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ESTUDOS DE CASO E O RIGOR CIENTÍFICO
Prof. Ariovaldo Denis Granja
estratégia relevante no ambiente construído
e bastante utilizada (gestão)
tradição outras linhas?
2
falta melhor compreensão?
méritos?
limitações?
...”este estudo adotou o estudo de
caso como estratégia de pesquisa,
dada a complexidade do fenômeno
estudado. Realizaram-se entrevistas
com elementos-chave na empresa
X...”
...”pouco se sabe sobre Y, portanto
adotou-se uma abordagem de
construção de teoria por meio de um
estudo de caso...”
recorrente
revisão “rasa” de literatura na busca de estudos similares, ou teorias relevantes
esforços limitados na escolha do(s) caso(s) apropriado(s)
estudo de caso pode ser uma estratégia
de conveniência para o pesquisador?
3
a tradição
estudos de caso
x
rigor científico
<1> o que é
<2> quando utilizá-lo?
<3> planejamento de estudos de casos - exemplo
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<1> o que é
<2> quando utilizá-lo?
<3> planejamento de estudos de casos - exemplo
escolhas metodológicas
relevância contextual dos resultados
err
o e
vié
s n
os r
esulta
dos
Data integrity (integridade dos dados): declaração
precisa das variáveis, uma amostra relativamente
grande, dados quantitativos para confiabilidade
estatística, controle severo sobre pessoas, local da
experiência, etc.
Currency (aceitação): foco irrestrito de
variáveis, observações em condições reais e
naturais, onde amostras grandes, dados
quantitativos e controle são difíceis de obter.
(BONOMA, 2005)
5
estratégia para pesquisar um
tópico ou teoria, normalmente
combinando diferentes
instrumentos de coleta de
dados, cuja ênfase é a
investigação de um fenômeno
dentro de um contexto (FELLOWS;
LIU, 2005)
estratégia que tenta esclarecer
uma decisão ou conjunto de
decisões – por que elas foram
tomadas?, Como foram
implementadas?, Quais os
resultados alcançados? (YIN, 2003)
6
falta de rigor
viés do pesquisador
difícil generalização
extensos e demandam tempo
possível evidenciar validade e confiabilidade
generalizam-se proposições teóricas (modelos)
e não proposições sobre populações
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o que é um caso?
(unidade de análise)
pessoas: equipes, gerentes, operários
locais: empresas, departamentos, canteiros de obras
artefatos: tecnologias, produtos
mais uma definição
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é uma pesquisa empírica que
investiga um fenômeno contemporâneo dentro de seu contexto
fronteiras entre o fenômeno e o contexto não são evidentes
múltiplas fontes de evidência são utilizadas
YIN, 2003
<1> o que é
<2> quando utilizá-lo?
<3> planejamento de estudos de casos - exemplo
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regras práticas
. questões de pesquisa: “como” e “por que”
. mais variáveis do que casos (difer.
levantamento: mais casos do que variáveis)
. relevância dos mecanismos: variáveis ainda
não foram isoladas
. relações causais – muito complexas para
experimentos ou levantamento de dados
. descrição de contexto real onde ocorreu uma
intervenção
Construção de teoria (Eisenhardt, 1989)
“grounded theory” – teoria fundamentada
Iterações entre observações e emergência da teoria (Strauss & Corbin 1990)
observação
teoria
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Teste de teoria (Yin, 2005)
teoria
observação
tipos
exploratório: pesquisa de campo realizadaantes da formulação da questão de pesquisa
explanatório: objetiva relações de causa e efeito – explicar um fenômeno
descritivo: como um fenômeno ouorganização funciona
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fontes de evidência
observação participativa (viés do pesquisador)
entrevistas
análise de documentos
observação direta
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Principais tipos de fontes de evidência
Entrevistas
Análise de documentos
Observação direta
Observação participativa (percepção do
pesquisador)
<1> o que é
<2> quando utilizá-lo?
<3> planejamento de estudos de casos - exemplo
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alegação típica
...seu método não é científico, pois sua generalização é
limitada...
generalização analítica e não
generalização estatística
muitas generalizações
estatísticas ainda não são
generalizações universais
(pesquisas realizadas no Japão
nem sempre são aplicáveis ao
mundo ocidental)
teste da falsificação (Popper) – se apenas uma observação não corrobora a proposição
feita, ela é considerada não válida no geral e deve ser revisada ou rejeitada
Proposição: todos os cisnes são brancos
apenas uma observação de um cisne negro falsificaria a proposição anterior , o que
estimularia novas tentativas de construção da teoria
estudos de caso são adequados para a identificação destes “cisnes negros”, devido à
profundidade de sua abordagem
“muitas vezes o que parece ser exclusivamente branco, numa análise mais minuciosa
passa a ser negro”
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validade
Distorções podem ser minimizadas através de
múltiplas evidências
Uma reflexão num nível abstrato deve ser
realizada com base no referencial teórico
ex. Fantinatti, 2008
ações de gestão do conhecimento na construção civil: evidências a partir da assistência técnica
de uma construtora
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questão geral de pesquisa
como e onde se dá o processo de captura e reutilização do conhecimento obtido a partir do processo de assistência
técnica em uma empresa de construção?
objetivos específicos
identificar processos, métodos e ferramentas, ainda que não sistemáticos e ou explícitos, de compartilhamento e reutilização de parcelas de conhecimento implícito e explícito na construção
propor diretrizes para a sistematização dos processos identificados no intuito de sustentar a melhoria contínua na diminuição e ou
eliminação de vícios de construção
referencial teórico necessário
processo de criação e reutilização do conhecimento – clássicos Nonaka e Takeuchi,
etc.
Desafio do compartilhamento, disseminação e reutilização do conhecimento na construção – fuga
do conhecimento na construção, assistência técnica como fonte de aprendizado
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unidade de análise
.um empreendimento habitacional horizontal
.multi-familiar, empresa de médio porte, na
região de Campinas
.mais de 5 anos de histórico de vícios de
construção
.empreendimento composto por vários
condomínios – portanto estudo de casos
múltiplos
1. Identificação do
Problema- Perda do conhecimento
> recorrente na construção civil
X
- Reutilização do conhecimento
2. Revisão Bibliográfica -
1ª Fase
4. Revisão Bibliográfica -
2ª Fase
5. Estudo de Caso -
1ª Fase
- Diagnóstico geral de perda e
reutilização de conhecimento
- Diagnóstico específico na
construção
- Contextualização
- As componentes do conhecimento:
> Implícito e Explícito
- Conhecimento e Aprendizado:
> Erros x Aprendizado
- Coleta de dados quantitativos
- Resultados
- Análise
- Primeiras evidências:
> GC existente: não sistemática e
não formal
6. Revisão Bibliográfica -
3ª Fase- Técnicas de compartilhamento do
conhecimento
- Capturar e explicitação da parcela
implícita
7. Estudo de Caso -
2ª Fase
- Coleta de dados qualitativos
- Resultados
- Análise
- Evidências:
> GC implícito existente
> Internalização da GC
8. Revisão Bibliográfica -
4ª Fase- Tratamento de dados qualitativos
> Análise de discurso
9. Análise Cruzada de
Dados - Dados quantitativos e qualitativos
- Resultados
10. Explicitação dos
Processos Identificados- Disseminação
- Compartilhamento
> Parcelas implícita e explícita
11. Análise Final - Sustenção do conhecimento a
partir das evidências
> Procedimentos existentes
- Trabalhos futuros
> Possibilidades de replicação
3. Estudo Piloto - Contextualização: escolha da
unidade de análise e delimitação do
escopo da pesquisa
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fontes de evidência utilizadas
.pesquisa documental
.observação participante (preocupação com
viés)
.entrevistas não-estruturadas por demanda
questões para coleta de evidências
1Há evidências de melhoria nos processos produtivos de tal forma que resultou na redução
e ou eliminação de vícios de construção?2Há evidências de um processo, mesmo que não
sistemático, de compartilhamento e reutilização do conhecimento nos casos identificados a
partir da questão anterior?3Nos casos em que os vícios de construção são
de freqüência nula ou próxima de zero, há alguma relação com algum processo, ainda que
intuitivo de GC?
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Fissuras
Esquadrias MetálicasLouças e
Metais
Elétrica
Hidráulica
evidências quantitativas
evidências qualitativas
.basicamente na forma de entrevistas não-estruturadas com engenheiros, mestre de obras
e operários (técnica de AD).foco: busca de evidências que indicassem de
algum processo de GC para resolução dos vícios de construção
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Recalque de
Aterro
Telhado da Varanda
Estrutura
do Muro
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Processo Não-padronizado e Não-sistemático
Processo Padronizado e Sistemático
1. Identificação da
Patologia
2. Execução dos
Serviços
3. Identificação das
Causas
4. Identificação e Aplicação
da Solução
Cliente:
1.1 Identifica
1.2 Abre solicitação
SAC:
1.3 Registra
Assist. Téc.:
1.4 Confirma
Assist. Téc:
2.1 Início dos ServiçosAssist. Téc:
2.2 Término dos
Serviços
Ass. Téc. + Obra:
3.1 Identificação de
possíveis causas
Projeto: Obra:
4.1 4.2
Definição e Aplicação
da Solução
4.3 Solução
Satisfatória
Registro
SIM
NÃO
Solução passa a
ser procedimento
padrão
SIM
NÃO
compartilhamento do
conhecimento explícito
TI
compartilhamento de conhecimento implícito
.técnicas de socialização: reuniões entre
engenheiros e mestres de diversas obras da
empresa se reuniam para trocas de
experiências, situações vividas e sugestões de
melhorias
.encorajamento e premiação simbólica para as
melhores idéias
.entrevistados: reuniões responsáveis por grande
parte dos avanços tecnológicos da empresa
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.toda pesquisa inclui casos, mas nem toda pesquisa se baseia em estratégia de estudo de caso
.foco na riqueza do contexto: particularidade e generalização analítica (e não estatística)
.2 aplicações principais: construção de teoria e teste de teoria
.conclusões devem ser formuladas em termos de eliminação do modelo, e não validação do modelo (caso dos cisnes brancos e negros) –teorias alternativas podem ser elaboradas com os dados de um estudo de caso
resumo
BONOMA, T. V. Case research in marketing: opportunities, problems, and a process. Journal of Marketing Research, v. XXII, p. 199-208, may 1985
Eisenhardt, K.M. Building Theories from Case Study Research, Academy of Management Review 14(4): 532-550, 1989
FELLOWS, R. ; LIU, A. Research methods for construction. 2 ed. : Blackwell Science: Hong-Kong, 2005. 262 p.
Strauss, A. and Corbin, J. Basics of qualitative research: grounded theory procedures and techniques. Sage: London, 1990
YIN, R.K. Estudo de caso: planejamento e métodos. 3 ed.: Bookman: Porto Alegre, 2003, 212p.
referências
21
http://www.thespacewriter.com/evolution_darwin_day.jpg
http://static.howstuffworks.com/gif/scientific-method-17.jpg
http://1.bp.blogspot.com/_sZoxUsetNoc/SObXhfSjaPI/AAAAAAAAADc/fxksB2jtdVE/S220/people_studying.j
pg
http://rlv.zcache.com/einstein_questioning_tshirt-p235459255268276417q6v8_400.jpg
http://www.thejfblogit.co.uk/wp-content/uploads/2009/07/344402-1.jpg
http://www.simplequalitysolutions.com/images/boardmeeting.jpg
http://rlv.zcache.com/i_m_not_lazy_tshirt-p2357342334664318163ly8_400.jpg
http://www.lepp.cornell.edu/~seb/celestia/eclipse.jpg
http://www.scifair.org/images/ParticleTracks.jpg
http://solutions.psu.edu/images/solution_source_questions.jpg
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