Estudo epidemiológico dos colaboradores

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Proposta de Estudo epidemiológica dos colaboradores. Introdução. Vários autores e instituições ligadas à promoção da saúde e à prevenção de doenças têm recomendado aos países que se preparem cada vez mais para o tratamento de doenças crônicas, cuja carga sobre a população provavelmente deverá aumentar nas próximas décadas. Impacto Econômico dos Casos de Doença Cardiovascular Grave no Brasil: Primeiramente há escassez de dados no Brasil para subsidiar a crescente preocupação sobre o impacto econômico das doenças cardiovasculares (DCV). Aproximadamente dois milhões de casos de DCV grave foram relatados em 2004 no Brasil, representando 5,2% da população acima de 35 anos de idade. O custo anual foi de, pelo menos, R$ 30,8 bilhões (36,4% para a saúde, 8,4% para o seguro social e reembolso por empregadores e 55,2% como resultado da perda de produtividade), correspondendo a R$ 500,00 per capita (para a população de 35 anos e acima) e R$ 9.640,00 por paciente. Somente nesse subgrupo, os custos diretos em saúde corresponderam por 8% do gasto total do país com saúde e 0,52% do PIB (R$ 1.767 bilhões = 602 bilhões de dólares), o que corresponde a uma média anual de R$ 182,00 para os custos diretos per capita e de R$ 3.514,00 por caso de DCV grave. Estima-se que 30% dos brasileiros sofrem de pressão alta, segundo a Sociedade Brasileira de Hipertensão (SBH). A doença afeta mais de 50% das pessoas acima de 60 anos e já atinge 5% das crianças e dos adolescentes no país. Ela é responsável por 40% dos infartos, 80% dos casos de acidentes vasculares cerebrais (derrames) e 25% dos registros de insuficiência renal terminal. Para piorar essa situação, menos da metade (40%) dos hipertensos estão sendo tratados e só 10% têm a pressão arterial corretamente controlada , dizem médicos do Instituto Nacional de Cardiologia (INC). Estudos clínicos demonstraram que a detecção, o tratamento e o controle da HAS (Hipertensão Arterial Sistêmica) são fundamentais para a redução dos eventos cardiovasculares.

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Proposta de Estudo epidemiológica dos colaboradores.

Introdução.

Vários autores e instituições ligadas à promoção da saúde e à prevenção de doenças têm recomendado aos países que se preparem cada vez mais para o tratamento de doenças crônicas, cuja carga sobre a população provavelmente deverá aumentar nas próximas décadas.

Impacto Econômico dos Casos de Doença Cardiovascular Grave no Brasil:

Primeiramente há escassez de dados no Brasil para subsidiar a crescente preocupação sobre o impacto econômico das doenças cardiovasculares (DCV).Aproximadamente dois milhões de casos de DCV grave foram relatados em 2004 no Brasil, representando 5,2% da população acima de 35 anos de idade. O custo anual foi de, pelo menos, R$ 30,8 bilhões (36,4% para a saúde, 8,4% para o seguro social e reembolso por empregadores e 55,2% como resultado da perda de produtividade), correspondendo a R$ 500,00 per capita (para a população de 35 anos e acima) e R$ 9.640,00 por paciente. Somente nesse subgrupo, os custos diretos em saúde corresponderam por 8% do gasto total do país com saúde e 0,52% do PIB (R$ 1.767 bilhões = 602 bilhões de dólares), o que corresponde a uma média anual de R$ 182,00 para os custos diretos per capita e de R$ 3.514,00 por caso de DCV grave.

Estima-se que 30% dos brasileiros sofrem de pressão alta, segundo a Sociedade Brasileira de Hipertensão (SBH). A doença afeta mais de 50% das pessoas acima de 60 anos e já atinge 5% das crianças e dos adolescentes no país. Ela é responsável por 40% dos infartos, 80% dos casos de acidentes vasculares cerebrais (derrames) e 25% dos registros de insuficiência renal terminal. Para piorar essa situação, menos da metade (40%) dos hipertensos estão sendo tratados e só 10% têm a pressão arterial corretamente controlada, dizem médicos do Instituto Nacional de Cardiologia (INC). Estudos clínicos demonstraram que a detecção, o tratamento e o controle da HAS (Hipertensão Arterial Sistêmica) são fundamentais para a redução dos eventos cardiovasculares.

A saúde dos colaboradores:

Exercer uma nova prática, em um contexto de saúde, no qual o saber e conhecimento da saúde, que se compõem os colaboradores e seus beneficiários, está partilhado e isolado, fragmentado em informações, que se mantêm inertes, sem qualquer função outra, senão a corretiva, junto aos vários integrantes do sistema de saúde.

Como permitir à Empresa, saber das necessidades básicas de saúde e acompanhamento, integrando-se as diversas atividades médico-sociais implantadas, se o sistema de saúde fragmentado, não enxerga o funcionário, ou

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seus dependentes, individualmente; de forma técnico científico, alijando-o do processo de manutenção e recuperação da saúde. Nesse contexto, a produção de serviços de saúde, vem se dando, basicamente, através do trabalho isolado de profissionais, no qual somente a boa vontade e disposição, permitem essa necessária integração. O trabalho, dito em equipe ocorre unicamente, pelo compartilhar do mesmo espaço físico em unidades de saúde, significando apenas uma abordagem clínica multiprofissional, mas nunca multidisciplinar.

Sistemas de informação:

Existência de múltiplos sistemas de informação fragmentados e não integrados, respondendo a diferentes lógicas de formulação e necessidades;

Pobreza da qualidade dos dados e das informações produzidas pelas grandes bases de dados dos sistemas.

Vigilância Epidemiológica.

Vigilância Epidemiológica (VE) como um “conjunto de ações que proporciona o conhecimento, a detecção ou prevenção de qualquer mudança nos fatores determinantes e condicionantes da saúde individual ou coletiva, com a finalidade de recomendar e adotar as medidas de prevenção e controle das doenças ou agravos”. O desencadeamento do processo de vigilância tem início com a informação do problema de saúde que se destina à tomada de decisões e, por essa razão define-se a Vigilância Epidemiológica por meio da tríade informação – decisão – ação.

A VE constitui-se em importante instrumento de prevenção e controle de doenças e fornece importantes subsídios para o planejamento, organização e operacionalização dos serviços de saúde, como também para a normatização de

atividades técnicas correlatas. O objetivo da VE é coletar informações de rotina a respeito da saúde dos funcionários e dependentes e transmiti-las para um grupo de profissionais de saúde especializados na patologia. As informações após serem colhidas, devem ser consolidadas e analisadas, para que se consiga desenvolver um ótimo trabalho em Vigilância Epidemiológica. Serão transformadas em dados confiáveis e repassadas a uma equipe especializada na patologia diagnosticada individualmente e usadas para efetivar propostas centradas e direcionadas para prevenção e promoção na saúde dos colaboradores. A epidemiologia atual é uma disciplina relativamente nova e usa métodos quantitativos para estudar a ocorrência de doenças nas populações e para definir estratégias de prevenção, promoção e controle.

Medicina Baseada em Evidências.

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A Medicina Baseada em Evidências se refere à obtenção de informações médicas devidamente analisadas e tratadas de maneira a fundamentar decisões sobre as melhores práticas na assistência à saúde.

Proposta.

Realizar um estudo sobre a distribuição, os determinantes e o estado de saúde da população especifica.

Benefícios do levantamento epidemiológico via SMS.

Aplicar efetivamente a prevenção, promoção, controle e o acompanhamento da patologia;

Conhecimento epidemiológico real da saúde dos colaboradores; Correta utilização do fornecimento do medicamento continuo ou iniciar o

beneficio PBM (Pharmaceutical Benefit Management) de modo eficiente; Centralização no atendimento ambulatorial usado pelo colaborador na sua

patologia; Desenvolver processos educativos através de grupos voltados à recuperação

da autoestima troca de experiências, apoio mútuo e melhoria do autocuidado;

Direcionar ações centralizadas focadas na atenção primaria e secundaria da patologia;

Direcionar, indicar, recomendar ao colaborador uma equipe multidisciplinar no âmbito hospitalar exclusivamente especializada na patologia, possibilitando uma “segunda opinião médica”;

Melhorar a qualidade de vida do paciente com a patologia; Possibilidade de uma reavaliação farmacológica sobre os medicamentos

administrados; Tratamento humanista e centrado ao colaborador.

Paulo Ventura Seabra(11) [email protected]