Exercício resistido em idosos frágeis: uma revisão da literatura

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    Fisioter Mov. 2012 abr/jun;25(2):435-43

    ISSN 0103-5150Fisioter. Mov., Curitiba, v. 25, n. 2, p. 435-443, abr./jun. 2012

    Licenciado sob uma Licena Creative Commons

    [T]

    Exerccio resistido em idosos frgeis: uma reviso da literatura[I]

    Resistance exercise in frail elderly: a literature review

    [A]

    Lucas Caseri Cmara[a], Carina Corra Bastos[b], Esther Fernandes Tinoco Volpe[c]

    [a] Mestrando em Cincias (Fisiopatologia Experimental), Universidade de So Paulo (USP), So Paulo, SP - Brasil, e-mail:[email protected]

    [b] Mestranda em Gerontologia Biomdica, Ponticia Universidade Catlica do Rio Grande do Sul (PUCRS), Porto Alegre, RS -Brasil, e-mail: [email protected]

    [c] Mestranda em Cardiogeriatria pela Universidade Federal de So Paulo (Unifesp), So Paulo, SP - Brasil, e-mail:

    [email protected]

    [R]

    Resumo

    Introduo: A sndrome da fragilidade, bastante comum em pessoas de idade avanada, consiste em um

    conjunto de sinais e sintomas no qual esto presentes critrios como perda de peso corporal no intencional

    em um ano (aproximadamente 5%), diminuio na velocidade da marcha, nveis baixos de atividade sica,

    exausto subjetiva e diminuio de fora muscular. Os consequentes efeitos dessas mudanas relacionadas

    idade, que incluem sarcopenia, disfuno imunolgica e desregulao neuroendcrina, aumentam a vul-

    nerabilidade do organismo ao estresse, reduzindo a habilidade de adaptar, compensar ou modular esses es-

    tmulos. Diferentes intervenes tm sido propostas para atenuar esse processo, sendo o exerccio resistido(ER) uma das opes estudadas. Objetivo: Realizar uma reviso bibliogrica averiguando os efeitos dos ER

    na isiopatologia da sndrome da fragilidade. Materiais e mtodos: Foi realizada uma reviso bibliogrica

    do perodo de 2004 a 2010, por meio das bases de dados LILACS, MEDLINE e PubMed. Resultados: Por

    meio das anlises dos estudos, foram observadas alteraes nos sistemas hormonal e imune, atuando de

    forma sistmica na reverso ou minimizao dos efeitos da sarcopenia exercendo inluncia positiva na

    sndrome da fragilidade. Concluso: O ER deve ser indicado como opo teraputica para idosos frgeis ou

    pr-frgeis que no apresentem contraindicaes para realizao desta modalidade de exerccio.[P]

    Palavras-chave: Idoso dbil. Levantamento de peso. Terapia por exerccio.

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    Abstract

    Introduction: Fragility syndrome, very common in elderly people, consists of a set of signals and symptoms in

    which is present criteria such as not intentional weight loss (approximately 5%) in a year, reduction in the walk-

    ing speed, low physical activity levels, subjective exhaustion and muscular strength reduction. The increasing

    effect of these changes related to age, which include sarcopenia, immunity functional disorder and neuroendocri-

    nous misconduct, increase the vulnerability of the organism to stress, reducing the ability to adapt, compensate or

    modulate these stimuli. Several intervention proposals have been made to attenuate this process, and resistanceexercises (RE) was one of the options studied. Objectives: To evaluate the effects of RE on the physiopathology of

    fragility syndrome. Materials and methods: A bibliographic review of the period 2004-2010 was made based

    on the data of LILACS, MEDLINE and PubMed. Results: Changes in the hormonal and immune systems were

    observed acting in a systemic way by reverting or minimizing the effects of sarcopenia. Conclusion: Resistance

    exercises should serve as therapy to those elderly who are fragile and do not present any health problems.[K]

    Keywords: Frail elderly. Weight lifting. Exercise therapy.

    interveno com exerccios resistidos (ER) e de equi-

    lbrio. Segundo recente reviso sistemtica a respeito

    das tcnicas convencionais utilizadas na prtica isio-

    teraputica (exerccios de equilbrio, lexibilidade,

    coordenao, fora e tempo de reao), os autores

    concluram que apesar de terem sido encontrados

    ganhos signiicativos em relao fora, equilbrio ecapacidade funcional, no foi possvel, com as inter-venes utilizadas, reverter ou impedir a progresso

    da fragilidade (8).O ER (caracterizado pela realizao de contraes

    musculares contra alguma forma de resistncia, em

    geral pesos) vem ganhando destaque na comunidadecientica, por sua segurana e eiccia, mesmo paraindivduos doentes ou debilitados (9, 10). Essa mo-dalidade de exerccios contribui para o aumento damassa e melhora da fora muscular, e atualmenterecomendado por renomadas organizaes como ati-

    vidade de promoo de sade (11-13), melhorando a

    fora muscular, a capacidade aerbica e o equilbrio,reduzindo e retardando, assim, a fragilidade e a de-pendncia sica (4, 14).

    Nos ltimos anos, a consagrao da SF vem sendo

    crescentemente descrita por diversos autores. A iden-tiicao dessa sndrome nos idosos, por meio de ins-

    trumentos de aplicabilidade mais eiciente, tambmtem sido discutida. Porm, as modalidades de trata-mento para reverter ou minimizar seus efeitos ainda

    no tm sido suicientemente publicadas. Os efeitosteraputicos do ER caminham em sentido contrrioao das alteraes degenerativas observadas na fragi-

    lidade (15). No entanto, a prtica dessa modalidadede exerccios ainda se apresenta pouco estudada com

    Introduo

    A sndrome da fragilidade, j consagrada em diver-

    sos pases, caracteriza-se por apresentar pelo menos

    trs de cinco critrios: diminuio da fora muscu-lar, baixo gasto energtico, diminuio da velocidade

    de marcha, perda de aproximadamente 5% do pesocorporal de forma involuntria em um ano e exaus-to subjetiva (1). A base biolgica dessa sndrome

    consiste na diminuio da reserva e da resistncia aestresses sicos, caracterizadas por um alto grau devulnerabilidade para incapacidade, comorbidades,

    quedas, hospitalizao, institucionalizao e mor-te (1-4). Os aspectos da fragilidade incluem, ainda,reduo na mobilidade, anormalidade na marcha,

    fraqueza muscular, tolerncia reduzida ao exerccio,equilbrio instvel, m nutrio e sarcopenia (1, 5).Sua prevalncia nos Estados Unidos de quase 7%na comunidade (1). No Brasil, ainda no temos da-dos epidemiolgicos baseados em instrumentos com

    propriedades psicomtricas validadas.A complexidade da fragilidade diiculta a iden-

    tiicao de fatores biolgicos que a justiique. Essa

    situao agravada pelas mltiplas comorbidadesnormalmente observada em idosos. Os investigado-res supem que as vrias alteraes relacionadas aoenvelhecimento, gentica e doenas contribuem para

    a isiologia alterada encontrada na fragilidade. Os

    sistemas mais proeminentes em estudos da isiopa-tologia da fragilidade incluem o msculo esqueltico,

    endcrino e sistema imunolgico (6).De acordo com Morley et al. (7), assim que diag-

    nosticada a sndrome da fragilidade, deve-se iniciar a

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    esse termo tem sido estendido perda de fora mus-

    cular relacionada com o avanar da idade (16, 17).A prevalncia de sarcopenia de aproximadamen-

    te 12% para adultos de 60 a 70 anos de idade, au-

    mentando para 30% por volta dos 80 anos de idade.Na maioria dos estudos, o seu desenvolvimento est

    fortemente associado elevada incapacidade, desor-dens na marcha e no equilbrio e mortalidade (7).A causa da sarcopenia multifatorial, resultante

    de alteraes no sistema nervoso (perda de unidades

    motoras alfa), musculares (perda na qualidade e mas-

    sa muscular), hormonais (diminuio de hormniosanabolizantes, como testosterona, estrgeno e GH) e

    estilo de vida (diminuio da atividade sica) (18).Por meio da prtica regular de exerccios sicos,

    dentre os quais os ER se destacam, pode ser vivelprevenir a sarcopenia (19) e melhorar consistente-mente a fora em idosos (20).

    Estudos demonstraram aumento da sntese de

    protenas mioibrilares musculares em jovens e ido-sos por meio dos ER (19). De acordo com uma revi-so sistemtica sobre intervenes para sarcopenia(15), o ER foi considerado o estmulo mais poderosopara a hipertroia muscular, quando comparado aosexerccios contnuos. Os autores citam, ainda, que

    em comparao a sujeitos jovens, o ER em pessoasidosas produz aumento de fora menor em termosabsolutos, mas similares em termos relativos. Ganhos

    de 5-10% na rea de seo transversal muscular

    acompanhada por aumento de 20% a 100% na foramuscular, dependendo do grupo de msculos, devem

    ser expectativas razoveis de um regime apropriadode exerccios (21).

    Um estudo utilizando 25 idosos saudveis e 26

    adultos jovens veriicou uma diminuio da fora mus-

    cular e da expresso gentica mitocondrial (maior

    fator contribuinte da sarcopenia) dos idosos em re-lao aos jovens. Os indivduos jovens apresentaram,

    inicialmente, um pico de torque 59% maior que os

    idosos saudveis e, aps seis meses de treinamento

    resistido, essa diferena diminuiu para 38%. Por meiode bipsia no vasto lateral dos indivduos, observou--se tambm uma modiicao no peril de expressogentica mitocondrial (jovializao desse peril) nosmsculos dos idosos saudveis submetidos a treina-mento resistido (22). Embora a resposta hipertroia

    seja reduzida em idosos, ocorre um aumento na qua-lidade muscular (performance muscular) de maneira

    similar entre homens idosos e jovens; porm, pode

    ser maior em mulheres jovens do que em idosas (23).

    relao a essa sndrome especiicamente. Alguns es-tudos associam efeitos dos exerccios nos resultados

    adversos de idosos com sndrome da fragilidade, mas

    especiicamente a sua inluncia na isiopatologia no

    tem sido discutida com maior profundidade, fato que

    fomentou a realizao deste estudo. Assim, o objetivo

    desta reviso foi reunir os estudos que apontaram osefeitos da prtica regular dos ER nas caractersticasisiopatolgicas da sndrome da fragilidade: sarcope-

    nia, disfuno neuroendcrina e imunolgica, bem

    como buscar um modelo possivelmente adequado

    para prescrio nesta populao.

    Mtodos

    Foi realizado um levantamento literrio de es-

    tudos nacionais e internacionais que se referem

    ao tema, encontrados nas bases de dados LILACS,

    MEDLINE e PubMed com publicao entre os anosde 2004 e 2010. Esta seleo foi feita em virtude dofato de a sndrome da fragilidade ter sido descrita de

    forma mais consistente (critrios de deinio maiscompatveis com os da atualidade) nos estudos a

    partir de 2004. Foram considerados, pelos autores,aqueles estudos que relacionavam a inluncia do

    exerccio resistido nas caractersticas isiopatolgicas

    encontradas em idosos com SF. Para tanto, foram uti-

    lizadas para a pesquisa as seguintes palavras-chave

    (na lngua portuguesa e inglesa): idosos, fragilidade,exerccio resistido, sarcopenia, disfuno neuroend-

    crina e imunolgica.Dentre as referncias encontradas, foram sele-

    cionados 40 artigos julgados relevantes, incluindo

    estudos experimentais e revises. A busca dos peri-

    dicos completos foi realizada nos portais cienticosde revistas eletrnicas Portal da pesquisa, SIBI,

    e OVID. J a pesquisa por trabalhos completos foifeita nas Bibliotecas da Faculdade de Medicina da Uni-

    versidade de So Paulo e na Ponticia Universidade

    Catlica do Rio Grande do Sul (PUCRS).

    Resultados

    Exerccios resistidos e sarcopenia

    Sarcopenia, termo proposto por Rosenberg em

    1989, refere-se especiicamente perda de massa

    muscular associada ao envelhecimento. No entanto,

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    em contraste aos exerccios intensos, que podem

    aumentar o risco de infeco no trato respiratrio

    superior (30).Tambm tem sido reportado que exerccios inten-

    sos de durao moderada (< 60 min) e intensidade(< 60% do VO mx.) so associados com menores per-

    turbaes e menos estresse ao sistema imune do quesesses de exerccios prolongadas e de alta intensi-dade (30). Outro estudo mostrou que a liberao decortisol, potencialmente deletria se encontrada emexcesso, parece estar relacionada intensidade e durao do exerccio. Exerccios contnuos que exi-gem um alto consumo de oxignio (VO mx. > 60%)podem levar a uma leucocitose por um perodo curto

    imediatamente aps o exerccio (32).J em um estudo que avaliou os efeitos do exer-

    ccio resistido nos linfcitos totais, CD4+ e CD8+, de15 idosas que realizaram exerccios resistidos com

    cargas de 50% e 80% de 1 repetio mxima RM(carga mxima que pode ser levantada de uma nica

    vez de forma aceitvel), observou-se que este tipo de

    exerccio no foi capaz de causar alteraes orgnicas

    nos indivduos idosos (33). Em uma pesquisa envol-vendo 38 mulheres idosas saudveis submetidas a

    um treinamento de fora durante 12 meses, no senotou nenhuma alterao em seus parmetros imu-nolgicos (34).

    Sabe-se que o processo de envelhecimento

    acompanhado por signiicativas mudanas hormo-

    nais. Em particular, ocorre um importante aumentona resistncia insulina medida que o indivduo

    envelhece com signiicante relevncia clnica, por ser

    considerada como um fator de risco para vrias doen-

    as relacionadas ao envelhecimento e estar relacio-nada a vrios componentes individuais da sndromeda fragilidade (35, 36, 2).

    O exerccio sico promove aumento da sensibili-dade insulina e esse benecio pode ser observadotanto com o exerccio aerbio como com o exerccioresistido (37). Apesar desse claro benecio, h situa-

    es em que o exerccio agudo no melhora a sensibi-lidade insulina e pode at pior-la. A sensibilidade

    insulina est diminuda aps a corrida de maratona,assim como aps exerccio extenuante e excntrico,como correr numa ladeira. Uma provvel explicaopara esse fato a utilizao aumentada e contnua

    de cidos graxos como combustvel muscular (37).As reservas de testosterona so mais baixas em

    idosos (23) e os baixos nveis desse hormnio consti-

    tuem uma importante causa de sarcopenia, podendo,

    Os ganhos na fora muscular podem ser obser-

    vados nas primeiras semanas, sendo atingido um

    plat por volta de 5-6 meses. Esses ganhos na forareletem adaptaes neurais e musculares, com hi-pertroia de ibra muscular, tornando-se dominantecom durao de treino prolongado (24).

    Vrios estudos demonstram ganho de percen-tagem similar de fora entre participantes idosos

    e jovens, enquanto outros tm mostrado que o au-

    mento na percentagem de fora menor para idosos

    quando comparados a adultos jovens. Estudos adi-cionais sugerem que o efeito da idade na adaptaoda fora pode ser inluenciado pelo sexo, durao dotreinamento e/ou por grupos musculares especicos

    examinados (23).Em um estudo com homens e mulheres frgeis da

    comunidade que realizaram um programa de exer-ccios resistidos de baixa a moderada intensidade,

    observou-se aumento na fora muscular isocinticae aumento na massa magra local e total (25).

    Exerccios e disfuno neuroendcrina

    e imunolgica

    Estudos epidemiolgicos demonstram que a fun-

    o imune, a qual se encontra prejudicada no enve-lhecimento, contribui para o aumento da susceptibi-

    lidade a infeces e, tambm, est associada a vrias

    causas de mortalidade (26, 27). O exerccio sico (es-pecialmente o moderado) (28), considerado como

    um prottipo de estresse que pode ser controlado

    experimentalmente, induz melhora signiicativa nosistema imune e pode ser particularmente benicopara aquelas pessoas com a resposta imunolgica

    deiciente, como os idosos frgeis (27).As clulas do sistema imune que mostram mais

    resposta aos efeitos do exerccio intenso e prolonga-do, tanto em termo de nmero como de funo, soas clulas NK, neutrilos e macrfagos (29, 30). Um

    estudo comparou idosos que se exercitam e idosossedentrios, com o objetivo de observar se o treina-mento cardiovascular poderia melhorar a respostaimune na vacinao do vrus inluenza. O grupo exer-

    citado apresentou resposta aumentada de anticorpos

    para vacinao em relao ao outro grupo, porm no

    foram observadas diferenas entre os grupos quanto

    s clulas mediadoras para resposta imune (31).O exerccio sico moderado e regular tende a re-

    duzir sintomas de infeces do trato respiratrio,

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    - A velocidade de movimento deve levar de doisa trs segundos para levantar o peso (contra-o concntrica) e de quatro a seis segundospara baixar o peso (contrao excntrica);

    - A durao de uma sesso de treinamento deveser em torno de 40 minutos.

    Um treinamento resistido com frequncia de, pelo

    menos, duas vezes por semana prov um mtodo

    seguro e efetivo na melhora da fora e resistncia

    muscular. Recomenda-se que 8-10 exerccios sejamrealizados em dois ou mais dias no consecutivos

    por semana, sendo utilizando os maiores grupos

    musculares (12).Os exerccios devem ser dinmicos, e no estti-

    cos, englobando os maiores grupos musculares do

    corpo e utilizando tanto movimentos concntricos

    (levantando e empurrando) quanto excntricos (sua-

    ves e controlados no retorno). Os grupos muscula-res de membros inferiores como os extensores dejoelho e quadril, lexores de joelho, dorsilexores e

    lexores plantares devem ser priorizados, uma vezque so crticos para mobilidade, equilbrio e pre-

    veno de quedas (24).Existem algumas recomendaes para um treina-

    mento resistido como realizar mnimo de 1, preferen-

    cialmente 2-3 sries por exerccios com 1-2 minutosde descanso entre elas; frequncia de 1-3 dias por

    semana, com mnimo de 48 horas de descanso entre

    as sesses; respirao normal durante as repeties(no prender a respirao para evitar realizar a ma-nobra de Valsalva - expirao forada contra a glotefechada) (24).

    H algumas consideraes controversas em rela-o utilizao de procedimentos de triagem antesde iniciar programas de exerccios vigorosos, comotestar exerccios. O Colgio Americano de Medicinado Esporte recomenda testar exerccios de sinto-

    mas limitados antes de realizar exerccios vigorosos(> 60% VO mx.) em homens com idade 45 anos e

    em mulheres 55 anos, em pessoas com dois ou maisfatores de risco cardaco, em indivduos com quais-quer sinais/sintomas de doena arterial coronariana,

    ou aqueles com doenas cardacas, pulmonares ou

    metablicas (12).Indivduos sintomticos ou aqueles com quais-

    quer doenas cardiovasculares, diabetes, outra do-

    ena crnica ou com alguma recomendao mdi-

    ca, devem consultar um mdico antes de iniciar umprograma de atividades vigoras e/ou intensas (12).

    por essa razo, contribuir para o desenvolvimento da

    fragilidade em homens idosos (38).Uma resposta acurada de testosterona total e

    testosterona livre em relao a exerccios resistidos atenuada em idosos (23). Nem um curto perodode treinamento resistido de 10-12 semanas nem um

    perodo maior de 21-24 semanas produz um aumentona concentrao de testosterona livre e testosteronatotal (23).

    Os efeitos do treinamento resistido em uma va-riedade de diferentes hormnios tm sido bastanteestudados nos ltimos anos, porm, a natureza exata

    dessa relao ainda no est bem compreendida (23).

    Orientaes para exerccio resistido

    em idosos frgeis

    Em geral, a fragilidade no contraindicao para

    exerccio, embora modalidades especicas possam

    ser alteradas para acomodar indivduos com inca-

    pacidade. A idade tambm no representa fator deimpedimento para melhora da funo muscular com

    exerccios resistidos, apresentando melhora compa-

    rvel quela observada em adultos jovens (nesses,

    pode ser maior em funo do descondicionamentonos idosos) (23, 24).

    Um aumento da fora muscular aps um trei-

    namento de exerccio resistido tem sido mais bem

    documentado em estudos que utilizaram medidasde 1RM ou 3RM quando comparado com medidas

    isomtricas ou isocinticas. No entanto, apesar de

    segura, esta prtica no utilizada rotineiramente

    em razo do potencial de leso osteomioarticular

    e da incapacidade dos idosos em realizarem fora

    mxima, icando a aproximao sucessiva das cargas

    mais exequvel (10). Estudos documentam que ido-sos podem ter sua fora elevada signiicativamenteaps um treinamento resistido, com porcentagem

    variando de menos de 25% para mais de 100% (23).

    Os componentes de uma prescrio de exercciosresistidos dinmicos incluem (24):

    - Arco de movimento completo (ou mxima am-plitude alcanada sem dor) de um exerccio;

    - Sries de repeties (8-12 repeties por s-rie) sem interrupo;

    - A carga utilizada pode ser determinada pelaaproximao sucessiva ou, at mesmo (menos

    utilizada), pela porcentagem de 1RM;

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    de exerccios resistidos dinmicos, com frequncia

    semanal de trs vezes e durao de seis meses. Como

    principais resultados, foram veriicadas diferenas

    signiicativas em relao ao %GC, acompanhadas deuma reduo linear na presso arterial mdia (PAM)

    e FC, indicando uma melhora em importantes par-

    metros morfofuncionais, o que ratiica a importnciada associao dos exerccios aerbicos e resistidos

    para a obteno de resultados positivos.

    Consideraes finais

    Os idosos constituem uma populao bastante

    heterognea; apesar de a maior parte deles ser ca-paz de realizar suas atividades de vida diria, umapequena parcela constituda por idosos frgeis que

    representam os maiores usurios do sistema de sa-

    de, ocupando a maior parte dos leitos destinados aessa faixa etria e ainda utilizando-os por mais tem-po. As principais caractersticas apresentadas pelosidosos com sndrome da fragilidade so: sarcopenia,

    distrbios neuroendcrinos e desregulao do sis-

    tema imune.A atividade sica amplamente discutida na lite-

    ratura mundial referente a pessoas idosas, e os au-tores apontam benecios gerados pela sua prtica

    na qualidade de vida e funcionalidade dessa popu-lao. O presente estudo se props a coletar infor-

    maes a respeito dos efeitos do exerccio resistidona populao idosa frgil. O treinamento resistido

    regular eicaz para reverter ou minimizar os efei-tos da sarcopenia. O exerccio resistido pode levar

    a um aumento de determinados hormnios sexuaisresponsveis pela manuteno do sistema musculo-esqueltico. Os exerccios de curta durao (como

    exerccios com carga) aumentam menos a concentra-

    o de cortisol no plasma, comparados aos exerccios

    de longa durao. Os exerccios resistidos no so

    realizados por um perodo prolongado sem descan-

    so e representam uma categoria mais segura paraaqueles indivduos que tem o sistema imune preju-dicado. O exerccio sico extenuante pode suprimira atuao do sistema imune, ao passo que exercciosmoderados estimulam o sistema imune e podem serum tanto responsveis pela relao dos exerccios e a

    reduo de doenas, podendo oferecer alguma pro-teo contra malignidades, diminuindo ou evitandoalteraes isiolgicas apresentadas por idosos comsndrome da fragilidade.

    Embora a habilidade repetida de produzir foramuscular em um extenso perodo possa determinar a

    variao entre os limites de independncia funcional

    de um idoso, os efeitos do treinamento resistido naresistncia muscular so relativamente pouco estuda-

    dos. O aumento da fora muscular, secundria a adap-

    taes neurolgicas, metablicas e hipertroia, podeexplicar o aumento da resistncia muscular (23).

    Outras pesquisas envolvendo

    exerccios resistidos em idosos

    Embora poucos estudos sobre os efeitos da pr-tica regular dos ER em populao de idosos frgeistenham sido encontrados na literatura selecionada,diversos estudos apresentam importantes benecios

    desta prtica em indivduos senescentes.

    Mapeando a importncia e eiccia desta moda-lidade, um elegante estudo realizado por Silva et al.(39) com 61 idosos do gnero masculino, com ida-des entre 60 e 75 anos, teve como objetivo avaliar oequilbrio, a coordenao e a agilidade desses indiv-

    duos. Assim, os participantes foram designados alea-toriamente para um grupo de exerccios resistidos

    com carga progressiva (n = 39) ou para um controlesubmetido a exerccios sem carga (n = 22), e avalia-dos aps o trmino do treinamento, pela Escala deEquilbrio de Berg, pelo Teste de Tinetti e pelo Timed

    Up & Go. Comparando-se os dois grupos, veriicou-seum melhor desempenho estatisticamente signiicante

    para o grupo experimental em relao ao controle

    para os testes Timed Up & Go. (p = 0,02), Tinetti Total

    (p = 0,046) e Tinetti marcha (p = 0,029). Dessa for-ma, o treinamento resistido mostrou-se favorvel na

    melhora dos desempenhos funcionais e motores deidosos (39).

    Em outro estudo, Krinski et al. (40) objetivaramavaliar os efeitos do exerccio aerbio e resistido

    no peril antropomtrico e respostas cardiovascu-

    lares de idosos portadores de hipertenso arterial(HA). A amostra do estudo foi composta de 53 indi-vduos de ambos os sexos, todos sedentrios, com

    idade de 64,28 4,7 anos. Assim, foram analisadosos nveis de presso arterial (PA), frequncia cardaca

    (FC), peso corporal (kg), IMC e percentual de gordura

    corporal (%GC), antes, durante e aps seis meses deexerccios combinados. O protocolo de treinamentofoi composto por uma sesso de exerccios, divididaem 20 minutos de atividade aerbia e 40 minutos

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    associado a exerccios aerbios e de alongamento,

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