Exercícios evolução 2014

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Os dois textos abaixo, falam sobre o trabalho do paleontólogo. Leia-os com atenção e depois responda o que se pede. “(...) Da mesma forma como os detetives de histórias policiais colhem e investigam pistas, assim procedem os paleontólogos. Suas pistas são os fósseis”. II. “Lucy foi considerada o mais antigo fóssil dos hominídeos que antecederam o homem (...) Não é da nossa espécie, mas seu dono tinha postura ereta e mãos como as nossas. Media pouco mais de um metro de altura”. A) O QUE O PALEONTÓLOGO ESTUDA? B) POR QUE NO PRIMEIRO TEXTO AFIRMA-SE QUE OS PALEONTÓLOGOS SÃO COMO DETETIVES? C) O QUE SÃO FÓSSEIS? D) QUAL É A IMPORTÂNCIA DOS FÓSSEIS? E) O QUE SÃO “HOMINÍDEOS”? F) QUEM ERA A “LUCY”? CITE DUAS CARACTERÍSTICAS SUAS QUE SE PARECEM COM AS NOSSAS. Leia o texto e faça as atividades. Até meados do século XIX, era senso comum que a natureza sempre fora do modo como se apresentava estável e imutável, desde o momento em que foi criada. Mito, tradição e visão do mundo natural se misturavam, a ponto de a religião influenciar a mentalidade científica. Confiando na versão bíblica da Criação, calculava-se que a Terra tinha apenas 6 mil anos. E, sendo o planeta tão jovem, esse tempo não seria suficiente para que as espécies sofressem alguma transformação. (Catálogo da exposição. "Darwin: descubra o homem e a teoria revolucionária que mudou o mundo". São Paulo: Instituto Sangari, 2007. p. 9.) O tão conhecido naturalista nasceu na Inglaterra em 1809 e foi o responsável, juntamente com Alfred Wallace, pela publicação da Teoria da Evolução. Um dos marcos mais importantes da sua história foi a viagem a bordo no navio Beagle entre 1831 e 1836, na qual visitou diversas regiões do globo terrestre e teve condições de perceber uma interessante relação entre fósseis e espécies viventes na época e mecanismos de adaptação de espécies relacionados ao ambiente e modo de vida destes. Um exemplo destas observações foi entre emas e avestruzes, espécies que, apesar da semelhança, ocupam regiões geográficas distintas. Os tentilhões de Galápagos, com bicos adaptados aos tipos alimentícios - e tartarugas gigantes do mesmo arquipélago, com detalhes no casco característicos para indivíduos de cada ilha - também foram exemplos clássicos quando nos referimos a Darwin. Inclusive estes foram, além de suas leituras, curiosidade e discussões com pesquisadores, definitivos para o insight que teve. Assim, Darwin teve condições de, por mais de 20 anos, relacionar esses fatos e publicar a teoria.

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Os dois textos abaixo, falam sobre o trabalho do paleontólogo. Leia-os com atenção e depois

responda o que se pede.

“(...) Da mesma forma como os detetives de histórias policiais colhem e investigam pistas, assim

procedem os paleontólogos. Suas pistas são os fósseis”.

II. “Lucy foi considerada o mais antigo fóssil dos hominídeos que antecederam o homem (...) Não

é da nossa espécie, mas seu dono tinha postura ereta e mãos como as nossas. Media pouco

mais de um metro de altura”.

A) O QUE O PALEONTÓLOGO ESTUDA?

B) POR QUE NO PRIMEIRO TEXTO AFIRMA-SE QUE OS PALEONTÓLOGOS SÃO COMO

DETETIVES?

C) O QUE SÃO FÓSSEIS?

D) QUAL É A IMPORTÂNCIA DOS FÓSSEIS?

E) O QUE SÃO “HOMINÍDEOS”?

F) QUEM ERA A “LUCY”? CITE DUAS CARACTERÍSTICAS SUAS QUE SE PARECEM COM AS

NOSSAS.

Leia o texto e faça as atividades.

Até meados do século XIX, era senso comum que a natureza sempre fora do modo como se

apresentava estável e imutável, desde o momento em que foi criada. Mito, tradição e visão do

mundo natural se misturavam, a ponto de a religião influenciar a mentalidade científica. Confiando

na versão bíblica da Criação, calculava-se que a Terra tinha apenas 6 mil anos. E, sendo o

planeta tão jovem, esse tempo não seria suficiente para que as espécies sofressem alguma

transformação.

(Catálogo da exposição. "Darwin: descubra o homem e a teoria revolucionária que mudou o

mundo". São Paulo: Instituto Sangari, 2007. p. 9.)

O tão conhecido naturalista nasceu na Inglaterra em 1809 e foi o responsável, juntamente com

Alfred Wallace, pela publicação da Teoria da Evolução.

Um dos marcos mais importantes da sua história foi a viagem a bordo no navio Beagle entre 1831

e 1836, na qual visitou diversas regiões do globo terrestre e teve condições de perceber uma

interessante relação entre fósseis e espécies viventes na época e mecanismos de adaptação de

espécies relacionados ao ambiente e modo de vida destes.

Um exemplo destas observações foi entre emas e avestruzes, espécies que, apesar da

semelhança, ocupam regiões geográficas distintas. Os tentilhões de Galápagos, com bicos

adaptados aos tipos alimentícios - e tartarugas gigantes do mesmo arquipélago, com detalhes no

casco característicos para indivíduos de cada ilha - também foram exemplos clássicos quando

nos referimos a Darwin. Inclusive estes foram, além de suas leituras, curiosidade e discussões

com pesquisadores, definitivos para o insight que teve.

Assim, Darwin teve condições de, por mais de 20 anos, relacionar esses fatos e publicar a teoria.

Esta demora se refere, principalmente, ao fato de que suas descobertas contrariavam o que

acreditava-se na época: que espécies eram fixas, ou seja: todas as espécies que Deus criou no

início do mundo são as espécies que existem, sem nenhuma a mais ou a menos.

Como quando chegou de viagem já era bastante conhecido, Wallace pediu a ele para que lesse

seus manuscritos acerca de uma descoberta que teve. Surpreendentemente, Wallace havia

escrito justamente o que Darwin estava há décadas escondendo consigo e, como solução,

publicou a teoria em seu nome e de Wallace.

A) QUEM FOI CHARLES DARWIN?

B) EXPLIQUE COMO AS IDEIAS DE CHARLES DARWIN MUDARAM O CENÁRIO DESCRITO

NO TEXTO ACIMA.

Leia o texto:

Os primeiros ancestrais do gênero Homo surgiram nas zonas tropicais e sub-tropicais da África

durante o resfriamento do clima ocorrido no Plioceno Superior (2,5-2 milhões de anos atrás).

Estabeleciam-se em um território, onde exploravam uma área extensa.

Conviviam, então, subespécies de parântropos e subespécies primitivas do gênero Homo.

Os hominídeos, nesse estágio evolutivo, já não se restringiam às florestas e nem mais

viviam em árvores. A exposição maior aos predadores, decorrentes do viver no solo, elevou o

número de mortes no bando e obrigou essas criaturas a adotarem estratégias de proteção do

grupo, principalmente da prole indefesa. Com isso, a vida grupal se intensificou. Aprimorou-se a

repartição do alimento entre os membros do grupo, a divisão de tarefas intragrupal e o surgimento

de unidades familiares. O convívio mais intenso favoreceu o desenvolvimento da comunicação

oral. A sexualidade se tornava progressivamente contínua para aumentar a reposição de

indivíduos e garantir a continuidade da espécie.

Uma característica da evolução dos hominídeos foi o progressivo aumento do volume do

cérebro em relação ao corpo. A relação entre o volume do cérebro e a altura de um indivíduo

moderno é duas vezes maior que a de um australopiteco. Para comportar cérebros maiores, o

crânio lentamente mudou de formato, tornando-se mais alto e perdendo o achatamento frontal.

O aumento relativo do cérebro habilita o exercícios de novas funções, como a

concentração, a retenção na memória, além de controles neuro-musculares mais complexos e

eficientes.

Uma outra alteração importante na conformação óssea dos hominídeos foi introduzida pela

cocção de alimentos, que tornou a mastigação mais fácil, não exigindo dentes tão grandes e

tornando desnecessárias bocas tão proeminentes.

Já separados do Australopitecus Africanus, se desenvolviam três espécies: o Homo

Rudolfensis, o Homo Habilis, o Homo Ergaster e o Homo Erectus.

Há os que consideram tais espécies do gênero Homo como meras variedades regionais

desse gênero.

O Homo Habilis ou Rudolfensis

Esta espécie surgiu há 2,5-2,3 milhões de anos na África. Não se sabe se evoluída do A.

Africanus ou do A. Afarensis ou se de alguma linha paralela à dos australopitecos.

Pela análise de seus ossos de animais associados aos humanos, eles viviam num

ambiente bem mais seco e amplo que as florestas onde habitavam as espécies anteriores.

Sua compleição frágil certamente fazia dele presa de

outros carnívoros.

O Homo Habilis, que por algum tempo foi contemporâneo

do Australopithecus Africanus, já era onívoro, como mostram os

restos faunísticos em seus sítios. Ao lado do consumo de

vegetais duros e fibrosos para suprir suas necessidades

energéticas, matava pequenos animais, roedores em geral, além

de consumir carcaças de animais já mortos por outros

predadores ou de causas naturais. Comia a carne e sugava o

tutano dos ossos.

Por substituir parte da dieta vegetal pela caça, seu crânio

perdeu a crista sagital que nos A. Bolsei era necessária para fixar músculos que permitiam

mastigar vegetais duros e fibrosos. Além disso, os dentes do H. Habilis apresentam molares e

pré-molares menores e menos esmaltados, porém dentes incisivos maiores que os dos Bolsei.

Ou seja, necessitavam menos dos molares e mais dos incisivos para mastigação.

O consumo de proteína das carnes resultou no lento aumento da capacidade craniana. O

volume do cérebro do H. Habilis já era de 600-680 cm3 e já apresentava área diferenciada para

comportar uma linguagem pobre em sons, mas articulada. Grande parte desse aumento pode ser

creditado ao maior consumo de proteínas animais.

O cérebro maior fomentou maior eficiência nas caçadas, tanto pelo aprimoramento e

desenvolvimento de ferramentas, quanto pela melhoria na capacidade de comunicação. Um e

outro permitiram a evolução da caçada em grupo e, portanto, a obtenção de proteínas em maior

número e com menor esforço e risco.

Dessa era são os artefatos mais antigos presumidamente feitos

por humanos: ferramentas muito simples, geralmente cortadores de

vegetais e plantas, feitas de pedra lascadas. Entretanto, muitas

vezes, é difícil distinguir os artefatos humanos daqueles produzidos

por fenômenos naturais, tão toscos eram. Por essa razão, ainda há

sérias dúvidas sobre a capacidade do H. Habilis de produzir

ferramentas.

Os mais antigos desses instrumentos foram encontrados em

Taung, Sterkfontein, Swartkrans, Kromdraai, Makapansgat (África do

Sul), na Garganta de Olduvai (Tanzânia), bem como em Koobi Fora,

Lothagam e às margens do lago Omo ou Turkana (Quênia). São datados de 2,5 a 1,8 milhões de

anos atrás. A elaboração de ferramentas, de qualquer modo, indica uma capacidade de abstração

mental necessária ao planejamento da forma futura do utensílio.

A coleção de artefatos deles é denominada de indústria olduvaiana, um conjunto de peças

utilitárias obtidas a partir de matéria prima disponível no local: seixos ovóides de obsidiana,

rochas basálticas, sílex, quartzita e material vulcânico, polidos pela

erosão de águas e ventos.

Sua preparação consistia na lascagem por percussão direta ou

indireta sobre uma pedra grande (núcleo), usando uma pedra dura

como marreta e outra como bigorna. Desse modo, produziam três tipos

de artefatos do tamanho de uma laranja. Um deles tinha uma

extremidade naturalmente arredondada e a extremidade oposta

pontiaguda ou com uma borda cortante (talhadeiras ou choppers).

Outra apresentava duas extremidades opostas pontudas ou cortantes

(chopping tool). A terceira era composta de utensílios feitos a partir de lascas poliedrais

toscamente retocadas.

Tais ferramentas eram adaptadas para serem seguras com a palma da mão, sem a

necessidade de dobrar o dedo polegar. Ao lado dos instrumentos de pedregulho, produziam

também lascas retiradas de pedras maiores, chamadas núcleos.

Se essa indústria compreendia também artefatos em madeira ou

outro material orgânico, deles não sobrou traço. A indústria olduvaiana

durou mais de um milhão de anos, mas evoluiu um pouco nesse período.

Na fase inicial da indústria, a padronização era muito baixa. Em

Olduvai, 80% dos artefatos eram produzidos a partir de seixos e o

restante de lascas. Em Koobi Fora, os seixos respondiam apenas por 5%

da indústria, enquanto em Omo, não havia objetos de seixos, mas apenas

de lascas de pequenas dimensões.

Dado que a indústria lítica deixou artefatos duradouros, os

arqueólogos usam-na para a periodização da história do Homem. A tradição olduvaiana inicial

define o chamado Período Arqueolítico (arqueo=antigo, em grego).

O Homo Ergaster

O Homo Ergaster (em grego, ergaster=trabalhador), parente

próximo do Homo Erectus, era anatomicamente assemelhado a ele,

embora pareça mais inteligente, pela comparação do crânio de um

e outro. Era tão alto quanto o homem moderno. Seus restos podem

ser encontrados no nordeste da África (onde viveu entre 1,8 e 1,5

milhões de anos atrás), mas principalmente na Ásia (como a

caverna de Chou-kou-tien, na China e em Java). Daí se moveram

para as zonas temperadas do oeste da Ásia no fim da Idade do

Gelo (cerca de 1,4 milhões de anos atrás).

O mais famoso exemplar da espécie Homo Ergaster é o

Garoto de Turkana, que teria morrido afogado há 1,6 milhões de anos.

Mais ou menos na mesma época e na mesma região do sul da África em que vivia o A.

Africanus, coexistia o Paranthropus Æthiopicus, de características semelhantes, porém mais

robusto. Por isso, muitos cientistas consideram que parântropo é apenas um outro nome para o

australopitecos robusto (Australopithecus Africanus), recusando-se a criar uma classificação

específica para eles.

A seguir, a evolução fez surgir no leste da África o Paranthropus Bolsei,

que viveu entre 2,6 e 1,2 milhões de anos atrás. Os primeiros exemplares

foram encontrados na Garganta de Olduvai, na Tanzânia. Ele era bastante

parecido com os Paranthropus Æthiopicus do sul da África. O parântropo

tinha estatura em torno de 1,55 metros. Seu cérebro tinha volume de cerca

de 500 cm3.

Ele vivia em áreas de clima seco e a escassez de alimentos fê-lo

adotar como tática de sobrevivência uma dieta baseada em frutos e raízes, comidas de

mastigação difícil, porém mais abundante na região.

Explique:

A) Faça uma linha do tempo com os hominídeos citados neste arquivo, com suas principais

características e o modo de vida.

Várias espécies fazem parte da história da formação da humanidade. Algumas estão

representadas nos desenhos abaixo. Observe-as. Depois, em seu caderno faça o que se pede.