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    DISCIPLINA SEMIPRESENCIAL

    ticaProfissional

    Walkyria Paranhos

    Mdulo IV

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    - tica Profissional

    Faculdade Machado de Assis 2

    Professora: Walkyria Paranhos.Disciplina: tica Profissional.Carga Horria: 60 ha

    TICA DA VIRTUDE E LIDERANA

    Muitasempresasnomeiamumprofissionaldetica_ligadodiretamenteDiretoriadaempresa,o que lhe confere independncia de ao, para em dedicao exclusiva ou parcial coordenar osprogramasdetica,inclusivedocomit.Oprofissionaldeveestaralinhadocomaspolticasdaempresa misso,viso,valores etercapacidadedeconquistaraconfianadosmembrosdocomitedos demais funcionrios. Sua principal tarefa manter vivo e atualizado o cdigo de tica epromoverosmeiosnecessriosparaaformaocontnuadetodososfuncionriosdaempresanestecampoespecfico.Ocaminhomaiscurtoparaqueaticapasseda teoriaprticafazercomque

    qualquerfuncionriosintaquetemcrdito,quesuasopiniesnosoapenasouvidas,mastambmvalorizadas e aplicadas sempre que conveniente.Assim, o componente de confiabilidade geradoenvolvetodososintegrantesdaempresa.

    Importaqueosexecutivossejambem formados,queosprofissionaissejam treinados,poisocernedaquestoestnaformaopessoal.Casocontrrio,aimplantaodecdigosdeticaoudecondutaserincua.

    Um programa de treinamento em tica predispe a urna conduta tica e alcanamelhoresresultados em funodeurna experinciaem treinamento interativo, conseguido com anlisesdecasosediscussodesituaesrelevantesaosparticipantesesuasreasfuncionais.Aorientaode

    novosfuncionrios,

    os

    programas

    de

    desenvolvimento

    gerencial

    ede

    supervisores

    eos

    de

    educao

    ticaemgeralpodem seresquematizados. Issoajudaradesenvolverashabilidadesde raciocniocrticonecessriasresoluodedifceisdilemasticosnaorganizao.

    A empresa necessita desenvolverse de tal forma que a tica, a conduta tica, os valores econvicesprimriosdaorganizaotornemsepartedaculturadaempresa.Paraquesemantenhaoalto nveldo clima tico, resultantedo esforode cada stakeholder,pode sertil implementarumsistemademonitoramentoecontroledosambientesinternoeexternodaorganizao,paradetectarpontosquepodemviracausarumacondutaantitica.Essesistema,denominadoporalgunsauditoriatica, e por outros compliance, visa ao cumprimento das normas ticas do cdigo de conduta,

    certificando

    que

    houve

    aplicao

    das

    polticas

    especficas,

    sua

    compreenso

    e

    clareza

    por

    parte

    de

    todososfuncionrios.Esse trabalhodeacompanhamentopodeservircomosubsdioparaocomitdeticaeotreinamentoemtica.

    Acondutaticageraurnavisodeperspectivaqueprovocaumnaturaldesejodeanteciparse,deter iniciativasparaatendersnecessidadesdaempresaedaspessoasquenelaconvivem,comofrutodesuasensibilidadetica.

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    TICA DA VERDADE

    Aticaassociadaexcelnciamaisumatentativadeaglutinaodasvirtudesdecooperaoeintegridade_Aristtelesjacenavacomapossibilidadedereuniressasduasvirtudes:umaempresa

    boa,

    bem

    sucedida,

    harmoniosa

    e

    estvel,

    integrada

    por

    pessoas

    boas,

    satisfeitas,

    seguras

    e

    felizes,

    emergedeumtrabalhoconjuntodecooperaoeintegridade.

    Virtudes so qualidades que capacitam aspessoas a encontrarmotivospara agirbem. Semcoao, exercitando sua liberdade, apessoavirtuosa sempreprocuraescolheroquebom, certo,correto.

    Asvirtudeseosvcioscaracterizamaspessoas.Pressupemvaloresque,senotraduzidosemaes,perdemseusentido.Virtudessovalores transformadosemaes. Comoomododeagirumaconseqnciadomododeser,apessoaqueseexercitanasvirtudesetemumaunidadedevida,deixatranspareceremsuaatuaoprofissionalosvaloresquecultivaemsuavidapessoal.

    As virtudes so essencialmente hbitosbons que, para florescer, devem ser praticados.Asorganizaes tm a responsabilidadedepromover, incentivar e encorajar o comportamento tico.Casoseusempregadosnotragamaticadobero,deveroaprendernaorganizaocomocultivaras virtudes, engajandose nas atividades de treinamento adequadas para este fim, alm de secomprometeremaseguirosistemadevaloresdaempresa.

    A tica da virtude ensina que o exerccio contnuo debons hbitos conduz aquisio davirtude,mesmoquesejarduoocaminhoparaconquistla.Damesmaforma,oatletaquealmejaatingirrecordesnecessitatreinarinmerasvezes,eporlongotempo,antesdealcanarseuintento.

    Na

    empresa,

    as

    pessoas

    conscientes

    desse

    esforo

    tico

    tm

    maior

    probabilidade

    de

    tomar

    decisescorretas,sendocertoque,ao tomlas,estarocrescendonavirtudealmejada.Decorredaseraticaumacincia tambmprtica,easvirtudes,oresultadodeaesrepetidasno intuitodesolucionarosdilemas.

    ParaAristteles,avirtudeadisposioqueresultadosmelhoresmovimentosdaalma,etambmafontedasmelhoresaesepaixesdaalma.Temalgunsaspectosagradveiseoutrospenosos.comonasade:paramelhoraroucurarumapessoa(agradvel),precisodarlheremdiosousubmetlaatratamentos(dolorosos)queparecemserprejudiciais,masagemporseuefeitocontrrio.

    A

    virtude

    tica

    diz

    respeito

    ao

    carter.

    Assim,

    medida

    que

    cresce

    o

    hbito

    de

    praticar

    aes

    boas, o carter da pessoa tornasemais enriquecido, e ela,mais virtuosa. Embora no tivesse sereferido s organizaes, Aristteles elencou inmeras virtudes muito importantes para oadministrador:prudncia,justia,moderao,liberalidade,ambio,sabedoria,amizade.

    Solomon,aoanalisaraticadavirtude,consideraqueasempresasquepossuemculturasfortescostumamprezarvirtudescomoa fidelidade,justiaeosentidodepertenceraalgo,popularmente,vestira camisa,quepromovea lealdade.Construirumaculturaempresarialtica leva tempo,poispressupeumprocessode repetio e renovao.A cultura segue regras e rituaisquevodesdeaspectossuperficiais,comoaformadevestiroufalar,attraosmaisprofundos,comoosvalorese

    crenasfundamentais.

    Pela

    cultura,

    essas

    regras

    evalores

    mantm

    aorganizao

    unida.

    Uma cultura empresarial tica por seus valores, e no pelas pessoas que integram aorganizaooupelosprodutose serviosporelaoferecidos sociedade.Osvalores incorporados

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    pelosexecutivos,gerenteseempregadosdevem servividos,dentrodasatribuiesdecadaum,eacabam tornandose prprios dessas pessoas, como sua segunda natureza. O hbito de agirconscientemente,emconformidadecomosvaloresdacultura,indicaasvirtudesdecadamembrodaempresa.

    O Catlogo das Virtudes nos Negcios tem o mrito de apresentar de forma direta, clara e

    objetiva,

    para

    cada

    uma

    das

    45

    virtudes

    importantes

    para

    os

    negcios,

    o

    respectivo

    contexto,

    ponto

    principal,mito,utilidadeparaaprpriapessoa.eparaosdemais,excesso,deficinciaeumaquestoprticaaserexaminada.8

    Aticadavirtudeperene.Comefeito,acabousedeconstatarqueAristteles,queviveude384a322a.C.,jmencionavaasvirtudesquemaisdedoismilniosapsestosendoreverenciadaspelosautoresmodernoseaplicadasnasorganizaes(Quadro5.1).

    LIDERANA TICA

    Algumaspessoasexerceminflunciaticasobreoutras,orientamsua

    conduta,socapazesdeconduzilas.Sooslderes.

    Ao dirigir pessoas em uma organizao, a liderana revelase impor tante e, at mesmo,

    necessria,paraamalgamarvontadeseconseguirquesealcancemmetascomuns.

    Paraquealideranaseexeracomtica,precisoconhecerbemaspessoasaseremlideradas,

    saberondesequerchegar,dequemodo,comquefinseobjetivos.Segurodequetudo issobom,

    certo e correto, resta ainda uma atitude que exige extremada prudncia: a interveno quandoconveniente.

    O ldertico fazqueseusseguidoresosigamcom liberdadeebomsenso,enopormedo.

    Dadaafragilidadedanaturezahumana,quandoumapessoaqueoseguemanifestaumdefeitoque

    prejudiquesuaprpriapersonalidade, impedindoatmesmodealcanarasmetasdaorganizao,

    esperasedolderumainterveno.Commuitahabilidade,semummnimodedespotismo,older

    deveinterferirseminsistncianemomisso,namedidajusta.umaarte adetrataraspessoas e

    umatcnicaqueimplicacontnuosconhecimentosprofissionais.

    Umaprimeiraabordagemticaexplicaa lideranacomooesforoporconjugararazoeo

    sentimentovisandoaobemejustia.Conseguirqueoutrososigamapenasfazsentidoseadireo

    indicada forparaobem.Ldereshouveeh,nomundomoderno:Gandhi,GetlioVargas,Hitler,

    Mandela,PapaJooPauloII,Roosevelt,entreoutros.Restaavaliarseseusseguidoreseramlevadosa

    buscaroverdadeirobem,com intenoretaeemcircunstnciascertas.Seessestrscritriosforem

    bons,olderpodeserconsideradotico.

    Deduz

    se

    que

    o

    bom

    lder

    v

    sua

    atuao

    como

    um

    servio,

    algo

    que

    ajude

    e

    melhore

    os

    demais

    seres

    humanos.Paraissodevepremaovirtudesevalores.

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    IMPORTNCIA DA TICA PARA LIDERANA EMPRESARIAL LIDERANA TICA

    No final do sculo XX, trs razes pragmticas so apontadas para que a lideranaempresarialsejatica.

    Emprimeirolugar,porqueoslderesnecessitamconquistaraboavontadedosempregados,demodoqueelesponhamseus talentosaserviodosobjetivosdaempresa.Para isso,osfuncionriosdevemsertratadoscomrespeito.

    Segundo, os trabalhadores atualmente possuem mais conhecimentos, detm maisinformao e poder.A tica do lder, nesse sentido, influencia diretamente, emuito, a tica dosempregados.

    Uma terceira razo que a sociedade em geral no aceita mais o uso coercitivo oumanipuladordo poder,de forma que aspessoas no respeitam os lderes, ou no confiam nelesapenasporseucargooufuno,maspelopoderexercidocomdignidadeeresponsabilidade.Com

    isso, os seguidores aderem ao lder com voluntariedade. Notase que a questo tica centraseprimordialmentenopoderdoslderes.

    Se o poder a chave da questo tica,duas vertentes podem sermencionadas: a tica dosdiretores(lderescompoder)eosentidodeserviodoslderes.

    TICA DOS DIRETORES

    Aticadocomportamentodosdiretoresfundamental,poiselessoexemplosparaosdemaisempregados da organizao. Sua conduta e estilo tendem a ser copiados, servemde referncia e

    solidificamaculturadaorganizao.Osobjetivosdaempresanormalmenteimplicamdesafios,demodoqueoestilodosdiretores

    podeensinaraosempregadososentidodecompromissoassumidoeoempenhoparacumprilo...Aimagemticadosdiretoresmoldasenamentedosempregadosporaquiloquevisvel:sua

    formadefa1ar,deponderarcomobjetividade,profissionalismoerespeitospessoas,dedecidir,derelacionarsesemprecomboasmaneirasetransparncia.

    Ningum gosta de estar sendo observado. Naturalmente. Porm, isso ocorre com a altaadministraodeumaempresa.maisfcilqueosempregadosaprendamalgoaoverosdiretoresfazendodoquese,muitasvezes,amesmaconduta fosseensinadacompalavras. Isso aumenta,de

    certaforma,

    aresponsabilidade

    dos

    membros

    da

    diretoria

    da

    organizao.

    LIDERANA COMO SERVIO

    As grandesmudanas que o avano tecnolgico, as comunicaes, a globalizao e outros

    fenmenos vm acarretando com certeza tm impacto negativo, numa perspectiva tica, sobre o

    trabalho,aeconomiae asempresas.Comoparte integrantedesseprocesso,aspessoasnoesto

    margemdoturbilhodeidias,conceitosemovimentosnovosqueaparecemcomintensidadeasua

    volta.Seuinteressepelainformao,porconheceresaberomaisvlidopossvel.Apenasarapidez

    comqueasnovidadessurgemtalveznoestejapossibilitandospessoasconsideraraimplicaoti

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    caoumoraldecadanovaidiaouconceito.

    Um risco dessa avalanche que, por trs de idias novas, um semnmero de filosofias e

    ideologias vo sendo absorvidas sem tempo suficiente para a necessria meditao. Como

    conseqncia,notaseumnmerocadavezmaiordepessoascomidiasrelativistasadmitindoquea

    cincia

    busca

    verdades,

    porm

    excluindo

    e

    considerando

    no

    cientfica

    a

    questo

    da

    prpria

    verdade.

    nesse aspecto que se torna assustador verificar a perda do sentido de conscincia, quando as

    certezasobjetivasquesemprenorteavamtaispessoasderamlugaraumcartersubjetivo,emqueo

    prprioeusetomaabsolutonodomniodascoisas,semprevisandoaoproveitoprprio,semadmitir

    qualquerinstnciasuperior.

    Dentro desse caos intelectual emoral em quemuitas comunidades vivem e em que esto

    inseridasasorganizaes,um lderoudiretordeempresa,quandosesentamesade trabalho,se

    nopossuirum cartermuitobem formado, tender facilmente racionalidadedospressupostos

    mecanicistasvigentesnomercado.Osurgimentodealgunslderesglobais,comoosquefomentamosentido internacionalde responsabilidade social,vemacordarosdiretoresdeempresaparaaquilo

    queestaseualcancerealizar.

    Oempresriolder,cientedarealidadedomundo,dispeseamodificarorumodaquiloquemuitosconsideram imutvel,motivandoseusempregadosaseguilo, incentivandooutros lderes empresriosoudiretores a tomardecisesvisandoaobemcomum,mostrandosemais flexvelemenosdoutrinrio.Premjogoosvaloresmais importantesdohomem a liberdadeeoamor aserviodobemfazentenderonovoconceitodelideranacomoservio,apregoadoporGreenleaf.

    Naliderana

    como

    servio,

    fundamental

    respeitar

    equerer

    bem

    aos

    demais,

    servindo

    os,

    ajudandooseprocurandoquemelhorememseutrabalho.Olderdiretorpassaaenxergarosentidode servio comonico caminhopara seubom relacionamento comempregados, clientes, fornecedores,governoeopblicoemgeral.Seessamentalidade forsinceraeprofunda,o lder logoservisto como algumque trabalhapelobem comum, eno com finalidadedeauferirbenefciosouvantagensparasiprprio.

    O lder que trabalha pelo bem de todos, que faz com que os outros se desenvolvamhumanamenteequeprocurafazerascoisasbemconquistaaconfianadeseusseguidores.Sassimconseguir liderar, intuir, antecipar, persuadir e mover seus liderados a colaborar com ele para

    alcanarosobjetivosdaorganizao.Acapacidadeeaatitudedeserviodolderfomentaemseusseguidores odesenvolvimentodo apreo verdade edevirtudes como ajustia e amor aobem.Quandoos lideradoscompreenderemsuacapacidadedeservio,o lderter iniciadosua tarefadeformarnovoslderes.

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    TICA E TEORIAS DE LIDERANA

    J em 1938Chesner Barnard ressaltava a importncia da qualidade tica dos dirigentes deempresas,paraque a liderana fosse eficaz.Esse enfoque caiu emdesuso ehpoucos anosvemsendorecuperado,sobonomedeticanaliderana.

    Nadcadade1940,apsicologiaeasociologiacomearamaoferecercontribuieseficazestica empresarial, enfatizando o papel e a capacidade do lder para fazer a empresa com seusstakeholders adaptarseaomeioambiente.Osinstrumentostericoseprticosdascinciashumanastomaramsedisponveisaoslderesparaque,comtica,fossemusadosparaalimentarosdiferentesinteressesdepessoasegrupos,orientandoosparaosobjetivosdaorganizao.

    Ao ladodo instrumental cientfico eda experincia acumuladanas organizaes,oprprioconceitodelideranasofreumudanasaolongodasegundametadedosculoXX.Anovarelaodeinfluncia,naqualoldereoseguidorexerceminflunciamtua,deformadinmica,correspondemotivao do seguidor, fazendo com que o resultado de seus esforos sejamaiordo que se nohouvessebomrelacionamentocomolder.Daaimportnciadeolderentenderepraticarmodelosdecomportamentoevaloresqueestimulemseusseguidores,semprenosentidodecriarereforaraatitudedebuscademaiorresultado.

    Aristtelesjobservavaqueaaohumana temumavertente tcnica,queaorientaparaosresultados eficcia ,eoutratica,quelheatribuivalor tica.oqueseesperadolder:eficciaetica, semque sejamuito comum encontrar talperspectivanasorganizaesdestenovo sculo,oXXI.

    Mais

    uma

    vez,

    o

    realismo

    filosfico

    traz

    contribuies

    substanciais

    para

    o

    xito

    empresarial.

    TICA NA GESTO DE PESSOAS

    Nomercadode trabalhobrasileiro, a ticaparece ser aindamais faladadoquevivida.H

    necessidade de profissionais lderes, que saibam influenciar seus colegas, chefes e gerentes com

    naturalidade, com inteligncia, para que os valores morais se sobreponham ao oportunismo,

    fraude,aomedodaconcorrncia,aoscostumespoucoretosdoramoemqueaorganizaoopera.

    Nagestodepessoas,asorganizaespreocupamsemuitocomomarcolegal,ocumprimentoda legislao trabalhista, com acordos sindicais e outros aspectos previstos em regulamentos

    governamentaisediretrizesdaempresa.

    Uma perspectiva de responsabilidade social ressalta o compromisso tico da empresa em

    relaoaseusstakeholders,sempreenfocandoorelacionamentoentrepessoas:entreaempresa,seus

    executivos e os acionistas; entre a empresa e seus clientes e fornecedores; entre a empresa e a

    sociedadedemodogeral,ouacomunidadeemqueestinserida,incluindoosconcorrentes;entreos

    executivoseosempregados,ouentreosprpriosfuncionrios.As organizaes que estabeleceram para si cdigos de tica costumam definir condutas ticasespecficasaseremseguidasnorelacionamentodeseusempregadoscomosstakeholdersexternos.

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    TICA NO RELACIONAMENTO COM EMPREGADOS

    Menos ateno parece estar sendo dispensada s relaes entre a alta administrao e os

    empregados e s relaes entre os prprios funcionrios. Tendo a legislao comobase para o

    tratamento das questes ligadas aos recursos humanosda organizao detalhista,paternalista erigorosae,porvezes,demasiadoburocrtica ,ocomportamentoticopodepareceralgobvio,mas

    nodiaadiapercebesequedamaiorimportncia.

    Umaformadesepoderrefletirsobreaticanagestodepessoasconsiderartrsmoment9s

    davidadequalquer funcionriooudiretordeumaorganizao:acontratao,apermannciaeo

    desligamento.

    TICA NA CONTRATAO DE EMPREGADOS

    O processo de seleo tem impacto muito forte sobre o candidato a uma colocao, pois

    transcende o mbito da empresa, podendo at afetar seu patrimnio futuro, sua estabilidade

    emocional, suas condies e disposies. Cuidados do profissional de seleo em relao ao

    candidatopodemmudarsuavidapessoalparaobem,damesmaformaqueerrosnestafasepodem

    deixarmarcasnegativas,indelveiseirreparveis.Muitasvezes,umtelefonema,umacartaouume

    mail em tom profissional e delicado, expondo com objetividade as reais razes pelas quais o

    candidatono foi selecionado, seriamo suficienteparaqueapessoapudesse seconhecermelhor,

    aprendercomaexperinciaesentirseestimuladaacontinuarseuesforoparaencontrar trabalho,

    superandoadepressoquemuitasvezescausaodesemprego.

    Oriscodenocontratarapessoaqueseriaaideal,oudecontratar

    algumquelogorevelenopossuiroperfilalmejadoinerenteaocargodoprofissionaldeseleo.

    Recursostcnicostmsidoaprimoradosparafacilitaressarduatarefa.Dopontodevistatico,h,

    ainda, poucas experincias de sucesso que permitam avaliar a conduta moral do candidato. A

    percepo,que

    alis

    bastante

    aguada

    no

    brasileiro,

    deve

    ser

    considerada

    um

    fator

    adicional,

    complementarenuncadecisivo.

    As empresas tm desenvolvidomtodos diversos para avaliar o perfil tico,mas ainda h

    muitoaserpesquisadonessecampo.Aquestoticadacontrataonoseencontranoerrotcnico

    ounaimperfeiodosinstrumentosdeavaliaodocandidato.

    Oproblematicorealconsisteemdeixardecontratar,intencionalmente,apessoaconsideradaideal,ouaocontrrio,contrataralgum,sabidamentenohabilitado,paraobteralgumavantagemsignificativaemtroca.Inmerasrazespoderiamlevaroprofissionaldeseleoaagirdessamaneira,

    ferindo a tica. Entre elas, poderiam estar a inteno de retaliao por algum motivo alheio aocandidatoediscriminaodequalquertipo(raa,credo,sexo,idade,condiosocioeconmica).

    Outroproblematicoquepodeocorrerduranteoprocessodeseleode

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    um candidato e isso tomase especialmente grave na seleo para cargos mais elevados outecnicamente especiais a omissode informaes substanciais sobre amisso,viso, cultura eestratgias da organizao. um direito do candidato conhecer, domodomais realista possvel,todasas informaes importantesparasuaprpriaavaliaodaempresa,ato limiteconsideradoadequado,dentrodalinhadadiscrioedosigiloprofissional.

    Urna

    vez

    definida

    a

    seleo,

    ainda

    durante

    o

    processo

    de

    contratao,

    vrios

    acordos

    no

    escritos (decavalheiros,verbais, tcitos)soestabelecidosentreocandidatoeaempresa,versandosobre a carreira profissional, nas reas de educao e desenvolvimento, nveis de autonomia nagesto, entre outros. Esperase de ambas as partes que tais acordos sejam cumpridos em suatotalidade,semquesejanecessriorecordloscontinuamente,apsaassinaturadocontrato.

    TICA E PERMANNCIA DOS EMPREGADOS

    Seaticaessencialnafasedeseleoecontrataodeumempregado,maisimportantetoma

    se

    no

    decorrer

    da

    prestao

    do

    servio

    e

    de

    toda

    a

    vida

    do

    empregado

    na

    empresa.

    A

    transparncia,

    honestidadeesinceridadenacomunicaocostumampredisportodososempregadosaagiremcomlealdade e liberdade. medida que uma pessoa demonstra mais responsabilidade no trabalho,contribuindo com suas idias e esforos, esperase dela, e em relao a ela, confidencialidade,eqidadeecompromissocomrespeitoaoprocessodevalorizaoecompensao.

    Qualquerpessoadeveterapreocupaoconstantedebuscarosmeiosdeseatualizar.,nosporseuempenhoemsuperardesafiosnovos,mas,tambm,paraestaralturadoqueseriaesperadodelanomercado.Cabeempresazelarporessadisposiodeestudoeaprendizagemhabituais,procurandosatisfazeraomximoasnecessidadesdeformao,dentrodesuaspossibilidadesreais.

    A

    confiana

    e

    a

    lealdade

    tomam

    se

    cada

    vez

    mais

    necessrias,

    no

    momento

    em

    que

    as

    empresasmudamseussistemasdecontroles,paraacompanharaevoluodomercado:adispersodolocaldetrabalho,oescritriovirtual,aInteneteoemail.

    O reconhecimentodos talentosdaspessoas,preservandoosvaloresdaorganizao,devesesobrepordiscriminaodesexo,raa,idade,regiogeogrfica,naspolticasderecursoshumanos.

    Alegislaodospasesediretrizesdeorganismosmundiaistmmostradoqueosnegciossedesenvolvem cada vez de forma mais diversificada, no havendo espao para discriminao dequalquertipo.Umdosmomentosimportantesnavidadeumempregadoodesuaavaliao.Esteprocessodever

    ser

    pautado

    sempre

    em

    critrios

    profissionais

    e

    objetivos

    estipulados

    para

    toda

    a

    organizao.

    A

    informaodeseuresultadoeumaconversacomoavaliadopermitiroaelecorrigirse,reformularerenovarcertoscomportamentosouatitudeseaprimoraralgumastcnicasjconsideradascorretas.

    Duranteotempodaprestaodoservio oempregadomuitasvezespassamaistempodesuavidanaempresa,doquecomseusprprios familiares constanteorelacionamentocomcolegas,clientes,fornecedoreseopblicoemgeral.esperadodeleumcomportamentoticosempre,paraissoo clima da organizao fundamental e contagiante. Condutas antiticas que, eventualmente,ocorramdevem ser adequada e exemplarmente corrigidas, atmesmopara assegurar o clima, aculturaeaimagemdeorganizaosria.

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    TICA NO DESLIGAMENTO DE EMPREGADOS

    Nestemomento,algumasvezesmarcantenavidadeurnapessoa,dois fenmenos,geralmente,ocorrem: o empregado quer desligarse da empresa, contra a vontade de seus superiores, que oconsiderambomfuncionrio;ouoinverso,aempresajulgaconvenientedispensarofuncionrio,que

    desejapermanecernaempresa.Ambasassituaesrequeremespeciaiscuidadosticos.Em toda empresa naturalquehajademissesde certaparceladepessoas. Issodevese a

    muitas razes,entreasquais,desempenho insatisfatrio,nocumprimentodenormas, resultadosnegativos,conflitospessoaisqueafetamo trabalhooucolegas.Deixandode ladoesseaspecto,quenada tem de extraordinrio, constitui um desafio para a organizao planejar, vigorosa eprofissionalmente, os processos de demisso forada, que por vezes se tomem imperiosos.Considerando sempreesses cortesumaexceonavidada instituio,em taisocasiesaempresadevesevalerde critriosdedesempenho edesenvolvimentoprofissionais,pensandonapessoa esuascaratersticasparticulares.

    Asadanodesejadarequermuitacompreensoerespeito.Quandoosprocessosnosoclaros,comfreqnciasurgematitudespoucoticasporpartedoempregadoquenodesejasair:presso,ameaa,trabalhomalfeito,boicote.Quandoaempresaqueseopeaodesligamentodoempregado, importantedeixarclaraapossibilidadede futuro retorno, fazerounocontraofertas,quandooproblema for salarial, ou procurar um acordo de cavalheiros, se forem outras as razes para ademisso.

    Odesligamentopor aposentadoria tambmexigealguns cuidadosticos.precisohonraroscompromissos assumidos durante a permanncia do empregado, como o caso da previdnciaprivadaoudacomplementaosalarial,quandoapensodaaposentadoriaoferecidapelogoverno

    restar insuficiente e, atmesmo,devalor irrisrio.Funcionrios leais, trabalhadores,queduranteanos deram seus esforos pela organizao, devem poder chegar idade da aposentadoria comcondiesmnimasdeviver comdignidadeo tempodevida que ainda lhes resta.Mesmoquealegislaonoobrigue,muitasempresaestocriandoseusfundos,programasdeaposentadoriaquepossamasseguraressemnimodebemestaraseusexfuncionriosmaisvelhos.

    TICA POR PARTE DA EMPRESA

    Se por parte da empresa a finalidade do estgio proporcionar aprendizado, a tica devepermearoprogramadeformao, incentivandooestudanteajcomportarseeticamentedevriasformas.Primeiro,no tendomedodepensar,refletir,meditarsobrearazodascoisasedasaes.Depois, sendo sincero, verdadeiro e coerente com sua forma de pensar e agir em seu convvioprofissional:comchefes,colegas,clientes,fornecedores,comquemquerqueeletrateemseuestgio.Outrossim,conversandocomaspessoasquandonotarquealgumaatitudeoucondutanoambienteprofissionalpareadesdizerdosprincpios ticosque estacostumadoaviver,dentroou foradaorganizao.

    Nasempresasissoaparecemuitonaculturacorporativa.precisoconhecercomoeporqueascoisasso feitasdedeterminadamaneiranaempresaou ramoemqueelaatua.Oestagiriodeveperceber logoquemumprofissionalmaisantigonaorganizao,equeaparentapossuircritriosticossrios.Aproximandosedessapessoa,oestagiriopoderaprender,aprofundare,sepossvel,sugerirformasalternativasdecondutaparadeterminadasituao.Essaumacontribuioesperada

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    doestagirioqueagecomespritocrtico,comvontadedemelhorarpessoalmenteeaorganizao,sempreobjetivandoobemestardasociedade.

    Almdisso,todootempoaempresadeveestimularoestagirioaagircomtica,sendoomaiscompetentepossvel,emtermostcnicos:atualizado,esforado,cominiciativas,buscandosempreoquemelhorparaaempresaeparasi,profissionalmente:cursos,seminrios,congressos.

    Comoavanoda tecnologia,opreparo tcnicodeixoude serumdiferencialmaiorentreaspessoas que querem desempenhar um trabalho profissional. O perfil de sua personalidade, suacondutaticaesuamaturidadepassaramaservantagemcompetitivanosprocessosdeseleodeempresas de pequeno, mdio e grande porte. Dificuldades tcnicas podem ser superadas comtreinamento,aopassoque carterno semodificaapenas com cursosouestudo.Umprofissionalcompetente,queparasuasdecisesprofissionaiscontacomseusprincpiospessoaiseosdaempresa,certamenteestarmaispreparadoparaassumirmaisresponsabilidadesnotrabalhoqueumapessoapoucohabituadaarefletireagireticamente.Asorganizaeshojeestoavaliandooperfilticoeacaractersticadeliderananoscandidatosaumcargoouposioemseuquadrodefuncionrios.

    FORMAO DO PERFIL TICO

    Durante seuperododeestgioemuma instituio,oestudante comeaa sever comoumprofissional.Aoperceberqueoperfilticodeumprofissional fazpartedoscritriosdeseleo,oestagiriocomeaaaprofundarnosignificadodessaexigncia.omomentode refletiredialogarcomcolegasesuperioresdentrodaempresaemquedesenvolveseuprogramadeestgio.

    Oprofissionalticoumapessoapreparada tcnicaemoralmenteparaexerceruma funodentrodeuma organizao oude forma autnoma.Tecnicamente,porque oprofissionalquediz

    possuirashabilidadesnecessriasenarealidadenoestpreparadoprejudicaasiprprioeempresaqueocontratou.Moralmente,porqueocarterticonotadoemmuitospormenoresdeseudesempenho.

    Um profissional tico honesto, sincero, franco, transparente. Por essas caractersticasconquista a confiana de colegas, subordinados e superiores. Fala quando necessrio e calasequandodeve.Incentivaseuscolegas,paresousubordinadosaagiremeticamente,mesmoquandoacondutacontrriapodetrazerretornosfinanceirosoumateriaismaisfortes.

    Umprofissionalticosugerealternativasquandoaformahabitualdeatuarnaempresaouno

    ramo

    de

    negcios

    for

    contrria

    moral

    ou

    aos

    bons

    costumes.

    Sabe

    dizerno

    com

    personalidade,

    mesmoquenocurtoprazopareaqueaorganizaopodeperderclientesoufornecedores,porquesabe que nomdio e longo prazo esses clientes ou fornecedores voltaro commais segurana efidelidade.

    Um profissional tico sabe ponderar o que bom para si, para a organizao e para asociedade,no se limitaa cumpriroque lhe indicado, sem iniciativapessoal. suficientementecriativopara saberpropornovosmtodosde trabalho alta administraoda empresa.No temmedo de ser demitido ou maltratado por pessoas com menos formao moral. Sabe lidar comqualquertipodepessoa,ajudandoosamigos(ouinimigos)aenxergaroquebomeverdadeiro,de

    maneiranatural,

    simples,

    positiva

    eprofissional.

    Naturalmente, em cada circunstncia analisada a conseqnciadeum funcionrio quereragireticamente,mascontraacorrente,ouseja,contraoquecostumedoscolegas,dosgerentesou

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    daaltaadministraodaorganizao.Nessecaso,cabeaoprofissionalavaliarquealternativaseledisporpara agir corretamente, e senecessriobuscaroutraempresaemquepossadesempenharsuasfunesehabilidadesprofissionais,deacordocomsuasconvicesticas.

    Atualmente,hprofissionaisquepreferemrecebersalriosinferiores,mastrabalharcomtica,doquesermaisbemremunerados,obrigandose alevantarconflitosentreseusprincpiosticoseos

    da

    organizao,

    ou

    da

    cultura

    da

    empresa.

    PROFISSIONAL PROCURA DA EMPRESA TICA

    Antes de ingressar no quadro de pessoal de uma empresa, importante observar seusprocedimentos para verificar se ela tica ou no. A produtividade, obemestar e o progressoprofissionaldeumapessoadependemmuitodoambienteoudaculturadaorganizaoemqueepara a qual ela trabalha.Conflitos entre osprincpiosmoraispessoais e osda organizao, se serepetiremou foremprofundos,dificilmentepossibilitaroaoprofissional sentirsebemeproduzirresultadosadequadamente.

    Seoprofissionalforummembrodaaltaadministrao,emquemaorganizao se apiamuito, como o caso depresidentes, vicepresidentes ougerentesgerais, opoder de influncia sobre os demais funcionrios ser enorme, e o exemplo pode ocasionarmudanasparamelhornoclimaticodaorganizao.Nessasituao,oprofissionalpodefortalecerasnormasediretrizes ticas da empresa, positivandoas em cdigos de tica, programas de tica,manuais etreinamento.Seucomprometimentocomaticapodedesencadearumprocessomuitoconstrutivode

    mudana

    organizacional

    consciente.

    Normalmente, antes de ingressar numa empresa, o candidato pergunta como so feitos osnegciosnessaorganizao,comonveldepormenorquenecessiteparajulgarosprocedimentos,sobopontodevistaticooumoral.Verificaseexisteumapreocupaoeumcomprometimentodaaltaadministraocomatica,ecomoissoseconcretizanodiaadia.

    Em todo omundo, notaseuma volta moralidade, no apenas noBrasil.A empresa poucotransparente hoje no pode garantir sua sobrevivncia nomercado.A honestidade, a lealdade, acompetncia,sovalores

    muitoprezadosporclientes,consumidorese fornecedores.Uma falhadaempresaemalgum

    desses princpios pode ser suficiente para que uma organizao ligada a ela e que lhe indiqueestagirios rompaseucontratoouseusnegciosporumbomtempo,senoparasempre.

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    REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS

    Bsica

    - Maria Ceclia C. de Arruda, Whitaker, Maria do Carmo, Jos Maria Rodriguez Ramos Fundamentosda tica empresarial e economia, Atlas, 2001.

    Complementar

    - Adolfo Sanchez Valquez tica, Editora Civilizao Brasileira.