Evolução atomica
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ESTRUTURA ATÔMICA
O filósofo grego Demócrito introduziu, no século V a.C.,
o conceito de átomo como unidade indivisível da matéria e
embora hoje se saiba que os átomos não são indivisíveis,
continua válido o princípio que estes são unidades
elementares da matéria.
Demócrito dizia que, se quebrarmos uma amostra de
matéria em pedaços cada vez menores, chegaremos a
um ponto em que não será mais possível dividi-la.
Chegaremos ao átomo, ou seja, à partícula indivisível.
400 a.C.
Aristóteles divagando em seus pensamentos tenta
integrar os quatro elementos:
350a.C.
1- INTRODUÇÃO
Em 1803, John Dalton, propôs uma teoria baseada nas leis da conservação de
massa e da composição definida, propostas por Antoine Laurent Lavoisier e
Joseph Louis Proust respectivamente, porém, tais leis não explicavam
satisfatoriamente as propriedades relatadas.
No século XIX, o inglês John Dalton revolucionou a Química
estabelecendo os conceitos modernos para átomo e elemento.
Constatou que a matéria é constituída por partículas muito
pequenas e indivisíveis: os átomos.
Átomos do mesmo tipo têm propriedades e massa
idênticas.
Os elementos são caracterizados por seus átomos.
Todos os átomos de um dado elemento são idênticos
em todos os aspectos. Átomos de diferentes
elementos têm diferentes propriedades.
2- MODELO ATÔMICO DE JOHN DALTON
As combinações de átomos formam as substâncias e, nessas
combinações químicas, os átomos não são destruídos nem
modificados, o que se altera são as ligações entre eles.
Compostos químicos são formados de átomos de dois ou mais
elementos em uma razão fixa.
2- MODELO ATÔMICO DE JOHN DALTON
Essa idéia prevalece até 1921, quando são descobertos os isótopos
átomos de um mesmo elemento com massas diferentes.
Thomson, através de seus experimentos
constatou a presença de partículas negativas
denominadas, elétrons. Contrariando Dalton,
começava-se a provar que o átomo pode ser
dividido.
3.3- Em 1875, William Crookes colocou gases muito
rarefeitos em voltagens altíssimas e observou emissões
que foram denominadas raios catódicos .
3- MODELO ATÔMICO DE JOSEPH JOHN THOMSON
“Os raios catódicos, negativos, são formados de partículas
menores que os átomos”.
A incandescência emitida pelo gás no interior do tubo a pressões
intermediárias resulta das colisões das partículas em movimento com
moléculas de gás. A baixas pressões, a concentração de moléculas de
gás é muito baixa para produzir luz visível, e sob estas condições
muitas partículas atingem o vidro no ânodo na extremidade do tubo,
causando incandescência.
Em 1908 Robert Milikan descobriu a razão carga-massa de um
elétron, equivalendo -1,6 x10-19 C (coulombs) – 9,1 x 10-28 g.
3.4- Em 1903, Joseph John Thomson propôs
um novo modelo de átomo, formado por uma
“pasta” positiva “recheada” pelos elétrons de
cargas negativas conhecido como “pudim de
passas”.
Corrente elétrica: fluxo de elétrons; Formação de íons: excesso ou falta de elétrons; Descargas elétricas em gases: elétrons arrancados.
3- MODELO ATÔMICO DE JOSEPH JOHN THOMSON
Utilizando hidrogênio (H2) na ampola
Eugene Goldstein, em 1886 constatou a
presença de cargas positivas com valor igual
à do elétrons (ráios anódicos ou canais).
4- MODELO ATÔMICO DE ERNEST RUTHERFORD
4.2 – Em 1898, Ernest Rutherford verificou que algumas emissões
radioativas se subdividiam, quando submetidas a um campo
elétrico:
4.1 - Descoberta da radioatividade: Em 1896, o cientista
francês Henri Becquerel descobriu que o elemento químico
URÂNIO emitia radiações semelhantes aos raios X.
Observação: a maior parte das
partículas alfa atravessava a lâmina de
ouro como se fosse peneira; apenas
algumas desviavam ou até mesmo
retrocediam.
O átomo é formado por núcleos
pequenos, densos e positivos
(PRÓTONS), dispersos em grandes
espaços vazios.
Hoje, sabemos que o tamanho do
átomo é 10.000 a 100.000 vezes maior que
o seu núcleo.
4.3- Em 1911, Ruterford fez uma experiência muito
importante, que veio alterar e melhorar a
compreensão do modelo atômico:
Em 1911, Ruterford associou o modelo atômico com
ao sistema solar: o núcleo representaria o Sol; e os
elétrons seriam os planetas girando em orbitas
circulares e formando a chamada eletrosfera.
Em 1932, James Chadwick verificou que o núcleo do elemento Berílio radioativo
emite partículas sem carga elétrica e de massa próxima a dos prótons –
confirmando a presença da terceira partícula subatômica chamada nêutron.
O Dilema do Átomo Estável
De acordo com a Física Clássica, quando uma partícula
carregada experimenta uma mudança na direção de seu
movimento (uma forma de aceleração), esta emite energia
radiante.
Em outras palavras, o elétron deixaria a região extranuclear
e “cairia “ no núcleo.
?
5- MODELO ATÔMICO DE NIELS BOHR
Através de estudos, Max Planck e albert Einstein, mostraram que
independente das radiações eletromagnéticas, todas eram
compostas por pequeninas quantidades de energia, denominada
fóton; onde a energia de um fóton era relacionada pela seguinte
expressão:
(1) Efóton = hv h= constante de Planck (6,63x10-34 J.s)
v= frequência (nº de vibrações por segundo- Hz)
(2) Como: C = vλ
C= velocidade de luz
V= frequência
λ= comprimenta de onda
Substituindo 1 em 2: Efóton = hc/λ
“Em um átomo coexiste um conjunto de energia quantizada, ou
diferentes níveis de energia para os elétrons que o circundam”.
Neste modelo, concebido em 1913, o átomo é constituído
por um núcleo, tal como no modelo de Rutherford, mas em
que os elétrons se movem em órbitas circulares em torno
do núcleo, correspondendo a cada uma delas um nível de
energia.
“A ENERGIA É QUANTIZADA” Os elétrons podem passar de uma órbita para outra por absorção
ou emissão de energia.
Um átomo esta normalmente em seu estado fundamental !!
ESTADO
FUNDAMENTAL
ABSORÇÃO DE
ENERGIA
ESTADO
EXCITADO
LIBERAÇÃO DE
ENERGIA
E1
E2
Quantidade de luz emitida: E2 – E1
Partícula Massa Carga elétrica
Próton 1 +1
Nêutron 1 0
Elétron 1/1.836 -1
Estudos da relação entre as massas e as
intensidades das cargas elétricas das partículas.
Observe que a massa de um elétron é cerca de 1836 vezes menor
que a de um próton ou de um nêutron.
Conseqüentemente, a perda ou ganho de elétrons não irá alterar
sua massa.
O Átomo Moderno
Por convenção:
6- Representação dos elementos químicos
6.1- Número atômico (Z) : é o número de prótons existente no
núcleo de um átomo.
Num átomo no estado fundamental, cuja carga elétrica é zero, o
número de prótons é igual ao número de elétrons.
6.2- Número de massa (A): é a soma do número de prótons (Z) e
de nêutrons (N) existente num átomo (núcleons).
A = P + N ou N = A - P
6.3- Elemento químico é o conjunto de átomos com o mesmo
número atômico (Z), representado pelo seu símbolo.
ZX A ou AZX ou ZXA
* Isótopos comuns do Hidrogênio: 1H1, 2H
1, 3H1
Exercícios
1- Determine o número atômico (Z), a massa atômica (A), o número de
nêutrons (N) e o número de elétrons (e) dos seguintes elementos:
a) 23Na11
b) 12C6
c) 16S32
d) 15P31
e) 1H1
f) 26Fe56
g) 48Ti22
h) 35Cl17
i) 53I127
7- ÍONS
Um átomo no seu estado fundamental apresenta carga elétrica
igual a zero, pois a quantidade de cargas positivas (prótons) é igual à
quantidade de cargas negativas (elétrons);
Íons são átomos com cargas diferentes de zero (positiva ou
negativa);
a) CÁTIONS são íons com carga positiva, ou seja o número de
elétrons (-) é inferior ao número de prótons (+).
23Na11
Na Perde 1 elétron
Na
23Na11
+1
Ganha 1 elétron
35Cl 17 35Cl 17
-1
Cl Cl
b) ÂNIONS são íons com carga negativa, ou seja o número de
elétrons (-) é superior ao número de prótons (+).
são átomos que possuem diferentes números de massa e,
portanto, diferentes números de nêutrons em seu núcleo.
• Massa atômicas: São expressas em unidades de massa atômica(u) que corresponde a 1/12 12C6, o mais comum isótopo do carbono . Isto equivale a especificar o valor de 12u como sendo a massa de um átomo 12C6, e as massa de todos os outros átomos são expressas relativamente à massa deste átomo.
12C6 13C6
14C6
A = 12 A = 13 A = 14
Z = 6 Z = 6 Z = 6
N = 6 N = 7 N = 8
8-Isótopos
Abundância isotópica: A maioria dos elementos são
encontrados como uma mistura de isótopos. Um exemplo é
o 63Cu (62,93u por átomo) que ocorre na natureza junto ao
65Cu (64,95u por átomo) em um percentual de 69,09% e
30,91% respectivamente.
Determinação das massas atômicas: A massa atômica é
calculada através da média ponderada das massas dos
isótopos e suas respectivas abundâncias na natureza.
Exemplo:
O enxofre é encontrado na Terra com ima mistura isotópica de 95,02%
de 32S (massa = 31,972u por átomo), 0,75% de 33S (massa = 32,972u por
átomo), 4,21% de 34S (massa = 33,968u por átomo) e 0,02% de 36S
(massa = 35,967u por átomo). Qual é a massa atômica do enxofre?
Ma = (95,02x31,972 + 0,75x32,972 + 4,21x33,968 +0,02x35,967) / 100
R:Ma = 32,064u.
Número de massa X Massa atômica
O nº de massa é um valor inteiro, pois representa o número
de partículas no núcleo. A massa atômica de um elemento é a
média das massas de todos os seus isótopos de ocorrência
natural, não sendo um valor inteiro.
O princípio da incerteza de Werner Heisenberg
“É impossível conhecer simultaneamente e com certeza
a posição e o momento (massa x velocidade) de uma
pequena partícula, tal como um elétron”.
“A busca na identificação da posição de um elétron,
introduz uma incerteza nos resultados”, derrubando a idéia
de Bohr das órbitas circulares.
Dualidade partícula-onda de Louis De Broglie
“A energia radiante tem uma natureza dualística, podendo exibir as propriedades de um feixe de partículas (fótons) ou de ondas”.
E = energia
m = massa da partícula
c = velocidade da luz no
vácuo (3x108 m/s)
Por Einstein: E= mc2 Energia de uma partícula de massa m.
E= energia
h= constante de Planck
V= freqüência
Por Planck: E = hv
Energia de uma onda de frequência v.
Interagindo as expressões de Einstein e Planck:
mc2 = hv → m= hv/c2
como: c = vλ → v = c/λ m = h/cλ
Como os elétrons movimentam-se em diferentes velocidades,
diferentemente da luz, a nova relação se processa da seguinte forma:
m = h/vλ → λ = h/mv
Equação de Onda por Erwin Schrödinger Ψ
É uma equação que determina as propriedades ondulatórias do elétron
em um nível de energia.
A teoria da equação fornece probabilidades de encontrar um elétron
em várias posições (densidade de probabilidade, denominada orbital).
Uma maneira de designar a camada, a subcamada e o orbital para um elétron
dentro de um átomo, é a utilização dos quatro números quânticos.
9- Números Quânticos
Camada
ou nível
Número de elétrons
por camada dos elementos atuais
K- (n=1) 2
L- (n=2) 8
M- (n=3) 18
N- (n=4) 32
O- (n=5) 32
P- (n=6) 18
Q- (n=7) 8
9.1- Número quântico Principal (n): Designa a camada (nível) em
que o elétron se encontra.
• Atualmente, são sete (7) as camadas habitadas por elétrons.
• Número máximo de elétrons por nível: e = 2n2.
2n2
2
8
18
32
50
72
98
n: 1,2,.., infinito.
9.2- Número quântico azimutal (l): Especifica a subcamada ou o
subnível, e assim, a forma do orbital em que se encontra o elétron.
Cada subnível comporta no máximo: (4l +2) elétrons
l = 0 a (n-1)
S
p
d
f
l=0
l=1
l=2
l=3
Logo: S= 2 elétrons d= 10 elétrons
p= 6 elétrons f= 14 elétrons
9.2.1- Distribuição eletrônica de Linus Carl Pauling
(K)1
(L)2
(M)3
(N)4
(O)5
(P)6
(Q)7 7p
........................................
Ordem de energia: 1s2, 2s2, 2p6, 3s2, 3p6, 4s2, 3d10, 4p6, 5s2, ...
s até 2 elétrons
p até 6 elétrons
d até 10 elétrons
f até 14 elétrons
Subníveis
Organizou os subníveis em ordem crescente de energia.
EXEMPLOS
23Na11
Possui 11 elétrons no estado fundamental
Distribuição eletrônica: 1s2, 2s2, 2p6, 3s1
Possui 17 elétrons no estado fundamental
Distribuição eletrônica: 1s2, 2s2, 2p6, 3s2, 3p5
35Cl17
56Fe26 Possui 26 elétrons no estado fundamental
Distribuição eletrônica: 1s2, 2s2, 2p6, 3s2, 3p6,4s2, 3d6
(K = 2e, L = 8e, M = 1e)
(K = 2e, L = 8e, M = 7e)
(K = 2e, L = 8e, M = 14e, N = 2e)
9.3- Número quântico magnético (ml): Fornece a informação
sobre a orientação de um orbital no espaço.
Cada orbital no átomo acomoda no máximo dois elétrons
e, quando dois elétrons ocupam o mesmo orbital, são ditos
emparelhados.
O número quântico magnético, em cada subnível, possui a
seguinte variação: ml= (-l...0...+l).
0
-1 0 +1
-2 -1 0 +1 +2
-3 -2 -1 0 +1 +2 +3
l = 0 s
l = 1 p
l = 2 d
l = 3 f
9.4- Número quântico spin (ms): Indica a rotação dos elétrons em
um orbital – podendo ser de duas maneiras: horário ou anti-horário.
Princípio da exclusão de Pauli: Não existem dois elétrons
num átomo que possuam os mesmos valores para todos os
números quânticos, ou seja, um orbital comporta no máximo
dois elétrons, com spins contrários.
• Os elétrons são simbolizados por setas.
+1/2
-1/2
Regra de Hund: Deve-se preencher os orbitais de cada
subnível de modo que tenhamos um maior número possível
de elétrons desemparelhados.