Estudo de Macro-Alocação de Ativos FUNDAÇÃO CIBRIUS 2014 - 28-11... · Esse documento apresenta...
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Estudo de Macro-Alocação de Ativos
FUNDAÇÃO CIBRIUS
Novembro de 2013
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Esse documento apresenta as hipóteses, premissas e resultados do estudo de macro-alocação de
ativos, conduzido pela ADITUS Consultoria Financeira, com base nas informações sobre o passivo
atuarial do plano de benefícios do CIBRIUS.
As informações necessárias para a realização das análises aqui apresentadas foram obtidas junto ao
CIBRIUS e a fontes diversas de mercado, quando se trata de dados públicos. A ADITUS Consultoria
Financeira não se responsabiliza por eventuais omissões ou imprecisões das informações fornecidas.
A metodologia utilizada para a realização das análises é amplamente utilizada e reconhecida pelo
mercado – tanto em âmbito nacional quanto em âmbito internacional. Entretanto, como todo modelo
com base matemática, os resultados estão sujeitos a variações no tempo e a mudanças significativas
a partir de alterações nas hipóteses adotadas. Dessa forma, sugere-se que essa análise seja utilizada
de forma cuidadosa, e que a validade das hipóteses assumidas seja constantemente verificada.
As conclusões obtidas e as ações tomadas a partir da leitura desse documento são de inteira
responsabilidade de seu usuário.
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ÍNDICE
1. INTRODUÇÃO 3
2. METODOLOGIA UTILIZADA 4
3. CARACTERÍSTICAS DO PLANO DE BENEFÍCIOS DO CIBRIUS 5
4. CENÁRIOS MACRO-ECONÔMICOS UTILIZADOS PELO ESTUDO 6
5. RESTRIÇÕES E OUTRAS PREMISSAS PARA O ESTUDO 10
6. AVALIAÇÃO DO PASSIVO ATUARIAL 11
7. RESULTADOS 12
7.1 PROBABILIDADE DE DÉFICIT 15
8. CONCLUSÕES 16
9. ANEXO: ENTENDENDO O GRÁFICO DE BOX-PLOT 20
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1. Introdução
Esse estudo visa a detalhar a análise realizada para a geração de um estudo de macro-
alocação de longo prazo para o plano de benefícios do CIBRIUS, que é do tipo Benefício
Definido (BD). A partir dos dados disponibilizados pelo CIBRIUS (fluxo do passivo
atuarial, balancete do plano de benefícios, informações da carteira de ativos, dentre
outras) e das expectativas de mercado sobre o comportamento futuro dos ativos, a
ADITUS gerou simulações, através de metodologia proprietária, que visam a encontrar a
carteira de ativos que promova, simultaneamente:
• Liquidez adequada para o plano de benefícios, tendo em vista a projeção de
entradas de recursos, de saída de recursos e de crescimento dos ativos, a partir
da rentabilidade dos mesmos;
• Rentabilidade adequada, tendo em vista a meta de rentabilidade, benchmarks
específicos ou a meta atuarial do plano de benefícios;
• Minimização da volatilidade da razão de solvência, entendendo-se por razão de
solvência a proporção entre o valor presente dos ativos e o valor do passivo
atuarial do plano de benefícios em questão.
A obtenção da carteira de ativos que satisfaça a essas condições é feita a partir da
solução de uma equação diferencial, o que garante tanto a estabilidade da solução
quanto a certeza de que se trata da melhor solução possível.
Além disso, o método se baseia na simulação de diversos cenários econômicos, e o
estudo apresenta as estatísticas relacionadas a cada cenário, o que permite verificar as
condições em que o plano de benefícios é viável, e também as probabilidades de déficit
atuarial, quando cabível, ao longo do tempo.
A seguir, resumimos as principais datas relacionadas ao presente estudo:
- Data de Realização do Estudo Nov/13
- Data-Base para Simulação dos Cenários Set/13
- Data do Passivo Atuarial Ago/12
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2. Metodologia utilizada
O objetivo do estudo de macro-alocação de ativos, no nosso caso, o ALM (sigla em inglês
para Asset Liability Management), é encontrar a combinação de ativos financeiros mais
compatíveis com as futuras obrigações atuarias da Entidade (“casamento” com os
pagamentos de pensões).
O trabalho deve ser realizado por plano de benefícios (no caso do CIBRIUS, apenas para
seu único Plano, do tipo BD), que busca encontrar uma alocação estratégica de ativos,
considerando as premissas e restrições impostas pela Entidade. Com base em modelo
próprio, que leva em conta as entradas e saídas financeiras futuras da Entidade ao longo
do tempo, avaliação e simulação de cenários econômicos e do mercado de capitais,
restrições internas da Entidade, bem como sua carteira atual de ativos, a ADITUS
realizou o presente estudo buscando assessorar o CIBRIUS na definição de uma
estratégia adequada de investimento de longo prazo.
Portanto, a ADITUS possui uma ferramenta própria que permite parametrizar algumas
regras e definir objetivos específicos, de acordo com o tipo de plano de benefícios da
Entidade, com o intuito de atender, da melhor forma possível, as peculiaridades da
Entidade.
O modelo de ALM da ADITUS é baseado num modelo estocástico de Kouwenberg1
(1998) e tem como objetivo principal a minimização do déficit dos planos de benefícios
e/ou produtos de uma Fundação ou Seguradora.
Por superávit ou déficit, entende-se a diferença entre o valor presente da carteira de
ativos e o valor presente dos benefícios futuros projetados.
A otimização é feita ao longo do tempo, considerando um horizonte de 10 a 20 anos.
Além disso, o modelo procura minimizar a oscilação da relação retorno / volatilidade da
carteira, de forma que os resultados obtidos permaneçam próximos a uma tendência
bem definida.
Para a projeção tanto da carteira quanto dos benefícios, é utilizado o modelo de
RiskMetrics ClearHorizon para a geração de cenários de indexadores financeiros. A
1 KOUWENBERG, Roy. Scenario Generation and Stochastic Programming Models for Asset
Liability Management. Econometric Institute, Erasmus University Rotterdam.
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otimização é feita para cada cenário gerado, obtendo-se, assim, uma distribuição de
valores possíveis para a carteira ótima.
Os modelos de otimização e geração de cenários são feitos utilizando-se bibliotecas
proprietárias da ADITUS e engine de cálculo da NAG, uma das mais conceituadas
empresas de software científico do mundo.
3. Características do plano de benefícios do CIBRIUS
O plano de benefícios do CIBRIUS tem como principal objetivo complementar a renda
futura de seus participantes. O participante e a empresa patrocinadora contribuem
durante o período de acumulação com uma fração dos salários de cada participante
ativo para a formação de uma poupança coletiva e solidária que será destinada ao
pagamento dos benefícios pactuados no regulamento do Plano.
Os benefícios a serem pagos seguem uma regra que depende do salário (real) médio
percebido por cada participante em um período pré-determinado antes da concessão do
benefício. Os salários reais dos participantes geralmente crescem durante o período de
atividade. Isso faz com que as contribuições no início da carreira incidam sobre salários
geralmente mais baixos que a média dos salários finais, sobre a qual se calculam os
benefícios. Em decorrência disso, a premissa de crescimento salarial dos participantes
do Plano precisa refletir a realidade para que o Plano tenha condições de arcar com os
benefícios de seus participantes. Por esse mecanismo, a premissa de crescimento
salarial costuma ser uma fonte potencial de problemas de solvência nos Planos do tipo
BD.
As contribuições para o Plano são estabelecidas de tal modo que o volume dos recursos
acumulados ao longo do tempo seja suficiente para arcar com os custos dos benefícios
futuros projetados para todo o grupo. A poupança coletiva assim formada compõe os
ativos de investimento do Plano.
A compreensão da dinâmica do passivo atuarial é requisito fundamental para a
elaboração do estudo de ALM, uma vez que o problema que se tem a resolver decorre
diretamente da existência de obrigações. O passivo é, portanto, a razão de ser de todo
este trabalho, e entendê-lo é a primeira condição para a elaboração do estudo de ALM.
O valor presente dos benefícios futuros é estimado pelo atuário do CIBRIUS como
"Reservas Matemáticas". No cálculo das reservas e das contribuições, várias hipóteses
são assumidas como premissas. Essas hipóteses podem ou não se confirmar, por isso o
processo de reavaliação atuarial deve ser feito anualmente para que diferenças
sistemáticas não se acumulem ao longo do tempo.
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As contribuições são ajustadas periodicamente (para mais ou para menos) de modo a
buscar-se o equilíbrio do Plano. As obrigações do Plano BD são contabilizadas em seu
balanço patrimonial e no da Patrocinadora, segundo as respectivas normas e
orientações contábeis.
4. Cenários macro-econômicos utilizados pelo estudo
Em função da necessidade de projeção do comportamento dos diversos ativos elegíveis
pelo CIBRIUS para a realização deste estudo, para a construção da carteira ótima, é
necessário estabelecer cenários de retorno e de volatilidade para esses ativos. Entende-
se por “ativos elegíveis” os ativos (investimentos) que serão passíveis de aplicação pelo
CIBRIUS, dentre aqueles permitidos pela regulamentação aplicável aos fundos de pensão
(atualmente a Resolução CMN 3.792) e pela Política de Investimento da Entidade.
Nesse sentido, a construção do cenário se baseia tanto em dados históricos quanto em
projeções atuais de mercado. Temos, portanto, que considerar na nossa análise:
• Volatilidade dos ativos: baseadas em séries históricas;
• Correlações entre os ativos: baseadas em séries históricas;
A expectativa de retorno futuro dos ativos foi constituída com base em:
• Projeções de mercado para taxas de juros nominais e reais;
• Avaliação de spread histórico entre as diversas classes de ativos;
• Metas de rentabilidade estabelecidas pela Política de Investimentos do CIBRIUS,
para os diversos segmentos de aplicação.
Portanto, para a simulação dos cenários, devemos considerar todas essas variáveis.
Considerando as projeções do mercado financeiro, o prêmio histórico das classes de
ativos consideradas nesse estudo, bem como a visão da ADITUS para o comportamento
do mercado nos próximos anos, construímos o Gráfico a seguir, que mostra o retorno
esperado para o IPCA, CDI, IBR-X (Índice de Bolsa) e IMA-B (Índice que reflete as NTN-B´s
de mercado), que foram utilizados para a geração dos cenários nesse estudo:
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Gráfico 1: retorno esperado por classe de ativo (base: Set/13)
Observarmos, então, uma ligeira tendência de queda dos retornos esperados para as
classes de ativos acima considerados, ao longo dos anos. No caso da Bolsa (IBR-X),
utilizamos o prêmio histórico acima do CDI. Com base no retorno esperado das classes
de ativos e na volatilidade histórica das mesmas, construímos os Gráficos a seguir.
Foram realizadas 1.000 simulações, em que a carteira da Entidade foi avaliada.
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Gráfico 2: cenários resultantes para o CDI (base: Set/13)
Gráfico 3: cenários resultantes para o IBR-X (base: Set/13)
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Gráfico 4: cenários resultantes para o IPCA (base: Set/13)
Gráfico 5: cenários resultantes para o IMA-B (base: Set/13)
Os Gráficos acima são conhecidos como “Box-Plot” (vide Anexo) e mostram as
dispersões das séries de retorno das classes acima ao longo dos anos. O Anexo deste
documento apresenta, através de um exemplo hipotético, as medidas estatísticas
apresentadas por este tipo de análise.
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No nosso caso, os Box-Plot acima mostram as dispersões dos retornos simulados para
cada classe de ativos considerada. Portanto, temos, para cada classe, informações dos
possíveis retornos das mesmas ao longo dos anos (e informações sobre o retorno
mínimo, máximo, mediana etc, que foram resultantes das simulações).
5. Restrições e outras premissas para o estudo
A construção da carteira se baseia também em premissas relacionadas à sua composição
– em última análise, em restrições ou limitações às alocações em determinados
segmentos, tanto estabelecidas pela legislação aplicável aos fundos de pensão como
pela Política de Investimento do CIBRIUS. Além das restrições legais, que se aplicam a
todos os planos de benefícios, de qualquer modalidade, é necessário estabelecer
restrições para a adequação da carteira à Política de Investimento ou mesmo às
expectativas da Entidade.
Ao longo desse estudo, as seguintes restrições foram utilizadas:
• Não alocação em papéis longos, com vencimentos superiores a 2022, por restrição
interna do CIBRIUS;
• As classes de Imóveis e de Operações com Participantes não podem ser alteradas,
isto é, o estudo não pode sugerir investimento ou desinvestimento nessas classes,
em função da dificuldade da modelagem (simulação de cenários) e da peculiar
característica dessas classes de ativos;
• A alocação inicial da carteira deve ser respeitada – não se podem fazer mudanças
bruscas em relação à alocação atual da carteira no primeiro instante de tempo.
Além disso, as seguintes restrições em relação ao percentual investido foram utilizadas:
Tabela 1: Limites de alocação
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Para a taxa de reinvestimento ao longo do tempo foi considerado o CDI, premissa
bastante conservadora.
6. Avaliação do Passivo Atuarial
O passivo atuarial foi calculado de acordo com as premissas elaboradas pelo CIBRIUS. De
acordo com estas premissas, o passivo atuarial foi corrigido à INPC + 5%, a saber:
Gráfico 6: passivo atuarial (base: Agosto/12)
O Gráfico acima mostra a evolução das receitas (contribuições) e despesas (pagamento
de benefícios) geradas pelo Atuário do CIBRIUS. Podemos observar que o Plano do
CIBRIUS é maduro, ou seja, as despesas são superiores as receitas. Portanto, o CIBRIUS
deverá buscar essa diferença através do ganho gerado pelos investimentos da Entidade
ao longo dos anos, bem como pelo estoque atual de Ativos Financeiro investidos pela
Entidade. O estudo de ALM buscará encontrar a forma mais eficiente (carteira ótima)
para atender essa necessidade.
Obs: Lembramos que, no estudo de ALM não foi considerado o aporte financeiro a ser
efetuado pela Patrocinadora CONAB, relativo à contratação do restante da dívida
referente ao “serviço passado”, ora em negociação com a citada Patrocinadora e Órgãos
Reguladores do Governo.
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7. Resultados
Apresentaremos, nessa seção, um resumo dos resultados obtidos pelo estudo descrito
ao longo desse documento.
A Tabela a seguir apresenta a alocação sugerida para o Plano do CIBRIUS:
Tabela 2: alocação eficiente (carteira proposta)
Para cada cenário simulado, e considerando o passivo atuarial e as restrições
estabelecidas, foi gerada pelo estudo uma carteira ótima (eficiente). A alocação
proposta acima é a média das carteiras ótimas.
Portanto, a carteira sugerida percentual deve ser considerada para fins de alocação. O
Gráfico abaixo apresenta a carteira sugerida:
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Gráfico 7: carteira atual x proposta
A Tabela a seguir apresenta a sugestão de macro-alocação para o Mandato Renda Fixa
na Curva, considerando cada título utilizado para esse mandato:
Tabela 3: sugestão de macro-alocação (renda fixa curva)
O Gráfico abaixo apresenta o mandato carteira de renda fixa curva sugerida:
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Gráfico 8: mandato carteira renda fixa curva (atual x sugerida)
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7.1 Probabilidade de Déficit
A seguir estão disponibilizadas no Gráfico a probabilidade de Déficit e Déficit
médio para a simulação, resultado do estudo de ALM.
Gráfico 9: déficit médio x probabilidade de déficit
Considerando a alocação ótima (proposta pelo estudo) podemos observar no
Gráfico acima a probabilidade de déficit e déficit médio que a mesma pode gerar
ao longo dos anos.
Observarmos que a partir do 6º/7º anos a probabilidade de déficit começa a cair,
considerando os resultados do Estudo. O déficit médio também é decrescente ao
longo dos anos, o que é satisfatório.
7.2 Evolução Ativo x Passivo
Os Gráficos abaixo apresentam a evolução do Ativo (carteira sugerida) e do
Passivo ao longo do tempo:
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Gráfico 10: evolução do Ativo (carteira sugerida)
Gráfico 11: evolução do Passivo
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7.3 Razão de Solvência
Apresentamos, a seguir, a razão da solvência, que considera o valor presente dos
ativos sobre o valor presente do passivo atuarial, portanto, reflete o nível de
cobertura do passivo pelos ativos do plano.
A razão se resume à seguinte fórmula:
Gráfico 12: evolução da razão de solvência ao longo do tempo
Observarmos no gráfico acima que fica mais evidente, a partir do 10º ano, em
alguns cenários possíveis, uma razão de solvência positiva, apesar da baixa
probabilidade de isso ocorrer. Lembramos que, no estudo de ALM não foi
considerado o aporte financeiro a ser efetuado pela Patrocinadora CONAB, relativo à
contratação do restante da dívida referente ao “serviço passado”, ora em negociação
com a citada Patrocinadora e Órgãos Reguladores do Governo. Isso gera, “de largada”,
um déficit extremamente elevado para a Entidade. Mesmo assim, a alocação sugerida
pelo estudo ao longo do tempo melhora a condição de solvência do Plano, como mostra
o gráfico acima.
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7.4 Evolução Carteira Sugerida
Por fim, apresentamos abaixo a evolução da carteira sugerida nos próximos 10 anos,
considerando as diversas classes de ativos do Estudo:
Gráfico 13: evolução da carteira sugerida ao longo do tempo
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8. Conclusões
O estudo de ALM buscou, para cada cenário simulado, e considerando o passivo atuarial
e as restrições estabelecidas pelo CIBRIUS, uma carteira ótima (eficiente). A alocação
proposta foi a média das carteiras ótimas.
A metodologia que adotamos considerou a minimização da volatilidade do
descasamento entre retorno dos investimentos e a meta atuarial (no nosso caso, a taxa
atuarial considerada foi de 5% ao ano).
De maneira geral, constatamos que:
• Observarmos que parte da carteira atual do CIBRIUS já provê grande parcela do
retorno necessário nos próximos anos. O CIBRIUS possui em sua carteira, NTN-
B´s que rendem bem acima do INPC + 5% ao ano. Além disso, os novos ativos
sugeridos também oferecem um acréscimo de rentabilidade;
• Em função do cenário macro-econômico projetado, nota-se que a carteira ótima
tende a assumir maior grau de risco, em relação ao que se observa atualmente;
no entanto, observarmos que a carteira ótima resultante reduz a probabilidade
de déficit atuarial ao longo do tempo, bem como melhora os indicadores de
solvência do Plano (observarmos que a razão de solvência é crescente ao longo
do tempo);
• Existem alocações em outras classes de ativos, assim como Crédito IPCA e CDI,
Fundos Imobiliários e FIDCs; Em relação à carteira atual, o ALM sugere
acréscimo de títulos de crédito privado (em menor proporção), de fundos do
segmento estruturados (em maior proporção) e Bolsa (em maior proporção).
Para a alocação em tais segmentos, o Estudo sugere a venda de algumas NTNB-s
que estão na carteira da Entidade.
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8. Anexo: entendendo o Gráfico de Box-Plot
No nosso exemplo, o gráfico de Barras ou Box-Plot abaixo compara o
desempenho de uma classe de ativos (ou fundo) com algumas medidas
estatísticas definidas a partir do mercado, isto é, permite confrontar o retorno
(que foi o índice utilizado nesse exemplo), relativamente ao valor mínimo,
primeiro quartil, mediana ou segundo quartil, terceiro quartil, valor máximo e
outras medidas de posição relativas. Os dois gráficos abaixo mostram um
exemplo de Box-Plot para um fundo de investimento hipotético:
0
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
Fundo Simulado -----
Box-plot de um fundo simulado
RE
TOR
NO
Valor Mínimo
Valor Máximo
Mediana
o1 Quartil (25%)
o3 Quartil (75%)
0
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
Fundo Simulado -----
Box-plot de um fundo simuladoR
ISC
O
Valor Mínimo
Valor Máximo
Mediana
o1 Quartil (25%)
o3 Quartil (75%)
Observando o Box-Plot de retorno acima, podemos notar que o fundo simulado
está próximo ao valor máximo da caixa, ou seja, muito próximo ao melhor
retorno da categoria. Se ele estivesse no 3º quartil ele estaria com um retorno
entre os 25% mais alto da categoria. Se ele estivesse no 1º quartil ele estaria com
um retorno entre os 25% mais baixo da categoria. Caso contrário, se ele estivesse
próximo do valor mínimo, tal fundo apresentaria um dos piores retornos dentro
da categoria analisada. Portanto, verificamos que o fundo de nosso exemplo
apresentou um nível de retorno acima da mediana dos retornos dos outros
fundos de sua categoria e um nível de risco baixo quando comparado à mediana
dos riscos desses mesmos fundos. Podemos concluir, então, que o fundo
simulado apresentou um bom desempenho, para o período de análise, em
termos de retorno X risco se comparado aos demais fundos de sua categoria. É
importante ressaltar que tal análise considera apenas fundos de uma mesma
categoria, ou seja, não faz sentido comparar fundos de renda fixa ativo com
fundos de renda fixa passivo, ou fundos cambiais com fundos de renda variável,
por exemplo. Outra observação importante é que podemos construir um único
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Box-Plot, ou vários Box-Plots (por exemplo, Box-Plots semanais ou mensais), para
o período em questão.