Exercícios de Alberto Caeiro Com Resoluções (GAVE)

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  • 7/24/2019 Exerccios de Alberto Caeiro Com Resolues (GAVE)

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    EXERCCIOS PARA FAZER

    TEXTO I

    noite. A noite muito escura. Numa casa a uma grande distnciaBrilha a luz duma janela.Vejo-a, e sinto-me humano dos ps cabea. curioso !ue toda a "ida do indi"#duo !ue ali mora, e !ue n$o sei !uem ,Atrai-me s% por essa luz "ista de longe.&em d'"ida !ue a "ida dele real e ele tem cara, gestos, (am#lia e pro(iss$o.)as agora s% me importa a luz da janela dele.Apesar de a luz estar ali por ele a ter acendido,A luz a realidade imediata para mim.

    *u nunca passo para alm da realidade imediata.+ara alm da realidade imediata n$o h nada.&e eu, de onde estou, s% "ejo a!uela luz,*m rela$o distncia onde estou h s% a!uela luz. homem e a (am#lia dele s$o reais do lado de l da janela.*u estou do lado de c, a uma grande distncia.A luz apagou-se.ue me importa !ue o homem continue a e/istir0

    Alberto 1aeiro, Poemas, 2.aed., 3isboa, 4tica, 5626

    78AV* 9 +ro"a *scrita de +ortugu:s B , 5;.< Ano, 566=, ;.a>A&*?5. @ranscre"a as re(er:ncias ao espao, representado no poema.;. e(ina o tipo de rela$o !ue, ao longo do te/to, o *u estabelece com o indi"#duo !ue ali moraC.D. Apresente uma interpreta$o poss#"el para o seguinte "ersoE Vejo-a, e sinto-me humano dos ps cabea.C 7". D?F. */plicite os sentidos produzidos pela interroga$o no (inal do poema.G. */ponha o pensamento sobre a realidade !ue desen"ol"ido no te/to. >undamente a sua resposta em

    citaHes elucidati"as.

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    Resolues do TEXTO I

    5. As sugestHes !ue a seguir se apresentam consideram-se orientaHes gerais, tendo em "ista umaindispens"el a(eri$o de critrios. N$o de"e, por isso, ser des"alorizada !ual!uer interpreta$o !ue, n$ocoincidindo e/actamente com as linhas de leitura apresentadas, seja julgada "lida pelo pro(essor.

    Ie(er:ncias ao espaoE

    - noite. A noite muito escura. Numa casa a uma grande distncia J Brilha a luz de uma janela.C 7"". 5-;?K

    - ali moraC 7". F?K

    - essa luz "ista de longe.C 7". G?K

    - a luz da janela dele.C 7". 2?K

    - a luz estar aliC 7". =?K

    - de onde estou, s% "ejo a!uela luz, J *m rela$o distncia onde estou h s% a!uela luz.C 7"". 5;-5D?K

    - do lado de l da janela.C 7". 5F?K

    - do lado de c, a uma grande distncia.C 7". 5G?K

    ;. A rela$o !ue, ao longo do te/to, o *u estabelece com o eleC, o indi"#duo !ue ali moraC, marcada por tr:smo"imentos (undamentaisE

    - "". 5-L 9 curiosidade e atrac$o por esse desconhecido 7!ue n$o sei !uem C?, uma presena humana !ue,ao longe, se adi"inha pela luz !ue brilha na noite. A percep$o dessa luz con"oca de imediato uma casaC euma janelaC, suscitando o interesse pela "ida do indi"#duo !ue ali moraC 7&em d'"ida !ue a "ida dele reale ele tem cara, gestos, (am#lia e pro(iss$o.C?K

    - "". 2-5G 9 a constata$o de !ue a luz o 'nico elemento "is#"el conduz o sujeito a assinalar a!uela luzCcomo a 'nica realidade !ue lhe importaC, relati"amente ao homemC !ue a acendeu, pois eleC e a (am#liadeleC s% s$o reais do lado de l da janelaC e n$o do lado de c, a uma grande distnciaC, de onde n$o pode":-losK

    - "". 5L-52 9 ao apagar-se a luz, o *u perde o contacto com o outro, desinteressando-se dessa e/ist:nciahumana.

    - A luz apagou-se.C 7". 5L?K

    D. */emplos poss#"eis de interpreta$oE

    - a percep$o da luz, na noite muito escuraC, acorda no sujeito um desejo de apro/ima$o do outro, deidenti(ica$o, pela humanidade !ue partilham na noite c%smicaK

    - a percep$o da luz suscita no *u sentimentos de curiosidade e de atrac$o pelo outro desconhecido, masid:ntico na sua humanidadeK

    - 7...?

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    F. A interroga$o intensi(ica a e/press$o do desinteresse pela e/ist:ncia do outro, !ue o apagar da luz pro"oca nosujeito e poder trans(erir para o leitor a responsabilidade de problematizar a consci:ncia humana da realidade, a partirda e/peri:ncia relatada no poema.

    G. sujeito potico atribui estatuto de realidade apenas ao !ue percepcionado como coisa "ista. +or um mo"imentore(le/i"o iniciado no "erso 2 7)as agora s% me importa a luz da janela dele.C?, o sujeito identi(ica a luz como o 'nicoelemento percepcionado, objecti"o, da realidade representadaE A luz a realidade imediata para mim. J *u nuncapasso para alm da realidade imediata. J +ara alm da realidade imediata n$o h nada.C 7"". 6-55?. N$o sendo "is#"eisdo lado de c, a uma grande distnciaC 7". 5G?. homem e a (am#lia deleC 9 apesar de reais do lado de l da janelaC7". 5F? 9 n$o pertencem realidade imediataC para o *uK correspondem a uma (ic$o constru#da, !ue o apagar da luzrasura da sua consci:ncia.

    DESENVOLVIMENTO

    N$o ultrapassando as dez linhas, e/plicite a importncia da poesia de Alberto 1aeiro no mbito daprodu$o literria de >ernando +essoa.

    Resoluo do DESENVOLVIMENTO

    - Alberto 1aeiro o )estreK- 1aeiro a intelig:ncia !ue e/pHe uma doutrinaK- sensacionista, a !uem s% interessa o !ue capta pelas sensaHesK- sentido das coisas reduzido percep$o da cor, da (orma e da e/ist:nciaK- pensa "endo e ou"indo. Ver conhecer e compreender o mundoK- recusa do pensamento meta(#sicoE Mpensar n$o compreenderMK- realismo sensorial. 1aeiro capta apenas o !ue as sensaHes lhe o(erecem na realidade imediataK- poeta do real objecti"oK

    - poeta da Natureza, "i"e de acordo com ela, na sua simplicidade e pazK- ama a NaturezaK- ":-a na sua constante reno"a$o e cr: na Meterna no"idade das coisasMK- a intelectualidade do seu olhar liberta-se dos preconceitos e "olta-se para a contempla$o dos objectos originaisK- possui um sentimento do tempo eterno, uno, (eito de instantes de presenteK- 1aeiro a possibilidade de apresenta$o de uma linguagem potica no"aE liberta$o dos sentidos, das sensaHes,das emoHes.

    TEXTO III

    Ao entardecer, debruado pela janela,* sabendo de soslaio !ue h campos em (rente3eio at me arderem os olhos li"ro de 1esrio Verde.

    ue pena !ue tenho dele *le era um campon:sue anda"a preso em liberdade pela cidade.)as o modo como olha"a para as casas,* o modo como repara"a nas ruas,* a maneira como da"a pelas coisas, o de !uem olha para r"ores,* de !uem desce os olhos pela estrada por onde "ai andando* anda a reparar nas (lores !ue h pelos campos...

    +or isso ele tinha a!uela tristezaue ele nunca disse bem !ue tinha,)as anda"a na cidade como !uem anda no campo

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    * triste como esmagar (lores em li"ros* pOr plantas em jarros...

    Alberto 1aeiro, O Guardador de Rebanhos78AV* - +ro"a *scrita de +ortugu:s B, 5;.< ano, 566L, 5.a>ase, ;.a1hamada?

    5. enunciado potico !ue acaba de ler consiste numa homenagem a 1esrio Verde.

    Ie(ira a ac$o le"ada a cabo por 1aeiro !ue pro"a essa homenagem.;. Na ;.aestro(e, o poeta e"idencia um sentimentoE Mue pena !ue tenho deleM2.1. */pli!ue-o, tendo em conta a caracteriza$o de 1esrio apresentada por 1aeiro.2.2. >aa o le"antamento da e/press$o !ue, no poema, melhor sintetiza a ideia !ue o poeta procuratransmitir.D. A potica de 1aeiro opHe ao conhecimento intelectual os sentidos, as sensaHes.3.1 Ietire do te/to dois "ocbulos !ue compro"em a a(irma$o.3.2 1omente a sua utiliza$o no conte/to global do poema, con(rontando as concepHes poticas de1esrio e de 1aeiroF. N$o ultrapassando as oito linhas, e/plicite a importncia da poesia de Alberto 1aeiro no mbito daprodu$o literria de >ernando +essoa.

    Correo do TEXTO III

    5. 3er at arderem os olhos.;.5. */press$o de pena "eri(ic"el na caracteriza$oE- anda"a presoK- era um campon:s na cidadeK- olha"a a cidade como se (osse o campoK- tinha grande tristezaK- anda"a na cidade como !uem anda no campoK- triste.2.2 M*le era um campon:s J !ue anda"a preso em liberdade pela cidadeM - a (rase !ue melhor sintetiza o !ue1aeiro pretende transmitir sobre 1esrio.D.5 Aceite-se dois dos seguintesE olha"aK repara"aK olhaK olhosK reparar.3.2 @al como 1esrio, 1aeiro "i"e de impressHes, sobretudo "isuais, contudo, n$o se pode ler na re(er:ncia a 1esriouma identi(ica$o mas t$o s% uma homenagem.Aceita$o do mundo como ele - (acto !ue contrapHe ao posicionamento de 1esrio !ue Manda"a na cidade como

    !uem anda no campoM.+oeta do real objecti"o, com o esp#rito concentrado numa acti"idade supremaE olharKlhar o substituto da acti"idade cogniti"a, !ue 1esrio n$o conseguiu abolirK por isso, anda triste na cidade.F.- Alberto 1aeiro o )estreK- surge como uma descoberta ou uma re"ela$oK- e/erce in(lu:ncia sobre todos, >ernando +essoa rt%nimo e outros heter%nimosK- +essoa opHe 1aeiro a si pr%prioE o projecto potico e a identidade do sujeito !ue o assume s$o de(inidos contra apoesia de >ernando +essoa escrita at ao seu aparecimento e a !ue depois escre"er com esse nomeK- ao contrrio de +essoa rt%nimo, recusa a introspec$o e a subjecti"idadeK- 1aeiro a possibilidade de apresenta$o de uma linguagem potica no"aE liberta$o dos sentidos, das sensaHes,das emoHes

  • 7/24/2019 Exerccios de Alberto Caeiro Com Resolues (GAVE)

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    TEXTO V

    a minha aldeia "ejo !uanto da terra se pode "er do Pni"erso...+or isso a minha aldeia t$o grande como outra terra !ual!uer,+or!ue eu sou do tamanho do !ue "ejo* n$o do tamanho da minha altura...

    Nas cidades a "ida mais pe!uenaue a!ui na minha casa no cimo deste outeiro.Na cidade as grandes casas (echam a "ista cha"e,*scondem o horizonte, empurram o nosso olhar para longe de todo o cu,@ornam-nos pe!uenos por!ue nos tiram o !ue os nossos olhos nos podem dar,* tornam-nos pobres por!ue a nossa 'nica ri!ueza "er.

    Alberto 1aeiro, +oemas, 5Q.aed., 3isboa, 4tica, 566278AV* - +ro"a *scrita de +ortugu:s A, 5;.< Ano, 5666, 5.a>ase, 5.a1hamada?

    5. *labore um comentrio do poema !ue integre o tratamento dos seguintes t%picosE

    oposi$o entre a MaldeiaM e a McidadeMKimportncia do acto de "erKrecursos estil#sticos rele"antesKtraos da potica de 1aeiro.

    Correo do TEXTO V

    1.

    posi$o entre a MaldeiaM e a McidadeM poema organiza-se em torno da caracteriza$o contrasti"a da Mminha aldeiaM e das McidadesM ou da McidadeM,caracteriza$o essa !ue se desen"ol"e, porm, em termos inesperados. AssimE- a Mminha aldeiaM apresentada como lugar de elei$o, na medida em !ue permite ao sujeito o grau m/imo de"isibilidade de M!uanto da terra se pode "er do Pni"ersoM 7". 5?K por esse moti"o, ela supera o estatuto de po"oa$odiminuta !ue por de(ini$o o seu, tornando-se Mt$o grande como outra terra !ual!uerM 7". ;?K- a cidade re"ela-se limitati"a, pois Mas grandes casasM enclausuram o olhar, ocultam-lhe o cu e a(astam-no danatureza 7c(. "". 2, =?, ou, por outras pala"ras, desapossam-nos da Mnossa 'nica ri!uezaM, !ue M "erM 7". 5Q?.

    *m suma, a cidade tem um e(eito de (echamento e a(asta Ma "istaM 7". 2? do MhorizonteM e do M1uM 7". =?, en!uanto aaldeia propicia a abertura para o in(inito 7MPni"ersoM - ". 5?. 1onse!uentemente, o poema associa, por um lado, cidadea pe!ueno e a pobre 7"". 6 e 5Q? e, por outro, aldeia a MgrandeM 7". ;? e, de (orma impl#cita, a ri!ueza 7". 5Q?, in"ertendoas noHes tradicionais de aldeia e de cidade.Rmportncia do acto de "er desen"ol"imento da oposi$o entre aldeia e cidade (az emergir, como ideia nuclear do poema, a importncia do actode "er, mani(estada, desde logo, pela utiliza$o de (ormas do "erbo vere de "ocbulos com ele semanticamenterelacionados M"istaM, MolharM, MolhosM - "". 2, =, 6?. &egundo o te/to, a "is$o um modo de conhecimento pri"ilegiado,pois permite percepcionar a imensid$o do mundo, superando a dimens$o (#sica limitada do sujeito 7"". D-F?. 1om e(eito, o olhar !ue determina a con(igura$o do mundo e do pr%prio ser, na medida em !ue e/iste uma rela$o entreE- a e/tens$o do campo de "is$o e a do espao em !ue o *u se situa 7c(. "". 5, ;?K- o !ue o sujeito ": e a percep$o !ue tem de si 7Meu sou do tamanho do !ue "ejo J * n$o do tamanho da minhaaltura...M - "". D-F?K- a possibilidade de "is$o e o "alor da e/ist:ncia humana 7Mas grandes casas (echam a "ista cha"eM, M@ornam-nospe!uenosM, Mtornam-nos pobresM, Ma nossa 'nica ri!ueza "erM - "". 2, 6, 5Q?

    Iecursos estil#sticos rele"antes&$o rele"antes, entre outros, os seguintes aspectos estil#sticosE- presena de construHes causais, e"idenciando uma inten$o e/plicati"a do discurso 7M+or issoM, M+or!ue eu souM,Mpor!ue nos tiramM, Mpor!ue a nossa 'nica ri!uezaM - "". ;, D, 6,5Q?K- utiliza$o da estrutura paralel#stica, ampli(icando a no$o de perda 7M@ornam-nos pe!uenos por!ue S...T J * tornam-nospobres por!ue S... TM - "". 6-5Q?K- recurso ao grau comparati"o dos adjecti"os com o intuito de caracterizar a MaldeiaM por re(er:ncia a outros espaos,realando-se, por um lado, o n#"el id:ntico de grandeza e/istente entre a MaldeiaM e Moutra terra !ual!uerM 7". ;? e, poroutro lado, minimizando-se a "ida na cidade para "alorizar a "ida na aldeia 7MNas cidades a "ida mais pe!uena J uea!ui na minha casaM - "". G-L?K- conjuga$o da met(ora 7M(echam a "ista cha"eM, Mempurram o nosso olharM - "". 2-=? com a personi(ica$o deMcasasM 7M(echamM, M*scondemM, MempurramM, MtiramM?, para sublinhar a atro(ia do "er como e(eito do ambiente citadinoK

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    @raos da potica de 1aeiro poema e"idencia alguns dos traos representati"os da potica de 1aeiro. */empli(icandoE- apologia da "is$o como "alor essencialK- rela$o de harmonia com a NaturezaK- aparente simplicidade e natureza argumentati"a do discurso potico, "is#"el no recurso a uma linguagem corrente e aconstruHes causais.

    TEXTO VI

    &ou um guardador de rebanhos rebanho os meus pensamentos* os meus pensamentos s$o todos sensaHes.+enso com os olhos e com os ou"idos* com as m$os e os ps* com o nariz e a boca.

    +ensar uma (lor ":-la e cheir-la* comer um (ruto saber-lhe o sentido.

    +or isso !uando num dia de calor)e sinto triste de goz-lo tanto.

    * me deito ao comprido na er"a,* (echo os olhos !uentes,&into todo o meu corpo deitado na realidade,&ei a "erdade e sou (eliz.

    Alberto 1aeiro, 8uardador de Iebanhos

    5. 1omente o te/to, tendo em aten$o os seguintes t%picosE

    os pensamentos e as sensaHesKsentimentos re"eladosKestrutura do te/toKbusca do e!uil#brioKdesdobramento da personalidade.

    Correo do TEXTO VI

    5.s pensamentos e as sensaHes*ntrelaado de pensamentos e sensaHesE Mpenso com os olhos e com os ou"idos J e com as m$os e os ps J * com onariz e a bocaMKRdenti(ica$o do pensamento com uma comple/idade de sensaHesE M+ensar uma (lor ":-la e cheir-la J * comer um(ruto saber-lhe o sentido.M.&entimentos re"elados- >elicidade do sujeito potico por saber a "erdade do pensamento (eito em sensaHes.- @risteza pelo e/cesso de sensaHes, por gozar MtantoM Mum dia de calorM.- 1ondena$o do e/cesso de sensaHes, pois a partir de um certo grau as sensaHes passam de alegres a tristes.*strutura do te/toAs estro(es surgem em simetria, com a primeira e a 'ltima com seis "ersos, (icando a intermdia com dois, numasugest$o de e!uil#brio, !ue pode sugerir o pr%prio e!uil#brio necessrio no gozo das sensaHes.Busca do e!uil#brio@odo o Mcorpo deitadoM !ue o +oeta sente e !ue lhe permite saber Ma "erdadeM e ser M(elizM remete para a necessidadeda harmonia !ue consegue recuperar em contacto com a Natureza.esdobramento da personalidadeesdobramento da personalidadeE de !uem sabe a "erdade, no seio da Natureza buc%licaK de !uem "i"e triste aoansiar tanto uma solu$o.