Estudo Dirigido sobre a Fenomenologia do Esp+¡rito de Hegel
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Estudo Dirigido sobre a Fenomenologia do Espírito de Hegel
Paollyene Paulino Rodrigues
1) Friedrich Hegel critica as ciências, como a newtoniana, que fragmentam o objeto
e que se preocupam somente com o resultado, com o particular. Segundo o
filósofo é preciso pensar no desenvolvimento e no movimento da coisa, e não
apenas nas partes como faz a anatomia.
2) A filosofia como ciência primeira deve pensar a universalidade e a totalidade,
para depois compreender as partes e, por conseguinte, o conhecimento
verdadeiro da Coisa mesma. A filosofia de Hegel assemelha-se a de Heráclito de
Efésio porque ela não esgota e efetiva o fim, a Coisa está sempre em atualização
e movimento, em um vir-a-ser constante. Portanto, a filosofia não deve ser pura
contemplação, porque tudo se torna efetivo por um processo, por uma história.
3) A importância do conceito em Hegel está no fato que a verdade só de dá no
conceito. O absoluto não é dado através da intuição (como em Fichte e
Schelling), mas na apreensão do conceito. O conceito não é representação e sim
movimento dialético: processo longo e contraditório.
4) No absoluto todos os processos estão expostos, respeitando as variações e
diferenças, pois as coisas não são iguais. Na consciência absoluta o sujeito
apreende a verdade como movimento. A verdade não é predicado e sim sujeito
porque o processo não se dá de forma estática.
5) A alienação na concepção de Hegel é um momento inevitável e necessário no
desenvolvimento da vida humana. É cisão e separação, é o sair de si para
reconhecer o outro, é ausência de nós mesmos. É abrir para o movimento, ser
para o outro, transcender. O conceito de alienação de Hegel difere do de Marx
porque é um fenômeno positivo e imprescindível para o homem.
6) 12. A ciência não se encontra com sua efetividade acabada, ainda não se
encontra totalmente desenvolvida. A comparação usada no texto é com um
carvalho, com um tronco robusto e vasta folhagem, a ciência, produto de
diversas transformações na cultura, é ainda uma bolota a se desenvolver. Esse
começo é um retorno a si mesmo, é o conceito do todo que se tornou um
conceito simples, que existem em momentos, que se desenvolvem dentro de um
ciclo, um processo tornando-se efetivos.
20. O verdadeiro é o todo, um todo que se desenvolve em direção ao Absoluto,
que é o resultado do todo; a verdade se dá somente no fim do processo. Assim o
verdadeiro é movimento, é sujeito que esta a vir-a-ser-de-si-mesmo no Absoluto.
25. Exprimindo o Absoluto como espírito, somente o ser espiritual, ou seja, o ser
que esta no Absoluto, é ser efetivo, é essência é para si mesmo. Esse ser é
substância espiritual, é para si um objeto e é objeto refletido em si. É puro
conceito. Esse espírito é a ciência, é a efetividade do Espírito.
Referências:
HEGEL, F. Fenomenologia do Espírito. Trad. Paulo Meneses. RJ: Vozes, 1999.