Experiencias municipais de juventude no Estado de Sao Paulo
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produção e impressão
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Governo do Estado de São PauloAlberto Goldman
Secretaria de Relações InstitucionaisAlmino Monteiro Álvares Affonso
Secretaria de Economia e PlanejamentoFrancisco Vidal Luna
Fundação Prefeito Faria Lima - CepamNelson Hervey Costa
Elaboração e Coordenação Editorial | Gerência de Comunicação e Marketing do Cepam
Coordenação | Adriana Caldas
Editoração de Texto e Revisão | Eva Célia Barbosa e Silvia Galles
Direção de Arte | Jorge Monge
Chefia de Arte | Carlos Papai
Assistente de Arte | Janaína Alves da Silva
Estagiários | Ivan Varrichio e Simone Midori Ishihara
Coordenadoria Estadual de Juventude
Coordenação | Mariana Montoro Jens
Equpe Técnica | Carol Godoi Hampariam, Eneida Moratto Lopes,
Marcelle Gutierrez, Milena Duarte Nunes Pereira, Raquel Cristina
Dias Rodrigues e Renata Carolo Nepomuceno
Texto | Júlio César Carreiro, Milena Duarte Nunes Pereira, Renata
Carolo Nepomuceno e Silvia Salgado
Preparação de Textos | Renata Megale
Coordenação da Edição | Renata Carolo Nepomuceno
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apresentação
É com muita satisfação que acompanho a crescente importância e relevância ou-
torgada aos assuntos relacionados à juventude em nosso País. Esse fenômeno
manifesta-se tanto no aumento dos investimentos em estudos e pesquisas como
na elaboração de políticas públicas, programas, criação de órgãos, por parte do
Poder Público, e de redes, com o apoio da sociedade civil organizada.
Atualmente, o governo do Estado de São Paulo promove diversas ações e implementa progra-
mas como o Ação Jovem, as Escolas Técnicas (Etecs), as Faculdades de Tecnologia (Fatecs),
o Jovem Cidadão – Meu Primeiro Trabalho, a Virada Cultural, o Acessa Escola, o Programa
de Aperfeiçoamento de Línguas, além de contar com um órgão específi co para pensar as
políticas públicas de juventude. Isso refl ete a importância e a relevância que esse público –
que representa 25% da população do Estado – tem para o Poder Público estadual.
Porém, as questões de juventude são bastante complexas e desafi adoras, demandando re-
novação e articulação constantes, de todos os atores envolvidos. E, sem dúvida, o município
desempenha um papel estratégico nesse cenário.
Assim, esta secretaria, por meio da Coordenadoria de Juventude, teve como prioridade,
desde 2007, contribuir com o fortalecimento e a integração dos trabalhos desenvolvidos pelos
gestores municipais de juventude em todo o Estado.
Esta publicação é mais uma dentre as inúmeras iniciativas pensadas e produzidas especial-
mente para o gestor municipal. Espero sinceramente que aproveitem! Boa leitura!
Almino Affonso
Secretário de Relações institucionais
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prefácioCoordenadoria Estadual de Juventude, em parceria com a Fundação Prefeito Faria Lima – Cepam,
vem desenvolvendo, desde 2007, uma série de ações visando ao fortalecimento das políticas pú-
blicas de juventude nos municípios paulistas.
No Estado de São Paulo, são 11 milhões de pessoas, com idades entre 15 e 29 anos, vivendo esse período de
experimentação e escolhas, que vão marcar a passagem para a vida adulta.
Cabe ao Poder Público oferecer, a esses jovens, oportunidades para o exercício pleno da cidadania. Educação,
saúde, moradia, emprego, acesso à cultura e ao lazer farão a diferença no futuro de cada indivíduo.
Com o objetivo de apoiar as Administrações Municipais na elaboração de políticas para a juventude
paulista, foram organizados dois Ciclos de Encontros Regionais de Políticas Públicas de Juventude e
dois Encontros Estaduais, além de produzidos materiais de comunicação (vídeos, livros e folhetos) e o
Observatório Paulista de Juventude.
É com muita alegria que constatamos que as prefeituras estão sensíveis à importância do tema e passaram
a criar estruturas específi cas para tratar das questões do jovem. Em 2008, existiam 37 órgãos municipais de
juventude, localizados em 28 municípios. Hoje, já é possível contabilizar 89 órgãos e/ou estruturas, espalhados
por 62 cidades.
Temos consciência de que ainda há muito a ser feito e este é só o início de um longo caminho a ser trilhado.
Com esta publicação, esperamos dar mais um passo e continuar contribuindo com os gestores municipais
do nosso Estado.
Apresentamos nove experiências bem-sucedidas, que buscam atender às necessidades e aos anseios dos jovens
paulistas. São iniciativas pioneiras, realizadas em diferentes regiões, que, acreditamos, podem servir de inspiração
e motivação para todos aqueles empenhados na construção de uma sociedade mais solidária e feliz.
Nelson Hervey Costa Presidente da Fundação Prefeito
Faria Lima – Cepam
Mariana Montoro JensCoordenadora de Juventude
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sumárioAPRESENTAÇÃO
PREFÁCIO
INTRODUÇÃO – Fortalecendo Municípios 11Experiências Municipais
Ação Jovem – Votuporanga 17Ação Juventude – São José dos Campos 25Casa do Adolescente – Unidade Pinheiros – São Paulo 33Centro Cultural da Juventude Ruth Cardoso – Programa Jovem Monitor Cultural – São Paulo 41Centro da Juventude Elaine Viviani – São Carlos 49Juventude Cidadã – São Bernardo do Campo 57Território Jovem – Sorocaba 65Centro de Referência da Juventude – Estação Jovem – São Caetano do Sul 73Programa Ribeirão Jovem – Estágio Cidadão – Ribeirão Preto 81Observatório Paulista de Juventude 89Pensando as Políticas Públicas de Juventude nos Municípios 93
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introdução
FORTALECENDO MUNICÍPIOS
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introdução
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fortalecimento das iniciativas municipais voltadas à juventude é uma prioridade da Co-
ordenadoria Estadual de Juventude. Dentre as diversas atividades desenvolvidas nesse
sentido, merecem destaque os Encontros Regionais de Politícas Públicas de Juventude.
Idealizado a partir de uma análise das dimensões do Estado de São Paulo, que conta com mais
de dez milhões de jovens distribuídos em quase 250 mil quilômetros quadrados, os Encontros
Regionais de Juventude aconteceram nas diferentes regiões do Estado rompendo o costume que
obriga os municípios a virem à capital nas mais diversas ocasiões.
A ida da Coordenadoria de Juventude a cada uma das regiões administrativas de São Paulo mostra
o respeito e a importância que esta Unidade dá a todo o Estado, particularmente às cidades mais
distantes das regiões metropolitanas e aos gestores municipais. Além disso, essa verdadeira
“caravana” mostrou-se bastante eficaz para a mobilização e o envolvimento de novos atores na
discussão e execução de políticas públicas de juventude.
Desenvolvido entre os meses de fevereiro e maio de 2008, o primeiro ciclo de encontros contou
com 458 participantes, de 157 municípios. Nos encontros, foram apresentados dados relacio-
nados à população de cada região: número de jovens, proporção de homens e mulheres, pro-
porção de jovens em relação à população total, número de jovens que tiraram título de eleitor
aos 16 anos, entre outros. A leitura e o conhecimento desses dados são fundamentais para o
planejamento e a execução de políticas de juventude qualificadas, apontando caminhos para
os gestores municipais.
Durante esse processo, os gestores puderam compartilhar experiências locais e exercitar um
olhar crítico sobre suas realidades, constatando, com surpresa, que já existiam trabalhos com a
juventude em seu município (realizados por diferentes secretarias). Alguns encontros, inclusive,
serviram para colocar em contato diferentes gestores de uma mesma prefeitura que trabalhavam
com esse público e não se conheciam.
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Esse processo está sistematizado na publicação Encontros Regionais de Políticas Públicas de
Juventude: Resultados e Perspectivas, disponível no site www.juventude.sp.gov.br.
A avaliação feita sobre o I Ciclo de Encontros e a relação constante da coordenadoria com os
municípios paulistas mostravam um cenário estimulante, porém preocupante. Se, por um lado, era
possível observar profissionais bem-intencionados, sensibilizados com o tema e com a importância
de desenvolver projetos para a juventude, era nítido que a maior parte apresentava dificuldades
para definir as diretrizes e os parâmetros do trabalho com os jovens, assim como planejar, avaliar
e acessar recursos que viabilizassem os projetos idealizados.
Os gestores demonstraram estar ávidos por trocas, conversas e referências técnicas e teóricas
para elaborar ou ampliar seus projetos; e muito empenho e disposição para descobrir novos
caminhos para desenvolver os trabalhos em suas cidades com eficácia.
Para atender a essa demanda, foi organizado, em 2009, o II Ciclo de Encontros Regionais de
Juventude, com oficinas de elaboração de projetos e a apresentação de um material de apoio
exclusivo. Participaram 530 gestores municipais, de 198 municípios, que tiveram a oportunidade
de conhecer uma lista inédita de possíveis apoiadores para projetos e ações voltados à juventude
nos 645 municípios do Estado de São Paulo.
Este trabalho inovador de pesquisa e sistematização das informações referentes a financiadores
foi feito pela Coordenadoria de Juventude e incorporado ao material para servir de apoio aos
gestores após o encontro (pode ser encontrado no site www.juventude.sp.gov.br, link Observatório
de Juventude).
Complementando os encontros regionais, foram organizados dois Encontros Estaduais de Ju-
ventude, que possibilitaram aos gestores de diferentes regiões conhecerem outras realidades
regionais e trocarem experiências.
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introdução
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O I Encontro Estadual dos Gestores de Juventude aconteceu durante o II Festival Paulista de
Juventude, para potencializar a mobilização de todos e permitir que os gestores trabalhassem
durante o dia e, à noite, pudessem participar do Festival que reuniu quase 3 mil jovens.
Ao longo do encontro, os gestores puderam conhecer iniciativas desenvolvidas em outras regiões
do Estado, compartilhar seus avanços e, ainda, visitar in loco dois equipamentos públicos de re-
ferência para a juventude: o Centro Cultural da Juventude Ruth Cardoso (da Prefeitura da Cidade
de São Paulo) e o Estação Jovem (da Prefeitura de São Caetano do Sul).
O II Encontro Estadual, realizado em 2010, reuniu mais de 400 jovens e gestores no Parque da Ju-
ventude para debater assuntos de interesse comum: inserção do jovem no mercado de trabalho e
influência da comunicação 2.0 na implementação de políticas públicas destinadas a esse público.
Para discorrer sobre o tema, estiveram presentes, além dos convidados, representantes de sites
colaborativos, da própria Secretaria Estadual de Comunicação, do canal de televisão MTV, da
empresa Google, e um especialista sobre carreiras e profissões. Os detalhes estão disponíveis
no endereço www.juventude.sp.gov.br.
Com o objetivo de dar continuidade e garantir mais abrangência a esse trabalho, foi criado o
Observatório Paulista de Juventude, que é apresentado no final desta publicação. Por meio dele,
foi possível organizar informações de diferentes fontes e pesquisas e mapear as iniciativas e pro-
gramas dos municípios paulistas. Algumas iniciativas podem ser conhecidas no próximo capítulo
e no vídeo que está encartado no final desta publicação.
Para auxiliar, de fato, os municípios paulistas, as ações, iniciativas e programas selecionados para
esta publicação são bem distintos: executados em cidades pequenas do interior do Estado, ou
cidades grandes, em regiões metropolitanas, em diferentes áreas de atuação (cultura, esporte,
trabalho, etc.) e com distintas estratégias: equipamentos, programas e eventos.
Aproveitem!
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EXPERIÊNCIAS MUNICIPAIS
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[ ação Jovem ]
VOTUpOranGa
População total do município em 2010 84.521
População jovem (15 a 29 anos) em 2010 21.061
IDH - 2000 0,817
Produto Interno Bruto (PIB) - 2007
(em milhões de reais correntes) R$ 943,05
Fonte: Fundação Seade
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ação JovemSecretaria Municipal de Assistência Social
Contato: Maria Cristina da Silveira Fernandes
17 3426-2600 e 17 3426-2610
www.votuporanga.sp.gov.br
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Ação Jovem é um programa do governo do Estado de São Paulo que tem como objetivo
garantir a conclusão da escolaridade básica dos jovens, por meio de transferência de
renda. Gerenciado pela Secretaria Estadual de Assistência e Desenvolvimento Social
(Seads), é executado pelas secretarias de cada município paulista. No Município de Votuporanga,
a responsável é a Secretaria de Assistência Social, que o executa por meio de dois Centros de
Referência de Assistência Social (Cras).
HISTÓRICO
O programa Ação Jovem foi criado pelo governo do Estado, em 2004, a fim de minimizar a exclusão e
a vulnerabilidade social de uma grande parcela de jovens paulistas, gerando oportunidade e estímulo
para a conclusão da escolaridade básica por meio de um auxílio financeiro mensal.
No início, o programa era voltado apenas aos estudantes que não tinham concluído o ensino funda-
mental, mas, a partir de julho de 2005, devido ao interesse dos próprios jovens, o programa estendeu-se
para os alunos do ensino médio. Atualmente, 68% das bolsas são concedidas para esses alunos e
32% para alunos do ensino fundamental.
Ao longo dos anos, o programa foi se aperfeiçoando e passou a oferecer, ao jovem, oportunidades e
possibilidades de crescimento tanto no campo pessoal como no profissional, por meio da inserção
no mercado de trabalho e da preparação para o exercício de cidadania.
O programa já beneficiou 207 mil jovens, está presente em 638 municípios e atende cerca de 90 mil
jovens por mês.
EXPERIÊNCIA
Em Votuporanga, o Ação Jovem teve início em outubro de 2005 e, desde então, os gestores vêm
aprimorando sua prática, ajustando-o às particularidades do público atendido, em cada território.
O programa é desenvolvido pelos dois Cras do Município de Votuporanga, um na zona sul e outro
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na zona norte. Esses espaços, localizados em bairros com alto índice de vulnerabilidade social,
atendem às diversas necessidades da rede socioassistencial básica l.
Além do auxílio mensal no valor de R$ 80,00, são oferecidas atividades complementares com o intuito
de estimular a convivência social, a participação na sociedade, o desenvolvimento de habilidades
esportivas e culturais e a formação para o trabalho.
Apesar da diretriz estadual, cada Cras busca adaptar a metodologia para suprir a demanda dos
jovens de suas regiões.
Em cada um dos centros há uma equipe profissional, o que proporciona autonomia para o trabalho.
Ao mesmo tempo, ambos são supervisionados pela Secretaria Municipal de Assistência Social,
numa gestão única do serviço prestado aos jovens.
FUNCIONAMENTO
Para participar do programa, o jovem deve ter idade entre 15 e 24 anos e renda familiar de até dois
salários mínimos. É feito um contato inicial com o jovem e sua família por meio de visitas domiciliares
em que o programa Ação Jovem é apresentado. Em seguida, os interessados são cadastrados e, a
partir disso, o jovem comparece ao Cras para acolhimento inicial e entrevista.
O trabalho com os jovens tem enfoque socioeducativo, esportivo e cultural, integrando os variados
aspectos de suas vidas e promovendo atividades atrativas e dinâmicas.
Ao longo do programa, há atendimentos individuais, reuniões grupais e atividades externas.
Os atendimentos individuais acontecem a partir da solicitação do jovem ou quando a equipe julga
necessário. As reuniões grupais acontecem regularmente e abrangem debates, rodas de conversa,
atividades culturas e esportivas.
Decididas pelos próprios jovens, nas reuniões grupais, as atividades externas acontecem em equipamen-
tos e espaços da cidade, como, por exemplo, no corpo de bombeiro e no parque ecológico municipal.
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Nas duas regiões, os jovens participam ativamente da decisão sobre o tema a ser trabalhado na
reunião seguinte, além de sugerirem as atividades internas e externas.
Cada Cras atende 50 pessoas, totalizando cem vagas. O tempo de permanência no programa é de
um ano, que pode ser prorrogado pelo mesmo período.
Na região norte da cidade, no início da iniciativa, as reuniões registravam pouca assiduidade dos
jovens, mesmo sendo quinzenais. Para reverter esse quadro, as reuniões passaram a ser semanais
e os pais foram chamados para um encontro mensal.
As reuniões com os jovens acontecem todas as sextas-feiras, das 14 às 16 horas, e na última quarta-
feira de cada mês, das 19h30 às 21h, são as famílias que se reúnem.
Na região sul da cidade, foi diagnosticada uma fragilidade no vínculo entre os jovens e seus pais. Além
disso, era preciso mais esforços para envolver as famílias. Por isso, as reuniões semanais passaram a
ser com os jovens e seus pais, e outro momento foi criado para reunir apenas os familiares. As reuniões
servem para estreitar relação entre eles, fortalecer a unidade familiar e sensibilizar os pais.
Assim, os trabalhos acontecem com os jovens e suas famílias todas as terças-feiras, das 13h30 às
16h30, e só com as famílias, quinzenalmente (às segundas-feiras), das 19h30 às 21h.
Como resultado desses esforços, está sendo possível detectar, nos jovens residentes na região sul,
uma mudança no relacionamento com os pais. Já na região norte, nota-se a permanência dos jovens
nas escolas e a alta frequência dos pais nas reuniões.
RECURSOS HUMANOS E PARCERIAS
Cada Cras conta com uma equipe de cinco pessoas, sendo uma coordenadora, dois assistentes
sociais, um psicólogo e um educador.
A equipe fica em contato permanente com os diversos órgãos que atendem jovens de 15 a 24 anos,
realizando encaminhamentos intersetoriais, quando necessário.
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Também foram estabelecidas parcerias com a iniciativa pública, privada e o terceiro setor, para
aprimorar a execução do programa no município. Alguns exemplos: Serviço Nacional de Aprendi-
zagem Comercial (Senac), Faculdade de Tecnologia (Fatec), Centro Universitário e Centro de Apoio
Social Mundo Unido (Casmu).
ORÇAMENTO
O gasto anual para a realização das atividades é de R$ 26 mil, disponibilizados pela prefeitura e
utilizados, prioritariamente, para aquisição de materiais de consumo e alimentação.
Os profissionais encarregados pelas atividades são parte da equipe do Programa de Atenção Integral
à Família (Paif), cujo orçamento é previsto pela Secretaria Municipal de Assistência Social.
As bolsas repassadas aos jovens, no valor mensal de R$ 80,00, são de responsabilidade do governo
do Estado de São Paulo.
DESTAQUE
O destaque dessa iniciativa é a personalização das ações realizadas.
Por ser um programa estadual, cada município precisa adaptá-lo à sua realidade para executá-lo
de forma adequada. Mas Votuporanga foi além: dentro do próprio município, foram organizadas
duas estratégias de trabalho.
Ao repensar as atividades desenvolvidas, levando em consideração as características e a dinâ-
mica de relacionamento dos jovens da região norte e da região sul da cidade, o projeto teve o
resultado desejado.
Ou seja, mesmo respeitando o formato, a metodologia e a diretriz de um projeto, é possível ampliar
o sucesso de sua execução, se houver um olhar particular para a demanda a ser atendida.
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[ ação Juventude ]
sÃO JOsÉ DOs caMpOs
População total do município em 2010 642.807
População jovem (15 a 29 anos) em 2010 167.436
IDH - 2000 0,849
Produto Interno Bruto (PIB) - 2007
(em milhões de reais correntes) R$ 17.964,67
Fonte: Fundação Seade
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ação JuventudeSecretaria Municipal de Juventude
Secretário: Alexandre Blanco Nema
12 3947-8014 e 12 3947-8739
[email protected] e [email protected]
www.sjc.sp.gov.br/sejuv e twitter.com/sejuvsjc
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Ação Juventude é um programa coordenado pela Secretaria Municipal de Juventude de São
José dos Campos. Uma vez por mês, os jovens reúnem-se em centros poliesportivos e espa-
ços públicos ao ar livre de diversas regiões da cidade, onde são disponibilizados serviços de
saúde, esporte, lazer, cidadania, emprego, empreendedorismo, e também atividades socioculturais.
HISTÓRICO
Em setembro de 2005, a partir do diálogo com os movimentos juvenis locais, a então Assessoria de
Juventude da Prefeitura idealizou um projeto: o Ação Juventude. Tratava-se de um grande evento,
bimestral, dedicado à prestação de serviços e informações de saúde, cidadania, trabalho, bem como
a atividades esportivas e socioculturais para jovens com idades entre 15 e 29 anos.
As primeiras edições do programa reuniam, em média, 5 mil pessoas, e mobilizavam 40 parceiros,
entre Poder Público, grupos de jovens e prestadores de serviços. Aos poucos, o projeto foi cres-
cendo e, em abril de 2009, a prefeitura ampliou e fortaleceu as ações desenvolvidas para os jovens
munícipes com a criação da Secretaria Municipal de Juventude, mantendo o Ação Juventude como
sua principal frente de trabalho.
Hoje, o projeto acontece uma vez por mês e reúne cerca de 20 mil pessoas; já entrou no calendário
oficial da cidade; e traz diversos resultados positivos, como mais proximidade entre o Poder Público
e os jovens; o acesso desse público a informações e serviços; e a consolidação de um espaço de
convivência saudável.
EXPERIÊNCIA
O programa oferece o acesso a serviços e informações importantes para o exercício da cidadania
e possibilita que a juventude se expresse por meio de atividades artísticas e esportivas, como artes
marciais, esportes radicais, basquete de rua, escotismo, grafite em painéis, parkour, artesanato,
grupos de dança de hip-hop e shows de diversos estilos musicais, como rock, forró e reggae.
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FUNCIONAMENTO
O cronograma mensal do Ação Juventude é definido durante o planejamento anual da Secretaria
Municipal de Juventude. Uma característica bem interessante do projeto é que, a cada mês, é
executado em um bairro diferente da cidade, garantindo que moradores de todas as regiões do
município participem.
A divulgação acontece com três meses de antecedência, por meio de cartazes e flyers distribuídos
nas escolas, universidades, no comércio local e nos transportes públicos. Na semana do evento, a
Secretaria de Juventude ainda veicula spots de rádio e televisão, reforçando o convite.
A assessoria de imprensa também é fundamental, pois resulta em publicidade espontânea feita por
meio de reportagens nos jornais, rádios e emissoras de televisão.
Durante os eventos, uma base avançada do Poupatempo é disponibilizada para emitir documentos
pessoais. As secretarias municipais e seus parceiros oferecem orientação sobre saúde, segurança
no trânsito, inclusão digital, dentre outros temas. A Secretaria de Transportes, por exemplo, participa
com o projeto Trânsito Seguro, oferecendo aulas lúdicas sobre o tema; já a Secretaria de Relações
do Trabalho, em conjunto com o Posto de Atendimento ao Trabalhador (PAT), faz o cadastro do
trabalhador no Emprega São Paulo (programa do governo do Estado de São Paulo que conecta
potenciais empregadores e empregados).
O Ação Juventude abarca, ainda, o Circuito Municipal de Esportes Radicais, que compõe a progra-
mação do dia. Em abril de 2010, por exemplo, aconteceram as provas de skate e BMX (bike).
São atendidas cerca de 20 mil pessoas por mês, das 13 às 18 horas.
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RECURSOS HUMANOS E PARCERIAS
O programa tem o apoio e conta com a participação do Poder Público, da iniciativa privada e do
terceiro setor. Realizado aos domingos, no início, o evento passou para os sábados, para viabilizar
a parceria com o Poupatempo.
A equipe é composta por organizadores – cinco coordenadores, que são servidores públicos da
Secretaria Municipal de Juventude e assistentes operacionais – e 20 servidores públicos de outras
secretarias municipais. Grupos voluntários de jovens também auxiliam nas atividades de esporte,
lazer, cultura e educação.
Hoje, a secretaria tem mais de 120 parceiros, dentre eles, 15 academias, três associações, um
clube, quatro clubes de carros antigos, seis empresas privadas, duas escolas de samba, dois es-
túdios de tatuagem, três grupos de escoteiros, dez grupos organizados, um hospital, sete igrejas,
quatro motoclubes, cinco organizações não governamentais (ONGs), uma universidade pública, três
universidades privadas, três escolas técnicas e cursinhos preparatórios públicos, cinco escolas
técnicas e cursinhos preparatórios privados, 15 secretariais e órgãos públicos municipais, além de
quatro parceiros públicos – Poupatempo, Polícia Militar, Caixa Econômica Federal, Companhia de
Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) –, dentre outros.
Cada um desses parceiros oferece alguma atividade. Os estudantes de enfermagem, por exemplo,
se encarregam dos serviços básicos de saúde, como o controle da pressão arterial, e os estudantes
de direito oferecem assistência jurídica à população.
ORÇAMENTO
O valor médio de gastos por Ação Juventude é de R$ 30 mil (custeado com recursos municipais). Dessa
forma, é garantida toda a infraestrutura do evento, como palco, som, tendas, geradores, etc.
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DESTAQUE
O destaque do projeto é o grande número de parcerias firmadas ao longo dos anos, as quais garan-
tem a realização de enorme diversidade de atividades, com um custo relativamente baixo. Hoje são
mais de cem parcerias institucionais.
Já na concepção inicial, o projeto previa a participação de diversas secretarias municipais, que
deveriam montar seus postos de atendimento e apresentar ao jovem as políticas e ações próprias,
oferecendo-lhe a oportunidade de acessá-las.
A diversidade de parcerias esportivas possibilita que o espaço contenha tanto atividades externas,
como skate, bike e streetball, quanto internas, como judô, caratê e tae kwon do. O mais surpreen-
dente é a coexistência de três palcos, em que se apresentam grupos juvenis com estilos musicais
totalmente diferentes.
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[ casa do adolescente ]
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População total do município em 2010 11.057.629
População jovem (15 a 29 anos) em 2010 2.481.123
IDH - 2000 0,841
Produto Interno Bruto (PIB) - 2007
(em milhões de reais correntes) R$ 319.994,63
Fonte: Fundação Seade
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casa do adolescente – Unidade pinheirosSecretaria de Estado da Saúde
Diretora: dra. Joana Kerr
11 3819-2022
www.saude.sp.gov.br
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Casa do Adolescente de Pinheiros faz parte do Programa Saúde do Adolescente, coordenado
e mantido pela Secretaria Estadual de Saúde desde 1994. É um equipamento público que
oferece atendimento integral à saúde dos jovens e adolescentes por meio de consultas,
reuniões e oficinas.
HISTÓRICO
O programa foi idealizado por profissionais da área da saúde que perceberam a necessidade de
encontrar meios mais eficazes de oferecer aos jovens acesso às informações e orientações neces-
sárias para que cuidassem da própria saúde. A principal estratégia de atuação foi criar um espaço
dentro da estrutura de um posto de saúde para disponibilizar atenção integral e especializada para
essa faixa etária.
A Casa do Adolescente atende meninos e meninas, de 10 a 20 anos de idade, pelo Sistema Único de
Saúde (SUS). Médicos, psicólogos, enfermeiros, nutricionistas e assistentes sociais prestam atendi-
mento especial e exclusivo aos jovens, por meio de consultas, grupos de discussão e oficinas. Os temas
abrangem itens como alimentação saudável, sexo seguro, gravidez, saúde psíquica, entre outros.
A Casa do Adolescente de Pinheiros, em particular, funciona anexa ao Centro de Saúde I de Pinheiros,
que é um Centro de Referência de Especialidades da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo.
Todas as atividades são registradas e encaminhadas para congressos nacionais e internacionais que
discutem a adolescência e a juventude. Alguns profissionais que atuam nessa unidade de São Paulo
integram a Comissão Científica do Programa Saúde do Adolescente e participam do ambulatório de
Ginecologia do Hospital das Clínicas (HC).
EXPERIÊNCIA
As atividades em grupo desse projeto possibilitam a convivência entre os jovens, o debate, a troca
de informações e construção de um espaço de convivência saudável em que a autoestima, o juízo
crítico e a criatividade dos participantes são incentivados.
A
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Desde 1994, foram cadastrados e atendidos 29 mil adolescentes e jovens na unidade de Pinhei-
ros, e registradas cerca de 150 novas matrículas por mês, sendo 65% do sexo feminino e 35%
do sexo masculino.
Diariamente são realizados 200 atendimentos.
FUNCIONAMENTO
Para participar do projeto, o jovem deve fazer sua matrícula comparecendo à unidade da Casa do
Adolescente com um documento de identidade e comprovante de endereço. Depois, uma entrevista
com profissionais capacitados é realizada, seguida de encaminhamentos para consultas.
Inscritos no programa, os adolescentes e jovens passam por consultas médicas regulares. O atendi-
mento é aberto a toda população jovem da cidade de São Paulo e moradores de cidades vizinhas.
A Casa do Adolescente de Pinheiros funciona na segunda-feira das 7 às 20 horas e de terça a
sexta-feira das 7 às 17 horas.
ATIVIDADES
A programação é composta por oficinas e terapias grupais temáticas, sugeridas pelo programa Saúde
do Adolescente, como: mães adolescentes, orientação nutricional, entre outras. Alguns exemplos
dessas atividades são as Oficinas dos Sentimentos, a Balada da Saúde e o Disk-Adolescente.
A Oficina dos Sentimentos acontece dois dias por semana, mas pode variar de acordo com a
programação mensal. Trata-se de um grupo de discussão mediado por um assistente social e um
psicólogo, que legitimam os sentimentos dos jovens e adolescentes com a troca de experiências
e atenção voltada a fatos do dia a dia. O grupo atua como agente protetor, identificando fatores de
risco e dando suporte específico para cada participante.
A Balada da Saúde acontece todas as segundas-feiras, das 17 às 20 horas. Nesse período, bandas
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musicais compostas por jovens se apresentam no pátio da Casa de Saúde do Adolescente, com o
intuito de tornar o ambiente atrativo e divertido, ao mesmo tempo em que são oferecidos atendi-
mento médico, psicológico e realizadas oficinas de nutrição, de artesanatos, entre outras. A cada
semana, participam bandas de estilos musicais diferentes. A atividade é aberta a qualquer pessoa
com idades entre 12 e 20 anos.
O Disk-Adolescente funciona de segunda a sexta-feira, das 11 às 14 horas, pelo telefone 11 3819-2022.
Trata-se de um canal de comunicação direto, por meio do qual o jovem paulista pode esclarecer
dúvidas sobre saúde. Nesse serviço, as pessoas são atendidas por profissionais capacitados e rece-
bem as devidas orientações. O trabalho busca identificar as emoções e os medos dos jovens sobre
afetividade, relacionamentos, e sexo seguro, oferecendo apoio psicológico. Todas as informações
são sigilosas e preserva-se a identidade do jovem.
RECURSOS HUMANOS E PARCERIAS
A Casa do Adolescente de Pinheiros tem toda a infra-estrutura do Centro de Saúde I Pinheiros e conta
com a atuação dos profissionais da Secretaria do Estado da Saúde. Ocorrem também frequentes
parcerias com universidades e o auxílio de profissionais voluntários.
Atualmente, a equipe é formada por 22 profissionais, sendo três ginecologistas, quatro hebiatras
(médico especializado em juventude), quatro dentistas, um psiquiatra, quatro psicólogos, dois nu-
tricionistas, três naturólogos, e um terapeuta corporal.
ORÇAMENTO E FONTES DE RECURSOS
As unidades da Casa do Adolescente são coordenadas diretamente pela Secretaria de Estado
da Saúde ou em parceria com a Secretaria Estadual de Assistência e Desenvolvimento Social, as
prefeituras e ONGs. Muitas vezes, as unidades são instaladas em equipamentos públicos que já
possuem a infraestrutura adequada.
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A unidade de Pinheiros funciona em instalações da própria Secretaria Estadual de Saúde, com
recursos humanos e materiais fornecidos por esta.
DESTAQUE
O destaque dessa ação é a sensibilidade dos profissionais envolvidos e a capacidade do programa
se adequar às necessidades dos jovens e às peculiaridades dessa fase da vida.
Sabe-se que, muitas vezes, o jovem expõe sua saúde por receio de perguntar e resolver dúvidas
sobre diversos assuntos, como sexo, drogas, doenças, etc. O ambiente acolhedor, a abordagem
cuidadosa e sem preconceitos, a linguagem adequada, somados ao profissionalismo daqueles que
trabalham na Casa do Adolescente de Pinheiros são características que garantem de fato, aos jovens,
o esclarecimento de suas dúvidas e curiosidades num diálogo franco e aberto.
Um comportamento que desafia a todos os profissionais de saúde é o hábito de o cidadão procurar o
posto de saúde apenas quando apresenta alguma doença. Iniciativas criativas e ousadas como a Balada
da Saúde estimulam a ida dos jovens ao posto de saúde para se divertirem e, assim, abrirem corações
e mentes para receberem dicas sobre alimentação saudável, problemas do tabagismo, hábitos e estilos
de vida saudáveis, e mais detalhes sobre os demais serviços e atividades oferecidos na Casa.
Outro destaque do programa é o olhar moderno e sensível dos médicos da Casa do Adolescente.
Humano e realista, esse modo de agir derruba mitos e estereótipos, munindo-os da segurança e
autoconfiança necessárias para garantir um comportamento que respeita os limites e proporciona
cuidados ao seu corpo e à sua saúde.
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São Paulo – Pinheiros
São Paulo – Pinheiros
São Paulo – Pinheiros
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[ centro cultural da Juventude ruth cardoso – programa Jovem Monitor cultural ]
sÃO paULO
População total do município em 2010 11.057.629
População jovem (15 a 29 anos) em 2010 2.481.123
IDH - 2000 0,841
Produto Interno Bruto (PIB) - 2007
(em milhões de reais correntes) R$ 319.994,63
Fonte: Fundação Seade
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programa Jovem Monitor culturalSecretaria Municipal de Cultura
Contato: Leandro Benetti
11 3984-2466
www.ccjuve.prefeitura.sp.gov.br
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Jovem Monitor Cultural é um programa concebido pela equipe de gestores do Centro Cultural
da Juventude (CCJ) – equipamento da Secretaria Municipal de Cultura de São Paulo – que
visa à formação cultural e à geração de renda para jovens com idades entre 18 e 29 anos.
HISTÓRICO
Inaugurado em março de 2006, o CCJ Ruth Cardoso é o maior espaço público dedicado aos inte-
resses da juventude paulistana. São 8 mil metros quadrados de arquitetura moderna e arejada,
reunindo biblioteca, anfiteatro, teatro de arena, sala de projetos multimídia, Internet livre de banda
larga, laboratórios de idiomas e pesquisas, estúdio para gravações musicais, ilhas de edição de
áudio e vídeo, estúdio de animação, sala de oficinas, e galeria para exposições, além de ampla
área de convivência.
Pensado para servir como um centro de referência e de inovação para as políticas específicas de
juventude da cidade, foi transferido da Secretaria Municipal de Participação e Parceria – lugar ins-
titucional da Coordenadoria Municipal de Juventude – para a Secretaria Municipal de Cultura, três
meses depois de inaugurado. Essa mudança justificou-se tanto por razões organizacionais das se-
cretarias envolvidas quanto pela necessidade de se trabalhar com um foco mais definido de ação.
Para alcançar seus objetivos, o CCJ elaborou um planejamento regular composto por dez programas
que, juntos, promovem 31 projetos estruturados pelos eixos de formação, produção e difusão.
Um dos destaques é o programa Jovem Monitor Cultural, que busca alcançar dois objetivos:
• Contribuir para a melhoria da formação dos jovens participantes, ampliando assim suas possibi-
lidades de integração social.
• Proporcionar experiência de trabalho remunerado em equipamentos culturais da cidade, como
etapa inicial para o desenvolvimento de possíveis carreiras profissionais.
O
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Por estar localizado na cidade de São Paulo e atender às especificidades que uma cidade desse
porte requer, a estrutura do CCJ apresenta diversos desafios para ser replicado em cidades menores
do Estado. No entanto, os ideais, conceitos e variados projetos desenvolvidos podem e devem servir
de inspiração para futuras ações nos demais municípios. O Jovem Monitor Cultural é um importante
exemplo a ser seguido.
EXPERIÊNCIA
Criado pela Prefeitura do Município de São Paulo, por meio de sua Secretaria de Cultura, e realizado
em parceria com o Instituto Tomie Ohtake, o Programa Jovem Monitor Cultural encontrou no CCJ o
espaço ideal para seu desenvolvimento.
O diagnóstico a partir do qual foi pensada a experiência apontava para a combinação de problemas/
oportunidades da cidade:
• Alto desemprego entre jovens com idades entre 18 e 29 anos.
• Crescente demanda da “economia criativa” por profissionais mais qualificados.
• Muito interesse dos jovens em trabalhar nos espaços dedicados às artes e à cultura.
Assim, foi preciso criar as condições adequadas para a consecução dessa política. A primeira me-
dida tomada, então, foi utilizar o CCJ Ruth Cardoso como espaço preferencial para inovações desse
porte, constituindo uma experiência-piloto que servisse de referência para outros equipamentos
públicos da cidade. Outra medida importante foi a articulação de parceria com o Instituto Tomie
Ohtake, cujo padrão de excelência de seu núcleo educativo é notoriamente reconhecido. Por fim, a
aprovação de lei específica, para garantir ao programa recursos jurídicos, financeiros e conceituais,
dando-lhe mais sustentabilidade.
Em 2009, foi formada a primeira turma, com 28 jovens monitores. A cada ano, novas turmas são
constituídas, espraiando-se na direção de outros equipamentos da Secretaria Municipal de Cultura:
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o Centro Cultural São Paulo, o Sistema Municipal de Bibliotecas, o Departamento do Patrimônio
Histórico, o Teatro Municipal, os Teatros Distritais, dentre outros.
FUNCIONAMENTO
O processo seletivo do programa Jovem Monitor Cultural tem início no final de cada ano e encerra-
se no começo do ano subsequente. O candidato a uma vaga passa por quatro etapas: inscrição;
pré-seleção; palestra e redação; e entrevista.
Os conteúdos do programa abrangem atividades práticas e teóricas, e são distribuídos nos seguintes
módulos: Formação educacional e filosófica; Formação cultural; Formação profissional; Pesquisa e
desenvolvimento de projetos; e Visitas a outros equipamentos culturais.
O período de permanência é de um ano, com possibilidade de renovação por mais um ano. Ao entrar
no programa, o jovem monitor atua, basicamente, nos postos de atendimento ao público. Aqueles
que são bem avaliados e permanecem por mais um período, passam a atuar no apoio à produção das
atividades. Assim, no programa há duas categorias de monitores: os iniciantes e os veteranos.
ATIVIDADES
A carga horária de trabalho, de 30 horas semanais remuneradas, é distribuída da seguinte forma:
24 horas de trabalho prático no CCJ e seis horas de formação no Instituto Tomie Ohtake. Além da
remuneração, os benefícios incluem vale-transporte e cesta básica.
ORÇAMENTO
Para 2010, o orçamento do CCJ era de R$ 5.625.000,00, dos quais R$ 1.008.304,80 destinados exclu-
sivamente ao programa Jovem Monitor Cultural.
O valor da bolsa para o jovem monitor cultural é de R$ 680,00 para os iniciantes e de R$ 850,00 para
os veteranos.
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DESTAQUE
Muitos gestores públicos que administram equipamentos destinados à juventude desejam ter
pessoas jovens em suas equipes para receber e orientar os demais. Não há dúvida de que, assim,
o atendimento tende a obter mais sucesso e ser mais adequado.
Se o jovem estiver qualificado e bem informado, ainda melhor. Isso aumenta a qualidade do trabalho
realizado no equipamento.
Mas o CCJ viu nesse desafio uma oportunidade: o foco não se restringiu a treinar o jovem para
trabalhar no próprio projeto, mas transformou-o em um novo projeto, com vida própria.
Os participantes recebem aulas de história da arte, filosofia, elaboração de projetos culturais e muito
mais. Ou seja, além da oportunidade (imediata) de trabalhar no CCJ, os jovens recebem formação
ampla, de qualidade, que servirá para que atinjam seus objetivos no futuro, desenvolvam outros
projetos e se capacitem para trabalhar em diferentes locais.
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São Paulo – CCJ
São Paulo – CCJ
São Paulo – CCJSão Paulo – CCJ
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[ centro da Juventude Elaine Viviani ]
sÃO carLOs
População total do município em 2010 230.410
População jovem (15 a 29 anos) em 2010 56.882
IDH - 2000 0,841
Produto Interno Bruto (PIB) - 2007
(em milhões de reais correntes) R$ 3.501,27
Fonte: Fundação Seade
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centro da Juventude Elaine VivianiSecretaria Municipal Especial de Infância e Juventude
Secretário: Roberto Ferreira de Menezes
16 3366-3500 e 16 3371-4057
www.saocarlos.sp.gov.br
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ocalizado na região sul da cidade de São Carlos, no bairro Monte Claro, o Centro da Juventude Elaine
Viviani oferece atividades variadas de lazer e profissionalização para os jovens do seu entorno. Inaugurado
em outubro de 2008, pela prefeitura, é gerenciado pela Secretaria Especial da Infância e Juventude.
HISTÓRICO
O projeto foi idealizado em 2001, quando um mapeamento socioeconômico da cidade identificou alguns bolsões
de pobreza. O estudo foi feito pela Prefeitura do Município de São Carlos, por meio da Secretaria de Cidadania
e Assistência Social e do Núcleo de Pesquisa e Documentação da Universidade Federal de São Carlos, e
diagnosticou o perfil da população e os tipos de programas oferecidos em cada localidade da cidade pela rede
municipal (pública e conveniada). Naquele mesmo período, o município passou a participar do programa Pre-
feito Amigo da Criança, que reforçava a importância de a administração possuir dados e diagnósticos locais.
Foi nesse contexto que se constituiu um grupo de estudos intersetorial, formado por gestores de diversas
secretarias, para planejar e discutir ações na cidade especialmente voltadas para as pessoas com idades
entre 14 e 29 anos. O grupo idealizou um espaço para oferecer atividades de lazer e profissionalização,
acolhendo os adolescentes e jovens excluídos dos programas municipais.
A falta de recursos próprios da prefeitura fez com que esse grupo enviasse, em 2003, uma proposta ao
Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), que possuía um programa de formação
e fortalecimento de redes. O projeto foi aprovado e o recurso do banco usado para construir e equipar o
Centro. Após sua entrega, em outubro de 2008, a responsabilidade por mantê-lo funcionando passou a ser
da própria prefeitura.
EXPERIÊNCIA
O Centro da Juventude tem como objetivo propiciar espaços de convivência e de formação para os jovens,
além de articular as diversas secretarias de governo em torno desse público.
Está equipado com quatro salas de aula, auditório, sala de informática, sala de marcenaria, piscina, quadra
poliesportiva, campo de futebol, quadra de areia, laboratório de estética, quiosque, um prédio com seis
salas administrativas e áreas livres.
L
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Nas suas dependências, são promovidos cursos de qualificação e preparação profissional, esportivos, de
artesanato, inclusão digital e diversas atividades culturais.
Tudo o que ali acontece ajuda a readequar as políticas municipais voltadas à juventude: o grupo gestor
intersecretarial de juventude reúne-se regularmente para avaliar as ações desenvolvidas e pensar em
outras possibilidades de trabalho para essa faixa etária. Como resultado, está sendo finalizado o Centro
de Juventude, no bairro Cidade Araci, e outros três estão em planejamento.
FUNCIONAMENTO
Para participar das atividades e cursos oferecidos é necessário ter idades entre 15 e 29 anos e residir na
zona sul da cidade – Jardim Monte Claro e bairros vizinhos.
O atendimento acontece de segunda a sexta-feira, das 8 às 12 horas e das 14 às 18 horas. Por três dias, o
Centro permanece aberto até às 22h30, quando acontecem os cursos profissionalizantes. Aos sábados e
domingos, funciona das 9h às 11h30 e das 14 às 17 horas, com algumas atividades aos sábados.
O Centro recebe cerca de 400 pessoas por semestre, sendo 80% jovens de 15 a 29 anos.
ATIVIDADES
O Centro da Juventude oferece diversas atividades distribuídas em quatro eixos: qualificação e preparação
profissional; cultura e lazer; esporte; convivência e socialização. As atividades em cada uma das áreas
podem variar de acordo com a avaliação feita pelo grupo gestor e pela coordenação do Centro, a oferta
de novos cursos pelas secretarias parceiras, e as solicitações dos jovens.
No primeiro semestre de 2010, por exemplo, foram oferecidos 16 cursos de qualificação e preparação pro-
fissional para jovens com idade a partir de 16 anos, como informática básica para o trabalho, assistente ad-
ministrativo empresarial, vendas e atendimento ao cliente, eletricista, tecnologia mecânica e depilação.
Além disso, estavam disponíveis dois cursos de artesanato, e oito de cultura, esporte e lazer, dentre eles,
dança de rua, capoeira, oficinas de rap e rádio.
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Os cursos são semestrais e acontecem de uma a três vezes por semana, com carga horária média de
duas horas semanais.
Os cursos esportivos tradicionais (futsal, vôlei, basquete, futebol de campo, natação e hidroginástica)
acontecem diariamente e a frequência em cada modalidade é de duas vezes por semana, durante uma
hora e meia.
As atividades de convivência e socialização são oferecidas dentro do Centro, em grupos de discussão,
rodas de conversas, atividades lúdicas e esportivas, e também nas atividades externas, como visita ao
Parque Ecológico, ao Centro Cultural da Universidade de São Paulo (USP) e às universidades locais.
Para receber o diploma dos cursos profissionalizantes, os jovens devem ter, no mínimo, 75% de frequência.
Crianças e adultos podem participar dos cursos esportivos, de artesanato, de atividade física orientada,
e de outras ações oferecidas para a comunidade em geral.
EQUIPE E PARCERIAS
A equipe do Centro é composta por profissionais das Secretarias de Infância e Juventude, da Edu-
cação, de Esporte, e de Cidadania, que se dividem em: diretor, coordenador pedagógico, supervisor,
estagiário de pedagogia, professor de complementação escolar, professor de educação física, dois
técnicos de esporte, três auxiliares de natação, estagiário de educação física, quatro profissionais
administrativos e funcionários de limpeza (terceirizados), além dos profissionais que ministram os
cursos (conveniados).
Para desenvolver as atividades, a prefeitura também realiza convênios com instituições, como a Progresso
e Habitação de São Carlos (Prohab), a Fundação Educacional São Carlos (Fesc), o Serviço Nacional de
Aprendizagem Industrial (Senai), o Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac), e a Universidade
Federal de São Carlos (Ufscar).
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ORÇAMENTO E FONTES DE RECURSOS
O orçamento anual do Centro da Juventude, ano-base de 2010, é de R$ 370 mil. Mas o custo não recai
integralmente na Secretaria de Infância e Juventude, pois as despesas com os funcionários das demais se-
cretarias municipais são de responsabilidade própria das áreas de Esporte, Educação, e Artes e Cultura.
A Secretaria de Infância e Juventude é responsável pelos custos dos funcionários da própria secretaria,
assim como das instituições conveniadas: Fesc, Senac e Senai.
A manutenção geral do Centro da Juventude é realizada da seguinte forma:
– Obrigações patronais: R$ 48.340,00;
– Material de consumo: R$ 27.200,00;
– Passagens e despesas com locomoção: R$ 4.000,00;
– Outros serviços de terceiro – pessoa física: R$ 6.500,00;
– Outros serviços de terceiro – pessoa jurídica: R$ 282.875,00.
DESTAQUE
O destaque é a localização escolhida para o Centro de Juventude. Com base em dados levantados em
diagnóstico local, a prefeitura decidiu construir o equipamento numa região periférica da cidade.
Além de facilitar o acesso daqueles que desejam participar de ações dessa natureza, mas têm dificuldade
de locomoção, um equipamento público numa região com essas características provoca a todos e obriga
os moradores do entorno a mudarem de paradigma e de atitude. Assim, foi preciso persistência, pois foi
gradual a aceitação, pela comunidade, das atividades propostas pelo centro.
Aos poucos, a comunidade foi incorporando-o como um espaço de referência; a adesão dos adolescentes
e jovens às atividades oferecidas aumentou, o que o tornou um espaço privilegiado para desenvolver e
pensar políticas públicas de juventude, ou seja, uma rica fonte de informação e conhecimento.
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São Carlos
São Carlos
São Carlos
São Carlos
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[ Juventude cidadã ]
sÃO BErnarDO DO caMpO
População total do município em 2010 828.985
População jovem (15 a 29 anos) em 2010 204.780
IDH - 2000 0,834
Produto Interno Bruto (PIB) - 2007
(em milhões de reais correntes) R$ 25.533,81
Fonte: Fundação Seade
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Juventude cidadãCoordenadoria de Ações para a Juventude
Coordenador: Daniel Cássio Ribeiro da Costa
11 4126-3936 e 11 4127-3654
www.saobernardo.sp.gov.br
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coordenadoria estadual de juventude
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Juventude Cidadã é um programa da Coordenadoria de Ações para a Juventude (Cajuv),
que tem como objetivo principal desenvolver atividades socioculturais, profissionalizantes
e esportivas para os jovens.
HISTÓRICO
Em 1998, mobilizadas pela prefeitura, várias lideranças jovens da cidade reuniram-se para pensar
um projeto específico para essa faixa etária. A ideia que surgiu foi a de criar um espaço que reu-
nisse o trabalho de algumas secretarias municipais para oferecer atividades diversificadas aos
jovens. Nasceu, assim, o Juventude Cidadã, programa coordenado, na época, pela Secretaria de
Desenvolvimento Social e Cidadania.
O Juventude Cidadã começou oferecendo aos jovens oficinas socioculturais de hip-hop, dança,
música e capoeira, com duração semestral. Além disso, realizava eventos esporádicos, como o Dia
da Juventude e promovia práticas de esportes radicais. Essas atividades aconteciam no ginásio
poliesportivo da cidade e no paço municipal, e as despesas com o material de consumo e os profis-
sionais eram de responsabilidade da Secretaria de Desenvolvimento Social e Cidadania.
Em 2004, visando a oferecer um número maior de atividades aos jovens e ampliar as políticas pú-
blicas para esse segmento, foi criada a Coordenadoria de Ações para a Juventude, com dotação
orçamentária própria e ampla sede.
Atualmente, a coordenadoria desenvolve, além do Juventude Cidadã, outras atividades, como:
Juventude no seu Bairro (descentralização das atividades do Juventude Cidadã em diversas áreas
da cidade); Circuito de Skate e Bike; Acessa Juventude (laboratório de informática); EcoJuventude;
Maratona Radical (24 horas de esporte radical); e atividades culturais no Parque da Juventude.
A EXPERIÊNCIA
O Juventude Cidadã é um programa que atinge um grande número de jovens, entre 14 e 29 anos,
por meio de suas 52 atividades gratuitas.
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Em 1998, o projeto atendia cerca de 300 alunos por semestre. Hoje beneficia cerca de 7 mil jovens,
por semestre.
O programa tem como objetivo proporcionar espaços e oportunidades nas áreas de esporte, cul-
tura, educação, profissionalização, saúde, e também a conscientização ambiental dos jovens. A
equipe trabalha com três diretrizes: prevenção primária, inclusão social e protagonismo juvenil. A
prevenção primária e a inclusão social se dão principalmente pela aquisição de novas habilidades
e competências proporcionadas pelos cursos oferecidos. Como prática de protagonismo, os jovens
ajudam a planejar, executar e avaliar as atividades em que estão envolvidos, apropriando-se de todo
o processo e ganhando autonomia.
FUNCIONAMENTO
As atividades estão divididas em cursos profissionalizantes, oficinas socioculturais e práticas de
esportes radicais.
Para participar dos cursos profissionalizantes, que acontecem semestralmente, com aulas de uma
a duas vezes por semana, o jovem deve ter, necessariamente, idade entre 18 e 29 anos, residir em
São Bernardo do Campo, apresentar documentos pessoais, e comprovante escolar, confirmando
que concluiu ou está cursando o ensino médio.
Já para os participantes das oficinas socioculturais e de esportes radicais, que também são se-
mestrais, as aulas acontecem uma vez por semana. Os interessados devem ter idades entre 14 e 29
anos, residir em São Bernardo do Campo, apresentar documentos pessoais e comprovante escolar,
confirmando que concluíram ou estão cursando o ensino médio.
A Coordenadoria de Ações para Juventude, sede dos cursos profissionalizantes e das atividades
socioculturais, fica aberta de segunda a sexta-feira das 8h30 às 21h.
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O Parque da Juventude, onde acontece a prática de esportes radicais, fica aberto para uso livre de
quarta a domingo. Às segundas e terças-feiras, fecha para manutenção.
ATIVIDADES
Para organizar as variadas atividades e a grande quantidade de participantes, a coordenadoria
oferece no máximo 30 vagas para cada oficina e curso. Os jovens podem se inscrever em até duas
atividades por semestre.
São exemplos das atividades oferecidas:
Oficinas Socioculturais:
– de Arte: ateliê livre de arte urbana (grafite), artes circenses (aéreo, clown), desenho, fotografia,
mangá, teatro, Rolling Playing Game (RPG), entre outros;
– de Dança: country dance, dança afro, de salão, do ventre, jazz e street dance;
– de Música: bateria, canto/coral, cavaco, contrabaixo, DJ (casa noturna, hip-hop), gaita, guitarra,
técnicas de sonorização, violão e violino.
Práticas de Esportes Radicais: bike vertical, capoeira, defesa pessoal, dirt jump, escalada esportiva,
jiu-jítsu, Le Parkour, luta olímpica, mountain board, patins in line, skate e técnicas verticais.
Cursos Profissionalizantes: customização de roupas, digitação, inglês, manutenção e configuração
de computadores, noções básicas de informática, produção de eventos, serigrafia, entre outros.
Para atender outros jovens também interessados em participar das oficinas, a coordenadoria criou
o Juventude no seu Bairro, um programa que leva aos sábados, das 9 às 16 horas, algumas ativi-
dades do Juventude Cidadã para comunidades periféricas da cidade, democratizando o acesso às
atividades, uma vez que seria praticamente impossível construir outros parques semelhantes em
todas as regiões da cidade.
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RECURSOS HUMANOS E PARCERIAS
A equipe é formada por um coordenador, 12 funcionários administrativos, 32 operadores, que
trabalham no Parque da Juventude como monitores de skate, de escalada, de prática de patins,
bicicleta, etc., e 50 oficineiros.
O programa conta com a parceria das Secretarias Municipais de Administração, Serviços Urbanos,
Segurança Pública, Esporte, Gestão Ambiental, Transporte e Via Pública, Desenvolvimento Social
e Cidadania, Desenvolvimento Econômico, e Turismo, além da Fundação Criança. Essas entidades
ajudam, dentre outras formas, cedendo profissionais para as atividades específicas em determinados
bairros, fechando ruas (quando acontece o Juventude em seu Bairro), e fazendo a limpeza após o
término das atividades.
ORÇAMENTO E FONTES DE RECURSOS
O orçamento anual é de R$ 1 milhão, gasto com manutenção, mão de obra especializada (oficineiros),
material para as oficinas, e atividades descentralizadas.
DESTAQUE
O destaque desse projeto é o Juventude no seu Bairro: uma maneira de ampliar o programa e a
oferta das atividades aos jovens moradores de bairros distantes, sem comprometer o orçamento
fixo da coordenadoria.
Também chama a atenção na cidade a mobilização da sociedade civil organizada. O terceiro setor
de São Bernardo do Campo, muito atuante e participativo, ao lado da prefeitura, realiza, em parce-
ria com as diversas secretarias do município, uma pesquisa prévia em cada bairro para detectar
as características e a demanda do local. Assim, para cada região, há atividades específicas que
atendem às necessidades locais.
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São Bernardo do Campo
São Bernardo do Campo
São Bernardo do Campo
São Bernardo
do Campodo Campodo Campo
São Bernardo
do Campo
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[ Território Jovem ]
sOrOcaBa
População total do município em 2010 609.449
População jovem (15 a 29 anos) em 2010 161.420
IDH - 2000 0,828
Produto Interno Bruto (PIB) - 2007
(em milhões de reais correntes) R$ 11.992,41
Fonte: Fundação Seade
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Território Jovem Secretaria Municipal da Juventude
Secretária: Edith Maria Garboggini Di Giorgi
15 3238-2398 e 15 3238-2399
[email protected] e [email protected]
www.sorocaba.sp.gov.br
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coordenadoria estadual de juventude
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OTerritório Jovem é um equipamento da Secretaria Municipal da Juventude de Sorocaba
onde são desenvolvidas atividades socioculturais e esportivas, funcionando como ponto
de encontro para esse público.
HISTÓRICO
A Secretaria da Juventude (Sejuv) de Sorocaba foi criada em 2005 para gerenciar políticas públicas
voltadas aos jovens locais. Naquele ano, surgiu a ideia de desenvolver um projeto-piloto para atendê-
los em diversas áreas (saúde, esporte, educação, transporte, cidadania, meio ambiente, cultura e
trabalho), em bairros menos favorecidos da cidade.
Surgiu, assim, a Incubadora Jovem, no Jardim Ipiranga, bairro onde as famílias trabalham princi-
palmente em atividades informais, que exigem pouca instrução educacional, além de registrar alto
índice de jovens usuários de drogas. O objetivo era desenvolver programas que se sustentassem no
médio e no longo prazo, promovendo mudanças na vida do jovem, e também na de suas famílias. Em
um ano, foram ofertadas diversas atividades, nos mais variados equipamentos públicos do bairro.
Em janeiro de 2006, a Sejuv, algumas organizações não governamentais (ONGs) e a comunidade
local, uniram-se e propuseram concentrar as ações em um mesmo lugar. Indicaram, então, um
prédio público desativado, no Jardim Ipiranga, para que fosse construída uma sede que englobasse
as ações da Incubadora Jovem. Esse espaço foi denominado Território Jovem.
Assim, foi possível ampliar as ações da Sejuv, que passou a organizar, além da Incubadora Jovem,
eventos como TJ in Rock Festival, Palco é Seu, Balada Cultural, Cine TJ, Festa da Páscoa, e estabe-
lecer parcerias como a que foi feita com a Universidade Federal de São Carlos (Ufscar) – câmpus
de Sorocaba.
Em 2007, a Incubadora Jovem passou a atuar no bairro Jardim Nova Esperança, utilizando variados
espaços da comunidade. E seguindo moldes semelhantes aos do bairro Jardim Ipiranga, em 2009,
foi criado o 20 Território Jovem.
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municipais de juventude no estado de são pauloExpEriências
EXPERIÊNCIA
O Território Jovem é um espaço público que serve como ponto de encontro das pessoas com idades
entre 15 e 29 anos. Localizado em dois bairros periféricos de Sorocaba, o objeto é abrir espaço para
que todos participem de atividades diversas, manifestando e desenvolvendo seus potenciais.
FUNCIONAMENTO
No Território Jovem, graças ao apoio de diversas secretarias municipais, são desenvolvidas ações
nas áreas de saúde, esporte, educação, transporte, cidadania, meio ambiente, cultura e trabalho.
Essa união de esforços resulta em uma programação fixa de atividades, incluindo aulas de dança,
ginástica, teatro, desenho, lutas, música e esporte. São oferecidos também cursos profissionalizantes
de manicure e pedicuro, metrologia, matemática, leitura, interpretação de texto, empreendedorismo,
ortografia, informática, vendas, auxiliar administrativo, atendimento e recepção na área da saúde.
Além disso, palestras, eventos, shows, ensaios de grupos musicais e artísticos, apresentações,
exposições, entre outras, são oferecidos como ações esporádicas.
O funcionamento das duas unidades do programa Território Jovem vai das 8 às 22 horas. Ambas
disponibilizam, em média, 30 vagas para os cursos profissionalizantes, que são preenchidas conforme
o interesse dos jovens.
Além das secretarias municipais, a diversidade de ações é garantida graças à parceria com as uni-
dades de saúde e escolas dos bairros, bem como universidades e ONGs, que desenvolvem projetos
específicos para essa população.
Para viabilizar os cursos, o Território Jovem do Ipiranga possui em sua infraestrutura uma biblioteca,
palcos interno e externo, salão com espelho para dança, dentre outros espaços. Ainda nessa unidade,
há um diferencial: uma sala equipada para atendimento ginecológico das jovens.
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coordenadoria estadual de juventude
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Já o Território Jovem de Nova Esperança contém área administrativa, quadras poliesportivas e
salas preparadas para cursos.
RECURSOS HUMANOS E PARCERIAS
Cada um dos espaços conta com uma equipe formada por profissionais da Sejuv, composta por um
supervisor, um coordenador e um assistente social.
Para a realização dos cursos e oficinas, são contratados outros profissionais, de acordo com a es-
pecificidade de cada projeto. Com o objetivo de viabilizar essas ações, são firmadas parcerias com
a Universidade Federal de São Carlos (Ufscar) – câmpus de Sorocaba, Universidade do Trabalhador,
Projeto Pérola, Serviço Nacional da Indústria (Senai) de Sorocaba, Projeto Oficina de Talentos,
dentre outras entidades e ONGs. Essas parcerias podem ocorrer por meio de estágios dos alunos
ou projetos com diferentes propostas.
ORÇAMENTO
O orçamento previsto para 2010 era de R$ 222 mil para as duas unidades, destinado à contratação
de profissionais e à produção do material pedagógico.
DESTAQUE
O que chama a atenção nesse projeto é o fato de o Território Jovem ter virado, de fato, uma refe-
rência para o jovem munícipe, um local que oferece as orientações e o apoio que muitas vezes não
conseguem em outro lugar da cidade.
A assistente social passa informações e orienta todos, cumprindo um papel fundamental para que
possam exercer a cidadania plenamente. Recentemente, uma garota procurou o programa pedindo
ajuda para voltar a estudar e a assistente social auxiliou-a a providenciar toda a documentação
necessária para que retomasse os seus estudos, o que foi feito com sucesso.
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municipais de juventude no estado de são pauloExpEriências
Importante destacar ainda que, graças ao atendimento ginecológico oferecido pelo programa, muitas
jovens, que se sentem inseguras para conversar com os pais sobre sexualidade, encontram ali o
respaldo necessário e o espaço para obter orientação de qualidade.
Outro fato interessante são as baladas que ocorrem no Território Jovem de Nova Esperança. Coor-
denadas pelo administrador do Território, em conjunto com membros da comunidade e os jovens,
as baladas reúnem quase mil pessoas e nunca apresentaram nenhum problema, cumprindo o papel
importante de ponto de encontro, lazer e prática de cidadania juvenil.
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Sorocaba
Sorocaba
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[ centro de referência da Juventude – Estação Jovem ]
sÃO caETanO DO sUL
População total do município em 2010 149.213
População jovem (15 a 29 anos) em 2010 31.443
IDH - 2000 0,919
Produto Interno Bruto (PIB) - 2007
(em milhões de reais correntes) R$ 9.047,61
Fonte: Fundação Seade
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centro de referência da Juventude – Estação JovemCoordenadoria Municipal de Juventude
Coordenadora: Mariana Perin
11 4226-5518 e 11 4226-5720/7275
www.saocaetanodosul.sp.gov.br
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coordenadoria estadual de juventude
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Centro de Referência da Juventude – Estação Jovem de São Caetano do Sul é um equipa-
mento gerenciado pela Coordenadoria Municipal da Juventude (Comjuv) de São Caetano,
órgão ligado à Secretaria de Cultura, que oferece cursos e diversas atividades de cultura,
esporte, lazer e profissionalização para o público de 13 a 29 anos.
HISTÓRICO
Idealizado, em 2005, pela prefeitura da cidade, o equipamento público tem como objetivo proporcionar
aos jovens um ambiente com atividades de esporte, cultura, lazer e informação. O primeiro passo para
tornar essa ideia realidade foi viabilizar um espaço no qual as atividades pudessem acontecer.
A cidade de São Caetano do Sul parecia não possuir, nos seus 15,3 quilômetros quadrados, um es-
paço disponível. Foi quando surgiu a possibilidade de utilizar o piso superior do Terminal Rodoviário
Nicolau Delic para a construção do Centro de Referência da Juventude. A área era perfeita, pois,
além de ser plana e extensa, tem fácil acesso, pela proximidade com o transporte público.
Em junho de 2008, o espaço foi entregue à população e batizado como Estação Jovem, local em
que o público encontra uma programação atrativa e diversificada, com cursos profissionalizantes,
oficinas de esporte e cultura, palestras, exposições e shows.
A EXPERIÊNCIA
A Coordenadoria Municipal de São Caetano do Sul gerencia o Centro de Referência da Juventude –
Estação Jovem e também realiza dois outros projetos: o Agente Jovem e o Comjuv na Escola.
O primeiro promove a inserção de jovens com idades entre 16 a 21 anos no mercado de trabalho,
oferecendo estágios na própria Administração Municipal. Inclui, ainda, orientações e cursos de
capacitação profissional. O jovem recebe bolsa-auxílio mensal de meio salário mínimo e cesta
básica, para trabalhar por 20 horas semanais, durante seis meses.
O
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municipais de juventude no estado de são pauloExpEriências
O segundo programa tem como público os jovens do ensino médio. Uma vez por mês, profissionais
renomados de variadas áreas realizam palestras em escolas estaduais e municipais sobre temas
de interesse do universo jovem. As atividades são planejadas e divulgadas em conjunto com as
escolas, e todos os interessados podem participar.
FUNCIONAMENTO
O Centro de Referência da Juventude – Estação Jovem é voltado principalmente para o público com
idades entre 13 e 29 anos, morador de São Caetano, e de municípios adjacentes. Pessoas de outras
faixas etárias podem utilizar o espaço, mas apenas em atividades específicas.
A programação mensal é previamente organizada pela Coordenadoria de Juventude e contempla
cursos, oficinas, apresentação de grupos teatrais, grupos de danças, shows de bandas musicais da
região, exposições, exibição de filmes, campeonatos esportivos, entre outros. Algumas atividades
são regulares e acontecem durante todo o semestre e outras variam de acordo com os convênios
firmados por determinado período.
A cada ano, a prefeitura publica editais para credenciar projetos culturais, esportivos ou profissiona-
lizantes. As propostas apresentadas precisam prever a atualização e qualificação dos jovens, assim
como o enriquecimento de sua experiência de vida e formação nas diversas áreas.
Para inscrever-se, os interessados preenchem uma ficha, apresentam o projeto, o plano de traba-
lho detalhado, documentos de identidade, comprovante de residência e currículo profissional que
comprove a experiência e a formação do responsável na área específica.
Desde 2008, já foram abertos editais em artes cênicas, artes visuais, artes plásticas, literatura,
música, expressões culturais, esportivas, orientação e formação profissional.
O Estação Jovem é aberto ao público. Entretanto, é necessário inscrever-se para os cursos
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profissionalizantes e para as oficinas. Para frequentar os cursos profissionalizantes, os jovens
devem ter idades entre 16 e 29 anos, e, para as oficinas, entre 13 e 29 anos. Normalmente, são
abertas 20 vagas para cada modalidade, que são preenchidas por ordem de inscrição.
Durante o ano de 2009, participaram das atividades do Estação Jovem cerca de 23 mil pessoas. O
local funciona, na segunda-feira, das 12 às 20 horas; de terça a sexta-feira, das 10 às 20 horas; e
nos sábados e domingos, das 12 às 18 horas.
ATIVIDADES
Os 3 mil metros quadrados do Estação Jovem são equipados com quadra poliesportiva, pista de
skate com área de street iniciante e profissional e um snake banks voltado para jovens com mais de
18 anos (os que têm menos de 18 anos de idade precisam ser autorizados pelo responsável legal).
Também está disponível uma midiateca composta por amplo acervo de histórias em quadrinhos
(HQs), livros de cultura pop, CDs, DVDs, revistas e computadores com acesso gratuito à Internet,
sala multiuso, salas de aula para oficinas e cursos, auditório para audiovisual, estúdio para ensaios
e um amplo espaço aberto para shows.
Os estúdios para ensaios, o espaço com computadores de acesso à Internet, a quadra e a sala
multiuso podem ser utilizados pelos jovens mediante agendamento e cadastro com apresentação
de documentos pessoais e assinatura do termo de compromisso de uso.
Os cursos profissionalizantes, as oficinas culturais e esportivas são atividades regulares, cuja
duração varia de acordo com os projetos propostos nos editais e em convênios celebrados com as
instituições – em geral, de um a seis meses, conforme o tema.
Para 2010, estavam previstos shows, workshops, comemorações, exposições, debates, cursos e
oficinas. Também foi firmada parceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac)
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municipais de juventude no estado de são pauloExpEriências
para desenvolver cursos profissionalizantes como o de Design Gráfico Impresso (Corel X3, Photoshop
CS3 e InDesign) e de Atendimento ao Público.
RECURSOS HUMANOS E PARCERIAS
A equipe é composta por 26 pessoas, sendo uma coordenadora, um assessor de coordenação, e
prestadores de serviços terceirizados: uma secretária de coordenação, uma produtora responsá-
vel pela programação, uma publicitária, um responsável pela comunicação e pelos eventos, dois
produtores executivos (responsáveis pelos patrocínios), dois responsáveis pela área de expressão
corporal, dois assistentes administrativos, um assistente de criação, um enfermeiro, dois vigias e,
ainda, dez agentes jovens que desempenham diversas atividades.
ORÇAMENTO E FONTES DE RECURSOS
O Estação Jovem é mantido com recursos da própria prefeitura. O orçamento para 2010 foi de R$
1,58 milhões, utilizado para cobrir gastos com a manutenção do espaço, folha de pagamento, os
projetos credenciados, o Agente Jovem e as atividades esporádicas.
DESTAQUE
Além da qualidade e dinamicidade das atividades oferecidas, tem destaque, nesse caso, o local do
projeto. Numa cidade com poucas áreas disponíveis para oferecer e executar políticas públicas
de apoio ao público jovem, a criatividade levou à instalação do equipamento num ponto no mínimo
curioso: sobre o terminal rodoviário da cidade.
O fato de estar justamente na porta de entrada da cidade e na região central, facilita o acesso dos
moradores de todas as regiões do município e cidades vizinhas. Nota-se que, aos finais de semana,
a maior parte do público é de municípios vizinhos. A frequência média é de 150 pessoas por dia,
durante a semana, e 500, nos fins de semana.
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São Caetano do Sul
São Caetano do SulSão Caetano
do Sul
São Caetano do Sul
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[ programa ribeirão Jovem – Estágio cidadão ]
riBEirÃO prETO
População total do município em 2010 577.071
População jovem (15 a 29 anos) em 2010 144.542
IDH - 2000 0,855
Produto Interno Bruto (PIB) - 2007
(em milhões de reais correntes) R$ 12.969,39
Fonte: Fundação Seade
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Estágio cidadãoPrefeitura de Ribeirão Preto
Contato: Jason Moisés de Albuquerque
16 3610-1510
www.ribeiraopreto.sp.gov.br
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Estágio Cidadão é um projeto do programa Ribeirão Jovem, da Prefeitura de Ribei-
rão Preto, criado em 2001 e dedicado à inclusão de jovens entre 16 e 28 anos no
mercado de trabalho.
EXPERIÊNCIA
O programa Ribeirão Jovem, cujo objetivo é promover a experiência do primeiro contato
com o mercado de trabalho, a capacitação profissional e cursos socioculturais, realiza suas
ações a partir de quatro projetos: Estágio Cidadão, Dança Comigo, Centros de Inclusão Digital
(CIDs), e Casa da Juventude.
O Estágio Cidadão proporciona o contato do jovem com o mercado de trabalho. Os jovens
se inscrevem na sede do programa e são chamados para participar de processos seletivos
à medida que surgem vagas na área de interesse. Os jovens podem trabalhar em um órgão
público, autarquias do governo municipal ou, ainda, nos projetos Dança Comigo e CID.
O Dança Comigo é um projeto que, por meio do Estágio Cidadão, contrata jovens de nível
técnico para darem aulas de dança para crianças, adolescentes e jovens pertencentes a
famílias de baixa renda. Essas aulas proporcionam ao aluno um contato com danças de
alto padrão, como balé, jazz e sapateado contemporâneo.
O CID oferece computadores com acesso gratuito à Internet para toda a população, além
de cursos de informática sobre o uso de ferramentas como Linux, Opentexto, Opencalc,
OpenImpress e Internet. Os funcionários são jovens, com nível técnico em informática,
contratados pelo Estágio Cidadão. Os CIDs atendem em média 9 mil pessoas por ano, nas
30 unidades distribuídas na cidade de Ribeirão Preto.
O
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FUNCIONAMENTO
O Estágio Cidadão atende jovens entre 16 e 28 anos que estão cursando ensino superior
regular ou técnico. Os interessados devem comparecer à sede do Programa Ribeirão Jovem
com RG, CPF e Carteira de Trabalho para cadastramento. As oportunidades ocorrem quando
há demanda dos órgãos da prefeitura ou programas e o número de vagas para cada processo
varia de acordo com o setor público solicitante.
A sede do Programa Ribeirão Jovem fica aberta ao público de segunda a sexta-feira, das
8 às 18 horas.
O processo seletivo é realizado pelos órgãos da prefeitura, em conjunto com o Programa Ri-
beirão Jovem, e o recrutamento é feito pelo Centro de Integração Empresa Escola (CIEE).
Os estágios são oferecidos em duas diferentes cargas horárias: 20 horas semanais, com
bolsa-auxílio de R$ 230,00 + vale-transporte no valor de R$ 80,00; ou 30 horas semanais,
com bolsa-auxílio de R$ 350,00 + vale-transporte no valor de R$ 80,00. A escolha é feita pelo
órgão que abre a vaga.
ATIVIDADES
Os jovens podem ser contratados pela Administração direta ou indireta.
No primeiro caso, eles atuam nas Secretarias da Educação, Cultura, Administração, Fazen-
da, Esportes, Saúde, Casa Civil, Planejamento, Assistência Social, Infraestrutura, Obras e
Meio Ambiente, e no Fundo Social de Solidariedade, exercendo as mais diversas funções
do cotidiano específico.
No segundo caso, pela Administração indireta, os jovens atuam em autarquias do governo
como a Guarda Civil Municipal e o Departamento de Água e Esgoto (Daerp).
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Os estágios dos jovens acontecem nas áreas de administração de empresas, arquitetura e
urbanismo, artes cênicas, ciências da computação, ciências biológicas, ciências contábeis,
jornalismo, publicidade e propaganda, direito, educação física, engenharia civil, farmácia,
geografia, gestão de pessoas, história, letras, matemática, pedagogia, psicologia, química
e serviço social.
RECURSOS HUMANOS E PARCERIAS
A equipe do programa Estágio Cidadão é formada por um coordenador, um auxiliar de co-
ordenação e um agente administrativo.
O CIEE é o principal parceiro do projeto e exerce o diálogo entre a escola e a empresa, ou
seja, cuida de todo o processo legal de recrutamento do jovem.
Os órgãos da prefeitura informam ao Ribeirão Jovem quando há vagas abertas.
ORÇAMENTO E FONTES DE RECURSOS
O Estágio Cidadão tem hoje um gasto mensal de R$ 51.354,93, utilizados no pagamento dos
640 estagiários de Administração direta.
DESTAQUE
O destaque dessa ação é o número de jovens que consegue mobilizar e a troca de expertises
que é capaz de gerar.
Além da oportunidade de ter a primeira experiência profissional, os jovens estagiários
interagem com o Poder Público, conhecendo o dia a dia e as dificuldades da administração
pública, vivenciam a realidade da prefeitura e contribuem com ideias, soluções e alternativas
para superar os principais desafios.
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Ribeirão Preto
Ribeirão Preto
Ribeirão Preto
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OBSERVATÓRIO PAULISTA DE JUVENTUDE
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lém das experiências apresentadas nesta publicação, a Coordenadoria
Estadual de Juventude disponibilizou no Portal da Juventude (link Obser-
vatório Paulista de Juventude) mais de cem experiências desenvolvidas
por 72 municípios, nas mais diferentes áreas de atuação.
O Observatório de Juventude é um espaço virtual criado com o objetivo de subsi-
diar o trabalho dos gestores municipais e estaduais que atuam com esse público
no Estado. Nele, é possível encontrar, além de referências e informações sobre
programas municipais, estaduais e federais na área, fontes e dicas de financia-
mento, uma vasta biblioteca virtual com sugestões de livros, artigos e pesquisas,
documentos a respeito da legislação sobre o tema, e links para outros observatórios
de juventude no Brasil e no mundo.
E não é só isso. Também é possível encontrar informações socioeconômicas da
população jovem do Estado, divididas por região e município.
Vale ressaltar que o Portal da Juventude é um site em constante construção. A
primeira fase de elaboração do Observatório aconteceu entre março e agosto de
2010, mas qualquer pesquisa ou estudo que tenha como foco a realidade juvenil
e qualquer secretaria de governo ou entidade do terceiro setor que desenvolva
trabalho voltado à população com idades entre 15 e 29 anos pode cadastrar sua
experiência ou estudo no site www.juventude.sp.gov.br, link Observatório de Ju-
ventude ou escrever para [email protected]. Dessa forma, atingiremos, juntos,
nosso objetivo de disseminar informações de qualidade e fortalecer as iniciativas
de juventude de forma geral.
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PENSANDO AS POLÍTICAS PÚBLICAS DE JUVENTUDE
NOS MUNICÍPIOS
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a hora de colocar a mão na massa, algumas dicas podem fazer toda a diferença.
As ações de um gestor municipal de juventude, independentemente do tamanho do município
em que trabalha, devem começar por conhecer a realidade local. Com isso, entende-se
ter amplo conhecimento sobre o número de habitantes da cidade; sobre o número de jovens; se
estudam, onde estudam; se trabalham, onde trabalham; quais as principais tendências; entre outros
fatores. Essas informações podem ser obtidas em inúmeros institutos de pesquisa, como, por exem-
plo, a Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que, além de disponibilizar
informações sobre diversos segmentos da população, periodicamente realiza o Censo do País, e
a Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados (Seade), que há mais de um século produz e
dissemina pesquisas, análises e estatísticas socioeconômicas e demográficas com foco prioritário
no Estado de São Paulo. Também podem ser encomendadas e realizadas pesquisas pelos próprios
órgãos municipais de juventude, com amparo dos órgãos municipais competentes.
Além disso, é importante que o gestor de juventude consiga mapear aspectos mais subjetivos
como, por exemplo, a forma como os jovens se divertem, se relacionam com a cidade, interagem
com outros grupos de jovens, quais são seus sonhos, suas aspirações e os principais desafios que
enfrentam no dia a dia. Para isso, é fundamental criar canais de escuta da demanda dos jovens,
espaços em que possam falar, expressar sua opinião, trocar percepções com outros jovens e, prin-
cipalmente, se aproximar do Poder Público, colaborando com a construção das políticas públicas
municipais. Nesse caso, além de encontros presenciais, é importante aproveitar os novos veículos
e ferramentas de comunicação existentes que possibilitam ampla e democrática participação dos
jovens munícipes. A Internet, por exemplo, cumpre um excelente papel de disseminação e conflu-
ência de informações. As diversas redes sociais podem ajudar nessa aproximação e diálogo entre
Poder Público e juventude.
Da mesma forma, o gestor municipal de juventude precisa conhecer as iniciativas de outras se-
cretarias municipais. Isso não significa apenas “ler sobre”. É importante conversar pessoalmente
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municipais de juventude no estado de são pauloExpEriências
com os idealizadores e coordenadores de cada ação ou projeto e também fazer visitas in loco, ver
o andamento do projeto na prática, conversar com os jovens envolvidos, entre outras ações. Esse
mapeamento é importante por inúmeros motivos. Dentre eles, destaca-se que, com uma visão
ampla das iniciativas, é possível fazer uma análise qualificada das oportunidades e das lacunas no
atendimento ao jovem da cidade. Ao conhecer com profundidade um projeto, o gestor municipal
de juventude também poderá oferecer dicas, sugestões e informações ao coordenador do projeto,
contribuindo com seu fortalecimento e sucesso no longo prazo.
Outra ação possível ao gestor municipal, com base nesse mapeamento da população local e das
iniciativas que já são desenvolvidas, é a articulação entre elas. O objetivo final dessa iniciativa, além
de integrar alguns pontos específicos de projetos em andamento, é criar, entre as secretarias, uma
visão compartilhada sobre o jovem munícipe e o que se deseja para a juventude local, de forma a
criar um amplo planejamento, com ações e metas comuns.
Além de atuar de forma transversal, apoiando as ações de outras secretarias, por vezes o órgão
municipal de juventude também executa de forma direta uma ação. Nesse caso, deve-se atentar
para algumas questões:
É vital que a elaboração de um novo projeto que seja precedida do já citado mapeamento, tanto da
população local como dos projetos existentes. Caso contrário, corre-se o risco de a nova proposta
sobrepor iniciativas já existentes ou mesmo repetir erros de projetos que não deram certo.
Além disso, três questões são fundamentais em uma política de juventude:
LOCAL: Ao pensar num projeto, considere o local onde as atividades acontecerão. A mobilidade é
um fator relevante para o jovem e isso impacta diretamente na sua adesão a uma atividade. Além do
custo, muitas vezes simplesmente não há transporte público disponível para certos locais ou horários.
A dica, nesse caso, é proporcionar ações em diversos pontos da cidade (inclusive nos mais periféricos)
ou viabilizar um meio de transporte especialmente para os locais e horários necessários.
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coordenadoria estadual de juventude
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HORÁRIO: Muitas vezes, um projeto para jovens é previsto para acontecer durante a semana, no
meio da tarde, ou pela manhã. Mas, em geral, o jovem está ocupado nesse horário: estudando,
trabalhando, ajudando algum amigo ou familiar. A experiência mostra que têm sucesso os projetos
que oferecem oportunidade de acesso também à noite e nos fins de semana.
GERAÇÃO DE RENDA: A independência financeira é buscada por todo jovem. Com mais ou menos
pressa, nessa fase, é importante, saudável e natural que se deseje ter algum recurso próprio. Assim,
tem mais apelo projetos que possibilitam (de forma direta ou indireta) que o jovem também produza
riquezas. Isso pode acontecer por meio da venda de produtos (bolsas, materiais, CDs, etc.) ou de
serviços (shows, eventos, oficinas, apresentações, entre outros).
Outra possibilidade consiste em municiar o jovem de elementos para que ele acesse, por conta
própria, os recursos e apoios disponíveis na cidade.
Vale destacar um desafio que se coloca aos diversos gestores municipais de juventude: a divul-
gação das políticas destinadas aos jovens. Nesse aspecto, tanto as projetos de execução direta
como aqueles de iniciativa de outras secretarias merecem um olhar e dedicação especiais. Sem
dúvida, materiais de divulgação (impressos ou virtuais), se bem-feitos e distribuídos de forma es-
tratégica, garantem amplo acesso à informação e consequentemente aos bens e às oportunidades
existentes na cidade.
Em suma, ao pensar uma política pública para jovens, deve-se ter em vista que, diferentemente da
infância e adolescência, a juventude não precisa ser cerceada, protegida, mas, sim, emancipada. A
juventude é um momento de escolhas, de experimentação, de tomada de decisão. Por isso também
é fundamental garantir a participação deles na concepção e constante avaliação das iniciativas,
adequando-as às suas reais demandas e necessidades.
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Governo do Estado de São PauloAlberto Goldman
Secretaria de Relações InstitucionaisAlmino Monteiro Álvares Affonso
Secretaria de Economia e PlanejamentoFrancisco Vidal Luna
Fundação Prefeito Faria Lima - CepamNelson Hervey Costa
Elaboração e Coordenação Editorial | Gerência de Comunicação e Marketing do Cepam
Coordenação | Adriana Caldas
Editoração de Texto e Revisão | Eva Célia Barbosa e Silvia Galles
Direção de Arte | Jorge Monge
Chefia de Arte | Carlos Papai
Assistente de Arte | Janaína Alves da Silva
Estagiários | Ivan Varrichio e Simone Midori Ishihara
Coordenadoria Estadual de Juventude
Coordenação | Mariana Montoro Jens
Equpe Técnica | Carol Godoi Hampariam, Eneida Moratto Lopes,
Marcelle Gutierrez, Milena Duarte Nunes Pereira, Raquel Cristina
Dias Rodrigues e Renata Carolo Nepomuceno
Texto | Júlio César Carreiro, Milena Duarte Nunes Pereira, Renata
Carolo Nepomuceno e Silvia Salgado
Preparação de Textos | Renata Megale
Coordenação da Edição | Renata Carolo Nepomuceno
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