Estudos Disciplinares - Resumo 1

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Estudos Disciplinares UNIDADE I - Resumo Abordagem de diversos parâmetros relevantes e características de bons leitores e maus leitores e como isso influencia na produção científica. Identificação do Texto: Título, data de publicação, orelha ou contracapa, índice ou sumário, introdução, prefácio ou nota e bibliografia. Realizar o fichamento do texto durante a leitura. Para uma leitura proveitosa: Ter atenção, intenção, reflexão, espírito crítico, análise, síntese. Certificar-se de que o conteúdo é adequado ao que se busca. Correlacionar os dados coletados com o problema em pauta e verificar a validade das informações. Ter muito cuidado ao selecionar conteúdo para embasamento de artigos científicos. Deve ser utilizado conteúdo de reconhecimento científico; não dando prioridade a artigos publicados em revistas, jornais e publicações que não sejam respeitadas no meio acadêmico. Deve-se ter em mente que o conteúdo da pesquisa deve ser 70% original e no máximo 30% de citações e referências. O trabalho científico deve ter em mente o problema, hipótese e pesquisa. Para a análise do texto, fazer a análise textual, análise temática, análise interpretativa, problematização e síntese. Resenha crítica: Para fazer uma resenha crítica, o primeiro passo é contextualizar a obra e apresentar seu autor. Fichamento: Utilizado para melhor administrar o tempo do aluno, ajudando a escrever de uma maneira mais rápida o seu mestrado, sua pós-graduação, doutorado ou mesmo sua graduação (TCC), uma vez que não se tem um tempo muito longo para escrevê-los. Pode-se marcar os números das páginas, elementos que retomem a lógica interna do texto. Processo de escrita: Invenção, disposição e elocução (Whitaker). Estrutura interna do texto acadêmico: Utilizar sempre a dissertação (introdução, desenvolvimento e conclusão.) A metodologia científica tem seu primeiro embasamento no pensamento de Descartes e posteriormente de forma empírica pelo físico inglês Isaac Newton. Descartes propôs chegar à verdade através da dúvida sistemática e da decomposição do problema em pequenas partes. Kall Popper demonstrou que nem a verificação nem a indução serviam ao método científico. Thomas Kuhn percebeu que paradigmas são elementos essenciais do método científico. Um pressuposto filosófico que nos leva a acreditar em algo. Um paradigma é um padrão a ser seguido. Sobre a história da ciência pode-se observar a partir do Renascimento (XIV-XVI) o conflito entre o teocentrismo e o antropocentrismo. A ciência clássica busca diferenciar-se das opiniões de senso comum, pois elas não possuem explicações autossuficientes, ou seja, pretende obter a “garantia de validade” que lhe é reconhecida. Na ciência moderna, a Teoria da Complexidade desenvolvida por Edgar Morin afirma que a ciência não precisa ser construída de forma linear ou apenas por meio da razão, não tem a

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Estudos Disciplinares UNIDADE I - Resumo

Abordagem de diversos parâmetros relevantes e características de bons leitores e maus leitores e como isso influencia na produção científica. Identificação do Texto: Título, data de publicação, orelha ou contracapa, índice ou sumário, introdução, prefácio ou nota e bibliografia. Realizar o fichamento do texto durante a leitura. Para uma leitura proveitosa: Ter atenção, intenção, reflexão, espírito crítico, análise, síntese. Certificar-se de que o conteúdo é adequado ao que se busca. Correlacionar os dados coletados com o problema em pauta e verificar a validade das informações. Ter muito cuidado ao selecionar conteúdo para embasamento de artigos científicos. Deve ser utilizado conteúdo de reconhecimento científico; não dando prioridade a artigos publicados em revistas, jornais e publicações que não sejam respeitadas no meio acadêmico. Deve-se ter em mente que o conteúdo da pesquisa deve ser 70% original e no máximo 30% de citações e referências. O trabalho científico deve ter em mente o problema, hipótese e pesquisa. Para a análise do texto, fazer a análise textual, análise temática, análise interpretativa, problematização e síntese. Resenha crítica: Para fazer uma resenha crítica, o primeiro passo é contextualizar a obra e apresentar seu autor. Fichamento: Utilizado para melhor administrar o tempo do aluno, ajudando a escrever de uma maneira mais rápida o seu mestrado, sua pós-graduação, doutorado ou mesmo sua graduação (TCC), uma vez que não se tem um tempo muito longo para escrevê-los. Pode-se marcar os números das páginas, elementos que retomem a lógica interna do texto. Processo de escrita: Invenção, disposição e elocução (Whitaker). Estrutura interna do texto acadêmico: Utilizar sempre a dissertação (introdução, desenvolvimento e conclusão.) A metodologia científica tem seu primeiro embasamento no pensamento de Descartes e posteriormente de forma empírica pelo físico inglês Isaac Newton. Descartes propôs chegar à verdade através da dúvida sistemática e da decomposição do problema em pequenas partes. Kall Popper demonstrou que nem a verificação nem a indução serviam ao método científico. Thomas Kuhn percebeu que paradigmas são elementos essenciais do método científico. Um pressuposto filosófico que nos leva a acreditar em algo. Um paradigma é um padrão a ser seguido. Sobre a história da ciência pode-se observar a partir do Renascimento (XIV-XVI) o conflito entre o teocentrismo e o antropocentrismo. A ciência clássica busca diferenciar-se das opiniões de senso comum, pois elas não possuem explicações autossuficientes, ou seja, pretende obter a “garantia de validade” que lhe é reconhecida. Na ciência moderna, a Teoria da Complexidade desenvolvida por Edgar Morin afirma que a ciência não precisa ser construída de forma linear ou apenas por meio da razão, não tem a

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pretensão de ser absoluta. O conhecimento atual é construído por redes, sejam elas sociais, culturais ou informativas. É um sistema complexo e mutável, autorregulamentado pela empiria e teoria. Movimentos metodológicos Racionalismo: corrente filosófica que afirma ser o raciocínio (“razão pura”, sem influência dos sentidos empíricos) uma operação mental, discursiva e lógica utilizada para uma ou mais proposições. Com ela, é possível extrair conclusões se uma ou outra proposição é verdadeira, falsa ou provável. A razão seria, assim, a maior (ou única) fonte de conhecimento. Empirismo: corrente filosófica que considera a experiência (uso dos sentidos) como critério ou norma da verdade. Caracteriza-se por negar o absolutismo da verdade, ou pelo menos, da verdade acessível ao ser humano; reconhecer que toda verdade pode e deve ser posta à prova e, para tanto, ocasionalmente modificada, corrigida ou abandonada. Positivismo: Criado por Auguste Comte (1798-1857), o Positivismo prega a “neutralidade nas ciências”. O cientista não deve se deixar levar por pressupostos metafísicos ou teológicos. Ele deve utilizar operações de “mensuração”, ou seja, medição, análise sistemática e experimentação para os estudos dos fenômenos. Neopositivismo: Vários pesquisadores, entre eles matemático Wittgenstein, combinaram as ideias empiristas com a lógica moderna. Para os neopositivistas, a verificabilidade seria o critério de significação de um enunciado. Ou seja, a validade de proposição científica só era atribuída após sua verificação empírica. Assim, o uso da lógica e da matemática alicerçava o conhecimento do real e separava o que é científico do não científico. Pragmatismo: Segundo o filósofo, matemático e cientista Charles Sanders Peirce (1839-1914)“(...) a clareza de nossas ideias implica concebermos seus efeitos práticos”. identificação de um problema; criação de uma hipótese explanatória; aferição: testar sua explicação hipotética de “maneira cuidadosa e repetidamente”; Caso as hipóteses sobrevivam as explicações serão consideradas para investigação futura. Marxismo e dialética (1818-1884): Análise da realidade através do viés da dialética (tese/antítese/síntese). Materialismo histórico: infraestrutura: economia, organização da vida produtiva e do trabalho; e superestrutura: elementos ideológicos e culturais influenciados pela base econômica: religião, arte, ciência, educação, meios de comunicação etc. Estruturalismo: Envolveu os campos da psicanálise, psicologia, filosofia, antropologia, linguística, ciências sociais, crítica literária semiótica, matemática, lógica, física e biologia. Destacam-se: Claude Lévi-Strauss (antropólogo); Michel Foucault (filósofo); Jacques Lacan (psicólogo), entre outros. Defendem que a realidade é composta de estruturas, sendo uma totalidade que se transforma esse autorregula. Discussões contemporâneas: Paradigma: representação de um padrão a ser seguido – ciência clássica. Teoria da complexidade (interdisciplinaridade) : Morin (2007) defendeu a análise do ponto de vista qualitativo e não apenas quantitativo e a vulnerabilidade da própria ciência moderna, tentando não defini-la com valores maniqueístas e sim a partir de redes complexas que dão significados à vida social e à própria tecnologia.