Etapa Bete 2e 3 de Analise de Investimento

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Um fluxo de caixa relevante para um projeto é uma alteração do fluxo de caixa da empresa toda, que resulta da decisão de fazer um investimento. Esses fluxos são definidos em termos de alteração, ou incrementos do fluxo de caixa existentes na empresa e são denominados fluxos de caixa incrementais. Os fluxos de caixa incrementais para avaliação de um projeto consistem em toda e qualquer alteração dos fluxos futuros de caixa da empresa que sejam consequência direta da realização do projeto (ROSS et al., 1998, p.186). Quando se pensa no cálculo do fluxo de caixa de uma empresa, em especial de uma grande empresa em operação, pode- se imaginar quão complicado e trabalhoso seria tal procedimento. Entretanto, esse processo não é necessário. Quando de identifica o efeito da realização de um projeto proposto sobre fluxos de caixa de uma empresa, será necessário apenas se concentrar nos fluxos de caixa incrementais. Esse conceito é chamado de mini- empresa, ou seja, o projeto é visto como se fosse uma empresa, com seus próprios custos e receitas, seus ativos e fluxos de caixa. A importância desse processo é poder avaliar o projeto proposto puramente por seus próprios méritos, isoladamente das outras atividades ou outros projetos da empresa. Apesar da facilidade de se definir um fluxo de caixa incremental, alguns erros podem ser comuns nessa avaliação. Seguem abaixo, alguns desses erros mais comuns. Custos irrecuperáveis: é o custo pelo qual já se pagou ou que já se firmou como um compromisso de pagamento. Esse custo não pode ser alterado pela decisão, hoje, de aceitar ou rejeitar um projeto. Exemplificando, pode- se citar o caso da contratação de uma consultoria para a avaliação do lançamento de uma nova linha de produto. Quando a consultoria entrega o trabalho, a empresa discorda da análise, porque a consultoria não inclui seus elevados honorários como custo do projeto, ou seja, os honorários da consultoria representam um custo irrecuperável, pois, mesmo que a nova linha de produtos não seja lançada, a empresa deverá pagar pelo trabalho realizado. Custos de oportunidade: Tem uma característica diferente dos outros custos da empresa, pois não corresponde a um desembolso, mas ao sacrifício de um benefício. Ross e colaboradores (1998, p. 187) citam que uma situação comum é aquela em que a empresa já possui um ativo a ser utilizado por um projeto proposto. Por exemplo, uma empresa tem, em seus ativos, uma tecelagem comprada, há vários anos, por R$ 100.000, e deseja transformá-la em um condomínio de residências, Para a realização do projeto, não haverá saída de caixa para a compra de tecelagem. Dessa forma, a questão é se, na avaliação do projeto, pode-se tomar a tecelagem como “gratuita”. A resposta é não, pois, se a tecelagem não fosse usada nesse projeto, poderia ser vendida e seria apurado um montante de recursos por ela. Portanto, verifica-se que ao usar o prédio da tecelagem no projeto de um conjunto residencial se tem um custo de oportunidade, porque se está sacrificando uma oportunidade com valor por outra. Efeitos colaterais: Um projeto pode trazer efeitos colaterais, tanto positivos como negativos. Por exemplo, a empresa de produtos de higiene lança uma nova linha de sabonete. Por um lado, ela terá o aumento de receita da nova linha; por outro, poderá ter, também, uma queda nas vendas de outros sabonetes que já faziam parte de seu portfólio de produtos. Isso é chamado canibalismo.

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Um fluxo de caixa relevante para um projeto é uma alteração do fluxo de caixa da empresa toda, que resulta da decisão de fazer um investimento. Esses fluxos são definidos em termos de alteração, ou incrementos do fluxo de caixa existentes na empresa e são denominados fluxos de caixa incrementais. Os fluxos de caixa incrementais para avaliação de um projeto consistem em toda e qualquer alteração dos fluxos futuros de caixa da empresa que sejam consequência direta da realização do projeto (ROSS et al., 1998, p.186).

Quando se pensa no cálculo do fluxo de caixa de uma empresa, em especial de uma grande empresa em operação, pode- se imaginar quão complicado e trabalhoso seria tal procedimento. Entretanto, esse processo não é necessário. Quando de identifica o efeito da realização de um projeto proposto sobre fluxos de caixa de uma empresa, será necessário apenas se concentrar nos fluxos de caixa incrementais. Esse conceito é chamado de mini- empresa, ou seja, o projeto é visto como se fosse uma empresa, com seus próprios custos e receitas, seus ativos e fluxos de caixa. A importância desse processo é poder avaliar o projeto proposto puramente por seus próprios méritos, isoladamente das outras atividades ou outros projetos da empresa. Apesar da facilidade de se definir um fluxo de caixa incremental, alguns erros podem ser comuns nessa avaliação. Seguem abaixo, alguns desses erros mais comuns.

Custos irrecuperáveis: é o custo pelo qual já se pagou ou que já se firmou como um compromisso de pagamento. Esse custo não pode ser alterado pela decisão, hoje, de aceitar ou rejeitar um projeto. Exemplificando, pode- se citar o caso da contratação de uma consultoria para a avaliação do lançamento de uma nova linha de produto. Quando a consultoria entrega o trabalho, a empresa discorda da análise, porque a consultoria não inclui seus elevados honorários como custo do projeto, ou seja, os honorários da consultoria representam um custo irrecuperável, pois, mesmo que a nova linha de produtos não seja lançada, a empresa deverá pagar pelo trabalho realizado.

Custos de oportunidade: Tem uma característica diferente dos outros custos da empresa, pois não corresponde a um desembolso, mas ao sacrifício de um benefício. Ross e colaboradores (1998, p. 187) citam que uma situação comum é aquela em que a empresa já possui um ativo a ser utilizado por um projeto proposto. Por exemplo, uma empresa tem, em seus ativos, uma tecelagem comprada, há vários anos, por R$ 100.000, e deseja transformá-la em um condomínio de residências, Para a realização do projeto, não haverá saída de caixa para a compra de tecelagem. Dessa forma, a questão é se, na avaliação do projeto, pode-se tomar a tecelagem como “gratuita”. A resposta é não, pois, se a tecelagem não fosse usada nesse projeto, poderia ser vendida e seria apurado um montante de recursos por ela. Portanto, verifica-se que ao usar o prédio da tecelagem no projeto de um conjunto residencial se tem um custo de oportunidade, porque se está sacrificando uma oportunidade com valor por outra.

Efeitos colaterais: Um projeto pode trazer efeitos colaterais, tanto positivos como negativos. Por exemplo, a empresa de produtos de higiene lança uma nova linha de sabonete. Por um lado, ela terá o aumento de receita da nova linha; por outro, poderá ter, também, uma queda nas vendas de outros sabonetes que já faziam parte de seu portfólio de produtos. Isso é chamado canibalismo.

Capital de giro: Um projeto, exigirá que a empresa tenha capital de giro líquido, além de ativos permanentes para que ele possa ser colocado em prática. A empresa deverá ter saldo em caixa para cobrir eventuais despesas do projeto, bem como poderá ter um investimento em estoques e contas a receber. Sabe-se que parte desse investimento virá sob a forma de quantias devidas a fornecedores (contas a pagar), mas a empresa será obrigada a cobrir as possíveis diferenças.

Tabela 01: Preço estimado de vendas e quantidade mensal a ser comercializada

Produto Quantidade por mês Preço Unit. (R$) Total mensalScarpin 40 110,00 4.400,00Peep toe 50 99,00 4.950,00Anabela 55 112,00 6.160,00

Tabela 02:Cálculo do faturamento anual, multiplicando o valor mensal por 12.

Produto Total mensal Total anualScarpin 4.400,00 52.800,00Peep toe 4.950,00 59.400,00Anabela 6.160,00 73.920,00

Tabela 03:Estimativa do faturamento da empresa para os próximos cinco anos.

Produto 1º Ano faturamento 2º Ano 5% a.a. 3º Ano 5% a.a. 4º Ano 5% a.a. 5º Ano 5% a.a.Scarpin 52.800,00 55.440,00 58.212,00 61.122,60 64.178,73

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Peep toe 59.400,00 62.370,00 65.488,50 68.762,93 72.201,07Anabela 73.920,00 77.616,00 81.496,80 85.571,64 89.850,22

Tabela 04:Estimativa dos custos e despesas mensais, com base na quantidade definida na tabela 01.

Água Energia Telefone Contador Manutenção

Salário Taxa de Cartão

Pró -Labore

Total:

R$:50,00

R$:200,00

R$:100,00

R$:300,00

R$:100,00 R$:839,84

R$:73,90

R$:800,00

R$:2.463,74

Tabela 05:Estimativa dos custos e despesas anuais, multiplicando por 12 o valor obtido no item anterior.

Água Energia Telefone Contador Manutenção Salário Taxa de cartão

Pró-Labore

Total:

R$:50, R$:200, R$:100, R$:300, R$:100, R$:839,84 R$:73,90 R$:800, R$:2.463,74R$:600, R$:2.400 R$:1.200 R$:3.600 R$:1.200 R$:10.078 R$:886,8 R$:9.600 R$:29.564,88

Tabela 06:Investimento inicial da empresa.

Descrição móveis e utensílios Quantidade Valor unitário TotalPainel canaletado 1,22x 2,44 2 R$:312,00 R$:624,00Band. Acrílica para painel 50 R$:3,00 R$:150,00

Expositor de calçado Z 70 R$:2,20 R$:154,00Banca de oferta 2 R$:69,20 R$:138,40Banqueta 2 R$:35,00 R$:70,00Puffs/ sofás 3 R$:109,00 R$:327,00Vitrine 3 R$:800,00 R$:2.400,00Espelhos 1 R$:300,00 R$:300,00Mesa 1 R$:250,00 R$:250,00Cadeira 1 R$:120,00 R$:120,00Escada 1 R$:40,00 R$:40,00Sob- total R$:4.573,40

Insumos

Maquinas e equipamentos

Quantidade Valor unitário Total

Computador 1 R$:1.250,00 R$:1.250,00Comp. servidor c/ nobreak

1 R$:1.530,00 R$:1.530,00

Impressora leaser 1 R$:539,00 R$:539,00Impressora cupom fiscal 1 R$:1.900,00 R$:1.900,00Telefone 1 R$:120,00 R$:120,00Leitor cód. de barras 2 R$:130,00 R$:260,00Sistema software 1 R$:750,00 R$:750,00Sob- total R$:6.349,00

Tabela 07:Valor da mão de obra.

Nº de empregados Salário mensal Subtotal Encargos sociais Total salário + encargos sociais 2 R$:788,00 R$:1.576,00 16% 1.828,16

Tabela 08:Demonstrativo do resultado do exercício.

Tabela 09:Contas do balanço patrimonial.

Conclusão:

O objetivo desse projeto é a viabilidade econômica e financeira do investimento de loja de calçados, buscando dados reais e concluindo se o negócio e viável e rentável.

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A relevância do estudo é fundamental para analisar projeções financeiras, tais como investimento inicial, que são gastos feitos antes da EMPRESA entrar em funcionamento, por investimentos fixos, que são com maquinas e equipamentos.

Capital de giro que é o valor necessário para iniciar as atividades que posteriormente será coberto pela receita. O fluxo de caixa acompanha diariamente entradas e saídas da empresa e serviços para verificar quais e quando ocorrem além de servir como base para estruturar a DRE, que contabiliza os fluxos de caixa ao longo do tempo e indica resultado mensal, anual ou de acordo com a necessidade da empresa.

As principais análises referentes à viabilidade serão feitas com base no playback, de TRI, do VPL e do índice de rentabilidade.

Analisando todas as etapas de investimentos feitas pelo grupo, concluímos que, o projeto apresenta uma rentabilidade muito atrativa, pois, oferece uma taxa de retorno bem acima do que as taxas oferecidas pelo mercado. Mesmo depois de passar pelos cálculos de depreciação e imposto de renda a taxa de retorno do projeto continua superando a taxa oferecida pelo mercado com isso concluiu que é interessante aprovar e investir neste projeto, pois o projeto apresenta um retorno garantido para os próximos cinco anos.

Taxa de SELIC é a taxa de juros da economia brasileira. Esta taxa básica é utilizada como referência para o cálculo das demais taxas de juros cobradas pelo mercado e para definição da política monetária pelo governo federal do Brasil.

Criado em 1979, o Sistema Especial de Liquidação e de Custódia (SELIC) é um sistema informatizado destinado ao registro, custódia e liquidação de títulos públicos federais.

Somente as instituições credenciadas no mercado financeiro têm acesso ao SELIC. Este sistema opera basicamente com títulos emitidos pelo Banco Central e pelo Tesouro NACIONAL, TAIS COMO: Letra do Tesouro e Nota do Tesouro Nacional.

Valor da taxa SELIC a taxa overnight representa a taxa média ponderada pelo volume das operações de financiamento por um dia no mercado interbancário brasileiro, lastreadas em títulos públicos federais e realizadas no SELIC, na forma de operações compromissadas. A taxa reflete o custo do dinheiro para empréstimos bancários, com base na remuneração dos títulos públicos.

Essa taxa é usada para operações de curtíssimo prazo entre bancos, que, quando querem tomar recursos emprestados de outros bancos por um dia, oferecem títulos públicos como lastro (garantia), visando reduzir o risco, e, consequentemente, a remuneração da transação (juros).

A taxa é expressa na forma anual para 252 dias úteis. Esta taxa não é fixa e varia praticamente todos os dias, mas dentro de um intervalo muito pequeno, já que, na grande maioria das vezes, ela tende a se aproximar da meta da SELIC, que é determinada oito vezes por ano, consoante regulamentação datada de 2006.

A meta para a taxa SELIC é estabelecida pelo comitê de Política Monetária (COPOM).

Técnicas de análise de investimento sabe-se que todo investimento realizado por uma empresa objetiva aumentar seus fluxos de caixa futuros e que existem no mercado atual diversas alternativas e cenários para se investir. Assim, se faz necessário avaliar qual opção será mais viável e rentável (proporcionará maior lucro em menor tempo) para a organização.Dada a importância da análise de investimento, conheceremos neste tópico as principais técnicas de análise, cito: Payback, VPL e TRI. Métodos que serão utilizados para avaliar a viabilidade econômico e financeira da empresa.

Payback entre os métodos para análise de investimento, o payback é o mais intuitivo e simples, motivo pelo qual é também o mais utilizado. Consiste em avaliar quanto tempo é necessário para que o investimento retorne ou, ainda, identificar qual é o período de tempo que o capital estará exposto ao risco (de se perde-lo).Ainda, segundo DAMODARAN, 2002: “O payback ou prazo de retorno de um projeto é a extensão de tempo necessária para que seus fluxos de caixa nominais cubram o investimento inicial”. Ou seja, quando o atingir o valor acumulado dos fluxos de caixa atingir o valor que foi inicialmente, diz-se que se atingiu o payback. Porém, dada a simplicidade do método, ele pode apresentar falhas graves, são elas: não leva em conta o valor do dinheiro no tempo (não compara o valor investido com possíveis ganhos em outros investimentos ), não considera os riscos de cada projeto, que podem ser muito diferente (analisa projetos concorrentes como se tivessem mesmo risco desprezando individualidade de cada um ) e não considera os fluxos de caixa após período do payback (só analisa o capital investido até ser recuperado pelo investidor).Motivos que levam a recomendar o payback apenas como método inicial ou complementar para analisar o investimento. Valor presente líquido – VPLO método de VPL consiste em trazer todos os valores do fluxos de caixa durante o período de tempo analisado, permitindo, comparar diversas alternativas de investimento.

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O VPL e o método mais utilizado pelas grandes empresas de análise de investimentos, por trazer a valor presente todos os valores do fluxo de caixa durante o período de tempo analisado e considerando-se uma determinada taxa de juros (i). A essa taxa de juros damos o nome taxa mínima de Atratividade (TMA), que representa o retorno mínimo exigido, em porcentagem, para o investidor concordar em realizar o projeto. Visto que, ao investir em determinado projeto ele estará abrindo mãos de outros, motivo pelo qual também chamamos a TMA de custo de oportunidade.

Taxa interna de retorno (TIR) é a taxa que iguala o valor das entradas com o das saídas. O valor da TRI deverá ser entre os investimentos e, aquele que tiver a maior, será o melhor. Além disso, também deverá ser comparado com a TMA (Taxa mínima de atratividade), que será a menor taxa de retorno que o investidor estará disposto a aceitar.A taxa interna de retorno é a taxa de desconto que iguala o valor das entradas com o das saídas de um fluxo de caixa de um investimento. É muito similar ao VPL, a única diferença é que este método apresenta o resultado em porcentagem ao invés do valor monetário. Assim, a TIR representa a taxa composta necessária para transformar o investimento inicial nos fluxos futuros, como se o valor fosse aplicado em renda fixa, ou seja, é uma forma de calcular o retorno composto do fluxo de caixa. Muito utilizada para decidir se o projeto é ou não um bom investimento.

http://arquivos.unama.br/nead/gol/gol_mkt_6mod/adm_financeira_orcamentaria/pdf/aula08.pdf

http://economia.uol.com.br/empreendedorismo/publieditorial/consultornetempresas?utm_source=google&utm_medium=cpc&utm_content=talent_bannerconsultor_net_empresasgooglegoogle__searchformato_texto&utm_campaign=consultor#/2014/net/

http://www.socontabilidade.com.br/conteudo/BP.php

http://br.advfn.com/indicadores/taxa-selic

http://www.ebah.com.br/content/ABAAAe0nYAA/tecnicas-analise-investimentos

http://telemacopompei.blogspot.com.br/2011/11/tecnicas-de-analise-de-investimentos.html