Estudo Dirigido de Sociologia

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Estudo Dirigido de Sociologia Clássica Professor: Gabriel de Santis Feltran Nomes: Marina Raimundo Pires Gian Carlo Queroz Em Setembro de 2012, alguém liga para o batalhão da polícia militar em São Paulo fazendo uma denúncia anônima de que haveria um tribunal do crime em uma chácara alugada em Várzea Paulista, interior de São Paulo. Ao saberem desta informação a polícia aciona a ROTA (Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar) para que ela fosse até o local realizar a intervenção. Quando eles chegaram ao local, estava acontecendo o julgamento do PCC em que o acusado era julgado por haver supostamente cometido um abuso sexual contra uma menina. A intervenção da ROTA causou a morte de oito pessoas envolvidas no Tribunal e mais o réu, que havia justamente sido considerado inocente na reunião daquele dia e que deveria ter sido poupado pela polícia. O secretário de Segurança Pública Ferreira Pinto classificou a ação policial como legítima e afirmou que o PCC agiu de forma agressiva quando as tropas invadiram o local e por isso, da causa de suas mortes. Em Novembro de 2012 Ferreira Pinto é exonerado de seu cargo. Decompondo o caso em agentes e ações, temos nesse caso: o Primeiro Comando da Capital (PCC) que tem como objetivo julgar o criminoso de forma não legalizada pelo Estado, formando um Tribunal de Justiça ilegítimo, exercendo uma ação racional referente a fins esperando manter o controle social no território, já a polícia tem a função de intervir nessa prática do PCC não legitimada pelo estado e também impor a ordem estatal com o uso da força, a polícia exerce uma ação racional referentes a fim, esperando manter a ordem legitima. Em ambos os casos houve uma ação referentes a valores morais, pois tanto um quanto o outro partem do pressuposto que a ação que foi intermediada por eles era de cunho imoral. Dentro desse caso, as relações sociais mantidas são: de poder, dominação, julgamento para manter o controle social com a utilização de leis próprias dentro do território de domínio e a relação social de ordem, com a diferença de um ser legitimado pelo estado e outro não. Os ordenamentos legítimos demonstrados no fato narrado são: para o Estado a utiliza-se das normas burocráticas baseando-se na legislação, e para o PCC determinação de suas próprias leis e burocracia, onde essas não são legitimadas pelo

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  • Estudo Dirigido de Sociologia Clssica

    Professor: Gabriel de Santis Feltran

    Nomes: Marina Raimundo Pires

    Gian Carlo Queroz

    Em Setembro de 2012, algum liga para o batalho da polcia militar em So

    Paulo fazendo uma denncia annima de que haveria um tribunal do crime em uma

    chcara alugada em Vrzea Paulista, interior de So Paulo. Ao saberem desta

    informao a polcia aciona a ROTA (Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar) para que

    ela fosse at o local realizar a interveno.

    Quando eles chegaram ao local, estava acontecendo o julgamento do PCC em

    que o acusado era julgado por haver supostamente cometido um abuso sexual contra

    uma menina. A interveno da ROTA causou a morte de oito pessoas envolvidas no

    Tribunal e mais o ru, que havia justamente sido considerado inocente na reunio

    daquele dia e que deveria ter sido poupado pela polcia.

    O secretrio de Segurana Pblica Ferreira Pinto classificou a ao policial

    como legtima e afirmou que o PCC agiu de forma agressiva quando as tropas

    invadiram o local e por isso, da causa de suas mortes. Em Novembro de 2012 Ferreira

    Pinto exonerado de seu cargo.

    Decompondo o caso em agentes e aes, temos nesse caso: o Primeiro Comando

    da Capital (PCC) que tem como objetivo julgar o criminoso de forma no legalizada

    pelo Estado, formando um Tribunal de Justia ilegtimo, exercendo uma ao racional

    referente a fins esperando manter o controle social no territrio, j a polcia tem a

    funo de intervir nessa prtica do PCC no legitimada pelo estado e tambm impor a

    ordem estatal com o uso da fora, a polcia exerce uma ao racional referentes a fim,

    esperando manter a ordem legitima. Em ambos os casos houve uma ao referentes a

    valores morais, pois tanto um quanto o outro partem do pressuposto que a ao que foi

    intermediada por eles era de cunho imoral.

    Dentro desse caso, as relaes sociais mantidas so: de poder, dominao,

    julgamento para manter o controle social com a utilizao de leis prprias dentro do

    territrio de domnio e a relao social de ordem, com a diferena de um ser legitimado

    pelo estado e outro no.

    Os ordenamentos legtimos demonstrados no fato narrado so: para o Estado a

    utiliza-se das normas burocrticas baseando-se na legislao, e para o PCC

    determinao de suas prprias leis e burocracia, onde essas no so legitimadas pelo

  • Estado, mas acabam se legitimando pelo reconhecimento dado pelas pessoas que se

    utilizam desta organizao.

    A dominao observada no caso da polcia de carter racional, onde sua

    dominao legal e instituda por rgos estatais, e no caso do PCC observa-se a

    dominao carismtica, onde parte da sociedade reconhece certo poder de carter

    heroico, pois so eles que so acionados pelos indivduos da sociedade para

    administrar os conflitos, ao invs de acionarem a ordem legtima.

    O Estado, no ato de conter o PCC, agiu de forma legtima, com o intuito de

    mostrar que quem pode julgar algum o Estado, pois este provido de legitimidade,

    porm, os policiais na hora de realizar o ato, agiram imoralmente, pois mesmo sendo

    atribudo o Direito de utilizar da violncia, em determinadas situaes, se precipitaram

    em matar tanto os integrantes do PCC quanto o ru que, no caso, deveria ser protegido

    pelo poder pblico.