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1 EXERCÍCIOS DE EPIDEMIOLOGIA 1. Num estudo, uma das variáveis estudadas foi a idade, e que apresentou a seguinte distribuição: 23, 14, 15, 24, 24, 22, 21, 20, 19, 19, 21, 22, 21, 23, 34, 22, 17, 13, 25, 24, 25, 27, 26, 26, 15, 15, 17, 19, 20, 21. Em vista dos dados obtidos, me informe: qual é a média, qual é a moda, qual é a mediana, qual é o quartil superior e o quartil inferior? R= MÉDIA: 21,13 MODA: 21 MEDIANA: 21 QUARTIL INFERIOR: 21 – valor aos 25% QUARTIL SUPERIOR: 24 – valor aos 75% 2. Em 01/07/1980, existiam 2.000 casos de tuberculose em tratamento, em um dado município. Sabendo-se que sua população na época era de 1.176.935 habitantes, estabeleça o número de casos de tuberculose em relação à população. Trata-se de prevalência ou incidência? Por que? R= E xército realizado com auxílio da planilha Excel. O caso trata-se de prevalência visto que permaneceram 170 habitantes em tratamento para cada 100.000 habitantes da cidade. Total de habitantes 1.176.935,00 Casos de tuberculose 2.000,00 tuberculose por 100.000 hab: 169,93 3. No ano de 1992 foram identificados mais 473 casos novos de hanseníase (lepra) e de 285 casos novos de tuberculose, nos serviços de saúde no Distrito Federal. No final daquele ano, um total de 2.563 (sendo 1000 homens e 1563 mulheres) estavam em tratamento para hanseníase e 899 ( sendo 560 homens) estavam em tratamento para tuberculose (já excluídos os curados e os mortos). Neste ano 76 vieram a óbito por causa da tuberculose (50% de homem). Também houve neste ano 142 mortes (sendo 102 homens) por causa da Aids. Tomando-se estes dados para os devidos cálculos e admitindo-se uma população de 1.532.829 habitantes, sendo que 52,22% pertencem ao sexo

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EXERCICIO EPIDEMOLOGIA

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EXERCÍCIOS DE EPIDEMIOLOGIA

1. Num estudo, uma das variáveis estudadas foi a idade, e que apresentou a seguinte distribuição: 23,

14, 15, 24, 24, 22, 21, 20, 19, 19, 21, 22, 21, 23, 34, 22, 17, 13, 25, 24, 25, 27, 26, 26, 15, 15, 17, 19,

20, 21. Em vista dos dados obtidos, me informe: qual é a média, qual é a moda, qual é a mediana, qual

é o quartil superior e o quartil inferior?

R= MÉDIA: 21,13 MODA: 21 MEDIANA: 21 QUARTIL INFERIOR: 21 – valor aos 25%  QUARTIL SUPERIOR: 24 – valor aos 75%

2. Em 01/07/1980, existiam 2.000 casos de tuberculose em tratamento, em um dado município. Sabendo-

se que sua população na época era de 1.176.935 habitantes, estabeleça o número de casos de

tuberculose em relação à população. Trata-se de prevalência ou incidência? Por que?

R= Exército realizado com auxílio da planilha Excel. O caso trata-se de prevalência visto que

permaneceram 170 habitantes em tratamento para cada 100.000 habitantes da cidade. Total de

habitantes 1.176.935,00 Casos de tuberculose 2.000,00 tuberculose por 100.000 hab: 169,93 

3. No ano de 1992 foram identificados mais 473 casos novos de hanseníase (lepra) e de 285 casos

novos de tuberculose, nos serviços de saúde no Distrito Federal. No final daquele ano, um total de

2.563 (sendo 1000 homens e 1563 mulheres) estavam em tratamento para hanseníase e 899 ( sendo

560 homens) estavam em tratamento para tuberculose (já excluídos os curados e os mortos). Neste

ano 76 vieram a óbito por causa da tuberculose (50% de homem). Também houve neste ano 142

mortes (sendo 102 homens) por causa da Aids. Tomando-se estes dados para os devidos cálculos e

admitindo-se uma população de 1.532.829 habitantes, sendo que 52,22% pertencem ao sexo

feminino, calcule as respectivas taxas de incidência e prevalência, e os coeficientes de mortalidade e

de letalidade, quando couber. Obs. para todos os cálculos, fazer geral e por sexo. Quais as conclusões

que você chega?

R= Resposta: Exército realizado com auxilio da planilha Excel. Conclusões: O crescimento de casos

de tuberculose no ano de 1992 foi de 46,4% e o crescimento de casos de hanseníase foi de 22,6%

neste mesmo ano; A letalidade para os casos de tuberculose é maior no gênero feminino sendo de

11,2% para mulheres e 6,8% para homens; A mortalidade masculina é maior, mesmo sendo menor a

população masculina, ficando em 19,4 por 100.000 hab. masculinos a mortalidade dos homens, contra

10,0 por 100.000 hab. femininos a mortalidade das mulheres; Sendo a AIDS o principal causador de

óbitos entre os homens, com 6,8 por 100.000 hab., o que representa quase 2vezes mais se

relacionado aos óbitos femininos por AIDS em relação a toda população.

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4. Em um Estado industrial da Índia, apresenta a seguinte distribuição de acidentes de trânsito, por faixa

etária. Calcule: a) as taxas de mortalidade; b) as taxas de letalidade, ambas:geral e por gênero.

Faixa Etária

População Masculina

PopulaçãoFeminina

Vítimas de acidentes de

trânsito

Óbitos nos acidentes de

trânsito

Taxa de Mortalidade

Taxa de letalidade

01 a 09 565808 607985 1235 65610 a 19 626835 662036 5698 77920 a 29 581590 583586 45689 358930 a 39 568189 541456 9658 128940 a 49 425776 403501 35362 1200

R= Não é possível calcular a letalidade por gênero visto que não há dados que mostrem quantos são homens e quantos são mulheres entre as vitimas de acidentes de transito. 

5. Uma investigação realizada em banco de sangue de um hospital chegou aos seguintes

resultados: entre 8.000 pessoas que receberam transfusão sanguínea, acompanhada durante um ano,

15 pessoas contraíram HIV. No grupo controle, de 10.000 pessoas que não receberam transfusão,

acompanhadas igualmente pelo mesmo período, 18 pessoas contraíram HIV. Arme uma tabela 2X2

com os resultados. Pergunta-se: este caso é um estudo de coorte ou de caso controle? Porque? Qual

o risco de uma pessoa contrair HIV, tendo recebido transfusão de sangue? E o risco de ter HIV sem ter

feito transfusão de sangue? Qual é o risco relativo?

R= É um estudo de tipo coorte, porque faz um comparativo entre os expostos e não expostos ao risco

de contrair AIDS através da transfusão de sangue; O risco da pessoa contrair HIV recebendo

transfusão de sangue é de 0,188%, sendo maior do que o risco da pessoa que não recebeu transfusão

de sangue 0,180%. Sendo 4,3% maior o risco de se obter AIDS por transfusão de sangue em ralação

as demais formas de contato.

6. Em um hospital universitário foi feito um estudo para verificar a associação entre o consumo de cigarro

e o câncer de pulmão. Foram incluídos na investigação, 600 pacientes do sexo masculino com

diagnóstico comprovado de câncer de pulmão; desses, pelo histórico, 70 eram casos de tabagismo

crônico. Entre 500 controles, que não fumavam, 62 foram tiveram câncer de pulmão, pelos mesmos

critérios de diagnóstico usados no grupo de casos. Arme uma tabela 2X2. Pergunta-se: Este é um

caso tipo coorte ou caso controle? Qual o risco de ser tabagista e vir a ter câncer de pulmão? Este

grupo controle foi montado de maneira correta? Há viés neste grupo controle? Como deve ser este

grupo controle?

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R= Para verificara a influencia do tabagismo crônico para ter câncer de pulmão o grupo de controle

deve ser comparando dentre pessoas tabagistas; sendo quantos adquiriram câncer de pulmão ao

longo da vida e do mesmo modo quantos adquiriram câncer de pulmão mesmo não sendo fumante.

Este é um estudo de caso controle, visto que é retroativo. Ser tabagista segundo este estudo não

aumenta os riscos de ter câncer de pulmão, visto que o índice de tabagistas crônicos tanto no grupo

de pessoas com câncer tanto no grupo de controle tem diferença insignificante.

7. Em uma visita de uma equipe do Saúde da Família, com duração de um mês no Riacho Fundo II,

todas as crianças, menores de 5 anos, foram examinadas. Entre os resultados obtidos estão os

seguintes: de 105 crianças com exames positivos para verminose, 36 eram desnutridas, enquanto em

outras 100 crianças com exame negativo para verminose, 21 foram consideradas desnutridas. Arme

uma tabela 2X2. Pergunta-se qual o tipo de estudo? Porque? Qual a chance de uma criança

desnutrida estar com verme no Riacho Fundo II quando comparada com a nutrida?

R= É um estudo tipo caso-controle, porque houve um comparativo entre crianças com e sem

verminose em um intervalo de tempo passado. Há 63,0% de chance de uma criança estar com vermes

quando apresentar desnutrição no Riacho Fundo II, e há 51,0 % de chances de uma criança possuir

vermes no Riacho Fundo II, estando ou não desnutrida; o que denota problemas de saneamento

básico nesta localidade.

8. Uma investigação foi realizada para verificar a eficácia de uma nova vacina contra o sarampo. Foram

selecionados um mil crianças com alto risco de contrair a doença, e que os pais concordaram que os

filhos participassem da pesquisa. Eles foram aleatorizados para constituir o grupo experimental e o de

controle, cada um com 500 indivíduos. Ao final da investigação foram confirmados 6 casos de sarampo

no grupo experimental e de 5 no de controle. Arme uma tabela 2X2. Pergunta-se: Qual o tipo de

estudo e porquê? Qual o risco de uma pessoa contrair sarampo se vacinada com a nova vacina? E

com a velha? Qual é a eficiência da nova vacina?

R= Estudo do tipo coorte, para investigação da eficácia da vacina contra sarampo experimental;O risco de contrair sarampo se vacinado com a nova vacina é de 1,20%, sendo menor a eficácia de controle em relação a velha vacina que oferece risco de apenas 1,00%; portanto com a nova vacina há um risco 17% maior de contrair sarampo do que com a vacina convencional.

9. Um total de 30 crianças recém nascidas, portadoras de deficiências físicas foram examinadas e suas

mães interrogadas com respeito ao uso do medicamento talidomida: 19relataram que usaram este

medicamento até 2 anos antes do nascimento das crianças. Entre as crianças sadias, nascidas sem

evidência de mal formação, foram selecionadas 1.232 para o grupo controle: 16 mães afirmaram que

utilizaram talidomida até 2 anos antes do nascimento das crianças. Arme uma tabela 2X2. Pergunta-

se: Qual o tipo de estudo? E qual o risco da talidomida para a criança?

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R= É um estudo tipo caso controle, visto que avalia retrospectivamente um caso, que inclusive pode

gerar agravo a saúde. O uso de talidomida pode vir a aumentar o risco de má formação fetal, egerar

problemas físicos nos bebes, considerando que dentre 30 crianças com má formação comprovada, em

63% dos casos foi descrito o uso deste medicamento pelas mães, enquanto as crianças sadias apenas

1,3% das mães relatou o uso de talidomida antes ou durante a gestação.

10. Uma investigação foi realizada pela comparação de estatística de alguns países, relacionados abaixo,

sendo encontrada correlação positivamente, estatisticamente significativa, entre o montante de

cigarros, per capita, vendido a população e o coeficiente de mortalidade por doenças cardiovasculares.

Pergunta-se: qual o tipo de estudo? Quais as conclusões que podemos chegar?

PaísesConsumo per capita de cigarro

Coeficiente de mortalidade /mil por doenças cardiovasculares

Chile 11250 32Brasil 3800 28

Austrália 4200 21

11. As crianças nascidas no ano de 1982, nos hospitais da cidade de Pelotas-RS, cidade à época com 250

mil habitantes e onde praticamente todos os partos são hospitalares (99%), foram identificadas e

examinadas anualmente – desde o seu nascimento, até os sete anos, sempre próximo a data de seu

aniversário. Num grupo de 620 crianças que nasceram na zona urbana, as mesmas apresentaram as

seguintes características: 67 crianças tiveram um histórico de desnutrição nestes últimos sete anos; 09

crianças nasceram com má formação congênita; 28 crianças apresentaram QI acima da média,

enquanto que 280 crianças da zona rural apresentaram as seguintes características: 18 crianças

tiveram um histórico de desnutrição nestes últimos sete anos; 5 crianças nasceram com má formação

congênita; 11 crianças apresentaram QI acima da média. Pergunta-se Qual o tipo de estudo? Porque?

Quais as correlações possíveis? E os riscos envolvidos?

12. Uma pesquisa domiciliar foi realizada com o intuito de se obter um diagnóstico das condições de

saúde e saneamento, no Brasil na década de 80. Numa cidade do nordeste, de cada 1000 crianças

que nasciam, 36 morriam antes de completar um ano de vida sendo que nas áreas sem saneamento

básico (70%), este número era de 42 por 1000 e nas áreas com saneamento (30%), este coeficiente

era de 22 por mil. Numa cidade do estado de São Paulo, de cada 1000 crianças que nasciam, 28

morriam antes de completar um ano de vida sendo que nas áreas sem saneamento básico (50%), este

número era de 33 por mil e nas áreas com saneamento (50%), este coeficiente era de 23 por mil.

Pergunta-se: Qual o tipo de estudo? Quais as conclusões possíveis?

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13. Uma investigação foi realizada para verificar a associação entre diarreia e desidratação. Crianças

atendidas em um hospital, com diarreia foram colocadas em categorias em função da presença no

início do episódio de determinados sinais e sintomas. Após dez anos de acompanhamento dos

prontuários verificou-se que: no grupo de 3.500 crianças que apresentaram diarreia, com sinais de

sangue nas fezes: 500 ficaram desidratadas; no grupo de 4.002 crianças que apresentaram diarreia,

com sintomatologia de vômito anterior: 1.300 ficaram desidratadas. Arme uma tabela 2X2. Pergunta-

se: Qual o tipo de estudo? Porque? Quais os riscos envolvidos? O que é pior para uma criança ter

sangue nas vezes ou vomitar?

14. Em uma fábrica o risco de acidente é de 4 casos por mil funcionários/ano, sendo que na área

administrativa o risco é de 0,2 casos por mil funcionários/ano e na área de produção o índice é de

4,42/mil. Sendo que se separarmos os funcionários da área de produção, que receberam treinamento

para utilização das máquinas, e os que não receberam, os índices são respectivamente 1,3 caso/mil e

4,7 casos por mil. Pergunta-se, se a fábrica possui 8423 funcionários, quantos funcionários a empresa

tem na área de produção, na área de administração e quantos foram treinados e quantos não foram

treinados?

15. Em uma investigação para aprovação de um novo EPI, para prevenir o PAIR, utilizou-se duas fábricas

de uma mesma empresa, que produzem a mesma coisa com a mesma tecnologia, sendo que numa

utilizou-se o EPI tradicional e na outra o novo EPI. Após um ano de acompanhamento médico por

perda auditiva, teve o seguinte resultado: dos 140 funcionários que utilizaram o EPI “velho” 8

apresentaram perda auditiva no período e dos 80 funcionários que utilizaram o “novo” EPI, 5

funcionários tiveram perda auditiva. Arme uma tabela 2X2. Pergunta-se: Qual o tipo de estudo?

Porque? Qual a eficiência do novo EPI? Quais são as consequências praticas?