Estudo Dirigido Prova 2

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questo que o esclarecimento?16/05 - Segunda Prova -MATRIA

Palamedes + Scrates Apologia de Scrates Crton, ou o dever + KantLista de exerccio.ATENO: ainda que vocs estudem em grupo, respondam individualmente, cada um com suas prprias palavras e no passe suas respostas para os outros DECORAREM pois desta vez respostas semelhantes ficaro com zero.

Palamedes e Scrates

1. Quais so os pontos da defesa de Palamedes que se assemelha defesa de Scrates?2. Qual a oposio fundamental entre aquilo que est do lado de Palamedes e de Scrates e aquilo que eles dizem ser o mtodo de acusao de seus acusadores?Apologia de Scrates1. Qual a principal tarefa que Scrates segue durante toda a sua vida?2. O que Scrates mais teme na sua vida? A morte ou a desobedincia?3. Por que Scrates acredita estar certo em relao defesa que ele fez?4. Qual a causa ltima da acusao de Scrates?5. Para Scrates a morte um bem?6. Por que diziam que Scrates era irnico?

Crton e Kant

1. Scrates segue qual opinio? Justifique2. O que as leis disseram para Scrates?3. Qual a mxima de Scrates em relao justia e injustia?4. Quais so os trs exemplos de Kant para explicar o que o dever?5. Como o dever em Kant pode ser visto em relao atitude de Scrates na priso?

1. PalamedesComo Palamedes se defendeu?Quais argumentos ele se utilizou?Qual a relao do texto de Palamedes com o Elogio de Helena?

2. CritonQual a mxima socrtica na priso e qual sua importncia?Porque Scrates no quis fugir da priso?Quais so os princpios que Scrates segue?

3.Apologia de Scrates

1. Qual a principal tarefa que Scrates segue durante toda a sua vida?2. O que Scrates mais teme na sua vida? A morte ou a desobedincia?3. Por que Scrates acredita estar certo em relao defesa que ele fez?4. Qual a causa ltima da acusao de Scrates?5. Para Scrates a morte um bem?6. Por que diziam que Scrates era irnico?

4. Kant

1. O que , afinal, o esclarecimento para Kant?2. O que ousar saber para Kant?3. Qual o paradoxo da liberdade em Kant?4. Qual o poder que todos os homens possuem? Por que os homens no exercem seus poderes?1.O que , afinal, o esclarecimento para Kant?

Esclarecimento [] a sada do homem de sua menoridade,da qual ele prprio culpado. A menoridade a incapacidade de fazer uso de seuentendimento sem a direo de outro indivduo.

Em 1784, Immanuel Kant(1724-1804) publicou o seu artigo O que Esclarecimento?. Observando a forma que desenvolve seu argumento, podemos notar que Kant entende oEsclarecimentocomo umacondio morale no uma coisa, e seu sentido no pode ser restringido a saber ou conhecimento, pois a combinao do conhecimento profundo sobre um assunto especfico com a autonomia crtica do sujeito do conhecimento.

Em outras palavras, esclarecimento seria a capacidade de o homem fazer uso de seu entendimento sem uma direo externa e a menoridade de onde o entendimento almeja escapar implicaria uma situao de culpa porque supe uma espcie de demisso desta capacidade, isto , o entendimento abandonado em funo da falta de deciso ou de coragem de no se sujeitar direo de outrem. Por esta razo Kant lana mo do lema latinoSapere aude!, e prope o esclarecimento (Aufkltrung) como o atrevimento de saber, uma vez que fazer uso do prprio entendimento significa tomar uma deciso em certa medida ousada ou incomum, pois a maior parte dos homens no emerge da menoridade porque mais cmodo seguir a orientao e o pensamento dos tutores

O homem o prprio culpado dessa menoridade se a causa dela no se encontra na falta de entendimento, mas na falta de deciso e coragem de servir-se de si mesmo sem a direo de outrem.Sapere aude! Tem coragem de fazer uso de teu prprio entendimento, tal o lema doesclarecimento(KANT, 2005. p. 63-64).5. O que ousar saber para Kant?A tendncia dos homens e mulheres manterem-se na inatividade, inertes e centrados na busca do que entende ser o melhor, masapenas para si e no para toda a comunidade. Kant afirmava que os homens chegam mesmo a criar amor por sua menoridade, e que mesmo as frmulas do uso racional so grilhes para se manter os homens nesse estado. Kant, porm,diz que a liberdade um fator que pode tornar perfeitamente possvel oesclarecimento.

Logo,seresclarecidono apenas ter um "profundo" conhecimento sobre algum assunto, mas unir tal passo com a conquista da autonomia este sim, um passo moral fundamental, masapenas dado por uma minoria dos homens. Todos, potencialmente, podem "esclarecer-se", j que possuem capacidade de pensar, mas nem todos conseguem superar o medo, a preguia ou o interesse particular para alcanar a condio de esclarecimento. Ou podem adiar tal condio. Kant apenas adverte que no cabe a renncia ao esclarecimento, de si e principalmente dos demais, pois seria ferir e calcar aos ps os sagrados direitos da humanidadeO processo para se sair desse estado de minoridade est no autocontrole e na liberdade que cada indivduo deve cultivar. Somos convidados a no nos acomodar, a sair em busca do saber, por isso usa o termo latino:Sapere aude!(Ouse saber). Somente atravs dessa ousadia que podemos sair de nossa condio. Essa ousadia implica a coragem de fazer uso de teu prprio entendimento, o que como que o slogan do esclarecimento.Portanto, ser esclarecidono apenas ter um profundo conhecimento sobre um assunto (condio de Scholar), mas combinar isso com a conquista daautonomia passo moral fundamental apenas dado por uma minoria. Nesse sentido, todos potencialmente podem esclarecer-se, j que possuem capacidade de pensar, mas nem todos conseguem superar o medo, a preguia ou o interesse particular para alcanar a condio de esclarecimento.Portanto, ser esclarecido , antes de tudo, um compromisso moral com o aperfeioamento e bem-estar da sociedade, respeitando as hierarquias sociais existentes. No entanto, por medo, comodismo, oportunismo ou preguia, poucosScholarstornam-se efetivamente esclarecidos, embora tenham condies intelectuais para tanto quando esto em uso privado da razo. Neste caso, amenoridade auto-impostareverbera para um problema moral, que o oposto do pragmatismo poltico de Maquiavel(1469-1527). A indagao moral kantiana por excelncia : Tenho eu um sentimento no meramente centrado em meu interesse mas tambm um sentimento desinteressado concernente aos outros? Sim. Ora, isso um desdobramento para o mundo do princpio luterano de que toda obra deve derivar do amor a exemplo de Cristo*. Deste modo, as pessoas deixariam de ser meios para se chegar a alguma coisa (fundao do Estado, vantagens materiais, cargos, prazer sensual ou salvao da alma) e tornar-se-iam fins em si mesmas.3. Qual o paradoxo da liberdade em Kant?Atravs dos dois usos da Razo que Kant apresenta, a saber, o uso pblico e o uso privado, veremos que a liberdade se configura segundo um paradoxo: quanto maior for a liberdade civil, menor ser a liberdade de pensamento. Veremos que Kant defender que para que a liberdade de pensamento se desenvolva so necessrias leis e restries. Veremos tambm que Kant prope um modelo de restrio diferente; ser atravs da noo de autonomia que as leis sero pensadas; ou seja, o povo e, em ltima instncia, o sujeito, sero tratados enquanto legisladores. Dessa forma, as restries ou leis que estabelecem o paradoxo da liberdade so explicadas a partir de um acordo da liberdade consigo mesma, ou seja, os sujeitos s podem ampliar sua liberdade de pensamento se existirem leis que restrinjam sua liberdade civil. Veremos que Kant prope um conceito de liberdade que necessita de restries para que esta se desenvolva; este modelo de pensamento j havia sido descrito no campo epistemolgico, onde Kant defende que seu projeto filosfico consiste em fazer um uso do seu prprio entendimento em busca dos limites da Razo. A liberdade se pe segundo um paradoxo, pois so as leis que garantem sua existncia. A liberdade s possvel se existir dentro de limites que garantam a liberdade de todos os seres humanos. Os limites ou leis, surgem enquanto uma expresso da autonomia de cada sujeito ou povo. A liberdade opera segundo um acordo poltico que permite que cada um possa ser livre sem ferir o outro.Logo, se uma sociedade em processo de esclarecimento pressupe um tipo de liberdade ancorada na autonomia moral, tal liberdade relativizada pelas relaes funcionais de interdependncia dos indivduos. Enfim, segundo Kant, Voc tem liberdade de criticar as coisas em relao s quais sejaScholar(perito, segundo vocabulrio de Giddens), mas somente pode criticar se vive uma condio de autonomia funcional, condio para o uso pblico moralmente aceitvel da razo.Neste momento, Kant afirma que o processo de esclarecimento (Aufkltrung) no exige senoliberdade. E um tipo de liberdade que ele define talvez ironicamente como a mais inofensiva, a saber, a liberdade de fazer umuso pblicode sua razo em todas as questes.4. Qual o poder que todos os homens possuem? Por que os homens no exercem seus poderes?Segundo Kant, todos (homem ou mulher) podem alcanar esclarecimento sobre qualquer assunto, embora a grande maioria no queira praticar ou desenvolver talcondio moral, seja por comodismo, oportunismo, medo ou preguia. Logicamente, em seu processo social de formao (Bildung), todo indivduo vive uma situao de menoridade em algum momento ou fase de sua vida. Neste caso, amenoridade natural, pois confunde-se comimaturidade, tal como a imaturidade da semente em relao rvore que ela pode vir a ser, j que nenhuma pessoa nasce pronta. No entanto, Kantquestionaaquelas autoridades (principalmente religiosas) que, atravs do medo ou do constrangimento, mantenham seus sujeitos em menoridade quando j teriam condies intelectuais de no s-lo; eironizaaqueles sujeitos que, por comodismo, oportunismo ou preguia, vivam uma situao demenoridade auto-imposta. Portanto, ser esclarecidono apenas ter um profundo conhecimento sobre um assunto (condio de Scholar), mas combinar isso com a conquista daautonomia passo moral fundamental apenas dado por uma minoria. Nesse sentido, todos potencialmente podem esclarecer-se, j qVejamos. Todos podem alcanaras luzessobre qualquer assunto, embora a grande maioria, segundo Kant neste texto,no queira praticar ou desenvolver tal condio moral, seja por comodismo, oportunismo, medo ou preguia. Em seu processo social de formao todo indivduo vive uma situao de menoridade em algum momento ou fase de sua vida. Aqui, a menoridade natural, pois se confunde com imaturidade, talvez como a imaturidade da semente em relao rvore que ela pode vir a ser, j que nenhuma pessoa nasce pronta. Kant questiona aquelas autoridades, como as religiosas, que atravs do medo ou do constrangimento aprisionam os sujeitos em menoridade quando j teriam condies intelectuais de no estar nessa situao.

5. Quais so os trs exemplos de Kant para explicar o que o dever?Para Kant, o sujeito transcendental trata-se de uma maquinaria (aparelho cognitivo) subjetiva, universal e necessria (presente em todos os homens, em todos os tempos e em todos os lugares). Assim, todo ser saudvel possui tal aparato, formado por trs campos: a razo, o entendimento (categorias) e a sensibilidade (formas puras da intuio-espao e tempo).m Kant o dever a necessidade de uma ao por respeito lei. E uma ao por dever elimina todas as inclinaes (todo o objeto da vontade), e, portanto, s resta vontade obedecer lei prtica (baseada na mxima universal), pois trata-se de um princpio que est ligado vontade. O valor moral da ao no reside no efeito que dela se espera, pois o fundamento da vontade a representao da lei e no o efeito esperado (uma boa vontade no boa pelo que promove ou realiza, mas pelo simples querer, em si mesma).A tica kantiana a tica do dever, autocoero da razo, que concilia dever e liberdade. O pensamento do dever derruba a arrogncia e o amor prprio, e tido como princpio supremo de toda a moralidade.1. Comparao Kant e Scrates2. BREVE COMPARAO:3. Enquanto Kant se prope a ligar sua tica ao dever do homem, Aristteles faz essa conexo com a virtude. Tambm diferente de Aristteles, Kant no se baseia na busca da felicidade, fator importante para o pensador da antiguidade.4. 5. Para ambos os pensadores, o ser humano pode agir da maneira que lhe convm, deixando, porm, claro que toda sua ao tem uma reao que pode ser positiva ou negativa, trazendo benefcios ou malefcios, seja estes para este ser ou para sua sociedade.6. 7. Os dois acreditam, tambm, que, s vezes, pressionados pela tica e pela moral, fazemos coisas que no desejamos, ou no da forma que queramos, tudo isso visando um melhor estar na sociedade. Um resultado que traga benefcios para um todo, sendo ento nossa ao condicionada a esse resultado e no a nossa real vontade, mas feita com nosso total consentimento.8. 9. Apesar de pontos de vistas diferentes e de formas de aplicao completamente divergentes, tanto Kant quanto Aristteles visam um mesmo resultado, o bem comum em cima da dignidade humana. Deixam para a alma humana, para sua conscincia e para sua moral e tica as decises, mas deixam bem claro que qualquer deciso pode ser crucial para um resultado bom ou ruim para o todo.10. 11. Poderia passar paginas e paginas buscando diferenas e consensos entre os pensadores, mas assim no respeitaria as regras deste trabalho (trs laudas no mximo), ento, caso seja vontade do professor, poderemos discutir esse assunto depois e debatermos esses pontos.