Experiencias internacionais em literacia e responsabilidade social

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Experiências internacionais em literacia e responsabilidade social Esta apresentação e todo o material citado estão disponíveis no blog: midiaeducacaonomundo-uepg2012.blogspot.com.br

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Apresentação para palestra proferida na mesa de discussão "Instituicoes Midiaticas e Responsabilidade Social", durante o @ Encontro de Comunicacao e Educacao" da Universidade Estadual de Ponta Grossa, PR, em 4 de maio de 2012.

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Experiências internacionais em literacia e responsabilidade social

Esta apresentação e todo o material citado estão disponíveis no blog:midiaeducacaonomundo-uepg2012.blogspot.com.br

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Por que estudar a mídia na escola?

Por que cobrar das instituições de mídia sua parcela de responsabilidade com esse tipo de educação?

MEDIA LITERACYMÍDIA-EDUCAÇÃOEDUCOMUNICAÇÃOLITERACIA MIDIÁTICAALFABETIZAÇÃO MIDIÁTICA

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ARTIGO XIX DA DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS HUMANOS“Toda pessoa tem direito à liberdade de opinião e expressão; este direito inclui a liberdade de, sem interferência, ter opiniões e de procurar, receber e transmitir informações e ideias por quaisquer meios e independentemente de fronteiras”

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MEDIA LITERACY / MÍDIA-EDUCAÇÃO

ACESSARAVALIAR

USAR

Grande mídiaX

Pequeno público

Desmontar a mensagem e

olhar por dentro

Regulação Educação

Criar e remixar informação com algum propósito

esclarecido

RegulaçãoEducação

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ESTADOS UNIDOS

Promovendo a consciência sobre a liberdade de expressãoCentro Internacional para Mídia e Agenda Pública - Universidade de Maryland (EUA)

Fonte:

MOELLER, Susan. Nurturing

Freedom of Expression

through Teaching Global

Media Literacy. In ONU /

UNESCO / ALLIANCE OF

CIVILIZATIONS / GRUPO

COMUNICAR. Mapping

Media Education Policies in

the World. Nova Yorque:

ONU, 2009.

http://www.salzburg.umd.edu/salzburg/new/

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CANADÁ

www.aml.ca Entidade atuante desde 1978

Mantém uma rede de profissionais interessados em promover a mídia-educaçãoRealiza conferências e oficinas para professores, profissionais de mídia, familiares e jovensPublica materiais e relatórios

Promove a “National Media Literacy Week” – evento anual com conferências eatividades em escolas, meios de comunicação parceiros e organizaçõesnão-governamentais. A cada ano a semana elege um tema para ser debatido e estudado nas escolas.

Em 2012, a NMLW ocorrerá de 5 a 9 de novembro e tema será “Questões de Privacidade”.

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UNIÃO EUROPEIA

www.euromedialiteracy.eu

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POLÍTICA PÚBLICA DE MEDIA LITERACY

2000 – A New Future for CommunicationsContexto , desafios e propostas para conduzir a migração para plataformas digitais: abundância, convergência, interatividade e interesse público; Comunicação digital: uma esfera central para a economia, para a vida democrática, para a cultura, o lazer e a educação

2003 – Communications ActDeve ser tarefa do Ofcom realizar as ações para promover melhor compreensão pública sobre:1. A natureza e das características do material publicado pelos meios de comunicação ;2. Processos de produção de conteúdo;3. Formas de acesso e controle

2004 – Ofcom’s strategy and priorities for promoting media literacy: a statement1. liderar a realização de ações que melhorem o acesso e a consciência do público; 2. investigar o quão literados em mídia são os diversos segmentos da população; 3. organizar as etapas da política de media literacy – classificação e parcerias

INGLATERRA

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http://www.culture.gov.uk/images/publications/digitalbritain-finalreport-jun09.pdf

INGLATERRA

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A promoção das habilidades de media literacy traz as seguintes vantagens: Capacita as pessoas para achar informações mais rapidamente do que se o fizessem por meios tradicionais (livros, arquivos de jornais etc);

Amplia as oportunidades para encontrar trabalho e aprimoramento profissional;

Amplia a oferta de oportunidades educacionais;

Facilita o compartilhamento de conhecimento;

Facilita a comunicação com família e amigos;

Desenvolve redes sociais que, de outro modo, não teriam como ser criadas;

Economiza dinheiro, já que é possível fazer comparações de custos no varejo;

Melhora o engajamento cívico, porque facilita o contato com políticos, especialmente locais;

Dá mais independência aos portadores de deficiências físicas que comprometem a locomoção;

Reduz o tempo e o custo de transações e uso de serviços públicos;Fornece novas oportunidades para o exercício da criatividade e para a livre expressão.

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Barreiras imediatas que precisam ser vencidas para a política vingar: O público precisa perceber os benefícios do engajamento digital;

As habilidades e conhecimentos sobre mídia devem ser popularizados;

É preciso garantir que as pessoas tenham capacidade de avaliação crítica;

Consequentemente, é preciso disseminar educação sobre mídia;

É preciso ter garantida a oferta de orientações e serviços, segurança e privacidade online;

Os serviços devem ser possíveis de serem comprados e mantidos, mesmo por pessoas com baixa renda;

É preciso promover uso ético da mídia;

Pessoas com deficiência também devem ter acesso garantido.

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Perfis de acesso segundo o Ofcom:

1.Os engajados (engaged) possuem uma forte relação com dispositivos tecnológicos e estão entusiasmados com os benefícios que esses aparatos trazem para as suas vidas;

1.2. Os pragmáticos (pragmatists) também fazem amplo uso dos dispositivos, mas de um modo mais funcional e menos entusiasmado;

1.3. Os “economizadores” (economisers) tendem a ser pessoas jovens, que mantém uma relação positiva com a mídia, mas fazem uso limitado por causa dos custos (mais da metade desse público tem baixa renda ou não tem trabalho);

1.Os hesitantes (hesitants) têm consciência de que não estão aproveitando os benefícios e vantagens que o acesso às tecnologias traz, mas, ainda assim, tendem a menosprezá-la, porque a insegurança fala mais alto;

1.Os resistentes (resistors) têm uma relação muito fraca e precária com as tecnologias e não vêem razão para deixar de ser assim. A maioria tem mais de 65 anos.

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INGLATERRA

http://themea.org/

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INGLATERRA

www.manifestoformediaeducation.co.uk

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http://www.bbc.co.uk/filmnetwork/filmmaking/guide/

INGLATERRA

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FRANÇA

www.clemi.org/fr/portugais/

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ARGENTINA

www.me.gov.ar/escuelaymedios/

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ARGENTINA

Argentina – 1984 – Programa “Escola e Mídia”

“A democracia havia sido restabelecida em 1983 e as crianças que tinham vivido sob um rígido regime militar precisavam aprender o sentido da liberdade de expressão, liberdade de imprensa e direito à informação”

Objetivos do programa:

Formar professores em cursos presenciais e online

Promover atividades para escolas, incentivando a produção de conteúdos midiáticos

Criar oportunidades institucionais para a livre expressão dos jovens – “Jornalista por um dia”

Sensibilizar a comunidade, em especial os pais, para a importância de orientar os filhos na sua relação com as mídias

MORDUCHOWICZ, Roxana. When Media Education is State Policy. In ONU / UNESCO / ALLIANCE OF CIVILIZATIONS / GRUPO COMUNICAR. Mapping Media Education Policies in the World. Nova Yorque: ONU, 2009.

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Jeff Weidner / Associated Press - 1989

http://pt.wikipedia.org/wiki/Protesto_na_Pra%C3%A7a_da_Paz_Celestial_em_1989

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CHINA

Reforma curricular em 2004 introduziu os “estudos liberais” (liberal studies) e objetivos específicos para o ensino de chinês e inglês, entre eles fomentar a criatividade, incentivando a leitura de uma vasta diversidade de textos.

A proposta pedagógica é aplicar um abordagem mais interativa, centrada no aluno e baseada na busca de informações, através de processos de codificação e decodificação de mensagens midiáticas e engajamento na produção de conteúdos, usando as mídias

A mídia-educação se torna um recurso para desenvolver a cidadania, a apreciação estética, o engajamento social, a auto-estima e o consumo consciente

Fonte: CHEUNG, C.K. Education reform as an agent of change: the development of media literacy in Hong Kong during the last decade. In ONU / UNESCO / ALLIANCE OF CIVILIZATIONS / GRUPO COMUNICAR. Mapping Media Education Policies in the World. Nova Yorque: ONU, 2009.

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A PROPOSTA DA UNESCO

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MARCOS HISTÓRICOS

1977 – Comissão Internacional para o Estudo dos Problemas da Comunicação“Relatório Mc Bride” – Um mundo e muitas vozes

1980 - International Programme for the Development of Communication (IPDC)Mídias comunitáriasQualificação da oferta (gatekeepers) e qualificação da demanda (cidadãos)

1982 - Simpósio Internacional sobre Mídia-Educação em Grunwald

2006 – Media Education – A kit for teachers, students, parents and professionals

2008 – Indicadores de Desenvolvimento da MídiaRegulação – Promoção da diversidade – Discurso democrático – Capacitação - Infraestrutura

2011 – Unesco Media and Information Literacy Curriculum

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Agradecimentos

Prefácio

Introdução

Proposta de Currículo em Módulos

Manual para Professores

Manual para Estudantes

Manual para Pais

Manual para relações éticas com os Profissionais

Manual para Letramento em Internet

Questões Frequentes

Glossário de Termos selecionados para Mídia-educação

Referências, Recursos e Boas Práticas

Colaboradores

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Parte 1 – Matriz Curricular e competências

Parte 2 – Módulos Centrais e Complementares

MÓDULO 1 – Cidadania, Liberdade de Expressão, Acesso à Informação, Discurso Democrático e Aprendizagem ao longo da vida

MÓDULO 2: Compreendendo as notícias, o sistema midiático e a ética na informação

MÓDULO 3: Representação na mídia e acesso à informação

MÓDULO 4: Linguagem midiática e informação

MÓDULO 5: Publicidade

MÓDULO 6: Novas mídias e mídias tradicionais

MÓDULO: Mudanças e oportunidades da internet

MÓDULO 8: Competência em informação e habilidades de uso de bibliotecas

MÓDULO 9: Comunicação, Alfabetização Midiática e Aprendizagem – módulo de recaptulação

MÓDULO 10: Audiência

MÓDULO 11: Mídia, tecnologia e a aldeia global

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AFINAL, O QUE É MÍDIA EDUCAÇÃO?

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DEFINIÇÕES

UNESCO

Capacidade de compreender o papel e as funções da mídia em sociedades democráticas;

Capacidade de compreender mecanismos internos de funcionamento da mídia;

Saber avaliar criticamente o conteúdo da mídia à luz do seu papel social;

Capacidade de se engajar em ações de participação democrática, promoção da liberdade de expressão e participação cívica;

Ser capaz de atualizar habilidades necessárias para produzir conteúdo como usuário.

Fonte: Media and Information Literacy Curriculum for Teachers – UNESCO, 2011

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COMO FAZER?

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CASOS PRÁTICOS

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BRITISH BOARD OF FILM CLASSIFICATION (BBFC) – INSTITUIÇÕES DE MÍDIA

Material dividido em quatro seções, que trazem informações sobre o processo de trabalho, descrevem o modo como o BBFC atuou em casos específicos e simulam situações para que o usuário decida sobre as classificações aplicáveis em alguns exemplos reais. 

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BRITISH BOARD OF FILM CLASSIFICATION (BBFC) - SIMULAÇÃO

http://medialiteracybrasil.net/2012/01/05/por-dentro-da-classificacao-de-conteudos/

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EMC – ANÁLISE TEXTUAL

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ABOUT FACE – REPRESENTAÇÃO

www.about-face.org

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FORMAÇÃO DE PROFESSORES

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UFTM – FORMAÇÃO DE PROFESSORES

LINGUAGEM – REPRESENTAÇÃO – INSTITUIÇÕES DE MÍDIA

ATIVIDADE 1 Assistir as propagandas da série “Hope ensina” Ler as reportagens sobre o caso da propaganda “Hope Ensina” Discutir o caso e emitir uma opinião: quem é contra e quem é a favor da iniciativa da Secretaria de Políticas para as Mulheres? Com base em que argumentos cada membro do grupo sustenta sua opinião?

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UFTM – FORMAÇÃO DE PROFESSORES

LINGUAGEM – REPRESENTAÇÃO – INSTITUIÇÕES DE MÍDIA

ATIVIDADE 2 Usando o material, analisar a linguagem da propaganda: que elementos poderiam fazer dela uma mensagem sexista? Propor outras soluções para anunciar os produtos da Hope, usando a mesma modelo.

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UFTM – FORMAÇÃO DE PROFESSORES

LINGUAGEM – REPRESENTAÇÃO – INSTITUIÇÕES DE MÍDIA

ATIVIDADE 3 Considere o público-alvo da propaganda da Hope e crie uma propaganda de até 30 segundos que use a modelo Gisele Bündchen para anuncia os produtos da marca, mas que não gere a mesma polêmica do sexismo. Como seria essa propaganda? Descreva asimagens e o texto que você usaria.

ATIVIDADE 3 Navegar pelo site do Conselho Autorregulamentação Publicitária (Conar) e conhecer a proposta desse órgão para a regulação da propaganda no Brasil; Ler o resumo da decisão do Conar sobre o caso da propaganda “Hope Ensina”; Ler os artigos 19 a 21 (Respeitabilidade) do Código de Autorregulamentação publicitária, que regem o teor das reclamações feitas pela SPM e pelas outras 42 reclamações de consumidores; e o artigo 27 do Regimento Interno do Conselho de Ética Responder a questão do fórum 1: você concorda com a decisão doConar? Em quais argumentos você baseia sua opinião?

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OBRIGADA

Desenho do cineasta Tim Burton

Alexandra Bujokas de SiqueiraCentro de Educação a Distância e Aprendizagem com Tecnologias da Informação e Comunicação (CEAD)Universidade Federal do Triângulo Minero (UFTM)[email protected]