ETA simões filho (4)
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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RECÔNCAVO DA BAHIA
CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLÓGICAS
ENGEHARIA SANITÁRIA E AMBIENTAL
CET042 - TRATAMENTO DE ÁGUAS DE ABASTECIMETO
DIMENSIONAMENTO DA ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE ÁGUA PARA SIMÕES FILHO
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MAIO 2013
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MAIO 2013
DIMENSIONAMENTO DA ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE ÁGUA PARA SIMÕES FILHO
VINICIUS BORGES
VINICIUS RAMOS FREIRE
Trabalho realizado como avaliação parcial da disciplina Tratamento de Resíduos Sólidos, sob a orientação da Professora Selma, do Curso de Engenharia Sanitária e Ambiental, da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia, campus Cruz das Almas.
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SUMÁRIO
1 DESCRIÇÃO DA LOCALIDADE............................................................................4
1.1 Generalidades......................................................................................................4
1.2 Economia............................................................................................................4
1.3 Clima e Relevo....................................................................................................5
1.4 Meio Biótico.......................................................................................................6
2 ESTUDO TÉCNICO PRELIMINAR........................................................................6
2.1 Capitação............................................................................................................6
2.2 Qualidade do Manancial.....................................................................................6
2.3 Localização da ETA............................................................................................7
3 Definição dos processos de Tratamento...................................................................10
4 Estudos de concepção..............................................................................................10
5 Dimensionamento Hidráulico..................................................................................11
5.1 Mistura Rápida ( Calha Parshall)......................................................................11
5.2 Floculador.........................................................................................................15
5.3 Decantadores.....................................................................................................19
6 Filtração (Filtros Rápidos de Fluxo Descendente)...................................................22
7 Tanque de Contato...................................................................................................26
8 Casa de Química......................................................................................................27
9 Referencias Bibliográficas.......................................................................................27
LISTA DE FIGURAS
Figura 1 Produto Interno Bruto do Município de Simões Filho........................................6
Figura 2 Área de Localização da ETA..............................................................................8
Figura 3 Área de Ocupação da ETA..................................................................................9
Figura 4 Levantamento Planialtimétrico da área de localização.....................................10
Figura 5 Comportamento da Chuva na área de localização............................................10
Figura 7 Croqui Misturador Rápido................................................................................16
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Figura 8 Croqui do Floculador........................................................................................20
Figura 9 Croqui do Filtro Rápido de fluxo descendente.................................................27
LISTA DE TABELAS
Tabela 1 Classificação d água naturais para abastecimento público...............................11
Tabela 2 Estudo de Concepção da vazão........................................................................12
Tabela 3 Valores Para Dimensionamento da Calha Parshall..........................................13
Tabela 4 Valores Para Dimensionamento da Calha Parshall.........................................14
Tabela 5 Área dos Filtros................................................................................................24
Tabela 6 Relações Para Dimensionamento do Fundo Falso...........................................25
Tabela 7 Reguladores de vazão para água de lavagem...................................................26
Tabela 8 Tubulações imediatas – Filtros simples (em mm)............................................26
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1 DESCRIÇÃO DA LOCALIDADE
1.1 Generalidades
Simões Filho foi criado através da emancipação do distrito de Água Comprida da
capital baiana Salvador, e em público 7 de novembro de 1961 recebeu este nome em
homenagem ao jornalista Ernesto Simões Filho fundador do Jornal A Tarde. Situada na
mesorregião metropolitana com apenas 20 km de distancia da capital, em uma área
territorial de 201,223 Km² e uma densidade demográfica de 586,65 hab./km², sua
população segundo dados do IBGE 2010 ( Instituto Brasileiro de Geografia ) é de
118047 habitantes com uma estimativa para 2012 de um contingente populacional de
121416 habitantes.
1.2 Economia
Segundo dados divulgados pela Prefeitura Municipal de Simões Filho em seu web
site o município apresenta atualmente a 5º economia do estado contendo hoje quase 200
indústrias de diversos segmentos e um porto natural extremamente protegido a Baía de
Aratu importante fator que impulsiona a implementação de novas empresas devido o
fator escoamento dos seus produtos. No contexto econômico, podemos considerar o
Centro Industrial de Aratu – CIA e o Complexo Petroquímico de Camaçari – COPEC
como sendo os dois marcos mais importantes para a economia local. A atividade
agropecuária, com baixa representatividade, também se faz presente no município,
destacando-se o cultivo de banana, coco-da-baía, cacau (amêndoa), manga, goiaba,
laranja e pimenta do reino e a criação de bovinos, suínos e ovinos. O Índice de
Desenvolvimento Econômico – IDE é um indicador econômico resultante da análise dos
níveis de infraestrutura (INF) e qualificação de mão de obra (IQM) existentes e da renda
gerada localmente (IPM). Segundo o IDE publicado pela SEI (2002) o município de
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Simões Filho aparece como a quinta economia baiana em 1998. Comparado aos demais
municípios da RMS o município classifica-se como a quarta economia da região
Figura 1 Produto Interno Bruto do Município de Simões Filho
Fonte: IBGE
1.3 Clima e Relevo
Devido a grande proximidade do litoral, Simões Filho apresenta clima úmido com
temperaturas médias anuais de 24,7°C, pluviosidade média anual entre 1600 e 2000
mm, sendo que as maiores concentrações pluviométricas ocorrem entre os meses de
abril e junho. As formas de relevo predominantes no município são os Tabuleiros Pré-
Litorâneos, as Planícies Marinhas e Fluvio marinhas e as Baixadas Litorâneas,
associadas a uma geologia com presença de conglomerados, gnaisses, arenitos,
depósitos fluviais e costeiros (areias de praias, dunas, mangues, terraços e cordões
litorâneos). A hidrografia é composta pela bacia do rio Joanes, sendo os principais
afluentes os rios Córrego Cantagalo e o Córrego Muriqueira. Ao longo da bacia
aparecem as represas Joanes I, Joanes II, Ipitanga II e Ipitanga III.
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1.4 Meio Biótico
Inserido no Bioma Mata Atlântica a bioecologia local é representada pelos solos
do tipo Podzólico Vermelho-Amarelo álico, Latossolo Vermelho-Amarelo álico,
Latossolo Amarelo álico, Podzol Hidromórfico e Solos Indiscriminados de mangue,
onde desenvolvem atividades agrícolas, extrativismo e pecuária. A vegetação está
constituída pela Floresta Ombrófila, Contato cerrado restinga e Formações pioneiras
com influência fluvio marinha.
2 ESTUDO TÉCNICO PRELIMINAR
2.1 Capitação
A captação da água será feita na barragem de Pedra do Cavalo (Rio Paraguaçu ) e
na barragem Joanes II (Rio Joanes ), a vazão de captação nas barragens será 8000 litros/
segundo e a capacidade nominal do sistema de tratamento será de 9000 litros/ segundo
.
2.2 Qualidade do Manancial
Á água que ira abastecer o município terão como origem as barragens de Pedra
do Cavalo e a Barragem Joanes II, pertencentes as bacias hidrográficas dos rios
Paraguaçu e Joanes respectivamente.
Até o momento, as águas destes mananciais são de boa qualidade e se enquadram
como apropriadas ao tratamento convencional e distribuição para o consumo. Através
dos parâmetros analisados não há evidências de contaminação por elementos e ou
substâncias indesejáveis
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2.3 Localização da ETA
A Estação de tratamento de Simões Filho se localizara na região periférica da
cidade, localização estratégica para que a recepção da adução de água bruta, das
barragens Pedra do Cavalo e Joanes, sejam feitas de forma facilitada e que as águas
servidas da estação de tratamento possam ser encaminhadas até um emissário
submarino que fica localizado em Praia do Forte.
Atendo a NBR12216 NB 512- Projeto de Estações de Tratamento, foram
realizados levantamentos topográficos da área de localização da ETA e sondagens para
reconhecimento do subsolo presente na área de implantação.
Figura 2 Área de Localização da ETA
Fonte: Google Earth
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Figura 3 Área de Ocupação da ETA
Fonte: Google Earth
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Figura 4 Levantamento Planialtimétrico da área de localização
Fonte: Google Earth/ Próprio autor.
Figura 5 Comportamento da Chuva na área de localização
Fonte: Google Earth/ Próprio autor
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3 Definição dos processos de Tratamento
As águas captadas e direcionadas a ETA Simões Filho é de mananciais superficiais de qualidade Tipo C provenientes de bacias , com características básicas definidas na Tabela seguinte, e que exijam coagulação para enquadrar-se nos padrões de potabilidade.
Tabela 1 Classificação d água naturais para abastecimento público
DBO 5 dias (mlg/l)Média 2,4--4,0
Maxima 4-- 6
Coliformes NMP/100mlMédia 5000--20000
Maxima > 20000PH 5--9
Clortos <50Fluoretos <1,5
Fonte: NBR 12216
As águas do Tipo C necessitam de um tratamento com- coagulação, seguida ou não de decantação, filtração em filtros rápidos, desinfecção e correção do pH.
4 Estudos de concepção
Alcance do projeto
As estimas de vazões e os cálculos terão uma projeção de 20 anos até 2023
Vazão de Consumo
Q - Vazão máxima (l/s);
P – População a ser abastecida;
qm – Consumo per-capita (l /hab.dia); Q= P xq x K 186400
K1 - Coeficiente de máxima vazão diária;
K2 – Coeficiente de máxima vazão horária
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Vazão de Consumo
Com os dados da população para o ano de 2023 projetamos um vazão nominal da ETA- Simões Filho de 900 litros/segundo já é necessário de uma sobra para atender as demandas da ETA.
Tabela 2 Estudo de Concepção da vazão
Ano População Hab Qp (l/s .Dia) Qfinal(l/s .Dia)
2023 199157 200 847,4745552
5 Dimensionamento Hidráulico
5.1 Mistura Rápida ( Calha Parshall)
Segundo a NBR 12216 Mistura Rápida é a Operação destinada a dispersar produtos químicos na água a ser tratada, em particular no processo de coagulação, para o qual são destinadas as disposições seguintes
Para a mistura de coagulantes na água será utilizado o misturador calha parshall.
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Tabela 3 Valores Para Dimensionamento da Calha Parshall
Fonte: http://www.ufpi.br/subsiteFiles/ct/arquivos/files/pasta/Jacob/SETA.pdf
Tabela 4 Valores Para Dimensionamento da Calha Parshall
Fonte: http://www.ufpi.br/subsiteFiles/ct/arquivos/files/pasta/Jacob/SETA.pdf
Vazão Q = 900 l/s ou 0,9 m³/s
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Calha; W = 3’ = 0,915 m ; K = 0,608; n = 0,639 ;D= 157,2 cm ; N =22,9 cm ; G’ = 0,915
Calculo da altura de água na seção de medição
H0= k Qn = 0,52m
Largura da calha na seção de Medição
D’= 2/3(D – W) + W
D’ = 1,35m
Velocidade Na seção da Medição.
V0 = Q/(D ’x H0)
V0 = 1,28 m/s
Vazão especifica
q = Q/ W
q = 0,946 m³/ s
Carga Hidráulica
E0 =V0 ²/ 2g + H0 + N
E0 = 0, 815 m
Calculo da velocidade antes do ressalto
V1= 2 x (2 g x E 0/3)0,5
V1 = 3,461 m/ s
Altura da lamina d’água no ressalto
H1 = q/ V1
H1 = 0,273 m
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Numero de Froude
F= V 1/(gxH 1)0,5
F = 2,115
Altura do Ressalto
H2 = H 12
x ¿
H2 = 0,69 m
Velocidade no Ressalto
V2 = Q / ( W x H2 )
V2 = 1,42 m/ s
Altura na seção de saída
H3 = H2 – ( N – K)
H3 = 0,54 m
Velocidade de saída da calha
V3 = Q/( C x H3)
V3 = 1,36 m/ s
Perda de Carga
Hp = 0,0962
Tempo de Mistura
T = 0,98 s ( Norma exige que seja < 5 s)
Gradiente de Velocidade
G = 877, 43 s−1(Norma exige que seja> 700 e <1100)
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Figura 6 Croqui Misturador Rápido
Fonte: Autor Próprio
5.2 Floculador
É a unidade onde ocorre a agregação das partículas que foram formadas no coagulador através do contato entre elas, aumentando o peso para que posteriormente sejam decantadas. A etapa é chamada também de mistura lenta por ser provida de agitadores lentos. O floculador utilizado no projeto será o mecanizado de eixo vertical. Floculadores mecanizados são dotados de pelo menos três compartimentos em série. A agitação é feita através de pás rotativas ou turbinas.
Dimensionamento hidráulico do floculador.
Vazão: 0,9 m³/s ou 900 l/s
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Tempo de detenção:
De acordo com a NBR 12216, o tempo de detenção para floculadores mecanizados deve está entre 20 e 30 minutos. O tempo de detenção utilizado será:
t = 30 min = 1800s
h = 4m
G = 70s-1, 50s-1, 20s-1
Largura do decantador = largura do floculador = 12m
Serão 03 floculadores, cada um com três câmaras, cada uma com três canais
Vazão em cada floculador.
Q = 0,9/3 = 0,3 m³/s
Volume do floculador
Q = V/t
V = Q.t
V = 0,3.1800 = 540m³
Área do floculador
V = A.h
A = V/h
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A = 540/4 = 135 m²
Dimensões do floculador
A=B1 .B2
B2=A .B1
B2=13512
=11,25m
lf =3,75m
Volume por câmara
V c=V /nºc
V c=5409
=60 m ³
Potência útil dos agitadores mecânicos
G = 70s-1
P=µ.V . G ²
P=1,17. 10−4.60 .70²=34,40 kgf .m /s
G = 50s-1
P=1,17. 10−4.60 .50²=17,55 kgf .m /s
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G = 20s-1
P=1,17. 10−4.60 .20²=2,81 kgf . m /s
Rotação
2,0 ≤ L f / Dr ≤6,6
0,568 ≤ Dr ≤1,875
Dr=0,8 m
P = Ks.n³.D5
n=( P
K . ρ. D5)
n70=(340/1,3.1000 . 0,85)1/3 = 0,92rps = 55,2 rpm
n50=(170,5/1,3.1000 . 0,85)1/3= 0,74rps = 44,4 rpm
n30=¿)1/3= 0,39rps = 23,5 rpm
Figura 7 Croqui do Floculador
Fonte: Autor Próprio
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5.3 Decantadores
‘
Balizando as informações da NBR 12216 foi possível dimensionar os dencantadores para processo de clarificação da água na ETA de Simões filho
Vazão
0,9 m³/s
Número de decantadores = 3
Vazão em cada decantador (Q):
Q=0,93
=0,3 m3
s
Como não foi possível proceder a ensaios de laboratório, para o cálculo das taxas de aplicação devem ser a seguinte:
q = 40 m3/m2 x dia.
Altura útil do Decantador
h = 4 m
Calculo da Área
As=86400 ×0,9
m3
s
40m3
m2 /dia×
13 Decantadores
As = 648 m²
Verificação do tempo de detenção hidráulico:
θh=VolQ
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θh=2,4 horas
Definição da geometria do decantador:
Deve-se satisfazer a condição: 2≤L/B≤5 Considera-se que a largura do decantador (B) é igual a do floculador então:
B=12
As=LxB
684 m ²=L x 12→ B=12 → L=54
L/B = 4,5 portanto satisfaz a condição.
Cálculo da Velocidade Horizontal (V h)
Vh=QAh
→(0,9 x
14)
4 x12=0,00625 m /sou 0,625 cm / s
Cálculo do Raio Hidráulico
Rh= B x H(B+2 x H )
→(4 x12)
(12+2x 4)=2,4 m
Calculo do n° de Reynods
ℜ=Vh x Rh x ρμ
→0,00625 x2,4 x 1000
1 x10−3=15000
Cálculo do número de Froude:
Fr= Vh
(g .h )2
Fr= 0,00625
(9,81.4 )2=0,000998>0,00001
Portanto satisfaz a condição.
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Cálculo da vazão linear nas calhas (ql):
ql ≤ 0,018.q .h
ql ≤ 0,018.40.4
ql ≤ 2,88
Portanto, adota-se ql = 2,5 l/s.m = 2,5.10−3m³/s.m
Cálculo do comprimento do vertedor (Cv)
Cv=Qql
=120 m
Cálculo do comprimento das calhas (Cc)
Cc=0,2. L=0,2.54=10,8 m
Cálculo do número de calhas (Nc):
Nc= Cv2 Cc
= 1202.10,8
=5,55=6 calhas
Recalculando o comprimento do vertedor (Cv):
Cv=Nc .2 .Cc=6.2 .10,8=129,6 m
Cálculo do espaçamento entre as calhas (Ec):
Ec= BNc
=126
=2
Cálculo da área dos orifícios na cortina (Ao):
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Q=v . Ao
Onde v = velocidade no orifício. De acordo com a NBR, deve estar entre 0,12 e 0,13 m/s. Adotando-se v = 0,2 temos:
0,3=0,2. Ao=Ao=1,5 m2
Cálculo do número de furos (Nf):
Adota-se a geometria dos furos quadrada com lado (Lo) igual a 0,2m, portanto a área da seção dos furos (Ao) é igual a 0,04m²:
Nf = 1,50,04
=37,5=38 furos
Cálculo da área de influência dos orifícios (Ainf):
Ainf= B .hNf
=12.438
=1,263
Lado de influência = (Ainf)^0,5 portanto:Linf = 1,123
Cálculo do número de fileiras horizontais (Nh):
Nh= hLinf
= 41,123
=3,56=4
Cálculo do número de fileiras verticais (Nv):
Nv= BLinf
= 121,123
=10,68=11
Número total de furos (Nf):
Nf =Nv . Nh=4.11=44
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Cálculo da área total de orifícios (Ato):
Ato=Nf . ( Área da seção do furo )=44.0,04=1,76 m2
Cálculo da velocidade de escoamento nos orifícios (Veo):
Veo= Q1,76
= 0,31,76
=0,17 m /s
Cálculo do número de Reynolds no orifício (Re):
ℜ=(Veo .Lo )1000
1,17.10−4=291375,3
Cálculo do fator de atrito (f):
f = 0,25
[ log(( 0,00053,7
. Lo)+( 5,74R e0,9 ))]
=0,025554
Cálculo da perda de carga unitária (J):
J= f .Ve o2
Lo .2 . g=0,000189
Cálculo do gradiente de velocidade nos orifícios (G):
G=√(1000. Veo . J1,17.10−4 )=16,6 s−1
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Portanto atendendo as exigências previstas na norma.
Cortina de Distribuição
A área total dos orifícios será: 12
( H x B )→ 4 x 122
=28 m, a distância entre centros de
orifícios (D centros) será de 0,5 m
O número de orifícios por linha (Nor linha) é dado por: Nor linha= B / Dcentro
Nor linha= 120,5
=28
O número de linhas (N linhas)é dado por: N linhas = H / Dcentro
N linhas= 40,5
=8linhas
Distância da cortina à comporta de entrada (Dc): Dc = 1,5 x H x Aor / At
Dc=1,5 x 4 x28
12 x 4=3,6 m
Coleta de água decantada
L calha=0,15 x L decantador → 0,15 x 46=6,9 m
Para este exemplo, adotar calha com fundo plano (formato de U), descarga livre e
considerar que a vazão máxima por metro linear de vertedor da calha é de 1,8 L/(s.m).
A largura da calha pode ser fixada em cerca de 0,40 m. À altura calculada pela equação
Q=1,38.b.h1,, acrescentar 0,10 m, para que haja certa folga atendendo a norma.
1,8=1,38x 0,4 x h1,5 →h=0,2 m+0,1 m=0,3 mAltura da calha será fixada em 0,4 m
A comporta de descarga do lodo. A área da comporta é calculada pela equação
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Ac= As4850t descarga
x √H →486
4850 x2x √4 → Ac=0,1 m
A norma permite um tempo de Descarga de até 6 horas, o usado na ETA Simões filho será de 2 horas.
6 Filtração (Filtros Rápidos de Fluxo Descendente)
As unidades de filtração são destinadas segundo a NBR 12216 a remover partículas
em suspensão, em caso de a água a tratar ser submetida a processo de coagulação,
seguido ou não de decantação, ou quando comprovado que as partículas capazes de
provocar turbidez indesejada possam ser removidas pelo filtro, sem necessidade de
coagulação.
Definição do Filtro
Com vista a comprovação da eficiência e uma operação simples o filtro a ser implantado na ETA Simões Filho será o filtro de camada dupla (areia e antracito).
Como não foi possível realizar os ensaios com base um filtro piloto, a norma fixa os seguintes valores para as camadas do meio filtrante:
Areia:
- espessura da camada, 30 cm;
- tamanho efetivo 0,425 mm;
- coeficiente de uniformidade 1,6;
Antracito:
- espessura da camada, 45 cm;
- tamanho efetivo 1,0 mm;
- coeficiente de uniformidade, inferior ou igual a 1,4
Taxa de filtração
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Como não foi possível proceder às experiências em filtro-piloto, as taxa máxima é a seguintes.
Para filtro de camada dupla, 360 m3/m2 x dia.
Nº de Filtros
Tendo em vista experiências bem sucedidas e as taxas de filtração, fatores
econômicos, o arranjo geral, a disponibilidade e o destino da água, serão implantados 6
filtros rápidos de fluxo descendente.
Verificando a áreas dos filtros
AF = Q`/TF (m2); onde Q`= Q/
Af =Q 'Tf
→Q'= QN ° filtros
Tabela 5 Área dos Filtros
Tx Filtração 360Nº Filtros 6
Q 77760Q' 9720Af 54
Fundo Falso
Fundos falsos com bocais simples: cerca de 20cm entre si (20 a 25 unid/m2). Adotar altura de 0,65 m para o fundo falso.
Tabela 6 Relações Para Dimensionamento do Fundo Falso
Área da câmara Diâmetro Altura mínima do fundo falso
2,5 m² 125 0,5m7,5 m² 200 0,5 m15,5m² 250 0,55 m20 m² 350 0,60 m
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30 m² 400 0,65 m45 m² 500 0,75 m65 m² 600 0,85 m80 m² 700 0,95m
Fonte: Filtros Rápidos de Gravidade
Dimensões do filtro
A relação mais econômica é: B/L = (n + 1) / 2n; onde B: largura de uma câmara; L: comprimento de uma câmara; n: número de câmaras.
BL=
(n+1)2n
→BL
=0,583
Af =B x L→ Af =B x 0,583 xB → B=9,6 m→ L=5,621 m
Estabelecer as dimensões do filtro em corte
Htotal=Hff +Hlf +Hslf +Ha
Altura do fundo falso (Hff) = 0,85 m; Altura do leito filtrante (Hlf) = 0,30 m de areia e 0,45 m de
antracido;Altura de água sobre o leito filtrante (Hslf) = 2 mAltura adicional (Ha) = 0,3 m
Foi Estabelecida a expansão desejada para o meio filtrante é de 30 %
Determinar a velocidade ascensional (Va) da água de lavagem: 0,8 m/min.( Prevista na Norma )
Calcular a vazão de água para lavagem (Qlav) para cada câmara:
Qlav=Va x A câmara→ Qlav=0,8 x 54=43,2 m ³/min
Fixar o tempo nominal de lavagem (tlav): 6,5 min.
Dimensionar as tubulações imediatas dos filtros: tabelas baseadas em regras estabelecidas pela experiência (Richter e Azevedo Netto)
Tabela 7 Reguladores de vazão para água de lavagem
Tamanho (mm) (pol.) Vazão (L/s)
150 – 6 50
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200 – 8 88
250 – 10 151
300 – 12 221
350 – 14 296
400 – 16 391
450 – 18 491
500 – 20 606
600 – 24 882
750 – 30 1348
Fonte: Richter e Azevedo Netto, pág.s 211 e 212Tabela 8 Tubulações imediatas – Filtros simples (em mm)
Área total
Água para
Lavagem
Descarga de Água de lavagem
Dreno de esgoto
Taxa de Filtração m³/m².dia
360Afluente Efluente
54m² 600 mm 800 mm 150 mm 750 mm 550 mm
Fonte: Richter e Azevedo Netto, pág.s 211 e 212.
Calcular o volume de água para lavagem (Valav) de um filtro
V ( lav )=Q (lav ) x t (lav ) →Vlav=43,2 x6,5=280,8 m ³
Locar e dimensionar as calhas coletoras de água de lavagem
00 5,25,1 HSH
H0=Altura entre a borda superior da calha de água de lavagem e o topo do material
filtrante = 1 m
N° de Calhas = 4
S=Espaçamento entre as calhas = 2 m (Norma exige que seja ¿2,5)
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L=Espessura da camada filtrante = 0,3 + 0,45 = 0,75 m
D=altura da calha de água de lavagem = 1,07 + 0,1m ( Folga ) = 1,17 m
Q(lav)=1,3 x B x D1,5→ 0,72 m3/s=1,3 x0,5 x H 1,5
Reservatório para água de lavagem
Vol=208,8 m ³ → B=3√Vol→ B=6,54 m
Figura 8 Croqui do Filtro Rápido de fluxo descendente
Fonte: Autor Próprio
7 Tanque de Contato
Essa etapa é chamada de desinfecção da água onde são adicionados produtos para
que os padrões de potabilidade sejam atendidos. É recomendado que a cloração da água
visando a desinfecção seja realizada em pH inferior a 8,0 e que o tempo de contato seja,
no mínimo 30 min. Conhecendo-se a vazão a ser tratada e definindo-se o tempo de
contato pode-se então calcular o volume do tanque. Supondo, por exemplo, que a altura
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do tanque de contato seja h, o tempo t e a vazão Q, resulta a seguinte área em planta
(A): A=Q.t/h
A=Q xt
H
A NBR 12216 define a altura do tanque de contato para águas superficiais de 2 metros. E o tempo de contato foi de 30 minutos.
A=13,5 m ²
8 Casa de Química
Casa de química é a área ou conjunto de dependências da ETA que cumpre as funções auxiliares, direta ou indiretamente ligadas ao processo de tratamento, necessárias à sua perfeita operação, manutenção e controle.
a) depósito de produtos químicos;
b) depósito de cloro;
c) sala de dosagem;
d) sala de dosagem de cloro;
e) laboratórios
f) instalação sanitária com bacia e um lavatório;
g) instalação sanitária com duas bacias e chuveiro separado, situados em área com lavatório e armários;
h) copa com área de 8 m2, balcão com pia e armários e mesa para duas pessoas;
i) local para manutenção
9 Referencias Bibliográficas
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Azevedo J.M – Filtros Rápidos de Gravidade
NBR 12216 -Projeto de estação de tratamento de água para abastecimento público
Pádua V.L- Tratamento de águas de abastecimento (ESA014) Material didático
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