Estudo setorial | Mercado de Seguros investe em sustentabilidade

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Estudo Setorial Revista Suma Economica ISSN 0100-8595 - Edição Especial 75 - Janeiro de 2014 Mercado de Seguros investe em Sustentabilidade

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Estudo setorial - Especial da revista Suma Econômica | Mercado de Seguros investe em sustentabilidade.

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Mercado de Seguros investe em Sustentabilidade

Orçamento operacional e de vendas

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Estudo Setorial 3

Sustentabilidade em Seguroseditorial

O alto grau de sustentabilidade do Seguro

Mas, a imediata subscrição a esses prin-cípios por grandes grupos inter-nacionais demonstrou para a

sociedade que as questões sociais, ambientais e de governança (ASG) estão no DNA do mer-cado segurador, como bem definiu Maria Eugênia Buosi, especialista em Finanças Sustentáveis, em entre-vista ao Portal da CNseg (Confederação Nacional das Seguradoras).

Além disso, tais princí-pios foram estabelecidos a partir de uma série de pes-quisas realizadas entre 2006 a 2009, as quais se concentraram nos riscos e nas oportunidades em seguros associados às questões ASG.

Todo o trabalho foi acompanhado de perto por instituições-membro e observa-doras do merca-do de seguros na UNEP FI (Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente – Iniciativa Financeira), o que, na prática, re-presentou um atestado de qualidade e de seriedade para o resultado apurado.

Ainda assim, a partir de 2010, a UNEP FI colocou o tema em ampla discussão com todo o mercado mundial, o que gerou a minuta dos Princípios.

Foram ouvidos mais de 500 representantes do merca-do de seguros, de órgãos reguladores, de organizações in-tergovernamentais e não governamentais, de associações

do comércio e da indústria, da comunidade acadêmica e científica.

Os Princípios foram lançados em junho de 2012, no Rio de Janeiro.

Desde então, as empre-sas brasileiras, lideradas pela CNseg, vêm se engajando de “corpo e alma” nesse pro-cesso, com um intenso foco direcionado para a susten-tabilidade.

Hoje, não seria exagero afirmar que, para o cidadão

comum, que acompanha o noticiário, seguro e sustentabi-

lidade estão tão interligados que podem ser vistos como ações que se

complementam ou são ingredientes de uma mesma receita.

Neste Caderno Especial, Suma Economica m o s t r a como a sustenta-

bilidade se transformou em

uma ferramenta que o mercado de seguros adotou

visando a aprimorar ainda mais a sua capacidade de proteger as pessoas,

os negócios, o patrimônio público e privado.

Até porque, como afirma o presidente da CNseg, Marco Antonio Rossi, na matéria que conta como esses princípios “nasceram”, não existe nada mais sustentável do que a função exercida pelo mercado de seguros na pro-teção à sociedade.

Boa Leitura!

Estudo Setorial 3

A adesão aos Princípios para a Sustentabilidade em Seguros não é obrigatória para seguradoras, resseguradoras ou instituições do setor. Tampouco têm o objetivo de servir como base para sanções

legais ou regulatórias.

Estudo Setorial4

cAPiTAlizAçãOSustentabilidade em Seguros

A edição especial sobre SEGUROS CORPORATIVOS faz parte da revista SUMA ECONOMICA, um suplemento da COP EDITORA LTDA.

DIRETOR: Alexis Cavicchini - [email protected]

BANCO DE DADOS E PESQUISA ECONÔMICA: Fernando Lopes de Mello - [email protected]

COLABORAÇÃO:Jorge Clapp

PROjETO GRAfICO E DIAGRAMAÇÃO:CRIA Comunicação - www.criavisual.com.br

DIRETORIA COMERCIAL:Salete Gondin - [email protected]

ATENDIMENTO:Caique Andrade - [email protected]

CENTRAL DE ATENDIMENTO AO CLIENTE:(0xx21) 2501-2001www.sumaeconomica.com.br

CIRCULAÇÃO:Otácilio Vieira Filho

RIO DE jANEIRO: Rua Baronesa do Engenho Novo, 189 - Cep 20961-210Engenho Novo - Rio de Janeiro - RJ.Tel.: (0xx21) 2501-2001 - Fax: (0xx21) 2501-2648

TIRAGEM DESTA EDIÇÃO: 45.000 exemplares.

Todas as análises e estatísticas são cuidadosamente preparadas pela equipe da SUMA ECONOMICA, de acordo com os últimos dados disponíveis no seu fechamento. Contudo, o uso destas informações para fins comerciais e de investimento é de exclusiva responsabilidade e risco dos seus usuários.

03 EDITORIAL O alto grau de sustentabilidade do Seguro

06 CONJUNTURAPrincípios para Sustentabilidade nasceram no Rio

05 PRINCIPIOSConheça os Princípios para a Sustentabilidade em Seguros

08

12 RELATÓRIOPríncipe Charles destaca papel do seguro

14 LEGISLAÇÃOProjeto aumenta segurança no trânsito

EMPRESAS A missão que cabe ao mercado de seguros

índice

Estudo Setorial 5

Sustentabilidade em Segurosprincípios

Estudo Setorial 5

conheça os Princípios para a Sustentabilidade em Seguros

São quatro os Princípios para a Sustentabilidade em Seguros (PSi - Principles for Sustainable insurance), estabelecidos pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente – iniciativa Financeira (UNEP Fi,

sigla em inglês), em parceria com a indústria global de seguros.

O primeiro deles é o compromisso do mercado de incluir no processo de tomada de decisão as ques-tões ambientais, sociais e de governança (ASG)

que sejam relevantes para a atividade em seguros.

Dessa forma, o signatário deve desenvolver produtos e ser-viços que reduzam o risco, tenham um impacto positivo sobre questões ASG, e estimulem uma melhor gestão de riscos.

No segundo, o signatário se compromete a trabalhar em conjunto com os clientes e parceiros comerciais para aumento da conscientização sobre questões ambientais, sociais e de governança, gerenciamento de riscos e desen-volvimento de soluções.

Há também o compromisso de se fornecer a esses clientes e fornecedores informações e ferramentas que possam auxiliá-los na gestão de questões ASG.

O terceiro princípio cita a importância de a empresa traba-lhar em conjunto com governos, órgãos reguladores e outros públicos estratégicos para promover ações amplas na socie-dade sobre questões ambientais, sociais e de governança.

O signatário deve, nesse contexto, apoiar políticas pru-denciais e estruturas legais e regulatórias que propiciem redução de risco, inovação e melhor gerenciamento de questões ASG.

Por fim, o quarto princípio trata da relevância de o signatário demonstrar responsabilidade e transparência, divulgando com regularidade, publicamente, os avanços obtidos na implementação dos Princípios.

A empresa deve ainda avaliar, medir e acompanhar o progresso apurado na gestão de questões ASG e, de forma proativa e regular, divulgar esta informação para o público.

ADESÃOPara tornar-se um signatário dos Princípios e um

membro da UNEP FI, a empresa deve apresentar uma carta e preencher o formulário de inscrição para signatário PSI disponível no website da UNEP FI.

A carta, assinada pelo CEO da empresa, pelo Presidente do Conselho de Administração ou cargos equivalentes, deve conter declarações confirmando a aprovação dos Princípios e seu acordo para as exigências impostas ao signatário.

Um signatário é livre para decidir que ações considera apropriadas para implementar os Princípios. As ações pos-síveis para cada Princípio são apenas exemplos. A empresa pode optar por considerar outras ações, levando em conta seu modelo comercial, circunstâncias relativas a áreas ge-ográficas e outros fatores.

A implementação dos Princípios é geralmente um tra-balho contínuo e uma orientação a ser seguida, e não uma lista de verificação prescritiva a ser cumprida.

Vale destacar ainda que, entre os benefícios obtidos com a adesão a esses princípios, constam, entre outros, o acesso ao sistema, à experiência e aos recursos do UNEP e da ONU sobre questões ASG; e às pesquisas, às redes de comunicações, aos eventos e à capacidade da UNEP FI de desenvolver serviços que se estendem às questões ASG, seguros, investimento e bancos.

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Sustentabilidade em Seguros

O Brasil teve a primazia de ser o País onde foram lan-çados os Princípios para Sustentabilidade em Se-guros (PSI - Principles for Sustainable Insurance),

estabelecidos pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente – Iniciativa Financeira (UNEP FI, sigla em inglês), em parceria com a indústria global de seguros.

O lançamento ocorreu durante o seminário anual da Sociedade Internacional de Seguros (IIS), realizado no Rio de Janeiro, em junho de 2012, em paralelo à Rio+20.

Esses princípios, que seguem o modelo do PRI (Principles for Sustainable Investment) - desenvolvido para o setor financeiro - logo foram “abraçados” por instituições e empresas de seguro e resseguro de todo o planeta. Hoje, mais de 60 organizações estão envol-vidas no projeto, sendo que o Brasil se destaca, sendo o país como o maior número de empresas que aderiram ao PSI (veja o box).

CNsegUm dos maiores entu-

siastas da “causa” é exa-tamente o presidente da Confederação Nacional das Seguradoras (CNseg), Marco Antonio Rossi, para quem não existe “nada mais sustentável” do que a função exercida pelo mercado de seguros na proteção à sociedade. “Nós somos extremamente sustentáveis: protegemos as famílias e as empresas”, destacou Rossi, em entrevista à publicação Caderno de Seguros, editada pela Escola Nacional de Seguros.

Na visão de Marco Antonio Rossi, é possível perceber facilmente esse foco ao acompanhar o trabalho realizado por grande parte das seguradoras, que vem apoiando me-didas sustentáveis no país. “Entre os mais de 2,6 milhões de nascimentos no Brasil, 500 mil partos foram pagos pe-los planos de saúde. Pagamos bilhões de reais de benefí-cios e protegemos o cidadão comum”, assinala.

Ele assegura que serão mantidos e reforçados os “bons

trabalhos” realizados pela diretoria anterior da CNseg, na área de sustentabilidade. Rossi comenta que o objetivo de dar uma visibilidade ainda maior para o mundo dos seguros já foi al-cançado. “A nossa atividade está totalmente relacionada à sustentabilidade, uma vez que a essência do seguro, princi-palmente de pessoas, é proteger a vida e dar condições dife-renciadas para a população brasileira”, diz o executivo.

EVENTOA CNseg realizou, em 2013, o I Seminário sobre os Impac-

tos Jurídicos e Operacio-nais da Política Nacio-nal de Resíduos Sólidos (PNRS), no qual foram discutidas as questões sociais e ambientais nas decisões de aceitação de risco.

Na ocasião, o diretor da Escola Nacional de Seguros, Renato Campos, lembrou que o mercado de seguros naturalmente anda de “mãos dadas” com a preservação do meio ambiente. “Tudo que acontece ao planeta, de alguma forma impac-ta a atividade de segu-ros”, frisou o executivo.

Já a secretária de Articulação Institucional e Cidadania Am-biental do Ministério do Meio Ambiente, Mariana Meirelles, desta-cou que já estão vigorando dois acordos de cooperaração firmados pela CNseg e com a Federação Brasileira dos Bancos (Febraban). “Entendo que o mercado segurador pode utilizar como referência a política socioambiental adotada pelos grandes bancos e que foi definida pelo Branco Central, na elaboração de sua própria políti-ca”, aconselhou a técnica, para quem é fundamental o apoio das seguradoras à implementação das inovações da lei de resíduos só-lidos, que foi discutida por 21 anos até ser aprovada em 2010.

Por sua vez, o coordenador da subcomissão de seguro de Responsabilidade Civil Ambiental da Federação Nacional de Seguros Gerais (FenSeg), Marco Antonio Ferreira, alertou que o mercado precisa conhecer melhor essa lei e os seus possíveis desdobramentos na atividade de seguros.

Princípios para Sustentabilidade nasceram no Rio

Marco Antonio Rossi, presidente da confederação Nacional das Seguradoras (cNseg)

Divulgação CNseg

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conjunturaPara ele, há questões que precisam ser esclarecidas rapida-

mente. “Quem sabe quais são os aterros ou lixões para onde vão os resíduos produto dos capotamentos de cargas perigosas?”, questionou Ferreira, deixando no ar a apreensão de todo o merca-do quanto ao risco de seguradoras serem incluídas em ações civis públicas e ambientais, sem contar os riscos para a imagem.

Ele ressaltou, no entanto, que a Lei, nos dispositivos que tratam do seguro e responsabilidade civil ambiental, “abre um universo de possibilidades para o setor”, tanto em relação a riscos como em relação a oportunidades.

Também demonstrando preocupação, o executivo Eduardo Menezes, da Bradesco Auto Re, enfatizou a neces-sidade de se definir claramente o que é salvado.

CLIMA Já na sexta edição da Conferência Brasileira de Seguros

Gerais, Previdência Privada e Vida, Saúde Suplementar e Capi-talização – Conseguro, que a CNseg promoveu, em Brasília, no final de outubro, o economista Sergio Besserman, especialista em meio ambiente, alertou que, mesmo se o mundo decidir enfrentar o problema de frente, o aquecimento global vai pro-vocar transformações extremas na vida do planeta.

Com isso, advertiu Besserman, as mudanças climáti-cas passam a ser uma questão fundamental para qualquer companhia e, em particular, para a indústria de seguros.

Na visão dele, os preços relativos da economia de mercado global irão mudar radicalmente, empurrados, por exemplo, pelos custos para a emissão de carbono, os quais serão introduzidos nos cálculos “em algum momento”. O especialista frisou que, se a sociedade enfrentar o problema, o custo será um. Caso contrário, será outro. “Mas a conta virá de qualquer jeito”, enfatizou.

Besserman citou, como exemplo, os prejuízos provocados no metrô de Nova York pelo furacão Sandy, os quais geraram um custo maior do que todos os investimentos feitos até ago-ra pelo Rio de Janeiro para as Olimpíadas de 2016.

De qualquer forma, Besserman aposta na capacidade da indústria de seguros de ajudar a mudar a mentalidade da so-ciedade. “Esse é um setor econômico que tem experiência de pensar a longo prazo. Diferentemente dos políticos, que tra-balham de olho na próxima eleição. E dos executivos, que tra-balham com o prazo do próximo balanço”, acentuou.

Presente ao evento, o cientista Carlos Nobre, secretário de Políticas e Programas de Desenvolvimento do Ministé-rio de Ciências, Tecnologia e Inovação, disse que aqueci-mento global, provocado pela emissão dos gases de efeito estufa na atmosfera está tornando ainda mais grave a in-cidência dos fenômenos naturais.

Segundo ele, esse é um problema que afeta todos os países do mundo. “O Brasil reduziu suas emissões em 40% nos últimos anos, por conta da redução do desmatamento da Amazônia. Contudo, jamais conseguiremos, sozinhos, reduzir o aquecimento global”, alertou Carlos Nobre.

Para ele, cabe à indústria de seguros exercer “um papel importante nesse processo”, através de parcerias firmadas com outros setores da economia, visando ao fomento de ino-vações. “O Ministério está disposto a estabelecer um amplo diálogo com a indústria brasileira”, frisou o cientista.

O secretário revelou ainda que o Ministério de Ciências, Tecnologia e Inovação tem um programa para incentivar as universidades brasileiras a transformar o conhecimento sobre o comportamento do clima em ações para melhorar as condições de vida da população.

Ele ressaltou, porém que, para enfrentar esse grande desafio, o País precisa de uma forte capacidade de inova-ção tecnológica, principalmente dentro da indústria.

BRASIL NA DIANTEIRAQuando o assunto é sustentabilidade, o mercado bra-

sileiro se destaca no contexto mundial, sendo o país com o maior número de participantes no PSI. No total de 39 em-presas de seguros e resseguros signatárias, sete estão no Brasil. Veja a lista completa:

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Sustentabilidade em Seguros

Os impactos jurídicos e operacionais da Política Nacional de Re-síduos Sólidos (PNRS) no mercado segurador foram discutidos em evento organizado pela CNseg.

A segunda edição do prêmio Antonio Carlos de Almeida Braga teve como foco a sustentabilidade, premiando iniciativas voltadas para os pila-res ambiental, social e de governança, em três categorias: Co-municação, Processos, Produtos e Serviços.

CNseg aprova a rea-lização, em 2013, do Seminário Executivo do Programa de Lide-rança em Sustentabili-dade da Universidade de Cambridge (Cam-bridge Programme for Sustainability Leadership - CPSL).

A CNseg foi represen-tada por videoconfe-rência na Assembleia Geral Anual do Clima-teWise ocorrida em Londres, e apresentou o panorama geral do seguro rural no Brasil e a nova regulamenta-ção do microsseguro, para lideranças da indústria global de seguros.

CNseg participou da assembleia na qual foram discutidos os desafios e as opor-tunidades do setor financeiro em relação à sustentabilidade.

2013maio

2012dezembro dezembro novembro outubro

A missão que cabe ao mercado de seguros

Poucos executivos estão tão empenhados no engajamento do mercado brasileiro de seguros nessa questão da sustentabilidade quanto a diretora

Executiva da CNseg, Solange Beatriz Palheiro Mendes. Acompanhando de perto todos os avanços registrados desde o lançamento dos Princípios para Sustentabilidade em Seguros (PSI), em 2012, ela vê com entusiasmo o fato de cada vez mais empresas locais virem aderindo a esse projeto, visto por muitos como uma verdadeira “missão” para o segmento. “Hoje, as companhias do setor caminham para a criação de áreas e ações próprias voltadas para a sustentabilidade. Houve um avanço e tanto”, comemora Solange Beatriz.

Embora ressalte que ainda não é possível mensurar exatamente de que forma ou em qual intensidade essas ações agregam valor ao mercado, a diretora da CNseg entende que “certamente” há um retorno para a imagem do setor como um todo. “O mercado de seguros está engajado em algo muito importante para toda a sociedade. E isso é muito bom”, frisa.

Ela observa ainda que esse envolvimento é percebido

pela população, que quer identificar ações práticas. O passo inicial foi a adesão aos princípios, fato que deixou claro o notório interesse do mercado em prol da sustentabilidade. Mas, a diretora da CNseg frisa que a melhor forma de demonstrar isso para a sociedade é sair do campo das intenções e apresentar e adotar propostas efetivas, como vem sendo feito.

Na avaliação dela, o mercado pode e deve usar sua experiência para conscientizar todos os segmentos da sociedade sobre as mudanças ambientais, sociais e de governança e, consequentemente, das relações comerciais. “Devemos ser disseminadores de informações e de novas práticas”, observa.

Desde o lançamento dos PSI, o papel da CNseg tem sido o de estimular a adesão do mercado aos quatro princípios e à adoção das práticas sustentáveis pelas empresas do setor. Inicialmente, uma das contribuições foi a sugestão de metas para cada um dos princípios visando a dar consistência à política de adesão.

Outro passo importante foi a criação da Comissão de

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Sustentabilidade da CNseg, que vem promovendo várias reuniões para avaliar sugestões de ações e avanços já obtidos.

Além disso, um Código de Ética de Boas Práticas de Sustentabilidade servirá como instrumento indutor de parâmetros de comportamento do mercado.

PROTAGONISTAEm linhas gerais, a sustentabilidade em seguros visa

a reduzir riscos, criar soluções inovadoras, melhorar o desempenho nos negócios e, assim, contribuir para a sustentabilidade ambiental, social e econômica.

Ao abraçar essa causa, o mercado segurador naturalmente assume um papel de protagonismo na área do desenvolvimento sustentável.

É possível até que, no futuro, tais ações permitam ao setor atuar como um dos principais reguladores da sustentabilidade na sociedade brasileira, beneficiando o bom segurado, via descontos nos prêmios, ou mesmo punindo e recusando riscos, dependendo do grau de envolvimento das empresas clientes e com o esforço de boas práticas sustentáveis.

Em suma, a adesão aos PSI também ajuda a consolidar a imagem do setor de seguros brasileiro como um exemplo mundial de boas práticas em sustentabilidade, considerando as dimensões de sociedade, governança e

meio ambiente na avaliação e na subscrição de riscos, nos processos de regulação de sinistros e nos investimentos de suas reservas.

linha do tempolinha do tempo

empresas

CNseg participou de reunião na qual foram votados os principais pontos do regimento interno da Iniciativa.

A Iniciativa PSI é o grupo que congrega a indústria global de seguros no âmbito da UNEP FI e tem o objetivo de promover a adoção e implementa-ção dos PSI no mundo.

CNseg formaliza par-ceria de cooperação com a Associação de Genebra (Geneva Association) visando a divulgação de materiais de interesse do mercado segurador sobre mudanças climáticas..

Assinatura do Termo Aditivo ao Protocolo Verde. O mercado as-sume o compromisso de: oferecer produtos que fomentem a qualidade de vida da população e o uso sustentável do meio ambiente. www.CNseg.org.br/protocolo verde-termo aditivo

A CNseg promove, no Rio de Janeiro, o evento Princípios para Sustentabilidade em Seguros (PSI) – Da Teoria para a Prática.

A CNseg firmou parceria com a Cli-mateWise, passando a compartilhar dos relatórios completos sobre iniciativas de players mundiais para redução de riscos e catástrofes ligados ao clima: www.climatewi-se.org.uk

2012outubro outubro setembro setembro julho

Solange Beatriz Palheiro Mendes, diretora Executiva da cNseg

Divulgação CNseg

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Sustentabilidade em Seguros

Em meados de 2013, a cNseg distribuiu a 13a edição do Balanço Social do Mercado Segurador, enviado para entidades ligadas ao meio-ambiente e movimentos sociais, representantes do Governo, parlamentares e órgãos de defesa do consumidor, entre outros.

O Balanço mostra um panorama do setor no âmbito da responsabilidad e social e sustentabilidade, apurada a partir de pesquisa realizada com 92 empresas associadas à cNseg, as quais respondem por cerca de 80% do faturamento do mercado.

O estudo comprova que as iniciativas nas áreas da responsabilidade social e da sustentabilidade ganham força no setor: 59% das empresas já contam com áreas destinadas a ações de responsabilidade social e/ou sustentabilidade; 67 % seguem um código de Ética e conduta; e 43% adotaram programas internos voltados para o trabalho voluntário.

Outro dado importante apurado é que 71% das empresas consultadas têm políticas de contratação de fornecedores e 63% possuem processos de monitoramento de fornecedores/prestadores de serviços. Dentre as empresas que monitoram, 21% fazem vistorias anuais em seus processos.

O Balanço Social traz ainda a descrição das principais ações e programas de responsabilidade social e sustentabilidade desenvolvidos pela confederação e por suas empresas associadas.

Balanço comprova foco na Sustentabilidade

A CNseg elevou à ca-tegoria de comissão o seu Grupo de Trabalho em Sustentabilidade.

Divulgação do resultado da pesquisa realizada para avaliar o alinhamento das práticas atuais do mercado brasileiro aos valores que orientam a formulação dos Princípios para Sustentabilidade em Seguros (PSI). O resultado encontra-se no site: www.CNseg.org.br/pesquisa PSI

A CNseg como instituição apoia-dora da Iniciativa dos Princípios para Sustentabilidade em Seguros (PSI) patroci-nou o seu lançamento internacional feito pela UNEP FI, evento que foi realizado dentro da programa-ção do 48º Seminário Anual da International Insurance Society e contou com 453 participantes.

www.unepfi.org/texto dos PSI

CNseg torna-se instituição apoiadora dos Princípios para Sustentabilidade em Seguros (PSI) da Iniciativa Financeira do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (UNEP FI): www.unepfi.org/psi

Criação da página de sustentabilidade: www.CNseg.org.br/susten-tabilidade

julho junho junho junho abril2012

Estudo Setorial 11

empresas

Divulgação do resultado da pesquisa realizada junto às em-presas do setor sobre a adesão dos Princípios do Protocolo Verde.

O resultado dessa pesquisa encontra-se no site: www.CNseg.org.br/protocolo verde-pesquisa

Realização do primeiro workshop sobre sustentabilidade com o objetivo de estimular o debate com o mercado segurador quanto às questões ambientais, sociais e de governança em harmonia com os ob-jetivos da Organização das Nações Unidas (ONU).

CNseg passa a inte-grar, como membro representante do Brasil, o Grupo Global dos Princípios para Sustentabilidade em Seguros (PSI), da Iniciativa Financeira do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (UNEP FI).

Constituição do Grupo de Trabalho de Susten-tabilidade da CNseg.

A CNseg assina o Protocolo de Intenções (Protocolo Verde) com o Ministério do Meio Ambiente (MMA) celebrando um esforço comum no sentido de empreender políticas socioambientais: www.CNseg.org.br/protoco-lo verde

2011 2009fevereiro fevereiro novembro agosto setembro

2012

linha do tempolinha do tempo

Prêmio para inovação

A cNseg realizou, em dezembro, a solenidade de entrega do Prêmio Antônio carlos de Almeida Braga de inovação em seguros para o Desenvolvimento Sustentável. Nessa terceira edição do prêmio, foram inscritos 58 projetos, em três categorias.

O objetivo é valorizar projetos de desenvolvimento sustentável em seguro junto a seguradoras, resseguradoras e corretoras, nas categorias de comunicação, processos e produtos e serviços. cada vencedor recebeu R$ 20 mil.

A comissão julgadora foi composta por personalidades de destaque nas áreas de seguro, meio-ambiente e direito, contando com a participação de Sergio Besserman (economista), Washington Novaes (jornalista), Mariana Meirelles (Ministério do Meio Ambiente), Julio Bierembach (consultor do mercado segurador) e Bruno Miragem (advogado).

Segundo Solange Beatriz, cada vez está mais clara a ideia de que a sustentabilidade é intrínseca à atividade seguradora e resseguradora. “A cNseg, por meio desse prêmio, incentiva que as empresas busquem novas soluções sustentáveis e que modernizem cada vez mais o conceito de seguro sob a ótica de uma sociedade que se transforma a cada dia. Além disso, a iniciativa incentiva também a divulgação de muitas práticas que já existem e são cases de sucesso”, frisa a diretora da cNseg.

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Sustentabilidade em Seguros

Príncipe Charles destaca papel do seguro

Esse estudo foi elaborado pelo Grupo de Trabalho sobre Seguros da Iniciativa Financeira da UNEP, ba-seado em pesquisa global pioneira sobre os fatores

ASG (ambientais, sociais e de governança) e subscrição de seguros e desenvolvimento de produtos.

No preâmbulo do relatório, o destaque é o depoimento do príncipe Charles, que enfatiza a importância do papel exercido pelas companhias de se-guros na identificação e avaliação de riscos novos e emergentes.

Na visão dele, nenhum outro se-tor tem uma visão profissional de longo prazo ou calculada de forma mais cuidadosa com relação ao fu-turo. “Sua abordagem em relação à sustentabilidade é, por conseguinte, de fundamental relevância, não so-mente para o restante do setor cor-porativo, mas para toda a sociedade humana”, frisa Charles, acrescen-tando que teve “o máximo prazer” de apresentar este trabalho opor-tuno e abrangente sobre sustenta-bilidade.

Charles lembra ainda que vem atuando em conjunto com o em-presariado nos últimos vinte e cin-co anos para compreender como as questões de sustentabilidade afe-tam suas operações, e são por estas afetadas.

Durante esse período, ele per-cebeu que a questão das mudanças climáticas fez crescer, de forma ine-xorável, “nossa lista de preocupa-ções”, até o ponto em que hoje esta questão não apenas ocupa o topo da lista, mas constitui-se na única grande ameaça à nossa sobrevivência no planeta. “Quando lan-çamos os Princípios do ClimateWise em 2007, ressaltei a importância das companhias de seguros terem uma visão estratégica sobre mudanças climáticas. É imensamente tranquilizador que o mercado tenha respondido tão posi-

tivamente e que o ClimateWise tenha se tornado hoje uma iniciativa verdadeiramente global”, observa o príncipe.

Para ele, as mudanças climáticas são o desafio global que definirá a geração atual. Porém, Charles ressalta que é importante não perder o foco em relação aos demais desa-fios de sustentabilidade que o mundo enfrenta, como, por exemplo, a perda de biodiversidade, gestão de recursos

hídricos, aumento veloz do cresci-mento populacional e urbanização rápida e sem planejamento.

O sucessor da coroa britânica entenda que, em todas estas áreas da vida humana, assim como em muitas outras, é preciso encontrar formas mais sustentáveis de admi-nistrar a economia. “Este relatório prova que a indústria de seguros re-conhece a importância de tais de-safios e está empreendendo ações que refletem, fielmente, o grau de risco”, afirma Charles.

VANGUARDAJá o subsecretário-Geral das Na-

ções Unidas e Diretor Executivo do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente, Achim Steiner, des-taca que, há muito tempo, a indús-tria de seguros está na vanguarda em termos de entendimento e ge-renciamento de risco, e tem servido como um importante sistema de alerta precoce para a sociedade ao amplificar sinais de risco. “Por meio da prevenção e atenuação de per-das, compartilhando riscos entre vários players do mercado, e como

importantes investidores, a indústria de seguros tem pro-tegido a sociedade, modelado mercados e servido de base para o desenvolvimento econômico”, observa o executivo, ao explicar o objetivo do estudo.

Ele acrescenta que, atualmente, o cenário de risco está evoluindo com rapidez, gerando novos e complexos ris-

A cNseg lançou, em julho de 2013, uma versão em português do relatório sobre a situação global da sustentabilidade em seguros, do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente

(UNEP, na sigla em inglês).

“Quando lançamos os Princípios do ClimateWise em 2007, ressaltei a importância das companhias de seguros terem uma visão estratégica sobre mudanças climáticas. É imensamente tranquilizador que o mercado tenha respondido tão positivamente e que o ClimateWise tenha se tornado hoje uma iniciativa verdadeiramente global”

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relatóriocos que ameaçam nossos cada vez mais escassos ativos baseados na natureza, e minando o futuro de toda a população mundial.

Diante desse quadro, esse estudo re-presenta um marco e um testemunho do papel fundamental da indústria de segu-ros no desenvolvimento sustentável. “Isso não é uma escolha, e, sim, a única opção. A mensagem é alta e clara: os seguradores estão transmitindo fortes sinais de riscos decorrentes de uma ampla gama de ques-tões ambientais, sociais e de governan-ça – que vão desde mudanças climáticas, perda de biodiversidade e degradação do ecossistema e escassez de recursos hídri-cos, até pobreza, riscos de saúde emer-gentes provocados pelo homem, envelhe-cimento da população, trabalho infantil e corrupção”, adverte Achim Steiner.

Para ele, a indústra de seguros tem, no UNEP, um parceiro que cultiva o ambien-te propício necessário para uma melhor compreensão desses riscos, para atuar sobre eles com urgência, e descobrir as oportunidades.

Steiner acentua que o UNEP, na con-dição de cofundador do Painel Intergo-vernamental sobre Mudanças Climáticas, está ajudando os formuladores de políti-cas a selarem um acordo justo, equilibrado e efetivo em Copenhagen, que antecipará políticas severas de atenuação e adapta-ção vitais, por exemplo, para cobertura de riscos climáticos, criação de soluções ino-vadoras, e construção de novos mercados.

Na visão dele, esse acordo é vital para as gerações presentes e futuras, embora seja apenas uma das muitas prioridades globais prementes.

O UNEP também está liderando um es-forço global no intuito de medir os imen-sos benefícios econômicos da biodiver-sidade e serviços do ecossistema – nossa apólice de seguro da espécie humana – e responsabilizar práticas não sustentáveis que resultem em perda de biodiversidade e degradação do ecossistema.

A instituição lançou, inclusive, em 2008, a Iniciativa Economia Verde, que en-globa um Novo Pacto Global Verde, o qual apela para uma economia global do sécu-lo 21 que invista em crescimento de longo prazo real e inclusivo, prosperidade genu-ína e geração de emprego, combatendo os inúmeros desafios de nossa era, em parti-cular, as questões ambientais, sociais e de governança ressaltadas neste relatório. “Guiar a economia global rumo a um ca-minho sustentável e firmar um Novo Pacto Global Verde não se trata de sentimento, e sim de economia sólida, escolhas reais e um novo ritmo para proporcionar geração de riqueza genuína. Não se trata de redu-ção no crescimento, e sim de crescimento mais inteligente, sustentável e inclusivo, que capta o verdadeiro valor do capital humano e natural”, acentua Steiner.

Ele admite que uma economia de bai-xas emissões de carbono, recursos efi-cientes e inclusiva não pode ser alcançada muito rápido e que, dessa forma, é preciso pagar o prêmio para segurá-la. Esse prê-mio implica cooperação e ação coletivas, colocando um fim nas soluções de curto prazo, e investindo em soluções de longo prazo, transformadoras.

Steiner destaca ainda o princípio de ‘um por todos, todos por um’, o qual nor-teia o compartilhamento de riscos na in-dústria de seguros. Para ele, compreen-dendo e gerenciando de forma coletiva os riscos que surgem hoje, será possível des-cobrir as oportunidades de amanhã, e pre-parar o mundo para os desafios do futuro.

Na avaliação de Steiner, é importantes adotar este mesmo princípio para lidar com os riscos globais e sistêmicos im-postos por muitas questões ambientais, sociais e de governança. “Não podemos mais nos dar ao luxo de considerar estas questões como periféricas, uma vez que o que está em jogo não poderia ser mais importante”, frisa.

Por fim, ele assegura que o UNEP está empenhado em continuar trabalhando com a indústria de seguros para enfrentar este desafio.

Estudo Setorial14

Sustentabilidade em Seguros

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legislação

Projeto aumenta segurança no trânsito

Novas leis também poderão ajudar o mercado de seguros a avançar no processo de busca por um nível satisfatório de sustentabilidade. É o caso do

projeto de lei que visa a disciplinar o funcionamento das empresas de desmonte de veículos.

Segundo o autor da proposta, deputado federal, Armando Vergilio (SDD-GO), o projeto pretende trazer soluções para questões relacionadas ã sustentabili-dade. “Hoje, a so-ciedade brasileira vê essas carcaças de veículos que são descartadas alea-toriamente no meio ambiente, após o desmonte, provo-cando graves pro-blemas e virando, inclusive, criadou-ro de mosquito da dengue”, frisa o parlamentar, que conhece bem o mer-cado de seguros, pois também é o atual presidente da Federação Nacional dos Corretores de Seguros (Fenacor) e já ocupou o cargo de titular da Supe-rintendência de Se-guros Privados (Susep).

Aprovada na Câmara, a matéria tramita, agora, no Senado, com boas chances de aprovação, em razão dos vários apelos que engloba. Para Armando Vergilio, outro aspecto importan-te do projeto, ligado à sustentabilidade, é a possibilidade de uso de peças recondicionadas e certificadas em veículos mais velhos, barateando o preço do seguro.

O novo cenário que poderá surgir caso a proposta seja aprovada também se refletirá no trânsito, com a redução do número de acidentes provocados por peças de má qualidade.

Na avaliação de Armando Vergilio, isso ocorrerá na medida em que for possível se fazer a reparação de veículos com custo

mais baixo, porém com peças absolutamente seguras, certi-ficadas e avaliadas do ponto de vista técnico e estrutural. “O resultado será a diminuição de peças vindas de um mercado informal e ilegal que não possuem nenhuma garantia de pro-cedência e segurança”, argumenta.

Além disso, a exemplo do ocorrido em outros países que criaram legislação para o desmonte legal de veículos, deve haver uma rápida queda dos índices de roubo e furto de au-

tomóveis. “Em outros países, os resultados foram imediatos. Na Argentina, um ano após a criação dos desmontes legais, o índice de roubos de automóveis caiu 50%”, diz o deputado.

O autor do projeto cita ainda estatísticas recentes, as quais reve-lam que 400 mil carros são roubados ou fur-tados anualmente no Brasil. Desse total, so-mente pouco mais da metade é recuperada. O restante abastece os desmanches ilegais espalhados por todo o território nacional e o comércio de peças.

Ele destaca também o fato de o projeto ter sido aprovado na Câmara exatamente na data em que se comemora o Dia Mundial do Meio Ambiente (05 de junho). “Coincidentemente, a nossa pro-posta pretende reduzir também os danos causados pelo descarte desordenado, pelos desmanches irregulares de baterias, carcaças de veículos e fluídos de freios e motor”, acrescenta.

O deputado afirma que o proposta vai ainda viabilizar o ver-dadeiro seguro popular de automóvel, que poderá ter preços bem menores do que o produto tradicional, ao permitir a utili-zação de com peças recondicionadas, mas devidamente certifi-cadas. Para ele, esse novo produto poderá atingir 20 milhões de automóveis com mais de cinco anos de idade, que, atualmente, trafegam pelas ruas e estradas totalmente desprotegidos.

Armando Vergílio, deputado federal, SDD-GO e presidente da Federação Nacional dos corretores de Seguros (Fenacor)

Divulgação – Fenacor

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