Evolução de Liderança e Postura dos Líderes Atuais
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7/25/2019 Evoluo de Liderana e Postura dos Lderes Atuais
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119UNOPAR Cient., Cinc. Jurd. Empres., Londrina, v. 15, n. 1, p. 119-127, Mar. 2014.
SILVA, J.B.ARTIGODEREVISO/ REVIEWARTICLE
aFaculdade Catua de Ensino Superior, PR, Brasil
*E-mail: [email protected]
Evoluo de Liderana e Postura dos Lderes Atuais
Evolution of Leadership and Posture of the Current Leaders
Jaqueline de Brito Silvaa*
Resumo
Este artigo apresenta assuntos contidos na literatura da rea de Administrao sobre o tema Liderana, destacando a evoluo histrica do tema,bem como a postura dos lderes atuais, com foco nos benefcios que uma liderana positiva ocasiona em organizaes e indivduos. Nestapesquisa bibliogrca, foi abordada a evoluo da liderana, desde a revoluo industrial at os dias atuais, com base nas principais escolas
da administrao, destacando as teorias de lideranas que, no decorrer dos tempos, foram aprimoradas e tiveram relevncia para com os atuaismodelos de liderana. Os objetivos deste estudo consistem em demonstrar as diferentes abordagens do conceito de Liderana, com relevnciapara a rea de Administrao, averiguar a evoluo histrica e os estilos de liderana baseada nas Teorias de Administrao, compreenderos pressupostos das teorias sobre liderana, analisar o papel do lder nas principais escolas da administrao e destacar aspectos importantesde liderana para o bom desempenho das organizaes. Nas consideraes, vericou-se que a liderana um dos meios mais importantes degerenciamento, pois quando desempenhada por pessoas capacitadas, permite o avano social e nanceiro das organizaes e ainda salientaos pontos positivos dos indivduos liderados.
Palavras-chave: Liderana. Teorias e Escolas da Administrao. Benefcios.
Abstract
This article presents literature issues on the topic of Directors Leadership, emphasizing the historical development of the subject, as well as
the posture of the current leaders focused on the benets of a positive leadership in organizations. The evolution of leadership was assessed
from the industrial revolution to the present day, based on the research of the leading schools of management theories emphasizing leadership
theories with relevance to the current leadership models. The objectives of this study are to demonstrate the different approaches to the concept
of leadership, investigate the historical evolution of styles based on theories of Directors leadership, understand the leadership theories,examine the role of the leader and highlight important aspects of leadership to the organization performance. It was found that leadership is
one of the most important means of management, once when performed by trained personnel, it allows the social and nancial advancement
of the organizations
Keywords:Leadership. Theories and Schools of Management. Benets.
1 Introduo
Na literatura, h vrias pesquisas e estudos sobre otema Liderana, pois o termo remete poder e autoridade.Muitos lderes mudaram o mundo e deixaram seu marco,
inuenciando a cultura e religio, sendo alguns deles amados,outros odiados, por conta sua personalidade ou ideais. Com
base nesta retomada, os lderes atuais tm, em comum comos lderes histricos, a questo da busca por objetivos e
propsitos. Vale ressaltar que o termo autoridade utilizadoantigamente, hoje no remete ordens, mas respeito.
A Liderana est presente nas atividades empresariais,sociais, familiares, entre outras. Pensando no sucesso de suasatividades, as organizaes necessitam de lderes competentesque desenvolvam recursos e potencialidades grupais. No hcomo mencionar lder sem se referir ao grupo, pois lideranaest inteiramente ligada questo grupal, uma vez que a
liderana um processo de inuenciar as atividades de umgrupo na direo da realizao de um objetivo.
As empresas necessitam de lderes competentes para
desenvolver as pessoas com o objetivo de atingir resultados
ecazes. A Liderana para as organizaes age como
diferencial competitivo, com o poder de estimular pessoas na
busca de melhores resultados, muitas vezes em um ambiente
cheio de desaos, riscos e incertezas.
Assim, desde o comeo das civilizaes, possvelvericar a inuncia de vrios lderes, que mobilizaram
pessoas em prol de aes devido a sua conduta, personalidade,
causas sociais e objetivos. Verica-se que o ato de liderar
vem acompanhando a humanidade bem antes de existirem as
teorias a seu respeito.
Esta pesquisa teve, como objetivo geral, um breve
histrico da liderana, com foco nas principais teorias da
administrao sobre liderana para a evoluo dos lderes
contemporneos. E como objetivo especco averiguar a
evoluo histrica e os estilos da liderana baseada nas
Teorias de Administrao; compreender os pressupostos das
teorias sobre liderana; analisar o papel do lder nas principais
escolas da administrao e destacar aspectos importantes de
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Evoluo de Liderana e Postura dos Lderes Atuais
liderana para o bom desempenho das organizaes.
O mtodo de coleta de dados consistiu basicamente de
uma pesquisa bibliogrca com referencia ao material contido
da rea de administrao, com base no mtodo qualitativo e
descritivo. Primeiramente, ser levantada uma abordagem
histrica sobre o tema e posteriormente um enfoque no
lder do sculo XXI, abordando suas caractersticas e as
transformaes no ambiente organizacional. Por m, asconsideraes nais da pesquisa.
Dado o exposto, importante estudar toda a evoluo de
liderana, pois somente atravs do levantamento histrico
possvel conhecer os hbitos antigos e tentativas passadas que
ajudam na compreenso de procedimentos que so utilizados
atualmente nas empresas, nas publicaes atuais referente a
liderana.
2 Desenvolvimento
2.1 Abordagem histrica de liderana
Devido sobrevivncia e a competitividade de grupos, a
liderana existe desde o comeo das civilizaes. No entanto,
no existia uma teoria a esses respeito de forma cientca,
as tcnicas eram elaboradas e testadas atravs de tentativas
e erros. Com a Revoluo Industrial, por volta de XVIII, a
sociedade passou por uma transformao cultural que foi a
conjuntura ideal para a aplicao das primeiras teorias da
Administrao (ARRUDA, 1987).
Em decorrncia da industrializao, pessoas que at ento
viviam da manufatura, realizando o comrcio no prprio
territrio do estado, passaram por mudanas profundas emtodo o processo. O poder da produo, que at ento era
dos arteses, passa a ser de posse do industrial e a burguesia
industrial procura por mais lucros e menores custos busca
agilizar os processos de produo (ARRUDA, 1987).De acordo com Souza (2013) a Revoluo Industrial foi o
incio para estabelecimento da sociedade capitalista. Pessoas
que moravam no campo partiram rumo s cidades em busca
de empregos nas chamadas potencias, havendo um drstico
crescimento populacional nas cidades. O processo fabril
crescia acelerado, trazendo grandes produes, uma vez que as
pessoas trabalhavam com intensidade (KWASNICKA, 1995).
Por outro lado, segundo Souza (2013) o trabalho era desumano,
com jornada de trabalho extensa, com pssimas condies para
os trabalhadores, corriam riscos de acidentes de trabalho e
muitos eram tratados de forma humilhante pelos patres.
Por conta desse rpido desenvolvimento da economia, as
empresas precisavam de um grande nmero de trabalhadores
para o cho de fbrica, alm de lderes para gerir o processo
de produo (MONTANA; CHARNOV, 2000). Esse rpido
desenvolvimento desencadeando a necessidade de um estudo
de gerencia mais aprofundado. Um dos primeiros estudos
da administrao foi desenvolvido na escola Clssica a qual
impulsionou o mtodo de produo e administrao, surgido
no contexto da Revoluo Industrial.
Os estudos foram baseados em teorias e essas teoriasforam dividas em trs categorias, sendo a primeira a teoria
cientca, abordada pelo Engenheiro Frederick Taylor, comobjetivo de aumentar a ecincia dos operrios na linha de
produo, elaborando o estudo dos tempos e movimentos,
o supervisionamento e foco na ecincia (MAXIMIANO,2006).
A segunda teoria, conduzida pelo Engenheiro HenriFayol, conhecida por Teoria Clssica e objetivava organizaras funes e procedimentos do ato de administrar, sua nfase
na estrutura organizacional, Fayol estipulou deveres eobrigaes aos Lderes (MAXIMIANO, 2006). Para Fayol, osadministradores so os coordenadores das atividades com focona ecincia organizacional e na viso abrangente de toda aorganizao. Em virtude desta estrutura, o lder deve conduzir
a administrao prevendo, organizando, comandando,coordenando e controlando a organizao, nas quais Fayolchamou de funes administrativas (MASIERO, 1996).
J a terceira teoria conduzida pelo socilogo MaxWeber, a qual diz respeito aos princpios do modelo
burocrtico e fundamentao de leis, conhecido como omodelo da burocracia (MAXIMIANO, 2006). Assim, paraque a organizao tivesse bons resultados, era de fundamental
importncia o controle burocrtico (SILVA, 2004). ParaChiavenato (2005) esta teoria contribuiu para a formalizaode um modelo para se administrar e esquematizou um mtodode produo considerado eciente na poca. Porm, por outroaspecto, a teoria clssica se preocupava com a autoridade
formal, em suas normas e procedimentos, as quais eram
tratadas de forma autoritria cravada nos regulamentos.; eainda no eram enfatizados a liderana humanstica e seus
pressupostos para motivao.
Bianco e Salerno (2001), assim como Braga (2014),complementam que o foco da escola clssica visava construo de uma gesto para supervisionar e alavancaro setor produtivo, gerando uma produo em massa, no
importando as condies de trabalho, pois o foco era o tempo,aperfeioando a produo para gerar mais lucro. Desta forma,os lderes adquiriam formalismos ao gerir suas funes,funcionavam como um manual padronizado, acreditava-se
que os operrios eram motivados somente por recompensassalariais.
Em sntese, para Taylor, sem procedimentos e supervisodo trabalho, os operrios no trabalhavam com o foco norendimento do aumento da produo, de tal modo que o
pagamento de salrio com base nos resultados individuaisaumentaria a ecincia da fbrica e a motivao dos operrios(SIQUEIRA, 2014).
Originou, desta forma, o conceito do homem econmicoou homo economicus, elaborado por Adam Smith, ondeo homem se motiva apenas por recompensas salariais,econmicas e materiais, e o indivduo era visto como
preguioso (SCHNEIDER, 2014). Por todos estes fatores, aescola clssica foi muito criticada, pois o liderado era visto
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SILVA, J.B.
como uma mera pea do processo produtivo, sem nenhumavalorizao (FERNANDES, 2013).
Drucker (2001) menciona que o conceito do homoeconomicus surgiu em decorrncia do capitalismo, no qualsomente era possvel obter sustento com base em atividadesde ordem econmica.
Percebendo a necessidade de uma administrao mais
humanstica, com o intuito de quebrar os procedimentosrgidos, burocrticos e mecanicistas da escola clssica, surgea teoria das Relaes Humanas desenvolvida pelo psiclogoElton Mayo por volta de 1927 (SANTOS; CMARA, 2012).
Neste contexto, o indivduo passa a ser guiado pelos lderes,
considerando seus fatores psicolgicos e emocionais. O termoa ser designado homem social ou homo socialis, com focodos lderes no desenvolvimento do capital humano (MOTTA;
VASCONCELOS, 2004).Masiero (1996) relata um estudo desenvolvido por
Elton Mayo conhecido como a experincia de Hawthorne,
atravs da qual ele constatou que os procedimentos adotadoscom as tcnicas herdadas da Escola Clssica dicultavam orelacionamento das pessoas no trabalho. O estudo foi realizadocom os operrios da Western Eletric, concluindo que o maiorrendimento do trabalho se deve s interaes do grupo.
Sobre o fator humano, Chiavenato (2005) ilustra que
cada pessoa tem uma personalidade diferente da outra, eestas personalidades inuenciam no comportamento. Os
princpios da escola das relaes humanas permitiu ao lderatingir melhores resultados com seus subordinados quantoao conhecimento de suas personalidades, logo permitiu-se
a criao de um ambiente mais livre e natural, onde todospoderiam explanar suas opinies. Siqueira (2014) aborda aimportncia de o lder identicar as necessidades psicolgicas
dos liderados, pois o ambiente de trabalho apenas umaextenso de sua vida social.
Conforme Serrano (2009) e Rosa e Oliveira (2013), asnecessidades humanas so abordadas por Maslow, o qual
menciona que conhecer as necessidades dos liderados umaimportante ferramenta para a motivao. As necessidadeshumanas esto em nveis de importncia para a vida doindivduo e, em sua base, esto dispostas as necessidades
siolgicas, de segurana, de afeto (sociais), destatuse estimae, por m, no topo da pirmide, a autorrealizao. Assim, oindividuo busca em sua vida primeiramente as necessidadesde sobrevivncia e por ultimo a de autorrealizao.
Portanto, constatou-se que quando o liderado atinge amotivao, o trabalho torna-se mais produtivo, e esta deve
ser a preocupao primordial dos lderes, que atingir amotivao de seus liderados satisfazendo suas necessidades,avaliando as necessidades e transformando o ambiente de
trabalho confortvel (FIORELLI, 2000).Atravs da experincia de Hawthorne, relatada
anteriormente, tambm se constatou a existncia dos lideresinformais, aqueles que inuenciam o grupo sem obter o ttuloformal de lder. O grupo, de modo intuitivo, atendia este lder
de forma natural e este obtinha o controle sobre o grupo e
os operrios trabalhavam como uma equipe de modo coeso e
integrado (CHIAVENATO, 2005).
Sobre a caracterizao do lder informal, Montana e
Charnov (2000, p.221) descrevem que:
Um lder informal no ter o mesmo ttulo de liderana ocial,mas exercer uma funo de liderana. Esse indivduo, sem
autoridade formal, designao de poder, posio ou at mesmoresponsabilidade, pode pelo mrito de um atributo pessoal oudesempenho superior inuenciar os outros e exercer a funo deliderana.
Posteriormente, originou-se a teoria estruturalista que
fundamentava seus mtodos na teoria clssica e nas relaes
humanas, para obter um equilbrio com as relaes formais
e informais dentro das organizaes. Da mesma forma,
o lder identicava as necessidades dos liderados e unia as
necessidades da empresa com foco no desempenho de ambos,
atravs de procedimentos da burocracia, pois entendia que
administrao um processo social e complexo (SIQUEIRA,2014).
Conforme Maximiano (2006), o modelo de administrao
somente era dominado pelos conceitos e tcnicas surgidas
da Europa e dos Estados Unidos. Porm, a partir de 1970,
tornaram-se conhecidas as ideias originadas no Japo e,
por reconhecimento, as tcnicas acabaram fazendo parte
do vocabulrio e do currculo do estudo da administrao.
O sucesso das empresas japonesas foi atribudo s tcnicas
de gerncia participativa e aos programas de qualidade
implementados pelas organizaes ocidentais, conhecido
como produo enxuta (MOTTA; VASCONCELOS, 2004). Oenfoque da Liderana no modelo Ocidental era mais voltado
aos interesses dos funcionrios e da empresa, levando em
considerao o objetivo mtuo e participativo (SANTOS,
2013).
Assim sendo, de acordo com as teorias citadas, constata-se
que no existia um lder, mas um chefe. Chefe sinnimo de
autoritarismo, de imposio de regras, mas com a Escola das
Relaes Humanas o papel do chefe autoritrio passa a ser
visto como um lder humanitrio, que se preocupa com seus
liderados, levando em conta suas emoes.
Santos et al. (2010) relata estudos desenvolvidospelos psiclogo Douglas McGregor com relao aos
tipos de gerencia e como o liderado era visto e tratado
pela administrao. As Teorias X e Y dizem respeitos as
possibilidades de gerenciamento para liderar pessoas em uma
organizao e atualmente ainda h organizaes que utilizam
as duas teorias em sua gesto.
A Teoria X aborda a concepo tradicional de direo
e controle, vista na Administrao Cientca por Taylor,
na administrao Clssica por Fayol e na Burocrtica
por Weber. E a Teoria Y refere-se integrao entres os
objetivos individuais e os organizacionais, que enfatizou o
comportamento humano dentro da organizao de forma
natural, satisfazendo as necessidades dos liderados, abordando
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Evoluo de Liderana e Postura dos Lderes Atuais
as relaes humanas (CHIAVENATO, 2005).Aprimorando a teoria X e Z, Willian G. Ouchi aperfeioou
o estudo de McGregor no Japo, dando o nome de teoria
Z, a qual tinha por objetivo conduzir pessoas para umaprodutividade com qualidade, com uma gesto participativa(MONTANA; CHARNOV, 2000). Para Garcia (1984) asrelaes formais e informais e a vida pessoal e prossional
interagem totalmente com a teoria Z dos liberados, ligando asrelaes de amizade, familiar e trabalho.
Segundo Paladini (2010) a escola das Relaes Humanasno tinha foco na Liderana, mas contribuiu para os primeirosfatores envolvendo o psicolgico dos liderados e uma viso
mais humana dos processos gerenciais, caminhando parao conceito de lder. Bergamini (1994) arma que, somentea partir da dcada de 50, houve a preocupao com asimplicaes do lder dentro da organizao, que passaram a
ser vistas de forma relevante para o sucesso organizacional.Muitos pesquisadores e administradores originaram de seus
estudos com base no comportamento do lder, notando queas suas caractersticas inuenciavam os liderados positiva ounegativamente.
A autora ainda complementa que, inicialmente, o lder eravisto como nato, j nascia lder e ningum poderia se tornar umlder, mas a partir destas pesquisas foi constatado que pessoas
comuns poderiam se tornar bons lderes, bastava apenas treino,percepo e aprimoramento constante. As caractersticasde lderes natos so transferveis a outros lderes no natos.Assim, os tericos preocuparam-se com aquilo que o lder
buscando mapear os traos ou caractersticas de personalidade
que seriam responsveis por sua eccia (BERGAMINI,1994).
Para Goleman, Boyatzis e Mckee (2002) o desao de
uma boa liderana uma habilidade como qualquer outra, ouseja, qualquer pessoa que se sinta disposta e motivada podese aprimorar como lder, uma vez que compreenda todos os
processos e treinamentos. Buscar aperfeioamento contnuo
habilidade de lderes ecazes, pois tudo se renova e o aceitede transformaes no ambiente corporativo e humanstico crucial para o bom desempenho do lder.
Segundo Montana e Charnov (2000), a teoria de liderana
aborda trs tipos: a teoria dos traos de personalidade, a teoriados estilos de liderana, e as teorias situacionais de liderana.
Teoria dos Traos de Personalidade: aborda ascaractersticas marcantes de personalidade, acreditando queo lder apresenta um trao caracterstico de personalidadeque o diferencia dos demais, podendo ser traos fsicos,
intelectuais e sociais e, quem detinha estes traos, poderialiderar. Ningum se tornava um lder, o lder j nascia coma habilidade de liderar, o lder era nato (CHIAVENATO,
2005). Assim a personalidade adquirida geneticamente,mas pesquisadores informam que os traos de personalidades
podem ser aprendidos (NOCE, 2006).A Teoria dos Estilos de Liderana enfoca as maneiras e
estilos de comportamento adotados pelo lder, aquilo que ele
faz, sem levar em considerao as caractersticas pessoais de
sua personalidade, ilustrando a liderana por meio de uma
abordagem do estilo de comportamento (CHIAVENATO,
2005). Em sntese, na teoria dos Estilos de Liderana, h trsestilos de lderes, o lder autocrtico, democrtico e liberal
(VERGARA, 2009).
O lder autocrtico aquele que concentra as decises
e xa suas ordens aos grupos, sendo que suas decises soindividuais; quanto mais ele pressiona sua equipe na execuo
de tarefas, mais ele atingir resultados (VERGARA, 2009).
No h liberdade, pois todos os procedimentos e aes so
dependentes ao lder autocrtico; no h planejamento, poisas funes so delegadas pelo lder medida que surgem
as necessidades (PALADINI, 2010). Sobre o perl do lder
autocrtico Goleman, Boyatzis e Mckee (2002) armam que
este que no delega suas atividades e acredita que somentesuas ideias e suposies so ideais. Este tipo de lder pode
at inspirar obedincia em seus liderados, mas este estilo de
liderana no atingir uma liderana ecaz, pois os lideradospodem executar todas suas atribuies com perfeio, pormsero dependentes dos lideres autocrticos, uma vez que o
grupo no tem o poder de responsabilidade e tudo centrado
nas mos do lder. Na prtica, o lder autocrtico conduz as
pessoas a produzir de forma mecnica, sem a oportunidade delevar o grupo a pensar, criar e participar.
J o lder democrtico aquele que dirige a equipe no
mtodo participativo, o grupo compartilha e participa de todas
as tomadas de decises. Goleman, Boyatzis e Mckee (2002)
ressaltam que o lder democrtico aprecia as contribuies eapoio de cada pessoa e obtm o comprometimento de todos
por meio da participao, com impacto positivo da liderana
democrtica sobre o clima organizacional, uma vez que este
lder tenta criar um ambiente confortvel para o trabalho, com
foco nas relaes humanas e trabalho em equipe (SOUZA,2013).
Logo, o lder liberal aquele que delega todas as decises,
deixando o grupo vontade e sem regras para executar
suas tarefas; um lder tolerante e no pressiona a equipe.(CHIAVENATO, 2005).
Para Maximiano (2000, p.407) o lder liberal:
[...] transfere sua autoridade para os liderados, conferindo-lhes opoder de tomar decises. Ser liberal implica deciso de abdicardeliberamente do poder de tomar determinadas decises, que sodelegadas para os liderados. Quanto mais o lder delegar decises
para os liderados, mais liberal o seu comportamento.
Quanto as Teorias Situacionais de Liderana, a nfase
na adequao do comportamento de lder conforme ascircunstncias da situao, buscando dimenses para traar
estratgias de acordo com a situao, o ambiente no qual o
lder estava inserido, analisando o lder em funo de alguma
circunstncia, com o objetivo de analisar variveis que
pudessem interferir na inuncia e relacionamento de ldercom seus liderados (CHIAVENATO, 2005).
Para que o estilo de liderana seja ecaz, a conduta
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deve se ajustar a situao, ou seja, o lder deve ajustar a suapostura, analisando o estilo de liderana que ser mais ecazem determinadas ocasies. Para Montana e Charnov (2000,
p.230)a abordagem situacional uma viso complexa daliderana que examina os estilos de liderana, as habilidades eos talentos necessrios de uma situao.
Souza (2013) menciona que um dos problemas mais
corriqueiros da liderana quando o lder no consegueidenticar os conitos do grupo, e no conduz sua equipe com
base em uma liderana situacional, ajustando os problemasocorridos seja internamente ou externamente com umaconduta correta, pois o seu direcionamento a sua conduta pode
ocasionar maiores problemas dentro da equipe.Segundo Ramos (1970), o lder que conseguir analisar a
situao e gerir adequadamente obter sucesso, seja da formaautoritria, liberal ou democrtica, lembrando-se de analisar
se a situao lhe permite tal feito.Outro estudo relevante a estrutura matricial, que
focada na reorganizao da estrutura funcional tradicional,vista na teoria de Fayol com a departamentalizao, e na
burocrtica por Weber, onde h a predominncia de hierarquiae no apresenta condies de exibilidade como a unidadede comando e centralizao. Portanto, elaborar uma estruturamatricial consiste em organizar uma equipe multidisciplinar de
uma organizao funcional permanente, pois com a estruturaMatricial possvel gerar novos lderes, lideres que geramlderes dentro da equipe (MAXIMIANO, 2000). O modelomatricial foi desenvolvido com a tendncia de exibilidade esua organizao funciona como uma espiral, na qual diversos
setores, alm de se relacionar entre si, tambm operam comouma base de troca. um sistema adaptvel de recursos e
procedimentos. O ato de se envolver em questes de projetos
bom para liderados, contribui para maiores aprendizadossobre reas diferentes, auxiliando na troca de experincias.
Neste mtodo, todos tm oportunidades de liderar (LODI,1970).
2.2 O lder do sculo XXI
Conforme analisado no decorrer desta pesquisa, o assuntoliderana passou por muitos estudos e aperfeioamentos, cuja
evoluo contribuiu transformar o chefe em lder, o qual serabordado no desenvolver deste capitulo.
Nesse ambiente complexo, o lder do sculo XXI passapor um processo de transformao emocional, pois no umditador, mas uma pessoa gerindo pessoas com sentimentos enecessidades. O lder contemporneo apresenta uma amplaviso de mundo, consegue gerir mudanas, quebrar barreiras,
vencer desaos, corre riscos e mudar paradigmas (COVEY,2002)
Razzolini Filho e Nascimento (2011) ressaltam que,atualmente, predomina a informao, de tal modo que o
conhecimento requesito primordial, o rpido desenvolvimentofaz parte do dia a dia, a criatividade exigncia, os clientesso exigentes e os liderados competitivos e inovadores.
Os prossionais que buscam conhecimento atravs deestudos se aperfeioam e buscam colocaes no mercado,no se enrazam em empresas por medo do novo, buscamconstantemente satisfao e motivao, so exigentes. Ervilha
(2008) complemente que as pessoas, devido ao ambientecompetitivo e com intuito de se enquadrarem neste ambiente,se preocupam mais com a sua formao e com conhecimento,
pois neste cenrio o trabalho braal reduzido e agora faznecessrio o conhecimento para gerir informaes.
Para Kotter (2000) devido ao ambiente competitivo e srpidas mudanas, ser requisito lideres exveis, pois liderar lidar com mudanas e quebrar paradigmas. Esse tipo de lder,
em momentos de turbulncias conseguir vencer os desaos eas crises. Os lideres atuais devem ser responsveis por gerir emotivar os liderados exigentes, que buscam satisfao desdea esfera prossional, pessoal e social, pois nos novos tempos
a competitividade, qualidade e reengenharia de processos apreocupao geral.
Mintzberg (2003) aborda alguns atributos do lderincentivador, onde a liderana uma juno de habilidades
inovadoras, criativas e descentralizadoras. Igualmente, Covey(2002) menciona que o novo lder, atravs da evoluo deconceitos e aprimoramentos, passa a ter uma nova posturade acordo com o dia-a-dia nas organizaes, atribuindo-lhea liderana situacional para gerir pessoas e organizaes com
foco no sucesso, de forma a vencer barreiras e enfrentar riscos.Drucker (1996) explana que em determinadas situaes
no h como desviar-se das ordens e o lder deve saberconduzir a situao nesta condio, pois h momentos em que
dever ditar ordens e em outros agir como um parceiro.A liderana, portanto, tem por desgnios criar um ambiente
confortvel e agradvel para o trabalho, com o propsito dealcanar o sucesso atravs dos liderados, o qual atingido
pela liderana ecaz. Os resultados no sero atingidos sem ainterao da equipe e o lder. Segundo Topping (2002, p.103),dicilmente voc ser capaz de fazer tudo o que deve serfeito sem a ajuda de outras pessoas. O autor ainda ressaltaque com a delegao de atividades e a interao dos liderados
em decises transforma o ambiente mais participativo.Desta forma, quando a lder simplesmente dita ordens, o
seu comportamento implicar no recuo das pessoas, e estesliderados no agiro de forma participativa (TOPPING, 2002).
Assim sendo, para obter uma boa liderana imprescindvel a anlise de todos os fatores envolvendo ocapital humano, as necessidades da empresa e dos liderados,as relaes interpessoais. O lder deve ter capacidade e aptido
para compreender as pessoas, fazendo uma analise de todas as
caractersticas dos liderados para uma melhor compreenso dogrupo, a m de enquadrar toda a equipe dentre os objetivos daempresa e obter resultados ecazes. As pessoas so diferentesumas das outras, cada um tem suas vontades, expectativas e
receios quanto s situaes antecessoras e futuras, assim comocondutas de moralidade e tica (TOPPING, 2002).
Fiorelli (2000) complementa que o lder deve analisar
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Evoluo de Liderana e Postura dos Lderes Atuais
e compreender as competncias individuais de cada pessoa
no grupo, pois ningum igual ao outro e no existem duaspessoas com talentos iguais, cada pessoa tem um talento aoferecer e a somar. Identicar e analisar competncias dos
liderados de forma a abstrair o seu melhor e de evoluir a suacompetncia para o seu crescimento prossional tambm
uma atribuio do novo lder.
Quando o lder no conhece seus liderados, perde aoportunidade de somar aptides. O simples ato de observar,escutar e se envolver com assuntos e questes ligadas
aos liderados contribui para o conhecimento da equipe(FIORELLI, 2000). O desempenho para a percepo adquirido pela sensibilidade e envolvimento com a equipe,
por conversas informais, de forma que a conquista da relao
de conana um importante instrumento para ambas asmotivaes (ERVILHA, 2008).
Topping (2002, p.38) ressalta que uma das competncias do
novo lder ter o senso de autoconana e o autoconhecimento.
O reconhecimento das prprias insucincias, em vez de sinal defraqueza, demonstrao de fora de carter, no espera que oslderes tenham todas as respostas. Apenas espera-se que os lderessaibam perguntar e consigam ajudar na busca de respostas.
Quando o lder reconhece a sua inecincia e alavanca
suas foras no objetivo de super-las, ir inspirar os liderados,tendo maior credibilidade perante a organizao e as pessoas.Reconhecer erros caracterstica positiva do lder (FIORELLI,2000).
Outro quesito importante do novo lder a comunicao,pois somente atravs da comunicao com o grupo que o
lder ir liderar e obter resultados positivos, de tal forma queocorre a necessidade de conversao, interao na conduodas atividades de qualquer organizao.
Dialogar e interagir so o canal principal atravs doqual as pessoas desenvolvem suas atividades de trabalhodiariamente (GOLEMAN, BOYATZIS; MCKEE 2002). Pormeio da informao e da comunicao se reduz a incerteza
dos liderados, pois quando o gestor no apresenta um bomcanal de comunicao, gera a incerteza e por m o insucessode qualquer operao. A comunicao , portanto, prioridadeestratgica para a empresa (CHIAVENATO, 2005). Mintzberg
(2003) completa que a comunicao primordial na liderana,pois atravs da comunicao se transmite mensagens, emuitos lderes tentam se comunicar, porm a mensagem no transmitida corretamente, no havendo interao.
O feedback outro mtodo aliado do lder, atuando najuno de processos no ato de planejar e coordenar aes emmeio comunicao. O feedback responde a suposies e
perguntas sobre o processo em execuo, seja uma resposta aoestilo do lder estar apropriado ou no e a tarefas rotineiras dos
liderados (ROBBINS, 2005). Um feedbackpositivo por umdesempenho atingido com um simples agradecimento e umobrigado um poderoso motivador para qualquer indivduo,assim como um feedbackpara corrigir erros caminha para o
aprendizado (REGO et al., 2013).
Com a ferramenta feedback, possvel analisar se osresultados esperados de um planejamento inicial esto
obtendo resultados positivos ou no, sendo possvel revertersituaes. Uma das principais razes de fracasso das empresas a falta defeedback, tornando as comunicaes defeituosas,
confusas e gerando, por consequncia, conitos e impasses(ROBBINS, 2005).
O feedback muito importante ainda, para odesenvolvimento dos liderados e todos envolvidos no processo
organizacional, uma resposta de algo que vem sendo executado,
podendo identicar atitudes errneas e posteriormente revert-
las, tanto por parte dos liderados como do lder. Esta ferramenta
produz uma comunicao ecaz, que poder ajudar o grupo
a melhorar seus desempenhos e se auto avaliar, mas se for
utilizado de forma incorreta o feedbacksomente ir resultar em
desconfortos com o grupo (ROBBINS, 2005).
Segundo Hunter (2006) ao atribuir e receber feedback,o lder busca o melhoramento contnuo, pois um bom lder
insiste na melhora contnua e d suportes para tal feito;quando ocorrer a crtica, ela deve ser construtiva com base
em fundamentos. Logo, o lder deve analisar circunstnciasque podem inuenciar sua liderana, como a comunicao, oautoconhecimento e a percepo de pessoas [...] conhecer que
variveis do meio ambiente podem inuir no desenvolvimentodo vnculo lder e seguidor (BERGAMINI, 1994, p.103).
Conforme abordado, o lder pode se tornar lder, bastaaprimorar seus conhecimentos com treinamentos adequados,
experincia e a prtica de forma justa e tica (BERGAMINI,1994). Complementando, Nascimento (2013) aborda que
o lder atual, com base em toda a gama de informao econhecimento, deve gerir com eccia de forma a transformaro meio organizacional e se transformar.
Portanto, para que o envolvimento de lderes e lideradosacontea de forma contnua, deve-se investir em treinamentosaliando a experincia, pois o ato de liderar uma arteadquirida, indispensvel de estudo e experincia. Considera-
se ainda que todas as pessoas, independente da prosso,devem buscar aperfeioamento e conhecimento, contudoas organizaes precisam dar abertura e permitir um climafavorvel a novas ideias adquiridas.
Davel e Machado (2001) ressaltam que a lideranahoje tem a necessidade de aprofundar todo o conhecimentoem torno da eccia, pois se deve ter harmonia entre ldere liderado. O trabalho em equipe tambm requisito
primordial, no qual todas as prticas so movidas por fatores
internos como externos e, nesta concepo, o lder deveagir estrategicamente, esto que uma habilidade de muitaresponsabilidade, pois estar gerindo talentos.
A partir deste estudo, em concordncia com os autores
referidos, entende-se que a sociedade e as organizaes tmincontveis vantagens ao preparar lderes com excelncia
para atuar como gestores de empresas e pessoas. Em forma
de sntese, o Quadro 1 retrata o lder tradicional e o ldercontemporneo abordado nesta pesquisa.
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SILVA, J.B.
Quadro 1:Comparao do lder tradicional com o lder contemporneo
Lder Tradicional Lder Contemporneo
Tomava todas as decises importantes. Resolvia problemaspela equipe; agia como um especialista.
Compartilha as responsabilidades com os membros da equipe. Ajuda a equipea solucionar problemas.
Controlava o uxo de trabalho; era responsvel pelosresultados do grupo de trabalho.
Promove a autogerncia e a responsabilidade, bem como a propriedade datarefa ou do processo (por exemplo: os subordinados diretos medem seu
prprio progresso e tomam aes corretivas quanto necessrio).
Dava as respostas; exercia o papel de especialista. Faz as perguntas certas; permite que os subordinados diretos sejamespecialistas.
Estabelecia as regras. Articula e rene o grupo em torno de uma viso e um conjunto de valores.
Valorizava a unanimidade / Conformidade. Valoriza diversas perspectivas.
Buscava eliminar conitos.V os conitos como uma oportunidade de sinergia e de tomada de decisoenriquecidas.
Tendia a ser reativo; resistia a mudanas. proativo e inicia mudanas. Aceita a mudana como necessria para asobrevivncia da organizao.
Concentrava-se em tarefas, produtos e habilidades tcnicas. Concentra-se no processo e nas pessoas.
Utilizava raciocnio linear, analtico. Utiliza pensamento no-linear e holstico (sistemas).
Buscava atingir especializao funcional. Busca alcanar especializao funcional transversa e cultural transversa.
Preocupava-se somente com a sua rea de responsabilidade.Preocupa-se com toda a organizao; tenta ser um bom parceiro com outrosgrupos da empresa.
Era ferrenhamente competitivo.Continua ferrenhamente competitivo, mas com frequncia precisa fazer
parceria com os competidores, vendedores e clientes.
Preocupava-se apenas com as operaes locais. Precisa estar preparado para pensar numa escala maior e mais global.
Considerava as pessoas como recursos intercambiveis.Considera as pessoas como recurso mais valioso da organizao e sabe queelas so difceis de ser substitudas.
Colocava as necessidades da organizao antes dasnecessidades das pessoas.
Trabalha para obter um equilbrio entre as necessidades da organizao e asnecessidades das pessoas.
Evitava riscos. Corre riscos.
Utilizava um processo de raciocnio funcional de curto prazo. Utiliza um processo de raciocnio sistemtico de longo prazo.
Fonte:Byham, Smith e Paese (2003).
Para Chowdhury (2003), na contemporaneidade, devidoao mundo digital e a globalizao, necessrio o empregode uma liderana diferente com foco nas emoes, pois oemprego de emoo de imaginao oresce a libertao e aao natural de sujeitos. Tudo que imposto, tem tendnciaa ser perene e gerar a desmotivao e o descontentamento deambas as partes em se tratando de lder e liderado.
O autor acredita que o lder deve gerir com base emvalores, pois as pessoas so motivadas por valores essenciais,conana e comunicao efetiva. Tambm devido ao meio
complexo e a gerao de valores predominantes, estes lderesdevero pensar em suas atitudes e ter uma viso ampla detodos os fatores envolvendo a comunicao e a afetividade
(CHOWDHURY, 2003). Na mesma linha de pensamento,Covey (2002) menciona que ao utilizar os valores, possvel,em decorrncia destes princpios, aprender e crescer, poiso lder no um ser intocvel, ele deve sempre se envolvercom pessoas e relacionar, manter o seu relacionamentointerpessoal.
De tal forma que as relaes pessoais e prossionais seinteragem, o lder deve ter certo cuidado com suas aes, poisatualmente os valores conitam com as relaes interpessoais ede conana. Reetindo sobre o relacionamento, Chowdhury(2003, p.18) menciona uma frase importante para os lderes se
as pessoas no acreditam no mensageiro, elas no acreditarona mensagem. Neste ponto, verica-se a importncia daconana, motivao, entusiasmo, conhecimento, habilidadee credibilidade que o lder deve conduzir em sua gerncia.
Robbins (2010) tambm enfatiza que o lder deve ter visoampla, pensar e analisar todo o meio envolvendo as pessoas,ter sensibilidade para notar atitudes de seus liderados quanto asua motivao e os problemas que podem a vir inuenciar emseus comportamentos. H os liderados satisfeitos e insatisfeitoscom suas funes, portanto quando h a insatisfao, o lder
tem o papel de analisar o seu motivo e solucionar o problema,mudando de funo ou oferecendo capacitaes, assimevidenciando o respeito e o comprometimento com as pessoas.
Desta forma, para aumentar a motivao de lideradosdeve-se focar em fatores intrnsecos, ou seja, tornar otrabalho mais desaador e interessante, uma vez que salriosso motivadores apenas se o meio de trabalho for alterado
(ROBBINS, 2010). importante compreender a comunicao no verbalizada,
ou seja, a comunicao por transmisso de sentimentos, poiso bom lder escuta, mas tambm interpreta os sentimentosenvolvidos. Muitos fatos so percebidos nas emoes
transmitidas em conversas formais e informais (ROBBINS,2003).
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Evoluo de Liderana e Postura dos Lderes Atuais
3 Concluso
A liderana est presente em todas as atividades humanas,
tanto em assuntos empresariais, sociais ou familiares. Os
grupos humanos buscam lderes competentes para desenvolver
recursos, potencialidades e at mesmo para ter algum como
um exemplo de excelncia a ser seguido.
A partir do relato sobre as bases da evoluo do lder, com
foco nas principais escolas da administrao, no h um nico
estilo de liderana para atingir eccia na organizao, pois
somente uma anlise da situao e suas variveis, focada nas
necessidades da organizao e dos indivduos induzir a um
estilo apropriado de gesto. Assim, no possvel armar que
determinado estilo de liderana ser adequado, uma vez que
as pessoas adquirem aes e comportamentos diversos de
acordo com as situaes as quais esto inseridas, bastando o
lder reconhecer qual a ao a ser tomada conforme a situao.
Ao analisar o papel do lder e os estilos de liderana,
conclui-se que quando o lder no atua com eccia, a equipeno se compromete e no atinge o sucesso; e que a falta de
dilogo por falhas de comunicao, causa desentendimentos
entre as pessoas. Por m, que ocorre a confuso de funes,
quando o liderado no sabe ao certo qual o seu papel dentro
da empresa, suas as prioridades e os seus objetivos.
Constatou-se a importncia do lder humano, com foco
nos aspectos emocionais e nas necessidades de seus liderados,
assim como o aprimoramento continuo do lder, com
treinamentos e prtica na tica.
Entende-se que o lder atual que pretende alcanar a
excelncia, necessita continuamente buscar atualizao sobrea rea de gesto de pessoas, pois ele ir gerir o capital humano
da empresa, com foco na capacitao e valorizao de pessoas.
O lder no deve ter medo de assumir novas responsabilidades
e deve visionar nas pessoas suas potencialidades e aperfeioar
o melhor de cada indivduo no decorrer de suas funes.
Ao apresentar possveis benefcios da liderana para
indivduos e organizaes, conclui-se que tanto as organizaes
quanto os colaboradores se beneciam quando so geridos
por lderes capacitados. Bons lderes denem os objetivos da
empresa e tal atitude impulsiona os liderados a apoiar o lder e
cooperar a m de que os objetivos sejam atingidos.Importante ressaltar que o estudo comparativo conclusivo
no descarta a importncia das teorias pesquisadas neste
trabalho. As teorias referidas no estudo so, na verdade, o alicerce
de todos os estudos que surgiram sobre liderana ao longo dos
anos, pois tiveram sua importncia para o conhecimento atual,
inclusive com grande valia para a realizao desta pesquisa que
ser til a muitos outros estudos que podero surgir.
Por m, esta pesquisa buscou esclarecer que a liderana
quando desempenhada por pessoas capacitadas permite o
avano social e nanceiro das organizaes e ainda salienta
os pontos positivos dos indivduos liderados. A Liderana de
qualidade uma ferramenta indispensvel para o crescimento
da sociedade de modo geral.
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Evoluo de Liderana e Postura dos Lderes Atuais