Evolução Do Pensamento Econômico

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Economia Política – Professor José Eudes Turma C404D – Botafogo – Tarde Aluno: Cássio Regallo Martins Matrícula: 20123142

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Evolução do pensamento economico

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Economia Política – Professor José Eudes

Turma C404D – Botafogo – Tarde

Aluno: Cássio Regallo Martins

Matrícula: 20123142

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O Principio

Apesar de a economia ter passado por diversas fases e mudanças, podemos

dividir a evolução do pensamento econômico em dois grandes períodos: Fase Pré-

científica e Fase Científica Econômica.

Pré-científica

É formada por três subperíodos. São eles:

A Antiguidade Grega, que teve o desenvolvimento do nos estudos

político-filosóficos;

A Idade Média ou Pensamento Escolástico, composta por

doutrinas teológico-filosóficas e as tentativas de impor moral nas atividades; e

O Mercantilismo, onde aconteceu uma expansão dos mercados

consumidores e consequentemente do comércio.

A Fase Científica

Pode ser dividida em Fisiocracia, Escola Clássica e Pensamento Marxista. Onde

a primeira pregava a existência de uma “ordem natural”, onde o Estado não deveria

intervir nas relações econômicas. Os doutrinadores clássicos acreditavam que o Estado

deveria intervir para equilibrar o mercado (oferta e demanda), através do ajuste de

preços (“mão- invisível”). Já o marxismo criticava a “ordem natural” e a “harmonia de

interesses” (defendida pelos clássicos), afirmando que tanto um como outro resultava na

concentração de renda e na exploração do trabalho.

Apesar de fazer parte da fase científica, convém ressaltar que a Escola

Neoclássica e o Keynesianismo, diferenciam-se dos outros períodos por elaborar

princípios teóricos fundamentais e revolucionar o pensamento econômico, merecendo,

portanto, destaque. É na Escola Neoclássica que o pensamento liberal se consolida e

surge a teoria subjetiva do valor. Na Teoria Keynesiana, procura-se explicar as

flutuações de mercado e o desemprego.

Fisiocracia

Doutrina de ordem natural: O Universo é regido por leis naturais, absolutas e

imutáveis e universais, desejadas pela Providência divina para a felicidade dos homens.

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A palavra fisiocracia significa governo da natureza. Isto é, de acordo com o

pensamento fisiocrata as atividades econômicas não deveriam ser reguladas de modo

excessivo e nem guiadas por forças “antinaturais”. Deveria- se conceder uma maior

liberdade a essas atividades, afinal “uma ordem imposta pela natureza e regida pelas leis

naturais” governaria o mercado e tudo se acomodaria como tivesse que ser.

Na fisiocracia a base econômica é a produção agrícola, ou seja, um liberalismo

agrário, onde a sociedade estava dividida em três classes:

• a classe produtiva, formada pelos agricultores.

• a classe estéril, que engloba todos os que trabalham fora da agricultura .•

a classe dos proprietários de terra, que estava ao soberano e aos recebedores de

dízimos

A classe produtiva garante a produção de meios de subsistência e matérias

primas. Com o dinheiro obtido, ela paga o arrendamento da terra aos proprietários

rurais, impostos ao Estado e os dízimos; e compra produtos da classe estéril – os

industriais. No final, esse dinheiro volta à classe produtiva, pois as outras classes têm

necessidade de comprar meios de subsistência – matérias primas. Dessa maneira, ao

final, o dinheiro retorna ao seu ponto de partida, e o produto se dividiu entre todas as

classes, de modo que assegurou o consumo de todos.

Para os fisiocratas, a classe dos lavradores era a classe produtiva, porque o

trabalho agrícola era o único que produzia um excedente, isto é, produzia além das suas

necessidades. Este excedente era comercializado, o que garantia uma renda para toda a

sociedade. A indústria não garantia uma renda para a sociedade, visto que o valor

produzido por ela era gasto pelos operários e industriais, não criando, portanto, um

excedente e, conseqüentemente, não criando uma renda para a sociedade.

O papel do Estado se limitava a ser o guardião da propriedade e garantidor de

liberdade econômica, não deveria intervir no mercado (“laissez-faire, laissez-passer”

que quer dizer deixe-se fazer, deixe-se passar.), pois existia uma “ordem natural” que

regia as atividades econômicas.

François Quesnay

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O fundador da escola fisiocrata, e da primeira fase científica da economia, foi

François Quesnay (1694-1774), autor de livros que até hoje são inspiração para

economistas atuais, como por exemplo Tableau Économique. Não se pode falar em

fisiocracia, sem citar seu nome. Quesnay foi autor de alguns princípios, como o da

filosofia social utilitarista, em que deveria se obter a máxima satisfação com um mínimo

de esforço; o do harmonismo, não obstante a existência do antagonismo das classes

sociais acreditava-se na compatibilidade ou complementaridade dos interesses pessoais

numa sociedade competitiva; e, por fim, a teoria do capital, onde os empresários só

poderiam começar o seu empreendimento com um certo capital já acumulado, com os

devidos equipamentos.

Em seu livro Tableau Économique foi representado um esquema de fluxo de

bens e despesas entre as diferentes classes sociais. Além de evidenciar a

interdependência entre as atividades econômicas e mostrou como a agricultura fornece

um “produto líquido” que é repartido na sociedade.

Com o advento da fisiocracia surgiram duas grandes idéias de alta relevância

para o desenvolvimento do pensamento econômico. A primeira diz que há uma ordem

natural que rege todas as atividades econômicas, sendo inútil criar leis à organização

econômica. A segunda se refere a maior importância da agricultura sobre o comércio e a

indústria, ou seja, a terra é a fonte de todas as riquezas que mais tarde farão parte destes

dois campos econômicos

Adam Smith

Filósofo, teórico e economista, nascido na Escócia em 1723, dedicaram-se quase

que exclusivamente ao magistério. É considerado o pai da Economia Política Clássica

Liberal. Seu pensamento filosófico e econômico encontra-se, basicamente, em a “Teoria

dos Sentimentos Morais” (1759) e em a “Riqueza das Nações” (1776), respectivamente.

Os críticos a essas duas importantes obras de Smith, afirmam haver um paradoxo entre

ambas: Na “Teoria”, Smith teria como sustentação de sua concepção ética o lado

simpático da natureza humana; enquanto na “Riqueza das Nações” realça a idéia do

homem movido pelo egoísmo, constituindo-se este, na força motriz do comportamento

humano. Crítica essa repudiada e apontada como um falso problema, não havendo

descontinuidade de uma obra para outra.

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As ideias liberais de Adam Smith, em a Riqueza das Nações aparecem, entre

outras, na sua defesa a liberdade irrestrita do comércio, que deve, não só ser mantida

como incentivada, por suas inegáveis vantagens para a prosperidade nacional. Ao

Estado caberá manter uma relação de subordinação entre os homens e, por essa via,

garantir o direito da propriedade.

Para Adam Smith as classes se constituem em: classe dos proprietários; classe

dos trabalhadores, que vivem de salários e a classe dos patrões, que vivem do lucro

sobre o capital. A subordinação, na sociedade, se deve a quatro fatores: qualificações

pessoais, idade, fortuna e berço. Este último pressupõe fortuna antiga da família, dando

a seus detentores mais prestígio e a autoridade da riqueza aos mesmos.

Smith afirmava que a livre concorrência levaria a sociedade à perfeição uma vez

que a busca do lucro máximo promove o bem-estar da comunidade. Smith defendia a

não intervenção do Estado na economia, ou seja, o liberalismo econômico.

A Teoria Neoclássica ou marginalistas

Esse período foi marcado pelo seu início e fim. No início com a análise

econômica moderna, onde os economistas procuravam estudar e ver onde alocavam os

seus recursos cada vez mais em falta em usos cada vez mais alternativos. Isso buscava

melhorar cada vez mais a sua utilidade, proporcionando uma satisfação geral maior. E o

fim foi marcado pela “grande depressão”, onde os economistas perceberam que não

conseguiam se apoiar no pensamento clássico, pois não conseguiam analisar e elaborar

políticas econômicas que driblassem esse período conturbado economicamente.

Esses fatos fizeram a economia passar por um grande desenvolvimento teórico,

ainda mais com o nascimento, dos já citados anteriormente, Neoclassiscitas e

Marginalistas que, em resumo, queria integrar duas teorias. A utilidade de valor com a

de custo de produção. Tudo isso com a ajuda da análise marginal, que explicava como a

alocação de recursos em falta pode gerar lucros.

Várias Escolas se destacam pela passagem do Neoclassicismo, como Escola de

Viena, cujo as obras de destaque são de Karl Menger, que procurou estudar como

Homem comprava e dava importância a isso. Os homens davam uma importância para

um bem e ai constituíam um valor a maior desse bem e com isso eles passam a ter uma

oferta menor do que necessidade que se tem deles.

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Outra Escola é a de Lausanne, que tinha uma teoria do equilíbrio geral, onde era

mostrado que o preço possuía uma interdependência dentro de um sistema econômico,

afirmando que a as unidades de produção deveriam ser avaliadas juntas e não de forma

separada, gerando assim um equilibrio.

A Escola de Cambridge era outra Neoclassica e liderada por Alfred Marshall,

que colocava suas análises de forma mais simples e sem exposições matemáticas,

diferentemente dos anteriores. Nessa escola, surgiu a teoria do equilíbrio parcial, que

em resumo, era o comportamento do mercado não dependia do preço e da quantidade

produzida e oferecida, deixando os preços constantes e não variáveis.

Outra escola Neoclássica, foi a Escola Neoclássica Sueca, cujo Knut Wicksell

teve grande participação ao dar mais importância ao crédito e a moeda, diferente dos

antecessores, que não davam importância e a viam como praticamente “nada”,

mostrando a sua importância.

O Neoclassicimo, mesmo com tanto apoio, também sofreu oposição como o

intitucionalismo e a Economia do Bem – Estar. O institucionalismo queria colocar a

economia no real e não apenas em dedução e imaginação. Seu grande lider, Thorsetin

Veblen afirmava que o padrão de consumo era baseado no desejo que as pessoas tinham

sobre o que as outras pessoas tinham, por exemplo, uma pessoa “pobre” querer ter o que

a pessoa “rica” tem, ou seja, não há um calculo racional do que a pessoa pode ter.

Já a Economia do Bem – Estar, com Arthur Pigou que desafiou a tradição do

neoclassicimo com a preocupação dos individuos ao invés de um todo e que esses

“todos” sabem o que é melhor para o seu próprio bem estar.

Pensamento Marxista

A principal reação política e ideológica ao classicismo foi feita pelos socialistas,

mais precisamente por Karl Marx (1818-1883) e Frederic Engels. Criticavam a “ordem

natural” e a “harmonia de interesses”, pois há concentração de renda e exploração do

trabalho.

O pensamento de Marx não se restringe unicamente ao campo da economia, mas

abrange, também, a filosofia, a sociologia e a história. Preconizava a derrubada da

ordem capitalista e a inserção do socialismo. Convém esclarecer que Marx não foi o

fundador do socialismo, pois este já vinha se formando durante os períodos ora citados,

tendo por início a obra “A República”, onde Platão demonstra sinais de ideologia

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socialista. No entanto, as obras anteriores ao Karl Marx, estiveram destituídas de

sentido prático e nada mais fizeram do que contrapor-se às práticas comerciais

realizadas à época.

Em contraposição aos clássicos, Marx afirmava que erraram ao afirmar que a

estabilidade e o crescimento econômico seria efeito da atuação da ordem natural. E

explica, dizendo que “as forças que criaram essa ordem procuram estabilizá-la,

sufocando o crescimento de novas forças que ameaçam solapá-la, até que essas novas

forças finalmente se afirmem e realizem suas aspirações”.

Ao afirmar que “o valor da força de trabalho é determinado, como no caso de

qualquer outra mercadoria, pelo tempo de trabalho à produção, e conseqüentemente à

reprodução, desse artigo em especial”, Marx modificou a análise do valor-trabalho

(teoria objetiva do valor). Desenvolveu, também, a teoria da mais- valia (exploração do

trabalho), que é a origem do lucro capitalista, de acordo com o pensamento marxista.

Analisou as crises econômicas, a distribuição de renda e a acumulação de capital.

No decorrer da evolução do pensamento econômico, Marx exerceu grande

impacto e provocou importantes transformações com a publicação de duas conhecidas

obras: Manifesto Comunista e Das Kapital. Segundo sua doutrina, a industrialização

vinha acompanhada de efeitos danosos ao proletariado, tais como, baixo padrão de vida,

longa jornada de trabalho, reduzidos salários e ausência de legislação trabalhista.

O Keynesianismo

No ano de 1930, com as criticas e oposição cada vez mais forte ao

Neoclassicismo, novas análises e debates surgiram, já que ficou evidente que a teoria

apresentadas por eles não era capaz de solucionar problemas economicos que o mundo

passava, e que novos pensamentos era necessários. E foi no período entre as duas

guerras que surgiu a revolução Keynesiana, onde as obras de John Maynard Keynes

propôs um programa de ação governamental para a promoção do emprego pleno,

rompendo com as tradições neoclassicas.

Keynes teve grande participação na economia, desenvolvendo planos como o

Plano Keynes que estabilizava a moeda internacionalmente, colocava em dúvida as

pressuposições neoclássicas, considerando tudo a curto prazo, diferente dos longos

prazos dados pelos neoclássicos, criticou a Lei de Say, reinterpretou a lei de juros, etc.

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Assim como qualquer pensador, Keynes também foi muito criticado, como por

simplificar demais a economia que é algo muito mais complexo, por ter políticas que

aumentam a inflação, deixa o trabalhador estagnado, não aumentando o seu poder

aquisitivo, além de colocar uma única lei de consumo para todas as classes, não se

atentando que o trabalhador não tem o mesmo poder aquisitivo que os capitalistas e que

seus consumos são totalmente diferentes.

A obra de Keynes foi muito importante, apesar de muito criticada, pois

favoreceu uma ampliação nos estudos de diversas áreas e a necessidade um novo

pensamento, a fim de desenvolver mais o tema e aprimorar as questões acerca da

economia.

OPINIÃO

É notável que o texto faz uma passagem cronológica sobre as transformações

sofridas pela economia, passando por diversos pensadores e épocas, com diversos

pontos de vistas e entendimentos, com criticas contra e a favor desses pensamentos.

Aprofunda-se em alguns temas e pensadores e tem uma passagem rápida e superficial

por outros, mas de qualquer forma, o texto acabado sendo em objetivo no assunto.

É um texto que exige um porco de atenção, devido à complexibilidade do

assunto, mas mesmo assim possibilita uma boa absorção de conteúdo. Mesmo alguém

que nunca se interessou tanto por economia (como eu), consegue extrair as informações

básica, para uma compreensão básica da trajetória do pensamento econômico.

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Bibliografia:

- Wikipédia: A evolução do pensamento econômico; e

- Pinho, D. Introdução à Economia, Aspectos da Evolução da Economia – do início do séc. XXI às Raízes do Pensamento Econômico.