Estudo_Real_Estate Produtividade Construcao Civil

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  • 7/25/2019 Estudo_Real_Estate Produtividade Construcao Civil

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    Estudo sobre produtividadena construo civil: desaose tendncias no Brasil

    TM

    Rio2016

    Ernst & Young agora EY.

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    Muitos aspectos externos ao canteiro de obras tm

    impacto sobre a produtividade, como a prospeco

    do terreno e o repasse nal do imvel. Por isso,

    fundamental conectar o projeto aos diversos outrosdepartamentos, de modo a rmar o foco na cadeia

    de valor do empreendimento, do incio ao m.Andr Viola Ferreira,Scio-lder de Real Estate para o Brasil e Amrica do Sul

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    Uma pergunta ronda o setor brasileiro de construo civil. Como melhorar aprodutividade? Trata-se de uma questo urgente. O setor cresceu 1,8 vez maisdo que o PIB nacional entre 2007 e 2012, de acordo com o IBGE, e tem umacontribuio muito importante para a economia brasileira. Nmeros como esseevidenciam a necessidade de aumentar a ecincia do setor. Anal, quanto maiora solidez do mercado de construo civil no Brasil, maiores seus efeitos positivossobre a economia do Pas.

    Este estudo faz parte de uma busca por respostas. fruto, tambm, de umaparceria de natureza cada vez mais importante para a compreenso e odesenvolvimento do ambiente brasileiro de negcios: a integrao entre o setor

    privado e as universidades.

    Conduzido por pesquisadores do Departamento de Engenharia de Produo daEscola Politcnica da Universidade de So Paulo (USP) e por prossionais comampla experincia no setor de construo civil da EY, o estudo combina visese conhecimentos de modo a aliar teoria prtica, investigando a fundo umproblema ao mesmo tempo em que sugere aes possveis.

    Os objetivos foram: (1) traar um panorama sobre a urgncia do temaprodutividade para as empresas de construo civil no Brasil; (2) denire conceituar as principais alavancas de produtividade do setor; e (3) vericarno mercado o enfoque dado para o tema na prtica das empresas. Os resultadosesto nas prximas pginas.

    O estudo consumiu, ao todo, quase 1400 horas de trabalho de pesquisa.Envolveu o levantamento e a anlise de dados do mercado, entrevistas comprossionais do nvel diretivo de empresas lderes, levantamento de dados pormeio de questionrio e, para as concluses, anlise e sntese dos resultados.O foco foi a construo civil de obras comerciais e residenciais, sem abrangeras grandes obras de infraestrutura, como portos, rodovias e aeroportos.

    Agradecemos profundamente a todos os prossionais que participaram doestudo, dedicando seu tempo s entrevistas e s respostas do questionrio.Essa colaborao certamente ser de grande valor para o avano do setorde construo civil no Brasil.

    Boa leitura,

    Andr Viola Ferreira |Scio-lder de Real Estate para Brasil e Amrica do Sul, EY

    Prof. Eduardo Zancul |Escola Politcnica da Universidade de So Paulo

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    A demanda urgente por ganhos deprodutividade na construo civil

    Nos ltimos anos, o setor de construo civil cresceude maneira signicativa no Brasil. Entre 2007 e 2012,o crescimento do PIB do setor foi 1,8 vez maior do queo crescimento do PIB da economia como um todo1.

    Esse crescimento, impulsionado pelo aumento da demanda,trouxe uma srie de desaos. A inao do setorde construo civil tem sido superior ao aumento geralde preos. O INCC (ndice Nacional de Custo da Construo)acumulou alta de 43,4% entre 2007 e 2012, enquantoo IPCA (ndice Nacional de Preos ao Consumidor Amplo)acumulou alta de 31,9% no mesmo perodo2. Ao mesmotempo, o aumento da demanda resultou em problemasdo lado da oferta. Devido aos gargalos de mo de obrae infraestrutura, muitas entregas de obras planejadasatrasaram nos ltimos anos. Segundo o PROCON-SP, 31%das queixas recebidas contra construtoras no 1 semestrede 2013 se referem a descumprimento de contrato.

    Todos esses desaos impactaram o resultado das principaisincorporadoras e construtoras de obras comerciaise residenciais no Pas.

    Ao analisar de forma combinada os relatrios anuaisda administrao de sete das maiores incorporadoras econstrutoras de capital aberto no Brasil, conforme o RankingITC (Inteligncia Empresarial da Construo)3, constata-seque existe presso pelos custos, que crescem em taxasanuais superiores ao crescimento das receitas, impactandoa margem de lucro dessas empresas. A anlise realizadaentre 2007 e 20114indica que essas empresas, em

    conjunto, apresentaram forte crescimento de lanamentos(em m2), na ordem de 24% de incremento ao ano. A receitalquida combinada das empresas cresceu 50% ao ano, reexotambm do aumento dos preos dos imveis no mercado.Ao mesmo tempo, os custos cresceram em taxas maiores,cerca de 60% ao ano. A consequncia a reduo das

    margens do negcio o Ebitda5combinado caiu do patamarde 21% em 2007 para 16% em 2011 (Figura 1).

    Os custos crescentes e o seu impacto na margem j seriamsucientes para despertar maior preocupao das empresasdo setor com o tema produtividade. Somam-se a isso outrosfatores identicados nas entrevistas, como (gura 2):

    a carncia de mo de obra especializada para o setor nosomente exerce presso nos custos, mas tambm limitao potencial de crescimento das empresas e impacta osprazos de entrega dos empreendimentos;

    o aumento da complexidade dos negcios devido gesto de mltiplas obras simultneas resultante docrescimento das empresas nos ltimos anos, aliado aocenrio de restrio de recursos, exige melhor cumprimentode prazos para que oscilaes de planejamento em umempreendimento no impactem os demais.

    Identicados os principais fatores que justicam maior

    foco das empresas de construo civil na produtividade,cabe aprofundar o tema a partir da identicao e deniode quais seriam as principais alavancas para aumentara produtividade do setor, como veremos a seguir.

    Evoluo resultadosCAGR 2007- 2011

    70%

    Lanamentos(m2)

    Receitalquida

    Custos

    50%

    60%60%

    50%

    40%

    30%

    20%

    10%

    0%

    24%

    EBITDA

    70%

    2007 2011

    21%

    60%

    50%

    40%

    30%

    20%

    10%

    0%

    16%

    Figura 1. Evoluo do resultado agregado de setegrandes incorporados e construtoras e impactono Ebitda entre 2007 e 2011 (CAGR CompoundAnnual Growth Rate)

    Figura 2. Fatores estruturais do setor

    que justicam maior foco na produtividadeda construo civil

    Foco em ganhosde produtividade

    Custos

    crescentes

    e impactonarentabilidade

    Carncia demo de obra

    especializada

    Aumento da

    complexidade

    dos negcios

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    5 EY

    1.Fonte:IBGE. 2.Fonte:IBGE e FGV. 3.ITC Inteligncia Empresarialda Construo (http://www.rankingitc.com.br/). 4.Optou-se por excluir2012 da anlise por se tratar de ano atpico, dados os ajustes realizadosno balano de algumas das empresas. 5.Ebitda:Earnings Before Interest,Taxes, Depreciation, and Amortization.

    Alavancas de produtividade para a construo civil

    Para organizar a discusso sobre ganhos de produtividadena construo civil, foram denidas inicialmente sete alavancasrelevantes:

    planejamento da execuo de empreendimentos;

    adoo de mtodos de gesto;

    equipamentos;

    materiais;

    mtodos construtivos;

    melhorias de projeto; e

    qualicao da mo de obra.

    Cada uma dessas alavancas detalhada no Quadro 1, a seguir.

    Autores

    EY Flavio Barreiros, Hlcio Bueno,Leandro Loss e Leandro Matheus.

    Escola Politcnica da Universidade

    de So Paulo Prof. Dr. Eduardo Zancul,Pedro Vassimon, Felipe Kahn e Renata

    Cavalcanti.

    Quadro 1. Alavancas de produtividade

    Essa organizao de sete alavancas relevantes de produtividade visa possibilitar que as empresas e os prossionais visualizem

    e avaliem os esforos para ganhos de produtividade de maneira abrangente.

    Alavancas de produtividade Descrio resumida e exemplos de elementos envolvidos

    1. Planejamento da execuode empreendimentos

    Planejamento da necessidade de recursos e de materiais em diferenteshorizontes de planejamento (curto, mdio e longo prazo)

    Processos estruturados de atualizao do planejamento conforme a execuo

    Escritrio integrado de gesto de projetos (PMO Project Management Ofce)

    Aplicao de softwares tipo BIM (Building Information Model)

    2.Adoo de mtodos de gesto Lean Construction construo baseada no paradigma de reduo dedesperdcios que cou conhecido como mtodo Toyota de produo

    Melhor sincronizao do empreendimento e melhoria do uxo de materiaisvisando a eliminao das atividades que no agregam valor

    Strategic Sourcing otimizao dos fornecedores e das compras

    3.Equipamentos Modernizao de equipamentos (gruas exveis, elevadores mais rpidos etc.)

    Maior taxa de utilizao de equipamentos

    4.Materiais Adoo de novos materiais mais ecientes (concreto autocurativo, cimento

    magnesiano etc.)

    5.Mtodos construtivos Aplicao de mtodos construtivos mais ecientes (vigas pr-moldadas, alvenariaestrutural, estruturas metlicas etc.)

    6. Melhorias de projeto Foco na melhoria dos projetos e sua adequao para a execuo

    7. Qualicao da mo de obra Aes para aprimorar recrutamento

    Aes para aumentar a qualicao atual (treinamento, motivao etc.)

    Plano para reteno de prossionais

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    Tendncias para alavancar a produtividadeda construo civil no Brasil

    Denidas as alavancas relevantes de produtividadepara a construo civil, trs questes ganham relevncia:(1) Qual o estgio de cada uma dessas alavancas no Brasil?(2) O que foi feito nos ltimos anos? (3) Qual deve sero foco dos esforos das empresas nos prximos anos?

    Para responder a essas e outras perguntas, foram realizadasentrevistas pessoais em oito empresas e um questionrioon-line foi respondido por 74 executivos que trabalhamno setor no Brasil. Metade dos executivos atua em empresasde grande porte, com mais de 500 funcionrios. Os demaisesto em empresas mdias (30%) e pequenas (20%).

    A pesquisa tambm contou com a participao deprossionais de empresas com atuao diversicada nacadeia de valor da construo civil (ver Figura 3). A maiorparte das pessoas que respondeu ao questionrio trabalhaem empresas de construo (82%) de edifcios residenciais

    (69%) e comerciais (50%).Em relao ao uso e acompanhamento de indicadoresde produtividade (Figura 4), uma parcela importantedos prossionais (41%) indicou no utilizar indicadoresde forma consistente. Os principais indicadores utilizadosso de produo em m2por dia (21%) e de produoem m2por recurso de mo de obra empregado (20%).Nas entrevistas pessoais foi identicado que a baixa utilizaode indicadores atribuda diculdade de coleta de dadose de comparao entre empreendimentos, que podem tercaractersticas muito especcas, diferentes para cada obra.Alm disso, a qualicao da mo de obra e os mtodos

    empregados variam conforme as empresas subcontratadasem cada obra. Uma alternativa a ser avaliada trabalhar commetas parametrizadas por empreendimento, de acordo comsuas especicidades. A vantagem da denio de metas estabelecer um sistema de medio e de acompanhamentocontnuo que indica desvios de produtividade e aponta anecessidade de aes corretivas.

    Observamos que, nos ltimos dois anos, os esforos paraganhos de produtividade foram focados principalmente emmelhorias de projeto e no aprimoramento do planejamentode empreendimentos (Figura 5).

    Figura 3. Caracterizao da amostra deprossionais que responderam ao questionrio

    Tipos de empreendimentos realizados

    Cadeia de valor

    11%

    21%

    7%

    20%

    41%

    Figura 4. Utilizao de indicadores de produtividade

    No utilizam indicadoresde forma sistematizada

    m2/homem-hora

    m2

    /equipamento

    m2/dia

    Outros indicadores

    Projetode arquiteturae engenharia

    Incorporao ConstruoServiosespecializados

    70%

    80%

    90%

    28%

    82%

    9%

    60%

    50%

    40%

    30%

    20%

    10%

    0%

    57%

    Empreendim

    entos

    demenor

    porte

    Edifciosreside

    nciais

    Edifcioscome

    rciais

    Construes

    industriais

    Outro

    Obraspe

    sadas

    degrande

    porte

    70%

    80%

    60%

    50%

    40%

    30%

    20%

    10%

    0%

    10%

    28%

    69%

    8%

    50%

    4%

    Nosso estudo indica que a

    necessidade de aumento de

    produtividade na construo

    civil urgente para isso,

    as empresas precisam adotarum programa abrangente

    de aumento de produtividade,

    com mltiplas iniciativas

    coordenadas.Prof. Eduardo Zancul,da Escola Politcnica

    da Universidade de So Paulo

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    Os esforos dos ltimos dois anos em melhorias de projetozeram com que essa alavanca no gure atualmentena lista dos principais problemas. Hoje, de acordo com osexecutivos consultados, as principais lacunas so a baixaqualicao da mo de obra e a falta de mtodos de gestoapropriados (Figura 6).

    Em termos de relevncia (Figura 7), a alavanca que semostrou mais importante, considerando a perspectivados participantes, o planejamento de empreendimentos,pois esse continua sendo um gargalo, apesar de ter sidoaprimorado nos ltimos anos. Tambm so citados comomuito relevantes s melhorias de projetos a qualicaoda mo de obra e a adoo de mtodos de gesto.

    Por m, quando perguntados sobre qual ser o foco dosesforos e investimentos para aumento da produtividadena construo civil nos prximos dois anos, os prossionaisindicam que haver maior prioridade para o aprimoramento

    Figura 5. Importncia relativa das alavancasde produtividade nos ltimos dois anos

    Melhoriasdeprojeto

    Planejamentode

    empreendimentos

    Mtodosconstrutivos

    Mtodosdegesto

    Equipamentos

    Qualifcao

    damodeobra

    Materiais

    81% 78%75%

    60%

    50%

    40%

    30%

    20%

    10%

    0%

    67%70%

    80%

    90%

    100%100%

    84%

    96%

    Quando avaliamos o impacto na produtividade hoje (Figura 6),problemas no planejamento de empreendimentos aindaaparecem em terceiro lugar.

    Interessante vericar que os participantes julgam quea falta de equipamentos e o uso de materiais inadequadosso lacunas que tm menor impacto hoje (Figura 6).

    Figura 6. Importncia relativa de impactona produtividade hoje

    Projetosdefcientes

    Baixaqualifcao

    damodeobra

    Faltademtodos

    degestoapropriados

    Lacunasdeplanejamento

    deempreendimentos

    Mtodosconstrutivos

    inefcientes

    Equipamentosinsufcientes

    e/oupoucoavanados

    Materiaisinadequados

    70%

    80%

    90%

    100%100%

    85% 84%

    92%

    60%60%

    50%

    40%

    30%

    20%

    10%

    0%

    55%

    97%

    7 EY

    O aumento da maturidade

    na gesto de riscos

    fundamental para a melhoria

    da produtividade por meio

    do aumento da ecincia da

    gesto de oramentos, custos,

    qualidade, prazo e compliance.Hlcio Bueno,Gerente Snior Executivo de Consultoria

    para Real Estate, EY

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    do planejamento de empreendimentos e de mtodosde gesto (Figura 8). Essa indicao coerente com a altarelevncia dessas alavancas (ver Figura 7) e com o fatode serem dois dos trs fatores que mais restringema produtividade hoje (ver Figura 6).

    Por outro lado, apesar dos impactos atuais da falta de mode obra qualicada, essa lacuna no ser um foco de ateno

    Figura 7. Relevncia das alavancas de produtividade

    Relevante Muito relevante

    Pouco relevante Nada relevante

    0-50% 50% 100%

    Planejamentode empreendimentos

    Melhorias de projeto

    Qualicao damo de obra

    Mtodos de gesto

    Equipamentos

    Mtodos construtivos

    Materiais

    70%30%

    28%

    37% 57%

    65%

    2%

    7%

    4%

    37% 54%

    56% 35%9%

    9%

    52%

    52% 11%35%2%

    2% 22% 24%

    prioritrio nos prximos dois anos. A razo para isso foi

    atribuda em entrevistas pessoais estrutura de mo

    de obra do setor, caracterizado pelo uso intensivo de mo

    de obra terceirizada, muitas vezes sem vnculo direto coma incorporadora ou construtora. Trata-se de uma estrutura

    que diculta o investimento em qualicao, pois h baixa

    restrio por parte dos trabalhadores para a mudana de

    empresa, o que gera diculdade de reteno de pessoal.

    Tambm chama ateno a baixa prioridade que foi dada

    para equipamentos e materiais, que devem permanecer

    com importncia reduzida, como nos ltimos dois anos.

    Nas entrevistas pessoais, a baixa preocupao com

    equipamentos foi atribuda equalizao recente de sua

    disponibilidade para aplicao no Pas, ou seja, segundo

    as empresas existem equipamentos e eles esto disponveis.Neste tpico especco, a questo que as empresas podem

    se propor, antes de reduzir sua importncia, se no

    haveria possibilidade de maior emprego de equipamentos

    Figura 8. Foco das alavancas de produtividadenos prximos dois anos

    Planejamentode

    empreendime

    ntos

    Mtodosdege

    sto

    Melhoriasdeprojeto

    Qualifca

    oda

    mode

    obra

    Equipame

    ntos

    Mtodosconstru

    tivos

    Mate

    riais

    70%

    80%

    90%

    100%100%

    78%

    72%

    81%

    60%

    50%

    40%

    30%

    20%

    10%

    0%

    44%

    91%

    46%

    mais modernos para fazer frente ao cenrio de mo de obrarestrita e pouco qualicada. Adicionalmente, a evoluoem mtodos construtivos tambm pode requerer a utilizaode novos equipamentos e materiais. Em ambientes de baixaprodutividade a gesto de riscos se faz necessria.

    Gesto de riscos

    Alm do mapeamento de alavancas de produtividade, esteestudo teve como objetivo identicar o nvel de maturidade dagesto de riscos no setor. Dentro desse contexto, as seguintesquestes foram apresentadas: (1) Qual o nvel de maturidade nagesto de riscos de empreendimentos aplicada nas empresas?,(2) Que ferramentas so utilizadas na gesto de custos dosempreendimentos? e (3) Em que fase do empreendimento esto maior risco de desalinhamento com o mercado?

    A principal constatao desta etapa do estudo quesomente 24% dos executivos consultados acreditamque as empresas tm um processo maduro de gesto

    de riscos de empreendimentos e que ela seja ativa,integrada e formalizada, contemplando todas as fases doempreendimento, da concepo ps-entrega. Apesar de50% dos respondentes considerarem que esto em evoluo/amadurecimento em relao ao tema, a falta de gestode riscos efetiva faz com que as empresas tenham menosvisibilidade prvia da ocorrncia de problemas nos seusempreendimentos, tanto do ponto de vista de produtividadecomo de custos, compliance e prazos, entre outros (Figura 9).

    Tambm perguntamos aos prossionais qual a principal fasena qual os empreendimentos esto expostos aos riscos dedesalinhamento com o mercado, e vericamos que a maioria

    dos respondentes (55%) acredita que no planejamento queh a maior incidncia e materializao de riscos que podemlevar ao desalinhamento do empreendimento com o mercado(variao de custos, prazos e qualidade). Na sequncia, vem

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    Contatos para o setor de Real Estate

    Andr Viola Ferreira |Scio-lder para o Brasil e Amrica do Sul

    +55 11 2573 5250 [email protected]

    Hlcio Bueno |Scio de Consultoria

    +55 11 2573 3024 [email protected]

    Rogrio Simes |Scio de Impostos

    +55 11 2573 3170 [email protected]

    Viktor Andrade |Scio de Transaes Corporativas

    +55 11 2573 3042 [email protected]

    Marcos Pupo |Scio de Auditoria

    + 55 11 2573 3048 [email protected]

    26%

    50%

    24%

    Figura 9. Nvel de maturidade em gesto de riscosde empreendimentos

    Imatura e focada apenas em fatores de compliance

    (SST, orgos reguladores etc.)Em amadurecimento - possibilita uma viso integradade riscos mas sem formalizao e aes preventivas

    Madura - gesto de riscos integrada e formalizadaenvolvendo todas as fases do empreendimento

    a etapa de execuo (40% dos respondentes), e por ma etapa de entrega (5%). Essa constatao refora aideia de que uma gesto de riscos adequada deve serfeita desde o incio do projeto, pois as alavancas queafetam o desalinhamento com o mercado esto presentesprincipalmente no incio do ciclo de vida do projeto.

    Adicionalmente s anlises anteriores, buscamos entenderquais ferramentas as empresas utilizam para gesto de riscosde desalinhamento dos custos dos empreendimentos.A maioria (88%) utiliza oramentos e acompanhamentomensal, porm, somente um pouco mais da metade (55%)utiliza ferramentas de projeo de custos e de anlisede cenrios. A anlise de indicadores de custos realizadapor somente 64% das empresas. A combinao desses

    Figura 10. Risco de desalinhamento com o mercado

    No planejamentodo empreendimento

    Na gesto / durantea execuo

    Na entrega

    55%

    5%

    40%

    fatores tambm aponta um potencial de aumentoda maturidade do setor no tema gesto de riscos.

    Consideraes nais

    O tema produtividade est no topo da agenda dos executivosdo setor de construo civil no Brasil, dado o seu potencialimpacto para viabilizar o contnuo crescimento do setor

    e a melhoria de sua lucratividade.

    Visando contribuir para a estruturao das iniciativas deaumento de produtividade na construo civil, este estudoapresenta a denio de sete alavancas relevantes paraaumento de produtividade e um panorama dessas alavancasno mercado brasileiro.

    A necessidade de qualicao da mo de obra apontadacomo o principal gargalo hoje, mas essa uma lacuna dedifcil soluo no curto prazo. Por esse motivo, apesar de asempresas reconhecerem o problema, a qualicao da mode obra no aparece no topo da lista de iniciativas citadas

    para melhorar a produtividade nos prximos dois anos.As aes individuais de empresas no vo resolver o problema.

    A diculdade de reter mo de obra desestimula iniciativasnessa rea. um problema que demandar ao coordenadade longo prazo do setor como um todo.

    Individualmente, as empresas tm oportunidades parainvestir no planejamento do negcio, e no apenas noplanejamento das obras. A adoo de modelos de gestoe tomada de deciso integrados, que ajudam a denir emonitorar indicadores do negcio, produtividade e riscos,apoia a gesto das operaes e a gesto da complexidadedos negcios (gesto de mltiplas obras). Tais abordagens

    auxiliam tambm na reduo de custos operacionais e naotimizao dos recursos. A adoo de novos mtodos degesto tambm considerada prioritria pelos executivosentrevistados.

    Esperamos que o estudo contribua para a discussodo tema na sua empresa e que possa ser til na estruturaodas iniciativas em curso e futuras visando ao aumentoda produtividade, otimizao na gesto dos recursose obras e, consequentemente, maximizao darentabilidade do negcio.

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    No Brasil, a EY a mais completa empresa de Auditoria, Impostos,

    Transaes Corporativas e Consultoria, com 5.000 profissionais

    que do suporte e atendimento a mais de 3.400 clientes de pequeno,

    mdio e grande portes.

    A EY Brasil Apoiadora Oficial dos Jogos Olmpicos Rio 2016

    e fornecedora exclusiva de servios de Consultoria para o

    Comit Organizador. O alinhamento dos valores do Movimento

    Olmpico e da EY foi decisivo nessa iniciativa.

    EY refere-se organizao global e pode referir-se tambm a uma

    ou mais firmas-membro da Ernst & Young Global Limited (EYG),

    cada uma das quais uma entidade legal independente. A

    Ernst & Young Global Limited, companhia privada constituda no

    Reino Unido e limitada por garantia, no presta servios a clientes.

    2014 EYGM Limited. Todos os direitos reservados.

    Esta uma publicao do Departamento de Marca, Marketing e Comunicao. A reproduodeste contedo, na totalidade ou em parte, permitida desde que citada a fonte.

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