Exercícios de literatura sobre o parnasianismo

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Exercícios sobre o parnasianismo e sobre o simbolismo no Brasil. Principais autores, Olavo Bilac, Raimundo de Oliveira e Alberto Correia.

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GOVERNO DO ESTADO

UNIVERSIDADE ESTADUAL DO PIAU

UESPI

VESTIBULAR 2004

PROVA I

Portugus Literatura - Ingls

DATA: 18/01/2004 HORRIO: 8h s 12h

LEIA AS INSTRUES:

1. Voc deve receber do fiscal o material abaixo:

a) Este caderno com 60 questes objetivas sem repetio ou falha.

b) Um encarte para rascunho e elaborao da REDAO Folha da Prova II.

c) Uma FOLHA DE RESPOSTA destinada s respostas objetivas da prova.

2. Observe se as questes referentes a LNGUA ESTRANGEIRA correspondem opo informada

no ato da inscrio, caso estejam em desacordo, pedir outra prova ao fiscal.

3. Verifique se este material est em ordem e se seus dados pessoais conferem com os que

aparecem na FOLHA DE RESPOSTA.

4. Aps a conferncia, voc dever assinar, no espao prprio da FOLHA DE RESPOSTA

utilizando caneta esferogrfica de tinta azul ou preta.

5. Na FOLHA DE RESPOSTA, a marcao das letras, correspondentes s respostas de sua

opo, deve ser feita preenchendo todo o espao compreendido.

6. Tenha muito cuidado com a FOLHA DE RESPOSTA, para no dobrar, amassar ou manchar,

pois esta personalizada e em hiptese alguma poder ser substituda.

7. Para cada uma das questes so apresentadas cinco alternativas classificadas com as letras

(A), (B), (C), (D) e (E); somente uma responde adequadamente ao quesito proposto. Voc deve

assinalar apenas uma alternativa para cada questo: a marcao em mais de uma alternativa

anula a questo, mesmo que uma das respostas esteja correta; tambm sero nulas as

marcaes rasuradas.

8. As questes so identificadas pelo nmero que fica esquerda de seu enunciado.

9. Os fiscais no esto autorizados a emitir opinio nem a prestar esclarecimentos sobre o

contedo das provas. Cabe nica e exclusivamente ao candidato interpretar e decidir.

10. Reserve os 30(trinta) minutos finais para marcar sua FOLHA DE RESPOSTA. Os rascunhos e

as marcaes assinaladas no CADERNO DE QUESTES no sero levados em conta.

11. Quando terminar, entregue ao Fiscal o CADERNO DE QUESTES, FOLHA DE RESPOSTA e

assine a LISTA DE FREQNCIA.

12. O TEMPO DISPONVEL PARA ESTA PROVA DE 4h.

13. Por motivos de segurana, voc somente poder ausentar-se da sala de prova aps decorrida

uma hora do incio da mesma.

Portugus

TEXTO 1

Os substratos do Portugus do Brasil

Embora desde o sculo XVI tivessem os portugueses

iniciado a colonizao da Terra de Santa Cruz, o tupi, como

lngua geral, coexistiu com o portugus, e em situao de

superioridade, at o sculo XVIII. Segundo Teodoro

Sampaio, at meados desse sculo todos os paulistas

falavam o tupi.

No foi o tupi a nica lngua indgena que se falou no Brasil.

Seu estado de maior adiantamento, contudo, tornou-o a

segunda lngua das tribos que no o tinham como lngua

prpria.

Justamente por isso, os jesutas, ao se dedicarem ao

trabalho de catequese dos ndios, procuraram aprender o

tupi, para se dirigirem aos nativos. As escolas fundadas

pelos missionrios ensinavam, a par do portugus, a lngua

geral. Tal fato, e o nmero relativamente pequeno de

colonizadores que para aqui vieram inicialmente, explicam a

resistncia do tupi ao portugus.

A situao de inferioridade do Portugus era to flagrante

e clamorosa que o rei de Portugal chegou a baixar um

decreto proibindo o uso da lngua tupi, o que, alis,

adiantou muito pouco (Chaves de Melo, 1946).

S com o incremento do seu ensino nas escolas, que foi

uma decorrncia do aumento do nmero de colonizadores

no Brasil, a partir da segunda metade do sculo XVIII, vai o

portugus implantar-se como a nica lngua oficial de nossa

ptria, desterrando o tupi, mas dele conservando grande

nmero de vocbulos, que constituem o que se poderia

chamar de substrato indgena do portugus do Brasil.

Na antroponmia essa contribuio se representa por

grande contingente. Citemos, para exemplificar: Araci,

Araripe, Jaci, Juraci, Ubirajara, Iara etc.

Ficaram-nos tambm alguns substantivos comuns: buriti,

carnaba, capim, cip, jacarand, jacar, arapuca, lambari

etc.

Mas onde a contribuio tupi se mostra mais pujante na

toponmia. Vejam-se alguns exemplos: Maracan, Tijuca,

Par, Pernambuco, Maranho, Cear, Sergipe, Mogi,

Bauru etc.

A contribuio indgena no foi somente vocabular: ficaramnos

do tupi modismos e outras expresses culturais.

(Sami Sirihal. Constituio do vocabulrio portugus. Belo

Horizonte, 1959, p. 51-55. Mimeo. Adaptado.)

01. O texto 1 apresenta-se, fundamentalmente, como um

texto:

A) narrativo, centrado em uma seqncia de

episdios histricos.

B) expositivo, orientado para trazer informaes

acerca de um tema.

C) expressivo, voltado para a revelao de

impresses interiores do autor.

D) potico, direcionado para provocar efeitos

estticos e emotivos.

E) metalingstico, caracterizado pelo propsito de

apresentar uma terminologia.

02. Pela compreenso global do texto, correto concluir

que:

1) a histria das lnguas tem seu prprio fluxo;

alheia, portanto, s circunstncias externas de

sua evoluo.

2) interesses polticos podem direcionar a formao

e a trajetria de uma lngua; as lnguas so, pois,

flexveis.

3) as lnguas so constitudas por um acervo de

palavras que refletem o espao cultural em que

so usadas.

4) lnguas nativas jamais podero ser subjugadas

por falares aliengenas; a cultura local que se

impe.

Esto corretas:

A) 2 e 3 apenas

B) 2 e 4 apenas

C) 1 e 3 apenas

D) 1 e 4 apenas

E) 1, 2, 3 e 4

03. Considerando a idia central em torno da qual o texto

1 se desenvolve, um outro ttulo adequado a ele

poderia ser:

A) O trabalho de catequese dos missionrios

jesutas

B) A resistncia dos colonizadores s ordens de

Portugal

C) O ensino das lnguas nativas nas escolas do

Brasil-colnia

D) Os rastros indgenas de uma convivncia

histrica

E) A pluralidade cultural que a colonizao

estimulou

04. Analisando as estratgias de construo do texto,

podemos dizer que o autor:

A) centrou-se em analogias que justificassem seus

pontos de vista.

B) recorreu a consideraes fortuitas, sem o aval de

dados reais.

C) preferiu uma linguagem essencialmente

metafrica e erudita.

D) cuidou em fundamentar, por diferentes fontes,

suas observaes.

E) estendeu sua descrio a aspectos subjetivos,

particulares e impressionistas.

05. Pode-se reconhecer uma relao de causa e

conseqncia nas seguintes afirmaes do texto.

1) o tupi, como lngua geral, coexistiu com o

portugus, e em situao de superioridade, at o

sculo XVIII.

2) A situao de inferioridade do Portugus era to

flagrante e clamorosa que o rei de Portugal

chegou a baixar um decreto proibindo o uso da

lngua tupi, o que, alis, adiantou muito pouco.

3) S com o incremento do seu ensino nas escolas,

(...) vai o portugus implantar-se como a nica

lngua oficial de nossa ptria.

4) Na antroponmia essa contribuio se representa

por grande contingente.

Esto corretas apenas:

A) 1 e 3

B) 2 e 3

C) 1 e 4

D) 2 e 4

E) 2, 3 e 4

06. Analise as justificativas que so apresentadas abaixo

para alguns recursos usados pelo autor do texto 1.

Assinale a justificativa que corresponde corretamente

ao recurso em questo.

A) O uso do conector embora (incio do texto):

marca a relao semntica de comparao que

se estabelece no trecho.

B) O uso do conector contudo (2 pargrafo):

marca a relao de concluso estabelecida entre

dois segmentos do pargrafo.

C) A inverso do sujeito em: tivessem os

portugueses: indica que o autor quer deixar

indefinido o elemento em referncia.

D) O uso das aspas no 4 pargrafo: indica que o

autor do texto 1 transcreveu, literalmente, um

trecho de um outro autor.

E) A repetio de palavras como portugus e tupi:

sinaliza que a linguagem do texto 1 se aproxima

dos padres da fala informal.

07. Observe o trecho: O tupi tornou-se a segunda lngua

das tribos que no o tinham como lngua prpria. Com

base no princpio de que as palavras so

polissmicas, assinale a alternativa em que a palavra

sublinhada aparece sem alterao de sentido.

A) Chegamos ao local na prpria hora combinada.

B) Nem a prpria Constituio previu concesses.

C) A minoria dos brasileiros que reside em casa

prpria.

D) A diversidade uma prerrogativa prpria das

lnguas naturais.

E) Eu prpria soube como explicar certas questes

lingsticas.

08. Dizendo que o ensino do portugus foi incrementado

nas escolas, o autor quis dizer que esse ensino

tornou-se mais:

A) impoluto.

B) interino.

C) exnime.

D) execrvel.

E) apurado.

TEXTO 2

Arabescos

Os tempos esto difceis (sempre estiveram, o ser humano

sempre viveu chorando beira do precipcio) e um dia, pra

sobreviver, voc arranja um bico com o brigadeiro Piva,

acaba no Iraque e vira hspede do Presidente.

Quando uma pessoa se encontra s em pases estranhos

que percebe que a cultura, no caso o conhecimento de

lnguas, no uma iluso de eruditos. Torna-se,

visivelmente (audivelmente), uma coisa prtica, ferramenta

de subsistncia. J imaginou o isolamento terrvel de quem,

retido num caravanarai, no sabe uma palavra de rabe?

Mas no desespere:

Se estiver cansado, pea uma almofada que lhe do

imediatamente. S no exagere querendo alcova. Se

confiscarem seu violo, pea o alade, diz que vai tocar

sem alvoroo, sem alarde. Na hora do almoo, no se

aperte pea almoo. E escolha o menu, feito de, digamos,

alcatra, almndegas, umas alcachofras, alcaparras, alface

e, h gosto pra tudo, um tanto de alfafa. Jamais pea

lcool, a no ser para limpar as alparcatas. De preferncia,

pea uma almotolia e pergunte onde o alambique. A

comida vir como um amlgama, num alguidar. Mesmo no

gostando, no faa alarido, nem algaravia, muito menos

algazarra. Se surgir um almirante, elogie seu alamares e

pergunte sua alcunha. Diga que tem alqueires de terra,

pea pra tirar suas algemas e dar sua alforria, mostrando

que tem dlares na algibeira. Fale em algarismos.

Cuidado, porm, com alcagetes, que esto sempre de

alcatia. Diga que um bom alferes e quer um alazo.

Pea que ele chame um alfaiate, que no use alfinetes, pra

lhe fazer um albornoz. Se supersticioso, pea tambm

alecrim e alfazema. Fuja pelo alpendre, passe pela aldeia e

atravesse a alfndega, gritando: Alvssaras!

Depois da turma da Mendes Jnior e do Brigadeiro Piva,

todo rabe entende portugus.

(Millr Fernandes. Jornal do Brasil, Rio de Janeiro, 6/09/90, p. 3)

09. Analisando o texto 2, como um todo, pode-se

reconhec-lo como um texto, em que sobressai:

A) um propsito didtico de divulgar princpios da

cincia lingstica.

B) um alerta bem-humorado contra possveis

dificuldades na comunicao verbal.

C) um conjunto de orientaes acerca de como

enfrentar dificuldades ortogrficas.

D) uma abordagem humorstica de definir certas

normas gramaticais.

E) uma forma irnica de enaltecer os conhecimentos

lingsticos.

10. Confrontando os textos 1 e 2, pode-se perceber que a

questo abordada em ambos diz respeito:

A) etimologia e histria das palavras.

B) fonologia e prosdia do portugus.

C) a aspectos da ortografia das palavras.

D) aos neologismos do portugus em uso.

E) polissemia das lnguas naturais.

11. No texto 2, embora em curta passagem, o autor faz

afirmaes que poderiam fundamentar o princpio de

que o conhecimento de lnguas:

A) uma prova de evidente erudio.

B) supera a mera competncia conceitual.

C) estranho a determinadas culturas.

D) revela-se capaz de iludir os incautos.

E) exclusivo de quem fomenta a cultura.

12. Releia o trecho: Quando uma pessoa se encontra s

em pases estranhos.... Observando a norma padro,

no que se refere concordncia nominal, outro trecho

em que se respeitou tal norma seria:

A) Quando uma pessoa mesmo se encontra

sozinho...

B) Quando ns mesmos, meninas, nos encontramos

s...

C) Quando duas ou mais pessoas, elas mesmas, se

encontram ss...

D) Quando vrias mulheres, elas prpria, se

encontram s...

E) Quando homens e mulheres, eles mesmos, se

encontram sozinho...

13. Em portugus, ainda segundo a norma padro, o

verbo deve concordar com o sujeito. Essa regra foi

respeitada em:

A) Qual dos brasileiros no se sentiram isolados

quando tiveram de viver no exterior?

B) Nenhum dos brasileiros entendem facilmente as

diferenas entre o portugus e o tupi.

C) Se houvessem menos palavras importadas de

outras lnguas, o portugus seria mais pobre.

D) Nos textos, foi mostrado, entre muitas outras

coisas, as influncias do bilingismo.

E) O portugus diverso: provieram do tupi e do

rabe muitas palavras e expresses.

14. O verbo haver admite um padro de concordncia

especial com o sujeito. De acordo com esse padro, e

em situaes de interao formal, a alternativa

adequada ser:

A) As opresses: sempre h de acontecer. Que no

hajam, porm, os oprimidos conformados.

B) As palavras indgenas haviam entrado na lngua,

naturalmente. Os colonizadores no haviam de

resistir!

C) Se no houvessem influncias culturais to

distintas, no seramos o que somos hoje.

D) Na histria do Brasil colnia houveram distintas

influncias culturais.

E) Os poderes que a lngua tem resistem; mesmo

que hajam aes contrrias.

15. A pontuao tem relao com o sentido daquilo que se

diz. Com base nesse princpio, assinale a alternativa

em que a mudana nos sinais de pontuao acarreta

mudana de sentido.

A) As palavras no vo mudar logo. Ficaro em uso,

por algum tempo. / As palavras no vo mudar

logo; ficaro em uso por algum tempo.

B) As palavras no vo mudar logo; ficaro em uso

por algum tempo. / As palavras no vo mudar;

logo, ficaro em uso por algum tempo.

C) A lngua tupi no desapareceu; apenas evoluiu. /

A lngua tupi? No desapareceu. Apenas evoluiu.

D) O tupi como lngua geral coexistiu com o

portugus. / O tupi, como lngua geral, coexistiu

com o Portugus.

E) A situao de inferioridade do Portugus era:

flagrante e clamorosa. / A situao de

inferioridade do Portugus era flagrante e

clamorosa.

16. Os prefixos e sufixos esto disponveis na lngua para

que possamos formar novas palavras. Nas alternativas

abaixo, h uma srie formada apenas com prefixos

que expressam oposio.

A) ingerir, insondvel, insolvel.

B) inabitual, inapto, irrelevante.

C) injetvel, inspido, e insalubre.

D) inseminao, insatisfao, irresponsabilidade.

E) insero, insano, inquisitivo.

TEXTO 3

A perda abstrata

O extraordinrio professor de lnguas passeando pelo Brasil

punha sempre ouvidos maneira de falar dos nativos,

fossem professores, como ele prprio, ou gente simples do

povo. E ficou fascinado com uma palavra que ouvia a todo

momento absurdo. E da em diante, sempre que podia, a

toda hora, dizia, absurdo! Absurdo. Absurdo! E sorria

deliciosa satisfao intelectual semntica.

Pois no que um dia, atravessando a Baa da Guanabara

a passeio, em direo a Paquet, o professor achou a

paisagem um absurdo de bonita e, que horror!, no lembrou

a palavra? Tentou, levantou-se, andou at a popa do barco,

depois at a proa, procurando no mais fundo da memria,

mas a palavra no veio. E estava ali, de cabea baixa,

andando pra l e pra c, sem nem mais olhar a paisagem,

quando um taifeiro lhe perguntou:

- Que foi, cavalheiro, est sentindo alguma coisa?

- No, nada, estou s aborrecido. Perdi uma palavra.

- Uma palavra? Estava escrita num papel?

- No. No estava escrito em lugar nenhum. S na minha

cabea.

- Perdeu uma palavra que estava na sua cabea? Perdo,

senhor, mas um absurdo!

- isso! Encontrou! Obrigado, meu amigo, obrigado.

Moral: A cultura est em toda parte.

(Millr Fernandes. 100 Fbulas fabulosas. 2 ed. Rio de Janeiro

/So Paulo. Editora Record. 2003. p. 47-48)

17. A propsito da tipologia do texto 3 e da forma como ele

est construdo, podemos afirmar que se trata de:

A) um texto expositivo, para servir de pretexto a

ensinamentos de ordem tica e moral.

B) uma dissertao, com uma clara finalidade

persuasiva e, sobretudo, moralista.

C) uma narrativa, escrita em linguagem informal,

bem prxima de uma interao descontrada.

D) um texto explicativo, em que se apontam normas

de um bom comportamento social.

E) um texto descritivo, em que se apresentam as

caractersticas de paisagens e pessoas.

18. H trechos no texto 3 que trazem marcas da oralidade

em contextos no-formais. Essas marcas podem ser

vistas na alternativa:

1) O extraordinrio professor de lnguas passeando

pelo Brasil punha sempre ouvidos maneira de

falar dos nativos.

2) E ficou fascinado com uma palavra que ouvia a

todo momento absurdo.

3) Pois no que um dia, atravessando a Baa de

Guanabara a passeio, em direo a Paquet, o

professor achou a paisagem um absurdo de

bonita e, que horror! , no lembrou a palavra?

4) Tentou, levantou-se, andou at a popa do barco,

depois at a proa.

5) E estava ali, de cabea baixa, andando pra l e

pra c, sem nem mais olhar a paisagem.

Esto corretas apenas:

A) 1 e 3

B) 3 e 5

C) 2 e 4

D) 1 e 4

E) 1 e 5

19. Entre as alternativas abaixo, h uma em que a

complementao do predicado fugiu a seu paradigma

normal: uma estratgia do autor para causar um certo

efeito de estranheza. Essa alternativa :

A) E ficou fascinado com uma palavra que ouvia a

todo momento

B) E sorria deliciosa satisfao intelectual

semntica.

C) Que foi, cavalheiro, est sentindo alguma

coisa?

D) Perdeu uma palavra que estava na sua cabea?

E) A cultura est em toda parte.

20. Analise alguns casos de sistematizao da ortografia

portuguesa. Marque a alternativa em que as

observaes feitas esto corretas.

A) Escreve-se preteno; logo, pretencioso e

pretenciosamente.

B) Escreve-se compreeno; logo, compreencivo e

compreencvel.

C) Escreve-se v, l e d; logo vem, lem e

dem.

D) Escreve-se portugus e francs; logo

portugusa e francsa.

E) Escreve-se embriaguez e solidez; logo,

freguez e camponez.

TEXTO 4

Ai, palavras, ai, palavras,

que estranha potncia, a vossa!

Ai, palavras, ai, palavras,

sois de vento, ides no vento,

no vento que no retorna,

e em to rpida existncia,

tudo se forma e transforma!

Sois de vento, ides no vento,

E quedais, com sorte nova! (...)

A liberdade das almas,

ai, com letras se elabora ...

E dos venenos humanos

sois a mais fina retorta:

frgil, frgil como o vidro

E mais que ao poderosa!

Reis, imprios, povos, tempos,

Pelo vosso impulso rodam...

(Ceclia Meireles. Romanceiro da Inconfidncia. de Janeiro: Jos

Olympio, 1980, p. 12). Fragmento

21. Uma anlise do poema de Ceclia Meireles nos faz

perceber:

1) a predominncia de uma linguagem figurada,

manifestada, por exemplo, na personificao

com que as palavras so tratadas.

2) versos marcados por antteses, como em frgil

como o vidro e mais que ao poderosa.

3) oposies flagrantes, como em: ides no vento e

quedais.

4) o uso de expresses metonmicas, como em A

liberdade das almas, ai, com letras se elabora...

5) uma idealizao da palavra, em nenhum

momento associada iniqidade ou malcia.

Esto corretas:

A) 2 e 3 apenas

B) 3 e 4 apenas

C) 1, 2 e 3 apenas

D) 1, 2, 3 e 4 apenas

E) 1, 2, 3, 4 e 5

22. O poema de Ceclia poderia ilustrar a idia de que:

1) subjaz linguagem uma fora incomum, embora

um tanto quanto paradoxal.

2) a linguagem s no liberta as angstias da alma.

3) as palavras so volteis, ainda que perdurveis.

4) as palavras so um vetor que capaz de mover a

Histria.

Esto corretas:

A) 1, 2 e 3 apenas

B) 3 e 4 apenas

C) 2 e 3 apenas

D) 1, 3 e 4 apenas

E) 1, 2, 3 e 4

23. Observe os versos: frgil, frgil como o vidro e mais

que ao poderosa!. Nesses versos, fica evidente uma

relao semntica de:

A) condicionalidade.

B) conformidade.

C) concesso.

D) comparao.

E) causalidade.

24. Considere os versos seguintes: Ai, palavras, ai,

palavras, / que estranha potncia a vossa! / sois de

vento, ides no vento. A correspondncia entre verbos

e pronomes est de acordo com a norma padro,

como, igualmente, na seguinte alternativa:

A) Ai, palavras, ai, palavras, / que estranha

potncia a tua! / fostes de vento, irs no vento.

B) Ai, palavras, ai, palavras, / que estranha

potncia a tua! / s de vento, ireis no vento.

C) Ai, palavras, ai, palavras, / que estranha

potncia a tua! / foste de vento; no vai no vento.

D) Ai, palavras, ai, palavras, / que estranha

potncia a sua! / s de vento, vais no vento..

E) Ai, palavras, ai, palavras, / que estranha

potncia a tua! / s de vento, vais no vento.

TEXTO 5

(Augusto de Campos)

25. Analisando o jogo de palavras criado no poema de

Augusto de Campos, podemos dizer que o poeta

explorou o recurso:

1) da homonmia.

2) do neologismo.

3) da prefixao.

4) do mesmo tempo verbal.

Esto corretas:

A) 1, 2 e 3 apenas

B) 2 e 3 apenas

C) 2 e 4 apenas

D) 1, 3 e 4 apenas

E) 1, 2, 3 e 4

Literatura

26. Com relao ao Barroco, assinale a alternativa correta.

A) O texto barroco primava, na forma, pela inverso

sinttica e pelo uso exagerado de paradoxos, e

nos temas, pela questo da efemeridade da vida.

B) A poesia barroca cantou apenas os valores

espirituais.

C) O imaginrio barroco apresenta-se povoado de

pastores e ninfas, num clima buclico.

D) No Barroco, no houve o gnero lrico.

E) As obras do perodo, no Brasil, no

apresentavam marcas de servilismo aos padres

estticos europeus.

27. So caractersticas do Romantismo, como movimento

literrio, nascido na Europa:

A) culto forma, sentimentalismo, busca da

veracidade.

B) nacionalismo, presena do amor sensual,

bucolismo.

C) conceptualismo, cultismo, uso de vocabulrio

erudito.

D) nacionalismo, culto do passado histrico,

sentimentalismo, culto natureza.

E) descritivismo, linguagem hermtica, presena do

amor platnico.

28. Leia as alternativas abaixo sobre o Romantismo no

Brasil.

1) O romantismo expressou o sentimento

nacionalista nascido com a Independncia

poltica do Brasil.

2) No Romantismo, o ndio brasileiro foi elevado

categoria de heri, o que correspondia verdade

dos fatos.

3) Os romancistas romnticos criaram narrativas

que expressam a sociedade urbana brasileira de

forma superficial e fantasiosa, porm a linguagem

j refletia alguns usos diferenciados de Portugal.

Est(o) correta(s) apenas:

A) 1

B) 2

C) 3

D) 1 e 2

E) 1 e 3

29. So caractersticas do Realismo brasileiro:

A) personagens criados pela observao, tipos

concretos e preocupao com a verossimilhana.

B) retorno ao passado, senso de mistrio.

C) imaginao criadora, objetivos ldicos.

D) descritivismo intenso e visualizao idealizada de

ambientes e pessoas.

E) subjetividade, temas espirituais, linguagem

hermtica.

30. O Naturalismo pode ser entendido como um

aprofundamento do Realismo, porque:

A) desvinculado da verdade social.

B) estuda a natureza do ponto de vista cientfico.

C) expressa apenas a vida simples de pessoas

rsticas, em um mundo primitivo.

D) analisa os desvios comportamentais do ponto de

vista moral.

E) apresenta os fatores sociolgicos e biolgicos

como principais determinantes do comportamento

humano.

31. A respeito do Simbolismo, assinale a alternativa

incorreta.

A) Teve origem na Frana, como uma recusa aos

valores ideolgicos da burguesia.

B) Rejeitou a arte objetiva e descritiva. No Brasil,

teve pouca repercusso.

C) Busca a musicalidade dos versos, atravs de

recursos como a rima, a aliterao, a assonncia.

D) Explora temas greco-latinos e cultua a forma,

apelando para inverses sintticas.

E) Prope a poesia pura, explorando imagens e no

conceitos, com linguagem hermtica e misteriosa.

32. Considerando o tema do Pr-Modernismo, assinale a

alternativa correta.

A) No se constitui um movimento literrio: uma

poca de tendncias eclticas.

B) um movimento literrio com princpios estticos

rgidos.

C) Caracterizou-se pelo ufanismo em relao s

nossas paisagens.

D) Exalta a alegria e a criatividade do povo brasileiro

E) Descreve a cultura das diversas regies do pas.

33. Sobre o Modernismo, no podemos afirmar que:

A) iniciou-se pela Semana de Arte Moderna em

1922, em So Paulo, e abrigou vrias tendncias

estticas.

B) comumente dividido em trs fases ou geraes:

a pioneira, de 1922; a fase do romance regional

de 30, e a gerao de 1945.

C) trouxe para a literatura brasileira a liberdade da

expresso lingstica, a incorporao dos temas

do cotidiano, a linguagem coloquial e as

inovaes tcnicas.

D) rompeu com os padres culturais do sculo XIX,

porm cultivou a preocupao formal na poesia,

mantendo a rima e a mtrica.

E) iniciou-se, na Europa, com movimentos de

vanguarda e anarquismo esttico, entre eles, o

Futurismo e o Dadasmo, que tiveram

repercusso no Brasil

34. Assinale a alternativa correta sobre o Modernismo

Brasileiro, na dcada de 30.

A) O movimento viu esgotados seus ideais estticos

e retomou uma arte conservadora.

B) Surgiu a narrativa que tomou a designao de

Romance Regional, baseado sobretudo na

realidade nordestina. rural.

C) A poesia no se renovou, cedendo esttica

parnasiana.

D) O romance no foi um gnero praticado, nem o

conto.

E) Surgiu o Concretismo, dando lugar ao poemaobjeto.

35. Sobre o Realismo/ Naturalismo Portugus, no

podemos afirmar:

A) iniciou-se em 1865 com a polmica que ficou

conhecida com a questo Coimbr, oposio

entre o antigo e o moderno feita pelos estudantes

de Coimbra, interessados nas novas correntes de

idia filosficas, cientficas e artsticas que j

circulavam na Europa.

B) os adeptos do Realismo posicionavam-se contra

a mesmice, o romantismo resistente, o apego ao

passado e o desconhecimento das novidades

cientficas e culturais em Portugal

C) apesar do liberalismo oficial, a sociedade

portuguesa encontrava-se estagnada do ponto de

vista tecnolgico, cientfico, social e econmico.

D) descrentes das possibilidades da burguesia

dominante em estabelecer um sentido para a

vida, os escritores portugueses da poca

assumiram posies amarguradas de crtica

radical da sociedade.

E) a linguagem bem elaborada, a subjetividade, a

fantasia, o sonho e o otimismo foram traos

presentes no Realismo/ Naturalismo Portugus.

36. Leia as informaes abaixo sobre Ea de Queiroz.

1) Um denominador comum fico queirosiana a

crtica ao tdio ocioso dirigida burguesia da poca

em Portugal. Na sua obra, os males da sociedade

portuguesa da poca, segunda metade do sculo

XIX, so expostos, sem nenhuma lio de moral,

com ironia e, s vezes, sarcasmo.

2) Fazendo parte do RealNaturalismo, adotou e

aprofundou as tendncias desta escola,

descrevendo com pessimismo a famlia (dois

egosmos que se juntam), com as mulheres

ausentes da vida social, sem direito educao, ao

clero que converte a religio em explorao de

recalques e hipocrisia e poltica que reduz a uma

intriga de indivduos ignorantes e medocres.

3) considerado pelos crticos como um dos

prosadores mais completos do Real-naturalismo no

mundo, s comparvel aos mestres franceses. Pela

sua teoria de arte realista desenvolveu a

observao perspicaz de tipos sociais e instituies.

Est(o) correta(s):

A) 3 apenas

B) 2 apenas

C) 1 e 3 apenas

D) 1e 2 apenas

E) 1, 2, 3

37. Sobre Jos Matias, conto de Ea de Queiroz, analise

as proposies abaixo.

1) um conto realista, em que um narrador nonomeado

conta, em monlogo, para um ouvinte

que no interfere, a histria de Jos Matias,

personagem que d nome ao conto.

2) O personagem central um jovem da alta

sociedade portuguesa, que se apaixona

perdidamente por Elisa Miranda, bela vizinha de

um tio seu, o Visconde de Garmilde. A jovem

senhora era casada com um senhor de idade e

correspondeu aos sentimentos do rapaz,

estabelecendo um relacionamento duradouro,

porm platnico.

3) O conto se encerra com a narrao do enterro de

Jos Matias. Ele morreu, arruinado e s, pois,

mesmo aps a viuvez da amada, nunca teve

coragem de assumir seu amor.

Est(o) correta(s):

A) 3 apenas

B) 1 e 2 apenas

C) 2 apenas

D) 1, 2 e 3

E) 1 e 3 apenas

38. No conto Jos Matias, no est(o) presentes:

A) Reaproveitamento da linguagem corrente da

poca, criando efeitos estticos a partir do

vocabulrio habitual.

B) Nexos inesperados e contraditrios entre o fsico

e o moral, e o uso de recursos inovadores de

narrao, como o monlogo.

C) Intencionalidade esttica e ideolgica atravs das

escolhas narrativas.

D) Uso de adjetivos e advrbios como resultantes de

anlise dos personagens e ambientes

E) Alta freqncia de uso de silogismos e metforas,

que tornam a linguagem obscura.

39. Recordaes do Escrivo Isaas Caminha uma

narrativa de fico de Lima Barreto, que pode ser

assim resumida:

A) conta a histria de um aposentado, cheio de

ideais nacionalistas, em uma luta ingnua e

inglria pela salvao do Brasil.

B) o texto acompanha a trajetria de um jovem

mulato que, vindo do interior, cheio de talento e

iluses, procura vencer na capital federal. Sofre

com o preconceito de cor e de origem e se

desilude. Porm, protegido pelo diretor do jornal,

em que contnuo, perde sua ingenuidade e

degrada-se, embora tenha tido xito financeiro.

C) um jovem pernambucano apaixona-se por uma

prostituta. Apesar de sua condio margem da

sociedade, ele se dispe a despos-la porque

passa a admirar seu carter.

D) o livro tematiza o casamento por interesse,

quando o noivo, ao saber ser a noiva pobre,

abandona-a no altar. Casa-se com uma moa

rica e recorda nas suas memrias este episdio.

E) passada no serto mineiro, a narrativa aborda o

amor trgico de dois jovens que se amam desde

a infncia. Mas, obedecendo vontade dos pais,

ele entra para o seminrio, e ela casa com outro.

40. Analise as proposies abaixo, sobre A Hora e a Vez

de Augusto Matraga, de Guimares Rosa.

1) Faz parte de um livro de contos, Sagarana, com

que o autor estreou como escritor. Traz para a

literatura um universo diferente, um serto de

jagunos e bichos, dominado por vises e

conceitos arcaicos.

2) um texto em que se narra a histria de Augusto

Matraga, entremeada de dilogos. A linguagem

procura reproduzir a fala do serto mineiro, com

suas expresses arcaicas e populares e torneios

sintticos inusitados.

3) O personagem central passa por transformaes

ao longo da histria. De homem violento e

autoritrio, transforma-se em ermito quando se

v frente morte. Ao final, voltando cidade, ele

morre para defender uma famlia desvalida.

Est(o) correta(s):

A) 1 apenas

B) 1 e 2 apenas

C) 1, 2 e 3

D) 2 e 3 apenas

E) 1 e 3 apenas

41. Segundo o prprio autor, o conto a Hora e a Vez de

Augusto Matraga, inserido no livro de estria

Sagarana, marca a descoberta de seu estilo inovador,

de seu dialeto literrio. Entre as alternativas abaixo,

uma no faz parte desse dialeto. Assinale-o.

A) A incorporao do falar sertanejo, resultante de

sua experincia como mdico no serto mineiro.

B) A utilizao de recursos poticos como

aliterao, gradao, reiterao, mesmo

escrevendo em prosa.

C) As rupturas sintticas e semnticas, assim como

o uso da derivao imprpria

D) O uso excessivo de anglicismos, proveniente de

sua experincia diplomtica nos Estados Unidos.

E) O emprego de neologismos (por derivao e

composio) e o uso de diminutivos.

42. Qual o ponto convergente e o divergente do par central

de A Hora da Estrela, de Clarice Lispector?

A) So moradores da Favela da Rocinha. Ela

estudou, ele analfabeto

B) So solitrios procura de um grande amor. Ele

solteiro, ela casada.

C) Revelam ambos fragilidade e insegurana para

enfrentar a vida na grande cidade. Macaba

moradora de Copacabana, Olmpico reside no

subrbio.

D) Ambos so nordestinos, incultos e pobres, mas

enquanto Olmpico desenvolveu uma autodefesa,

baseada na grosseria, Macaba

permanece vulnervel.

E) Ambos j adotaram, com sucesso, o modo de

viver carioca, mas enquanto ele enriqueceu, ela

continua pobre.

43. Clarice Lispector, em seu romance A Hora da Estrela,

coloca como personagem principal:

A) uma cantora carioca que faz sucesso na

televiso.

B) uma atriz do cinema americano j envelhecida e

decadente.

C) uma empresria paulista bem-sucedida que se

torna fria e ambiciosa.

D) uma imigrante nordestina, desprezada pela

sociedade, que sonha em ser feliz e acredita em

tudo que lhe dizem.

E) uma bailarina outrora famosa e que fracassa ao

tentar reiniciar a carreira.

Meus olhos so pequenos para ver

A massa do silncio concentrada

Por sobre a onda severa, piso ocenico

Esperando a passagem dos soldados

Meus olhos so pequenos para ver

O general com seu capote cinza

Escolhendo no mapa uma cidade

Que amanh ser p e pus no arame

Viso de 1944 (A Rosa do Povo)

44. Sobre A Rosa do Povo, livro de poemas de Carlos

Drummond, de 1945, podemos dizer que:

A) contm apenas poemas que giram em torno de

um plo subjetivo, versando sobre amor, passado

e solido.

B) os temas versam sobre a segunda guerra

mundial, quando o poeta se posiciona contra o

fascismo, em linguagem clara e tom inflamado.

C) os poemas visam um ajustamento entre a

conscincia poltica do homem e a arte potica;

entre os temas do eu, do estar no mundo e do

fazer potico.

D) so poemas panfletrios e vazios, de eloqncia

prosaica e oportunista.

E) os versos so impregnados de paixo; por isso

resvalam para o populismo e o folclrico.

No faa versos sobre acontecimentos.

No h criao nem morte perante a poesia.

Diante dela, a vida um sol esttico,

No aquece, nem ilumina.

(Procura da poesia /A Rosa do Povo)

45. Um dos traos da poesia de C. Drummond de

Andrade, como demonstram os versos acima, :

A) usar a metalinguagem sobre o fazer potico.

B) oferecer uma idia de fragmentao da realidade.

C) criar um clima de harmonia universal.

D) falar sobre seus prprios sentimentos.

E) prescrever como se deve fazer poesia.

46. O Homem e sua Hora, de Mauro Faustino, um livro:

1) que constitui a nica publicao feita em vida

pelo autor. As demais so pstumas.

2) tem linguagem cuidada, estilo inovador e

contedo original pela remontagem de solues

tradicionais.

3) que est dividido em trs partes, sendo a ltima

O Homem e Sua Hora, que d ttulo ao livro.

Est(o) correta(s):

A) 1 apenas

B) 2 apenas

C) 3 apenas

D) 2 e 3 apenas

E) 1, 2 e 3

47. Ainda sobre a poesia de Mario Faustino e lendo o texto

abaixo, correto afirmar:

Esse estoque de amor que acumulei

Ningum veio comprar a preo justo

Preparei o meu castelo para um rei

Que mal me olhou, passando, e a quanto custo.

(Soneto Antigo/ O homem e sua Obra)

A) O seu poema pode ser enquadrado como

modernista da primeira fase, porque no usa

mtrica nem rima.

B) Move-se esteticamente entre a tradio e o

vanguardismo, com uma linguagem potica

burilada e erudita, porm compreensvel e clara.

C) Revelando influncias simbolistas, trabalha mais

a imagem que o conceito.

D) A sua potica inclua a preocupao social.

E) Sua poesia era objetiva e impessoal.

48. Sobre Flores Ibiapina, correto afirmar que:

A) contista, romancista e estudioso das tradies

populares piauienses, foi considerado herdeiro do

Romance Regional de 30, escrevendo, alm de

Palha de Arroz, entre outros romances, como

Sambaba e Curral de Assombraes.

B) folclorista, pesquisou o folclore do Rio Grande do

Norte e publicou Beira Rio, Beira Vida.

C) socilogo, pesquisou a formao da famlia

brasileira escrevendo Nassau: Sangue e Amor no

Trpicos.

D) narrou sua experincia na priso em Os que

bebem como ces.

E) apesar de viver no Nordeste, nunca tomou como

tema a seca e seus efeitos devastadores moral e

socialmente sobre o homem do campo.

49. Sobre o romance Palha de Arroz, de Fontes Ibiapina,

no podemos dizer que:

A) descreve a sociedade da capital do Estado,

Teresina, misturando fico e realidade.

B) mostra a cidade sem eletricidade, na dcada de

40, abrigando uma populao atrasada e imersa

na escurido.

C) tem como enfoque o mundo suburbano dos

desempregados, das prostitutas e dos malandros.

D) enfoca os incndios criminosos nos subrbios,

provocando pnico na populao miservel, cujas

casas eram de palha.

E) tem como pano de fundo a ditadura militar

implantada no pas em 1964, poca sociopoltica

em que se situa a ao descrita.

50. Os personagens de Palha de Arroz so tipos

populares com nomes pitorescos:

A) Sinh Vitria, Baleia e Fabiano.

B) Parente, Zeca Palito e Pedro Bala.

C) Moleque Ricardo, Z Pitoco e Perigo.

D) Pau de Fumo (Chico da Benta), Maria Pre e Z

Remador.

E) Maria Sipaba, Zacarias da Mata e Toms

Barrigudo.

Ingls

Read the following passage and answer items 51 to

55.

Doctors, clinics and health departments across the country

have started running out of flu vaccine as Americans rush to

protect themselves against what appears to be one of the

nastiest flu seasons in years, officials said yesterday.

As supplies dwindle, health providers in some places have

begun to ration the shots, giving priority to those most

vulnerable - the young, the elderly and the sick, officials

said.

Were getting phone calls from practitioners who are

starting to run out of vaccine, said Margaret Rennels, who

chairs the American Academy of Pediatrics committee on

infectious diseases. Some have begun prioritizing vaccine

to the highest-risk individuals.

The shortages follow an announcement last week by the

two companies that produce flu shots that they had shipped

their entire inventories -- 83 million doses. The nation has

never used more than 80 million.

The unprecedented demand has been triggered by an

unusually early and intense flu season. Flu has been

reported coast to coast, and at least 13 states, mostly in the

West, have reported widespread cases. Texas and

Colorado have been hit hardest. The deaths of at least six

children in Colorado have triggered particular alarm.

(From the Internet, by Rob Stein, Washington Post Staff

Writer, Tuesday, December 9, 2003, page AO3)

51. The main idea of the passage is:

A) complete running out of flu vaccine threatens

country.

B) excess of flu shots causes government donations

to other countries.

C) stealing of flu vaccine worries health authorities.

D) delayed arrival of flu vaccine upsets health

officials.

E) shortage of flu shots prompts rationing.

52. This specific flu season

A) seems to be one of the worst in years.

B) doesnt seem to worry much health authorities.

C) is a mild one, so doctors can keep control of it.

D) appears to be a rather harmless one.

E) will cause very little trouble to doctors in general.

53. Both companies that make flu vaccines announced last

week that they had

A) failed in delivering the vaccines in time.

B) had laboratory problems in producing the flu

shots.

C) shipped a great part of the total vaccines stock.

D) sent all their vaccines stock over eighty million

doses.

E) had problems with the shipping company.

54. Doctors have been giving the most attention to the

highest-risk patients due to

A) the high-defense metabolism of those patients.

B) the sharp reduction in supplies of flu vaccine.

C) the patients liability to heart diseases.

D) vacancies in emergency rooms.

E) the patients respiratory problems.

55. The word triggered in The unprecedented demand

has been triggered by an unusually early and intense

flu season and The deaths of at least six children in

Colorado have triggered particular alarm is similar to:

A) stopped

B) reduced

C) caused

D) questioned

E) protected

Its hard to imagine why the English language should need

publicising still further. Mandarin may have the largest

number of native speakers at 800 million, but with 1.9 billion

speakers (including some 350 million native speakers)

English is easily the worlds lingua franca. The next

language on the list, Spanish, has 450 million competent

speakers around the globe, whereas French is spoken by a

measly 130 million.

But the English Speaking Union exists for exactly that

reason. Founded as a charity in London after the First World

War, its rather grand mission is to promote international

understanding and human achievement through the

widening use of the English language throughout the world.

The English boom couldnt have come at a better time for

the ESU. Created in 1918 when the British Empire was fast

disappearing, the ESU and its genteel yet ageing members

seemed to be going the same way. The turn-around came in

the early 80s when a number of ESU branches sprang up in

western Europe. Then, at the end of the decade, the

collapse of the Soviet Union led to a flood of enquiries from

eastern European states. These countries came to us,

explains ESU Director-General Valerie Mitchell, because

they felt they needed that bridge and that tool and that key

to the wider western world.

It has been said:

I wish the English-Speaking Union all success in its task of

strengthening further the bonds that unite the English

speaking peoples. Now more than ever it is of paramount

importance that we should maintain our unity of ideals and

action to which civilisation has owed so much and from

which there is yet more to hope. (Sir Winston Churchill, a

former Chairman of the ESU)

In an era where the world is growing ever smaller and the

emergence of the global village is increasingly evident, the

importance of maintaining ones identity is clear. Language

plays an important part in this regard. At the same time, the

value of language as a unifying force cannot be disputed.

International understanding and reconciliation are

dependent on the ability of people to communicate and

converse across cultural dividers. (Nelson Mandela)

(From Language English Speakers of the World Unite!,

SPEAK UP, Year XVI, N 193, 2003, pages18-19.)

56. The author states that English is easily the worlds

lingua franca because it

A) has the largest number of native speakers of the

world.

B) is spoken by almost two billion speakers, both

native and nonnative.

C) has hardly four hundred fifty million competent

speakers around the world.

D) is spoken by a measly three hundred fifty native

speakers.

E) has over two billion speakers throughout the

world.

57. The features that apply to the ESU are:

1) international aid.

2) British origin.

3) agreements.

4) misunderstandings.

5) accomplishment.

The correct features are:

A) 2 and 4 only

B) 3 and 4 only

C) 4 and 5 only

D) 1, 2 and 4

E) 1, 2, 3 and 5

58. In his statement, Sir Winston Churchill

1) expresses a positive opinion about the ESU.

2) affirms that there is no longer hope to civilisation.

3) desires that the ESU will be successful in its

goals.

4) incites the English speakers of the world to be

united.

5) doubts that the ESU will ever accomplish its task.

The right answers are:

A) 1, 3 and 4

B) 2 and 5 only

C) 1, 2 and 3

D) 2, 3 and 4

E) 3, 4 and 5

59. Nelson Mandela believes that

A) the global village is in a state of emergency.

B) each country should not maintain its identity in the

global village.

C) language plays an important role in international

understanding.

D) there is no reconciliation after an international

dispute.

E) people are forced to use English to communicate

worldwide.

60. Mandela says: The world is growing ever smaller.

This occurs mainly due to:

A) overpopulation.

B) ambition.

C) globalization.

D) conflicts.

E) business.