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Euronext Lisbon, S.A. Informação Periódica Relatório de Gestão e Contas Individuais e Consolidadas do 1º semestre de 2014

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Euronext Lisbon, S.A.

Informação Periódica Relatório de Gestão e Contas Individuais e Consolidadas do 1º semestre de

2014

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Nota

Aplicação do Decreto-Lei nº 185/2009, de 12 de Agosto

A Euronext Lisbon enquanto sociedade gestora de mercados cumpre o regulamento 4/2007

da CMVM em vigor, pelo que apresentou o seu último Relatório sobre a estrutura e as

práticas de governo societário em 30 de junho de 2014, e irá apresentar o próximo Relatório

sobre a estrutura e as práticas de governo societário até 30 de junho de 2015.

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Índice 1. Resumo .................................................................................................................................. 4

1.1. Mensagem do CEO ...................................................................................................... 4

1.2. Destaques .................................................................................................................... 5

1.2.1. Destaques Financeiros Consolidados ............................................................... 5

1.2.2. Destaques Operacionais da Euronext Lisbon ................................................... 7

2. Enquadramento ................................................................................................................... 10

2.1. Enquadramento Económico e Financeiro ................................................................. 10

3. A atividade da Euronext Lisbon ........................................................................................... 12

3.1. Ações ......................................................................................................................... 12

3.1.1. Enquadramento internacional ........................................................................ 12

3.1.2. Ações portuguesas .......................................................................................... 14

3.2. Obrigações ................................................................................................................. 18

3.2.1. Enquadramento internacional ........................................................................ 18

3.2.2. Obrigações portuguesas ................................................................................. 18

3.3. Warrants .................................................................................................................... 20

3.3.1. Enquadramento internacional ........................................................................ 20

3.3.2. Warrants portugueses .................................................................................... 20

3.4. ETFs e Certificados ..................................................................................................... 21

3.4.1. Enquadramento internacional ........................................................................ 21

3.4.2. ETFs e Certificados portuguesas ..................................................................... 22

3.5. Derivados ................................................................................................................... 23

3.5.1. Enquadramento internacional ........................................................................ 23

3.5.2. Derivados portugueses ................................................................................... 24

3.6 Membros do Mercado ................................................................................................ 25

3.7. Sistemas Centralizados de Valores Mobiliários......................................................... 25

3.8. Sistemas de Liquidação ............................................................................................. 27

4. Responsabilidade Corporativa ............................................................................................. 29

4.1. Recursos Humanos .................................................................................................... 29

4.2. Comunidade .............................................................................................................. 30

4.3. Educação e Literacia Financeira ................................................................................ 31

5. Análise Económica e Financeira ........................................................................................... 32

5.1. Apreciação Global ...................................................................................................... 32

5.2. Proveitos e Ganhos .................................................................................................... 32

5.3. Custos e Perdas ......................................................................................................... 34

5.4. Estrutura Patrimonial ................................................................................................ 35

6. Demonstrações Financeiras e Anexos às Contas ................................................................. 36

7. Declaração sobre a conformidade da informação financeira apresentada ........................ 88

8. Composição dos órgãos sociais ............................................................................................ 89

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1. Resumo

1.1. Mensagem do CEO

Na sequência da decisão que já havia sido anunciada pela ICE (entidade que detinha a 100%

a NYSE Euronext), realizou-se em junho o IPO da Euronext NV. Com esta operação, a

Euronext NV passou a contar com um conjunto de novos acionistas de referência, que

representam 33,4% do capital, e cerca de 62,3% de capital disperso. Esta nova realidade

traduz-se numa atividade do Grupo agora mais centrada na Europa, mais focada nas

atividades de apoio ao financiamento da economia real, implicando também alguns ajustes

operacionais.

A Euronext Lisbon geriu a Bolsa portuguesa, no primeiro semestre de 2014, num contexto

económico e financeiro que mostrou melhorias face a 2013, com a atividade económica a

evoluir positivamente e o desemprego a regredir, embora registando ainda níveis muito

elevados. Verificou-se igualmente o fim do programa de assistência financeira internacional,

conforme planeado, sustentado por uma redução acentuada das taxas de juro de

financiamento a longo prazo do Estado.

Este contexto nacional, e internacional, traduziu-se numa evolução favorável dos índices

bolsistas e do volume das transações na Bolsa portuguesa, e permitiu a realização de

diversas operações de capitalização em Bolsa, de que se destacam o IPO da Espírito Santo

Saúde e o aumento de capital pelo Banif.

No entanto, os desenvolvimentos relacionados com o Grupo Espírito Santo, incluindo a

medida de resolução aplicada ao Banco Espírito Santo, causaram grande perturbação no

mercado de capitais, traduziram-se em perdas acentuadas para muitos investidores e

abalaram a confiança. A profundidade do impacto destes desenvolvimentos ainda não é

inteiramente percetível, mas certamente que se traduzirá num contexto muito mais difícil e

complexo no futuro próximo.

Pese embora as dificuldades acrescidas, continuamos muito empenhados em que a Bolsa

exerça em pleno a sua mais útil função, de contribuir para a criação de fontes de

financiamento complementares e alternativas, sobretudo no caso português, onde a

excessiva dependência do crédito bancário, o elevado nível de endividamento das empresas

e as dificuldades de financiamento, continuam a ser um entrave estrutural ao

desenvolvimento do nosso tecido empresarial e económico.

Luís Laginha de Sousa

Presidente do Conselho de Administração da Euronext Lisbon

Membro do Management Committee da Euronext NV

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1.2. Destaques

1.2.1. Destaques Financeiros Consolidados

Proveitos (€milhões)

Estrutura dos Proveitos

36.6

31.8

34.1

35.734.9

33.3

16.4

19.8

2008 2009 2010 2011 2012 2013 1º Sem 2013 1º Sem 2014

20,4%

-13,1%7,1%

5,0%-2,3%

-4,6%

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Margem Operacional e Margem Líquida

Resultados Líquidos (€milhões e var%)

Estrutura do Balanço

(10^3 euros)

dez-13 Jun-14

Var.

Jun14/dez13 Var %

Ativo 54,222 54,942 720 1%

Passivo 8,862 12,892 4,030 31%

Capital Próprio 45,360 42,050 -3,310 -8%

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1.2.2. Destaques Operacionais da Euronext Lisbon

Estrutura e Organização

Na sequência da decisão que já havia sido anunciada pela ICE, realizou-se em junho o

IPO da Euronext NV, com a subsequente admissão à negociação das respetivas ações

nas Bolsas de Amesterdão, Bruxelas e Paris, prevendo-se que sejam também

admitidas na Euronext Lisbon durante o 3º trimestre de 2014. Na sequência desta

operação, a Euronext NV, anteriormente detida a 100% pela ICE, passou a contar

com um conjunto de novos acionistas de referência, que representam 33,4% do

capital, e cerca de 62,3% de capital disperso.

Admissões e Exclusões

Em fevereiro, foi admitida ao mercado regulamentado da Euronext Lisbon, a

empresa Espírito Santo Saúde, na sequência de uma Oferta Pública Inicial, que

incluiu um aumento de capital, e que totalizou cerca de 150 milhões de euros.

No âmbito do seu plano de capitalização, o Banif realizou, em abril, mais um

aumento de capital, que representou um encaixe de cerca de €138,5 milhões, no

qual participaram 13.812 investidores, tendo sido admitidas à negociação

13.850.477.957 ações. Desde junho de 2013 o Banif realizou 5 operações de

aumento de capital, que totalizaram €450 milhões.

Em meados de junho, o Banco BPI concretizou uma Oferta Pública de Troca de

instrumentos de dívida por ações. Com esta operação, o banco aumentou o capital

social em cerca de €103 milhões.

Em junho, o BES realizou um aumento de capital por entradas em dinheiro, de cerca

de €1.045 milhões de euros, através de uma Oferta Pública reservada a acionistas.

A Semapa emitiu 150 milhões de euros de obrigações destinadas ao retalho, na qual

participaram 7.169 investidores, com uma taxa de juro de 3,25%. Também a FC

Porto SAD emitiu obrigações no mesmo segmento, que totalizaram €20 milhões.

A venda dos 11% do capital social da REN-Redes Energéticas Nacionais, SGPS, SA

ainda detidos pelo Estado Português, gerou um encaixe de €157 milhões e as

58.740.000 ações alienadas foram admitidas à negociação no mercado

regulamentado da Euronext Lisbon, a 17 de junho.

Membros do Mercado

No primeiro semestre foram admitidos à Euronext Lisbon no mercado a contado 4

novos membros: BRED Banque Populaire (França), SSW-Trading GmbH (Alemanha),

Better Options LLP (Reino Unido) e Jump Trading International Limited (Reino

Unido). Solicitaram a perda de qualidade de membro as seguintes entidades: Getco

Europe Limited (Reino Unido), BNP Paribas Equities France S.A. (França), IAT

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International Algorithmic Trading GmbH (Alemanha) e o Tibra Trading Europe

Limited (Reino Unido).

Índices

Aquando da revisão anual do PSI 20, em março, foram aplicadas pela primeira vez as

novas regras de seleção de empresas, que haviam sido anunciadas em 2013. Dessa

revisão resultou a entrada dos CTT, da Impresa e da Teixeira Duarte, enquanto a

Sonae Indústria e a Cofina foram excluídas.

Interbolsa

A Interbolsa, detida a 100% pela bolsa portuguesa, continuou o processo de

adaptação do projeto 'Target2Securities' (T2S), prevendo ter o processo concluído e

arrancar com o novo ambiente, em março de 2016.

Promoção e Desenvolvimento

No final de janeiro, teve lugar a terceira edição dos Euronext Lisbon Awards. Trata-se

de um conjunto de prémios que se destinam a evidenciar o desempenho das

empresas cotadas, a atividade dos intermediários no mercado, bem como as

contribuições individuais e de instituições para o desenvolvimento do mercado de

capitais português.

Pelo segundo ano consecutivo, a Bolsa Portuguesa realizou, a conferência “VIA

BOLSA - Financiamento através do Mercado de Capitais”, destinada a promover o

mercado junto de empresas não cotadas, em particular as de menor dimensão. A

edição deste ano contou com cerca de 200 participantes e foi realizada no Porto.

A segunda conferência pan-Europeia, promovida pela Euronext NV, com o objetivo

de fomentar a relação das empresas cotadas nos seus mercados na Europa com os

investidores dos Estados Unidos realizou-se, em Nova Iorque, durante três dias, de

19 a 21 de maio de 2014. A conferência contou com a participação de mais de 50

grandes emitentes e cerca de 200 investidores, tendo as 12 empresas portuguesas

presentes, tido encontros com 67 investidores norte-americanos.

A Euronext Lisbon promoveu a realização de uma conferência subordinada ao tema

“Project Bonds - Financiar Infraestruturas e Promover o Crescimento”, envolvendo

especialistas internacionais com experiência e diferentes perspetivas de

envolvimento neste produto. Os ‘Project Bonds’ visam angariar investidores de

mercado de capitais (sobretudo institucionais) para o financiamento de

infraestruturas, num quadro em que as restrições orçamentais dos Estados e as

condicionantes ao financiamento bancário (em project finance) continuarão a limitar

as soluções anteriormente adotadas.

Como parte da estratégia de divulgação do mercado de capitais, como forma de

financiamento, junto do tecido empresarial regional, foram assinados dois novos

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protocolos de cooperação com associações da Região do Algarve: o NERA –

Associação Empresarial da Região do Algarve e a ACRAL - Associação do Comércio e

Serviços da Região do Algarve.

No início de maio, realizou-se na Euronext Lisbon uma sessão sobre

Empreendedorismo e o Mercado de Capitais, dedicada a jovens empreendedores,

organizada em parceria com a Câmara Municipal de Lisboa e a rede Start Up Lisboa.

A Euronext Lisbon continua a prosseguir a sua estratégia de estreitamento de laços

entre a Bolsa portuguesa e os países de língua portuguesa, desta vez com a

participação, em Luanda, no IV Fórum Banca dedicado ao tema “A Banca e o

Mercado de Capitais”, promovido pelo Jornal Expansão.

Literacia Financeira

No primeiro semestre de 2014 realizaram-se mais cinco sessões das "Young

Professional Sessions" (YPS), envolvendo 171 participantes, a abordando diversos

temas relacionados com o mercado de capitais. Este programa foi lançado em 2013,

e destina-se a jovens profissionais de instituições financeiras, escritórios de

advogados, consultoras, auditoras, reguladores, associações, académicos, jornalistas

e outros que, de algum modo, tenham interesse nos temas relacionados com a

Bolsa.

Beto Perez, o criador da Zumba Fitness, tocou o sino que marcou o encerramento da

sessão de Bolsa no dia 11 de abril e aproveitou a sua vinda a Portugal para partilhar a

sua inspiradora história de empreendedorismo e perseverança.

A Euronext Lisbon apoiou mais uma edição do Global Investment Challenge,

competição realizada a partir de um simulador de Bolsa, este ano operacionalizada a

partir de uma cópia de uma plataforma de negociação real.

Durante o 1º semestre, a Euronext Lisbon visitou e foi visitada por 251 alunos e 15

professores, quer do ensino secundário, quer universitário, em ações de divulgação e

promoção da literacia financeira.

Responsabilidade Social

A Euronext Lisbon celebrou o Dia Internacional da Mulher (8 de março), com um

toque do sino de encerramento do mercado, antecedido por uma atividade física

aberta a todos os seus colaboradores, com o objetivo de evidenciar a relevância de

escolher um estilo de vida mais saudável e de melhor equilibrar a vida pessoal e

profissional. Adicionalmente, para assinalar este dia e contribuir para a promoção da

igualdade de género, a Euronext colaborou com a Vigeo – o parceiro do grupo para

os índices de sustentabilidade – na elaboração de um trabalho de divulgação, que

incluíu a entrevista a três empresas portuguesas com as melhores práticas nos temas

da diversidade.

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À semelhança do que tem acontecido nos últimos anos, a Euronext Lisbon juntou-se

às restantes localizações europeias do Grupo para comemorar o ‘World Wish Day’,

através do toque do sino de encerramento da sessão de bolsa no dia 29 de Abril de

2014.

A Euronext Lisbon juntou-se às restantes localizações do Grupo para apoiar a

consciencialização em relação ao Autismo. Tal como no ano passado, o sino foi

tocado a partir da Fundação Calouste Gulbenkian, no âmbito da Sessão

Comemorativa, organizada pela Federação Portuguesa de Autismo.

2. Enquadramento

2.1. Enquadramento Económico e Financeiro

No primeiro semestre de 2014, a economia mundial continuou a consolidar uma

evolução positiva, em boa parte impulsionada pelas economias avançadas. O

crescimento das economias emergentes esteve abaixo das expectativas, mas

continuou a contribuir em cerca de dois terços para o crescimento mundial.

Em Portugal, de acordo com a estimativa rápida do INE, o PIB registou um

crescimento homólogo, em volume, de 0,8% no 2º trimestre, após a variação de

1,3% no trimestre anterior, enquanto a variação em cadeia foi 0,6% (-0,6% no

1ºtrimestre). A procura interna apresentou um contributo positivo menos acentuado

para a variação homóloga do PIB no 2º trimestre, refletindo principalmente o

comportamento do Investimento. Por sua vez, a procura externa líquida apresentou

um contributo negativo menos expressivo, devido ao abrandamento das

Importações de Bens e Serviços, tendo as Exportações de Bens e Serviços

desacelerado.

No 2º trimestre o desemprego em Portugal continuou a dar sinais de alívio; a taxa de

desemprego situou-se em 13,9% (15,1% no trimestre anterior). O emprego total e o

emprego por conta de outrem registaram variações homólogas de 2,0% e 4,4% (1,7%

e 3,2% no 1º trimestre),respetivamente.

Em julho, a variação homóloga do IPC situou-se em -0,9%, inferior em 0,5 p.p. à taxa

dos dois meses anteriores e negativa pelo sexto mês consecutivo.

As condições de financiamento à economia continuam restritivas, em particular o

crédito concedido a empresas por bancos residentes, que em junho caía 5,3% em

variação anual. O crédito a particulares também continua a regredir, apresentando

em junho uma variação anual de -3,8%.

As taxas de juro de longo prazo têm vindo a registar uma evolução favorável desde

finais de 2013. Apesar das perturbações que têm surgido, ao longo deste 1º

semestre de 2014, as taxas de juro têm continuado a apresentar uma tendência

decrescente.

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Dívida Pública (taxa de juro a 10 anos)

Fonte: Bloomberg

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3. A atividade da Euronext Lisbon

O segmento de ações da Euronext Lisbon foi marcado por várias emissões, e por um

aumento significativo dos volumes negociados. Os CTT estrearam-se no Índice PSI 20. No

segmento obrigacionista destacou-se a continuação do regresso ao mercado de empresas

emitentes, embora não de forma tão expressiva como nos anos anteriores.

3.1. Ações

3.1.1. Enquadramento internacional

No 1º semestre de 2014, o número de IPO realizados na Europa aumentou 76,0%

face a igual período do ano anterior, situação que se verificou também no valor

envolvido, que registou um significativo aumento de 297,2%.

IPO na Europa

Fonte: PWC IPO Watch

Em junho de 2014, face a dezembro de 2013, nas bolsas internacionais que

integram a World Federation of Exchanges (WFE) registou-se um aumento do

número de empresas cotadas (+1,9%), assim como uma evolução positiva da

capitalização bolsista (+6,2%).

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Empresas Cotadas e Capitalização Bolsista Bolsas que integram a WFE

Fonte: World Federation of Exchanges

Nas Bolsas membros da WFE o número de negócios em ações evoluiu

positivamente no 1º semestre de 2014, com um aumento de 12,0% em

comparação com o período homólogo do ano anterior. Para o mesmo período, o

valor da negociação aumentou 6,4%.

Transações de Ações Bolsas que integram a WFE

Fonte: World Federation of Exchanges

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No primeiro semestre, a evolução dos principais índices bolsistas internacionais

foi bastante positiva, com a maioria dos índices a subirem. A generalidade das

economias avançadas registou uma melhoria nos seus índices de referência, com

o Japão a destoar deste padrão.

Evolução dos Índices Bolsistas Internacionais

1º Semestre de 2014

Fonte: Bloomberg

3.1.2. Ações portuguesas

Bolsa Portuguesa em Números

Empresas cotadas, em 30 de junho de 2014 = 63

Empresas cotadas nacionais = 60

Capitalização bolsista = € 59,2 mil milhões

Valor total negociado em ações, no 1º semestre de 2014 = 21.032 milhões

Variação do índice PSI 20, no 1º semestre de 2014 = 3,7%

Variação do Índice PSI Geral, no 1º semestre de 2014 = 9,0%

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Mercado primário

No primeiro semestre de 2014 as empresas cotadas na Euronext Lisbon realizaram

aumentos de capital que totalizaram €1.726 milhões de euros, dos quais €1.045

milhões corresponderam a um aumento de capital pelo Banco Espírito Santo.

Mercado secundário

No primeiro semestre de 2014, e face a idêntico período do ano anterior, verificou-

se uma subida de 37,0% no número de negócios de ações, acompanhada dum

crescimento de 47,4% no valor negociado, consolidando a tendência positiva

verificada em 2013.

Transações de Ações na Euronext Lisbon

Ações com Maior Valor Transacionado

No grupo das cinco ações mais transacionadas há quatro empresas que se têm

mantido sempre presentes desde 2008, ainda que a sua posição relativa se altere:

PT, Galp, Millennium BCP e EDP.

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Ações com Maior Valor Transacionado

Variação do Índice PSI 20

O PSI 20 acumulou ganhos até abril, mês em que registou o máximo do trimestre,

começando então a registar perdas, que se foram prolongando até ao final do

semestre, refletindo sinais menos positivos na economia em conjugação com o

espoletar da crise do Grupo Espírito Santo. A evolução do 1º semestre de 2014

acabaria por traduzir-se num ganho de 3,7%, face ao valor de fecho de 2013.

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Evolução dos Índices Setoriais

Cotações das ações da carteira do PSI 20 (variação face a 31 dez 2013)

Durante a primeira metade do ano, registou-se uma elevada dispersão na variação

das cotações das ações individuais que compunham o índice PSI 20, entre +41% da

EDP Renováveis e -71% do Espirito Santo Financial Group.

2008 2009 2010 2011 2012 2013 jun 14/dez13

Materiais de Base -32.7% 37.2% 22.3% -20.2% 37.8% 15.5% 28.6%

Industrial -46.4% 54.6% -22.6% -23.5% -2.7% 7.8% 17.9%

Bens de Consumo -39.6% 0.5% 4.6% -0.4% 17.7% 9.3% 20.4%

Serviços -52.3% 67.8% 27.6% -4.4% 20.9% 8.7% -5.7%

Telecomunicações -32.4% 56.4% 14.2% -32.6% -1.7% -6.5% -16.8%

Utilities -37.4% 23.3% -20.5% 2.7% -1.3% 10.9% 43.1%

Setor Financeiro -62.9% 14.7% -29.9% -62.4% 9.8% 0.7% -10.3%

IT -13.1% 7.3% -31.3% -34.6% -13.1% 4.5% 30.2%

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3.2. Obrigações

3.2.1. Enquadramento internacional

Nas bolsas internacionais, tanto o número de negócios como o valor negociado

observaram reduções, de 27,6% e de 19,0%, respetivamente, em comparação com o

1º semestre de 2013.

Transações de Obrigações Bolsas membros da WFE

Fonte: World Federation of Exchanges

3.2.2. Obrigações portuguesas

Bolsa Portuguesa em Números

Nº de obrigações cotadas, em 30 de junho de 2014 = 259

Nº de obrigações cotadas de entidades privadas = 244

Capitalização bolsista, em 30 de junho de 2014 = € 102,6 mil milhões

Capitalização bolsista das emissões de dívida pública = € 94,2 mil milhões

Valor total negociado no 1º semestre de 2014 = € 222 milhões

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Mercado primário

No 1º semestre de 2014 registaram-se 13 emissões de obrigações admitidas à

Euronext Lisbon, a que correspondeu um montante total de € 5.626 milhões, valor

que reflete um aumento de 33,3% face a igual período de 2013.

Obrigações Admitidas à Negociação na Euronext Lisbon

Mercado secundário

No 1º semestre, verificou-se um recuo de 3,0% no número de negócios de

obrigações, contrariamente ao valor negociado, que verificou um incremento de

22,7%, face a idêntico período do ano anterior.

Transação de Obrigações na Euronext Lisbon

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3.3. Warrants

3.3.1. Enquadramento internacional

O número de negócios voltou a crescer no 1º semestre do período em análise

(11,5%). No entanto, tal como já se tinha verificado no ano anterior, esta evolução

foi acompanhada por uma queda nos valores negociados (-18,8%).

Transações de Warrants Bolsas membros da WFE

Fonte: World Federation of Exchanges

3.3.2. Warrants portugueses

Bolsa em números

Nº de Warrants admitidos à negociação, em 30 de junho de 2014 = 1.670

Nº de negócios, no 1º semestre de 2014 = 39.082

Valor negociado, no 1º semestre de 2014 = € 97 milhões

Nos warrants, o semestre registou uma evolução positiva da atividade, com um

aumento no número de negócios (8,3%) e no valor negociado (2,1%).

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Transação de Warrants na Euronext Lisbon

3.4. ETFs e Certificados

3.4.1. Enquadramento internacional

A nível internacional, no mercado de ETFs registou-se uma ligeira redução no

número de negócios (3,4%), à semelhança do que aconteceu também com o valor

transacionado, que registou uma diminuição de 6,5%.

Transações ETFs Nas Bolsas membros da FESE

Fonte: FESE

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3.4.2. ETFs e Certificados portuguesas

Bolsa Portuguesa em Números

ETFs

Nº de ETFs admitidos à negociação, em 30 de junho de 2014 = 2

ETFs cotados: PSI 20, PSI 20 Leverage

Capitalização Bolsista, em 30 de junho de 2014 = € 19,9 milhões

Valor negociado no 1º semestre de 2014 = € 196 milhões

Certificados

Nº de Certificados admitidos à negociação, em 30 de junho de 2014 = 223

Valor negociado no 1º semestre de 2014 = € 385 milhões

Durante o período de referência, a atividade no segmento dos ETFs conheceu

novamente um significativo incremento, espelhado tanto na variação do número de

negócios (310,8%), como no valor negociado (553,3%), intensificando a evolução

positiva já observada em 2013.

Transação de ETFs na Euronext Lisbon

Nos Certificados, registou-se um aumento do número de negócios (40,9%) e também

no valor negociado (47,2%), intensificando a evolução positiva que já se vinha

verificando em anos anteriores.

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Transação de Certificados na Euronext Lisbon

3.5. Derivados

3.5.1. Enquadramento internacional

Nas bolsas internacionais, o semestre verificou quedas significativas tanto no valor

negociado (-18,7%) como número de negócios (-20,1%), invertendo a evolução

positiva do ano precedente.

Transação de Derivados Bolsas membros da WFE

Fonte: World Federation of Exchanges

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3.5.2. Derivados portugueses

A Bolsa em números

Nº de Contratos de Futuros cotados, a 30 de junho de 2014 = 13

Nº de Contratos de Futuros cotados sobre Índices = 1 (PSI 20)

Nº de Contratos de Futuros cotados sobre ações individuais = 12

Posições abertas a 30 de junho de 2014 = 15.944

Nº de Contratos Negociados no 1º semestre de 2014 = 103.474

Valor dos Contratos Negociados no 1º semestre de 2014 = € 752 milhões

A negociação de derivados continuou a recuperar no primeiro semestre de 2014, na

tendência que já havia verificado em 2013, com uma evolução positiva, quer no

número de contratos negociados (+98,3%), quer no valor negociado desses

contratos (+142,2%). Esta evolução centrou-se no contrato de Futuros sobre PSI 20,

enquanto que os futuros sobre ações individuais, quase não negociaram na Euronext

Lisbon.

Transação de Derivados na Euronext Lisbon

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3.6 Membros do Mercado

No âmbito do mercado a contado, durante o primeiro semestre o fluxo foi:

Entradas:

- BRED Banque Populaire (France) - SSW-Trading GmbH (Germany) - Better Options LLP (UK) - Jump Trading International Limited (UK)

Saídas:

- Getco Europe Limited (UK) - BNP Paribas Equities France S.A. (France) - IAT International Algorithmic Trading GmbH (Germany) - Tibra Trading Europe Limited (UK)

A 30 de junho de 2014 a Euronext Lisbon tinha 98 membros no mercado a contado.

3.7. Sistemas Centralizados de Valores Mobiliários1

No final do primeiro semestre de 2014, encontravam-se sob gestão dos Sistemas

Centralizados geridos pela Interbolsa 3.547 emissões de valores mobiliários, com um

valor nominal global de 287 mil milhões de euros. Comparativamente com o período

homólogo do ano anterior, verificou-se um acréscimo de 453 emissões e um

decréscimo de 6,5% no montante nominal de valores mobiliários integrados. Refira-

se que no período foram registadas 698 emissões de warrants, para as quais não é

considerado o montante nominal.

Foram simultaneamente processados através da Interbolsa 4.463 operações de

exercício de direitos de conteúdo patrimonial e outros eventos, número superior em

16,2% ao registado no primeiro semestre de 2013; o montante nominal

1 Em Portugal, a gestão dos Sistemas Centralizados de valores mobiliários e dos Sistemas de Liquidação é da competência da INTERBOLSA

– Sociedade Gestora de Sistemas de Liquidação e de Sistemas Centralizados de Valores Mobiliários, S.A., uma sociedade anónima cujo capital social é inteiramente detido pela Euronext Lisbon. Além desta função, à INTERBOLSA, enquanto membro da ANNA – Association of National Numbering Agencies, S.C.R.L., está confiada a gestão e o funcionamento da Agência Nacional de Codificação, entidade responsável pela atribuição de códigos ISIN – International Securities Identification Number e CFI – Classification of Financial Instruments a todos os valores mobiliários emitidos em Portugal, bem como a outros instrumentos financeiros, em conformidade com as normas ISO e as diretrizes da ANNA. Nos termos legais, a INTERBOLSA no seu relatório semestral faz uma análise detalhada da forma como desenvolveu, no semestre em análise , as atividades que lhe estão cometidas. Assim sendo, e apenas porque este se trata de um relatório “consolidado”, apresenta-se a seguir uma breve resenha da atividade desenvolvida no semestre em apreço no domínio dos Sistemas Centralizados e de Liquidação de valores mobiliários.

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correspondente ao total destas operações apresentou um acréscimo homólogo de

6,7%.

O montante de juros pagos através dos Sistemas Centralizados, no primeiro

semestre de 2014, ascendeu a 2.517,1 milhões de euros, valor que representa um

acréscimo de 17,8% em confronto com o período homólogo do ano transato. Por sua

vez, no mesmo período, os juros pagos nas 1.385 operações referentes ao conjunto

da dívida privada, no total de 2.156,0 milhões de euros, decresceram em termos

homólogos 2,1%. Os outros títulos de dívida registaram 98 operações de montante

49,4 milhões de euros, apresentando um decréscimo homologo de 47,6% no que

concerne ao número de operações e de 33,2% relativamente ao montante de juros e

rendimentos pagos.

No que diz respeito às amortizações, tanto de dívida pública como de dívida privada,

no semestre em referência foram efetuadas 372 operações. Em termos do valor

envolvido nas operações de dívida privada, verificou-se um acréscimo de 1,5% a face

ao período homólogo, tendo sido efetuada uma operação de amortização de dívida

pública.

No que respeita ao pagamento de dividendos/remunerações de ações e de unidades

de participação sob gestão da Interbolsa, nos primeiros seis meses de 2014, foram

processadas 74 operações, menos uma que no período homólogo, nas quais foram

movimentados 2.933,9 milhões de euros.

Nos Sistemas Centralizados gerido pela Interbolsa foram ainda efetuadas, no período

em análise, 4 operações de aumento de capital, sendo 1 na modalidade de

subscrição e 3 de incorporação de reservas. O montante resultante de incorporação

de reservas ascendeu a 1,2 milhões euros, que compara com 345 mil de euros no

período homólogo, e o capital realizado por subscrição de capital cifrou-se em

1.044,6 milhões de euros tendo, no semestre anterior, se situado em 17,6 milhões

de euros.

No tocante às operações de redução de capital, fusão e cisão de empresas e

liquidação de emissões que tiveram lugar na primeira metade de 2014, a Interbolsa

registou 13 operações desta natureza (mais 11 do que no período homólogo), nas

quais, no seu conjunto, foram movimentados 441,6 milhões de euros valor que

compara com 160,9 milhões de euros registados no primeiro semestre do ano

transato.

No primeiro semestre de 2014, a Interbolsa processou 2.499 operações de exercício

de valores mobiliários estruturados - warrants, representando um acréscimo de

64,5% comparativamente a igual período de 2013. No período em análise não foi

registado o exercício de certificados. Nas operações realizadas em 2014 foram

movimentados 65,2 milhões de euros, que compara com 12,4 milhões de euros

registados no período homólogo.

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Valor das Operações Processadas na Central

3.8. Sistemas de Liquidação2

O número de operações realizadas nos mercados geridos pela Euronext Lisbon e

garantidas pela LCH.Clearnet, SA liquidadas na primeira metade de 2014 pela

Interbolsa elevou-se a 142.629, a que correspondeu um valor de 15.603,7 milhões de

euros (+49% do que em igual período do ano anterior).

Por seu turno, a liquidação de operações realizadas em mercado regulamentado e

não garantidas pela LCH.Clearnet, SA deu origem a 621 instruções de liquidação, a

que correspondeu um valor de 4,7 milhões euros, que compara com 1,6 milhões

euros registados no período homólogo do ano anterior.

2 A Interbolsa está incumbida da organização e gestão dos Sistemas de Liquidação de Valores Mobiliários com vista a assegurar,

designadamente, a realização de transferências de dinheiro associadas às transferências de valores mobiliários ou a direitos inerentes e a

garantias relativas a operações sobre valores mobiliários. São participantes dos Sistemas de Liquidação os intermediários financeiros

filiados na Interbolsa e que asseguram a liquidação física e financeira das operações realizadas em todos os mercados geridos pela

Euronext Lisbon, bem como as operações realizadas fora de mercado. A Interbolsa gere três Sistemas de Liquidação: o Sistema de

Liquidação em Geral, SLrt – Sistema de Liquidação em tempo real e o SLME – Sistema de Liquidação em moeda estrangeira. A

LCH.Clearnet, S.A. assume, no mercado de capitais português, as funções de câmara de compensação e de contraparte central.

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Operações Realizadas nos Sistemas de Liquidação da Interbolsa

Comparando as 12.937 instruções referentes a operações garantidas que, por falha

de liquidação, durante os primeiros seis meses de 2014, foram resubmetidas a novas

tentativas de liquidação com as que, no mesmo período de 2013, foram sujeitas a

idêntico procedimento, registou-se um acréscimo de 0,5%; o correspondente valor,

que se cifrou em 1.343,4 milhões de euros, incorporou uma variação homóloga

positiva de 38,9%.

Entretanto, no SLrt, que permite a liquidação de instruções FOP (Free Of Payment) e

DVP (Delivery Versus Payment) num ambiente totalmente automatizado, foram

liquidadas 60.124 e 329.904, respetivamente.

O valor global das instruções DVP liquidadas em tempo real ascendeu a 142.835,2

milhões de euros. Em termos homólogos, o número deste tipo de operações

aumentou 44,2%, enquanto o valor movimentado cresceu 68,0%.

Durante o período em análise, as operações FOP liquidadas através do SLrt

apresentaram um acréscimo de 60,9% no número de instruções, tendo a quantidade

liquidada crescido, em termos homólogos, 78,6%.

Para além das operações atrás referidas, a Interbolsa, através dos seus sistemas,

efetua, por instrução do intermediário financeiro, a movimentação de valores

mobiliários dentro da mesma conta e entre contas de diferentes intermediários

financeiros, tanto para efeito de liquidação física de operações como para a mera

transferência de valores.

Neste domínio, foram realizadas, nos primeiros seis meses do corrente ano, 173.925

operações de transferência de valores mobiliários, a que correspondeu uma

quantidade movimentada de 6.702.018,0 milhões de unidades de valor mobiliário.

Em termos homólogos, o número destas operações sofreu um acréscimo de 25,1%, e

de 110,2% da quantidade e número de valores mobiliários objeto de transferência,

respetivamente.

1.º Sem. 2014 1.º Sem. 2013 Var. Homóloga

Operações Garantidas 15,603.7 10,470.2 49.0%

Operações não Garantidas 4.8 1.6 198.1%

Operações Garantidas

submetidas a liquidação no SLrt1,343.4 966.9 38.9%

Instruções Delivery versus

Payment (DVP)142,835.2 85,040.6 68.0%

Sistema de Liquidação em tempo real (SLrt )

Sistema de Liquidação em Geral

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4. Responsabilidade Corporativa

A Responsabilidade Corporativa é um compromisso segundo o qual a Euronext integra, na

sua atuação empresarial e na sua relação com os seus stakeholders, preocupações sociais e

ambientais, numa base voluntária.

4.1. Recursos Humanos

A Euronext Lisbon continuou, em 2014, empenhada em criar um ambiente propício ao

desenvolvimento das potencialidades a nível profissional dos seus colaboradores e, em

simultâneo, proporcionar-lhes oportunidades de formação, desenvolvimento pessoal e

equilíbrio na sua vida profissional e familiar.

A junho de 2014, o número de colaboradores ativos na Euronext Lisbon e na

Interbolsa era de 66, pertencendo 28 à entidade gestora da Bolsa e 38 à instituição

responsável pelos sistemas centralizados de valores mobiliários. A este número

acrescem ainda os colaboradores requisitados (dois).

Neste período deu-se continuidade ao Sistema de Avaliação de Desempenho,

ferramenta denominada E-Performance, aplicada em ambiente web. Esta

ferramenta permite a todos os colaboradores o registo e avaliação do seu

desempenho numa base global e transversal dentro do grupo Euronext, bem como

uma maior interatividade nas várias fases do processo. No ambiente de Performance

Management, foi utilizado um módulo denominado CAT (Compensation Analytical

Tool), onde também, num ambiente interativo, se realizaram e decidiram as

propostas de atualizações salariais e outros incentivos.

No primeiro semestre de 2014, a Euronext deu continuidade às iniciativas globais do

programa “Empowering Wellness” reforçando a disponibilização de todas as

ferramentas educacionais e interactivas, passatempos e jogos numa lógica de bem-

estar, bem como a utilização de links para recursos inovadores de bem-estar

centrados no desafio da actividade física, resistência ao stress, prevenção e nutrição.

Ao longo do primeiro semestre de 2014 e no âmbito da política de Wellness já

referida, foi disponibilizado a todos os colaboradores do grupo um programa de EAP

– Employee Assistance Program, em parceria com a PPC Worlwide, com a realização

de sessões denominadas “Lunch & Learn”. Foram realizadas três sessões em Lisboa

cujos temas associados foram respetivamente “Educar crianças quando ambos os

pais trabalham”, “Gestão de Stress” e “Compreender e lidar com a perda”, além das

três sessões no Porto com os temas “Teambuilding”, “Workshop sobre comunicação

Eficaz” e “Financial Wellness”.

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No âmbito do IPO da Euronext N.V., foi oferecida aos Colaboradores do Grupo a

possibilidade de participarem na operação da compra de ações da empresa, a um

preço igual a 80% do preço da Oferta Publica Inicial da Euronext N.V.

Foi realizada uma reunião alargada de quadros da Euronext Lisbon e da Interbolsa,

em fevereiro de 2014, que se juntaram durante um dia completo para rever e

debater as perspetivas da empresa e do mercado.

4.2. Comunidade

A Euronext Lisbon mantém um forte envolvimento em causas sociais, em particular

apoiando iniciativas inovadoras que incidam nas raízes dos problemas; voltou a recorrer ao

“toque do sino” para dar visibilidade a vários projetos relevantes para o mercado e para a

comunidade.

Ao longo do primeiro semestre a Bolsa portuguesa continuou a apoiar a Bolsa de

Valores Sociais, em parceria com os outros fundadores do projeto – a Fundação EDP

e a Fundação Calouste Gulbenkian. Este projeto procura responder a problemas

relacionados com a educação e com o empreendedorismo em populações menos

favorecidas.

A Euronext Lisbon celebrou o Dia Internacional da Mulher (8 de março), com um

toque do sino de encerramento do mercado, antecedido por uma atividade física

aberta a todos os seus colaboradores, com o objetivo de evidenciar a relevância de

escolher um estilo de vida mais saudável e de melhor equilibrar a vida pessoal e

profissional. Adicionalmente, para assinalar este dia e contribuir para a promoção da

igualdade de género, a Euronext colaborou com a Vigeo – o parceiro do grupo para

os índices de sustentabilidade – na elaboração de um trabalho de divulgação, que

incluiu a entrevista a três empresas portuguesas com as melhores práticas nos temas

da diversidade.

À semelhança do que tem acontecido nos últimos anos, a Euronext Lisbon juntou-se

às restantes localizações europeias do Grupo para comemorar o ‘World Wish Day’,

através do toque do sino de encerramento da sessão de Bolsa no dia 29 de Abril de

2014.

A Euronext Lisbon juntou-se às restantes localizações do Grupo para apoiar a

consciencialização em relação ao Autismo. Tal como no ano passado, o sino foi

tocado a partir da Fundação Calouste Gulbenkian, no âmbito da Sessão

Comemorativa, organizada pela Federação Portuguesa de Autismo.

A Bolsa Portuguesa também tem participado ativamente na iniciativa lançada este

ano pelo BCSD – Business Coucil for Sustainable Development, designada “Projeto

Sustentável – soluções empresariais para o horizonte 2020”, cujo objetivo é

contribuir para “definir a agenda de atuação das empresas para o desenvolvimento

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sustentável de Portugal, no horizonte de 2020, em articulação com os decisores de

políticas públicas e os vários agentes da sociedade civil”.

4.3. Educação e Literacia Financeira

A Euronext Lisbon manteve a educação e a literacia financeira como uma das suas

prioridades da atuação, promovendo inúmeras ações envolvendo estudantes, professores e

o público em geral.

No primeiro semestre de 2014 realizaram-se mais cinco sessões das "Young

Professional Sessions" (YPS), envolvendo 171 participantes, a abordando diversos

temas relacionados com o mercado de capitais. Este programa foi lançado em 2013,

e destina-se a jovens profissionais de instituições financeiras, escritórios de

advogados, consultoras, auditoras, reguladores, associações, académicos, jornalistas

e outros que, de algum modo, tenham interesse nos temas relacionados com a

Bolsa.

Durante o 1º semestre, a Euronext Lisbon visitou e foi visitada por 251 alunos e 15

professores, quer do ensino secundário, quer universitário, em ações de divulgação e

promoção da literacia financeira.

Beto Perez, o criador da Zumba Fitness, tocou o sino que marcou o encerramento da

sessão de Bolsa no dia 11 de abril e aproveitou a sua vinda a Portugal para partilhar a

sua inspiradora história de empreendedorismo e perseverança.

A Euronext Lisbon apoiou mais uma edição do Global Investment Challenge,

competição realizada a partir de um simulador de Bolsa, este ano operacionalizada a

partir de uma cópia de uma plataforma de negociação real. Esta edição contou com

cerca de 3.000 participantes.

Em prol da formação para o empreendedorismo e para a literacia financeira, vários

colaboradores da Euronext Lisbon voltaram a integrar o projeto Junior Achievement

– Aprender e Empreender – apoiando, com o seu conhecimento e experiência, vários

grupos de alunos do ensino secundário em diversas escolas.

Em junho a Euronext voltou a apoiar a conferência anual da European Financial

Management Association, nomeadamente através do patrocínio de um prémio de

investigação relacionada com os mercados de capitais. Foram também apoiadas

outras iniciativas do mundo académico, nomeadamente a Conferência CFO,

promovida pelo INDEG-ISCTE.

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5. Análise Económica e Financeira

5.1. Apreciação Global

O resultado líquido consolidado da Euronext Lisbon no período de seis meses findo em

junho de 2014 ascendeu a 10,2 milhões de euros, tendo verificado uma evolução positiva

relativamente ao período homólogo, que registou 7,0 milhões de euros. Este resultado

consolida os resultados individuais da Euronext Lisbon e da Interbolsa, no montante de 4,2

milhões de euros (excluindo os ganhos em subsidiárias no valor de 9,6 milhões de euros) e

6,0 milhões de euros, respetivamente.

Os proveitos operacionais consolidados totalizaram 19,8 milhões de euros, resultantes de

proveitos operacionais da Euronext Lisbon e da Interbolsa, de 8,6 milhões de euros e 11,2

milhões de euros, respetivamente. O aumento simultâneo dos proveitos operacionais da

Euronext Lisbon em 51,4% e da Interbolsa em 3,5%, originou uma variação positiva dos

proveitos consolidados de 20,2%, em relação ao ano anterior.

Os custos operacionais consolidados, que totalizaram 5,7 milhões de euros, evidenciaram

uma diminuição de 782 mil euros (-12%) face ao período homólogo.

No período de seis meses findo em 30 de junho de 2014, a margem líquida foi de 51,7%,

contra 42,6% em idêntico período de 2013, sendo a margem operacional de 71,2% (60,6%

em 2013).

Analisando os indicadores ao nível do balanço, a rendibilidade do ativo situou-se em 18,6%,

superior ao registado em dezembro 2013 (12,9%), e a autonomia financeira registou 76,5%,

um valor inferior ao registado em dezembro de 2013 (83,7%).

5.2. Proveitos e Ganhos

Os proveitos operacionais consolidados, como referido anteriormente, atingiram o

montante de 19,8 milhões de euros, traduzindo-se num acréscimo de 20,2% face aos 16,4

milhões de euros registados no período de seis meses findo em 30 de junho de 2013.

Os proveitos decorrentes do mercado a contado registaram um acentuado aumento em

59,5%, justificado pelo acréscimo do número médio de negócios por sessão de 21.743 para

30.697, uma variação positiva de 41,0%, e pela alteração do preço médio por negócio de

0,52€ para 0,61€.

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Nº Médio de Negócios e Preço Médio por Negócio

Seguindo a mesma tendência as receitas de admissão e manutenção, registaram um

acréscimo em 473 mil euros (30,7%), resultado do aumento das receitas de admissão.

As receitas provenientes dos serviços de informação apresentaram uma subida de 537 mil

euros.

Os proveitos resultantes da liquidação e custódia atingiram o montante de 11,1 milhões de

euros, traduzindo uma subida de 3,5% face aos 10,7 milhões de euros registados no período

homólogo do ano anterior.

O segmento da liquidação e custódia dominou os proveitos (56% do total), seguido do de

mercado a contado (24%) e do de admissão/ manutenção (10%).

Proveitos Consolidados por Segmento de Atividade

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5.3. Custos e Perdas

Os custos operacionais consolidados totalizaram 5,7 milhões de euros, que comparam com

6,5 milhões de euros registados no período homólogo, significando um decréscimo de cerca

de 12,1%.

Os gastos consolidados com pessoal atingiram o montante de 3 milhões de euros,

registando uma diminuição de 159 mil euros face ao período de seis meses findo em 30 de

junho de 2013. Refira-se, contudo, que foram capitalizados cerca de 247 mil euros de gastos

com o pessoal afetos ao projeto T2S (Target2 Securities), desenvolvido pelo BCE - Banco

Central Europeu, e do qual a subsidiária Interbolsa é um participante ativo.

Os encargos consolidados com tecnologias de informação atingiram 901 mil euros,

representando uma diminuição de 5,4%, face ao período homólogo.

Os custos com serviços profissionais, consultadoria e outros, no valor de 543 mil euros,

registaram um acréscimo de 235 mil euros, resultantes de gastos adicionais verificados no

âmbito do projeto T2S (Target2 Securities), a decorrer na Interbolsa.

A despesa com equipamentos e instalações e outras despesas apresentaram descidas face a

junho 2013.

Custos Consolidados

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5.4. Estrutura Patrimonial

O ativo líquido consolidado da Euronext Lisbon ascendia, em 30 de junho 2014, a 54,9

milhões de euros, representando um aumento face a dezembro de 2013 de 720 mil euros,

refletido essencialmente na rubrica de “devedores e outros ativos” (847 mil euros).

O passivo líquido consolidado, no valor de 12,9 milhões de euros, registou uma subida face

a dezembro de 2013 em cerca de 4 milhões de euros, explicado principalmente pelo

aumento na rubrica de impostos a pagar e pelo aumento da responsabilidade resultante do

plano de benefícios definidos do Grupo.

O capital próprio consolidado, que ascendia a 45,4 milhões de euros no final de dezembro

de 2013, apresentou uma diminuição de 3,3 milhões de euros, decorrente da distribuição de

resultados referente a 2013.

Estrutura do Balanço

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6. Demonstrações Financeiras e Anexos às Contas

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Notas jun-14 dez-13

Ativo

Ativos tangíveis 13 778,858 853,948

Ativos intangíveis 14 603,016 215,870

Investimentos em subsidiárias 15 - 266,359

Outros investimentos 15 266,359 -

Outros ativos financeiros 16 1,438 1,264

Impostos diferidos ativos 17 9,348 84,251

Total de Ativos Não Correntes 1,659,019 1,421,692

Impostos a receber - -

Devedores e outros ativos 18 5,377,025 4,529,697

Caixa e depósitos a curto prazo 19 47,905,928 48,270,897 -

Total de Ativos Correntes 53,282,953 52,800,594

Total do Ativo 54,941,972 54,222,286

Capitais Próprios

Capital 21 8,750,000 8,750,000

Prémios de emissão 21 748,195 748,195

Reavaliação investimentos 22 - -

Reservas legais 22 14,250,000 14,249,998

Outros instrumentos de capital 21 639,828 578,118

Outras reservas 22 (6,011,860) (3,889,880)

Resultado transitados 13,457,380 10,876,408

Resultado líquido do exercício atribuível

aos accionistas e resultado transitados 10,216,555 14,047,132

Total dos Capitais Próprios 42,050,098 45,359,971

Passivo

Benefícios aos colaboradores 23 5,209,678 2,832,020

Provisões 24 84,775 384,775

Impostos diferidos passivos 17 - -

Total de Passivos Não Correntes 5,294,453 3,216,795

Credores e outros passivos 25 3,745,351 5,301,888

Impostos a pagar 12 3,852,070 343,632

Total de Passivos Correntes 7,597,421 5,645,520

Total do Passivo 12,891,874 8,862,315

Total dos Capitais Próprios e Passivo 54,941,972 54,222,286

O Técnico Oficial de Contas O Conselho de Administração

Lúcia Gomes Luís Laginha de Sousa

Isabel Ucha

Rui Matos

Euronext Lisbon – Sociedade Gestora

de Mercados Regulamentados, S.A.

Demonstração da Posição Financeira Consolidada em 30 de junho de 2014 e 31 de dezembro de 2013

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38

Demonstração dos resultados e de outro rendimento Integral Consolidado

para os períodos findos em 30 de junho de 2014 e 2013

Notas jun-14 jun-13

Prestações de serviços

Mercado a contado 2 4.664.812 2.924.131

Compensação 2 3.258 -

Admissão e manutenção 2 2.012.335 1.539.645

Mercado de derivados 2 88.463 64.808

Serviços de informação 2 1.593.363 1.056.516

Liquidação e custódia 2 11.083.062 10.710.134

Outros proveitos 2 327.089 150.572

19.772.382 16.445.806

Gastos e perdas

Gastos com o pessoal 3 2.997.890 3.156.761

Trabalhos para a própria entidade - Gastos com o pessoal 3/14 (247.239) -

Amortizações do exercício 4 107.052 126.602

Gastos com tecnologias de informação e comunicação 5 900.963 952.109

Serviços profissionais 6 542.700 307.708

Instalações e gastos gerais 7 556.118 574.063

Marketing 8 122.688 163.491

Provisoes ajustamentos e imparidades 18 560 54.156

Outros gastos 9 720.745 1.148.148

5.701.477 6.483.038

Resultado operacional 14.070.905 9.962.768

Resultado financeiro 10 84.439 31.987

Ganhos de subsidiárias 11 - -

Resultado antes de impostos 14.155.344 9.994.755

Impostos 12 3.938.789 2.984.134

Resultado do exercício 10.216.555 7.010.621

Outros rendimentos que não reclassificam por resultados

Desvios Actuariais 2.173.779 1.732.601

Var. Justo Valor de activos disponíveis p/venda - -

Rendimento Integral * 8.042.776 5.278.020

Resultado por ação (Básico e Diluído) - Euros 1,17 0,80

* - Líquido de Imposto sobre o Resultado

O Técnico Oficial de Contas O Conselho de Administração

Lúcia Gomes Luís Laginha de Sousa

Isabel Ucha

Rui Matos

de Mercados Regulamentados, S.A.

Euronext Lisbon – Sociedade Gestora

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39

(Valores expressos em Euros)

Total da Ajustes em

situação Prémios partes de Reserva Outras Outras Variações Resultados Resultados

líquida Capital Emissão capital Legal Reservas Capital Próprio transitados Líquidos

Saldos em 31 de dezembro 2012 50,056,921 8,750,000 748,195 733,436 14,249,998 (2,368,880) 260,821 12,506,920 15,176,431

Alterações no Período

Resultado líquido do período 14,047,132 - - - - - - 14,047,132

Desvios actuarias (1,521,000) - - - - (1,521,000) - - -

Reavaliação de Investimentos - - - - - - - -

Rendimento Integral 12,526,132

Plano de remunerações por acções 317,297 - - - - 317,297 - -

Reserva legal - - - - - - - -

Outros instrumentos de capital (733,436) (733,436) - - - -

Resultados transitados - - - - - - 15,176,431 (15,176,431)

Operações com detentores de capital no período

Distribuição de dividendos (16,806,943) - - - - - (16,806,943) -

Saldos em 31 de dezembro 2013 45,359,971 8,750,000 748,195 - 14,249,998 (3,889,880) 578,118 10,876,408 14,047,132

Alterações no Período

Resultado líquido do período 10,216,555 - - - - - - 10,216,555

Desvios actuarias (2,121,980) - - - - (2,121,980) - - -

Reavaliação de Investimentos - - - - - - - -

Rendimento Integral 8,094,575

Plano de remunerações por acções 61,710 - - - - 61,710 - -

Reserva legal - - - - 2 - (2) -

Outros instrumentos de capital - - - - - -

Resultados transitados (52,000) - - - - - 13,995,132 (14,047,132)

Operações com detentores de capital no período

Distribuição de dividendos (11,414,158) - - - - - (11,414,158) -

Saldos em 30 de junho 2014 42,050,098 8,750,000 748,195 - 14,250,000 (6,011,860) 639,828 13,457,380 10,216,555

O Técnico Oficial de Contas O Conselho de Administração

Lúcia Gomes Luís Laginha de Sousa

Isabel Ucha

Rui Matos

Euronext Lisbon – Sociedade Gestorade Mercados Regulamentados, S.A.

Mapa de alterações na Situação Líquida Consolidado

para os periodos findos em 30 junho de 2014 e 31 de dezembro de 2013

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40

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41

Notas jun-14 dez-13

Ativo

Ativos tangíveis 13 568,119 607,926

Ativos intangíveis 14 - -

Investimentos em subsidiárias 15 5,500,000 5,766,359

Outros investimentos 15 266,359 -

Oyutros ativos financeiros - -

Total de Ativos Não Correntes 6,334,478 6,374,285

Impostos a receber - -

Devedores e outros ativos 18 2,685,061 2,165,357

Caixa e depósitos a curto prazo 19 29,798,736 27,369,716

Total de Ativos Correntes 32,483,797 29,535,073

Total do Ativo 38,818,275 35,909,358

Capital 21 8,750,000 8,750,000

Prémios de emissão 21 748,195 748,195

Reavaliação investimentos 22 - -

Reservas legais 22 8,750,000 8,749,998

Outros instrumentos de capital 21 639,828 578,118

Outras reservas 22 (4,478,323) (2,940,279)

Resultados transitados 2,888,279 52,000

Resultado líquido do exercício atribuível

aos accionistas e resultado transitados 13,802,141 14,302,439

Total dos Capitais Próprios 31,100,120 30,240,471

Benefícios aos colaboradores 23 4,103,242 2,394,198

Provisões 24 84,775 84,775

Impostos diferidos passivos 17 - -

Total de Passivos Não Correntes 4,188,017 2,478,973

Credores e outros passivos 25 1,880,597 3,215,059

Impostos a pagar 12 1,649,541 (25,145)

Total de Passivos Correntes 3,530,138 3,189,914

Total do Passivo 7,718,155 5,668,887

Total dos Capitais Próprios e Passivo 38,818,275 35,909,358

O Técnico Oficial de Contas O Conselho de Administração

Lúcia Gomes Luís Laginha de Sousa

Isabel Ucha

Rui Matos

Euronext Lisbon – Sociedade Gestora

de Mercados Regulamentados, S.A.

Demonstração da Posição Financeira Individual em 30 de junho de 2014 e 31 de dezembro de 2013

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42

Euronext Lisbon – Sociedade Gestorade Mercados Regulamentados, S.A.

Demonstração dos resultados e de outro rendimento Integral Individual

para os períodos findos em 30 de junho de 2014 e 2013

Notas jun-14 jun-13

Prestações de serviços

Mercado a contado 2 4,664,812 2,924,131

Compensação 2 3,258 -

Admissão e manutenção 2 2,012,335 1,539,645

Mercado de derivados 2 88,463 64,808

Serviços de informação 2 1,593,363 1,056,516

Liquidação e custódia 2 - -

Outros proveitos 2 259,121 107,989

8,621,352 5,693,089

Gastos e perdas

Gastos com o pessoal 3 1,544,455 1,596,221

Amortizações do exercício 4 51,074 64,058

Gastos com tecnologias de informação e comunicação 5 290,650 331,514

Serviços profissionais 6 104,690 136,671

Instalações e gastos gerais 7 324,369 345,241

Marketing 8 72,688 113,491

Provisoes ajustamentos e imparidades 18 (1,386) 61,573

Outros gastos 9 428,623 841,486

2,815,163 3,490,255

Resultado operacional 5,806,189 2,202,834

Resultado financeiro 10 25,993 11,596

Ganhos de subsidiárias 11 9,619,500 10,803,916

Resultado antes de impostos 15,451,682 13,018,346

Impostos 12 1,649,541 695,932

Resultado do exercício 13,802,141 12,322,414

Outros rendimentos que não reclassificam por resultados

Desvios Actuariais 1,589,843 1,152,000

Var. Justo Valor de activos disponíveis p/venda - -

Rendimento Integral * 12,212,298 11,170,414

Resultado por ação (Básico e Diluído) - Euros 1.58 1.41

* - Líquido de Imposto sobre o Resultado

O Técnico Oficial de Contas O Conselho de Administração

Lúcia Gomes Luís Laginha de Sousa

Isabel Ucha

Rui Matos

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(Valores expressos em Euros)

Total da Ajustes em

situação Prémios partes de Reserva Outras Outras Variações Resultados Resultados

líquida Capital Emissão capital Legal Reservas Capital Próprio transitados Líquidos

Saldos em 31 de dezembro 2012 34,313,114 8,750,000 748,195 733,436 8,749,998 (1,788,279) 260,821 468,296 16,390,647

Alterações no Período

Resultado líquido do período 14,302,439 - - - - - - 14,302,439

Desvios actuarias (1,152,000) (1,152,000)

Reavaliação de Investimentos - - - - - - - -

Rendimento Integral 13,150,439

Plano de remunerações por acções 317,297 - - - - 317,297 - -

Reserva legal - - - - - - - -

Outros instrumentos de capital (733,436) (733,436)

Resultados transitados - - - - - - 16,390,647 (16,390,647)

Operações com detentores de capital no período

Distribuição de dividendos (16,806,943) - - - - - (16,806,943) -

Saldos em 31 de dezembro 2013 30,240,471 8,750,000 748,195 - 8,749,998 (2,940,279) 578,118 52,000 14,302,439

Alterações no Período

Resultado líquido do período 13,802,141 - - - - - - 13,802,141

Desvios actuarias (1,538,044) (1,538,044)

Reavaliação de Investimentos - - - - - - - -

Rendimento Integral 12,264,097

Plano de remunerações por acções 61,710 - - - - 61,710 - -

Reserva legal - - - - 2 - (2) -

Outros instrumentos de capital - -

Resultados transitados (52,000) - - - - - 14,250,439 (14,302,439)

Operações com detentores de capital no período

Distribuição de dividendos (11,414,158) - - - - - (11,414,158) -

Saldos em 30 de junho 2014 31,100,120 8,750,000 748,195 - 8,750,000 (4,478,323) 639,828 2,888,279 13,802,141

O Técnico Oficial de Contas O Conselho de Administração

Lúcia Gomes Luís Laginha de Sousa

Isabel Ucha

Rui Matos

Euronext Lisbon – Sociedade Gestorade Mercados Regulamentados, S.A.

Mapa de alterações na Situação Líquida individual

para os periodos findos em 30 junho de 2014 e 31 de dezembro de 2013

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Jun-14 Jun-13

I Atividades operacionais

Resultado liquido antes de impostos 15.451.682 13.018.346

Ajustamentos:

Ganhos e perdas reconhecidas diretamente em resultados - -

Resultados financeiros (25.993) 20.404

Amortizações 51.074 64.058

Dividendos (9.619.500) (10.803.916)

Outras operações sem fluxo de caixa 119.000 105.000

Total dos fluxos de caixa operacionais antes da variação 5.976.263 2.403.892

do "working capital" (A)

(Aumento) / diminuição recebimentos não recorrentes - -

(Aumento) / diminuição outros recebimentos (519.704) 628.169

Diminuição em pagamentos de curto prazo (1.273.436) 509.657

Total da variação do "working capital" (B) (1.793.140) 1.137.826

Fluxos de caixa gerados pelas atividades operacionais (A + B) 4.183.123 3.541.719

Impostos sobre o rendimento (pagos) / recebidos 25.145 (563.874)

Pagamento de juros (4.367) (4.010)

Total de fluxos de caixa de atividades operacionais 4.203.901 2.973.835

II Atividades de investimento

Compra de ativos tangíveis (11.266) (37.528)

Venda de ativos tangíveis e intangíveis 141 7.750

Juros recebidos 30.903 13.820

Aquisição de investimentos - -

Outras atividades de investimento - -

Total de fluxos de caixa de atividades de investimento 19.778 (15.958)

III Atividades de financiamento

Dividendos recebidos / pagos (1.794.658) (6.003.027)

Outras actividades de financiamento

Total de fluxos de caixa de atividades de financiamento (1.794.658) (6.003.027)

Total de fluxos de caixa do exercício 2.429.020 (3.045.151)

Variação de caixa e seus equivalentes

Caixa e seus equivalentes no ínicio do exercício 27.369.716 26.686.259

Caixa e seus equivalentes no final do exercício 29.798.736 23.641.108

Movimentos em caixa e seus equivalentes 2.429.020 (3.045.151)

O Técnico Oficial de Contas O Conselho de Administração

Lúcia Gomes Luís Laginha de Sousa

Isabel Ucha

Rui Matos

Euronext Lisbon – Sociedade Gestora

de Mercados Regulamentados, S.A.

Demonstração dos Fluxos de Caixa Individual

(Valores expressos em euros)

para os períodos findos em 30 de junho de 2014 e 2013

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45

Euronext Lisbon – Sociedade Gestora de Mercados Regulamentados, S.A.

Notas às Demonstrações Financeiras Consolidadas e Individuais

para o período de seis meses findo em 30 de junho de 2014

1 Políticas contabilísticas

1.1 Bases de apresentação

A Euronext Lisbon – Sociedade Gestora de Mercados Regulamentados, S.A. (adiante designada por

“Euronext Lisbon”), com Sede na Avenida da Liberdade, n.º 196 – 7º, em Lisboa, foi constituída por

escritura pública de 10 de fevereiro de 2000 conforme deliberação das Assembleias-Gerais da

Associação da Bolsa de Valores de Lisboa e da Associação da Bolsa de Derivados do Porto, em 20 de

dezembro de 1999, nos termos do disposto no Decreto-Lei n.º 394/99 de 13 de outubro e da Portaria

n.º 1194-A/99 (2ª Série), de 8 de novembro.

A Euronext Lisbon tem como objeto principal a gestão de bolsas, podendo ainda gerir outros

mercados de valores mobiliários, gerir sistemas de liquidação de valores mobiliários, prestar outros

serviços relacionados com a emissão e a negociação de valores mobiliários que não constituam

atividade de intermediação e prestar aos membros dos mercados por si geridos os serviços que se

revelem necessários à intervenção desses membros em mercados geridos por entidade congénere de

outro Estado com quem tenha celebrado acordo.

A Euronext Lisbon – Sociedade Gestora de Mercados Regulamentados, S.A. encontra-se matriculada

na Conservatória do Registo Comercial de Lisboa – 1ª Secção, sob o número 504825330.

O registo do ato constitutivo foi efetuado em 22 de fevereiro de 2000.

As demonstrações financeiras individuais e consolidadas da Euronext Lisbon para o semestre findo

em 30 de junho de 2014, foram preparadas em conformidade com as Normas Internacionais de Relato

Financeiro (“IFRS”) aprovadas pela União Europeia e em vigor nessa data.

As demonstrações financeiras foram preparadas de acordo com o princípio do custo histórico, com

exceção dos ativos e passivos registados ao seu justo valor, nomeadamente os ativos financeiros

disponíveis para venda. Os outros ativos e passivos financeiros e ativos e passivos não financeiros são

registados ao custo amortizado ou custo histórico. As políticas contabilísticas apresentadas nessa data

foram aplicadas de forma consistente a todas as entidades do Grupo, em todos os períodos

apresentados nas demonstrações financeiras.

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46

1.2 Bases de consolidação

Participações financeiras em subsidiárias

As participações financeiras em empresas subsidiárias em que a Euronext Lisbon exerce o controlo

são consolidadas pelo método de consolidação integral desde a data em que a Euronext Lisbon

assume o controlo sobre as suas atividades até ao momento em que esse controlo cessa. Presume-se a

existência de controlo quando a Euronext Lisbon detém mais de metade dos direitos de voto. Existe

também controlo quando a Euronext Lisbon detém o poder, direta ou indiretamente, de gerir a política

financeira e operacional de determinada empresa de forma a obter benefícios das suas atividades,

mesmo que a percentagem que detém sobre os seus capitais próprios seja inferior a 50%.

Transações eliminadas em consolidação

Os saldos e transações entre empresas da Euronext Lisbon, bem como alguns ganhos e perdas não

realizados resultantes dessas transações, são anulados na preparação das demonstrações financeiras

consolidadas. Os ganhos e perdas não realizados de transações com associadas são eliminados na

extensão da participação da Euronext Lisbon nessas entidades.

1.3 Instrumentos financeiros

i) Classificação

Os ativos financeiros disponíveis para venda são ativos financeiros que não se enquadram na

definição de derivados e que não são classificados como investimentos detidos até à maturidade ou

instrumentos financeiros de negociação. Os ativos financeiros disponíveis para venda incluem

instrumentos de capital e dívida.

ii) Data de reconhecimento

Os ativos e passivos financeiros são reconhecidos na data da realização das operações.

iii) Ativos financeiros disponíveis para venda

Ativos financeiros disponíveis para venda detidos com o objetivo de serem mantidos pela Euronext

Lisbon, nomeadamente ações, são classificados como disponíveis para venda. Os ativos financeiros

disponíveis para venda são reconhecidos inicialmente ao justo valor, incluindo os custos ou proveitos

associados às transações. Os ativos financeiros disponíveis para venda são posteriormente mensurados

ao seu justo valor. As alterações no justo valor são registadas por contrapartida de reservas de justo

valor até ao momento em que são vendidos ou se encontram sujeitos a perdas de imparidade. Na

alienação dos ativos financeiros disponíveis para venda, os ganhos ou perdas acumulados

reconhecidos como reservas de justo valor são reconhecidos na rubrica “Resultados de activos

financeiros disponíveis para venda” da demonstração de resultados.

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47

Em cada data de balanço é efetuada uma avaliação da existência de uma evidência objetiva de

imparidade nomeadamente de um impacto adverso nos “cash flows” futuros estimados de um ativo

financeiro ou grupo de ativos financeiros que possa ser medido de forma fiável.

Se for identificada imparidade num ativo financeiro disponível para venda, a perda acumulada

(mensurada como a diferença entre o custo de aquisição e o justo valor, excluindo perdas de

imparidade anteriormente reconhecidas por contrapartida de resultados) é transferida do capital

próprio e reconhecida na demonstração de resultados. Caso, num período subsequente, o justo valor

dos instrumentos de dívida classificados como disponíveis para venda aumentar e esse aumento puder

ser objetivamente associado a um evento ocorrido após o reconhecimento da perda por imparidade na

demonstração de resultados, a perda por imparidade é revertida por contrapartida de resultados. As

perdas de imparidade reconhecidas em instrumentos de capital, classificados como disponíveis para

venda, não são revertidas por contrapartida de resultados.

1.4 Justo valor dos instrumentos financeiros

O justo valor de um instrumento financeiro é o montante pelo qual um instrumento pode ser trocado

numa transação normal de mercado entre partes conhecedoras e dispostas a isso, sem qualquer

intenção ou necessidade de liquidar ou de empreender uma transação em condições adversas.

O justo valor é obtido com base em preços de cotação em mercado ou em preços de intermediários

financeiros em mercados de ativos, quando disponíveis. Na sua ausência, o justo valor é baseado na

utilização de preços de transações recentes realizadas em condições de mercado ou, na sua ausência,

usando técnicas de valorização. Estas técnicas de valorização incluem fluxos futuros de caixa

descontados considerando dados observáveis de mercado disponíveis.

1.5 Reclassificação entre categorias de instrumentos financeiros

Transferências de e para ativos e passivos financeiros de negociação são proibidas.

1.6 Desreconhecimento

A Euronext Lisbon desreconhece os ativos financeiros quando expiram todos os direitos a fluxos de

caixa futuros ou quando os ativos forem transferidos. Quando ocorre uma transferência de ativos, o

desreconhecimento apenas pode ocorrer quando substancialmente todos os riscos e benefícios dos

ativos foram transferidos ou a Euronext Lisbon não mantém controlo dos ativos.

A Euronext Lisbon procede ao desreconhecimento de passivos financeiros quando os mesmos são

cancelados ou extintos.

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1.7 Locação financeira

Na ótica do locatário os contratos de locação financeira são registados na data do seu início como

ativo e passivo pelo justo valor da propriedade locada, que é equivalente ao valor atual das rendas de

locação vincendas.

As rendas são constituídas pelo encargo financeiro e pela amortização financeira do capital. Os

encargos financeiros são imputados aos períodos durante o prazo de locação, a fim de produzir uma

taxa de juro periódica constante sobre o saldo remanescente do passivo para cada período.

1.8 Reconhecimento de custos e proveitos

Os custos e os proveitos são registados no período a que se referem independentemente do seu

pagamento ou recebimento, de acordo com o princípio contabilístico da especialização dos exercícios.

As diferenças entre os montantes recebidos e pagos e as correspondentes receitas e despesas são

registadas nas rubricas de “Outros ativos ou passivos”, conforme sejam valores a receber ou a pagar.

O rédito compreende os montantes faturados na prestação de serviços líquidos de imposto sobre o

valor acrescentado, abates e descontos.

1.9 Contas a receber

As contas a receber são inicialmente reconhecidas ao seu justo valor deduzidas das perdas por

imparidade que lhe estejam associadas.

As perdas por imparidade são registadas com base na avaliação das perdas estimadas, associadas aos

créditos de cobrança duvidosa na data de balanço. As perdas por imparidade identificadas são

registadas por contrapartida de resultados, sendo subsequentemente revertidas por resultados, caso se

verifique uma redução do montante da perda estimada, num período posterior.

1.10 Ativos tangíveis

Os ativos tangíveis encontram-se registados ao custo de aquisição, deduzido das respetivas

amortizações acumuladas e perdas de imparidade. As taxas de amortização dos ativos tangíveis são

revistas de forma a representarem a vida útil esperada dos bens a que respeitam. Os custos

subsequentes são reconhecidos como um ativo separado apenas se for provável que deles resultarão

benefícios económicos futuros para a Euronext Lisbon. As despesas com manutenção e reparação são

reconhecidas como custo à medida que são incorridas de acordo com o princípio da especialização

dos exercícios.

A Euronext Lisbon procede a testes de imparidade sempre que eventos ou circunstâncias indiciam que

o valor contabilístico excede o valor realizável, sendo a diferença, caso exista, reconhecida em

resultados.

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As amortizações dos ativos tangíveis são calculadas segundo o método das quotas constantes de

acordo com os seguintes períodos de vida útil esperada dos bens:

Número de anos

Edifícios 2 a 5

Equipamento informático 2 a 3

Equipamento de transporte 4

Equipamento administrativo 4 a 10

Outros ativos tangíveis 3 a 10

1.11 Ativos intangíveis

“Software”

Os custos incorridos com a aquisição de software são capitalizados, assim como as despesas

adicionais suportadas pela Euronext Lisbon necessárias à sua implementação. Estes custos são

amortizados de forma linear ao longo da vida útil esperada destes ativos (3 anos).

Os custos com a manutenção de programas informáticos são reconhecidos como custos quando

incorridos.

Nos casos em que sejam cumpridos os requisitos definidos na Norma Internacional de Contabilidade 38

– Ativos Intangíveis, os custos internos diretos incorridos no desenvolvimento de software são

capitalizados como ativos intangíveis.

1.12 Caixa e equivalentes de caixa

Para efeitos da demonstração dos fluxos de caixa, a caixa e seus equivalentes englobam os valores

registados no balanço com maturidade inferior a três meses a contar da data de balanço, onde se

incluem a caixa e as disponibilidades em outras instituições de crédito, onde se inclui o saldo das contas

junto do sistema de cash pooling da Euronext.

1.13 Transações em moeda estrangeira

As transações em moeda estrangeira são convertidas à taxa de câmbio da data da transação. Os ativos

e passivos monetários denominados em moeda estrangeira, que estão contabilizados ao custo

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histórico, são convertidos à taxa de câmbio da data de balanço. As diferenças cambiais resultantes da

conversão são reconhecidas em resultados. Os ativos e passivos não monetários denominados em

moeda estrangeira, registados ao custo histórico, são convertidos à taxa de câmbio da data da

transação. Ativos e passivos não monetários registados ao justo valor são convertidos à taxa de

câmbio da data em que o justo valor foi determinado.

1.14 Benefícios a empregados

Plano de benefícios definidos

Por contrato de 15 de Janeiro de 2000 entre a Associação da Bolsa de Valores de Lisboa e a

Sociedade Gestora de Fundos de Pensões da CGD, S.A. foi constituído um fundo de pensões cujo

património inicial foi de Euros 1.391.127.

A 29 de dezembro de 2000 foi celebrado o contrato de alteração ao contrato constitutivo do Fundo de

Pensões da Bolsa de Valores de Lisboa, passando este a abranger também os trabalhadores que

integravam a Associação da Bolsa de Derivados do Porto. Desta forma, o Fundo de Pensões inclui a

totalidade dos funcionários da Euronext Lisbon – Sociedade Gestora de Mercados Regulamentados,

S.A..

Por contrato datado de 27 de Dezembro de 2001 entre a Interbolsa – Sociedade Gestora de Sistemas

de Liquidação e de Sistemas Centralizados de Valores Mobiliários, S.A. e a Sociedade Gestora de

Fundos de Pensões da CGD, S.A. foi constituído um fundo de pensões com as mesmas características

do Fundo de Pensões da Euronext Lisbon, cujo património inicial foi de Euros 498.798.

O Fundo reveste a forma de Fundo de Pensões fechado de benefício definido e encontra-se constituído

por tempo indeterminado.

As responsabilidades decorrentes do Fundo de Pensões foram determinadas através de estudo atuarial

elaborado pela CGD - Sociedade Gestora de Fundos de Pensões, S.A..

A responsabilidade líquida da Euronext Lisbon com planos de reforma (planos de benefício definido)

é estimada anualmente, à data de fecho de contas.

O cálculo atuarial é efetuado com base no método de crédito da unidade projetada para a reforma por

velhice, invalidez e sobrevivência imediata e diferida, tendo sido utilizado decrementos por invalidez

para a reforma por velhice e sobrevivência diferida, tendo sido ainda, utilizados pressupostos atuariais

e financeiros de acordo com os parâmetros exigidos pela IAS 19 Revista.

Os custos de serviço corrente e os custos de serviços passados em conjunto com o retorno esperado

dos ativos do plano são registados por contrapartida de custos operacionais.

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A responsabilidade líquida da Euronext Lisbon relativa ao plano de pensões de benefício definido é

calculada através da estimativa do valor de benefícios futuros que cada empregado deve receber em

troca pelo seu serviço no período corrente e em períodos passados. O benefício é descontado de forma

a determinar o seu valor atual, sendo que o justo valor de quaisquer ativos do plano deve ser

deduzido. A taxa de desconto aplicada corresponde à taxa de obrigações de “rating” AAA com

maturidade semelhante à data do termo das obrigações do plano.

No exercício de 2013, em conformidade com a revisão da IAS 19 (IAS 19 R) o Grupo procedeu à

alteração da política contabilística de mensuração dos ganhos e perdas decorrentes de diferenças entre

os pressupostos atuariais e financeiros utilizados e os valores efetivamente verificados no que se

refere às responsabilidades e ao rendimento esperado do fundo de pensões, bem como os resultantes

de alterações de pressupostos atuariais (ganhos e perdas atuariais).

A partir de 1 Janeiro de 2013 os ganhos e perdas atuariais passaram a ser reconhecidos na rubrica de

“Outras Reservas” no capital próprio.

Adicionalmente, a revisão da IAS 19 prevê que o custo financeiro do plano de benefícios com fundo

constituído, deve ser calculado pela aplicação da taxa de desconto ao saldo líquido das

responsabilidades estimadas e do justo valor dos ativos do plano, quer se trate de um saldo positivo ou

negativo.

Os pagamentos ao fundo são efetuados anualmente de acordo com um plano de contribuições

determinado de forma a assegurar a solvência do fundo.

Programa de remuneração por ações

No âmbito da preparação ao IPO da Euronext N.V., foi oferecido um Programa acionista aos

Colaboradores do grupo, que permitiu a todos um benefício desse programa. Os colaboradores

puderam deste modo, participar na operação da compra de ações da EURONEXT N.V. através do

FCPE Euronext Group, a um preço igual a 80% do preço da Oferta Publica Inicial da Euronext N.V.”

1.15 Resultados financeiros

Os resultados financeiros incluem os juros recebidos de aplicações, ganhos e perdas de diferenças de

câmbio.

Os juros recebidos são reconhecidos de acordo com o princípio da especialização dos exercícios,

considerando o método da taxa de juro efetiva. Os juros pagos relativos a operações de leasing

financeiro são reconhecidos considerando o método da taxa de juro efetiva.

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1.16 Impostos sobre lucros

Os impostos sobre lucros registados em resultados, incluem o efeito dos impostos correntes e

impostos diferidos. O imposto é reconhecido na demonstração de resultados, exceto quando

relacionado com itens que sejam movimentados em capitais próprios, facto que implica o seu

reconhecimento em capitais próprios.

A Empresa é tributada pelo regime especial de tributação de grupos de sociedades (RETGS) previsto

no artigo n.º 69.º e seguintes do Código do IRC, sendo o grupo de tributação constituído pela Empresa

e pela sua subsidiária Interbolsa, S.A.. As empresas que se englobam no perímetro do grupo de

sociedades sujeitas a este regime apuram e registam o imposto sobre o rendimento tal como se fossem

tributadas numa ótica individual. Caso sejam apurados ganhos na aplicação deste regime, estes são

registados, na sua totalidade, como um rendimento da Empresa.

Os impostos correntes correspondem ao valor esperado a pagar sobre o resultado tributável do

período, utilizando a taxa de imposto em vigor ou substancialmente aprovada pelas autoridades fiscais

à data de balanço e quaisquer ajustamentos aos impostos de períodos anteriores.

Os impostos diferidos são calculados, de acordo com o método do passivo com base no balanço, sobre

as diferenças temporárias entre os valores contabilísticos dos ativos e passivos e a sua base fiscal,

utilizando as taxas de imposto aprovadas ou substancialmente aprovadas à data de balanço em cada

jurisdição e que se espera virem a ser aplicadas quando as diferenças temporárias se reverterem.

Os ativos por impostos diferidos são reconhecidos, quando exista uma expetativa razoável de haver

lucros tributáveis futuros que absorvam as diferenças temporárias dedutíveis para efeitos fiscais.

1.17 Resultados por ação

Os resultados por ação básicos são calculados dividindo o lucro atribuível aos acionistas da empresa

mãe pelo número de ações ordinárias.

1.18 Provisões

As provisões são reconhecidas quando o Grupo tem: i) uma obrigação presente, legal ou construtiva

resultante de eventos passados; ii) para a qual é mais provável de que seja necessário um dispêndio de

recursos internos no pagamento dessa obrigação; e iii) o montante possa ser estimado com

razoabilidade. Sempre que um dos critérios não seja cumprido ou a existência da obrigação esteja

condicionada à ocorrência (ou não ocorrência) de determinado evento futuro, o Grupo divulga tal facto

como um passivo contingente, salvo se a avaliação da exigibilidade da saída de recursos para

pagamento do mesmo seja considerada remota.

As provisões são mensuradas ao valor presente dos dispêndios estimados para liquidar a obrigação

utilizando uma taxa antes de impostos, que reflete a avaliação de mercado para o período do desconto e

para o risco da provisão em causa.

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1.19 Fundo de garantia

Por deliberação da Assembleia-Geral da Associação da Bolsa de Valores de Lisboa foi criado, em 2

de Janeiro de 1997, o Fundo de Garantia daquela Associação. A finalidade deste fundo era a de

assegurar aos clientes dos corretores associados membros daquela Associação, o cumprimento das

obrigações decorrentes das operações que foram incumbidos de realizar na Bolsa de Valores de

Lisboa.

De acordo com o regulamento interno deste Fundo de Garantia, no exercício de 1997, a Associação da

Bolsa de Valores de Lisboa, entregou uma contribuição extraordinária (reembolsável) no valor de

Euros 266.358, a qual se encontra registada na rubrica de “Outros Investimentos”.

A alteração ao Código dos Valores Mobiliários, introduzida pelo Decreto-Lei n.º 66/2004, de 24 de

Março, alterou a natureza obrigatória da existência de fundos de garantia, cuja constituição passou a

constituir uma possibilidade oferecida às, e já não um dever a cargo das, entidades gestoras, bem

como, modificou a natureza da participação no fundo de garantia, a qual deixou de ser obrigatória e

perdeu o seu caráter de requisito de exercício das atividades de membro de mercado regulamentado e

de participante de sistemas de liquidação e passou a ser facultativa.

1.20 Estimativas contabilísticas na aplicação das políticas contabilísticas

As IFRS estabeleceram um conjunto de tratamentos contabilísticos que requerem que o Conselho de

Administração utilize o julgamento e faça as estimativas necessárias de forma a decidir qual o

tratamento contabilístico mais adequado.

As principais estimativas contabilísticas e julgamentos utilizados na aplicação dos princípios

contabilísticos pela Euronext Lisbon são analisados como segue, no sentido de melhorar o

entendimento de como a sua aplicação afeta os resultados reportados da Euronext Lisbon e a sua

divulgação.

Considerando que em algumas situações as normas contabilísticas permitem um tratamento

contabilístico alternativo em relação ao adoptado pelo Conselho de Administração, os resultados

reportados pela Euronext Lisbon poderiam ser diferentes caso um tratamento diferente fosse

escolhido. O Conselho de Administração considera que os critérios adotados são apropriados e que as

demonstrações financeiras apresentam de forma adequada a posição financeira da Euronext Lisbon e

das suas operações em todos os aspetos materialmente relevantes.

Os resultados das alternativas analisadas de seguida são apresentados apenas para assistir o leitor no

entendimento das demonstrações financeiras e não têm intenção de sugerir que outras alternativas ou

estimativas são mais apropriadas.

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Imparidade dos ativos financeiros disponíveis para venda

A Euronext Lisbon determina que existe imparidade nos seus ativos financeiros disponíveis para

venda quando existe uma desvalorização continuada ou de valor significativo no seu justo valor. A

determinação de uma desvalorização continuada ou de valor significativo requer julgamento. No

julgamento efetuado, a Euronext Lisbon avalia entre outros fatores, a volatilidade normal dos preços

dos ativos financeiros.

Adicionalmente, as avaliações são obtidas através de preços de mercado ou de modelos de avaliação,

os quais requerem a utilização de determinados pressupostos ou julgamento no estabelecimento de

estimativas de justo valor.

Metodologias alternativas e a utilização de diferentes pressupostos e estimativas, poderá resultar num

nível diferente de perdas por imparidade reconhecidas, com o consequente impacto nos resultados da

Euronext Lisbon.

Imparidade dos ativos de longo prazo

Os ativos fixos tangíveis e intangíveis são revistos para efeitos de imparidade quando existem factos

ou circunstâncias que indicam que o seu valor líquido não é recuperável.

Considerando as incertezas quanto ao valor de recuperação do valor líquido dos ativos fixos tangíveis

e intangíveis pelo facto de se basear na melhor informação disponível à data, as alterações de

pressupostos poderão resultar em impactos na determinação do nível de imparidade e

consequentemente nos resultados da Euronext Lisbon.

Cobranças duvidosas

As perdas por imparidade relativas a contas a receber de cobrança duvidosa são baseadas na avaliação

efetuada pela Administração da probabilidade de recuperação dos saldos das contas a receber,

antiguidade de saldos, anulação de dívidas e outros fatores. Existem determinadas circunstâncias e

factos que podem alterar a estimativa das perdas por imparidade dos saldos das contas a receber face

aos pressupostos considerados, incluindo alterações da conjuntura económica, das tendências

setoriais, da deterioração da situação creditícia dos principais clientes e de incumprimentos

significativos. Este processo de avaliação está sujeito a diversas estimativas e julgamentos. As

alterações destas estimativas podem implicar a determinação de diferentes níveis de imparidade e

consequentemente diferentes impactos em resultados.

Impostos sobre os lucros

A determinação do montante global de impostos sobre os lucros requer determinadas interpretações e

estimativas. Existem diversas transações e cálculos para os quais a determinação dos impostos a pagar

é incerto durante o ciclo normal de negócios.

Outras interpretações e estimativas poderiam resultar num nível diferente de impostos sobre os lucros,

correntes e diferidos, reconhecidos no período.

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As Autoridades Fiscais têm a atribuição de rever o cálculo da matéria coletável efetuado pela

Euronext Lisbon e pela sua Subsidiária durante um período de quatro anos. Desta forma, é possível

que haja correções à matéria coletável, resultantes principalmente de diferenças na interpretação da

legislação fiscal. No entanto, é convicção do Conselho de Administração da Euronext Lisbon e da sua

Subsidiária, de que não haverá correções significativas aos impostos sobre lucros registados nas

demonstrações financeiras.

Pensões e outros benefícios a empregados

A determinação das responsabilidades pelo pagamento de pensões de reforma requer a utilização de

pressupostos e estimativas, incluindo a utilização de projeções atuariais, rentabilidade estimada dos

investimentos e outros fatores que podem ter impacto nos custos e nas responsabilidades do plano de

pensões.

Alterações a estes pressupostos poderiam ter um impacto significativo nos valores determinados.

1.21 Gestão dos riscos de negócio

A Euronext Lisbon dedica uma atenção rigorosa, permanente, à manutenção de um perfil de risco

prudente, equilibrado e adequado à experiência e à capacidade de organização, preservando os

objetivos básicos de solvabilidade, rentabilidade e adequada liquidez.

A Euronext Lisbon, enquanto entidade gestora de mercados regulamentados, dispõe de um sistema de

controlo interno que tem por objetivo a vigilância dos riscos inerentes à sua atividade, a minimização

de imprevistos, a adaptação às mudanças no ambiente económico e competitivo e às mudanças de

mercado, bem como, um mais eficaz desenvolvimento e crescimento da empresa.

Riscos financeiros

a) Exposição a risco de crédito

Não existe qualquer concentração significativa de risco de crédito numa única contraparte ou grupo de

contrapartes. A exposição máxima ao risco de crédito para cada classe de ativos financeiros é

representada pelos valores escriturados dos respetivos ativos.

b) Exposição a risco de taxa de juro

As aplicações financeiras encontram-se expressas em ativos sem risco ou de risco reduzido, como

sejam os depósitos a prazo com maturidade inferior a um ano.

As referidas aplicações são realizadas junto de instituições financeiras de reconhecida credibilidade,

existindo mecanismos de acompanhamento e avaliação dos riscos de aplicações de carteira própria,

que impedem a exposição a riscos considerados relevantes.

A Euronext Lisbon não utiliza quaisquer instrumentos financeiros derivados para cobertura dos riscos

de taxa de juro.

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Risco de liquidação e custódia

A 30 de junho de 2014, a valorização das emissões integradas na Central da Valores Mobiliários,

gerido pela Interbolsa (custódia) ascendia a Euros 326.459.833.5393.

Os procedimentos de alerta de existência de falhas na liquidação, bem como os procedimentos de

controlo interno implementados, permitem monitorizar e mitigar os riscos inerentes a estas operações.

1.22 Fluxos de caixa

O método utilizado para a apresentação dos fluxos de caixa é o método indireto.

2 Prestação de serviços e outros proveitos

O valor desta rubrica é composto por:

Prestação de serviços

Grupo Individual

jun 2014 jun 2013 jun 2014 jun 2013

Euros Euros Euros Euros

Mercado a Contado 4.664.812 2.924.131 4.664.812 2.924.131

Compensação 3.258 - 3.258 -

Admissão e manutenção 2.012.335 1.539.645 2.012.335 1.539.645

Mercado Derivado 88.463 64.808 88.463 64.808

Serviços de Informação 1.593.363 1.056.516 1.593.363 1.056.516

Liquidação e custódia 11.083.062 10.710.134 - -

19.445.293 16.295.234 8.362.231 5.585.100

3 A valorização das emissões representativas de dívida é calculada com base no valor nominal. Para as restantes emissões o cálculo é

baseado no último preço de fecho para os valores cotados ou no valor nominal para os valores não cotados. Nas unidades de participação

não admitidas à negociação a valorização é calculada com base no preço de subscrição. No que se refere às emissões de warrants, certificados e outros valores similares não é apresentada a valorização das emissões.

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Outros proveitos

O valor desta rubrica é composto por:

Grupo Individual

jun 2014 jun 2013 jun 2014 jun 2013

Euros Euros Euros Euros

Ganho Perdas em Imobilizações

Outros proveitos

141

326.948

-

150.572

141

258.980

-

107.989

327.089 150.572 259.121 107.989

3 Gastos com o pessoal

O valor desta rubrica é composto por:

Grupo Individual

jun 2014 jun 2013 jun 2014 jun 2013

Euros Euros Euros Euros

Remunerações 2.179.458 2.239.197 1.093.978 1.010.505

Encargos sociais obrigatórios 432.553 400.347 202.453 193.175

Encargos com pensões e

benefícios aos empregados (i) 218.053 194.250 133.375 122.250

Trabalhadores temporários 6.905 8.079 6.905 8.079

Formação 15.469 18.505 10.645 15.413

Alocação custos com pessoal Grupo - 115.068 - 115.068

Outros custos 145.462 181.315 97.099 131.731

2.997.890 3.156.761 1.544.455 1.596.221

(i) Inclui um montante de 203.678 relativos ao gasto no período com o plano de benefícios

definido (ver Nota 22) e um montante de 14.365 relativo ao gasto no período com o plano

de contribuições definidas.

O valor total de remunerações atribuídas a todos os membros dos Órgãos Sociais da Euronext Lisbon,

no semestre de junho 2014, registado na rubrica Gastos com pessoal, foi de Euros 252.128 (junho

2013: Euros 256.936).

No âmbito do projeto T2S (Target2 Securities), desenvolvido pelo BCE - Banco Central Europeu, e do

qual a subsidiária INTERBOLSA é um participante ativo, está a ser desenvolvido e produzido um novo

software de liquidação.

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Este desenvolvimento e produção encontram-se a ser efetuados tanto com meios humanos e materiais

internos como externos.

De acordo com a IAS 38 este software só poderá ser considerado como um ativo intangível se cumprir

com os requisitos que se encontram elencados na referida IAS e, no caso de ser desenvolvido e

produzido internamente, apenas os custos suportados com a produção serão considerados, sendo que os

custos de desenvolvimento são contabilizados diretamente em custos aquando da sua realização.

A subsidiária INTERBOLSA passou da fase de desenvolvimento para a produção no terceiro trimestre

de 2013, sendo que os custos com pessoal que estão a ser reconhecidos como um ativo intangível em

desenvolvimento em 30 de junho de 2014 são no montante de 365.686 euros, divididos da seguinte

forma:

31/12/2013 Movimentos 2014 30/06/2014

Euros Euros Euros

Remunerações 96.501 198.792 295.293

Encargos sociais obrigatórios 21.946 48.447 70.393

118.447 247.239 365.686

*Informação mais pormenorizada sobre este projeto pode ser encontrada no site do BCE,

http://www.ecb.europa.eu/paym/t2s/html/index.en.html.

O número de trabalhadores ao serviço do Grupo Euronext, em 30 de junho de 2014 e 31 de dezembro

2013, distribuído por departamentos, foi o seguinte:

Grupo Individual

jun 2014 jun 2013 jun 2014 jun 2013

Mercado a contado 6 6 6 6

Mercado de derivados 1 1 1 1

Liquidação e custódia 11 11 0 0

Suporte – Administrativo e financeiro 3 3 1 1

Suporte – Jurídico 4 4 3 3

Suporte – Informática 22 20 1 1

Suporte – Recursos humanos 3 3 3 3

Suporte – Relações públicas 1 1 1 1

Suporte – Serviços gerais 3 3 3 3

Outros (requisitados e expatriados) 12 12 9 9

66 64 28 28

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4 Amortizações do exercício

O valor desta rubrica é composto por:

Grupo Individual

jun 2014 jun 2013 jun 2014 jun 2013

Euros Euros Euros Euros

Ativos tangíveis:

Edifício - - - -

Equipamento informático 25.459 22.388 2.816 4.189

Equipamento de transporte 64.064 76.462 41.759 51.307

Equipamento administrativo 9.510 11.911 5.908 6.705

Outros ativos tangíveis 8.019 15.841 591 1.857

107.052 126.602 51.074 64.058

5 Gastos com tecnologias de informação e comunicação

O valor desta rubrica é composto por:

Grupo Individual

jun 2014 jun 2013 jun 2014 jun 2013

Euros Euros Euros Euros

Licenças e manutenção de hardware 71.564 76.814 - -

Licenças e manutenção de software 598.010 670.849 226.294 278.504

Custos com comunicação 229.825 177.737 62.792 26.301

Outros 1.564 26.709 1.564 26.709

900.963 952.109 290.650 331.514

6 Serviços profissionais

O valor desta rubrica é composto por:

Grupo Individual

jun 2014 jun 2013 jun 2014 jun 2013

Euros Euros Euros Euros

Consultadoria jurídica (265) (3.296) (265) (3.296)

Auditoria e outros serviços fiscais 58.794 44.803 25.000 27.888

Outra consultadoria 388.100 155.263 79.955 112.079

Outsourcing 96.071 110.938 - -

542.700 307.708 104.690 136.671

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7 Instalações e gastos gerais

O valor desta rubrica é composto por:

Grupo Individual

jun 2014 jun 2013 jun 2014 jun 2013

Euros Euros Euros Euros

Renda de edifícios 342.296 318.697 225.749 216.841

Segurança 25.034 25.034 - -

Gás, água e eletricidade 13.925 13.020 - -

Manutenção e serviços limpeza 19.412 18.902 12.296 11.235

Seguros 23.046 34.627 17.352 28.152

Despesas de deslocação 83.803 114.426 36.650 63.522

Equipamento de escritório 9.673 4.586 9.169 4.097

Correio 2.541 2.157 2.062 1.631

Outros gastos 36.388 42.614 21.091 19.793

556.118 574.063 324.369 345.241

8 Marketing

O valor desta rubrica é composto por:

Grupo Individual

jun 2014 jun 2013 jun 2014 jun 2013

Euros Euros Euros Euros

Eventos 39.924 62.187 39.924 62.187

Patrocínios 82.209 84.804 32.209 34.804

Apresentações e conferências 555 16.500 555 16.500

122.688 163.491 72.688 113.491

9 Outros gastos

O valor desta rubrica é composto por:

Grupo Individual

jun 2014 jun 2013 jun 2014 jun 2013

Euros Euros Euros Euros

Taxas de supervisão 450.000 450.000 180.000 180.000

IVA não recuperado 168.252 148.502 168.252 148.502

Custos Intragrupo - APA - 449.716 - 449.716

Custos com viaturas 45.674 57.271 34.574 33.387

Outros 56.819 42.659 45.797 29.881

720.745 1.148.148 428.623 841.486

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10 Resultado financeiro

O valor desta rubrica é composto por:

Grupo Individual

jun 2014 jun 2013 jun 2014 jun 2013

Euros Euros Euros Euros

Proveitos financeiros:

Juros obtidos 92.502 36.947 30.785 13.820

Diferenças de câmbio 119 1.786 119 1.786

92.621 38.733 30.904 15.606

Gastos financeiros:

Juros suportados 7.508 6.746 4.368 4.010

Diferenças de câmbio 674 - 543 -

8.182 6.746 4.911 4.010

Resultado financeiro 84.439 31.987 25.993 11.596

11 Ganhos em subsidiárias

Esta rubrica aplica-se apenas às contas individuais da Euronext Lisbon e refere-se aos dividendos

recebidos da sua subsidiária, Interbolsa – Sociedade gestora de Sistemas de Liquidação e de Sistemas

Centralizados de Valores Mobiliários, S.A., no valor de 9.619.500€ (junho 2013: 10.803.916€).

12 Impostos

Os encargos com impostos são os seguintes:

Grupo Individual

jun 2014 jun 2013 jun 2014 jun 2013

Euros Euros Euros Euros

Imposto corrente do exercício 3.863.886 2.983.096 1.649.541 695.932

Correcção de anos anteriores - - - -

3.863.886 2.983.096 1.649.541 695.932

Imposto diferido

Diferenças temporárias (Ver Nota 17) 74.903 1.038 - -

Imposto corrente sobre o rendimento

3.938.789

2.984.134

1.649.541

695.932

O valor de impostos sobre lucros do Grupo ascende a Euros 3.938.789, o que representa uma taxa

média de imposto de 27,83% do resultado consolidado antes de impostos (junho 2013: 29,86%).

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A diferença entre a taxa nominal de imposto sobre o rendimento a que a Euronext Lisbon se encontra

sujeita e a taxa média acima referida resulta dos ajustamentos considerados para efeitos da

determinação da matéria coletável, nos termos previstos na legislação aplicável.

A reconciliação entre a taxa nominal e a taxa efetiva de IRC no Grupo é analisada como segue:

jun 2014 jun 2013

% Valor % Valor

Resultado antes de impostos - 14.155.344 - 9.994.755

Taxa de imposto corrente 23% 3.255.729 25% 2.498.689

Tributação autónoma, estadual e benefícios fiscais

dedutíveis à coleta e custos não dedutíveis 4,83% 683.060 4,86% 485.445

27,83% 3.938.789 29.86% 2.984.134

A reconciliação entre a taxa nominal e a taxa efetiva de IRC, em base individual, é analisada como

segue:

jun 2014 jun 2013

% Valor % Valor

Resultado antes de impostos - 15.451.682 - 13.018.346

Taxa de imposto corrente 23% 3.553.887 25% 3.254.587

Anulação do efeito do dividendo recebido

(14,32%)

(3.553.887)

(20,75%)

(2.700.979)

Tributação autónoma, estadual e benefícios fiscais

dedutíveis à coleta e custos não dedutíveis 1,99% 308.139 1,09% 142.324

10,68% 1.649.541 5,35% 695,932

Durante o exercício findo em 31 de dezembro de 2013, a subsidiária INTERBOLSA suportou

despesas de investigação e desenvolvimento (I&D) suscetíveis de ser elegíveis para efeitos do Sistema

de Incentivos Fiscais à Investigação e Desenvolvimento Empresarial (SIFIDE) previsto no Decreto-

Lei n.º 249/2009, de 23 de setembro, o qual foi republicado pelo Decreto-Lei n.º 82/2013, de 17 de

junho (Código Fiscal ao Investimento).

Neste sentido, a INTERBOLSA apresentou uma candidatura à Comissão Certificadora para os

Incentivos Fiscais à I&D Empresarial, de forma a obter a declaração comprovativa de que as

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atividades realizadas correspondem efetivamente a ações de I&D enquadráveis no SIFIDE. Caso o

referido pedido seja deferido pelas entidades competentes, a INTERBOLSA terá a possibilidade de

beneficiar de uma dedução à coleta de IRC que, para efeitos do disposto no artigo 39.º do Código

Fiscal ao Investimento, se estima não vir a exceder o montante de 750 mil Euros. Uma vez que a

candidatura não se encontra ainda aprovada, não é possível estimar com rigor o montante que poderá

ser aprovado pela Comissão Certificadora, razão pela qual não foi refletido qualquer montante no

cálculo da estimativa de impostos sobre os lucros do exercício de 2013, assim como na do período de

seis meses findo em 30 de junho de 2014.

Perspetiva-se que a empresa apresente uma candidatura semelhante para as operações de I&D a

realizar no exercício de 2014.

13 Ativos tangíveis

Esta rubrica é analisada como segue:

Grupo Individual

jun 2014 dez 2013 jun 2014 dez 2013

Euros Euros Euros Euros

Custo:

Imóveis:

Edifícios 186.046 186.046 123.694 123.694

Equipamento:

Informático 969.199 1.054.480 305.026 390.307

Transporte 798.463 798.462 505.074 505.074

Administrativo 852.478 856.845 543.868 549.070

Imobilizado em Curso 17.730 - - -

Outros ativos tangíveis 884.663 917.760 553.549 588.775

3.708.579 3.813.593 2.031.211 2.156.920

Amortizações acumuladas:

(2.929.721) (2.959.645) (1.463.092) (1.548.994)

Total Líquido 778.858 853.948 568.119 607.926

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Os movimentos da rubrica ativos tangíveis, no período findo em 30 de junho de 2014, para o Grupo, são

analisados como segue:

Saldo em

1 janeiro

Aquisições/

Dotações Abates

Regularizações/

Transferências

Saldo em

30 jun 2014

Euros

Euros

Euros

Euros Euros

Custo:

Imóveis:

Edifícios 186.046 - - - 186.046

Equipamento:

Informático 1.054.480 - (85.281) - 969.199

Transporte 798.462 - - 1 798.463

Administrativo 856.845 12.102 (16.469) - 852.478

Imobilizado curso - 17.730 - - 17.730

Outros ativos

tangíveis 917.760 2.129 (35.226) -

884.663

3.813.593 31.961 (136.976) 1 3.708.579

Amortizações

acumuladas:

Imóveis:

Edifícios (186.046) - - - (186.046)

Equipamento:

Informático (1.002.565) ) (25.459) 85.281 - (942.743)

Transporte (594.653) (64.064) - - (658.717)

Administrativo (756.010) ) (9.510) 16.469 - (749.051)

Outros ativos

Tangíveis (420.371) (8.019) 35.226 -

(393.164)

(2.959.645) ) (107.052) 136.976 - (2.929.721)

Total Líquido: 853.948 (75.091) - 1 778.858

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Os movimentos da rubrica Ativos tangíveis, a 30 de junho de 2014, em base individual, são analisados

como segue:

Saldo em

1 janeiro

Aquisições/

Dotações

Abates

Regularizações/

Transferências

Saldo em

30 jun 2014

Euros

Euros

Euros

Euros Euros

Custo:

Imóveis:

Edifícios 123.694 123.694

Equipamento:

Informático 390.307 (85.281) 305.026

Transporte 505.074 505.074

Administrativo 549.070 11.267 (16.469) - 543.868

Imobilizado Curso

Outros ativos

tangíveis 588.775 (35.226)

553.549

2.156.920 11.267 (136.976) - 2.031.211

Amortizações

acumuladas:

Imóveis:

Edifícios (123.694) (123.694)

-

Equipamento:

Informático (384.676) (2.816) 85.281 (302.210)

Transporte (375.375) (41.759) (417.134)

Administrativo (525.658) (5.908) 16.469 (515.097)

Outros ativos

tangíveis (139.591) (591) 35.226

(104.956)

(1548.994) (51.074) 136.976 - (1.463.092)

Total Liquido: 607.926 (39.807) - - 568.119

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As locações, 30 de junho de 2014, para o Grupo, em termos de prazos residuais são apresentadas

como segue:

Locações

Até 1 De 1 a A mais de

Ano 5 Anos 5 Anos Total

Euros Euros Euros Euros

Rendas vincendas 95.973 87.124 - 183.097

Juros vincendos 9.987 29.716 - 9.703

Valores residuais 24.986 126.060 - 151.046

130.946 242.900 - 373.846

As locações, a 30 de junho de 2014, em base individual, em termos de prazos residuais são

apresentadas como segue:

Locações

Até 1 De 1 a A mais de

Ano 5 Anos 5 Anos Total

Euros Euros Euros Euros

Rendas vincendas 50.707 49.130 - 99.837

Juros vincendos 5.408 26.740 - 32.141

Valores residuais 8.400 90.372 - 98.772

64.508 166.242 - 230.750

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14 Ativos intangíveis

Esta rubrica é analisada como segue:

Grupo Individual

jun 2014 dez 2013 jun 2014 dez 2013

Euros Euros Euros Euros

Custo:

“Software” 529.181 55.744 43.538 63.268

Imobilizado em curso - TS2 Software 603.016 215.870 - -

1.132.197

766.614

43.538

63.268

Amortizações acumuladas:

“Software” (529.181) (550.744) (43.538) (63.268)

(529.181)

(550.744)

(43.538)

-

Total Liquido: 603.016 215.870 - -

No âmbito do projeto T2S (TARGET2Securities), desenvolvido pelo BCE - Banco Central Europeu, e

do qual a subsidiária INTERBOLSA é um participante ativo, está ser desenvolvido e produzido um

novo software de liquidação.

Este desenvolvimento e produção encontram-se a ser efetuados tanto com meios humanos e materiais

internos como externos.

De acordo com a IAS 38 este software só poderá ser considerado como um ativo intangível se cumprir

com os requisitos que se encontram elencados na referida IAS e, no caso de ser desenvolvido e

produzido internamente, apenas os custos suportados com a produção serão considerados, sendo que os

custos de desenvolvimento são contabilizados diretamente em custos aquando da sua realização.

A Subsidiária INTERBOLSA passou da fase de desenvolvimento para a de produção no terceiro

trimestre de 2013 e tem 2016 como o ano de entrada em funcionamento do software. Nesta conta

encontram-se registados os seguintes valores:

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31/12/2013 Movimentos

2014

30/06/2014

Euros Euros Euros

Custos Internos

Remunerações 96.501 198.792 295.293

Encargos sociais obrigatórios 21.946 48.447 70.393

118.447 247.239 365.686

Custos Externos

Serviços profissionais 97.423 139.907 237.330

97.423 139.907 237.330

215.870 387.146 603.016

Os gastos com mão de obra afeta a este são inicialmente registados na rubrica “Gastos com o pessoal”,

sendo posteriormente transferidos para o ativo intangível em curso, através da utilização da conta

“Trabalhos para a própria empresa” (ver Nota 3).

Os gastos incorridos pela subsidiária Interbolsa, adquiridos especificamente para este projeto são

registados diretamente na rubrica do ativo intangível em curso.

15 Investimentos em subsidiárias e outros investimentos

A rubrica Investimentos em subsidiárias é analisada como segue:

Grupo Individual

jun 2014 dez 2013 jun 2014 dez 2013

Euros Euros Euros Euros

Não cotadas

Interbolsa - - 5.500.000 5.500.000

Fundo de Garantia - 266.358 - 266.358

Enternext SA (Paris) - 1 - 1

- 266.359 5.500.00- 5.766.359

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Os principais indicadores da Interbolsa são analisados como segue:

Ativos Passivos Proveitos Resultado líquido

Euros Euros Euros Euros

30 jun 2014

Interbolsa 21.632.499 5.182.521 11.255.683 6.033.914

31 dez 2013

Interbolsa 23.821.731 3.202.230 21.515.157 10.548.609

A Interbolsa – Sociedade Gestora de Sistemas de Liquidação e de Sistemas Centralizados de Valores

Mobiliários, S.A. foi constituída por escritura, de 10 de fevereiro de 2000, lavrada no 1º. Cartório

Notarial de Lisboa, conforme deliberação da Assembleia-Geral da Interbolsa - Associação para a

Prestação de Serviços às Bolsas de Valores, de 20 de dezembro de 1999, e nos termos previstos no

Decreto-Lei n.º 394/99, de 13 de outubro, e da Portaria n.º 1194-A/99 (2ª. Série), de 8 de Novembro,

sendo atualmente detida a 100% pela Euronext Lisbon – Sociedade Gestora de Mercados

Regulamentados, S.A..

A sua atividade consiste na gestão de sistemas de liquidação e de sistemas centralizados de valores

mobiliários.

Em 30 de junho de 2014, o perímetro de consolidação da Euronext Lisbon é apresentado conforme

segue:

Empresa Sede Capital Moeda

Actividade

económica

% Controlo

da Euronext

Método de

consolidação

Interbolsa Porto 5.500.000 Euros

Gestão de sistemas

de liquidação e

custódia de títulos 100%

Integral

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A rubrica outros investimentos é analisada como segue:

Grupo Individual

jun 2014 dez 2013 jun 2014 dez 2013

Euros Euros Euros Euros

Fundo de Garantia

266.358

-

266.358

-

Enternext SA (Paris) 1 - 1 -

266.359 - 266.359 -

A Euronext Lisbon em junho 2014 procedeu a uma reclassificação do investimento existente no Fundo

de Garantia Euronext Lisbon de investimentos em subsidiárias para outros investimentos, assim como

da compra, em 15 de julho de 2013, de uma acção da empresa Enternext SA pelo valor de um Euro.

16 Outros ativos financeiros

Esta rubrica é analisada como segue:

Grupo Individual

jun 2014 dez 2013 jun 2014 dez 2013

Euros Euros Euros Euros

ANNA 1.250 1.250 - -

FCT – Fundo de compensação de Trabalho 188 14

1.438 1.264 - -

Na rubrica de outros ativos financeiros foram consideradas as entregas mensais efetuadas pela

subsidiária INTERBOLSA para o FCT – Fundo de Compensação do Trabalho (FCT), aplicável aos

contratos de trabalho celebrados a partir do dia 1 de outubro de 2013. O FCT implica uma

comparticipação de 0,925% sobre o salário e diuturnidades, tendo uma natureza de capitalização para a

entidade patronal. Essas entregas poderão ser reembolsadas como forma de apoio financeiro ao

pagamento de indemnizações por cessação de contratos de trabalho. O reembolso irá corresponder ao

montante entregue para o fundo, individualizado pelo respetivo trabalhador com cessação do contrato

de trabalho, adicionado de eventual ganho gerado pela capitalização desse montante no fundo.

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O ativo financeiro referente às comparticipações do FCT foi mensurado pelo justo valor e as respetivas

variações são reconhecidas nos resultados do período em função do valor das unidades de participação

divulgado pela entidade gestora do fundo a cada data de relato.

17 Impostos diferidos

Os ativos por impostos diferidos em 30 de junho de 2014 e 31 de dezembro de 2013 gerados por

diferenças temporárias são analisados como segue:

Grupo Individual

jun 2014 dez 2013 jun 2014 dez 2013

Euros Euros Euros Euros

Ativos tangíveis 8.704 10.107 - -

Ajustamentos clientes

Provisões não aceites fiscalmente

644

-

644

73.500

- -

9.348 84.251 - -

Os movimentos ocorridos nos impostos diferidos ativos, em 30 de junho e 31 de dezembro 2013, são

os seguintes:

Grupo Individual

jun 2014 dez 2013 jun 2014 dez 2013

Euros Euros Euros Euros

Saldo no início do período 84.251 9.456 - -

Movimento no period (74.903) 74.795 - -

Saldo no final do período 9.348 84.251 - -

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Os movimentos ocorridos nos impostos diferidos passivos, em 30 de junho de 2014 e 31 de dezembro

de 2013, são os seguintes:

Grupo Individual

jun 2014 dez 2013 jun 2014 dez 2013

Euros Euros Euros Euros

Saldo no início do período - 299.560 - 299.560

Movimentos ocorridos - (299.560) - (299.560)

Saldo no final do período - - - -

18 Devedores e outros ativos

Esta rubrica é analisada como segue:

Grupo Individual

jun 2014 dez 2013 jun 2014 dez 2013

Euros Euros Euros Euros

Clientes 5.008.273 4.391.061 2.693.627 2.215.264

Devedores Diversos 11.575 12.726 - -

Diferimentos 472.757 235.331 84.819 39.264

5.492.605 4.639.118 2.778.446 2.254.528

Imparidade para devedores (115.580) (109.421) (93.385) (89.171)

5.377.025 4.529.697 2.685.061 2.165.357

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Os movimentos da imparidade para devedores são analisados como segue:

Grupo Individual

jun 2014 dez 2013 jun 2014 dez 2013

Euros Euros Euros Euros

Imparidade para devedores:

Saldo em 1 de janeiro 109.421 92.995 89.171 65.039

Dotação do exercício 6.379 28.002 2.828 24.132

Reversão do exercício (1.606) (9.009)

Utilização no periodo 1.386 (2.567) 1.386

Saldo em 30 de junho 115.580 109.421 93.385 89.171

19 Caixa e depósitos a curto prazo

Esta rubrica é analisada como segue:

Grupo Individual

jun 2014 dez 2013 jun 2014 dez 2013

Euros Euros Euros Euros

Numerário:

Caixa 520 601 338 273

Depósitos bancários:

Depósitos à ordem 47.905.408 48.270.296 29.798.398 27.369.443

Depósitos a curto prazo (<= 3 meses)

47.905.928 48.270.897 29.798.736

27.369.716

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20 Depósitos a prazo

A 30 de junho de 2014 e 31 de dezembro de 2013 não existem depósitos a prazo com mais de três

meses.

21 Capital

O capital de Euros 8.750.000, representado por 8.750.000 ações de valor nominal de 1 Euro cada

uma, encontra-se integralmente realizado.

O capital da Euronext Lisbon, em 30de junho de 2014, é detido em 100% pela Euronext N.V..

Os resultados por ação (EPS) atribuíveis ao acionista da Euronext Lisbon são analisados como segue:

Grupo Individual

jun 2014 dez 2013 jun 2014 dez 2013

Euros Euros Euros Euros

Prémios de emissão

748.195

748.195

748.195

748.195

Outros instrumentos capital RSU/LTIP 639.828 578.118 639.828 578.118

Resultado líquido 10.216.555 14.047.132 13.802.141 14.302.439

N.º de ações 8.750.000 8.750.000 8.750.000 8.750.000

Resultado por ação (Básico) 1,.17 1,61 1,58 1,63

O Grupo Euronext calcula o seu resultado básico por ação usando o número de ações durante o

período de relato.

22 Reservas

Esta rubrica é analisada como segue:

Grupo Individual

jun 2014 dez 2013 jun 2014 dez 2013

Euros Euros Euros Euros

Reserva legal 14.250.000 14.249.998 8.750.000 8.749.998

Outras Reservas -desvios atuariais (6.011.860) (3.889.880) (4.478.323) (2.940.279)

8.238.140 10.360.118 4.271.677 5.809.719

Reserva legal

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Em conformidade com o artigo 32º, n.º 2, do Decreto-Lei n.º 8-D/2002, de 15 de janeiro a reserva

legal é obrigatoriamente dotada com um mínimo de 10% dos lucros anuais até à concorrência de um

valor equivalente a 100% do capital da sociedade, de acordo com Decreto-Lei 357 de 2007. Esta

reserva só pode ser utilizada na cobertura de prejuízos ou no aumento do capital social.

Outras reservas

Referem-se aos ganhos e perdas decorrentes de diferenças entre os pressupostos atuariais e financeiros

utilizados e os valores efetivamente verificados no que se refere às responsabilidades e ao rendimento

esperado do fundo de pensões, bem como os resultantes de alterações de pressupostos atuariais (ganhos

e perdas atuariais).

23 Benefícios aos colaboradores

Planos de benefícios definidos

Por contrato de 15 de Janeiro de 2000 entre a Associação da Bolsa de Valores de Lisboa e a

Sociedade Gestora de Fundos de Pensões da CGD, S.A. foi constituído um fundo de pensões cujo

património inicial foi de Euros 1.391.127.

A 29 de dezembro de 2000 foi celebrado o contrato de alteração ao contrato constitutivo do Fundo de

Pensões da Bolsa de Valores de Lisboa, passando este a abranger também os trabalhadores que

integravam a Associação da Bolsa de Derivados do Porto. Desta forma, o Fundo de Pensões inclui a

totalidade dos funcionários da Euronext Lisbon – Sociedade Gestora de Mercados Regulamentados,

S.A..

Por contrato datado de 27 de Dezembro de 2001 entre a Interbolsa – Sociedade Gestora de Sistemas

de Liquidação e de Sistemas Centralizados de Valores Mobiliários, S.A. e a Sociedade Gestora de

Fundos de Pensões da CGD, S.A. foi constituído um fundo de pensões com as mesmas características

do Fundo de Pensões da Euronext Lisbon, cujo património inicial foi de Euros 498.798.

O Fundo reveste a forma de Fundo de Pensões fechado de benefício definido e encontra-se constituído

por tempo indeterminado.

As responsabilidades decorrentes do Fundo de Pensões foram determinadas através de estudo atuarial

elaborado pela CGD - Sociedade Gestora de Fundos de Pensões, S.A..

O Fundo só contempla o pagamento de pensões aos colaboradores que prestem serviços ao Grupo por

um período mínimo de 5 anos de serviço e engloba todos os trabalhadores com vínculo contratual.

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As responsabilidades decorrentes do Fundo de Pensões foram determinadas através de estudo atuarial

elaborado pela Mercer, Human Resource Consulting, S.A..

A responsabilidade líquida do Grupo com o Fundo de Pensões é calculada anualmente, à data de fecho

de contas, pelo que no presente relatório é apresentada uma estimativa efetuada pela entidade acima

mencionada.

Em 30 de junho de 2014 e 31 de dezembro de 2013, o número de participantes abrangidos por este

plano de pensões de reforma era o seguinte:

Grupo Individual

jun 2014 dez 2013 jun 2014 dez 2013

Número de participantes

Reformados e pensionistas 12 12 11 11

Pessoal no ativo 63 64 28 28

Ex-funcionários 88 87 76 76

163 163 115 115

A 31 de dezembro de 2013 a média de idades dos participantes no ativo é de 47 anos sendo a média de

serviço de 15,5 anos.

Conforme referido na Nota 1.14, os ganhos e perdas atuariais são reconhecidos na rubrica de “outras

reservas”, em capital próprio.

Adicionalmente, a IAS 19R prevê que o custo financeiro do plano de benefícios com fundo constituído,

deve ser calculado pela aplicação da taxa de desconto ao saldo líquido das responsabilidades estimadas

e do justo valor dos ativos do plano, quer se trate de um saldo positivo ou negativo.

Os valores reconhecidos no resultado líquido do período e no rendimento integral relativos a este plano

de benefícios definidos foram como se segue:

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Consolidado

Individual

30-06-2014

31-12-2013

30-06-2014

31-12-2013

Custo dos serviços correntes

151.178

278.000

74.500

145.000

Custo financeiro líquido

52.500

75.000

44.500

65.000

Componentes do custo do benefício definido

reconhecidas no resultado líquido do período

203.678

353.000

119.000

210.000

Remensurações no passivo líquido do benefício definido:

- Efeito das alterações nos pressupostos demográficos

2.373.026

1.554.000

1.723.958

1.133.000

- Efeito das alterações nos pressupostos financeiros

-7.247

81.000

-1.615

87.000

- Retorno dos ativos do plano

-192.000

-114.000

-132.500

-68.000

Componentes do custo do benefício definido

reconhecidos no resultado integral

2.173.779

1.521.000

1.589.843

1.152.000

Total das componentes do custo do benefício definido

2.377.457

1.874.000

1.708.843

1.362.000

A quantia reconhecida na demonstração da posição financeira, resultante da obrigação deste plano de benefícios

definidos é como se segue:

Consolidado

Individual

30-06-2014

31-12-2013

30-06-2014

31-12-2013

Valor presente das obrigações do plano de benefícios

definidos

17.769.046

15.391.589

12.883.610

11.174.767

Justo valor dos ativos do plano

12.559.368

12.559.569

8.780.368

8.780.569

Responsabilidade líquido resultante do plano de benefícios

definidos

5.209.678

2.832.020

4.103.242

2.394.198

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A análise comparativa dos pressupostos atuariais é analisada como se segue:

30/06/2014 31/12/2013

Taxa de crescimento salarial

Ativos 2,00% 2,00%

Direitos adquiridos 2,00% 2,00%

Taxa de crescimento das pensões 0,00% 0,00%

Taxa de desconto 3,10% 3,75%

Taxa de inflação 2,00% 2,00%

Tábua de mortalidade TV88/90 TV88/90

Tábua de invalidez EVK 80 100% EVK 80 100%

Idade de reforma 65 anos 65 anos

Decrementos utilizados 100% da EKV 1980 100% da EKV 1980

Planos de remunerações com ações

A Euronext tinha um programa que continha RSU (Restricted Stock Units) e LTIP (Long Term

Incentive Plan) e expirava ao fim de 3 anos.

Contudo, em 13 de Novembro de 2013, com a fusão ICE NYSE, foram transferidos os direitos aos

titulares dos programas RSU (Restricted Stock Units) e LTIP (Long Term Incentive Plan) e foi

convertido apenas o programa atribuído no ano corrente com a designação de ICE RSU’s, onde as

ações expiram ao fim de 3 anos (2016).

LTIP RSU

Outstanding a 1 de janeiro de 2013 18.758 6.660

ICE/RSU

Outstanding a 30 de junho de 2014 645

O valor a 30 de junho de 2014 relativamente aos RSU’s é de 639.828€.

24 Provisões

Esta rubrica é analisada como segue:

Grupo Individual

jun 2014 dez 2013 jun 2014 dez 2013

Euros Euros Euros Euros

Provisões para Passivos Correntes - - - -

Provisões para Passivos não Correntes 84.775 384.775 84.775 84.775

84.775

384.775

84.775

84.775

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A provisão constituída no segundo semestre do exercício de 2013 pela subsidiária Interbolsa teve como

objetivo fazer face ao custo com o término de contratos de trabalho. Esta, foi totalmente utilizada no

primeiro semestre de 2014.

25 Credores e outros passivos

Esta rubrica é analisada como segue:

Grupo Individual

jun 2014 dez 2013 jun 2014 dez 2013

Euros Euros Euros Euros

Fornecedores C/C 561.369 949.893 387.061 789.700

Fornecedores - Grupo - 1.512.503 - 1.512.503

Fornecedores de Imobilizado 235.984 307.538 100.454 144.301

Estado e Outros Entes Públicos 982.059 1.120.837 184.408 325.916

Acréscimos de gastos 1.965.939 1.411.117 1.208.674 442.639

3.745.351 5.301.888 1.880.597 3.215.059

Os acréscimos de gastos analisam-se como segue:

Consolidado

Individual

30-06-2014

31-12-2013

30-06-2014

31-12-2013

Estimativa para férias e subsídio de férias

555.148

314.851

244.883

-

Estimativa para bónus de performance

389.460

759.484

233.047

442.639

Gastos incorridos ainda não faturados

1.021.331

336.782

730.744

-

1.965.939

1.411.117

1.208.674

442.639

No exercício de 2013 o saldo de férias e subsídio de férias da Euronext Lisbon individual está refletido

na rubrica fornecedores.

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26 Justo valor de ativos e passivos financeiros

A decomposição dos ativos e passivos financeiros da Euronext Lisbon, para o Grupo, contabilizados

ao valor contabilístico (custo histórico) e ao justo valor é analisado como segue:

jun 2014 dez 2013

Valor

contabilístico Justo valor Diferença

Valor

contabilístico Justo valor Diferença

Euros Euros Euros Euros Euros Euros

Ativos financeiros:

Ativos financeiros

disponíveis para

venda (ver nota 16) 1.438 1.438 - 1.264 1.264 -

Devedores e outros

ativos (ver nota 18) 5.377.025

5.377.025

-

4.529.697

4.529.697

-

Caixa e depósitos a

curto prazo (ver nota 19) 47.905.928 47.905.928

-

48.270.897

48.270.897

-

Passivos financeiros:

Credores e outros

passivos (ver nota 25) 3.745.351

3.745.351

-

5.301.888

5.301.888

-

A decomposição dos ativos e passivos financeiros da Euronext Lisbon, em base individual,

contabilizados ao valor contabilístico (custo histórico) e ao justo valor é analisado como segue:

jun 2014 dez 2013

Valor

contabilístico Justo valor Diferença

Valor

contabilístico Justo valor Diferença

Euros Euros Euros Euros Euros Euros

Ativos financeiros:

Ativos financeiros

disponíveis para

venda (ver nota 16) - - - - 3.153.192 -

Devedores e outros

ativos (ver nota 18) 2.685.061

2.685.061

-

2.165.357

2.165.357

-

Caixa e depósitos a

curto prazo (ver nota 19) 29.798.736

29.798.736

-

27.369.716

27.369.716

-

Passivos financeiros:

Credores e outros

passivos (ver nota 25) 1.880.597

1.880.597

-

3.215.059

3.215.059

-

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Atendendo ao prazo extremamente curto associado às rubricas acima mencionadas, o valor de balanço é

uma razoável estimativa do seu justo valor.

27 Partes relacionadas

Resumem-se como segue os saldos da Euronext Lisbon, em 30 de junho de 2014 e 31 de dezembro

2013 relativas às transações em partes relacionadas:

Balanço

jun 2014

dez 2013

Ativos Não Correntes:

Euronext Brussels - -

Enternext SA 1 1

Interbolsa 5.500.000 5.500.000

Ativos Correntes:

Euronext Amsterdam NV - 71.414

Euronext NV 473.322 302.085

Enternext SA 38.660 48.205

Euronext Paris (i) 29.682.159 27.349.855

Market Inc 1.181 -

Interbolsa 8.802 8.802

Liffe Administration & Manag - 25.144

Passivos Correntes:

Euronext Brussels - 17.548

Euronext Paris - 249.478

Nyse Techonology Paris - 980.026

Market Inc - 50.207

Euronext France IP SAS - 215.244

Liffe Administration & Manag. - -

Total Balanço 35.704.125 32.059.361

(i) Cash pooling. O saldo vence juros a taxas correntes de mercado.

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Demonstração de resultados

jun 2014

dez 2013

Prestação de Serviços:

Euronext Amsterdam NV 3.450 15.544

Euronext NV 1.410.668 1.774.506

Enternext SA 38.660 48.205

Interbolsa 42.935 100.871

Euronext Paris 181.055 181.055

Gastos e Perdas:

Euronext Amsterdam NV - (305.874)

Euronext Brussels - (2.390)

Euronext Paris 313 (700)

Nyse Techonology SAS - 1.764.587

Liffe Administration & Manag 10.086 (121.506)

Liffe Holdings Plc - -

Market Inc 12.028 245.685

Euronext France IP SAS 123.796 472.352

Resultado Financeiro:

Euronext Paris 30.693 24.170

Interbolsa (dividendos recebidos) 9.619.500 10.803.916

Total Demonstração Resultados 10.999.683 10.896.113

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28 Normas contabilísticas recentemente emitidas

a) Normas e Interpretações, adotadas pela União Europeia, que se tornaram de aplicação efetiva a 1 de

Janeiro de 2014:

1.1 Normas

Normas

a) IAS 32 (alteração) ‘Compensação de ativos e passivos financeiros. Esta alteração faz parte do projeto de

“compensação de ativos e passivos” do IASB, o qual visa clarificar o conceito de “deter atualmente o

direito legal de compensação”, e clarifica que alguns sistemas de regularização pelos montantes brutos (as

câmaras de compensação) podem ser equivalentes à compensação por montantes líquidos. A adoção desta

alteração não teve qualquer impacto nas demonstrações financeiras da Euronext Lisbon.

b) IAS 36 (alteração) ‘Divulgação do valor recuperável para ativos não financeiros’. Esta alteração trata da

divulgação de informação sobre o valor recuperável de ativos em imparidade, quando este tenha sido

mensurado através do modelo do justo valor menos custos de vender. A adoção desta alteração não teve

qualquer impacto nas demonstrações financeiras da EURONEXT LISBON .

c) IAS 39 (alteração) ‘Novação de derivados e continuidade da contabilidade de cobertura’. A alteração à

IAS 39 permite que uma Entidade mantenha a contabilização de cobertura, quando a contraparte de um

derivado que tenha sido designado como instrumento de cobertura, seja alterada para uma câmara de

compensação, ou equivalente, como consequência da aplicação de uma lei ou regulamentação. A adoção

desta alteração não teve qualquer impacto nas demonstrações financeiras da EURONEXT LISBON.

d) Alterações à IFRS 10, IFRS 12 e IAS 27 - ’Entidades de investimento’. A alteração define uma Entidade

de investimento (‘Investment entities’) e introduz uma exceção à aplicação da consolidação no âmbito da

IFRS 10, para as entidades que qualifiquem como Entidades de investimento, cujos investimentos em

subsidiárias devem ser mensurados ao justo valor através de resultados do exercício, por referência à IAS

39. Divulgação específicas exigidas pela IFRS 12. Esta alteração não é aplicável à EURONEXT LISBON ,

por não se qualificar como Entidade de investimento.

e) IFRS 10 (nova), ‘Demonstrações financeiras consolidadas’. A IFRS 10 substitui todos os procedimentos e

orientações contabilísticas relativas a controlo e consolidação, incluídas na IAS 27 e na SIC 12, alterando a

definição de controlo e os critérios aplicados para determinar o controlo. O princípio fundamental de que

uma entidade consolidada apresenta a empresa-mãe e as suas subsidiárias como uma única entidade,

permanece inalterado. A adoção desta norma não teve qualquer impacto nas demonstrações financeiras da

EURONEXT LISBON uma vez que não apresenta contas consolidadas.

f) IFRS 11 (nova), ‘Acordos conjuntos’. A IFRS 11 foca-se nos direitos e obrigações dos acordos conjuntos

em detrimento da sua forma legal. Os acordos conjuntos podem ser operações conjuntas (direitos sobre os

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ativos e obrigações) ou empreendimentos conjuntos (direitos sobre os ativos líquidos pela aplicação do

método de equivalência patrimonial). A consolidação proporcional de empreendimentos conjuntos deixa

de ser permitida. A adoção desta norma não teve qualquer impacto nas demonstrações financeiras da

EURONEXT LISBON uma vez que não tem qualquer “Acordo conjunto”.

g) IFRS 12 (nova), ‘Divulgação de interesses em outras entidades’. Esta norma estabelece os requisitos de

divulgação para todas as naturezas de interesses em outras entidades, como: subsidiárias, acordos

conjuntos, associadas e entidades estruturadas, de forma a permitir a avaliação da natureza, riscos e efeitos

financeiros associados aos interesses da Entidade. A adoção desta alteração não teve qualquer impacto nas

demonstrações financeiras da EURONEXT LISBON.

h) Alterações à IFRS 10, IFRS 11 e IFRS 12, ‘Regime de transição’. Esta alteração clarifica que, quando

um tratamento contabilístico diferente das orientações da IAS 27/SIC 12 resultar da adoção da IFRS 10, os

comparativos apenas devem ser ajustados para o período contabilístico imediatamente precedente, sendo as

diferenças apuradas reconhecidas no início do período comparativo, em Capitais próprios. A alteração

introduzida na IFRS 11, refere-se à obrigação de testar para imparidade o investimento financeiro que

resulte da descontinuação da consolidação proporcional. Os requisitos de divulgação específicos estão

incluídos na IFRS 12. A adoção destas alterações norma não teve qualquer impacto nas demonstrações

financeiras da EURONEXT LISBON.

i) IAS 27 (revisão 2011), ‘Demonstrações financeiras separadas’. A IAS 27 foi revista, na sequência da

emissão da IFRS 10, e contém os requisitos de contabilização e divulgação para os investimentos em

subsidiárias, empreendimentos conjuntos e associadas, quando a Entidade prepara demonstrações

financeiras separadas. A adoção desta revisão não teve qualquer impacto nas demonstrações financeiras da

EURONEXT LISBON.

j) IAS 28 (revisão 2011),’Investimentos em associadas e empreendimentos conjuntos’. A IAS 28 foi revista,

na sequência da emissão da IFRS 11, e prescreve o tratamento contabilístico para investimentos em

associadas e empreendimentos conjuntos, definindo ainda os requisitos de aplicação do método de

equivalência patrimonial. A adoção desta revisão não teve qualquer impacto nas demonstrações financeiras

da EURONEXT LISBON.

2. Normas, alterações a normas existentes e interpretações que já foram publicadas e cuja aplicação é

obrigatória para períodos anuais que se iniciem em ou após 1 de julho de 2014, ou em data posterior, e

não foram adotadas antecipadamente pela EURONEXT LISBON:

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2.1. Normas

a) IAS 19 (alteração), ‘Planos de benefícios definidos – Contribuições dos empregados’ (a aplicar nos

exercícios que se iniciem em ou após 1 de Julho de 2014). Esta alteração ainda está sujeita ao processo de

endosso da União Europeia. A alteração à IAS 19 aplica-se a contribuições de empregados ou entidades

terceiras para planos de benefícios definidos, e pretende simplificar a sua contabilização, quando as

contribuições são independentes do número de anos de serviço. Não se estima que a adoção futura desta

alteração tenha qualquer impacto nas demonstrações financeiras da EURONEXT LISBON.

b) IAS 16 e IAS 38 (alteração), ‘Métodos de cálculo de amortização e depreciação permitidos (a aplicar nos

exercícios que se iniciem em ou após 1 de janeiro de 2016). Esta alteração ainda está sujeita ao processo de

endosso pela União Europeia. Esta alteração clarifica que a utilização de métodos de cálculo das

depreciações/ amortizações de ativos com base no rédito obtido, não são por regra consideradas adequadas

para a mensuração do padrão de consumo dos benefícios económicos associados ao ativo. É de aplicação

prospetiva. Não se estima que a adoção futura desta alteração tenha qualquer impacto nas demonstrações

financeiras da EURONEXT LISBON.

c) IAS 16 e IAS 41 (alteração), ‘Agricultura: plantas que produzem ativos biológicos consumíveis’ (a aplicar

nos exercícios que se iniciem em ou após 1 de janeiro de 2016). Esta alteração ainda está sujeita ao

processo de endosso pela União Europeia. Esta alteração define o conceito de uma planta que produz

ativos biológicos consumíveis, e retira este tipo de ativos do âmbito da aplicação da IAS 41 – Agricultura

para a IAS 16 – Ativos tangíveis, com o consequente impacto na mensuração. Contudo, os ativos

biológicos produzidos por estas plantas, mantêm-se no âmbito da IAS 41 – Agricultura. A adoção futura

desta alteração não tem qualquer impacto nas demonstrações financeiras da EURONEXT LISBON.

d) IFRS 11 (alteração), ‘Contabilização da aquisição de interesse numa operação conjunta’ (a aplicar nos

exercícios que se iniciem em ou após 1 de janeiro de 2016).Esta alteração ainda está sujeita ao processo de

endosso pela União Europeia. Esta alteração introduz orientação acerca da contabilização da aquisição do

interesse numa operação conjunta que qualifica como um negócio, sendo aplicáveis os princípios da IFRS

3 – concentrações de atividades empresariais. A adoção futura desta alteração não tem qualquer impacto

nas demonstrações financeiras da EURONEXT LISBON.

e) Melhorias às normas 2010 - 2012, (a aplicar, em geral, nos exercícios que se iniciem em ou após 1 de

julho de 2014). Estas melhorias ainda estão sujeitas ao processo de endosso pela União Europeia. Este

ciclo de melhorias afeta os seguintes normativos: IFRS 2, IFRS 3, IFRS 8, IFRS 13, IAS 16, IAS 24 e IAS

38. Não se estima que a adoção futura destas melhorias às normas tenha qualquer impacto nas

demonstrações financeiras EURONEXT LISBON.

f) Melhorias às normas 2011 - 2013, (a aplicar, em geral, nos exercícios que se iniciem em ou após 1 de

Julho de 2014). Estas melhorias ainda estão sujeitas ao processo de endosso pela União Europeia. Este

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ciclo de melhorias afeta os seguintes normativos: IFRS 1, IFRS 3, IFRS 13, e IAS 40. Não se estima que a

adoção futura destas melhorias às normas tenha qualquer impacto nas demonstrações financeiras da

EURONEXT LISBON.

g) IFRS 9 (nova), ‘Instrumentos financeiros – classificação e mensuração’ (a aplicar nos exercícios que se

iniciem em ou após 1 de janeiro de 2018). Esta norma ainda está sujeita ao processo de endosso pela União

Europeia. A IFRS 9 corresponde à primeira parte do novo normativo IFRS para instrumentos financeiros, a

qual prevê a existência de duas categorias de mensuração: custo amortizado e justo valor. Todos os

instrumentos de capital próprio são mensurados ao justo valor. Os instrumentos financeiros são

mensurados ao custo amortizado apenas quando a Entidade o detenha para receber fluxos de caixa

contratuais, e os fluxos de caixa correspondam a capital/valor nominal e juros. Caso contrário, os

instrumentos financeiros são mensurados ao justo valor através de resultados. Não se estima que a adoção

futura desta norma tenha qualquer impacto nas demonstrações financeiras da EURONEXT LISBON.

h) IFRS 9 (alteração), ‘Instrumentos financeiros – contabilidade de cobertura’ (a aplicar nos exercícios que

se iniciem em ou após 1 de janeiro de 2018). Esta alteração ainda está sujeita ao processo de endosso pela

União Europeia. Esta alteração corresponde à terceira fase da IFRS 9, e reflete uma revisão substancial das

regras de contabilidade de cobertura da IAS 39, eliminando a avaliação quantitativa da eficácia da

cobertura, permitindo que um maior número de itens possa ser elegível como itens cobertos, e permitindo

o diferimento de determinados impactos de instrumentos de cobertura em Outros rendimentos integrais.

Esta alteração visa aproximar a contabilidade de cobertura às práticas de gestão de risco da Entidade. Não

se estima que a adoção futura desta alteração tenha impactos nas demonstrações financeiras da

EURONEXT LISBON.

i) IFRS 14 (nova),’Desvios tarifários’ (a aplicar nos exercícios que se iniciem em ou após 1 de janeiro de

2016). Esta norma ainda está sujeita ao processo de endosso pela União Europeia. Esta norma permite aos

adotantes pela primeira vez das IFRS, que continuem a reconhecer os ativos e passivos regulatórios de

acordo com a política seguida no âmbito do normativo anterior. Contudo para permitir a comparabilidade

com as entidades que já adotam as IFRS e não reconhecem ativos / passivos regulatórios, os referidos

montantes têm de ser divulgados nas demonstrações financeiras separadamente. A adoção futura desta

alteração não tem qualquer impacto nas demonstrações financeiras da EURONEXT LISBON.

j) IFRS 15 (nova), ‘Rédito de contratos com clientes’ (a aplicar nos exercícios que se iniciem em ou após 1

de janeiro de 2017). Esta norma ainda está sujeita ao processo de endosso pela União Europeia. Esta nova

norma aplica-se apenas a contratos para a entrega de produtos ou prestação de serviços, e exige que a

entidade reconheça o rédito quando a obrigação contratual de entregar ativos ou prestar serviços é

satisfeita e pelo montante que reflete a contraprestação a que a entidade tem direito, conforme previsto na

“metodologia dos 5 passos”. Não se estima que a adoção futura desta norma tenha qualquer impacto nas

demonstrações financeiras da EURONEXT LISBON.

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2.2. Interpretações

a) IFRIC 21 (nova), ‘Taxas do governo’ (a aplicar nos exercícios que se iniciem em ou após 17 de junho de

2014). A IFRIC 21 é uma interpretação à IAS 37 e ao reconhecimento de passivos, clarificando que o

acontecimento passado que resulta numa obrigação de pagamento de uma taxa ou imposto (que não

imposto sobre o rendimento - IRC) corresponde à atividade descrita na legislação relevante que obriga ao

pagamento. Não se estima que a adoção futura desta interpretação tenha qualquer impacto nas

demonstrações financeiras da EURONEXT LISBON.

29 Gestão de Capital

Tendo em conta que por gestão de capital se compreende um conceito de maior amplitude que o da

rubrica de “capital próprio” que figura no balanço, a Entidade estabelece os seguintes objetivos

quanto a esta matéria:

• Cumprir os requisitos de capital definidos pelo Regulador do setor onde a Entidade opera;

• Assegurar que a capacidade de continuidade da Entidade é continuamente tida em consideração, de

modo a que continue a ser dado retorno de investimento e benefícios aos acionistas; e

• Manter uma sólida base de capital que apoie o desenvolvimento da sua atividade.

A adequacidade de capital e a utilização de capital regulamentar são monitorizados regularmente pela

gestão do Grupo. A informação exigida é enviada à CMVM numa base mensal. A CMVM exige que

as entidades gestoras disponham dos fundos próprios necessários para assegurar o disposto no artigo

32º do Decreto-Lei nº 357-C/2007, de 31 de Outubro: (a) os fundos próprios têm de atingir um nível

mínimo que será o dobro do capital social mínimo exigível; (b) o passivo tem de ser a todo o

momento inferior aos seus fundos próprios.

O Grupo e as suas empresas individuais cumprem com todos os requisitos de capital estabelecidos

externamente e aos quais se encontram sujeitos.

O Técnico Oficial de Contas O Conselho de Administração

Lúcia Gomes Luís Laginha de Sousa

Isabel Ucha

Rui Matos

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7. Declaração sobre a conformidade da informação financeira

apresentada

Nos termos da alínea c), do n.º 1, do artigo 246.º, do Código de Valores Mobiliários (CVM),

declaramos que para o exercício findo em 30 de junho de 2014, tanto quanto é do nosso

conhecimento, a informação constante das Demonstrações Financeiras, foi elaborada em

conformidade com as normas contabilísticas aplicáveis, dando uma imagem verdadeira e

apropriada do ativo e do passivo, da situação financeira e dos resultados da EURONEXT

LISBON - Sociedade Gestora de Mercados Regulamentados, S.A. e que o relatório de gestão

intercalar expõe fielmente as informações exigidas no termos do nº 2 do artigo 246.º do

CVM, designadamente a indicação dos acontecimentos importantes que ocorreram no

primeiro semestre e o impacto nas respetivas demonstrações financeiras bem como uma

descrição dos principais riscos e incertezas com que se defronta.

O Conselho de Administração

Luís Laginha de Sousa

Isabel Ucha

Rui de Matos

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8. Composição dos órgãos sociais

Em 30 de junho de 2014, a composição dos órgãos sociais da Euronext Lisbon era a

seguinte:

Mesa da Assembleia-Geral

Presidente Luís Sáragga Leal

Secretário Isabel Maria da Silva Vidal

Conselho de Administração

Presidente Luís Laginha de Sousa

Vogal Isabel Ucha

Vogal Rui de Matos

Secretária da Sociedade

Secretária Isabel Maria da Silva Vidal

Fiscal Único

PricewaterhouseCoopers & Associados - Sociedade de Revisores Oficiais de Contas, Lda.,

R.O.C. n.º 183, representada por José Manuel Henriques Bernardo, ROC n.º 903, ou por

Aurélio Adriano Rangel Amado, ROC n.º 1074;

Fiscal Único Suplente

O Revisor Oficial de Contas Jorge Manuel Santos Costa, inscrito na Câmara dos Revisores

Oficiais de Contas sob o n.º 847.

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PricewaterhouseCoopers & Associados - Sociedade de Revisores Oficiais de Contas, Lda.

Sede: Palácio Sottomayor, Rua Sousa Martins, 1 - 3º, 1069-316 Lisboa, Portugal

Tel +351 213 599 000, Fax +351 213 599 999, www.pwc.pt

Matriculada na CRC sob o NUPC 506 628 752, Capital Social Euros 314.000

Inscrita na lista das Sociedades de Revisores Oficiais de Contas sob o nº 183 e na CMVM sob o nº 9077

PricewaterhouseCoopers & Associados - Sociedade de Revisores Oficiais de Contas, Lda. pertence à rede de entidades

que são membros da PricewaterhouseCoopers International Limited, cada uma das quais é uma entidade legal autónoma e independente.

Inscrita na lista das Sociedades de Revisores Oficiais de Contas sob o nº 183 e na Comissão do Mercado de Valores Mobiliários sob o nº 9077

Relatório de Exame Simplificado Ao Conselho de Administração Euronext Lisbon – Sociedade Gestora de Mercados Regulamentados, SA Introdução 1 Procedemos ao exame simplificado das demonstrações financeiras consolidadas intercalares da Euronext Lisbon – Sociedade Gestora de Mercados Regulamentados, SA (Euronext Lisbon), as quais compreendem a Demonstração da posição financeira consolidada em 30 de junho de 2014, (que evidencia um total de 54.941.972 euros e um total de capital próprio de 42.050.098 euros, incluindo um resultado líquido de 10.216.555 euros), a Demonstração consolidada dos resultados e do rendimento integral, a Demonstração consolidada das alterações no capital próprio e a Demonstração consolidada dos fluxos de caixa do período de seis meses findo naquela data e o correspondente Anexo. Responsabilidades 2 É da responsabilidade do Conselho de Administração a preparação de demonstrações financeiras consolidadas que apresentem de forma verdadeira e apropriada a posição financeira do conjunto das empresas incluídas na consolidação, o resultado e o rendimento integral consolidado das suas operações, as alterações no seu capital próprio consolidado e os fluxos de caixa consolidados, bem como a adoção de políticas e critérios contabilísticos adequados e a manutenção de sistemas de controlo interno apropriados. 3 A nossa responsabilidade consiste em emitir um relatório com base no nosso exame simplificado daquelas demonstrações financeiras consolidadas. Âmbito 4 O exame simplificado a que procedemos foi efetuado de acordo com as Normas Técnicas e as Diretrizes de Revisão/Auditoria da Ordem dos Revisores Oficiais de Contas, as quais exigem que o mesmo seja planeado e executado com o objetivo de obter um grau de segurança moderado sobre se as demonstrações financeiras não contêm distorções materialmente relevantes. Para tanto o referido exame simplificado consistiu principalmente em indagações e procedimentos analíticos destinados a apreciar: (i) a verificação de as demonstrações financeiras das empresas incluídas na consolidação terem sido apropriadamente examinadas e, para os casos significativos em que o não tenham sido, a verificação, numa base de amostragem, do suporte das quantias e divulgações nelas constantes e a avaliação das estimativas, baseadas em juízos e critérios definidos pelo Conselho de Administração, utilizadas na sua preparação; (ii) a verificação das operações de consolidação; (iii) a fiabilidade das asserções constantes da informação financeira; (iv) a adequação das políticas contabilísticas adotadas, tendo em conta as circunstâncias e a consistência da sua aplicação; (v) a aplicação ou não do princípio da continuidade, e (vi) a apresentação da informação financeira.

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Relatório do Exame Simplificado Euronext Lisbon, S.A. 30 de junho de 2014 PwC 2 de 2

5 Um exame simplificado proporciona, por conseguinte, menos segurança do que uma revisão/auditoria e, consequentemente, não estamos em condições de expressar uma opinião de revisão/auditoria. 6 O nosso exame simplificado abrangeu ainda a verificação da concordância da informação financeira constante do Relatório de gestão com as demonstrações financeiras consolidadas. Parecer 7 Com base no trabalho efetuado, o qual foi executado tendo em vista a obtenção de um nível de segurança moderado, nada chegou ao nosso conhecimento que nos leve a concluir que as referidas demonstrações financeiras consolidadas do período de seis meses findo em 30 de junho de 2014 não estejam isentas de distorções materialmente relevantes que afetem a sua conformidade com as Normas Internacionais de Relato Financeiro (IFRS) tal como adotadas na União Europeia. Relato sobre outros requisitos legais 8 É também nossa opinião que a informação financeira constante do Relatório de gestão é concordante com as demonstrações financeiras consolidadas do período de seis meses findo em 30 de junho de 2014. 28 de agosto de 2014 PricewaterhouseCoopers & Associados - Sociedade de Revisores Oficiais de Contas, Lda. representada por:

José Manuel Henriques Bernardo, R.O.C.

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PricewaterhouseCoopers & Associados - Sociedade de Revisores Oficiais de Contas, Lda.

Sede: Palácio Sottomayor, Rua Sousa Martins, 1 - 3º, 1069-316 Lisboa, Portugal

Tel +351 213 599 000, Fax +351 213 599 999, www.pwc.pt

Matriculada na CRC sob o NUPC 506 628 752, Capital Social Euros 314.000

Inscrita na lista das Sociedades de Revisores Oficiais de Contas sob o nº 183 e na CMVM sob o nº 9077

PricewaterhouseCoopers & Associados - Sociedade de Revisores Oficiais de Contas, Lda. pertence à rede de entidades

que são membros da PricewaterhouseCoopers International Limited, cada uma das quais é uma entidade legal autónoma e independente.

Inscrita na lista das Sociedades de Revisores Oficiais de Contas sob o nº 183 e na Comissão do Mercado de Valores Mobiliários sob o nº 9077

Relatório de Exame Simplificado Ao Conselho de Administração Euronext Lisbon – Sociedade Gestora de Mercados Regulamentados, SA Introdução 1 Procedemos ao exame simplificado das demonstrações financeiras individuais intercalares da Euronext Lisbon – Sociedade Gestora de Mercados Regulamentados, SA (Euronext Lisbon), as quais compreendem a Demonstração da posição financeira individual em 30 de junho de 2014, (que evidencia um total de 38.818.275 euros e um total de capital próprio de 31.100.120 euros, incluindo um resultado líquido de 13.802.141 euros), a Demonstração individual dos resultados e do rendimento integral, a Demonstração individual das alterações no capital próprio e a Demonstração individual dos fluxos de caixa do período de seis meses findo naquela data e o correspondente Anexo. Responsabilidades 2 É da responsabilidade do Conselho de Administração a preparação do Relatório de gestão e de demonstrações financeiras que apresentem de forma verdadeira e apropriada a posição financeira da Empresa, o resultado e o rendimento integral das suas operações, as alterações no capital próprio e os fluxos de caixa, bem como a adoção de políticas e critérios contabilísticos adequados e a manutenção de um sistema de controlo interno apropriado. 3 A nossa responsabilidade consiste em emitir um relatório com base no nosso exame simplificado daquelas demonstrações financeiras. Âmbito 4 O exame simplificado a que procedemos foi efetuado de acordo com as Normas Técnicas e as Diretrizes de Revisão/Auditoria da Ordem dos Revisores Oficiais de Contas, as quais exigem que o mesmo seja planeado e executado com o objetivo de obter um grau de segurança moderado sobre se as demonstrações financeiras não contêm distorções materialmente relevantes. Para tanto o referido exame simplificado consistiu principalmente em indagações e procedimentos analíticos destinados a apreciar: a fiabilidade das asserções constantes da informação financeira; a adequação das políticas contabilísticas adotadas, tendo em conta as circunstâncias e a consistência da sua aplicação; a aplicação ou não do princípio da continuidade; e a apresentação da informação financeira. 5 Um exame simplificado proporciona, por conseguinte, menos segurança do que uma revisão/auditoria e, consequentemente, não estamos em condições de expressar uma opinião de revisão/auditoria. 6 O nosso exame simplificado abrangeu ainda a verificação da concordância da informação financeira constante do Relatório de gestão com as demonstrações financeiras.

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Relatório do Exame Simplificado Euronext Lisbon, S.A. 30 de junho de 2014 PwC 2 de 2

Parecer 7 Com base no trabalho efetuado, o qual foi executado tendo em vista a obtenção de um nível de segurança moderado, nada chegou ao nosso conhecimento que nos leve a concluir que as referidas demonstrações financeiras do período de seis meses findo em 30 de junho de 2014 não estejam isentas de distorções materialmente relevantes que afetem a sua conformidade com as Normas Internacionais de Relato Financeiro (IFRS) tal como adotadas na União Europeia. Relato sobre outros requisitos legais 8 É também nossa opinião que a informação financeira constante do Relatório de gestão é concordante com as demonstrações financeiras do período de seis meses findo em 30 de junho de 2014. 28 de agosto de 2014 PricewaterhouseCoopers & Associados - Sociedade de Revisores Oficiais de Contas, Lda. representada por:

José Manuel Henriques Bernardo, R.O.C.