúbal em 1998, comparar com os resultados dos estudos anteriores e caracterizar alguns

fatores condicionantes de aleitamento materno. Também se avaliaram outros parâmetros da

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alimentação no 1.º ano de vida, nomeadamente referentes à diversificação alimentar, utilização

de leite de vaca em natureza e suplementação vitamínica e com flúor. Os resultados são

apresentados e comentados sugerindo algumas modificações nas estratégias de promoção do

aleitamento materno neste distrito.

Repara onde foram encontradas as expressões “aleitamento materno”, e os restantes descritores

que poderiam ser utilizados como palavras-chave para encontrares outros artigos relacionados

com este tema.

Assim, deverás utilizar a pesquisa por palavra quando:

· inicias uma pesquisa;

· pretendes saber qual o descritor usado para tratar o teu tema;

· pretendes encontrar informação concreta (um facto, uma data, um nome);

· queres encontrar todas as ocorrências duma palavra numa base de dados.

A pesquisa por palavra-chave é relativamente simples. O certo é que a maioria dos temas de

pesquisa são mais complexos e não podem ser representados por uma única palavra. As páginas

que se seguem apresentam algumas formas de como combinar termos de modo eficaz.

COMBINAR DOIS OU MAIS TERMOS

As bases de dados permitem-te aplicar técnicas específicas de forma a tornar as pesquisas mais

eficazes. Quando pretendes encontrar mais do que uma palavra ou ideia, é importante saber

como interrogá-las.

Uma preocupação a ter é evitar a utilização de adjetivos, preposições ou pronomes. Em vez deles

deverás encontrar os substantivos relacionados com o tema. Por exemplo, em vez de

pesquisares os “efeitos da utilização da Internet nas crianças” deverás combinar as ideais

principais, tais como, “Internet e crianças e efeitos”.

As palavras de ligação como E (ou AND) e OU (ou OR) são fundamentais quando pretendes

combinar vários termos. As páginas seguintes explicam-te como fazê-lo.

E (AND)

Quando pretendes encontrar artigos que reunam duas ou mais ideias deverás ligar os termos de

pesquisa com a palavra E (ou AND). Isto significa que ambos os termos deverão surgir algures no

registo. O termo E é utilizado para restringir a pesquisa.

Estudantes E Internet

Ao introduzires esta pesquisa num índice de periódicos vais recolher o registo dos artigos que

contêm os termos estudantes e Internet. Se houver algum artigo com apenas um dos termos não

será recuperado nesta pesquisa. A utilização do termo E resulta melhor quando estás a associar

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ideias diferentes.

Em cada pesquisa podes utilizar o termo E as vezes que entenderes. Por exemplo,

estudantes E Internet E trabalhos

OU (OR)

O termo OU (ou OR) pode também ser utilizado para combinar palavras. Neste caso a pesquisa

recupera artigos que contenham uma ou outra palavra-chave. Este tipo de pesquisa resulta

melhor quando pretendes encontrar os sinónimos de um determinado conceito. Como resultado,

a pesquisa fica mais alargada.

Internet OU Web

Esta pesquisa vai recuperar todos os artigos que contenham qualquer um destes termos.

Também neste caso, o termo OU pode ser utilizado as vezes que forem necessárias. Por

exemplo,

Internet OU Web OU online

A combinação do E (ou AND) e do OU (ou OR), permite pesquisas bastante complexas. A estes

termos dá-se o nome de operadores booleanos, e à pesquisa a pesquisa booleana.

A WEB:

ENCONTRAR UMA AGULHA NUM PALHEIRO?

No meio de milhões de páginas existentes na Web, como encontrar as mais úteis para a tua

pesquisa?

As bibliotecas analisam e organizam páginas da Web. Se começares pela página da tua

biblioteca conseguirás rapidamente localizar alguns sítios de qualidade que são recomendados.

Para encontrar mais informação terás de recorrer a um motor de busca.

Quando recorres a um motor de busca estás apenas a pesquisar as páginas indexadas na sua

base de dados e não em toda a Web. Mesmo os maiores motores de busca apenas reúnem

cerca de 1/6 da informação disponível. Portanto, se recorreres apenas ao teu favorito corres o

risco de perder cerca de 85% das fontes disponíveis.

ESCOLHER UM MOTOR DE BUSCA

Para escolheres o motor de busca que te convém deves primeiro perguntar:

· Que tipo de informação existe nesse motor de busca?

· Como está organizado?

A maioria dos motores de busca reúnem todo o tipo de páginas, sobre uma grande variedade de

temas. Os maiores deles, como o Google ou o Altavista, permitem a pesquisa por palavra-chave.

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Outros, como o Yahoo e o Excite, organizam igualmente os sítios por categorias temáticas. Estas

categorias são bastantes úteis quando procuramos sítios com informação não especializada.

Os motores de busca especializados estão organizados em torno de determinados materiais,

como artigos de jornais ou cotações da bolsa. Podem pesquisar sítios sobre um assunto

específico, como medicina ou informação turística. São úteis para se encontrar as melhores

páginas já que as avaliam e, frequentemente, só incluem aquelas que contêm informação

validada.

ESTRATÉGIAS DE PESQUISA

Provavelmente quererás selecionar alguns motores de busca e aprender alguns truques sobre a

sua utilização. Sugerimos-te cinco técnicas que podem ajudar a encontrar informação na Web.

1. Escolhe as melhores palavras e expressões de pesquisa. Antes de iniciares, elabora uma

boa lista de palavras e expressões. Tenta imaginar as palavras que o autor da página usaria. De

preferência usa minúsculas (a não ser que a palavra seja habitualmente escrita com maiúsculas).

2. Especifica a pesquisa. A tua pesquisa será mais eficaz se usares expressões. Neste caso, a

maioria dos motores de busca exigem que a expressão seja delimitada por aspas (“…”).

3. Diversifica a pesquisa. Motores de busca utilizam equações sofisticadas para calcular o

número de vezes que o teu termo de pesquisa aparece em cada página, apresentando, em

primeiro lugar, uma seleção das melhores. Caso os primeiros 30 sítios sugeridos não sejam

relevantes, tenta novamente. Se após algumas pesquisas não consegues o que pretendes

experimenta outro motor de busca.

4. Recorre à técnica da pesquisa avançada. Muitos motores de busca permitem pesquisa

avançada, como a restrição por língua ou tipo de informação. Lê os menus de ajuda para

conheceres as características específicas de cada um.

5. Percorre a lista de temas. Escolhe um motor de busca que organize as páginas por temas.

Começa por uma categoria mais abrangente e vai passando para categorias cada vez mais

específicas.

A PESQUISA NO FUTURO

No futuro será ainda mais difícil distinguir entre bases de dados de bibliotecas e motores de

busca. Já atualmente existe alguma confusão uma vez que as bibliotecas indexam jornais em

linha e os motores de busca incluem e selecionam recursos de bibliotecas. Enquanto não é

possível pesquisar nas bibliotecas e na Web em simultâneo, podes recorrer aos metamotores de

busca, como o Dogpile ou o Metacrawler, que te permitem pesquisar diferentes motores de busca

ao mesmo tempo. A sua utilização justifica-se quando necessitas de uma maior quantidade de

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informação ou quando procuras um dado específico.

Em breve nem sequer necessitarás de pesquisar informação. Os chamados agentes inteligentes

farão esse trabalho. Filtrarão toda a informação disponível e apenas recuperarão os dados

necessários. A informação encontrada moldar-se-á cada vez mais aos teus interesses, à medida

que eles se adaptam ao que é importante para ti.

Porém, para já, sem este software inteligente de filtragem, temos de avançar através do pântano

de informação que é a Web, para encontrar aquele artigo ou aquele sítio em linha que parece ser-

nos útil. O bom sucesso desta tarefa depende de saber identificar as bases de dados e os

motores de busca adequados, compreender o modo como estão organizados e usá-los

eficazmente.

…CHEGASTE AO FIM DA PESQUISA.

Para uma pesquisa bem sucedida há que saber selecionar palavras-chave e expressões que

definem o tema, escolher as bases de dados e os motores de busca apropriados e combinar

termos de forma eficaz. Apesar da informação se alterar constantemente na Web, o domínio

destas competências é meio caminho para a eficácia de qualquer pesquisa.

Depois de concluída a pesquisa, tens de decidir sobre a pertinência da informação recolhida e as

fontes utilizadas têm de ser devidamente documentadas. No módulo 3 falaremos sobre como

localizar, avaliar e citar fontes de informação

Módulo 3- Avaliação da Informação

Avaliar: determinar a importância ou o valor através de um estudo e apreciação cuidadosos.

Encontrar as fontes mais adequadas para uma investigação requer tempo e sentido crítico.

Aprender a aplicar critérios de avaliação de informação, quer impressa quer eletrónica, facilita

esse trabalho.

O tipo de pesquisa determina o grau de profundidade com que se examinam as fontes recolhidas.

A investigação certamente que requer fontes mais exactas e bem documentadas do que

qualquer informação reunida para fins pessoais.

Este módulo centrar-se-á na localização, avaliação e referenciação de fontes impressas e

electrónicas. Demorará aproximadamente 30 minutos a concluir.

Após completares esta secção do L-Info deverás ser capaz de :

Localizar recursos numa biblioteca através da cota;

Verificar se a biblioteca possui determinado artigo partindo da referência bibliográfica;

Identificar as diferentes partes de um URL;

Avaliar fontes de informação;

Reconhecer formas de evitar o plágio;

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Saber quando se deve citar uma fonte;

Distinguir as várias partes de uma referência bibliográfica

LOCALIZAR DOCUMENTOS IMPRESSOS

Imagina que estavas a montar uma biblioteca e tinhas alguns milhares de livros, revistas e outros

materiais. Como organizarias todas essas fontes de forma a que o público as pudesse facilmente

localizar? E se a coleção fosse crescendo até atingir alguns milhões de itens? Será que se

poderia adaptar e expandir mantendo uma organização lógica e coerente?

As bibliotecas organizam, basicamente, as suas coleções por temas. Estes temas, ou classes,

são representados por sistemas de classificação. Em Portugal, o sistema de classificação que se

generalizou na maioria das bibliotecas é a CDU (Classificação Decimal Universal), que serve

também de base para a atribuição de cotas.

COMO LOCALIZAR OS LIVROS

Nas bibliotecas é feita a atribuição de uma cota a todos os livros que integram a coleção. A cota

funciona como um endereço que localiza cada livro numa determinada prateleira. Pode ser

alfanumérica (quando inclui letras e números) ou simplesmente numérica (se inclui apenas

números).

Cada biblioteca cria o seu próprio sistema de cotas em função do tipo de coleção que possui, do

espaço de armazenamento que tem, etc. A forma mais generalizada, contudo, em bibliotecas é o

recurso às classes da CDU para a atribuição de cotas. A estas classes são acrescentadas letras

(cotas alfanuméricas) que remetem para o nome do autor ou da coleção a que o livro pertence.

Imaginemos que estás à procura do seguinte livro na tua biblioteca:

LEVY, João Quinhones [et al] - O mercado dos resíduos em Portugal. [Lisboa]: Associação de

Empresas Portuguesas para o Sector do Ambiente, 2002.

Se procurasses pelo título no catálogo encontrarias a seguinte cota: 628.5 LEV

Em busca de ALMADA NEGREIROS

Imagina que tencionas conhecer melhor Almada Negreiros, uma figura emblemática da arte

portuguesa do século XX.

Não tendo a indicação de nenhum livro em concreto, decides fazer uma pesquisa por palavras-

chave no título através do catálogo da biblioteca. Na página seguinte, clica no botão "Pesquisar".

LOCALIZAR DOCUMENTOS NA WEB

Tal como cada documento na biblioteca tem a sua cota, cada imagem, ficheiro ou programa

também tem o seu próprio endereço na Web. Para encontrares estas fontes em linha precisas de

um URL (Uniform Resource Locator). Este endereço identifica o computador, a diretoria e o

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ficheiro onde o item está localizado bem como o tipo de protocolo necessário para aceder a ele.

As maiúsculas, a pontuação e o espaçamento têm de estar corretos para que o URL funcione.

PONTO QUÊ?

A maioria dos URLs incluem o nome e o tipo de organização responsável pela página. O tipo de

organização é identificada por um código de três letras denominado por “domínio”. Aqui ficam

alguns dos domínios que encontrarás com mais frequência.

.edu Instituição educativa

Mesmo que a página pertença a uma instituição educativa, não significa que a instituição em

causa aprove os pontos de vista aí expressos. Os estudantes e os professores podem publicar

páginas pessoais no computador da escola.

.com Entidade comercial

Muitas empresas anunciam e vendem produtos, publicam relatórios anuais e vária informação

dirigida aos seus clientes, acionistas e potenciais investidores, através da Web. Muita da

informação de qualidade adquirida na Web, como jornais e revistas científicas em linha, têm

URLs com .com .

.gov Entidades governamentais

As entidades governamentais utilizam a Web para publicar legislação, divulgar informação relativa

aos censos, comunicar as previsões metereológicas, disponibilizar formulários de pagamento de

impostos e muitos outros documentos.

.org Organizações não lucrativas

Este tipo de organizações utilizam a Web para promover as suas causas. Os seus sítios em linha

são importantes fontes de informação quando se trata de analisar diferentes pontos de vista

referentes a um determinado assunto.

.net Fornecedores da rede

Este grupo é constituído por um conjunto de empresas, associações e fornecedores de serviços

Internet. A informação aqui pode assemelhar-se a sítios com domínios .org, .com, ou mesmo

páginas pessoais.

Ultimamente a distinção entre estes domínios tem-se vindo a tornar cada vez mais difusa. Já se

encontra, por vezes, as organizações não lucrativas e as instituições educativas registadas com

um URL .com ou .net. Estas situações dificultam a determinação da entidade responsável pelos

sítios.

O número de domínios tem vindo a aumentar. Novos nomes de domínios incluem .museum,

.info, .biz. Paralelamente, a origem de alguns sítios internacionais pode ser determinada por

códigos de país.

Page 22: Exploração e pesquisa no mundo da web

AVALIAR A INFORMAÇÃO

Avaliar a informação pode tornar-se num processo difícil. O facto de uma grande quantidade da

informação disponível estar incorreta, ser falsa ou veicular juízos de valor, torna ainda mais

importante a escolha de fontes factuais e passíveis de confirmação.

Os recursos de uma biblioteca são geralmente mais fáceis de avaliar uma vez que já foram

submetidos a uma seleção. Primeiro o editor verifica se a informação é correta, depois o

bibliotecário determina sobre a pertinência ou não da inclusão da obra na coleção. As fontes

livremente disponíveis através da Web não são submetidas a este processo de revisão. Teremos

de ser nós a manuseá-las com cuidado e a submetê-las à nossa avaliação.

PLÁGIO: apresentar como sendo de sua autoria o trabalho ou as ideias copiadas de outrem.

Uma das primeiras preocupações numa investigação é conhecer o que os outros já publicaram e,

a partir daí, formar a nossa própria opinião. Quando se cita alguém – ou quando se parafraseia

informação retirada de livros, artigos ou páginas Web – é fundamental mencionar o autor.

Ao fazeres tuas as palavras ou as ideias de alguém estás a cometer uma espécie de roubo a que

se dá o nome de plágio. O plágio pode ser tão óbvio como entregares o trabalho de alguém como

sendo teu, ou, mais camuflado, se parafraseares secções de trabalhos alheios. É igualmente

incorreto copiares textos de páginas Web e “colá-los” nos teus trabalhos sem identificação do

autor.

CITAR OUTROS AUTORES

CITAR: Reportar-se a um texto, palavras ou ideias de alguém como elemento de prova ou para

apoiar o que se diz.

Citar faz parte de um processo de referência das fontes utilizadas para a realização de um

trabalho. As citações podem estar localizadas no próprio texto, ou no final sob a forma de

bibliografia.

Regra importante: Em princípio, se já conheces uma determinada informação antes de iniciares a

tua investigação não é necessário atribuí-la a alguém. Também não é necessário citar factos bem

conhecidos, como datas, que podem ser encontrados em qualquer enciclopédia. Qualquer outro

tipo de informação como dados estatísticos ou orçamentais e ideias de outrem têm sempre de vir

citados.

COMPONENTES DE UMA REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA

Ao elaborares a tua lista de fontes é importante que saibas o que tens de registar. As NP 405 -

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Normas Portuguesas para as Referências Bibliográficas - estipulam as regras a seguir para a

elaboração de uma bibliografia

(Movimenta o rato sobre os exemplos de referências bibliográficas apresentadas para

identificares as suas várias componentes.)

LIVRO:

Autor(es) Título do livro

LIGHTFOOT, N. F. e MAIER, E. A. - Análise microbiológica de alimentos e água. Guia para

garantir a qualidade. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 2003. ISBN: 972-31-0995-6.

Local de edição Editora Ano de edição International

Standard Bibliographic Number

ARTIGO

Autor(es) Título do artigo Título da revista

VIEGAS, Francisco José - Terra do Fogo. Para lá do fim do mundo. Volta ao Mundo. Lisboa.

Ano 11, nº132 (Outubro 2005), p. 76-92.

Ano Número Data Páginas do artigo

Local de edição

PÁGINA WEB

Título Tipo de suporte Local de edição Editora

Estatuto do voluntário [Em linha]. Lisboa: Secretaria de Estado da Juventude e do Desporto,

[s.d.], actual. 22 Dez. 2004. [Consult. 13 Out. 2005]. Disponível em WWW: < URL:

http://juventude. gov.pt/Portal/ Voluntariado/ EstatutoVoluntario.

Data da última actualização Disponibilidade e acesso

Data (neste caso "sine data") Data em que foi consultado

in http://www.evora.net/bpe/linfo/