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7/31/2019 etica_profissional_md4 - Cpia
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DISCIPLINA SEMIPRESENCIAL
ticaProfissional
Walkyria Paranhos
Mdulo IV
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- tica Profissional
Faculdade Machado de Assis 2
Professora: Walkyria Paranhos.Disciplina: tica Profissional.Carga Horria: 60 ha
TICA DA VIRTUDE E LIDERANA
Muitasempresasnomeiamumprofissionaldetica_ligadodiretamenteDiretoriadaempresa,o que lhe confere independncia de ao, para em dedicao exclusiva ou parcial coordenar osprogramasdetica,inclusivedocomit.Oprofissionaldeveestaralinhadocomaspolticasdaempresa misso,viso,valores etercapacidadedeconquistaraconfianadosmembrosdocomitedos demais funcionrios. Sua principal tarefa manter vivo e atualizado o cdigo de tica epromoverosmeiosnecessriosparaaformaocontnuadetodososfuncionriosdaempresanestecampoespecfico.Ocaminhomaiscurtoparaqueaticapasseda teoriaprticafazercomque
qualquerfuncionriosintaquetemcrdito,quesuasopiniesnosoapenasouvidas,mastambmvalorizadas e aplicadas sempre que conveniente.Assim, o componente de confiabilidade geradoenvolvetodososintegrantesdaempresa.
Importaqueosexecutivossejambem formados,queosprofissionaissejam treinados,poisocernedaquestoestnaformaopessoal.Casocontrrio,aimplantaodecdigosdeticaoudecondutaserincua.
Um programa de treinamento em tica predispe a urna conduta tica e alcanamelhoresresultados em funodeurna experinciaem treinamento interativo, conseguido com anlisesdecasosediscussodesituaesrelevantesaosparticipantesesuasreasfuncionais.Aorientaode
novosfuncionrios,
os
programas
de
desenvolvimento
gerencial
ede
supervisores
eos
de
educao
ticaemgeralpodem seresquematizados. Issoajudaradesenvolverashabilidadesde raciocniocrticonecessriasresoluodedifceisdilemasticosnaorganizao.
A empresa necessita desenvolverse de tal forma que a tica, a conduta tica, os valores econvicesprimriosdaorganizaotornemsepartedaculturadaempresa.Paraquesemantenhaoalto nveldo clima tico, resultantedo esforode cada stakeholder,pode sertil implementarumsistemademonitoramentoecontroledosambientesinternoeexternodaorganizao,paradetectarpontosquepodemviracausarumacondutaantitica.Essesistema,denominadoporalgunsauditoriatica, e por outros compliance, visa ao cumprimento das normas ticas do cdigo de conduta,
certificando
que
houve
aplicao
das
polticas
especficas,
sua
compreenso
e
clareza
por
parte
de
todososfuncionrios.Esse trabalhodeacompanhamentopodeservircomosubsdioparaocomitdeticaeotreinamentoemtica.
Acondutaticageraurnavisodeperspectivaqueprovocaumnaturaldesejodeanteciparse,deter iniciativasparaatendersnecessidadesdaempresaedaspessoasquenelaconvivem,comofrutodesuasensibilidadetica.
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TICA DA VERDADE
Aticaassociadaexcelnciamaisumatentativadeaglutinaodasvirtudesdecooperaoeintegridade_Aristtelesjacenavacomapossibilidadedereuniressasduasvirtudes:umaempresa
boa,
bem
sucedida,
harmoniosa
e
estvel,
integrada
por
pessoas
boas,
satisfeitas,
seguras
e
felizes,
emergedeumtrabalhoconjuntodecooperaoeintegridade.
Virtudes so qualidades que capacitam aspessoas a encontrarmotivospara agirbem. Semcoao, exercitando sua liberdade, apessoavirtuosa sempreprocuraescolheroquebom, certo,correto.
Asvirtudeseosvcioscaracterizamaspessoas.Pressupemvaloresque,senotraduzidosemaes,perdemseusentido.Virtudessovalores transformadosemaes. Comoomododeagirumaconseqnciadomododeser,apessoaqueseexercitanasvirtudesetemumaunidadedevida,deixatranspareceremsuaatuaoprofissionalosvaloresquecultivaemsuavidapessoal.
As virtudes so essencialmente hbitosbons que, para florescer, devem ser praticados.Asorganizaes tm a responsabilidadedepromover, incentivar e encorajar o comportamento tico.Casoseusempregadosnotragamaticadobero,deveroaprendernaorganizaocomocultivaras virtudes, engajandose nas atividades de treinamento adequadas para este fim, alm de secomprometeremaseguirosistemadevaloresdaempresa.
A tica da virtude ensina que o exerccio contnuo debons hbitos conduz aquisio davirtude,mesmoquesejarduoocaminhoparaconquistla.Damesmaforma,oatletaquealmejaatingirrecordesnecessitatreinarinmerasvezes,eporlongotempo,antesdealcanarseuintento.
Na
empresa,
as
pessoas
conscientes
desse
esforo
tico
tm
maior
probabilidade
de
tomar
decisescorretas,sendocertoque,ao tomlas,estarocrescendonavirtudealmejada.Decorredaseraticaumacincia tambmprtica,easvirtudes,oresultadodeaesrepetidasno intuitodesolucionarosdilemas.
ParaAristteles,avirtudeadisposioqueresultadosmelhoresmovimentosdaalma,etambmafontedasmelhoresaesepaixesdaalma.Temalgunsaspectosagradveiseoutrospenosos.comonasade:paramelhoraroucurarumapessoa(agradvel),precisodarlheremdiosousubmetlaatratamentos(dolorosos)queparecemserprejudiciais,masagemporseuefeitocontrrio.
A
virtude
tica
diz
respeito
ao
carter.
Assim,
medida
que
cresce
o
hbito
de
praticar
aes
boas, o carter da pessoa tornasemais enriquecido, e ela,mais virtuosa. Embora no tivesse sereferido s organizaes, Aristteles elencou inmeras virtudes muito importantes para oadministrador:prudncia,justia,moderao,liberalidade,ambio,sabedoria,amizade.
Solomon,aoanalisaraticadavirtude,consideraqueasempresasquepossuemculturasfortescostumamprezarvirtudescomoa fidelidade,justiaeosentidodepertenceraalgo,popularmente,vestira camisa,quepromovea lealdade.Construirumaculturaempresarialtica leva tempo,poispressupeumprocessode repetio e renovao.A cultura segue regras e rituaisquevodesdeaspectossuperficiais,comoaformadevestiroufalar,attraosmaisprofundos,comoosvalorese
crenasfundamentais.
Pela
cultura,
essas
regras
evalores
mantm
aorganizao
unida.
Uma cultura empresarial tica por seus valores, e no pelas pessoas que integram aorganizaooupelosprodutose serviosporelaoferecidos sociedade.Osvalores incorporados
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pelosexecutivos,gerenteseempregadosdevem servividos,dentrodasatribuiesdecadaum,eacabam tornandose prprios dessas pessoas, como sua segunda natureza. O hbito de agirconscientemente,emconformidadecomosvaloresdacultura,indicaasvirtudesdecadamembrodaempresa.
O Catlogo das Virtudes nos Negcios tem o mrito de apresentar de forma direta, clara e
objetiva,
para
cada
uma
das
45
virtudes
importantes
para
os
negcios,
o
respectivo
contexto,
ponto
principal,mito,utilidadeparaaprpriapessoa.eparaosdemais,excesso,deficinciaeumaquestoprticaaserexaminada.8
Aticadavirtudeperene.Comefeito,acabousedeconstatarqueAristteles,queviveude384a322a.C.,jmencionavaasvirtudesquemaisdedoismilniosapsestosendoreverenciadaspelosautoresmodernoseaplicadasnasorganizaes(Quadro5.1).
LIDERANA TICA
Algumaspessoasexerceminflunciaticasobreoutras,orientamsua
conduta,socapazesdeconduzilas.Sooslderes.
Ao dirigir pessoas em uma organizao, a liderana revelase impor tante e, at mesmo,
necessria,paraamalgamarvontadeseconseguirquesealcancemmetascomuns.
Paraquealideranaseexeracomtica,precisoconhecerbemaspessoasaseremlideradas,
saberondesequerchegar,dequemodo,comquefinseobjetivos.Segurodequetudo issobom,
certo e correto, resta ainda uma atitude que exige extremada prudncia: a interveno quandoconveniente.
O ldertico fazqueseusseguidoresosigamcom liberdadeebomsenso,enopormedo.
Dadaafragilidadedanaturezahumana,quandoumapessoaqueoseguemanifestaumdefeitoque
prejudiquesuaprpriapersonalidade, impedindoatmesmodealcanarasmetasdaorganizao,
esperasedolderumainterveno.Commuitahabilidade,semummnimodedespotismo,older
deveinterferirseminsistncianemomisso,namedidajusta.umaarte adetrataraspessoas e
umatcnicaqueimplicacontnuosconhecimentosprofissionais.
Umaprimeiraabordagemticaexplicaa lideranacomooesforoporconjugararazoeo
sentimentovisandoaobemejustia.Conseguirqueoutrososigamapenasfazsentidoseadireo
indicada forparaobem.Ldereshouveeh,nomundomoderno:Gandhi,GetlioVargas,Hitler,
Mandela,PapaJooPauloII,Roosevelt,entreoutros.Restaavaliarseseusseguidoreseramlevadosa
buscaroverdadeirobem,com intenoretaeemcircunstnciascertas.Seessestrscritriosforem
bons,olderpodeserconsideradotico.
Deduz
se
que
o
bom
lder
v
sua
atuao
como
um
servio,
algo
que
ajude
e
melhore
os
demais
seres
humanos.Paraissodevepremaovirtudesevalores.
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IMPORTNCIA DA TICA PARA LIDERANA EMPRESARIAL LIDERANA TICA
No final do sculo XX, trs razes pragmticas so apontadas para que a lideranaempresarialsejatica.
Emprimeirolugar,porqueoslderesnecessitamconquistaraboavontadedosempregados,demodoqueelesponhamseus talentosaserviodosobjetivosdaempresa.Para isso,osfuncionriosdevemsertratadoscomrespeito.
Segundo, os trabalhadores atualmente possuem mais conhecimentos, detm maisinformao e poder.A tica do lder, nesse sentido, influencia diretamente, emuito, a tica dosempregados.
Uma terceira razo que a sociedade em geral no aceita mais o uso coercitivo oumanipuladordo poder,de forma que aspessoas no respeitam os lderes, ou no confiam nelesapenasporseucargooufuno,maspelopoderexercidocomdignidadeeresponsabilidade.Com
isso, os seguidores aderem ao lder com voluntariedade. Notase que a questo tica centraseprimordialmentenopoderdoslderes.
Se o poder a chave da questo tica,duas vertentes podem sermencionadas: a tica dosdiretores(lderescompoder)eosentidodeserviodoslderes.
TICA DOS DIRETORES
Aticadocomportamentodosdiretoresfundamental,poiselessoexemplosparaosdemaisempregados da organizao. Sua conduta e estilo tendem a ser copiados, servemde referncia e
solidificamaculturadaorganizao.Osobjetivosdaempresanormalmenteimplicamdesafios,demodoqueoestilodosdiretores
podeensinaraosempregadososentidodecompromissoassumidoeoempenhoparacumprilo...Aimagemticadosdiretoresmoldasenamentedosempregadosporaquiloquevisvel:sua
formadefa1ar,deponderarcomobjetividade,profissionalismoerespeitospessoas,dedecidir,derelacionarsesemprecomboasmaneirasetransparncia.
Ningum gosta de estar sendo observado. Naturalmente. Porm, isso ocorre com a altaadministraodeumaempresa.maisfcilqueosempregadosaprendamalgoaoverosdiretoresfazendodoquese,muitasvezes,amesmaconduta fosseensinadacompalavras. Isso aumenta,de
certaforma,
aresponsabilidade
dos
membros
da
diretoria
da
organizao.
LIDERANA COMO SERVIO
As grandesmudanas que o avano tecnolgico, as comunicaes, a globalizao e outros
fenmenos vm acarretando com certeza tm impacto negativo, numa perspectiva tica, sobre o
trabalho,aeconomiae asempresas.Comoparte integrantedesseprocesso,aspessoasnoesto
margemdoturbilhodeidias,conceitosemovimentosnovosqueaparecemcomintensidadeasua
volta.Seuinteressepelainformao,porconheceresaberomaisvlidopossvel.Apenasarapidez
comqueasnovidadessurgemtalveznoestejapossibilitandospessoasconsideraraimplicaoti
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caoumoraldecadanovaidiaouconceito.
Um risco dessa avalanche que, por trs de idias novas, um semnmero de filosofias e
ideologias vo sendo absorvidas sem tempo suficiente para a necessria meditao. Como
conseqncia,notaseumnmerocadavezmaiordepessoascomidiasrelativistasadmitindoquea
cincia
busca
verdades,
porm
excluindo
e
considerando
no
cientfica
a
questo
da
prpria
verdade.
nesse aspecto que se torna assustador verificar a perda do sentido de conscincia, quando as
certezasobjetivasquesemprenorteavamtaispessoasderamlugaraumcartersubjetivo,emqueo
prprioeusetomaabsolutonodomniodascoisas,semprevisandoaoproveitoprprio,semadmitir
qualquerinstnciasuperior.
Dentro desse caos intelectual emoral em quemuitas comunidades vivem e em que esto
inseridasasorganizaes,um lderoudiretordeempresa,quandosesentamesade trabalho,se
nopossuirum cartermuitobem formado, tender facilmente racionalidadedospressupostos
mecanicistasvigentesnomercado.Osurgimentodealgunslderesglobais,comoosquefomentamosentido internacionalde responsabilidade social,vemacordarosdiretoresdeempresaparaaquilo
queestaseualcancerealizar.
Oempresriolder,cientedarealidadedomundo,dispeseamodificarorumodaquiloquemuitosconsideram imutvel,motivandoseusempregadosaseguilo, incentivandooutros lderes empresriosoudiretores a tomardecisesvisandoaobemcomum,mostrandosemais flexvelemenosdoutrinrio.Premjogoosvaloresmais importantesdohomem a liberdadeeoamor aserviodobemfazentenderonovoconceitodelideranacomoservio,apregoadoporGreenleaf.
Naliderana
como
servio,
fundamental
respeitar
equerer
bem
aos
demais,
servindo
os,
ajudandooseprocurandoquemelhorememseutrabalho.Olderdiretorpassaaenxergarosentidode servio comonico caminhopara seubom relacionamento comempregados, clientes, fornecedores,governoeopblicoemgeral.Seessamentalidade forsinceraeprofunda,o lder logoservisto como algumque trabalhapelobem comum, eno com finalidadedeauferirbenefciosouvantagensparasiprprio.
O lder que trabalha pelo bem de todos, que faz com que os outros se desenvolvamhumanamenteequeprocurafazerascoisasbemconquistaaconfianadeseusseguidores.Sassimconseguir liderar, intuir, antecipar, persuadir e mover seus liderados a colaborar com ele para
alcanarosobjetivosdaorganizao.Acapacidadeeaatitudedeserviodolderfomentaemseusseguidores odesenvolvimentodo apreo verdade edevirtudes como ajustia e amor aobem.Quandoos lideradoscompreenderemsuacapacidadedeservio,o lderter iniciadosua tarefadeformarnovoslderes.
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TICA E TEORIAS DE LIDERANA
J em 1938Chesner Barnard ressaltava a importncia da qualidade tica dos dirigentes deempresas,paraque a liderana fosse eficaz.Esse enfoque caiu emdesuso ehpoucos anosvemsendorecuperado,sobonomedeticanaliderana.
Nadcadade1940,apsicologiaeasociologiacomearamaoferecercontribuieseficazestica empresarial, enfatizando o papel e a capacidade do lder para fazer a empresa com seusstakeholders adaptarseaomeioambiente.Osinstrumentostericoseprticosdascinciashumanastomaramsedisponveisaoslderesparaque,comtica,fossemusadosparaalimentarosdiferentesinteressesdepessoasegrupos,orientandoosparaosobjetivosdaorganizao.
Ao ladodo instrumental cientfico eda experincia acumuladanas organizaes,oprprioconceitodelideranasofreumudanasaolongodasegundametadedosculoXX.Anovarelaodeinfluncia,naqualoldereoseguidorexerceminflunciamtua,deformadinmica,correspondemotivao do seguidor, fazendo com que o resultado de seus esforos sejamaiordo que se nohouvessebomrelacionamentocomolder.Daaimportnciadeolderentenderepraticarmodelosdecomportamentoevaloresqueestimulemseusseguidores,semprenosentidodecriarereforaraatitudedebuscademaiorresultado.
Aristtelesjobservavaqueaaohumana temumavertente tcnica,queaorientaparaosresultados eficcia ,eoutratica,quelheatribuivalor tica.oqueseesperadolder:eficciaetica, semque sejamuito comum encontrar talperspectivanasorganizaesdestenovo sculo,oXXI.
Mais
uma
vez,
o
realismo
filosfico
traz
contribuies
substanciais
para
o
xito
empresarial.
TICA NA GESTO DE PESSOAS
Nomercadode trabalhobrasileiro, a ticaparece ser aindamais faladadoquevivida.H
necessidade de profissionais lderes, que saibam influenciar seus colegas, chefes e gerentes com
naturalidade, com inteligncia, para que os valores morais se sobreponham ao oportunismo,
fraude,aomedodaconcorrncia,aoscostumespoucoretosdoramoemqueaorganizaoopera.
Nagestodepessoas,asorganizaespreocupamsemuitocomomarcolegal,ocumprimentoda legislao trabalhista, com acordos sindicais e outros aspectos previstos em regulamentos
governamentaisediretrizesdaempresa.
Uma perspectiva de responsabilidade social ressalta o compromisso tico da empresa em
relaoaseusstakeholders,sempreenfocandoorelacionamentoentrepessoas:entreaempresa,seus
executivos e os acionistas; entre a empresa e seus clientes e fornecedores; entre a empresa e a
sociedadedemodogeral,ouacomunidadeemqueestinserida,incluindoosconcorrentes;entreos
executivoseosempregados,ouentreosprpriosfuncionrios.As organizaes que estabeleceram para si cdigos de tica costumam definir condutas ticasespecficasaseremseguidasnorelacionamentodeseusempregadoscomosstakeholdersexternos.
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TICA NO RELACIONAMENTO COM EMPREGADOS
Menos ateno parece estar sendo dispensada s relaes entre a alta administrao e os
empregados e s relaes entre os prprios funcionrios. Tendo a legislao comobase para o
tratamento das questes ligadas aos recursos humanosda organizao detalhista,paternalista erigorosae,porvezes,demasiadoburocrtica ,ocomportamentoticopodepareceralgobvio,mas
nodiaadiapercebesequedamaiorimportncia.
Umaformadesepoderrefletirsobreaticanagestodepessoasconsiderartrsmoment9s
davidadequalquer funcionriooudiretordeumaorganizao:acontratao,apermannciaeo
desligamento.
TICA NA CONTRATAO DE EMPREGADOS
O processo de seleo tem impacto muito forte sobre o candidato a uma colocao, pois
transcende o mbito da empresa, podendo at afetar seu patrimnio futuro, sua estabilidade
emocional, suas condies e disposies. Cuidados do profissional de seleo em relao ao
candidatopodemmudarsuavidapessoalparaobem,damesmaformaqueerrosnestafasepodem
deixarmarcasnegativas,indelveiseirreparveis.Muitasvezes,umtelefonema,umacartaouume
mail em tom profissional e delicado, expondo com objetividade as reais razes pelas quais o
candidatono foi selecionado, seriamo suficienteparaqueapessoapudesse seconhecermelhor,
aprendercomaexperinciaesentirseestimuladaacontinuarseuesforoparaencontrar trabalho,
superandoadepressoquemuitasvezescausaodesemprego.
Oriscodenocontratarapessoaqueseriaaideal,oudecontratar
algumquelogorevelenopossuiroperfilalmejadoinerenteaocargodoprofissionaldeseleo.
Recursostcnicostmsidoaprimoradosparafacilitaressarduatarefa.Dopontodevistatico,h,
ainda, poucas experincias de sucesso que permitam avaliar a conduta moral do candidato. A
percepo,que
alis
bastante
aguada
no
brasileiro,
deve
ser
considerada
um
fator
adicional,
complementarenuncadecisivo.
As empresas tm desenvolvidomtodos diversos para avaliar o perfil tico,mas ainda h
muitoaserpesquisadonessecampo.Aquestoticadacontrataonoseencontranoerrotcnico
ounaimperfeiodosinstrumentosdeavaliaodocandidato.
Oproblematicorealconsisteemdeixardecontratar,intencionalmente,apessoaconsideradaideal,ouaocontrrio,contrataralgum,sabidamentenohabilitado,paraobteralgumavantagemsignificativaemtroca.Inmerasrazespoderiamlevaroprofissionaldeseleoaagirdessamaneira,
ferindo a tica. Entre elas, poderiam estar a inteno de retaliao por algum motivo alheio aocandidatoediscriminaodequalquertipo(raa,credo,sexo,idade,condiosocioeconmica).
Outroproblematicoquepodeocorrerduranteoprocessodeseleode
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um candidato e isso tomase especialmente grave na seleo para cargos mais elevados outecnicamente especiais a omissode informaes substanciais sobre amisso,viso, cultura eestratgias da organizao. um direito do candidato conhecer, domodomais realista possvel,todasas informaes importantesparasuaprpriaavaliaodaempresa,ato limiteconsideradoadequado,dentrodalinhadadiscrioedosigiloprofissional.
Urna
vez
definida
a
seleo,
ainda
durante
o
processo
de
contratao,
vrios
acordos
no
escritos (decavalheiros,verbais, tcitos)soestabelecidosentreocandidatoeaempresa,versandosobre a carreira profissional, nas reas de educao e desenvolvimento, nveis de autonomia nagesto, entre outros. Esperase de ambas as partes que tais acordos sejam cumpridos em suatotalidade,semquesejanecessriorecordloscontinuamente,apsaassinaturadocontrato.
TICA E PERMANNCIA DOS EMPREGADOS
Seaticaessencialnafasedeseleoecontrataodeumempregado,maisimportantetoma
se
no
decorrer
da
prestao
do
servio
e
de
toda
a
vida
do
empregado
na
empresa.
A
transparncia,
honestidadeesinceridadenacomunicaocostumampredisportodososempregadosaagiremcomlealdade e liberdade. medida que uma pessoa demonstra mais responsabilidade no trabalho,contribuindo com suas idias e esforos, esperase dela, e em relao a ela, confidencialidade,eqidadeecompromissocomrespeitoaoprocessodevalorizaoecompensao.
Qualquerpessoadeveterapreocupaoconstantedebuscarosmeiosdeseatualizar.,nosporseuempenhoemsuperardesafiosnovos,mas,tambm,paraestaralturadoqueseriaesperadodelanomercado.Cabeempresazelarporessadisposiodeestudoeaprendizagemhabituais,procurandosatisfazeraomximoasnecessidadesdeformao,dentrodesuaspossibilidadesreais.
A
confiana
e
a
lealdade
tomam
se
cada
vez
mais
necessrias,
no
momento
em
que
as
empresasmudamseussistemasdecontroles,paraacompanharaevoluodomercado:adispersodolocaldetrabalho,oescritriovirtual,aInteneteoemail.
O reconhecimentodos talentosdaspessoas,preservandoosvaloresdaorganizao,devesesobrepordiscriminaodesexo,raa,idade,regiogeogrfica,naspolticasderecursoshumanos.
Alegislaodospasesediretrizesdeorganismosmundiaistmmostradoqueosnegciossedesenvolvem cada vez de forma mais diversificada, no havendo espao para discriminao dequalquertipo.Umdosmomentosimportantesnavidadeumempregadoodesuaavaliao.Esteprocessodever
ser
pautado
sempre
em
critrios
profissionais
e
objetivos
estipulados
para
toda
a
organizao.
A
informaodeseuresultadoeumaconversacomoavaliadopermitiroaelecorrigirse,reformularerenovarcertoscomportamentosouatitudeseaprimoraralgumastcnicasjconsideradascorretas.
Duranteotempodaprestaodoservio oempregadomuitasvezespassamaistempodesuavidanaempresa,doquecomseusprprios familiares constanteorelacionamentocomcolegas,clientes,fornecedoreseopblicoemgeral.esperadodeleumcomportamentoticosempre,paraissoo clima da organizao fundamental e contagiante. Condutas antiticas que, eventualmente,ocorramdevem ser adequada e exemplarmente corrigidas, atmesmopara assegurar o clima, aculturaeaimagemdeorganizaosria.
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TICA NO DESLIGAMENTO DE EMPREGADOS
Nestemomento,algumasvezesmarcantenavidadeurnapessoa,dois fenmenos,geralmente,ocorrem: o empregado quer desligarse da empresa, contra a vontade de seus superiores, que oconsiderambomfuncionrio;ouoinverso,aempresajulgaconvenientedispensarofuncionrio,que
desejapermanecernaempresa.Ambasassituaesrequeremespeciaiscuidadosticos.Em toda empresa naturalquehajademissesde certaparceladepessoas. Issodevese a
muitas razes,entreasquais,desempenho insatisfatrio,nocumprimentodenormas, resultadosnegativos,conflitospessoaisqueafetamo trabalhooucolegas.Deixandode ladoesseaspecto,quenada tem de extraordinrio, constitui um desafio para a organizao planejar, vigorosa eprofissionalmente, os processos de demisso forada, que por vezes se tomem imperiosos.Considerando sempreesses cortesumaexceonavidada instituio,em taisocasiesaempresadevesevalerde critriosdedesempenho edesenvolvimentoprofissionais,pensandonapessoa esuascaratersticasparticulares.
Asadanodesejadarequermuitacompreensoerespeito.Quandoosprocessosnosoclaros,comfreqnciasurgematitudespoucoticasporpartedoempregadoquenodesejasair:presso,ameaa,trabalhomalfeito,boicote.Quandoaempresaqueseopeaodesligamentodoempregado, importantedeixarclaraapossibilidadede futuro retorno, fazerounocontraofertas,quandooproblema for salarial, ou procurar um acordo de cavalheiros, se forem outras as razes para ademisso.
Odesligamentopor aposentadoria tambmexigealguns cuidadosticos.precisohonraroscompromissos assumidos durante a permanncia do empregado, como o caso da previdnciaprivadaoudacomplementaosalarial,quandoapensodaaposentadoriaoferecidapelogoverno
restar insuficiente e, atmesmo,devalor irrisrio.Funcionrios leais, trabalhadores,queduranteanos deram seus esforos pela organizao, devem poder chegar idade da aposentadoria comcondiesmnimasdeviver comdignidadeo tempodevida que ainda lhes resta.Mesmoquealegislaonoobrigue,muitasempresaestocriandoseusfundos,programasdeaposentadoriaquepossamasseguraressemnimodebemestaraseusexfuncionriosmaisvelhos.
TICA POR PARTE DA EMPRESA
Se por parte da empresa a finalidade do estgio proporcionar aprendizado, a tica devepermearoprogramadeformao, incentivandooestudanteajcomportarseeticamentedevriasformas.Primeiro,no tendomedodepensar,refletir,meditarsobrearazodascoisasedasaes.Depois, sendo sincero, verdadeiro e coerente com sua forma de pensar e agir em seu convvioprofissional:comchefes,colegas,clientes,fornecedores,comquemquerqueeletrateemseuestgio.Outrossim,conversandocomaspessoasquandonotarquealgumaatitudeoucondutanoambienteprofissionalpareadesdizerdosprincpios ticosque estacostumadoaviver,dentroou foradaorganizao.
Nasempresasissoaparecemuitonaculturacorporativa.precisoconhecercomoeporqueascoisasso feitasdedeterminadamaneiranaempresaou ramoemqueelaatua.Oestagiriodeveperceber logoquemumprofissionalmaisantigonaorganizao,equeaparentapossuircritriosticossrios.Aproximandosedessapessoa,oestagiriopoderaprender,aprofundare,sepossvel,sugerirformasalternativasdecondutaparadeterminadasituao.Essaumacontribuioesperada
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Faculdade Machado de Assis 11
doestagirioqueagecomespritocrtico,comvontadedemelhorarpessoalmenteeaorganizao,sempreobjetivandoobemestardasociedade.
Almdisso,todootempoaempresadeveestimularoestagirioaagircomtica,sendoomaiscompetentepossvel,emtermostcnicos:atualizado,esforado,cominiciativas,buscandosempreoquemelhorparaaempresaeparasi,profissionalmente:cursos,seminrios,congressos.
Comoavanoda tecnologia,opreparo tcnicodeixoude serumdiferencialmaiorentreaspessoas que querem desempenhar um trabalho profissional. O perfil de sua personalidade, suacondutaticaesuamaturidadepassaramaservantagemcompetitivanosprocessosdeseleodeempresas de pequeno, mdio e grande porte. Dificuldades tcnicas podem ser superadas comtreinamento,aopassoque carterno semodificaapenas com cursosouestudo.Umprofissionalcompetente,queparasuasdecisesprofissionaiscontacomseusprincpiospessoaiseosdaempresa,certamenteestarmaispreparadoparaassumirmaisresponsabilidadesnotrabalhoqueumapessoapoucohabituadaarefletireagireticamente.Asorganizaeshojeestoavaliandooperfilticoeacaractersticadeliderananoscandidatosaumcargoouposioemseuquadrodefuncionrios.
FORMAO DO PERFIL TICO
Durante seuperododeestgioemuma instituio,oestudante comeaa sever comoumprofissional.Aoperceberqueoperfilticodeumprofissional fazpartedoscritriosdeseleo,oestagiriocomeaaaprofundarnosignificadodessaexigncia.omomentode refletiredialogarcomcolegasesuperioresdentrodaempresaemquedesenvolveseuprogramadeestgio.
Oprofissionalticoumapessoapreparada tcnicaemoralmenteparaexerceruma funodentrodeuma organizao oude forma autnoma.Tecnicamente,porque oprofissionalquediz
possuirashabilidadesnecessriasenarealidadenoestpreparadoprejudicaasiprprioeempresaqueocontratou.Moralmente,porqueocarterticonotadoemmuitospormenoresdeseudesempenho.
Um profissional tico honesto, sincero, franco, transparente. Por essas caractersticasconquista a confiana de colegas, subordinados e superiores. Fala quando necessrio e calasequandodeve.Incentivaseuscolegas,paresousubordinadosaagiremeticamente,mesmoquandoacondutacontrriapodetrazerretornosfinanceirosoumateriaismaisfortes.
Umprofissionalticosugerealternativasquandoaformahabitualdeatuarnaempresaouno
ramo
de
negcios
for
contrria
moral
ou
aos
bons
costumes.
Sabe
dizerno
com
personalidade,
mesmoquenocurtoprazopareaqueaorganizaopodeperderclientesoufornecedores,porquesabe que nomdio e longo prazo esses clientes ou fornecedores voltaro commais segurana efidelidade.
Um profissional tico sabe ponderar o que bom para si, para a organizao e para asociedade,no se limitaa cumpriroque lhe indicado, sem iniciativapessoal. suficientementecriativopara saberpropornovosmtodosde trabalho alta administraoda empresa.No temmedo de ser demitido ou maltratado por pessoas com menos formao moral. Sabe lidar comqualquertipodepessoa,ajudandoosamigos(ouinimigos)aenxergaroquebomeverdadeiro,de
maneiranatural,
simples,
positiva
eprofissional.
Naturalmente, em cada circunstncia analisada a conseqnciadeum funcionrio quereragireticamente,mascontraacorrente,ouseja,contraoquecostumedoscolegas,dosgerentesou
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daaltaadministraodaorganizao.Nessecaso,cabeaoprofissionalavaliarquealternativaseledisporpara agir corretamente, e senecessriobuscaroutraempresaemquepossadesempenharsuasfunesehabilidadesprofissionais,deacordocomsuasconvicesticas.
Atualmente,hprofissionaisquepreferemrecebersalriosinferiores,mastrabalharcomtica,doquesermaisbemremunerados,obrigandose alevantarconflitosentreseusprincpiosticoseos
da
organizao,
ou
da
cultura
da
empresa.
PROFISSIONAL PROCURA DA EMPRESA TICA
Antes de ingressar no quadro de pessoal de uma empresa, importante observar seusprocedimentos para verificar se ela tica ou no. A produtividade, obemestar e o progressoprofissionaldeumapessoadependemmuitodoambienteoudaculturadaorganizaoemqueepara a qual ela trabalha.Conflitos entre osprincpiosmoraispessoais e osda organizao, se serepetiremou foremprofundos,dificilmentepossibilitaroaoprofissional sentirsebemeproduzirresultadosadequadamente.
Seoprofissionalforummembrodaaltaadministrao,emquemaorganizao se apiamuito, como o caso depresidentes, vicepresidentes ougerentesgerais, opoder de influncia sobre os demais funcionrios ser enorme, e o exemplo pode ocasionarmudanasparamelhornoclimaticodaorganizao.Nessasituao,oprofissionalpodefortalecerasnormasediretrizes ticas da empresa, positivandoas em cdigos de tica, programas de tica,manuais etreinamento.Seucomprometimentocomaticapodedesencadearumprocessomuitoconstrutivode
mudana
organizacional
consciente.
Normalmente, antes de ingressar numa empresa, o candidato pergunta como so feitos osnegciosnessaorganizao,comonveldepormenorquenecessiteparajulgarosprocedimentos,sobopontodevistaticooumoral.Verificaseexisteumapreocupaoeumcomprometimentodaaltaadministraocomatica,ecomoissoseconcretizanodiaadia.
Em todo omundo, notaseuma volta moralidade, no apenas noBrasil.A empresa poucotransparente hoje no pode garantir sua sobrevivncia nomercado.A honestidade, a lealdade, acompetncia,sovalores
muitoprezadosporclientes,consumidorese fornecedores.Uma falhadaempresaemalgum
desses princpios pode ser suficiente para que uma organizao ligada a ela e que lhe indiqueestagirios rompaseucontratoouseusnegciosporumbomtempo,senoparasempre.
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REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS
Bsica
- Maria Ceclia C. de Arruda, Whitaker, Maria do Carmo, Jos Maria Rodriguez Ramos Fundamentosda tica empresarial e economia, Atlas, 2001.
Complementar
- Adolfo Sanchez Valquez tica, Editora Civilizao Brasileira.