Etimologia EPI = em cima de, sobre DÉMOS = povo LOGOS = falar, reunir, organizar “CIÊNCIA DO...
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Etimologia
EPI = em cima de, sobreDÉMOS = povo LOGOS = falar, reunir, organizar
“CIÊNCIA DO QUE OCORRE (SE ABATE) SOBRE O POVO”
O que é Epidemiologia ?
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Epidemiologia “o estudo dos fatores que determinam a freqüência e a distribuição das doenças nas coletividades humanas.
Enquanto a clínica dedica-se ao estudo da doença no indivíduo, analisando caso a caso, a epidemiologia debruça-se sobre os problemas de saúde em grupos de pessoas – às vezes grupos pequenos – na maioria das vezes envolvendo populações numerosas.” (Guia de Métodos de Ensino da IEA, 1973).
Enquanto os autores norte-americanos e europeus dão ênfase aos fatores causais responsáveis pela distribuição das doenças tendo como base relações existentes entre os fatores do ambiente, do agente e do hospedeiro, os latino-americanos se debruçam sobre os estudos da estrutura socioeconômica e histórica para explicar o processo saúde-adoecimento. Para estes a epidemiologia é um instrumento de transformação social. (Rouquayrol, 2006).
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“ Epidemiologia é a ciência que estuda o processo saúde-doença em coletividades humanas,
analisando a distribuição e os fatores determinantes das enfermidades, danos à saúde e eventos associados à saúde coletiva,
propondo medidas específicas de prevenção, controle, ou erradicação de doenças,
e construindo indicadores que sirvam de suporte ao planejamento, administração e avaliação das ações de rotina, em consonância com as políticas de promoção da saúde.” (Rouquayrol, 2006 p. 321)
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Processo saúde-doença em coletividade, objetivando estado de completo bem
estar físico, mental e social.
Objeto de Estudo
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Doenças infecciosas : sarampo, malária, etc.
Doenças não infecciosas : diabetes, depressão, etc.
Agravos : acidentes, homicídios, suicídios, etc.
Saúde: ausência de doença
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Prevenção - visa impedir que os indivíduos sadios venham a adquirir a doença;
Controle - visa baixar a incidência a níveis mínimos;
Erradicação - após adotadas as medidas de controle, consiste na não-ocorrência da doença, permanência da incidência zero;
Promoção em saúde - produção da saúde como direito social, eqüidade e garantia dos demais direitos humanos e da cidadania.
Esclarecendo os termos:
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Tripé da Epidemiologia
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Tinha como objetivo o estudo etimológico da doença caso-a-caso.
Thomas Sydenham – elaborador do conceito de história natural das enfermidades e fundador da clínica moderna
.
Clínica
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Saber diagnóstico, prognóstico e terapêutico individual
potencialmente transferível ao nível coletivo - “medicina das
epidemias”.
Clínica
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Para Foucault (citado em Brant, 2001), a medicina do séc. XIX surge com um olhar destituído para a subjetividade do individuo, devido ao contexto socio-histórico-econômico-cultural da época (Revolução Industrial) que possibilitou à epidemiologia a abandonar o sujeito e adotar um indivíduo destituído de corpo, mas portador de um conjunto de órgãos capaz de estar doente ou não-doente, de estar exposto ou não a “fatores de risco.”
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EstatísticaProcessamento de dados através de cálculo no intuito de prevenir doenças, promover a saúde e produzir conhecimento sobre a mesma.
Busca responder tais perguntas:
“Com que intensidade ocorre a doença?”“Sob que condições se dá a doença?”“existe alguma relação entre tais fatores e a
tal doença?”
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Medicina Urbana (França, 1789)
Política Médica – Jonham Peter Frank (1745-1821)
Medicina Social Guérin – (1838):Marca o campo médico na Europa em meados do séc XIX, propondo a saúde como uma questão fundamentalmente política.
Medicina social
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Conjunto de processos interativos compreendendo as interações entre agente o suscetível e o meio ambiente desde as primeiras forças que criam o estímulo patológico no meio ambiente até as alterações que levam ao defeito, invalidez, recuperação ou morte.
Subdivide-se em períodos patológico e epidemiológico.
História natural da doença
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FATORES SOCIAIS◦ FATORES SÓCIO-ECONÔMICOS◦ FATORES SOCIOPOLÍTICOS◦ FATORES SOCIOCULTURAIS◦ FATORES PSICOSSOCIAIS
FATORES AMBIENTAIS◦ FATORES GENÉTICOS◦ MULTIFATORIALIDADE
PERÍODO DE PRÉ-PATOGÊNESE
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INTERAÇÃO ESTÍMULO-SUSCETÍVEL
ALTERAÇÕES BIOQUÍMICAS, HISTOLÓGICAS E FISIOLÓGICAS
SINAIS E SINTOMAS
CRONICIDADE
PERÍODO DE PATOGÊNESE
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Promoção da saúde
Proteção específica
Diagnóstico e tratamento precoceLimitação da invalidez
Reabilitação
Prevenção primária
Período pré-patogênese
Prevenção secundária
Período patogênese
Prevenção terciária
Período patogênese
Três níveis de prevençãoAdaptado de Buss (2003: 35)
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Hipócrates (século V a.C.), sua obra Ares, Águas e Lugares foi o primeiro dentre os autores clássicos a atribuir importância aos fatores ambientais na origem das doenças.
William Farr (1839) devido as altas taxas de mortalidade em trabalhadores mineiros, ressaltou a importância dos registros de óbitos para fins sanitários, resultando no “Registro de Mortalidade e Morbidade para a Inglaterra e País de Gales ”
Determinantes Sociais
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Em 1662, John Graunt destaca a utilidade dos registros de óbitos como modo singular de se conhecer a distribuição das doenças na população.
Em 1990 com a implantação da Lei Orgânica da Saúde no Brasil, a epidemiologia passa a ser o principal instrumento de apoio ao Sistema Único de Saúde (SUS).
Importância para a Saúde Pública e Coletiva
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Estabelece prioridades.
Aloca recursos ou orienta programas.
Proporciona bases para avaliação de medidas e promoção da qualidade de vida.
Opera na formulação de legislações que dificultam a exposição às situações de risco, reduzindo a vulnerabilidade da população.
Como instrumento de SUS:
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O objeto epidemiológico passou a ser delimitado como uma relação entre infectados/suscetíveis. Eis a base
epistemológica para a formalização de conceito de risco:
probabilidade dos membros de uma determinada população desenvolverem uma dada doença ou evento relacionado à saúde
em um período determinado.
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Wade H. Frost influenciou o raciocínio epidemiológico liberando-o de qualquer compromisso com a exploração exaustiva das condições constitucionais das epidemias;
Com o controle probabilístico das incertezas, o conceito de risco encontrou-se livre para investigar a importância que se podia atribuir a apenas um, e qualquer um, dos aspectos envolvidos na determinação de um fenômeno epidêmico;
Epidemiologia de risco (1945- aos dias atuais)
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Maior precisão na formulação de suas questões, mais credibilidade e pragmatismo de suas respostas, o uso de núcleos familiares, escolas, creches, deram agilidade operacional nas investigações epidemiológicas, contribuindo para acúmulo de informações teóricas e metodológicas;
O conhecimento como cada vez menos indicativo da totalidade de uma condição sanitária desfavorável à saúde e cada vez mais um raciocínio, uma forma de encontrar relações causais prováveis;
Tudo isso foi levando o conceito de risco a se difundir, formalizar e configurar um verdadeiro paradigma científico para a epidemiologia”. (Kuhn, 1989)
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São utilizados para avaliar o nível de saúde e da necessidade de adoção de medidas de caráter abrangente, que visem melhorar a qualidade de vida da população, ou medidas específicas para garantir a correção das decisões ou apoiar ações específicas necessárias ao controle de determinada doença.
Indicadores de morbidade
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Denomina-se MORBIDADE ao comportamento das doenças e dos agravos à saúde em uma população exposta.Doença: conceituação e meios para definir o diagnósticoPopulação: localização espacial e intervalo de tempo.
INQUÉRITO EPIDEMIOLÓGICO estudo das condições de morbidade por causas específicas, efetuado em amostra representativa ou no todo de uma população definida e localizada no tempo e no espaço.
COEFICIENTE DEMORBIDADE
NÚMERO DE CASOS DA DOENÇA
POPULAÇÃO
_______________
Base referencial da população
1.00010.000100.000
=
=
X 10n
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Descreve a força com que subsistem as doenças nas coletividades.
A medida mais simples para a prevalência é a freqüência absoluta dos casos de doenças.
A prevalência
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Prevalência – descreve a força como subsistem as doenças nas coletividades.
casos conhecidos e que ainda existem + casos novos (- cura, óbitos, doentes imigrados)
Prevalência instantânea Prevalência Lápsica
É proporcional ao tempo de duração da doença; Varia de acordo com os progressos da terapêutica; Auxilia na ação de planejar em função do número
de doentes existentes na comunidade.
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Prevalência pontual : é medida pela freqüência da doença ou por sua taxa em um ponto definido no tempo, seja a semana, o mês ou o ano.
Prevalência lápsica : abrange um lapso de tempo mais ou menos longo e que não concentra a informação em um dado ponto do intervalo. Esta é uma medida que expressa o número total de casos de uma doença por unidade de tempo, sem levar em conta as defecções.
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Traduz a idéia de intensidade com que acontece a morbidade em uma população. A taxa de incidência mede o crescimento e a velocidade com que casos novos da doença surgem agregados aos casos que no passado adquiriram a doença e permanecem doentes.
“As taxas de incidências são medidas por excelência do risco de doenças e de agravo. Alta incidência significa alto risco pessoal ou comunitário.
Incidência
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Incidência – traduz a idéia de intensidade com que acontece a morbidade em população.
CASOS NOVOS Mede o RISCO das doenças ou agravos
ocorrem numa determinada população em certo período de tempo.
Indica a probabilidade de que pessoas adquiram a enfermidade.
Equivale a “velocidade” com que casos novos de doença são agregados.
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É a ocorrência coletiva de uma determinada doença que, no decorrer de um largo período histórico, acometendo sistematicamente grupos humanos distribuídos em espaços delimitados e caracterizados, mantém sua incidência constante, permitida as flutuações de valores.
A endemia refere-se à doença habitualmente presente entre membros de um determinado grupo, em uma determinada área, isto é, presente em uma população definida.
Endemia
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Gráfico 4. Leishmaniose tegumentar americana no Brasil. Período endêmico de 1995 a 2005.
22,9419,61
13,47
19,86
14,1215,61
17,4316,13
16,04
19,79
19,12
0
5
10
15
20
25
Leishmaniose
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É uma alteração, espacial e cronologicamente delimitada, caracterizada por uma elevação progressivamente crescente, inesperada e descontrolada dos coeficientes de incidência de determinada doença, ultrapassando e reiterando valores acima do limiar epidêmico preestabelecido.
É a ocorrência da doença em grande número de pessoas ao mesmo tempo.
Epidemia
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A epidemia é restrita a um intervalo marcado por um começo definido e um provável término, voltando assim aos patamares endêmicos observados antes da
ocorrência epidêmica.
Duração
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Surto epidêmico- Restringe-se a um grupo ocasional de pessoas, ou ao coletivo. Ex: colégio, quarteirão, bairro.
Epidemia explosiva- Em um curto espaço de tempo atinge quase a totalidade das pessoas.
Epidemia lenta - Gradualmente a doença se propaga entre a população até atingir sua incidência máxima. Ex: doenças de longo período de incubação.
Aspectos diferenciais
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Epidemia propagada- a doença é transmitida de pessoa a pessoa, se dando em cadeia, gerando uma corrente de transmissão até seu esgotamento ou sua diminuição. Ex: SIDA
Epi. Por fonte comum- há um fator extrínseco (água, alimento, etc.) que transmite a doença. Geralmente é uma epidemia explosiva e bem localizada. Ex: cólera
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Epi. Por fonte persistente- a fonte da tem existência dilatada e a população é exposta por um largo período de tempo. Ex: febre tifóide.
Epi. Por fonte pontual- a exposição da população a fonte se dá por curto período de tempo e não se repete. Ex: Antrax nos EUA.
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Ocorrência epidêmica de uma determinada doença que se caracteriza por uma larga
distribuição espacial, atingindo várias nações ao mesmo tempo. Ex: gripe aviária, SIDA, etc.
Pandemia
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Novo Perfil Epidemiológico
1930Cerca de 50% das mortes no Brasil eram por doenças infecciosas ou parasitárias. As causas externas correspondiam a 3%, as neoplasias a 3% e as doenças do aparelho circulatório a 12%.
2003As doenças infecciosas e parasitárias respondem por 5,2% das mortes. As violências por 13,5%, as neoplasias por 16,2% e as doenças do aparelho circulatório por 28,4%.
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Maior expectativa de vidaMudança do Perfil Epidemiológico
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Almeida-Filho, N. Anotações sobre a história da epidemiologia. In: Rouquayrol, MZ e Almeida-Filho, N. Epidemiologia e Saúde. 5 ed. Rio de Janeiro: MEDSI, 1999/1992.
Brant, C.L. O indivíduo, o sujeito e a epidemiologia. Rio de Janeiro. Oswaldo Cruz, 2002.
Campos, G. etc e tal; (org). Tratado de Saúde Coletiva. São Paulo – Rio de Janeiro. Fio Cruz, 2006.
Referências