Estudo dos materiais e comportamentos típicos

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Estudo dos materiais e ligações químicas PCC5726

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Estudo dos materiais e ligações químicas

PCC5726

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Estrutura dos materiais

• Forma como os componentes internos dos materiais se arranjam.

•Várias formas/níveis de estudo da estrutura do material em função do que se pretende analisar ou manipular (“engenheirar”).

•Objetivos: entender e obter propriedades desejadas.

Page 3: Estudo dos materiais e comportamentos típicos

Princípio básico

O comportamento do material depende da

microestrutura

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http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/3/3e/Materials_science_tetrahedron_-_pt-br.svg/220px-Materials_science_tetrahedron_-_pt-br.svg.png

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http://www.kochmann.caltech.edu/pics/scales0.gif

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http://www.kochmann.caltech.edu/pics/scales.gif

Page 7: Estudo dos materiais e comportamentos típicos

Níveis de estudo dos materiais• Sub-atômico (Å)

• átomo• microscopia eletrônica de

tunelamento

• Atômico (nm - mm)• moléculas, cristais• Difração de raios X• Microscopia eletrônica de

varredura

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Níveis de estudo dos materiais• Microscópico (mm-mm)

• fases, partículas• microscópios ótico e de

varredura• ensaios físicos

• Macroscópico (>mm)• todo o material• ensaios mecânicos

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Propriedades analisadasx

nível do estudo• Sub-atômico

• condutividade elétrica

• propriedades térmicas

• Atômico• ligações interatômicas e estado de agregação da

matéria

• Microscópico• característica dos materiais em função do arranjo

• Macroscópico• medida de propriedades médias do material

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Classificação geral dos materiais da construção civil

•Cerâmicos• Cimento, cal, cerâmica vermelha e branca e vidros.

•Polímeros• Plásticos, borrachas, betumes, celulose, etc.

•Metais• Ferro, aço, alumínio, cobre, zinco e suas ligas

•Compósitos• Madeira, materiais reforçados com fibras, aglomerados.

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LIGAÇÕES ATÔMICAS

noções básicas

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Estrutura do átomo

Modelo

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Modelo do Átomo

http://www.ced.ufsc.br/men5185/trabalhos/58_Raios_Cosmicos/pagina_particulas.htm

Page 14: Estudo dos materiais e comportamentos típicos

Estrutura do átomo

• Núcleo carga

• prótons +1

• neutrons 0

• Elétrons -1

10 000 100 000. . d

d

ne

nu

m

m

eletron

proton

1

1850

Massa de prótons e

neutrons = 1,67x10-27kg

Massa de elétrons =

9,11x10-31kg

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Estrutura do Átomo

▪Massa esta concentrada no núcleo.

▪Núcleo ocupa pequena parte do volume total do átomo!

▪Eletrosfera ocupa maior parte do volume.

▪Eletrosfera tem pouca massa.

▪Eletrosfera é deformável.

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Aspectos ligados às ligações químicas:

•Os elétrons de valência (do último nível) são os que efetivamente participam das ligações químicas.

•Os átomos buscam uma condição mais estável: configuração dos gases nobres (com 2 ou 8 elétrons no último nível)

•Apresentam diferentes níveis de energia de ligação.

•As ligações químicas têm total influência sobre as propriedades e características dos materiais

Page 17: Estudo dos materiais e comportamentos típicos

Importante!

• Átomos que perdem elétrons ficam positivos e são chamados cátions.

• Átomos que ganham elétrons ficam negativos e são chamados ânions.

• Átomos que não ganham nem perdem elétrons não combinam com ninguém e são chamados de gases nobres.

• A formação de um material depende da formação de íons.

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Ligação iônica

• Para que ocorra ligação iônica é necessário que haja íons com alta e baixa eletronegatividade

• atração eletrostática

perda de elétrons +ganho de elétrons -

• exemplos:

CaCl2 - NaCl

2e e

Na Cl

Page 19: Estudo dos materiais e comportamentos típicos

Tabela periódica

Page 20: Estudo dos materiais e comportamentos típicos

Ligação iônica

• atração eletrostáticaperda de elétrons +ganho de elétrons -

• não direcional

• sólido

• solúveis (solventes polares)

• IsolantesNão permite deslocamentos relativos dentro dos planos cristalinos

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Ligação covalente

▪ A ligação covalente é um tipo de ligação química que ocorre com o compartilhamento de pares de elétrons entre átomos que podem ser o hidrogênio, não-metais ou semi-metais

c HH

H

H

metano

o HH

água

Page 22: Estudo dos materiais e comportamentos típicos

Tabela periódica

Page 23: Estudo dos materiais e comportamentos típicos

Ligação covalente

▪ Elétrons compartilhados em orbitais específicos

▪No de ligações depende do No de valência

▪ Isolantes• direcional• exemplo: polímeros

c HH

H

H

metano

o HH

água

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Ligação Covalente - Apolar

http://www.alunosonline.com.br/quimica/polaridade-das-ligacoes.html

Molécula O2

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Ligação Covalente - Polar

http://www.alunosonline.com.br/quimica/polaridade-das-ligacoes.html

Molécula HCl

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Ligação Iônica x Covalente

http://www.accessexcellence.org/RC/VL/GG/ecb/covalent_ionic_bonds.php

Page 27: Estudo dos materiais e comportamentos típicos

Ligação Iônica x Covalente

http://stoichiometricbasics.blogspot.com.br/

Page 28: Estudo dos materiais e comportamentos típicos

Forças de Van der Waals

• Aglutinam “moléculas”

• Forças secundárias ocorrem em praticamente todos átomos e moléculas (gases inertes)

• Surgem forças de atração entre átomos ou moléculas:✓Entre dipolos induzidos

✓Entre dipolos induzidos e moléculas polares

✓Entre moléculas polares

ClH

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Forças de Van der Waals

• Dipolo induzido

• Moléculas polares

• Moléculas polarizadas por indução ou permanentes:

• Exemplo: Pontes de H

• (moléculas compostas por H – polo positivo)

ClH ClH

Page 30: Estudo dos materiais e comportamentos típicos

Moléculas polares: água

• As moléculas acabam por serem atraídas umas às outras pelo efeito de dipolo.

www.alunosonline.com.br/fisica/tensao-superficial.html

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Ligações predominantes & Famílias de materiais

Ligação covalente

Semicondutores

Polímeros

Ligação metálica

Ligação iônica

Forças secundárias

Cerâmicas e vidrosMetais

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Materiais Cerâmicos

Page 33: Estudo dos materiais e comportamentos típicos

Definição e classes de materiais cerâmicosGrego: “KERAMOS” - COISA QUEIMADA

Materiais inorgânicos, excluindo os metais e suas ligas, utilizáveis após tratamento em altas temperaturas. (American CeramicSociety)

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Comportamento básico das Cerâmicas

•Material frágil

•Durável

•Resistência depende fundamentalmente de:•Porosidade•Qualidade do esqueleto

cerâmico (composição e queima)

http://drizancanaro.blogspot.com/2011/03/o-vaso-de-ceramica-mensagem-do-dia-para.html

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Constituintes principais das argilas

Argilo-minerais – silicatos hidratados de Al, Fe, Mg e K, entre outros, associados a óxidos

35geologia.byethost7.com pubs.usgs.gov

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Calcinação das argilas

The TGA–DTA curves of kaolin doi:10.1007/s10934-008-9258-z

T < 200 oC – eliminação umidade residual da moldagem

200oC < T < 400 oC – queima de matéria orgânica

573 oC – inversão quartzo a para b, expansão volumétrica

450oC < T < 600 oC – Desidroxilação caulinita, retração volumétrica

950 oC – formação espinélio e mulita a partir caulinita

1100 oC – início da fusão de feldspato e mica em fase vítrea

1200 oC – vitrificação completa, retração volumétrica máxima

Page 37: Estudo dos materiais e comportamentos típicos

Materiais poliméricos

http://cobec.com.br/principais-tipos-de-plasticos-usados-nos-produtos-e-sistemas-construtivos/

Page 38: Estudo dos materiais e comportamentos típicos

38

Molécula de polietileno

Monômero, Mero e Polímero

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Ligação covalente é direcional: influencia comportamento dos polímeros

Page 40: Estudo dos materiais e comportamentos típicos

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Copolímeros

• Homopolímero: polímero derivado de apenas uma espécie de monômero.

• Copolímero: polímero derivado de duas ou mais espécies de monômero.

Tipos de distribuição dos diferentes monômeros nas moléculas dos co-

polímeros: (a) aleatória, (b) alternada, (c) em bloco e (d) ramificada

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Características Moleculares

Extraído de Jedyn - UFPR

Page 42: Estudo dos materiais e comportamentos típicos

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Polímeros termoplásticos e termofixos

Termoplásticos• Lineares ou ramificados.

• Podem ser conformados

mecanicamente repetidas

vezes, desde que

reaquecidos (são

facilmente recicláveis).

• Parcialmente cristalinos ou

totalmente amorfos.

Termofixos• Possuem uma estrutura

tridimensional em rede com ligações

cruzadas.

• Podem ser conformados

plasticamente apenas em um estágio

intermediário de sua fabricação.

• O produto final é duro e não amolece

com o aumento da temperatura.

• Eles são insolúveis e infusíveis.

• Mais resistentes ao calor do que os

termoplásticos.

• Completamente amorfos.

Page 43: Estudo dos materiais e comportamentos típicos

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Microestrutura

Microestrutura de um polímero semi-

cristalino apresentando regiões

cristalinas e amorfas.

Page 44: Estudo dos materiais e comportamentos típicos

Termoplásticos x temperatura

•Temperatura de transição vítrea (Tg)

Abaixo da Tg:

tornam-se frágeis

< deformação térmica

< deformação elasto-plástica

Sólido cristalino

Vidro

Líquido super-resfriado

Cristalização

Líquido

Tg Tf

Temperatura

Vo

lum

e e

spe

cífi

co

Sólido semicristalino

http://ospolimeros.blogspot.com/2010_06_01_archive.html

Page 45: Estudo dos materiais e comportamentos típicos

Resposta

• Não sofre corrosão • água ou ar

• Estanqueidade

• Solubilidade reduzida• Ácidos e bases

• Isolamento• Térmico, elétrico

• Leve• Densidade entre 0,9 e 1,4 kg/dm³

• Flexíveis (com variações)

Quais características dos polímeros que contribuem para o

seu uso?

Page 46: Estudo dos materiais e comportamentos típicos

Pontos importantes

•Polímeros constituem uma família de materiais com grande amplitude comportamental

•Diferentes estruturas moleculares levam a famílias de comportamentos distintos

Page 47: Estudo dos materiais e comportamentos típicos

Kantoviscki (2011)

Page 48: Estudo dos materiais e comportamentos típicos

Elastômeros

• Cadeias amorfas em conformação espiralada

• >>> deformação elástica inicial (endireitamento das espiras)

• >>> deformação viscosa

Page 49: Estudo dos materiais e comportamentos típicos

• O processo de vulcanização consiste de reações químicas entre cadeias do

elastômero e o enxôfre (ou outro agente), adicionado na proporção de 1 a 5 %,

gerando ligações cruzadas entre cadeias conforme esquematizado abaixo:

• Borracha não-vulcanizada: mais macia, pegajosa e com baixa resistência à

abrasão.

• Borracha vulcanizada: valores maiores de módulo de elasticidade, resistência à

tração e resistência à degradação oxidativa.

Elastômeros

49

sss

Page 50: Estudo dos materiais e comportamentos típicos

50

Tensão x Deformação

Termorígido (T < Tg)

Termoplástico (T < Tg)

Termoplástico (T > Tg)

Elastômero (T> Tg)

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Metais

http://static.wixstatic.com/media/43cc43_607b9ceb24ac4f4e83400d45715ef1fd.jpg

Page 52: Estudo dos materiais e comportamentos típicos

Ligações predominantes & Famílias de materiais

Ligação covalente

Semicondutores

Polímeros

Ligação metálica

Ligação iônica

Forças secundárias

Cerâmicas e vidrosMetais

Page 53: Estudo dos materiais e comportamentos típicos

Ligação metálica

1- Uma rede de cátions metálicos num “mar” de elétrons de valência;

2- Elétrons confinados ao metal por atração eletrostática aos cátions;

3- Elétrons fluem livremente através do metal, pois nenhum elétron é localizado entre dois átomos de metal;

4- Há facilidade de condução de energia;

5- Não possui ligações definidas e mostra facilidade de deformação (maleabilidade e ductilidade).

6- Por não ser direcional, facilita arranjo cristalino.

http://www.hsctut.materials.unsw.edu.au/Bonding/bonding2e.htm

Page 54: Estudo dos materiais e comportamentos típicos

Propriedades dos metais

✓ Alta condutividade elétrica e térmica

Page 55: Estudo dos materiais e comportamentos típicos

Propriedades dos metais

✓Maleáveis

✓Dúcteis

55

http://carroceria.blogspot.com/2009/10/estampagem.html

Page 56: Estudo dos materiais e comportamentos típicos

Pergunta:Por que é mais difícil encontrar

materiais cristalinos com ligação covalente do que metálica ou iônica?

Page 57: Estudo dos materiais e comportamentos típicos

Pergunta:Como você definiria distância interatômica?

Page 58: Estudo dos materiais e comportamentos típicos

Vinculação de força e energia

força

energia

repulsão

atração

repulsão

atração

Distância interatômica

Distância interatômica

r0

E0

Page 59: Estudo dos materiais e comportamentos típicos

Átomo x Esforços Mecânicos

• Eletrosfera deformável• Compressão → aproxima os núcleos

• Tração → afasta os núcleos

• Elasticidade

• Esforço >> força de ligação• Ruptura das ligações

• Ruptura do material

força

repulsão

atração

Distância interatômicar0

Page 60: Estudo dos materiais e comportamentos típicos

Vinculação de força e energia

força

repulsão

atração

Distância interatômica

dF dr( ) r0

dF dr( ) r0

E

Page 61: Estudo dos materiais e comportamentos típicos

Influência da estrutura

Page 62: Estudo dos materiais e comportamentos típicos

Módulo de elasticidade

Definição de E

Page 63: Estudo dos materiais e comportamentos típicos

Módulo de elasticidade

0

50

100

150

200

250

300

350

400

450

0 1000 2000 3000 4000

Temperatura de fusão [°C]

du

lo d

e E

lasti

cid

ad

e,

E [

GP

a]

l igas SbPb

Aço (Fe)

l igas N i

fer ro fund ido

ligas Ti

l igas Mg

ligas Al

Mo

W

Page 64: Estudo dos materiais e comportamentos típicos

Vinculação de distância interatômica e coeficiente de dilatação térmica

energia

repulsão

atração

Distância interatômica

E0

r0

r1

r2

Page 65: Estudo dos materiais e comportamentos típicos

Vinculação de distância interatômicae coeficiente de dilatação térmica

Ener

gia

de

ligaç

ão

Ener

gia

de

ligaç

ão

Distância interatômicamédia

T4

T3

T2

T1

T0=0KT3

T2

T1

T0=0K

T4

Page 66: Estudo dos materiais e comportamentos típicos

Correlação entre E e α

Metal E αAço 210 1,2Ferro 140 1,2Bronze 110 1,8Alumínio 72 2,4Titânio 160 0,7Magnésio 4,6 2,6Estanho 5,1 2,6Chumbo 2,2 2,9Cobre 124 1,4Níquel 207 1,3Latão 4 2 0

0,5

1

1,5

2

2,5

3

3,5

0 50 100 150 200 250

Co

efic

ien

te d

e d

ilata

ção

rmic

a

Módulo de elasticidade (GPa)

Page 67: Estudo dos materiais e comportamentos típicos

Diagramas de Propriedades

Materials Selection in Mechanical DesignThird Edition

Michael F. Ashby

Page 68: Estudo dos materiais e comportamentos típicos

Energia de ligação e ponto de fusão

Ligação Substância EL (kJ/mol) Tfusão (ºC)

Iônica NaCl 640 801

MgO 1000 2800

Covalente Si 450 1410

C(diamante) 713 >3550

Metálica Fe 406 1538

W 849 3410

van der Waals

Cl2 31 -101

NH3 35 -78

Hidrogênio H2O 51 0

Page 69: Estudo dos materiais e comportamentos típicos

Pergunta:

A energia de ligação C-C, típica dos materiais poliméricos como é o caso do polietileno de alta densidade é de 345 kJ mol-1. Já a ligação

Al-Al é um pouco menor: 324 kJ mol-1. Por que então o ponto de fusão do alumínio é de 660oC

e o do PEAD é de 137oC?

Page 70: Estudo dos materiais e comportamentos típicos

Por que concreto armado?

Page 71: Estudo dos materiais e comportamentos típicos

Concreto e o AçoConcreto Aço

Forma de Ruptura Frágil Dútil

Tração Baixa Alta

Resistência fc<100MPa (compressão)

fy>250MPa (tração)

Módulo de elasticidade

<30GPa 210GPa

Durabilidade Resiste à ação da água

Sofre corrosão eletrolítica

Manutenção Baixa Pintura contra corrosão

Page 72: Estudo dos materiais e comportamentos típicos

Outras possibilidades?

•Compósitos