Experimenta Ciência Programa de Formação Contínua de Professores do 1º CEB em Ensino...
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ExperimentaCiência
Programa de Formação Contínuade Professores do 1º CEB em
Ensino Experimental das Ciências
2.ª Sessão de Grupo
Tópicos a abordar
1. Trabalho científico nos primeiros anos de escolaridade
- Trabalho prático investigativo
Etapas
Promover competências de investigação nos alunos: a carta de
planificação
Identificação de Concepções alternativas em crianças - cartoons
Planificação de uma actividade experimental (trabalho de grupo)
Grau de abertura de uma investigação
2. Flutuação em líquidos
- Enquadramento curricular
- Finalidades
- Actividades
- Avaliação das aprendizagens dos alunos
- Exploração da actividade A – O comportamento de objectos na água
Etapas do Trabalho Prático Investigativo
Selecção de um domínio interessante para a definição de um problema para o estudo
Clarificação da questão-problema
Planificação dos procedimentos a adoptar
Previsão dos resultados
Antes da experimentação
Execução da experiênciaExperimentação
Após a experimentação
Registo de dados e obtenção de resultados
Conclusão
Elaboração de novas questões
Comunicação dos resultados e da conclusão
Antes da experimentação
No recreio da escola as crianças tentavam saber quem conseguia descer mais depressa o escorrega.
A Ana achava que era a Patrícia porque era a mais pesada. O Sandro achava que não tinha nada a ver com o peso dos meninos. Para ele, descia mais depressa quem fosse maior. A Carla reparou que a Patrícia, que era a mais rápida neste escorrega, no outro, que era menos inclinado, demorava mais tempo a descer. Por isso, pensava que a inclinação dos escorregas é que fazia com que os meninos descessem mais depressa ou mais devagar. A Joana não concordava. Para ela a inclinação do escorrega não importava, achava que todos os meninos escorregavam mais depressa no escorrega de madeira do que no de plástico.
Selecção de um domínio interessante e identificação das ideias prévias dos alunos
ExemploForças e movimento
De que depende o deslocamento de uma bola?
O que vamos mudar
- o deslocamento da bolaO que vamos medir
- o tipo de material do piso - o ângulo de inclinação do plano - o tamanho da bola- a massa da bola- o ponto de largada da bola- material de que é feita a bola
Definição de um problema
Clarificação da questão-problema e planificação dos procedimentos a adoptar
Será que a inclinação do plano influencia o deslocamento da bola?
Deslocamento da
bola
Tipo de material
do piso
Tamanho da
bola
Posição de
largada
Comprimento do
piso
Tipo de
bola
Massa da
bola
Inclinação do
planoO que vamos mudar…
O que vamos medir…
O que vamos manter…
O que precisamos…
- Uma bola de ténis
- Fita métrica
- Maqueta (plano inclinado)
O que e como vamos fazer…
- Coloco o piso de plástico ou o de madeira
- Para cada uma das inclinações (Inclinação A, B e C) vou efectuar três lançamentos com a bola de ténis, iniciando pela inclinação B que é a inclinação intermédia
.- Vou medir os deslocamentos da bola com a fita métrica.
Planificação dos procedimentos a adoptar (cont.)
O nosso quadro de registos…
Penso que… Porque…
Quanto maior a inclinação do plano maior o deslocamento da bola
Quanto menor a inclinação do plano maior o deslocamento da bola
A variação da inclinação do plano não vai alterar o deslocamento da bola
O que pensamos que vai acontecer e porquê…
Previsão dos resultados
Inclinação do plano
Deslocamento da bola (cm)
1ª medição 2ª medição 3ª medição Média
Inclinação A
Inclinação B
Inclinação C
Aspectos envolvidos na experiência a executar posteriormente:
O que vamos mudar (variável independente em estudo)
O que vamos medir (variável dependente em estudo)
O que vamos manter (variáveis independentes a manter controladas)
O que pensamos que vai acontecer e porquê (elaboração de previsões e sua justificação)
Como vamos registar os dados (construção de tabelas, quadros, gráficos,…)
Qual o equipamento de que precisamos (materiais, dispositivos,…)
A Carta de PlanificaçãoModelo proposto por Goldsworthy e Feasey (1997)
A condução de uma investigação implica a organização da carta de planificação.
Identificação de Concepções alternativas em crianças
O projecto consistiu na concepção de cartazes
(desenhos do tipo “cartoon”) relativos a situações
passíveis de interpretação científica e nos quais
se explicitam diversos pontos de vista.
Projecto Concept Cartoons in Science Education (ConCISE), Projecto Concept Cartoons in Science Education (ConCISE),
da autoria de Stuart Naylor e Brenda Keogh (2000; 2006)da autoria de Stuart Naylor e Brenda Keogh (2000; 2006)
Como Conservar o Boneco de Neve durante mais Tempo? O QUE É QUE TU PENSAS?
Os desenhos escolhidos são:
* simples
* suscitam discussão
* estimulam a curiosidade e o pensamento científico
* incluem uma representação visual da situação/ fenómeno científico
* utilizam texto mínimo na forma de diálogo
* usam situações familiares
* oferecem pontos de vista alternativos sobre a situação em análise
* apresentam alternativas com estatuto equivalente
* incluem nas alternativas a perspectiva aceite cientificamente.
Os cartoons têm vindo a ser usados por professores e investigadores para:
• promover aprendizagens• orientar actividades de ensino • avaliar os alunos
Algumas Razões para o uso dos cartoons:
Tornar os alunos conscientes das próprias ideias
Incentivar e desenvolver as ideias dos alunos
Ilustrar pontos de vista alternativos
Promover e estimular a discussão
Ajudar os alunos a formular questões
Utilizar ideias científicas em situações do quotidiano
Consolidar ou ampliar aprendizagens
Como conservar o cubo de gelo
durante mais tempo?
?
? ? ???
? ?? Investigação ?
Elaboração da Carta de Planificação
Carta de Planificação (sugestão)
Questão-problema:
Como conservar o cubo de gelo durante mais tempo?
Antes da experimentaçãoAntes da experimentação
O que vamos mudar…
Tipo de material que envolve o cubo de gelo
O que vamos medir…
Tempo que o cubo de gelo demora a fundir
O que vamos manter e como…
Dimensão do material em que se vai envolver o cubo de gelo
(usar pedaços de igual dimensão)
Tipo de água a solidificar
(usar água da torneira)
Formato do gelo
(manter o formato do recipiente onde a água vai solidificar)
Temperatura ambiente
(colocar os cubos de gelo todos no mesmo local)
Quantidade de água
(usar a mesma quantidade de água
a solidificar)
O que e como vamos fazer…
- Preparar os “cubos” de gelo tendo em atenção os factores a manter;
- Recortar pedaços dos diferentes materiais com a dimensão de 15 x 15 cm;
- Envolver cada cubo de gelo nos diferentes materiais;
- Controlar com o relógio/cronómetro o tempo que cada cubo de gelo demora a fundir.
O que precisamos…
- 6 cubos de gelo iguais- relógio / cronómetro- pano de linho- pano de lã- pano de acrílico- folha de cortiça- folha de alumínio- plástico
O nosso quadro de registos
Tipo de material envolvente Tempo que o cubo de gelo demorou a fundir *
Pano de linho 2h 59min
Pano de lã 4h 30min
Pano de acrílico 5h 15min
Folha de cortiça 5h 35min
Folha de alumínio 1h 30min
Plástico 2h 27min
* Dados exemplificativos, variam conforme o controlo que se fez das variáveis independentes
O que pensamos que vai acontecer e porquê…
Executar a planificação (controlando variáveis, observando, registando…)
Verificamos que…
O cubo de gelo que esteve envolto numa folha de alumínio foi o que demorou menos tempo a fundir.
O cubo de gelo que demorou mais tempo a fundir foi o que esteve envolto na cortiça, seguindo-lhe o do acrílico, da lã, do linho, e por último, o do plástico.
Podemos manter um cubo de gelo durante mais tempo se o envolvermos em cortiça, acrílico, lã, linho ou plástico. Estes materiais são maus condutores térmicos (bons isolantes) e por isso dificultam a transferência de calor entre o ambiente e os cubos de gelo.O alumínio, sendo um metal, é um bom condutor térmico, conduzindo o calor com facilidade entre o ambiente e o cubo de gelo, levando à rápida fusão do mesmo.
Com o apoio do(a) professor(a), construímos a resposta à Questão-problema…
ExperimentaçãoExperimentação
Após a experimentaçãoApós a experimentação
FechadoEstudo prescritivo, variáveis especificadas e operacionalizadas.
AbertoEstudo exploratório, a área de investigação pode ser especificada mas as variáveis não o são.
- Definição do problema/questão-problema para estudo
Fechado Um só método possível.
Aberto Vários métodos possíveis.
Grau de abertura de uma investigação
- Diversidade de métodos
pode definir-se relativamente a quatro dimensões… (Caamaño, 2003)
- Condução da experimentação
FechadoO professor determina o que deve ser feito ou condiciona o tipo de equipamento a usar.
Aberto Os alunos escolhem o que querem fazer.
- Obtenção da solução
Fechado Só existe uma solução.
Aberto São aceitáveis várias soluções.
Grau de abertura de uma investigação
- dos objectivos de aprendizagem;- do desenvolvimento cognitivo dos alunos;- do seu grau de autonomia.
depende…
A classificação das actividades investigativas quanto ao grau de
abertura não pode ser feita apenas segundo a dicotomia
fechado/aberto, já que podem considerar-se posições
intermédias conforme o desenvolvimento dos alunos.
O apoio ao aluno antes, durante e após a experimentação é de
grande importância e exige que o professor avalie, a cada
instante, as consequências das decisões por aquele tomadas.
Flutuação
em Líquidos
Enquadramento curricular
Flutuação em Líquidos
Orientações do Currículo Nacional do Ensino Básico (2001)
“Explicação de alguns fenómenos com base nas propriedades dos materiais”
“Realização de actividades experimentais simples para a identificação de algumas
propriedades dos materiais, relacionando-os com as suas aplicações”
Programa do 1.º Ciclo do Ensino Básico (1990, 2004)
“Reconhecer materiais que flutuam e não flutuam”
“Realizar experiências com alguns materiais de uso corrente”
“Comparar alguns materiais segundo algumas das suas propriedades”
“Agrupar materiais segundo essas propriedades e relacionar essas propriedades
com a utilidade dos materiais”
Finalidade das actividades
Flutuação em Líquidos
Compreender o comportamento de objectos distintos em líquidos
(flutuação/não flutuação) e quais os factores condicionantes de
tal comportamento.
Avaliação das aprendizagens
Referências Bibliográficas
Caamaño, A. (2002). Como transformar los trabajos prácticos tradicionales en trabajos prácticos investigativos? Aula de innovación educativa, 113/114, 21-26.
Caamaño, A. (2003). Los trabajos prácticos en Ciencias. Em M. P. Jiménez Aleixandre (Coord.) et al. Enseñar Ciencias, pp. 95-118, Barcelona: Graó.
Goldsworthy, A. e Feasey, R. (1997). Making Sense of Primary Science Investigations. Hatfield: ASE.
Martins, et al. (2006). Educação em Ciências e Ensino Experimental. Lisboa: Ministério da Educação. Direcção-Geral de Inovação e de Desenvolvimento Curricular.
Martins, et al. (2006). Flutuação em líquidos – Guião didácticvo para professores. Lisboa: Ministério da Educação. Direcção-Geral de Inovação e de Desenvolvimento Curricular.
Actividades
Flutuação em Líquidos
Actividade AExplorando
O comportamento de objectos na água
Actividade BExplorando
Factores que influenciam o comportamento de um objecto na água
Actividade CExplorando
Condições de flutuação
Qual a carga máxima de um objecto
flutuante?
A natureza do líquido influencia
a flutuação?
A massa do objecto influencia a flutuação?
O volume do objecto influencia a flutuação?
A profundidade do líquido influencia a flutuação?
A forma do objecto influencia a flutuação?