ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA - vilavelha.es.gov.br de Uso Misto... · Anuência do...

126
CITTÁ ENGENHARIA 1 ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA Vila Velha 2016

Transcript of ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA - vilavelha.es.gov.br de Uso Misto... · Anuência do...

Page 1: ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA - vilavelha.es.gov.br de Uso Misto... · Anuência do proprietário quanto à elaboração do EIV em sua propriedade em que este esteja ciente de

CITTÁ ENGENHARIA

1

ESTUDO DE IMPACTO DE

VIZINHANÇA

Vila Velha

2016

Page 2: ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA - vilavelha.es.gov.br de Uso Misto... · Anuência do proprietário quanto à elaboração do EIV em sua propriedade em que este esteja ciente de

CITTÁ ENGENHARIA

2

LISTA DE QUADROS

Quadro 1 Identificação do Empreendimento ............................................................. 9

Quadro 2 Identificação do Empreendedor ............................................................... 10

Quadro 3 Equipe Técnica Responsável .................................................................. 10

Quadro 4 Estações de Tratamento de Água (ETA) – Sistema Jucu ......................... 34

Quadro 5 Bacias Hidrográficas ................................................................................. 36

Page 3: ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA - vilavelha.es.gov.br de Uso Misto... · Anuência do proprietário quanto à elaboração do EIV em sua propriedade em que este esteja ciente de

CITTÁ ENGENHARIA

3

LISTA DE TABELAS

Tabela 1 Índices Urbanísticos ................................................................................... 16

Tabela 2 Quadro resumo do empreendimento ......................................................... 17

Tabela 3 Quadro de áreas do projeto ....................................................................... 18

Tabela 4 Dados Populacionais - Região I ................................................................. 26

Tabela 5 Densidade Demográfica - Região I ............................................................ 27

Tabela 6 Uso e Ocupação do Solo: Agrupamento de Lotes por Gabarito ............... 28

Tabela 7 Linhas de ônibus e capacidade instalada (CETURB) ................................ 49

Tabela 8 Classificação dos Níveis de serviço .......................................................... 72

Tabela 9 Empreendimentos pesquisados: determinação do tráfego futuro ............. 74

Tabela 10 Viagens por Bicicleta como modo principal .............................................. 75

Tabela 11 Demanda de vagas estacionamento interno ........................................... 77

Tabela 12 Faixas de concentração dos poluentes ................................................... 82

Tabela 13 Qualidade do Ar na Grande Vitória em 7/6/2016 ..................................... 82

Tabela 14 Classificação e identificação dos resíduos sólidos produzidos ............. 101

Tabela 15 Acondicionamento Inicial de Resíduos no Canteiro de Obras .............. 103

Tabela 16 Lista de empresas licenciadas transportadoras de RDC ...................... 110

Tabela 17 Padronização Internacional de Cores-Resolução 275 do CONAMA...... 111

Tabela 18 Identificação Resíduos Sólidos – Fase operação ................................. 114

Tabela 19 Níveis de Potência sonora de equipamentos usados nos canteiros ..... 116

Page 4: ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA - vilavelha.es.gov.br de Uso Misto... · Anuência do proprietário quanto à elaboração do EIV em sua propriedade em que este esteja ciente de

CITTÁ ENGENHARIA

4

LISTA DE FIGURAS

Figura 1 Mapa AID de Uso e Ocupação ................................................................... 25

Figura 2 Área de Influência Viária e Interseções ..................................................... 46

Figura 3 Divisão Modal População Fixa e Flutuante ................................................ 78

Figura 4 Região Administrativa I ............................................................................... 88

Figura 5 Bombonas de 50l para Acondicionamento Inicial dos Resíduos ............. 105

Figura 6 Big Bag em Suporte Metálico .................................................................. 106

Figura 7 Big Bag em Suporte de Madeira ............................................................. 106

Figura 8 Baia Móvel Metálica com Suporte para Transporte ................................. 107

Figura 9 Baia Móvel de Madeira ............................................................................ 108

Figura 10 Baia Fixa ................................................................................................ 108

Figura 11 Caçamba Estacionária ........................................................................... 109

Figura 12 Padronização dos Adesivos para Sinalização ....................................... 111

Page 5: ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA - vilavelha.es.gov.br de Uso Misto... · Anuência do proprietário quanto à elaboração do EIV em sua propriedade em que este esteja ciente de

CITTÁ ENGENHARIA

5

LISTA DE FOTOS

Foto 5.2.2-1 Ponto de ônibus 01 - Rua Hugo Musso ............................................... 50

Foto 5.2.2-2 Ponto de ônibus 02 - Rua Hugo Musso ................................................ 51

Foto 5.2.2-3 Ponto de ônibus 03 - Rua Hugo Musso ................................................ 52

Foto 5.2.2-4 Ponto de ônibus 04 - Rua Hugo Musso ................................................ 53

Foto 5.2.2-5 Ponto de ônibus 05 - Rua São Paulo .................................................... 54

Foto 5.2.2-6 Ponto de ônibus 06 - Rua São Paulo .................................................... 55

Foto 5.2.2-7 Ponto de ônibus 07 - Rua São Paulo .................................................... 56

Foto 5.2.2-8 Ponto de ônibus 08 - Rua São Paulo .................................................... 57

Foto 5.2.2-9 Ponto de ônibus 09 - Av. Jair de Andrade ............................................ 58

Foto 5.2.2-10 Ponto de ônibus 10 - Rua Romero Botelho (Rua Curitiba) ................. 59

Foto 5.2.2-11 Ponto de ônibus 11 - Rua Ceará ......................................................... 60

Foto 5.2.2-12 Ponto de ônibus 12 - Avenida Gil Veloso ............................................ 61

Foto 5.2.5-13 Detalhamento do ponto de táxi em frente ao Edifício Pasárgada ....... 63

Foto 5.2.5-14 Detalhamento do ponto de táxi em frente a Grand Construtora .......... 63

Page 6: ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA - vilavelha.es.gov.br de Uso Misto... · Anuência do proprietário quanto à elaboração do EIV em sua propriedade em que este esteja ciente de

CITTÁ ENGENHARIA

6

SUMÁRIO

1 INFORMAÇÕES GERAIS ..................................................................................... 9

1.1 Identificação do empreendimento .................................................................. 9

1.2 Identificação do empreendedor .................................................................... 10

1.3 Equipe técnica responsável pelo Estudo de Impacto de Vizinhança ........... 10

2 DOCUMENTAÇÃO DO EMPREENDIMENTO ................................................... 11

3 CARACTERIZAÇÃO DO EMPREENDIMENTO ................................................. 12

3.1 Procedimento e planejamento para execução da obra ................................ 13

3.1.1 Instalação do Canteiro de Obras ........................................................... 13

3.1.2 Horário de Carga e descarga de materiais ............................................ 13

3.1.3 Cronograma de execução da obra ........................................................ 14

3.2 Características gerais de operação do empreendimento ............................. 15

3.2.1 Logística de movimentação de carga .................................................... 16

3.3 Projeto arquitetônico .................................................................................... 16

3.3.1 Parâmetros urbanísticos ........................................................................ 16

3.3.2 Descrição ............................................................................................... 18

3.4 Infraestrutura do empreendimento ............................................................... 21

3.4.1 Drenagem de Águas Pluviais ................................................................ 21

3.4.2 Fornecimento de Energia Elétrica .......................................................... 21

3.4.3 Abastecimento de Água ......................................................................... 22

3.4.4 Esgotamento Sanitário .......................................................................... 23

3.4.5 Gerenciamento de Resíduos Sólidos .................................................... 23

4 DIAGNÓSTICO DO AMBIENTE URBANO NA AID-URBANÍSTICA ................... 25

4.1 Uso e ocupação do solo na Área de Influência Direta (AID) ........................ 25

4.1.1 Uso do solo ............................................................................................ 28

4.1.2 Gabarito (lote a lote na AID- Uso de Ocupação do Solo) ...................... 28

4.2 Estudos sobre a paisagem urbana na AID ................................................... 29

4.2.1 Ventilação e Iluminação no entorno ....................................................... 31

4.3 Caracterização da Infraestrutura Urbana e dos Equipamentos Públicos Comunitários. ......................................................................................................... 32

4.3.1 Infraestrutura urbana ............................................................................. 32

4.3.2 Mobiliário urbano ................................................................................... 40

4.3.3 Equipamentos públicos comunitários .................................................... 40

5 DIAGNÓSTICO VIÁRIO DE SISTEMA DE TRANSPORTE E CIRCULAÇÃO NA AID. ........................................................................................................................... 44

5.1 Caracterização física e operacional das vias de acesso na AID – Viária e Interseções ............................................................................................................ 45

Page 7: ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA - vilavelha.es.gov.br de Uso Misto... · Anuência do proprietário quanto à elaboração do EIV em sua propriedade em que este esteja ciente de

CITTÁ ENGENHARIA

7

5.1.1 Vias de acesso ...................................................................................... 47

5.1.2 Sinalização viária ................................................................................... 47

5.1.3 Tempos semafóricos e plano de fases. ................................................. 47

5.2 Transporte coletivo ....................................................................................... 47

5.2.1 Pontos de ônibus e táxi ......................................................................... 48

5.2.2 Pontos de ônibus no entorno imediato .................................................. 48

5.2.3 Avaliação dos pontos de ônibus ............................................................ 49

5.2.4 Trajeto de pedestres .............................................................................. 61

5.2.5 Pontos de táxi ........................................................................................ 62

5.3 Determinação da demanda viária atual na AID - Viária e Interseções ......... 64

5.3.1 Levantamentos e pesquisas de campo ................................................. 64

5.3.2 Metodologias nas pesquisas e contagens ............................................. 64

5.3.3 Contagem volumétrica direcional e seletiva de tráfego ......................... 72

5.3.4 Volume na hora pico atual ..................................................................... 72

5.3.5 Capacidade viária e nível de serviço atual ............................................ 73

5.3.6 Avaliação da Demanda Atual de Bicicletas ........................................... 73

5.4 Determinação do tráfego futuro gerado na AID ............................................ 73

5.4.1 Rotas de acesso e saída ....................................................................... 74

5.4.2 Determinação dos volumes de tráfego futuro ........................................ 74

5.4.3 Planta de distribuição do tráfego ........................................................... 75

5.4.4 Determinação do nível de serviço futuro ............................................... 75

5.4.5 Avaliação da demanda por bicicletas .................................................... 75

5.5 Dimensionamento das áreas internas .......................................................... 76

5.5.1 Vagas de Estacionamento internas, áreas de embarque e desembarque, carga e descarga de veículos ............................................................................. 76

5.6 Circulação de Pedestres, Demanda de Táxi e Demanda de Transporte Coletivo .................................................................................................................. 78

5.7 Compatibilidade dos Acessos. ..................................................................... 79

6 DIAGNÓSTICO AMBIENTAL ............................................................................. 80

6.1 Caracterização Ambiental ............................................................................ 80

6.1.1 Clima ..................................................................................................... 80

6.1.2 Qualidade do ar ..................................................................................... 80

6.1.3 Recursos hídricos .................................................................................. 83

6.1.4 Topografia ............................................................................................. 84

6.1.5 Fauna e Flora ........................................................................................ 84

6.1.6 Área de preservação ............................................................................. 85

6.1.7 Aspectos Socioeconômicos ................................................................... 86

Page 8: ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA - vilavelha.es.gov.br de Uso Misto... · Anuência do proprietário quanto à elaboração do EIV em sua propriedade em que este esteja ciente de

CITTÁ ENGENHARIA

8

6.1.8 Uso e ocupação do solo ........................................................................ 89

7 IDENTIFICAÇÃO DOS IMPACTOS URBANOS, VIÁRIO E AMBIENTAIS ......... 91

7.1 Impacto Urbano ............................................................................................ 91

7.1.1 Uso e ocupação do solo ........................................................................ 91

7.1.2 Equipamentos Públicos e Infraestrutura ................................................ 94

7.1.3 Reflexo da Implantação do Empreendimento na AID ............................ 94

7.2 Transportes e Circulação ............................................................................. 95

7.3 Impacto Ambiental........................................................................................ 98

7.3.1 Terraplenagem, Dragagem e Desmonte de Rocha ............................... 99

7.3.2 Supressão de Vegetação ...................................................................... 99

7.3.3 Resíduos sólidos ................................................................................... 99

7.3.4 Efluentes líquidos ................................................................................ 115

7.3.5 Ruído e vibrações ................................................................................ 115

7.3.6 Emissões atmosféricas ........................................................................ 116

7.3.7 Meios físico, biótico e antrópico ........................................................... 117

8 MEDIDAS MITIGADORAS, DE CONTROLE E COMPENSATÓRIAS.............. 118

8.1 Uso e Ocupação do Solo e Infraestrutura Urbana ..................................... 118

8.2 Paisagem urbana e patrimônio natural e cultural ....................................... 118

8.3 Reflexo da Implantação do Empreendimento na AID ................................ 119

8.4 Infraestrutura e equipamentos comunitários .............................................. 119

8.5 Equipamentos de Uso Público ................................................................... 119

8.6 Espaços livres de Uso Público ................................................................... 119

8.7 Transportes e Circulação ........................................................................... 119

8.8 Qualidade Ambiental .................................................................................. 120

9 CONCLUSÃO E RECOMENDAÇÕES ............................................................. 122

10 REFERÊNCIAS ................................................................................................. 123

11 ANEXOS ........................................................................................................... 125

Page 9: ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA - vilavelha.es.gov.br de Uso Misto... · Anuência do proprietário quanto à elaboração do EIV em sua propriedade em que este esteja ciente de

CITTÁ ENGENHARIA

9

1 INFORMAÇÕES GERAIS

O presente documento apresenta o Estudo de Impacto de Vizinhança (EIV) referente

ao empreendimento Piazza Citta Life & Business, localizado na Rua São Paulo

esquina com a Rua Erothildes Pena Medina e com a Rua Pará, Bairro Praia da

Costa – Vila Velha – ES, CEP. 29101-300, a ser edificado pela empresa CITTA

ENGENHARIA LTDA, pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ/MF sob

número 39.630.041/0001-05, estabelecida na Rua São Paulo, número 1845, Praia

da Costa, Vila Velha, ES.

Este estudo apresenta o empreendimento no que tange as suas características

urbanísticas e soluções de engenharia, objetivando uma compatibilização entre

urbanização, geração de tráfego e conforto ambiental, bem como analisará os

efeitos positivos e negativos do empreendimento sobre a qualidade de vida da

população residente ou usuária das áreas no entorno do mesmo.

As análises formuladas condicionam-se àquelas estipuladas pela legislação federal,

Lei Federal nº 10.257/01, também conhecida como Estatuto das Cidades, à Lei

Municipal 4.575/07– Plano Diretor Municipal de Vila Velha, e alterações, bem como

normatização ambiental vigente.

1.1 Identificação do empreendimento

Quadro 1 Identificação do Empreendimento

Empreendimento Uso Misto, Edifício Residencial e Comercial

Razão Social Piazza Citta Life & Business

Endereço Rua São Paulo esquina com a Rua Erothildes Pena

Medina e com a Rua Pará, Bairro Praia da Costa– Vila

Velha – ES, CEP. 29101-300

Descrição Constituído por duas torres sendo, subsolo 01 e 02

(garagem 01 e 02), semi-subsolo (garagem 03), 1º

pavimento (Térreo lojas); Torre residencial: 2º pavimento:

4 apartamentos (2 quartos) e 3 apartamentos (3 quartos)

e lazer; 3º ao 12º pavimento: 8 apartamentos (2 quartos)

e 4 apartamentos (3quartos); 13º pavimento: técnico;

Torre comercial: 2º ao 12º pavimento: 22 salas por andar;

13º pavimento: técnico;

Área Total do Terreno (m²) 4.229,91

Page 10: ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA - vilavelha.es.gov.br de Uso Misto... · Anuência do proprietário quanto à elaboração do EIV em sua propriedade em que este esteja ciente de

CITTÁ ENGENHARIA

10

CNPJ -

Responsável Técnico pelas Obras Pedro Henrique Puppim

CREA ES 1600/D

1.2 Identificação do empreendedor

Quadro 2 Identificação do Empreendedor

Razão Social CITTA ENGENHARIA LTDA

Endereço Av. São Paulo, 1845, Praia da Costa, Vila Velha - ES,

29101-300

CNPJ 39.630.041/0001-05

Responsável Legal Roberto Targino Puppim

CPF 952.860.557-53

Telefone (27) 2121-6900

E-mail [email protected]

1.3 Equipe técnica responsável pelo Estudo de Impacto de Vizinhança

Quadro 3 Equipe Técnica Responsável

NOME MAURICIO CEOTTO BRANDÃO

ENDEREÇO Rua Henrique Moscoso, 244, sala 105 – Praia da Costa – Vila Velha – ES. CEP: 29.101-330

CREA ES-003468/D

TELEFONE (27) 3340-6410

NOME INGRID MOREIRA AMORIM

ENDEREÇO Rua Henrique Moscoso, 244, sala 105 – Praia da Costa – Vila Velha – ES. CEP: 29.101-330

CREA ES-037751/D

TELEFONE (27) 3340-6410

NOME MARIANA DONATELLI FIGUEIRA

ENDEREÇO Rua Henrique Moscoso, 244, sala 105 – Praia da Costa – Vila Velha – ES. CEP: 29.101-330

CREA ES-033391/D

TELEFONE (27) 3340-6410

NOME ROSÁLIA BROSEGHINI

ENDEREÇO Rua Henrique Moscoso, 244, sala 105 – Praia da Costa – Vila Velha – ES. CEP: 29.101-330

CAU 164282-0

TELEFONE (27) 3340-6410

Page 11: ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA - vilavelha.es.gov.br de Uso Misto... · Anuência do proprietário quanto à elaboração do EIV em sua propriedade em que este esteja ciente de

CITTÁ ENGENHARIA

11

2 DOCUMENTAÇÃO DO EMPREENDIMENTO

Certidão de Ônus atualizada do terreno, emitida pelo Cartório de Registro de

Imóveis – anexo 35;

Consulta Prévia de Uso e Ocupação do Solo emitida pela Gerência de

Consulta Prévia – SEMDU para as atividades pretendidas – anexo 36;

Anuência do proprietário quanto à elaboração do EIV em sua propriedade em

que este esteja ciente de que a aprovação do referido Estudo poderá implicar

em restrições de uso e ocupação do terreno – anexo 37;

Protocolo de abertura de processo de licenciamento ambiental junto ao órgão

ambiental competente – anexo 38;

Carta de Viabilidade CESAN – Abastecimento de Água – anexo 7;

Carta de Viabilidade CESAN – Esgotamento Sanitário – anexo 8;

Carta de Viabilidade EDP Escelsa (Conta de Energia) – anexo 6;

Ofício Viabilidade Técnica de Infraestrutura de Drenagem de Águas Pluviais –

anexo 5;

Projeto Arquitetônico – anexo 1;

Anotação de Responsabilidade Técnica – ART do responsável pela

Elaboração do EIV, com o comprovante de arrecadação – anexo 39.

Page 12: ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA - vilavelha.es.gov.br de Uso Misto... · Anuência do proprietário quanto à elaboração do EIV em sua propriedade em que este esteja ciente de

CITTÁ ENGENHARIA

12

3 CARACTERIZAÇÃO DO EMPREENDIMENTO

A área do empreendimento está localizada no município de Vila Velha, integrante da

Região Metropolitana da Grande Vitória. Insere-se na porção nordeste do citado

município, em sua sede urbana, no bairro Praia da Costa, próximo à 3ª Ponte, que

faz ligação com o município de Vitória. Encontra-se em Bairro privilegiado, sendo

atendido por infraestrutura viária que favorecerá o deslocamento urbano e regional.

Ressalta-se ainda que a localização do Piazza Città Life & Business é privilegiada

uma vez que se encontra próximo ao Centro, sem, no entanto, impactar de forma

direta ao fluxo intenso existente nesta área. O mesmo estará situado na Rua São

Paulo, esquina com a Rua Erothildes Pena Medina e Rua Pará. Já o acesso ao

empreendimento, segundo projeto arquitetônico, será realizado pela Rua Erothildes

Pena Medina e a saída pela Rua Pará. O empreendimento compreende duas torres,

uma de uso residencial e uma de uso comercial, totalizando 7.310,00m² de salas

comerciais, 7.494,68m² de apartamentos e 1.900,00m² destinado à lojas nos

pavimentos térreo.

Vila Velha é uma cidade aprazível, mercê de sua localização a beira mar e inserção

na malha metropolitana do estado. Sua localização privilegiada proporciona

tranquilidade, atraindo moradores que exercem suas atividades em outros

municípios vizinhos, ao mesmo tempo em que apresenta crescimento considerável

tanto na área industrial quanto na de comércio e serviços.

A expansão da região metropolitana como um todo provocou um acelerado

crescimento da população residente, gerando, com isto, a necessidade de

construção de vários conjuntos residenciais para diversas classes. Mais

recentemente, com a melhoria das interligações rodoviárias entre os municípios,

uma extensa faixa litorânea vem sendo ocupada com residências destinadas à

pessoas com melhor poder aquisitivo.

Neste contexto, o objetivo do empreendimento é atender mercado empresarial e

residencial, que demanda por imóveis funcionais, de altíssimo padrão de qualidade.

O projeto oferece condições de vida moderna e segurança, com conceito AAA,

sustentabilidade e acessibilidade, proporcionando um ponto de encontro entre o

trabalho e a qualidade de vida, o conforto e a conveniência.

Page 13: ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA - vilavelha.es.gov.br de Uso Misto... · Anuência do proprietário quanto à elaboração do EIV em sua propriedade em que este esteja ciente de

CITTÁ ENGENHARIA

13

3.1 Procedimento e planejamento para execução da obra

O mercado da construção civil está cada vez mais exigente, sempre buscando a

qualidade e o menor custo. Uma obra para ser bem executada e gerar lucros para

construtora, necessita, antes de tudo, de um bom planejamento e gerenciamento em

todas as suas etapas. A fase de planejamento compreende uma série de atividades

que subsidiarão a fase executiva da obra em aspectos físicos, financeiros, logísticos

e de mão-de-obra.

Os produtos desta fase são os Estudos Preliminares, que englobam desde a escolha

do local a estudos geotécnicos e topográficos, para verificar se há alguma

interferência significativa que possa vir a trazer problemas futuros; o Memorial

Descritivo; o Cronograma Executivo; e a identificação da equipe de trabalho.

O empreendimento Piazza Citta Life & Business será executado em fase única, a

qual está descrita no Cronograma Físico no anexo 3.

3.1.1 Instalação do Canteiro de Obras

A execução e adequação do canteiro de obras são de responsabilidade do

empreendedor e da empresa contratada para este serviço. Devem, assim, ser

seguidas diretrizes que visam dar apoio, e otimizar as atividades executadas, além

de minimizar possíveis impactos ao meio ambiente. Desta forma, o canteiro de obras

será composto por instalações provisórias, alocadas em área que não exigirá

grandes movimentações de terra, de fácil acesso, livre de inundações, com área de

estacionamento de veículos e máquinas, área de caga e descarga e almoxarifado.

Ressalta-se ainda que o perímetro do mesmo deverá ser fechado com material

adequado. Mais detalhes do canteiro de obras podem ser analisados na planta de

Layout do mesmo, no anexo 4.

3.1.2 Horário de Carga e descarga de materiais

O desenvolvimento das diversas atividades correlatas à execução do

empreendimento demanda o aporte de materiais e contratação de serviços, de

naturezas diversas.

Page 14: ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA - vilavelha.es.gov.br de Uso Misto... · Anuência do proprietário quanto à elaboração do EIV em sua propriedade em que este esteja ciente de

CITTÁ ENGENHARIA

14

Na fase de implantação ocorrerá o trafego de caminhões para transporte de

materiais de construção. Este transtorno adverso, embora de ocorrência certa, será

temporário e terá abrangência local. Além disso, esse tráfego ocorrerá pela Rua

Pará, via com baixa movimentação de veículos.

Todos os materiais a serem utilizados na execução das atividades desenvolvidas

pelo empreendimento, com base na metodologia construtiva adotada para obra em

questão serão alocados no canteiro de obras, em localização anteriormente

especificada.

O tráfego de caminhões para entrega de materiais necessários ao desenvolvimento

das obras ocorrerá em horários diversos, em horários condicionados à logística dos

fornecedores. Já as operações de concretagem de estruturas, que demandam a

utilização de caminhões betoneira, sempre que possível ocorrerão em horários

alternativos àqueles de maior fluxo de veículos na região.

3.1.3 Cronograma de execução da obra

O empreendimento Piazza Citta Life & Business será executado em fase única, a

qual está descrita no Cronograma Físico no anexo 3.

Os serviços preliminares compreendem todos aqueles que precedem o início da

execução dos serviços, como elaboração de projetos, instalação do canteiro de

obras e instalação de infraestrutura provisória de água, esgoto e energia elétrica.

Ferramentas e Equipamentos consiste em todo o período de aquisição e locação

dos mesmos para execução dos serviços, desde o pré-obra até o décimo primeiro

mês de obra.

No terreno sobre o qual serão executadas as obras do empreendimento existe um

imóvel de 350m² onde atualmente é a sede da Citta Engenharia. Portanto, será

necessário um período de Demolição, que será executado durante o pré-obra. Os

resíduos de construção civil (entulhos) existentes serão destinados a locais de bota-

fora cadastrados e legalizados.

Page 15: ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA - vilavelha.es.gov.br de Uso Misto... · Anuência do proprietário quanto à elaboração do EIV em sua propriedade em que este esteja ciente de

CITTÁ ENGENHARIA

15

Paralelo à demolição, será executada a escavação do terreno e toda a

movimentação de terra, calculando uma retirada com volume de aproximadamente

30.000,00m³ de terra.

Durante a execução e implantação do empreendimento, fez-se a previsão de

contratação de 80 funcionários. Todas as etapas de construção estão descritas no

Cronograma Macro, com duração 24 meses após a aprovação do projeto

arquitetônico e complementares, além deste Estudo de Impacto de Vizinhança.

Desta forma, o cronograma de obras se iniciará assim que o responsável possuir o

Alvará e Licenças para a construção.

Ressalta-se que as etapas poderão ser antecipadas ou postergadas segundo

critérios verificados no decorrer das obras, quanto aos processos construtivos e

quanto ao desempenho mercadológico na comercialização das unidades.

3.2 Características gerais de operação do empreendimento

O Piazza Citta Life & Business, objeto deste Estudo de Impacto de Vizinhança, trata-

se um empreendimento de uso misto, 01 (uma) torre Residencial e 01 (uma) torre

Comercial.

A torre Residencial será composta por um pavimento térreo, com estrutura de

estabelecimentos comerciais (lojas em geral), que irão funcionar em horário

comercial, de segunda à sexta de 9 às 18hs e aos sábados de 9 às 12 hs. Os

demais pavimentos serão destinados ao uso residencial, onde as atividades

restringem-se somente àquelas de origem rotineiras desenvolvidas pelos moradores,

colaboradores ou visitantes.

Já a torre Comercial, terá um pavimento térreo com a mesma estrutura da torre

citada anteriormente, porém os demais pavimentos serão compostos por unidades

corporativas (salas comerciais), que funcionarão de segunda à sexta-feira, de 8 às

18hs.

Nas Unidades residenciais, a população fixa compreende os moradores, os quais

determinam o público de utilização permanente, cerca de 594 pessoas e a flutuante

foi desconsiderada, uma vez que não se aplica a estas unidades.

Page 16: ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA - vilavelha.es.gov.br de Uso Misto... · Anuência do proprietário quanto à elaboração do EIV em sua propriedade em que este esteja ciente de

CITTÁ ENGENHARIA

16

Para os estabelecimentos comerciais e unidades corporativas, os clientes são

considerados o público flutuante, estimado em 170 pessoas, de acordo com estudo

de empreendimento semelhante realizado. A população fixa compreende o quadro

de funcionários, considerando neste os comerciantes, o corpo administrativo do

empreendimento, além dos seguranças e pessoal de manutenção, os quais

determinam o público de utilização permanente, dentro do horário de funcionamento,

da infraestrutura instalada, considerando um total de 242 salas comerciais, com

aproximadamente 30 m² de área, e considerado uma taxa de 1 funcionário para

cada 10 ² de sala, contabiliza-se um total de 726 funcionários.

3.2.1 Logística de movimentação de carga

Na fase de operação do empreendimento ocorrerá o tráfego de veículos de carga e

descarga para abastecimento das lojas, que ocorrerá na área interna do

empreendimento, de acordo com a Planta de Implantação, anexo 2.

3.3 Projeto arquitetônico

3.3.1 Parâmetros urbanísticos

O terreno no qual será construído o empreendimento Piazza Citta Life & Busines

localiza-se no bairro Praia da Costa. Contabiliza uma área de 4.229,91m², com

parâmetros urbanísticos que atendem a Lei Nº 4.575/2007, Plano Diretor Municipal

de Vila Velha – ES, conforme apresentado na Tabela 1.

Tabela 1 Índices Urbanísticos

Área do Terreno Permitido no PDM Aplicado no Projeto

Coeficiente de Aproveitamento

3,50 3,50

Potencial Construtivo 14.804,68 14.804,68

Área Total Computável 14.804,68 14.804,68

Taxa de Ocupação 60% 37,79

Taxa de Permeabilidade 15% 15%

Gabarito 15 pavimentos 15 pavimentos

Altura Máxima H=47 H=47

Afastamento Frontal 8m 8m

Afastamentos laterais 7m 7m

Page 17: ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA - vilavelha.es.gov.br de Uso Misto... · Anuência do proprietário quanto à elaboração do EIV em sua propriedade em que este esteja ciente de

CITTÁ ENGENHARIA

17

Tabela 2 Quadro resumo do empreendimento

Uso Edificação de uso misto

Endereço

Rua São Paulo esquina com a Rua

Erothildes Pena Medina e com a Rua

Pará, Bairro Praia da Costa– Vila Velha

– ES, CEP. 29101-300

Lotes 1 à 9

Quadra 59

Bairro Praia da Costa

Zona ZOP3

Nº de Pavimentos

Altura Máxima

Unidades

Residencial 127

Comercial 242

Serviços 20

Vagas (Und)

Auto 445

Motos -

Bicicletas -

Carga e Descarga 1

Área

Terreno 4229,91m²

Construída 40.127,51m²

Computável 14.804,68m²

Afastamentos

Frontal 8m

Lateral 7m

Fundos 7m

Coef. De Aproveitamento 3,5

Taxa De Ocupação 37,79%

Taxa De Permeabilidade 15%

Demandas

Água

Energia Elétrica

Telecomunicação -

Esgoto Sanitário 3,43L/S

Drenagem Pluvial

O zoneamento urbano institui as regras de uso e ocupação do solo urbano para

cada uma das zonas criadas, com o objetivo de consolidar e otimizar a infraestrutura

básica instalada de maneira a evitar vazios urbanos e a expansão desnecessária da

malha urbana. De acordo com o Plano Diretor Municipal, instituído no Município de

Page 18: ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA - vilavelha.es.gov.br de Uso Misto... · Anuência do proprietário quanto à elaboração do EIV em sua propriedade em que este esteja ciente de

CITTÁ ENGENHARIA

18

Vila Velha pela LEI Nº 4.575/2007, o empreendimento está inserido na ZOP3 – Zona

de Ocupação Prioritária 3 e a Área de Influência Direta do empreendimento,

determinada pela CEEIV, abrange a ZOP3, ZOP2 (Zona de Ocupação Prioritária 2)

e ZEIA B (Zona Especial de Interesse Ambiental).

A ZOP3 corresponde à parcela do território municipal melhor infraestrutura, onde

deve ocorrer o incentivo ao adensamento e à renovação urbana, com predominância

do uso residencial e prevenção de impactos gerados por usos e atividades

econômicas potencialmente geradoras de impacto urbano e ambiental. Na ZOP3 o

coeficiente de aproveitamento deve ser compatível com a verticalização das

edificações na da orla urbana de Itapoã e Itaparica.

O empreendimento apresenta, portanto, infraestrutura compatível com a área, na

qual será edificado, de acordo com os padrões urbanísticos estipulados pelo PDM

do Município de Vila Velha.

3.3.2 Descrição

O terreno no qual será construído o empreendimento Piazza Citta Life & Business

localiza-se no bairro Praia da Costa, com características arquitetônicas conforme

resumido na tabela abaixo:

Tabela 3 Quadro de áreas do projeto

Quadro de Áreas

Área do Terreno 4.229,91m²

Área Permeável 634,49m²

Área Total Construída 40.127,51m²

Área Computável 14.804,68m²

Área de Ocupação do Solo 2.537,95m²

Área Computável Salas 7.310,00m²

Área Computável Apartamentos 7.494,68m²

Área Computável Lojas 1.900,00m²

Número de Vagas 445

Conforme Planta de Situação (anexo 2), o empreendimento será instalado na quadra

nº 59, em uma área total de 4.229,91m², localizada no bairro Praia da Costa.

Page 19: ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA - vilavelha.es.gov.br de Uso Misto... · Anuência do proprietário quanto à elaboração do EIV em sua propriedade em que este esteja ciente de

CITTÁ ENGENHARIA

19

A área total será fruto da unificação dos lotes nº 1 (Matrícula 82509, Livro 2), nº 2

(Matrícula 82510, Livro 2), nº 3 (Matrícula 82511, Livro 2), nº 4 (Matrícula 82512,

Livro 2), nº 5, nº 6, nº 7, nº 8 e nº 9 (Matrícula 52485, Livro 2).

O Projeto do empreendimento comtempla dois pavimentos de subsolo e um semi-

subsolo, todos com vagas de garagem. Os demais pavimentos são divididos em

duas torres, uma comercial e uma residencial.

Na Torre Residencial os pavimentos são distribuídos em térreo; pavimento tipo 1 +

lazer; pavimentos tipo 02 à 11; e área técnica. Já na Torre Comercial, os pavimentos

distribuem-se em térreo; 11 pavimentos tipo com salas comerciais; e área técnica.

Essa distribuição está disponível na prancha 07/07 Corte Esquemático (anexo 1).

A descrição de cada um destes pavimentos, bem como caracterização espacial, e

compartimentação são descritas nos itens que seguem abaixo.

Pavimentos comuns às torres:

Subsolo G1: este pavimento está disposto em cota de -7,60m (metros), inferior ao

nível da rua, destinado à locação de 135 vagas de garagem comercial;

Subsolo G2: o pavimento subsolo G2 está disposto em cota de -4,60m (metros),

inferior ao nível da rua, destinado à locação de 119 vagas de garagem comercial e

56 vagas de garagem residencial;

Semi-Subsolo G3: este pavimento está disposto em cota de -1,60m (metros), inferior

ao nível da rua, destinado à locação de 135 vagas de garagem residencial.

Pavimentos Torre Residencial:

Térreo: este pavimento será composto por um Lobby Residencial e Lojas;

Pavimento Tipo 1 + Lazer: esse pavimento será composto por área de lazer, parte

coberta e parte descoberta, e 7 apartamentos, sendo 04 apartamentos de 02 quartos

e 03 apartamentos com 03 quartos;

Pavimento Tipo 02-11: 12 apartamentos por pavimento, 08 apartamentos com 02

quartos e 04 apartamentos com 03 quartos.

Page 20: ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA - vilavelha.es.gov.br de Uso Misto... · Anuência do proprietário quanto à elaboração do EIV em sua propriedade em que este esteja ciente de

CITTÁ ENGENHARIA

20

Pavimentos Torre Comercial:

Térreo: será composto por um Lobby Comercial e Lojas;

Pavimento Tipo: serão 11 pavimentos tipo, com 22 salas por andar.

Vagas de veículos por tipos de usuários e atividade

Segundo a Tabela 2, o empreendimento disponibiliza um total de 445 vagas para

automóveis, sendo 191 vagas para unidades de uso residencial e 254 vagas para

unidades de uso comercial. Ainda disponibiliza 01 vaga para carga e descarga para

atendimento às lojas.

A Subseção VII da Seção II do PDM de Vila Velha especifica o mínimo de vagas de

garagens exigido para as edificações. Para Habitação Multifamiliar, o PDM exige 01

vaga de automóvel para cada apartamento com 02 quartos e 1,5 vagas para os

apartamentos com 03 quartos, totalizando 149 vagas. O PDM não exige um mínimo

de vagas para motos e bicicletas para unidades de uso residencial.

Para lojas ou salas comerciais, com área superior à 5.000m² o PDM estabelece que

as vagas para veículos sejam definidas pelo Estudo de Impacto de Vizinhança.

Lojas acima de 2.000m² a 5.000m² demandam por 01 vaga de carga e descarga

para caminhões. Quanto às bicicletas, para lojas e salas comerciais com área

superior a 5.000m², os nos primeiro 1.000m², considera-se 01 vaga para cada 70m²

de área e 01 vaga para 175m² da área que exceder os 1.000m², totalizando 62

vagas de bicicletas.

Através de pesquisa em empreendimento semelhante, o número de vagas de

veículos previstas é 550, sendo 412 para carros, 132 para motos e 6 para bicicletas.

O empreendimento deverá ofertar a maior demanda de vagas entre os dois cenários

apresentados. De modo que atenda juntamente às exigências de vagas oferecidas

do Plano Diretor Municipal de Vila Velha e a demanda estabelecida pelos estudos

dos empreendimentos semelhantes, o Edifício Costa Esmeralda (multifamiliar misto)

e o Edifício Unique (comercial).

Page 21: ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA - vilavelha.es.gov.br de Uso Misto... · Anuência do proprietário quanto à elaboração do EIV em sua propriedade em que este esteja ciente de

CITTÁ ENGENHARIA

21

3.4 Infraestrutura do empreendimento

O processo de desenvolvimento das últimas décadas do município de Vila Velha foi

acompanhado pela expansão imobiliária que avançou sobre os recursos naturais,

mangues, restingas, terrenos alagados e encostas de morros, sem nenhum critério

de urbanização e saneamento básico.

3.4.1 Drenagem de Águas Pluviais

Para a instalação do empreendimento em estudo, soluções técnicas serão tomadas

prover uma boa infraestrutura de saneamento.

Quanto à descrição da infraestrutura de drenagem de águas pluviais da Bacia da

Costa, onde o empreendimento será implantado, o escoamento é feito pelo Canal da

Costa, cuja hidrodinâmica está sob efeito de remanso da maré. As regiões com

áreas convergentes a este sistema, cujo relevo esteja em altitude próxima à preia-

mares, quando de chuvas intensas, estão passíveis de alagamentos provisórios.

Considerando a caracterização anterior, o percentual de ocupação do solo previsto

no projeto arquitetônico igual a 60% e as orientações do PDDUS – Plano Diretor de

Drenagem Urbana Sustentável – e da Secretaria Municipal de Drenagem e

Saneamento, será previsto um sistema de dispositivo de reservatório de detenção

temporária, objetivando contribuir para minimização de impactos no sistema de

macrodrenagem do município.

Por fim, quando da apresentação dos projetos executivos do empreendimento para

fins de licenciamento, os mesmos deverão apresentar a solução para o dispositivo

de reservatório de detenção temporária, que devem seguir as determinações do

PDDUS.

3.4.2 Fornecimento de Energia Elétrica

A energia elétrica do Município de Vila Velha é provida pela Concessionária EDP

Escelsa.

O empreendedor requereu junto à EDP-ESCELSA carta de viabilidade técnica, para

provimento de energia elétrica ao empreendimento, pela infraestrutura pública

Page 22: ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA - vilavelha.es.gov.br de Uso Misto... · Anuência do proprietário quanto à elaboração do EIV em sua propriedade em que este esteja ciente de

CITTÁ ENGENHARIA

22

instalada no logradouro. Em resposta a concessionária informou que é viável o

fornecimento de energia elétrica à unidade consumidora Projeto Piazza Citta Life &

Business, considerando o início do atendimento ao empreendimento a partir de

Dezembro/2019, para uma demanda de 2.271,85 kW.

O acesso será através da conexão no alimentador ITO13 de 11,4 kV da SE Itapoã

(nível de curto-circuito trifásico simétrico no ponto de conexão: 3.207 A; trifásico

assimétrico: 3.447 A; dupla fase: 2.777 A; fase-terra: 1.458 A; fase-terra com

impedância: 154 A). Bloco Fonte: CZ252409.

Para a efetivação do pedido de ligação, deverá ser submetido à aprovação da

ESCELSA o projeto elétrico da entrada de energia, o qual deverá ser elaborado de

conformidade com a Norma de Fornecimento de Energia Elétrica em Tensões

Secundária e Primária 15 kV NORTEC-01, disponível no site www.escelsa.com.br ou

nas nossas Agências de Atendimento. Segue anexa a este estudo, a Carta de

Viabilidade emitida pela Concessionária EDP Escelsa.

3.4.3 Abastecimento de Água

Hoje, os serviços de abastecimento de água e esgotamento sanitário, são prestados

no município de Vila Velha pela Companhia Espírito Santense de Saneamento ‐

CESAN.

A CESAN é uma empresa de economia mista, enquadrada no regime jurídico de

direito privado como sociedade anônima, criada pela lei 2.282, alterada pela lei

2.295, em 1967. A Companhia foi regulamentada pelo Decreto 2575, de 11 de

setembro de 1967. O trabalho da empresa consiste na captação, no tratamento e na

distribuição de água e na coleta e no tratamento de esgoto. Suas atividades

compreendem ainda a realização de estudos, projetos e execução de obras relativas

a novas instalações e ampliação de redes.

Em resposta ao ofício 2016.010277, referente à solicitação de viabilidade técnica de

abastecimento de água para o empreendimento Piazza Citta Life & Business, a

CESAN informou que a mesma poderá ser fornecida, utilizando-se os parâmetros de

normatização da concessionária e da ABNT.

Page 23: ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA - vilavelha.es.gov.br de Uso Misto... · Anuência do proprietário quanto à elaboração do EIV em sua propriedade em que este esteja ciente de

CITTÁ ENGENHARIA

23

De acordo com as características do empreendimento, a taxa per capita residencial

será de 200L/hab.dia e a comercial 40L/hab.dia, totalizando vazão declarada total de

135,20m³/dia.

A interligação do sistema da CESAN deverá ser executada pela rede DN 150 mm

FºFº, existente na Rua Erothildes Penna Medina, em frente ao empreendimento,

cuja pressão a ser disponibilizada é de 10 m.c.a.. A viabilidade consta no anexo XX.

3.4.4 Esgotamento Sanitário

Em Vila Velha o serviço de coleta de efluentes líquidos é realizado pela Companhia

Espirito Santense de Saneamento – CESAN.

Respondendo à solicitação, cujo processo é 2016.010281, referente a Viabilidade

Técnica de Esgotamento Sanitário, a CESAN informou que há viabilidade e o

empreendimento pode ser interligado ao sistema coletor pela Rua São Paulo ou pela

Rua Erothildes Pena Medina. Informou ainda que a ETE ARAÇÁS tem capacidade

para absorver a demanda gerada, vazão média de 1,90L/S.

3.4.5 Gerenciamento de Resíduos Sólidos

O gerenciamento dos resíduos sólidos no Município de Vila Velha é realizado pela

Secretaria de Serviços Urbanos, a qual tem como principal atribuição o

gerenciamento da limpeza dos espaços públicos da cidade. Também é de

competência desta manter a ordem e a organização do meio urbano, por meio das

regulamentações do Código Municipal de Posturas. Além disso, a secretaria é

responsável pela implantação do paisagismo e manutenção das praças no

município.

O serviço de coleta de lixo domiciliar em Vila Velha é realizado regularmente em

todas as ruas da cidade. Nos bairros onde a geração de resíduos é mais intensa,

como no Centro e Praia da Costa, por exemplo, a coleta é realizada diariamente, já

nas outras localidades três vezes na semana: segundas, quartas e sextas-feiras; ou

terças, quintas-feiras e sábados. Na AID do empreendimento em estudo, localizada

no Bairro Praia da Costa, a coleta é noturna e diária, das 19h00min às 03h20min.

Aos domingos a coleta acontece somente na orla e nas feiras-livres.

Page 24: ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA - vilavelha.es.gov.br de Uso Misto... · Anuência do proprietário quanto à elaboração do EIV em sua propriedade em que este esteja ciente de

CITTÁ ENGENHARIA

24

Todo lixo domiciliar da cidade é encaminhado para área de transbordo situada na

Rodovia Darly Santos. Depois dos resíduos pesados, eles são transportados para

disposição final no aterro sanitário da Central de Tratamento de Resíduos de Vila

Velha (CTRVV), localizado no Xuri, zona rural do de Vila Velha.

Page 25: ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA - vilavelha.es.gov.br de Uso Misto... · Anuência do proprietário quanto à elaboração do EIV em sua propriedade em que este esteja ciente de

CITTÁ ENGENHARIA

25

4 DIAGNÓSTICO DO AMBIENTE URBANO NA AID-URBANÍSTICA

O empreendimento localiza-se no Município de Vila Velha, porção Central do Estado

do Espírito Santo, como município integrante da região Metropolitana da Grande

Vitória, juntamente com os municípios de Serra, Cariacica, Vitória, Guarapari,

Fundão e Viana.

O empreendimento será instalado na quadra nº 59, em uma área total de

4.229,91m², localizada no bairro Praia da Costa. A Área de Influência Direta do

empreendimento abrange o bairro Praia da Costa. Segue abaixo mapa com

extensão da AID – Área de Influência Direta do empreendimento, conforme

estipulado pela Comissão Especial Estudo de Impacto de Vizinhança – CEEIV –

Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano e Mobilidade.

Figura 1 Mapa AID de Uso e Ocupação

4.1 Uso e ocupação do solo na Área de Influência Direta (AID)

Vila Velha é o maior município do Espírito Santo em número de habitantes,

respondendo por 11,8% da população estadual e 24,6% da população

metropolitana. Sua população foi ampliada em quase oito vezes nas últimas seis

décadas, tendo passado de 55,6 mil habitantes em 1950 para 425 mil em 2012.

Page 26: ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA - vilavelha.es.gov.br de Uso Misto... · Anuência do proprietário quanto à elaboração do EIV em sua propriedade em que este esteja ciente de

CITTÁ ENGENHARIA

26

Trata-se de uma população essencialmente urbana, pois 99,5% residem em área

urbana. (Vila Velha, 2012)

Em uma visão por região administrativa, percebe-se que a população concentra-se

nas regiões norte, próximas a ligação com Vitória, ocorrendo um grande espaço

vazio entre a zona urbana norte e a zona urbana de expansão ao sul, apresentando

vazios também na região sudoeste, próxima à fronteira com Viana.

Para a Região Administrativa I, na qual está inserido o bairro Praia da Costa, onde

serão executadas as obras de construção do empreendimento em estudo, são

apresentados os seguintes índices, de acordo com o documento elaborado pela

PMVV, relativo ao perfil socioeconômico dos bairros pertencentes ao Município de

Vila Velha. (Vila Velha, 2013)

Tabela 4 Dados Populacionais - Região I

Fonte: PMVV - Perfil Socioeconômico por bairros, 2013.

Page 27: ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA - vilavelha.es.gov.br de Uso Misto... · Anuência do proprietário quanto à elaboração do EIV em sua propriedade em que este esteja ciente de

CITTÁ ENGENHARIA

27

Abaixo são apresentados os dados da densidade demográfica, na Região

Administrativa I do Município de Vila Velha, a qual pertence o bairro Praia da Costa,

no qual serão realizadas as obras de construção do empreendimento.

Tabela 5 Densidade Demográfica - Região I

Fonte: PMVV - Perfil Socioeconômico por bairros, 2013.

No que diz respeito ao adensamento populacional causado na região em estudo,

pelas atividades de instalação e operação do empreendimento, diz-se, pela natureza

comercial do empreendimento, que o adensamento populacional proveniente deste

classifica-se como “adensamento flutuante”, que acontece somente horário

comercial, proveniente da demanda de clientes/funcionários/fornecedores e

“adensamento fixo”, que será permanente, proveniente de moradores das unidades

de uso residencial.

Por se tratar de uma região com a melhor infraestrutura do município, onde deve

ocorrer o incentivo ao adensamento e à renovação urbana, com predominância do

uso residencial e implantação de atividades econômicas, não haverá alteração nas

atividades cotidianas à comunidade lindeira.

Page 28: ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA - vilavelha.es.gov.br de Uso Misto... · Anuência do proprietário quanto à elaboração do EIV em sua propriedade em que este esteja ciente de

CITTÁ ENGENHARIA

28

4.1.1 Uso do solo

A caracterização do conjunto edificado, quanto ao uso (comercial, residencial,

vazios, uso público), foi realizada através de levantamentos em campo. Dessa

forma, foi constatado que na AID do empreendimento há predominância do uso

Residencial Multifamiliar, dividindo espaço com edificações Unifamiliares, de uso

Misto e Comercial, Vazios, entre outros, conforme pode-se observar no Mapa de

Uso e Ocupação do solo da Área de Influência Direta, anexo 9.

Quanto ao perfil de uso comercial, foi verificado que na Área de Influência Direta do

empreendimento predominam o comércio e a prestação de serviços de qualquer

natureza, constituindo o principal segmento da economia municipal.

4.1.2 Gabarito (lote a lote na AID- Uso de Ocupação do Solo)

A caracterização da Área de Influência Direta, quanto ao gabarito lote a lote,

também foi realizada através de levantamentos em campo. O resultado desse

levantamento é apresentado no Mapa de Gabarito da AID de uso e ocupação do

solo, conforme anexo 10.

A compilação dos dados levantados é apresentada na Tabela 6, onde verifica-se

que 30% dos terrenos possuem edificações de 01 a 02 pavimentos, seguido de 23%

com edificações de 08 a 12 pavimentos, 21% edificações acima de 12 pavimentos,

9% edificações de 03 a 04 pavimentos e 8% edificações de 05 a 07 pavimentos.

Verifica-se ainda, que 9% dos terrenos estão vazios.

Tabela 6 Uso e Ocupação do Solo: Agrupamento de Lotes por Gabarito

Número de Pavimentos Número de Lotes (unid.) Percentual (%)

Vazios 14 9

01 a 02 47 30

03 a 04 14 9

05 a 07 12 8

08 a 12 35 23

Acima de 12 32 21

Total 154 100

Considerando o potencial construtivo com o total das áreas dos terrenos vazios

somados aos que abrigam edificações de 01 até 02 obtém-se que aproximadamente

Page 29: ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA - vilavelha.es.gov.br de Uso Misto... · Anuência do proprietário quanto à elaboração do EIV em sua propriedade em que este esteja ciente de

CITTÁ ENGENHARIA

29

39% da AID têm potencial construtivo e/ou de renovação na sua ocupação, o que

representa um grau considerável de área renovável na AID.

4.2 Estudos sobre a paisagem urbana na AID

O conceito de paisagem, enquanto categoria de análise se refere à percepção da

relação do homem com a natureza, seu habitat, ambiente de experiências e território

onde se estabelecem os indivíduos e a sociedade. Seu uso, projeto e alteração são

resultados da “observação objetiva do ambiente”, permitindo uma elaboração

filosófica sobre ele.

A partir desta metodologia de análise, tem-se que o aumento da qualidade visual de

uma paisagem normalmente se dá quando no território por ela abarcado se verificam

ocorrências como: a maior movimentação do relevo ou de irregularidades

topográficas; a diversidade de usos do solo advinda das atividades humanas;

ocorrências de obras de arte da engenharia e da arquitetura; ocorrência de vistas

panorâmicas ou de grande alcance visual; ocorrência de vistas fechadas (fundos de

vales, vales profundos e estreitos, como os cânions); a presença de cobertura

vegetal, especialmente do tipo arbórea; a ocorrência de superfícies d’água e de

margens com traçado naturalmente irregular; a ocorrência de episódios atmosféricos

e meteorológicos (nascer/pôr do sol, neve, nebulosidade,...); e a presença de fauna

nativa. A qualidade visual poderá ser potencializada diante do estado de

conservação da integridade, da originalidade ou da autenticidade de tais

ocorrências, sejam elas naturais ou culturais. (PIRES, 2010)

É possível verificar através da análise das visadas propostas que toda área de

implantação do empreendimento encontra-se em área com ótima infraestrutura,

onde há incentivo ao adensamento e à renovação urbana, com predominância do

uso residencial e implantação de atividades econômicas como comércios e

prestação de serviços. Justifica-se esta afirmativa pela existência de obras de

edificações de uso residencial e comercial.

Verifica-se ainda a inexistência de componentes naturais da paisagem, tais como

fauna e flora nativos, irregularidades naturais do relevo, sendo que estes foram ao

logo dos anos sendo substituídos por componentes artificiais da paisagem, como

pavimentação asfáltica, loteamentos, edificações, entre outros.

Page 30: ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA - vilavelha.es.gov.br de Uso Misto... · Anuência do proprietário quanto à elaboração do EIV em sua propriedade em que este esteja ciente de

CITTÁ ENGENHARIA

30

Apesar da paisagem urbana característica, verificou-se componentes que

potencializam a qualidade da paisagem analisada tais como: boa visibilidade do céu,

incidência de iluminação e ventilação natural sobre as edificações existentes.

No Relatório Fotográfico das Visadas, em anexo neste estudo (anexo 11), é possível

caracterizar a paisagem atual nas proximidades do empreendimento.

Na Figura 1- Visada 01, visualiza-se a Rua São Paulo, via comtemplada com uma

das fachadas do empreendimento, possui pavimentação asfáltica, calçadas e

infraestrutura. Predominam edificações de uso residencial e uso misto, arborizada,

com boa visibilidade do céu e iluminação natural. A implantação do empreendimento

não irá interferir na qualidade da paisagem.

A Figura 2 - Visada 02, fica localizada na Rua Pará, e nela será possível notar,

futuramente, a vista de uma das fachadas do empreendimento. A rua é asfaltada,

provida de calçadas, infraestrutura, porém pouco arborizada. É possível notar que o

empreendimento não irá interferir na visibilidade do céu.

A Figura 3 - Visada 03 fica localizada na Rua Erothildes Penna Medina, onde,

futuramente será uma das fachadas do empreendimento e acesso aos veículos para

estacionamento interno, área de embarque e desembarque e carga e descarga. A

via possui pavimentação asfáltica, porém, somente uma parcela das calçadas se

enquadra nos padrões da calçada cidadã. Maior parte da arborização concentra-se

próxima à quadra onde será implantado o empreendimento.

Na Figura 4 - Visada 04, está localizada na esquina da Rua Erothildes Penna

Medina com Rua São Paulo, onde é possível observar a área onde será implantado

o empreendimento. O Cruzamento é semaforizado e as vias possuem pavimentação

asfáltica e calçada cidadã. Há bastante arborização no decorrer da via,

principalmente próximo ao e boa visibilidade do céu, que não serão afetados com a

implantação do empreendimento.

A Figura 5 - Visada 05 apresenta outro ângulo da Rua São Paulo, onde é possível

observar a qualidade da paisagem da AID do empreendimento, que não será

prejudicada com a implantação do mesmo, uma vez que a localização possui

estrutura adequada para receber a edificação.

Page 31: ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA - vilavelha.es.gov.br de Uso Misto... · Anuência do proprietário quanto à elaboração do EIV em sua propriedade em que este esteja ciente de

CITTÁ ENGENHARIA

31

A Figura 6 - Visada 06 apresenta outro ângulo da Rua Erothildes Penna Medina,

onde é possível observar a presença de arborização na via, ótima infraestrutura e

sinalizações horizontal e vertical. A qualidade da paisagem não será prejudicada

com a implantação do empreendimento.

A AID onde o empreendimento será implantado visa o adensamento urbano e a

consolidação das atividades comerciais e de serviços. Considerando a ocupação

regular e a presença de infraestrutura urbana implantada (via pavimentada, passeio

calçado, arborização), a inserção deste empreendimento soma qualidade ao

ambiente urbano. A Volumetria futura (anexo 12) permite antever a relação que o

empreendimento estabelecerá com seu entorno imediato.

Considerando a ocupação urbana mais verticalizada e o adensamento previsto pelo

zoneamento, a implantação do empreendimento contribui para a consolidação da

ocupação da área, sem provocar impacto negativo significativo na qualidade da

paisagem urbana.

4.2.1 Ventilação e Iluminação no entorno

Neste item são apresentadas as condições de ventilação, insolação e luminosidade

preexistentes no local e as possíveis interferências causadas pelo empreendimento

no microclima da vizinhança, extrapolando o espaço privado do empreendimento e

sua respectiva construção:

Cartas Solares – anexo 13;

Sombreamento – anexo 14;

Vento Predominante – anexo 15;

Insolação – anexo 16.

Os ventos no Município de Vila Velha são constantes o ano todo, e com direção

predominantemente nordeste, porém ocasionalmente o deslocamento de frentes

frias provoca episódios de ventos mais fortes, com rajadas atingindo velocidades

superiores a 70 km/h. (VILA VELHA, 2014)

Page 32: ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA - vilavelha.es.gov.br de Uso Misto... · Anuência do proprietário quanto à elaboração do EIV em sua propriedade em que este esteja ciente de

CITTÁ ENGENHARIA

32

O sombreamento no entorno não deve prejudicar o microclima local, uma vez que

são respeitados todos os coeficientes urbanísticos estipulados por legislação

específica do município.

4.3 Caracterização da Infraestrutura Urbana e dos Equipamentos Públicos

Comunitários.

4.3.1 Infraestrutura urbana

A disponibilidade de infraestrutura urbana no território constitui um indicador das

suas condições de desenvolvimento, ao passo que sua disponibilidade ou sua

ausência favorecem ou limitam o processo de desenvolvimento econômico e social.

Isto porque, a prestação de serviços considerados essenciais, para o bem estar

social da sociedade, tais como saúde, educação, cultura, assistência social,

previdência social, trabalho, segurança pública; como também esgotamento

sanitário, drenagem, gasodutos, pavimentação de ruas, calçamento, ciclovias,

iluminação pública e outros projetos de urbanização, só se operacionalizam com o

provimento de infraestrutura física, e institucional que dê suporte aos mesmos.

Abaixo são feitas algumas considerações, quanto aos aspectos legais e

administrativos envolvidos na prestação desses serviços no Município de Vila Velha.

O poder público municipal é representado pela Prefeitura Municipal de Vila Velha

que dispõe das secretarias municipais de Educação (SEMED), Saúde (SEMSA),

Assistência Social (SEMAS), Cultura, Esporte e Lazer (SEMCEL), Desenvolvimento

Sustentável (SEMDESU), Desenvolvimento Urbana e Mobilidade (SEMDU),

Drenagem e Saneamento (SEMDRES), Infraestrutura, Projetos e Obras (SEMIPRO),

Prevenção, combate à violência e trânsito (SEMPREV), Serviços Urbanos (SEMSU),

entre outras.

A gestão dos serviços e equipamentos sociocomunitários, é de responsabilidade da

municipalidade.

A Secretaria Municipal de Saúde é responsável pela Gestão plena da Atenção

Básica, enquanto que a gestão da rede secundária e terciária, de média e alta

complexidade e hospitalar, são de responsabilidade do Governo Estadual;

Page 33: ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA - vilavelha.es.gov.br de Uso Misto... · Anuência do proprietário quanto à elaboração do EIV em sua propriedade em que este esteja ciente de

CITTÁ ENGENHARIA

33

A Secretaria Municipal de Educação gerencia a rede de escolas municipais e

inúmeros outros projetos; as políticas habitacionais são geridas pela SEMDU, sendo

que a SEMAS também atua no setor habitacional;

Esta também é responsável pelo desenvolvimento de programas e atividades

diretamente, por meio de suas gerências e serviços, e de forma terceirizada, por

meio de parcerias com entidades sociais, projetos e ong’s autônomas ou vinculadas

a igrejas, que constituem o chamado “terceiro setor” do município.

Na área da Segurança Pública, responsabilidade do Governo Estadual, atuam a

PMES e a Polícia Civil. No município de Vila Velha, a Guarda Municipal, criada

pela Lei Municipal nº 5.140/11, de 15/07/11, é uma instituição civil, complementar à

segurança pública, de cunho social, a nível municipal e regulamentada por

legislação própria. Suas ações estão voltadas para o cumprimento dos Planos

Diretores Decenais, das Leis Orgânicas de cada Município e dos Códigos de

Posturas, atuando ainda nos hiatos deixados pelos órgãos de segurança pública.

Já os serviços de Saneamento Básico, conforme preconizado pela Lei 11.445/07,

podem ser prestados por empresas públicas ou, em regime de concessão, por

empresas privadas, tendo em vista a necessidade imperiosa desses por parte da

população, além da importância para a saúde de toda a sociedade e para o meio

ambiente.

Neste ínterim, atualmente, os serviços de abastecimento de água e esgotamento

sanitário, são prestados no município pela Companhia Espírito Santense de

Saneamento –CESAN, cabendo à Agência Reguladora de Saneamento Básico e

Infraestrutura Viária (ARSI), as atividades de regulação dos serviços de saneamento

básico prestados.

Tanto o serviço de limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos, iluminação pública,

quanto o de drenagem e manejo de águas pluviais são de titularidade do Município.

Sendo que a Secretaria de Serviços Urbanos é responsável pelo gerenciamento dos

resíduos sólidos, serviços de limpeza pública (capina, varrição de praias etc.),

implantação do paisagismo e manutenção das praças e limpeza dos canais pluviais,

no município. Já o monitoramento dos serviços de gerenciamento de resíduos

Page 34: ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA - vilavelha.es.gov.br de Uso Misto... · Anuência do proprietário quanto à elaboração do EIV em sua propriedade em que este esteja ciente de

CITTÁ ENGENHARIA

34

sólidos ficou sob a competência da Secretaria de Desenvolvimento Sustentável, por

meio da Coordenação de Saneamento Ambiental.

Serviços esses regulamentados por meio da Lei n° 2.915, de 25 de janeiro de 1994,

a qual institui o Código Municipal de limpeza urbana, respeitando as alterações

dispostas na Lei nº 5.617 de 13 de maio de 2015, quanto à responsabilidade dos

geradores de resíduos e ao valor das multas aplicáveis às infrações cometidas na

destinação final dos resíduos.

A operacionalização dos serviços de coleta, transporte e destinação final dos

resíduos sólidos de origem domiciliar é realizada, por empresa terceirizada, a saber,

Vital Engenharia Ambiental S.A, através de contrato firmado com a municipalidade.

Cabe à Coordenação de Iluminação Pública, vinculada à Secretaria de

Infraestrutura, Projetos e Obras a responsabilidade pela manutenção dos serviços

de troca de lâmpadas queimadas ou quebradas, realização de obras de expansão,

melhoria, eficiência e reformulação da iluminação pública municipal.

Sistema de abastecimento de água potável

O Sistema Jucu é o responsável pelo abastecimento de Vila Velha, que dispõe de

três Estações de Tratamento de Água – ETA: Vale Esperança, Caçaroca e Cobi,

com capacidade total de 4,7 m³/s, distribuída para os diversos bairros do município,

conforme mostra o quadro abaixo. (VILA VELHA, 2014)

Quadro 4 Estações de Tratamento de Água (ETA) – Sistema Jucu

ETA LOCALIZAÇÂO

ETA – Vale Esperança Cariacica

ETA - Cobi Cobi

ETA - Caçaroca Caçaroca

ETA – Ponta da Fruta Ponta da Fruta

Em resposta ao ofício 2016.010277, referente à solicitação de viabilidade técnica de

abastecimento de água para o empreendimento Piazza Citta Life & Business, a

CESAN informou que a mesma poderá ser fornecida, utilizando-se os parâmetros de

normatização da concessionária e da ABNT.

Page 35: ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA - vilavelha.es.gov.br de Uso Misto... · Anuência do proprietário quanto à elaboração do EIV em sua propriedade em que este esteja ciente de

CITTÁ ENGENHARIA

35

De acordo com as características do empreendimento, a taxa per capita residencial

será de 200L/hab.dia e a comercial 40L/hab.dia, totalizando vazão declarada total de

135,20m³/dia.

A interligação do sistema da CESAN deverá ser executada pela rede DN 150 mm

FºFº, existente na Rua Erothildes Penna Medina, em frente ao empreendimento,

cuja pressão a ser disponibilizada é de 10 m.c.a.. A viabilidade consta no anexo XX.

Sistema de esgotamento sanitário

No município de Vila Velha as tecnologias utilizadas para tratamento do esgoto são:

Lodo Ativado, Reator Anaeróbio + Lagoa Facultativa, Lodo Ativado / Aeração

prolongada, Reator Anaeróbio+Biofiltro Aerado e Fossa / Filtro. Cada método de

tratamento apresenta características próprias e o volume de lodo produzido é

variável.

O esgoto que sai das residências é conduzido através de redes coletoras, por

gravidade ou por recalque, até a ETE onde passa inicialmente por tratamento

preliminar para remoção dos resíduos sólidos grosseiros. A partir daí o esgoto passa

por um processo de biodegradação, isto é, decomposição da matéria orgânica pela

ação dos microorganismos.

Após esse processo o esgoto é separado em duas fases: líquida, denominado de

efluente líquido, e sólido, denominado lodo de esgoto. Todos os resíduos (lodo e

sólidos grosseiros) após deságue são enviados para Aterro Sanitário.

O Sistema de Esgotamento Sanitário existente no Município de Vila Velha é

constituído por um rede coletora com cerca de 381,4 km de extensão, 31 elevatórias

de esgoto bruto (EEEB) e 5 estações de tratamento ETEs. Essa estrutura comporta

os seguintes sistemas de esgotamento sanitário – SES: Araçás, Jabaeté,

Jacarenema, Ulysses Guimarães, Vale Encantado e Ewerton Montenegro.

Respondendo à solicitação, cujo processo é 2016.010281, referente a Viabilidade

Técnica de Esgotamento Sanitário (carta de viabilidade anexo), a CESAN informou

que “há viabilidade e o empreendimento pode ser interligado ao sistema coletor pela

Rua São Paulo ou pela Rua Erothildes Pena Medina. Informou ainda que a ETE

Page 36: ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA - vilavelha.es.gov.br de Uso Misto... · Anuência do proprietário quanto à elaboração do EIV em sua propriedade em que este esteja ciente de

CITTÁ ENGENHARIA

36

ARAÇÁS tem capacidade para absorver a demanda gerada, vazão média de

1,90L/S.”

Sistema de drenagem de águas pluviais

As bacias hidrográficas cque compõem a paisagem hidrográfica do município de Vila

Velha são as dos rios Guarapari e Jucu, cujas áreas são de 32 e 179 km2

respectivamente, destacando-se como principais rios o Jucu e Iuna.

O município de Vila Velha para efeito de macrodrenagem encontra-se dividido em 10

Bacias hidrográficas, assim denominadas:

Quadro 5 Bacias Hidrográficas

Bacia Hidrográfica Sub-Bacias

Bacia Hidrográfica Farol de Santa Luzia -

Bacia Hidrográfica Praia da Costa

Sub-Bacia Canal da Costa

Sub-Bacia Morro do Convento.

Sub-Bacia Córrego Bigossi.

Sub-Bacia do Morro Jaburuna

Sub-Bacia Cocal.

Bacia Hidrográfica do Centro Vila Velha -

Bacia Hidrográfica da Glória -

Bacia Hidrográfica de Aribiri

Sub-Bacia do Ibes Sub-Bacia Ataide Sub-Bacia Santa Rita Sub-Bacia Vila Batista Sub-Bacia Vila Garrido Sub-Bacia Carrefour Sub-Bacia Grande Cobilândia Sub-Bacia Alvorada

Bacia Hidrográfica Paul -

Bacia Hidrográfica Argolas -

Bacia Hidrográfica São Torquato -

Bacia Hidrográfica Rio Marinho -

Bacia Hidrográfica Guaranhuns -

O empreendimento está localizado na Bacia Hidrográfica Praia da Costa, esta

situada na região do município onde se localizam os mais importantes aglomerados

urbanos tradicionais, pois ali se deu o inicio da colonização do solo espírito-

santense.

Page 37: ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA - vilavelha.es.gov.br de Uso Misto... · Anuência do proprietário quanto à elaboração do EIV em sua propriedade em que este esteja ciente de

CITTÁ ENGENHARIA

37

A densidade demográfica é a mais elevada do município. Sua drenagem se faz

diretamente na baia de Vitória, pelo canal principal e seus diversos afluentes. A

extensão total de rios, canais, valões e galerias da bacia são de 11.070,79m.

Para a instalação do empreendimento em estudo, soluções técnicas serão tomadas

prover uma boa infraestrutura de saneamento.

Conforme informado, em ofício anexo a este estudo elaborado pela SMEDRES

(Secretaria Municipal de drenagem e saneamento), em resposta ao pedido de

viabilidade técnica para lançamento de efluentes pluviais, “na Bacia da Costa, onde

o empreendimento será implantado, o escoamento é feito pelo Canal da Costa, cuja

hidrodinâmica está sob efeito de remanso da maré. As regiões com áreas

convergentes a este sistema, cujo relevo esteja em altitude próxima à preia-mares,

quando de chuvas intensas, estão passíveis de alagamentos provisórios.”.

“Considerando a caracterização anterior, o percentual de ocupação do solo previsto

no projeto arquitetônico igual a 60% e as orientações do PDDUS – Plano Diretor de

Drenagem Urbana Sustentável – e da Secretaria Municipal de Drenagem e

Saneamento, deverá ser previsto um sistema de dispositivo de reservatório de

detenção temporária, objetivando contribuir para minimização de impactos no

sistema de macrodrenagem do município.”.

“Por fim, quando da apresentação dos projetos executivos do empreendimento para

fins de licenciamento, os mesmos deverão apresentar a solução para o dispositivo

de reservatório de detenção temporária, que devem seguir as determinações do

PDDUS.”.

Serviços de iluminação e limpeza pública

Os resíduos domiciliares coletados na área urbana do Município, provenientes do

sistema de limpeza pública são encaminhados primeiramente, para área de

transbordo situada na Rodovia Darly Santos em Vila Velha. Nesse local são pesados

em balança eletrônica, e transportados para disposição final no aterro sanitário da

Central de Tratamento de Resíduos de Vila Velha (CTRVV), localizado no Xuri, zona

rural do Município de Vila Velha.

Page 38: ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA - vilavelha.es.gov.br de Uso Misto... · Anuência do proprietário quanto à elaboração do EIV em sua propriedade em que este esteja ciente de

CITTÁ ENGENHARIA

38

A prefeitura disponibiliza no site os horários e dias de prestação dos serviços de

coleta de resíduos domiciliares, conforme região administrativa, sendo que a Região

01, no bairro Praia da Costa, apresenta coleta com rotina diária, no período noturno

de 19 às 03 horas da manhã.

Já os resíduos de serviços de saúde (RSS) são direcionados para disposição final

em célula específica para RSS no aterro sanitário da Marca Ambiental, no Município

de Cariacica.

Segundo, informações da SEMSA a coleta nas unidades municipais é realizada de

duas a três vezes por semana, e nos hospitais do município, diariamente. O serviço

é prestado em veículo especial, atendendo à resolução da Agência Nacional de

Vigilância Sanitária RDC n° 306, de 07 de dezembro de 2004 e às resoluções do

Conselho Nacional do Meio Ambiente - CONAMA n° 05, 05 de agosto 1993 e n° 283,

de 12 de julho 2003.

De acordo com o Departamento de Vigilância Sanitária da Secretaria de Saúde de

Vila Velha, todos os hospitais possuem Plano de Gerenciamento de Resíduos de

Serviços de Saúde (PGRSS), pois para conseguir o Alvará de Funcionamento, o

estabelecimento tem que ter elaborado o Plano.

O Município não conta com local adequado para disposição final dos resíduos da

construção civil. Esses resíduos, quando misturados a outros tipos, estão sendo

coletados e encaminhados para aterro sanitário, juntamente com os resíduos

domiciliares.

Objetivando garantir a destinação correta dos resíduos da construção civil, e

atendendo aos preceitos de responsabilidade do gerador, preconizado pela Política

Nacional de Resíduos Sólidos (Lei nº 12.305), a municipalidade promoveu

assinatura do Termo de Cooperação entre a Prefeitura e os componentes desta

cadeia produtiva (geradores, transportadores e empresas licenciadas para receber

este material), objetivando a destinação ambientalmente correta dos resíduos da

construção civil no território municipal. As competências, e obrigações dos atores

envolvidos, estão devidamente descritas em no documento “Termo de Cooperação

SEMMA/GAB Nº 002/2013, arquivado sob Processo nº 26.605/2013.

Page 39: ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA - vilavelha.es.gov.br de Uso Misto... · Anuência do proprietário quanto à elaboração do EIV em sua propriedade em que este esteja ciente de

CITTÁ ENGENHARIA

39

Além da formulação do Termo de Cooperação, a Prefeitura, junto aos

representantes dos setores envolvidos, criou o Certificado de Transporte de

Resíduos da Construção Civil, guia que comprovará o destino do entulho. Além

disso, está disponível no site da PMVV para consulta a lista das empresas

transportadoras licenciadas.

Ressalta-se que ao contratar um serviço para transporte do entulho, o gerador torna-

se corresponsável, por atos de negligência caso seja efetuado descarte de forma

ilegal, atividade esta passível de multa; tendo em vista as consequências ao bem

estar social, e saneamento do ambiente urbano, uma vez que os entulhos

descartados em locais indevidos prejudicam a rede de drenagem, contribuindo para

os alagamentos na cidade. Além disso, o descarte ilegal favorece a proliferação de

insetos e roedores, afetando consequentemente a saúde da comunidade.

Fornecimento de energia elétrica

A energia elétrica do Município de Vila Velha é provida pela Concessionária EDP

Escelsa.

O empreendedor requereu junto à EDP-ESCELSA carta de viabilidade técnica, para

provimento de energia elétrica ao empreendimento, pela infraestrutura pública

instalada no logradouro, conforme ofício anexo a este estudo. Em resposta a

concessionária informou que é “viável o fornecimento de energia elétrica à unidade

consumidora Projeto Piazza Citta Life & Business, considerando o início do

atendimento ao empreendimento a partir de Dezembro/2019, para uma demanda de

2.271,85 kW.

O acesso será através da conexão no alimentador ITO13 de 11,4 kV da SE Itapoã

(nível de curto-circuito trifásico simétrico no ponto de conexão: 3.207 A; trifásico

assimétrico: 3.447 A; dupla fase: 2.777 A; fase-terra: 1.458 A; fase-terra com

impedância: 154 A). Bloco Fonte: CZ252409.

Para a efetivação do pedido de ligação, deverá ser submetido à aprovação da

ESCELSA o projeto elétrico da entrada de energia, o qual deverá ser elaborado de

conformidade com a Norma de Fornecimento de Energia Elétrica em Tensões

Secundária e Primária 15 kV NORTEC-01, disponível no site www.escelsa.com.br ou

Page 40: ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA - vilavelha.es.gov.br de Uso Misto... · Anuência do proprietário quanto à elaboração do EIV em sua propriedade em que este esteja ciente de

CITTÁ ENGENHARIA

40

nas nossas Agências de Atendimento. Segue anexa a este estudo, a Carta de

Viabilidade emitida pela Concessionária EDP Escelsa.”

4.3.2 Mobiliário urbano

Entende-se por mobiliário urbano, os elementos que não apenas decoram as

cidades, mas sim todo equipamentos que possam proporcionar ao cidadão a

circulação eficiente, informação e comunicação adequadas, locais lazer, e bem-estar

como um todo.

O Mapa de Mobiliário Urbano (anexo 17) apresenta a infraestrutura urbana da

quadra de inserção do empreendimento e seu entorno.

4.3.3 Equipamentos públicos comunitários

Conforme a Lei Federal 6.766/1979, de Parcelamento do Solo Urbano, os

equipamentos comunitários são toda infraestrutura destinada ao provimento dos

serviços de educação, cultura, saúde, lazer e similares (Art.4o, §2o).

Para efeito da Norma ABNT NBR-9284/1986 define-se como equipamento urbano

todos os bens públicos e privados, de utilização pública, destinado à prestação de

serviços necessários ao funcionamento da cidade, implementados mediante

autorização do poder público, em espaços públicos e privados.

O anexo 18 apresenta o Mapa de Equipamentos Comunitários que abrangem o

entorno do empreendimento.

Educação

A Secretaria de Educação da Prefeitura de Vila Velha oferece à população

infraestrutura, e mão-de-obra para prestação dos serviços de Educação Infantil, do

Ensino Fundamental (1° ao 9° ano) e da Educação de Jovens e Adultos (EJA) do

município de Vila Velha.

Vila Velha possui 95 escolas de gestão municipal, sendo 34 unidades de educação

infantil e 61 unidades de educação fundamental. Com cerca de 3,50 mil profissionais

do magistério, a Secretaria atende a mais de 50 mil alunos.

Page 41: ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA - vilavelha.es.gov.br de Uso Misto... · Anuência do proprietário quanto à elaboração do EIV em sua propriedade em que este esteja ciente de

CITTÁ ENGENHARIA

41

Somam-se a esta infraestrutura aquelas de gestão privada, e estadual.

Os equipamentos comunitários educacionais localizados na Região Administrativa

01, mais precisamente no Pólo Regional Central que engloba além do bairro de

implantação do empreendimento, Praia da Costa, os bairros de Centro, Glória,

Jaburuna, Morro do Moreno, Olaria, Praia das Castanheiras, Prainha, e Prainha da

Glória, são apresentados no Mapa Equipamentos Comunitários (anexo 18).

Saúde

A Secretaria de Saúde de Vila Velha planeja e executa a política de saúde

municipal, responsabilizando-se pela gestão e regulamentação dos serviços próprios

e conveniados.

Monitora doenças e agravos e realiza a Vigilância Sanitária sobre produtos e

serviços de interesse da saúde pública. A SEMSA coordena também um conjunto de

áreas técnicas de políticas públicas que abrangem os segmentos: Criança e

Adolescente, Idosos, Medicamentos, Saúde Bucal, Saúde Mental, Saúde da Mulher,

Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST/AIDS), Vigilância Epidemiológica,

Vigilância Ambiental, Centro de Controle de Zoonoses e Combate à Dengue. É

responsável pelo gerenciamento e manutenção de 17 Unidades de Saúde e dos

Prontos Atendimentos da Glória e de Cobilândia, bem como do Centro Municipal de

Atenção Secundária (Cemas) e do Centro de Atenção Psicossocial – CAPS/AD.

Os equipamentos comunitários de saúde localizados na Região Administrativa 01,

mais precisamente no Pólo Regional Central que engloba além do bairro de

implantação do empreendimento, Praia da Costa, os bairros de Centro, Glória,

Jaburuna, Morro do Moreno, Olaria, Praia das Castanheiras, Prainha, e Prainha da

Glória, são apresentados no Mapa Equipamentos Comunitários (anexo 18).

Assistência Social

Os serviços relativos à assistência social no município de Vila Velha são de

responsabilidade da Secretaria Municipal de Assistência Social, cujas funções são

de coordenar, formular, executar e supervisionar programas, projetos, benefícios e

serviços socioassistenciais previstos na Política Nacional de Assistência Social

Page 42: ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA - vilavelha.es.gov.br de Uso Misto... · Anuência do proprietário quanto à elaboração do EIV em sua propriedade em que este esteja ciente de

CITTÁ ENGENHARIA

42

(PNAS), estruturando o Sistema Único de Assistência Social (SUAS) no âmbito do

Município.

As ações e iniciativas de atendimento à população carente são operacionalizadas

atrvés dos seguintes setores: Proteção Social Básica; Proteção Especial de Média

Complexidade; Proteção Social Especial de Alta Complexidade; Centro de

Referência Especializado de Assistência Social (CREAS); Proteção Social Especial;

Centro de Referência de Assistência Social (Cras); Palácio dos Conselhos;

Habitação.

Os equipamentos comunitários de assistência social localizados na Região

Administrativa 01, mais precisamente no Pólo Regional Central que engloba além do

bairro de implantação do empreendimento, Praia da Costa, os bairros de Centro,

Glória, Jaburuna, Morro do Moreno, Olaria, Praia das Castanheiras, Prainha, e

Prainha da Glória, são apresentados no Mapa Equipamentos Comunitários (anexo

18).

Segurança

A área da Segurança Pública é de responsabilidade do Governo Estadual, atuando

através dos contingentes e infraestruras vinculados às PMES e a Polícia Civil.

O município de Vila Velha, conta ainda com os serviços da Guarda Municipal,

instituição civil, complementar à segurança pública, de cunho social, a nível

municipal e regulamentada por legislação própria.

Ela foi criada pela Lei Municipal nº 5.140/11, de 15/07/11, neste período, com a

nomenclatura de Guarda Civil Municipal, estava estruturada em Grupamento de

Defesa Social, ligado à antiga Secretaria Municipal de Defesa Social e atual

Secretaria Municipal de Prevenção e Combate a Violência e em Grupamento de

Trânsito, ligado a extinta Secretaria Municipal de Transporte e Trânsito.

Por fim, a Guarda Municipal de Vila Velha tem por objetivo proteger os funcionários

e usuários dos serviços públicos, bem como preservar o patrimônio do município,

evitando conflitos e atos de vandalismo em praças, museus, parques, escolas,

centros de saúde e outros locais de maior concentração de pessoas. Desta forma

ela oferece à população mais segurança e tranquilidade.

Page 43: ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA - vilavelha.es.gov.br de Uso Misto... · Anuência do proprietário quanto à elaboração do EIV em sua propriedade em que este esteja ciente de

CITTÁ ENGENHARIA

43

Cultura, Esporte e Lazer

Cabe à Secretaria de Cultura e Turismo compete promover, apoiar e incentivar a

cultura e o turismo no município com ações e projetos de incentivo a cultura e

turismo.

A Regional administrativa 01 abriga o sítio histórico da Prainha, criado pela Lei n°

3013/95, visando preservar o patrimônio cultural, histórico, religioso e paisagístico.

Concentra o maior patrimônio histórico do Estado, com destaque para a Igreja de

Nossa Senhora do Rosário, o museu Homero Massena e a Igreja e Convento de

Nossa Senhora da Penha, todos devidamente tombados.

Este pólo regional carece de praças públicas, concentrando-se as maiores áreas na

Prainha (Parque da Prainha, Praça Almirante Tamandaré, Praça da Bandeira e

Praça Otávio Araújo) e Centro (Praça Duque de Caxias).

O cenário de deterioração, e descaracterização quanto a seu desenho e mobiliário

originais, especialmente as mais antigas, oportunizaram a implementação nos

últimos anos de projetos de revitalização, como obras de implantação da nova

pavimentação em blocos, iluminação e paisagismo, bem como o projeto de

revitalização do Parque da Prainha, que contempla obras de resgate histórico e

valorização do sítio.

Na Praia da Costa, que apresenta elevada densidade demográfica, é notória a

ausência de praças, restando o calçadão da praia como única opção de lazer

público.

A orla é a principal área de lazer de Vila Velha e reúne milhares de moradores e

turistas, principalmente no verão, gerando trabalho e renda. Sendo assim, em razão

do grande potencial turístico, e importância econômica desta faixa de território do

município, a prefeitura vem investindo em obras de

paisagismo, reparos do piso do calçadão e da ciclovia, e investimentos em

segurança

Na Praia de Itaparica, duas novas opções de lazer serão entregues dentro do projeto

de revitalização. A Prefeitura constrói a Praça do Ciclista e uma nova academia

popular. A previsão é estender as intervenções em outras praias da cidade.

Page 44: ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA - vilavelha.es.gov.br de Uso Misto... · Anuência do proprietário quanto à elaboração do EIV em sua propriedade em que este esteja ciente de

CITTÁ ENGENHARIA

44

5 DIAGNÓSTICO VIÁRIO DE SISTEMA DE TRANSPORTE E CIRCULAÇÃO NA

AID.

A cidade de Vila Velha teve seu processo de urbanização fortemente vinculado à

expansão das atividades econômicas de Vitória, sendo que até meados da década

80, sofreu com o estigma de cidade-dormitório. Cenário este corroborado por um

sistema viário dependente da nossa capital, ausência de polos empresariais

industriais e de serviços, especulação imobiliária e estrutura fundiária

superconcentradas.

A mudança desta tendência de ocupação fortaleceu-se a partir da execução, de um

dos principais investimentos viários da história da cidade, a Terceira Ponte (1989),

que propiciou uma migração interna Vitória/Vila Velha não só de residências como

de atividades econômicas, vinculadas ao setor serviços, portuário, construção civil,

turismo, parque industrial de confecções de pequeno e médio porte e de chocolate.

Neste ínterim, é possível notar que a discussão do tema Circulação, Transporte e

Trânsito para a cidade de Vila Velha não pode ser dissociada do contexto

metropolitano, no qual esta se insere, bem como na forma e tendências de

ocupação do solo. Sendo que os principais eixos viários sobre os quais se

processam a maior parte do tráfego entre o município e a região metropolitano, são

descritos a seguir:

Eixo Litoral Sul: Ligação Vitória ‐ Vila Velha / Guarapari: extensão da 3º Ponte

Vitória/Vila Velha e Rodovia do Sol. Permite a conexão de Vila Velha aos municípios

de Vitória (via Praias) e Serra, ao norte, e à Guarapari e sul do Estado do Espírito

Santo. Situa-se como área de alta valorização imobiliária, empreendimentos

residenciais mais recentes, hotéis e serviços.

A ligação do centro de Vitória com o centro e as praias de Vila Velha também pode

ocorrer utilizando-se a BR 262, Av. Carlos Lindenberg, Av. Jerônimo Monteiro e Av.

Champagnat, com o complemento em binário da R. Henrique Moscoso.

A ligação da BR 262 com o sul de Vila Velha em direção a Guarapari se dá pelas

Avenidas Carlos Lindenberg e Darly Santos, depois seguindo pela Rodovia do Sol.

Page 45: ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA - vilavelha.es.gov.br de Uso Misto... · Anuência do proprietário quanto à elaboração do EIV em sua propriedade em que este esteja ciente de

CITTÁ ENGENHARIA

45

Eixo Carlos Lindenberg: atravessa longitudinalmente a Cidade de Vila Velha,

permitindo a conexão entre Vila Velha, Vitória (via Centro) e Cariacia/Viana. A

Rodovia Carlos Lindenberg, atua funcionalmente como avenida arterial. Foi

estruturadora da expansão urbana nas décadas de 60 e 70 e compõe, juntamente

com a Terceira Ponte, a parte meridional do anel central de atividades, que se

constitui na área de expansão do Centro Histórico, complementado na parte

setentrional pela Avenida Vitória.

Eixo Darly Santos: esta rodovia viabilizou a ocupação territorial de amplas porções

territoriais, uma vez que permite a distribuição do fluxo de veículos em ligações

leste/oeste, evitando-se a Área Central. Mais recente, a Rodovia Darly Santos tem

origem no Porto de Capuaba passando a atuar, além da ligação com a Rodovia do

Sol e a Rodovia Lindenberg, no acesso à BR‐101. Merece destaque a intensificação

dos usos industriais e logísticos ao redor dessa rodovia, o que irá se acentuar

quando for complementada pela BR‐447 (rodovia a implantar), que a interligará com

a BR‐262 e a BR‐101 Contorno, complementando o arco metropolitano e se

constituindo em importante elemento no sistema de apoio regional à atividade

portuária

Eixo Jerônimo Monteiro/Paul: Área de ocupação antiga, com pouco potencial de

renovação. É a área que abrange os terminais portuários, que poderão ter atividades

ampliadas com o incremento da indústria de apoio a extração de petróleo.

5.1 Caracterização física e operacional das vias de acesso na AID – Viária e

Interseções

A área de influência direta (viária) do empreendimento foi definida pela CEEIV, e

compreende o sistema viário delimitado pela poligonal ilustrada na Figura 2. Esta se

encontra inserida, segundo definições acima estipuladas no Eixo Litoral Sul, área

de alta valorização imobiliária, empreendimentos residenciais mais recentes, hotéis

e serviços; contemplando as seguintes interseções:

01 Rua Maranhão x Rua Curitiba

02 Rua Erotildes Pena Medina x Rua Curitiba

03 Rua Erotildes Pena Medina x Rua São Paulo

Page 46: ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA - vilavelha.es.gov.br de Uso Misto... · Anuência do proprietário quanto à elaboração do EIV em sua propriedade em que este esteja ciente de

CITTÁ ENGENHARIA

46

04 Rua Hugo Musso x Rua Resplendor;

05 Rua Erotildes Pena Medina x Rua Hugo Musso

06 Rua Hugo Musso x Rua Pernambuco

07 Rua José Pena Medina x Rua Hugo Musso

08 Av. Antonio Gil Veloso x Rua Erotildes Pena Medina

09 Rua José Pena Medina x Av. Antonio Gil Veloso

10 Rua Ceará x Rua São Paulo

11 Rua Hugo Musso x Av. Champagnat

12 Rua Hugo Musso x Av. Henrique Moscoso

13 Rua Jair de Andrade x São Paulo

14 Rua Jair de Andrade x Rua Hugo Musso

Figura 2 Área de Influência Viária e Interseções

Page 47: ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA - vilavelha.es.gov.br de Uso Misto... · Anuência do proprietário quanto à elaboração do EIV em sua propriedade em que este esteja ciente de

CITTÁ ENGENHARIA

47

5.1.1 Vias de acesso

A via arterial inserida na AID Viária que interliga fluxo de veículos provenientes do

centro cidade em direção ao empreendimento é a Avenida Hugo Musso, através do

acesso direto à Rua Pará, entrada principal para o estacionamento interno das

unidades residenciais. Já a Avenida São Paulo, interliga o fluxo de veículos da Praia

de Itapuã ao empreendimento, através do acesso direto à Rua Erothildes Penna

Medina para o estacionamento interno das unidades comerciais; ainda interliga o

empreendimento à Terceira ponte no sentido Vila Velha X Vitória.

O Mapa de Caracterização Física e Operacional das Vias (anexo 19) apresenta as

principais vias de acesso (arteriais, coletoras, principais de bairro e as de

implantação do empreendimento), dentro da AID, demarcando a largura da via, as

áreas de estacionamentos, canteiro central e pontos de carga e descarga.

5.1.2 Sinalização viária

Todas as interseções foram mapeadas num raio de 50m. Os mapas das interseções

(anexo 20) apresentam sinalização horizontal, vertical e semafórico, os locais de

travessia de pedestres e demais elementos encontrados, estabelecendo o sentido

de tráfego das vias.

5.1.3 Tempos semafóricos e plano de fases.

Os tempos semafóricos e plano de fases para as interseções semaforizadas

pesquisadas estão apresentados no anexo 21.

5.2 Transporte coletivo

A empresa responsável pelos serviços de transporte coletivo público intermunicipal,

na região urbana do Município de Vila Velha é a Companhia de Transportes

Urbanos da Grande Vitória (CETURB-GV).

Vinculada à Secretaria de Estado dos Transportes e Obras Públicas (SETOP), a

Companhia de Transportes Urbanos da Grande Vitória (CETURB-GV) foi criada pela

lei nº 3.693/84 com o fim específico de desempenhar as funções de competência do

Estado, atribuídas pela Constituição Federal (Art. 175) e Estadual (Art. 227), de

Page 48: ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA - vilavelha.es.gov.br de Uso Misto... · Anuência do proprietário quanto à elaboração do EIV em sua propriedade em que este esteja ciente de

CITTÁ ENGENHARIA

48

conceder, planejar, contratar e gerenciar o sistema de transporte público de

passageiros da Região Metropolitana da Grande Vitória. A gestão do sistema foi

transferida do Detran-ES para Ceturb-GV em agosto de 1986, quando a empresa foi

totalmente estruturada. Além do cumprimento das funções específicas, uma das

primeiras medidas foi o estabelecimento de um canal permanente de comunicação

com os usuários do transporte coletivo.

A CETURB_GV disponibiliza além dos serviços de transporte coletivo, o serviço de

transporte seletivo, implantado em 1997 diante de uma crescente demanda por um

serviço de transporte diferenciado, realizado através de veículos equipados com ar

condicionado, banco reclinável, cujo principal objetivo do serviço seletivo é captar a

demanda do transporte particular.

Já a gestão dos serviços de transporte coletivo público local, entre os bairros do

município é promovido pela Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Mobilidade –

Setor de Transporte Coletivo e Individual - de Vila Velha, e operacionalizado através

da frota da empresa municipal de ônibus - SANREMO.

5.2.1 Pontos de ônibus e táxi

O mapeamento dos pontos e ônibus e táxis foram realizados no perímetro delimitado

pela AID-viária, estipulado pela CEEIV, através de levantamento in loco, com equipe

técnica deste EIV. O mapeamento dos pontos de ônibus e táxi localizados na AID do

empreendimento estão apresentados no anexo 22.

5.2.2 Pontos de ônibus no entorno imediato

Segundo informação da empresa responsável pelo transporte coletivo

intermunicipal, CETURB – Companhia Estadual de Transportes Urbanos, linhas de

ônibus que circulam em cada um dos pontos de ônibus distantes no máximo 300 m

do empreendimento são apresentadas na Tabela 7, a seguir:

Page 49: ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA - vilavelha.es.gov.br de Uso Misto... · Anuência do proprietário quanto à elaboração do EIV em sua propriedade em que este esteja ciente de

CITTÁ ENGENHARIA

49

Tabela 7 Linhas de ônibus e capacidade instalada (CETURB)

RELAÇÃO DE LINHAS QUE CIRCULAM PELO EIXO DA RUA SÃO PAULO (PRAIA DA COSTA) –

VILA VELHA

ORDEM

LINHAS

FROTA OP.

VIAGENS

PROG.

PASSAG.

TRANSP.

1 500 – T. Vila Velha/T. Itacibá via Terceira

Ponte

13 92 7.720

2 508 – T. Laranjeiras/T. Itaparica via

Camburi – Terceira Ponte – T. Vila Velha

29 120 7.430

3 510 – T. Carapina/T. Vila Velha via

Terceira Ponte

7 37 2.725

4 611 – T. Itaparica/Praia da Costa via Itapoã

– CREFES - Circular

16 133 5.270

5 650n – T. Vila Velha/T. IBES via Praia de

Itapoã

6 50 2.970

6 662 – T. Vila Velha/Praia da Costa via via

CREFES - Circular

4 63 1.350

TOTAL 75 495 26.965

Notas: 1) - As informações sobre Frota Operante, Viagens Programadas e Passageiros

Transportados são referentes a dias úteis. 2) – A demanda de passageiros

transportados é referente ao mês de maio/2016. 3) – A capacidade de lotação dos

ônibus segue a proporção de até 6 passageiros em pé/m², o que equivale a 80

passageiros em ônibus convencionais e 140 passageiros em ônibus articulados.

Conforme pode-se observar segundo informações da empresa responsável pelos

serviços, o sistema opera em capacidade de lotação compatível com demanda de

usuários, uma vez que sendo a capacidade de lotação dos ônibus de até 6

passageiros em pé/m², o que equivale a 80 passageiros em ônibus convencionais,

tem-se pelos dados apresentados uma média de 55 passageiros, por viagem

realizada.

5.2.3 Avaliação dos pontos de ônibus

Para avaliação dos pontos de ônibus levou-se em conta todos os aspectos

pertinentes ao tráfego de pedestres. As informações aqui apresentadas foram

levantadas “in loco” dentro de toda a AID, sendo descriminadas a seguir.

Page 50: ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA - vilavelha.es.gov.br de Uso Misto... · Anuência do proprietário quanto à elaboração do EIV em sua propriedade em que este esteja ciente de

CITTÁ ENGENHARIA

50

Ponto de onibus Nº 01

O Ponto de ônibus Nº 1 está localizado na Rua Hugo Musso, possui abrigo, embora

não comporte a demanda de usuários do sistema de transporte coletivo. Não foi

verificado a existência de sinalização vertical, indicativa de ponto de parada de

ônibus, todavia verificou-se a presença de sinalização horizontal (faixa de pedestres)

em suas proximidades. A calçada existente não comporta largura para o bom

transito de pedestre, aja visto o grande fluxo de usuários de transporte público que

faz utilização do mesmo. Além disso, percebe-se também a presença de piso tátil,

configurando-a, como calçada cidadã.

Foto 5.2.2-1 Ponto de ônibus 01 - Rua Hugo Musso

Page 51: ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA - vilavelha.es.gov.br de Uso Misto... · Anuência do proprietário quanto à elaboração do EIV em sua propriedade em que este esteja ciente de

CITTÁ ENGENHARIA

51

Ponto de ônibus Nº 2

Foto 5.2.2-2 Ponto de ônibus 02 - Rua Hugo Musso

O Ponto de ônibus Nº 02 está localizado na Rua Hugo Musso, e é composto por

sinalização vertical padrão, não foi verificado a presença de abrigo para

acomodação de usuários do sistema de transporte coletivo. Verifica-se que a

demanda de usuários do sistema de transporte coletivo concentrados no local,

principalmente em horários de pico de utilização do sistema, representa obstáculo à

circulação de pedestres pela calçada.

Page 52: ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA - vilavelha.es.gov.br de Uso Misto... · Anuência do proprietário quanto à elaboração do EIV em sua propriedade em que este esteja ciente de

CITTÁ ENGENHARIA

52

Ponto de onibus Nº 03

O ponto está localizado na rua Hugo Musso, verifica-se a presença de sinalização

vertical padrão, bem como sinalização horizontal (faixa de pedestres) em suas

proximidades. A calçada existente configura-se como “cidadã” pela presença de piso

tátil. Verifica-se que a demanda de usuários do sistema de transporte coletivo

concentrados no local, principalmente em horários de pico de utilização do sistema,

representa obstáculo à circulação de pedestres pela calçada.

Foto 5.2.2-3 Ponto de ônibus 03 - Rua Hugo Musso

Page 53: ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA - vilavelha.es.gov.br de Uso Misto... · Anuência do proprietário quanto à elaboração do EIV em sua propriedade em que este esteja ciente de

CITTÁ ENGENHARIA

53

Ponto de ônibus Nº 04

O ponto de ônibus está localizado na Rua Hugo Musso, não foi verificado a

existência sinalização vertical, porém apresenta sinalização horizontal para travessia

de pedestres (faixa de pedestre) nas proximidades. Verificou-se a existência de

abrigo, com sinais de pichações, e pouca conservação. Verifica-se que a demanda

de usuários do sistema de transporte coletivo concentrados no local, principalmente

em horários de pico de utilização do sistema, representa obstáculo à circulação de

pedestres pela calçada, nos demais horários porém a calçada apresenta largura

suficiente para o transito de pedestres, embora não apresente-se na configuração

padrão de calçada cidadã, preconizada pelo mjnicípio.

Foto 5.2.2-4 Ponto de ônibus 04 - Rua Hugo Musso

Page 54: ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA - vilavelha.es.gov.br de Uso Misto... · Anuência do proprietário quanto à elaboração do EIV em sua propriedade em que este esteja ciente de

CITTÁ ENGENHARIA

54

Ponto de ônibus Nº 05

O ponto de ônibus está localizado na Rua São Paulo, apresenta sinalização vertical,

e presença de abrigo e lixeira proveniente do município. É possível verificar a

presença de pontos de interferência ao trânsito de pedestres, devido aos postes

existentes. Não foi verificado no trecho a configuração no padrão de calçada cidadã.

A faixa livre ou passeio, embora destine-se exclusivamente à circulação de

pedestres, não está livre de qualquer obstáculo, sendo descontínua entre lotes, o

que fere os preceitos da ABNT-NBR-9050/2015 “Acessibilidade a edificações,

mobiliário, espaços e equipamentos urbanos”.

Foto 5.2.2-5 Ponto de ônibus 05 - Rua São Paulo

Page 55: ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA - vilavelha.es.gov.br de Uso Misto... · Anuência do proprietário quanto à elaboração do EIV em sua propriedade em que este esteja ciente de

CITTÁ ENGENHARIA

55

Ponto de ônibus Nº 06

O ponto de ônibus está localizado na Rua São Paulo apresenta sinalização vertical,

e sinalização horizontal para travessia de pedestres nas proximidades, embora

localize-se próximo à interseção semaforizada. A calçada apresenta uma largura

considerável para o transito de pedestres, porém apresenta interferências ao trânsito

de pedestres, pela presença de desníveis, vegetações e posteamento. A faixa livre

ou passeio, embora destine-se exclusivamente à circulação de pedestres, não está

livre de qualquer obstáculo, sendo descontínua entre lotes, o que fere os preceitos

da ABNT-NBR-9050/2015 “Acessibilidade a edificações, mobiliário, espaços e

equipamentos urbanos”.

Foto 5.2.2-6 Ponto de ônibus 06 - Rua São Paulo

Page 56: ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA - vilavelha.es.gov.br de Uso Misto... · Anuência do proprietário quanto à elaboração do EIV em sua propriedade em que este esteja ciente de

CITTÁ ENGENHARIA

56

Ponto de ônibus Nº 07

O ponto de ônibus está localizado na Rua São Paulo não foi verificado a existência

de vertical, como placa indicativa, sendo observado, porém a presença do abrigo

para localização física do mesmo. A sinalização horizontal, para travessia de

pedestres apresenta-se pouco visível. A calçada existente apresenta largura

compatível com o fluxo de pedestres da localidade, embora conflitando com a

largura mínima estipulada pelo PDM em seu Quadro II “ Perfis das Vias segundo

classificação funcional”, e a existência de interferências ao fluxo de transeuntes, pela

presença de postes ao longo da calçada. Percebe-se sobretudo a existência de piso

tátil configurando-a como “calçada cidadã”.

Foto 5.2.2-7 Ponto de ônibus 07 - Rua São Paulo

Page 57: ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA - vilavelha.es.gov.br de Uso Misto... · Anuência do proprietário quanto à elaboração do EIV em sua propriedade em que este esteja ciente de

CITTÁ ENGENHARIA

57

Ponto de ônibus Nº 08

O ponto de ônibus localizado na Rua São Paulo não apresenta sinalização vertical,

com placa indicativa de parada de ônibus, possui abrigo para acomodação dos

usuários do sistema, porém com notáveis sinais de vandalismo. Localiza-se próxima

à interseção semaforizada, o que facilita a travessia de pedestres. A calçada

configura-se como “cidadã” pela presença de piso tátil, e largura mínima da faixa

livre (passeio) compatível com a ABNT-NBR-9050/2015, apesar da largura conflitar

com aquela estipulada pelo PDM, em seu Quadro II “ Perfis das Vias segundo

classificação funcional”, não foi verificado conflitos ao tráfego de pedestres, apesar

de interferências ao fluxo, pela presença de posteamentos. A área de passeio

apresenta ainda irregularidades, com relação ao preconizado pela ABNT-NBR-

9050/2015, pela presença de obstáculo.

Foto 5.2.2-8 Ponto de ônibus 08 - Rua São Paulo

Page 58: ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA - vilavelha.es.gov.br de Uso Misto... · Anuência do proprietário quanto à elaboração do EIV em sua propriedade em que este esteja ciente de

CITTÁ ENGENHARIA

58

Ponto de ônibus Nº 09

O ponto de ônibus está localizado na Avenida Jair de Andrade, apresenta

sinalização vertical padrão com sinalização horizontal própria pertinente ao tráfego

de transporte coletivo, o mesmo não comporta abrigo para acomodação dos

usuários do transporte coletivo do município. A calçada é caracterizada como

“cidadã” pela presença de piso tátil, nota-se de forma considerável a largura da

calçada pertinente ao trânsito de pedestres. Existe continuidade entre as calçadas,

bem como respeito à largura mínima preconizada pela ABNT-NBR-9050/2015

“Acessibilidade a edificações, mobiliário, espaços e equipamentos urbanos”.

Foto 5.2.2-9 Ponto de ônibus 09 - Av. Jair de Andrade

Page 59: ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA - vilavelha.es.gov.br de Uso Misto... · Anuência do proprietário quanto à elaboração do EIV em sua propriedade em que este esteja ciente de

CITTÁ ENGENHARIA

59

Ponto de ônibus N º10

Foto 5.2.2-10 Ponto de ônibus 10 - Rua Romero Botelho (Rua Curitiba)

O ponto de ônibus localizado na Rua Romero Botelho (Rua Curitiba) apresenta

sinalização vertical padrão, ausência de sinalização horizontal, bem como de abrigo.

Contudo, na calçada existente nota-se o piso tátil configurando-a como “cidadã” e a

largura da mesma, propiciando um bom fluxo de pedestres levando-se em conta a

existência de árvores ao longo na calçada, embora devidamente sinalizadas com

pisos tátil.

Page 60: ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA - vilavelha.es.gov.br de Uso Misto... · Anuência do proprietário quanto à elaboração do EIV em sua propriedade em que este esteja ciente de

CITTÁ ENGENHARIA

60

Ponto de ônibus Nº 11

O ponto de ônibus localizado na Rua Ceará encontra-se sem a devida sinalização

vertical e horizontal. A caracterização do mesmo dar-se-á pela presença de abrigo

para melhor acomodação dos usuários de transporte público. Além disso, a calçada

apresenta largura razoável para o trânsito de pedestres, levando em consideração a

presença de postes na calçada. Há também a presença de uma lixeira próxima ao

abrigo. Foi verificado inexistência da configuração padrão para “calçada cidadã”,

bem como de piso tátil alertando à existência de obstáculos ao fluxo de pedestres,

além disso existe descontinuidade no padrão construtivo entre as calçadas dos lotes

lindeiros, apesar atender à largura mínima preconizada pela ABNT-NBR-9050/2015

“Acessibilidade a edificações, mobiliário, espaços e equipamentos urbanos”.

Foto 5.2.2-11 Ponto de ônibus 11 - Rua Ceará

Page 61: ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA - vilavelha.es.gov.br de Uso Misto... · Anuência do proprietário quanto à elaboração do EIV em sua propriedade em que este esteja ciente de

CITTÁ ENGENHARIA

61

Ponto de ônibus Nº 12

O ponto de ônibus localizado na Avenida Gil Veloso apresenta uma faixa de própria

para embarque e desembarque dos usuários, por se tratar de um ponto turístico de

alto fluxo, tanto de pedestres como de automóveis. Observa-se sua devida

sinalização vertical, bem como o abrigo. A calçada em questão é suficiente para o

para acomodação dos passageiros do transporte público de forma segura. A

existência de baia, com recuo da via de tráfego de veículos, está em conformidade

com o disposto no PDM, em seu Quadro II “ Perfis das Vias segundo classificação

funcional”.

Foto 5.2.2-12 Ponto de ônibus 12 - Avenida Gil Veloso

5.2.4 Trajeto de pedestres

Este item apresenta as condições do trajeto de pedestres entre os pontos de ônibus

distantes no máximo 300 m até o empreendimento, segundo o menor percurso a ser

percorrido, avaliando o calçamento, a sinalização horizontal/vertical/semafórica e a

segurança do pedestre.

O percurso analisado é apresentado no anexo 23.

Page 62: ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA - vilavelha.es.gov.br de Uso Misto... · Anuência do proprietário quanto à elaboração do EIV em sua propriedade em que este esteja ciente de

CITTÁ ENGENHARIA

62

Os pontos que foram considerados dentro da distância limite foram os pontos de

números 03, localizado na quadra nº 60 próximo à interseção da Avenida Hugo

Musso com a Rua Erothildes Pena Medina e número 07, localizado na quadra nº19

próximo à interseção da Rua São Paulo com a Rua Maranhão.

O trajeto do ponto de ônibus até o empreendimento dar-se-á em 130 metros. O

trajeto constitui-se com “calçadas cidadãs” e com largura razoável para o tráfego de

pedestres. Percebe-se também a presença de árvores e postes ao longo do

percurso, diminuindo a segurança no dado percurso em questão. Nota-se de forma

considerável a presença de sinalização horizontal da via existente em processo de

deterioração, com ênfase na sinalização de faixa de pedestre. Apesar disso, no

trajeto há existência de semáforos voltada para os veículos automotores, dessa

forma, garante ao pedestre maior segurança.

O trajeto do ponto de ônibus Nº 07 para o empreendimento dar-se-á por 50 metros.

O percurso apresenta postes e árvores que terão pouca interferência sobre o trajeto,

além disso, tem-se rampas de acesso para cadeirantes e uma largura útil torna o

fluxo de pedestres e cadeirantes (quando houver) satisfatório. Entretanto, a

sinalização horizontal do trajeto se encontra em demasiado processo de

deterioração, com ausência de semaforização, tanto para pedestre quanto para

automóveis.

5.2.5 Pontos de táxi

Os pontos de táxi levantados em campo se localizam na Avenida Gil Veloso, ambos

estão com devida sinalização horizontal, entretanto a vertical encontra-se em

processo de deterioração.

Page 63: ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA - vilavelha.es.gov.br de Uso Misto... · Anuência do proprietário quanto à elaboração do EIV em sua propriedade em que este esteja ciente de

CITTÁ ENGENHARIA

63

Foto 5.2.5-13 Detalhamento do ponto de táxi em frente ao Edifício Pasárgada

Foto 5.2.5-14 Detalhamento do ponto de táxi em frente a Grand Construtora

Page 64: ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA - vilavelha.es.gov.br de Uso Misto... · Anuência do proprietário quanto à elaboração do EIV em sua propriedade em que este esteja ciente de

CITTÁ ENGENHARIA

64

5.3 Determinação da demanda viária atual na AID - Viária e Interseções

5.3.1 Levantamentos e pesquisas de campo

Todos os levantamentos e pesquisas de campo necessárias para a elaboração do

EIV, bem como a metodologia, os locais e empreendimentos a serem

pesquisados/considerados, os questionários a serem aplicados e o calendário das

pesquisas foram apresentados e acordados com o CEEIV.

Todas as pesquisas estão disponibilizadas em meio digital aberto, e entregues

juntamente com o estudo.

5.3.2 Metodologias nas pesquisas e contagens

Para este estudo, foi utilizada a metodologia de medição direta e manual, ou seja, as

contagens foram executadas diretamente (número de veículos que passaram num

determinado movimento e período de tempo, como também o tipo de veículo - auto,

moto, ônibus e caminhão).

Após a tabulação dos dados e análise dos períodos de realização das contagens,

foram determinados os volumes na hora mais carregada de cada interseção,

determinando-se assim o volume na hora de pico das interseções pesquisadas.

De posse desses volumes de tráfego, e das características físicas e operacionais

das aproximações em questão, realizou-se o método de Webster, para

determinação do nível de serviço das aproximações viárias na AID do

empreendimento em análise.

Para cálculo da capacidade viária e nível de serviço do sistema viário compreendido

pela Área de Influência Direta Viária, ou seja, o volume de tráfego máximo de

veículos que pode percorrê-la numa determinada unidade de tempo será adotado o

modelo de WEBSTER para o cálculo da capacidade, por ser o método de cálculo

recomendado pela Prefeitura Municipal de Vila Velha.

Segundo o método Webster, muitos fatores influenciam no valor da capacidade. Os

fatores utilizados para análise, segundo a metodologia escolhida, são função de:

- Largura das vias;

Page 65: ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA - vilavelha.es.gov.br de Uso Misto... · Anuência do proprietário quanto à elaboração do EIV em sua propriedade em que este esteja ciente de

CITTÁ ENGENHARIA

65

- Número de sentidos de tráfego;

- Presença de veículos estacionados;

- Localização das vias;

- Declividade das vias (rampas);

- Presença de pontos de parada de transporte coletivo;

- Tempo de verde efetivo da aproximação;

- Composição do tráfego;

- Movimentos de conversão à esquerda e à direita;

- Variação horária do volume de tráfego.

Além da determinação dos volumes de tráfego, foram realizadas vistorias no local

para levantamento das características físicas e operacionais dos cruzamentos, a fim

de determinar todos os fatores que contribuem para a redução da capacidade das

vias.

Estas características determinaram todos os fatores de redução de capacidade, a

capacidade das aproximações e os níveis de serviço atuais.

O nível de serviço da via é definido como a relação entre o volume e a capacidade,

numa unidade de tempo. Através desse fator, pode-se avaliar as condições em que

a via se encontra no que diz respeito à sua fluidez de tráfego (velocidade, tempo de

viagem, interrupções do fluxo, etc.).

De acordo com o Método de Webster, os fatores determinantes para o cálculo da

capacidade são:

Largura da Aproximação

A relação entre largura da aproximação (sem veículos estacionados, nem

movimento de conversão à esquerda e com 10% de conversões à direita) e o fluxo

de saturação é dada pela fórmula:

Page 66: ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA - vilavelha.es.gov.br de Uso Misto... · Anuência do proprietário quanto à elaboração do EIV em sua propriedade em que este esteja ciente de

CITTÁ ENGENHARIA

66

S = 525*L onde:

S = fluxo de saturação

L = largura física disponível para a chegada dos veículos (em metros)

O resultado é válido para valores de L maiores que 5,2 m e menores que 18,00 m.

Para valores menores, são fornecidos os fluxos de saturação:

Fluxo de saturação em função da largura da aproximação

L(m) 3 3,3 3,6 3,9 4,2 4,5 4,8 5,2

S(v/htv) 1.850 1.875 1.900 1.950 2.075 2.250 2.475 2.700

A largura utilizada para o cálculo do fluxo de saturação foi a largura efetiva da

aproximação que equivale a largura da pista descontado o espaço físico utilizado

pelo estacionamento de veículos, seja ele regulamentado ou não.

Largura efetiva = L – E onde:

L = largura da aproximação

E = espaço físico retirado pelo estacionamento.

Largura efetiva x ângulo de

estacionamento

Ângulo 0º 30º 45º 60º

E 2 4,5 5,19 5,48

Fator de Semáforo (Z)

Considera a perda de capacidade pela retenção e congestionamento de veículos e

filas.

Page 67: ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA - vilavelha.es.gov.br de Uso Misto... · Anuência do proprietário quanto à elaboração do EIV em sua propriedade em que este esteja ciente de

CITTÁ ENGENHARIA

67

É determinado pela relação entre o tempo de verde e o tempo do ciclo completo. É

dada pelo produto do fluxo de saturação pela porcentagem de verde dedicada à

aproximação. Assim:

C = S x ( v’/c )

Onde: C = capacidade horária da aproximação

v’ = tempo de verde efetivo da aproximação (segundos)

S = fluxo de saturação da aproximação

c = ciclo (segundos)

O tempo de verde efetivo da aproximação é calculado como:

V’ = v +a – I

Onde: v’ = tempo de verde efetivo da aproximação (segundos)

V = tempo de verde normal (segundos)

a = tempo de amarelo (segundos)

I = tempo perdido (segundos)

Fator de Interseção ( f int )

Considera a perda da capacidade em interseções não semaforizadas que causam

interrupções no fluxo de tráfego.

Fint = 0,57 Y1 + 0,43Yi – 0,21Y + 0,21; Y1 = Vi e Y = Yi ; Y = Si

Onde: Y i = coeficiente de interseção

Y = coeficiente total

V i = número de veículos em UCP que chegam na hora pico

Page 68: ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA - vilavelha.es.gov.br de Uso Misto... · Anuência do proprietário quanto à elaboração do EIV em sua propriedade em que este esteja ciente de

CITTÁ ENGENHARIA

68

S i = fluxo de saturação da aproximação

Fator de Declividade ( f decliv )

Deve-se reduzir o fluxo de saturação de 3% para cada 1% de subida, no máximo de

10% de declividade; deve-se aumentá-lo de 3% para cada 1% de descida, num

máximo de 5% de declividade. É definida como taxa média entre a linha de retenção

e um ponto na aproximação situado a 60 m antes dela, sendo que esta declividade

continua através da interseção.

Fator de declividade de acordo com a inclinação

i 0% 5% 10% -3% -5%

fdecliv 1 0,85 0,7 1,09 1,15

Fator de Equivalência ( f equiv ) Veículos Comerciais

Refere se à composição do tráfego e é definido pela relação entre o volume total de

veículos e o volume equivalente de veículos em UCP.

Fequiv = Vt / Vtequiv

É corrigido através de coeficientes de equivalência, que transformam os veículos

que não sejam “leves” em unidades de carros de passeio (ucp). Os coeficientes são:

Veículo 01 automóvel 01 caminhão médio ou

pesado

01 ônibus

Equivalência 1,00ucp 1,75ucp 2,25 ucp

Fator de Localização ( f loc )

O método classifica as localizações em três tipos: “boa”, “média” e “ruim”, e fornece

os valores do fluxo de saturação com relação à condição:

Boa: valor base de 1,20;

Média: valor base de 1,00;

Page 69: ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA - vilavelha.es.gov.br de Uso Misto... · Anuência do proprietário quanto à elaboração do EIV em sua propriedade em que este esteja ciente de

CITTÁ ENGENHARIA

69

Ruim: valor base de 0,85.

Consideram-se as características de ocupação do solo no entorno das vias, bem

como nível de interferências existentes na circulação de veículos e no tráfego de

forma geral.

Fator de Estacionamento ( f est )

Considera a perda de largura útil para estacionamento e a distância desde até a

linha de retenção.

Fest = (L – P) / L

Onde: P = 1,68 – 0,90 x ( d – 7,6 )/VD

L = largura da via em metros;

P = perda da largura em metros;

d= distância em metros entre a linha de retenção e o primeiro veículo estacionado;

VD = tempo de verde da aproximação, em segundos.

Quando se tratar de estacionamento de veículos pesados, aumenta se a perda em

50%.

Fator de Conversão à esquerda e à direita ( f conv )

O procedimento geral é adotar o fator de equivalência igual a 1,75 para a conversão

à esquerda; cada veículo que vira à esquerda vale 1,75 de um que vai em frente. O

movimento de conversão à direita depende da curvatura e do número de pedestres

que cruzam a transversal. Assim sendo, para conversões à direita a mais do que

10%, deve se assumir cada veículo que vira como equivalente a 1,25 de um veículo

que vai em frente. Este fator refere se à restrição de capacidade causada pelas

conversões efetuadas pelos veículos.

Se VD e VE > 0,10 VTE:

Page 70: ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA - vilavelha.es.gov.br de Uso Misto... · Anuência do proprietário quanto à elaboração do EIV em sua propriedade em que este esteja ciente de

CITTÁ ENGENHARIA

70

fconv = VTE / [ VF + 1,25 VD + ( 1,25 VE (1) ou 1,75 VE (2)) ]

Onde: VTE = volume total equivalente de veículos que chegam à interseção, em

UCP (Unidade de Carro Passeio).

V = volume total equivalente de veículos que seguem em frente

VD = volume total equivalente de veículos que convergem à direita

VE (1) = volume total equivalente de veículos que convergem à esquerda em

vias de um sentido de tráfego

VE (2) = volume total equivalente de veículos que convergem à esquerda em

vias de dois sentidos de tráfego

Se VD e VE < 0,10 VTE: fconv = 1,00

Fator de Ônibus ( f ônib )

Considera a restrição imposta por pontos de ônibus na aproximação (antes e depois

da interseção) e que interfira no fluxo da via. Para pontos de ônibus em meio de

quadra fonib = 1,00. Para outras localizações, foi utilizado o ábaco do Boletim

Técnico da CET Nº 16.

PROCEDIMENTO GERAL DE CÁLCULO

Determinar a largura efetiva de cada aproximação (L) e achar os fluxos de saturação

básicos por hora de tempo de verde (S básico);

- Calcular os valores de correção devido à declividade (f decliv), localização (f local),

conversões à esquerda ( fce ), conversões à direita ( fcd ) e a presença de veículos

comerciais ( fequiv );

- Calcular o fluxo de saturação final (Sfinal), corrigindo o fluxo de saturação básico;

Page 71: ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA - vilavelha.es.gov.br de Uso Misto... · Anuência do proprietário quanto à elaboração do EIV em sua propriedade em que este esteja ciente de

CITTÁ ENGENHARIA

71

Sfinal = Sbásico x fdecliv x flocal x fce x fcd x fequiv

Determinar a capacidade (C) e o grau de saturação (X) de cada aproximação;

- Calcular o nível de serviço de cada aproximação.

Determinados a capacidade teórica e os volumes equivalentes que chegam às

interseções obtêm se o nível de serviço para as mesmas através da relação

volume/capacidade.

O nível de serviço é determinado a partir do grau de saturação (X) da interseção

obtido pela relação entre a demanda (Q) e a capacidade horária (C) através da

tabela elaborada por Watson/Reilly do BIRD, que classifica os níveis de serviço de A

até F, como observado na tabela que se segue:

Page 72: ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA - vilavelha.es.gov.br de Uso Misto... · Anuência do proprietário quanto à elaboração do EIV em sua propriedade em que este esteja ciente de

CITTÁ ENGENHARIA

72

Tabela 8 Classificação dos Níveis de serviço

5.3.3 Contagem volumétrica direcional e seletiva de tráfego

A contagem volumétrica direcional e seletiva de tráfego foi realizada nos

cruzamentos estipulados pelo TR, e é apresentada por período estabelecido, por

cruzamento e por sentido do movimento, o resultado das pesquisas são

apresentados conforme planilhas constantes no anexo 24, deste EIV.

5.3.4 Volume na hora pico atual

Através das contagens realizadas, nas interseções definidas pela CEEV, foram

definidos os volumes de tráfego na hora de pico (manhã, almoço e tarde) de cada

interseção, considerando cada movimento e aproximação, os resultados são

apresentados nas planilhas constantes no anexo 25, deste EIV.

Page 73: ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA - vilavelha.es.gov.br de Uso Misto... · Anuência do proprietário quanto à elaboração do EIV em sua propriedade em que este esteja ciente de

CITTÁ ENGENHARIA

73

5.3.5 Capacidade viária e nível de serviço atual

A análise da capacidade viária nas interseções pesquisadas revelou o bom

funcionamento do sistema viário analisado, sendo verificado nível de serviço A+, em

grande parte das interseções.

Exceção a esta tendência foi verificado na Interseção 12, para qual foi verificado

Nível de Serviço D-, no período de pico do sistema entre 16:45 e 17:45.

As planilhas contendo os resultados de todas as interseções pesquisadas, por

período são apresentadas, no anexo 27, deste EIV.

5.3.6 Avaliação da Demanda Atual de Bicicletas

Através das contagens realizadas, nas interseções definidas pela CEEV foi

analisado o comportamento do tráfego de bicicletas. As representações dos

movimentos por sentido, em intervalos de 15 minutos, de cada cruzamento são

apresentadas em planta e planilha, constantes no anexo 28, deste EIV.

Foi possível analisar que o pico de utilização deste modal, coincide com períodos de

entrada/saída de horário escolar, e término de horário comercial, por volta das 7:00,

e 18:00, respectivamente. Sendo que as interseções de nº 8,11 e 13, apresentaram

os maiores fluxos de ciclistas. Atribui-se esta tendência à existência de ciclovia nas

interseções supracitadas, o que demonstra a propensão por parte da população

local, pela utilização do sistema de ciclovias implantado.

5.4 Determinação do tráfego futuro gerado na AID

Para estudo do comportamento do tráfego, capacidade viária e nível de serviço, para

o período de funcionamento do empreendimento foram realizadas pesquisas em

empreendimento semelhante já em funcionamento, com as mesmas características

e porte localizados na AID, os dados são apresentas na Tabela 9, abaixo:

Page 74: ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA - vilavelha.es.gov.br de Uso Misto... · Anuência do proprietário quanto à elaboração do EIV em sua propriedade em que este esteja ciente de

CITTÁ ENGENHARIA

74

Tabela 9 Empreendimentos pesquisados: determinação do tráfego futuro

Os parâmetros utilizados no empreendimento para geração do cálculo de tráfego

futuro foram: divisão modal, taxa de ocupação de veículos, índice de geração de

viagens, demanda de vagas, obtidos através da pesquisa realizada em

empreendimento semelhante. As planilhas com as informações completas, sobre o

estudo para determinação do tráfego futuro gerado, são apresentadas no anexo 29,

deste EIV.

5.4.1 Rotas de acesso e saída

De acordo com a Adenda XXI, do Município de Vila Velha, as viagens com volumes

mais representativos têm como polo gerador o polo Central. Com alto volume de

viagens internas – acima de 10.000 viagens/dia. O estudo apresenta, ainda a

representatividade de viagens intermunicipais e entre polos regionais, geradas a

partir deste polo, apontando principalmente um grande volume de viagens internas

ao polo, seguido daquelas com destino aos polos Litoral, Araçás, Novo México e

Itaparica; já o transporte intermunicipal, levantou como principais destinos os

Municípios de Vitória e Cariacica.

Com base neste cenário, e considerando as características arquitetônicas e

finalidades funcionais do empreendimento, traçou-se as seguintes rotas de acesso e

saída ao empreendimento, conforme apresentado no anexo 30.

5.4.2 Determinação dos volumes de tráfego futuro

Para determinação do tráfego futuro demandado no sistema, no período de

operação do empreendimento, foi obtido pela alocação das viagens geradas pelo

empreendimento, acrescidas da estimativa de crescimento da frota, segundo

estudos realizados pelo IBGE, na rede viária existente na área de influência direta,

Área Construída

Computável (m²)

UNIDADES

RESIDENCIAIS

SALAS

COMERCIAIS

UNIDADES

OCUPADAS

VAGAS

GARAGEM

EDIFÍCIO

RESIDENCIAL5931,58 80 - 34 131

EDIFÍCIO

CORPORATIVO4091,05 - 70 70 99

127 242 550 PIAZZA CITTÁ LIFE AND BUSINESS (PROJETO)

EMPREENDIMENTOS SEMELHANTES

PARÂMETROS

EMPREENDIMENTOS

PESQUISADOS

Page 75: ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA - vilavelha.es.gov.br de Uso Misto... · Anuência do proprietário quanto à elaboração do EIV em sua propriedade em que este esteja ciente de

CITTÁ ENGENHARIA

75

de acordo com o comportamento do tráfego atual, os resultados são apresentados

em planilha constante no anexo 31, deste EIV.

5.4.3 Planta de distribuição do tráfego

A planta espacializada da distribuição do tráfego na hora de pico do sistema, por

cruzamento, contemplando os volumes (UCP) de cada movimento, é apresentada

no anexo 31, deste EIV.

5.4.4 Determinação do nível de serviço futuro

O nível de serviço futuro das vias e cruzamentos pesquisados, detalhando os

coeficientes e respectivos cálculos, para cada aproximação, é apresentado em

planilha, no anexo 32 deste EIV.

5.4.5 Avaliação da demanda por bicicletas

Este meio de transporte é bastante utilizado pela população. Na pesquisa de

origem/destino do PDTU/GV foram identificadas cerca de 33.600 viagens/dia

utilizando a bicicleta como modo principal de deslocamento, ou seja, neste valor não

estão incluídas aquelas que utilizam este modo como complementar ao ônibus, por

exemplo.

Tabela 10 Viagens por Bicicleta como modo principal

Pólos Regionais Viagens Geradas/dia Viagens Internas aos pólos

Central 5.648 1.323

Itaparica 2.335 145

Soteco 2.933 477

Ibes 4.722 1.298

Novo México 3.273 512

Araçás 1.232 340

Aribiri 2.900 821

Paul 2.419 576

Sta. Rita 1.769 633

Grande Cobilândia

3.162 1.916

Litoral 2.196 1.826

Terra Vermelha 1.011 656

TOTAL 33.600 10.523

Fonte: Agenda XXI PMVV,2003

Page 76: ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA - vilavelha.es.gov.br de Uso Misto... · Anuência do proprietário quanto à elaboração do EIV em sua propriedade em que este esteja ciente de

CITTÁ ENGENHARIA

76

De acordo com as pesquisas desenvolvidas em empreendimentos semelhantes,

quantificou-se um percentual de 1 % das viagens provenientes deste modal, sendo

assim está previsto para o período de implantação do empreendimento um aporte de

quatro viagens bicicleta/hora pico do sistema.

5.5 Dimensionamento das áreas internas

Neste item são apresentados os estudos de demanda das áreas de estacionamento,

de carga e descarga de mercadorias, área de acumulação, de embarque e

desembarque de passageiros, tomando como final o maior valor entre a pesquisa

em empreendimento similar e a legislação vigente.

5.5.1 Vagas de Estacionamento internas, áreas de embarque e desembarque,

carga e descarga de veículos

A demanda de vagas estimada de estacionamento interno foi de 550 vagas. Sendo

distribuídas da seguinte forma: 75% para automóveis, 24% motos e 1% bicicletas, foi

calculada através da geração de viagens previstas, conforme pesquisa em

empreendimento similar. É importante ressaltar, que no dimensionamento do

quantitativo de vagas de estacionamento por modal, consideraram-se apenas os

valores obtidos da quantificação de viagens provenientes do modal automóvel,

motocicletas e bicicletas, como 100%.

Page 77: ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA - vilavelha.es.gov.br de Uso Misto... · Anuência do proprietário quanto à elaboração do EIV em sua propriedade em que este esteja ciente de

CITTÁ ENGENHARIA

77

O acesso às áreas de estacionamento do empreendimento será realizado através da

Rua Erotildes Pena Medina (torre comercial), pela Rua Pará (torre residencial).

Toda demanda de usuários do empreendimento realizará o embarque em área

interna ao empreendimento, sendo que o empreendimento prevê área de

acumulação, interna ao terreno do empreendimento para acesso aos pavimentos

garagem.

A pesquisa em empreendimento semelhante demonstrou a demanda máxima

horária (3600 segundos) de 61 viagens atraídas, o tempo médio de chegada (1/ λ) é

de 1 veículo a cada 0,02 segundos, λ = 0,02, considerando um tempo médio de

atendimento para entrada dos veículos de 15 segundos, (1/µ) , e µ = 0,067 sendo

assim tem-se que :

UNIDADES

RESIDENCIAIS

SALAS

COMERCIAIS

UNIDADES

OCUPADASVAGAS

VAGAS/UNID.

(PROJETO)

MÁXIMA

OCUPAÇÃO

PESQUISADA

TAXA DE

OCUPAÇÃO

EDIFÍCIO RESIDENCIAL 80 - 34 131 1,6 60 46%

EDIFÍCIO CORPORATIVO - 70 70 99 1,4 66 67%

127 242 550DEMANDA QUANTIFICADA PARA PIAZZA CITTÁ LIFE AND BUSINESS

DIMENSIONAMENTO VAGAS INTERNAS

PARÂMETROS

EMPREENDIMENTOS

PESQUISADOS

CARRO 75%

MOTO 24%

BICICLETA 1%

DIVISÃO MODAL POPULAÇÃO FIXA E FLUTUANTE - MODO

COMO CHEGOU

CARRO

MOTO

BICICLETA

Tabela 11 Demanda de vagas estacionamento interno

Page 78: ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA - vilavelha.es.gov.br de Uso Misto... · Anuência do proprietário quanto à elaboração do EIV em sua propriedade em que este esteja ciente de

CITTÁ ENGENHARIA

78

O comprimento médio da fila é de aproximadamente 01 veículo. Na pesquisa em

empreendimento semelhante observou-se a presença de área de acumulação de

veículos, através de um recuo de 4,5 metros, comportando um veículo por vez, o

qual apresenta operacionalidade. Porém como o empreendimento prevê uma

demanda de usuários superior ao empreendimento pesquisado, sugere-se a

previsão de uma área de acúmulo de pelo menos 03 veículos consecutivos.

5.6 Circulação de Pedestres, Demanda de Táxi e Demanda de Transporte

Coletivo

A pesquisa em empreendimento semelhante levantou um percentual de atração de

368 usuários, destes de 11% de usuários do sistema de transporte coletivo, e 1% de

demanda para usuários de táxi. Sendo que 22% dos entrevistados declaram que

realizam o percurso a pé.

Figura 3 Divisão Modal População Fixa e Flutuante

Analisando a demanda média diária de usuários, para o mês de referência

contemplado pela pesquisa junto à concessionária pública, o sistema opera com

uma média de 55 passageiros/viagem, por dia em cada linha de ônibus, tem-se o

acréscimo de aproximadamente 38 usuários/dia ao sistema de transporte público

CARRO 47%

MOTO 15%

ÔNIBUS 11%

CAMINHÃO 1%

PÉ 22%

BICICLETA 1%

TÁXI 1%

CARONA 2%

VAN 0%

DIVISÃO MODAL POPULAÇÃO FIXA E FLUTUANTE - MODO COMO

CHEGOU

CARRO

MOTO

ÔNIBUS

CAMINHÃO

BICICLETA

TÁXI

CARONA

VAN

Page 79: ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA - vilavelha.es.gov.br de Uso Misto... · Anuência do proprietário quanto à elaboração do EIV em sua propriedade em que este esteja ciente de

CITTÁ ENGENHARIA

79

coletivo, provenientes do empreendimento, o que representa uma média de

aproximadamente 7 usuários/dia em cada linha de ônibus.

Considerando que o fluxo de viagens internas ao Pólo Central, bem como aquelas

direcionadas à capital, apresenta grande representatividade, estima-se que uma

pressão sobre todas as linhas de ônibus no entorno do empreendimento.

As planilhas contendo as informações completas sobre o levantamento são

demonstradas no anexo 29, deste EIV.

5.7 Compatibilidade dos Acessos.

Não foi verificado interferências aos acessos propostos no projeto arquitetônico.

Page 80: ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA - vilavelha.es.gov.br de Uso Misto... · Anuência do proprietário quanto à elaboração do EIV em sua propriedade em que este esteja ciente de

CITTÁ ENGENHARIA

80

6 DIAGNÓSTICO AMBIENTAL

O diagnóstico ambiental é definido como o conhecimento de todos os componentes

ambientais de uma determinada área, para a caracterização da sua qualidade

ambiental. A caracterização da situação será realizada de modo a caracterizar a

situação ambiental da AID, em relação aos meios físico, biótico e antrópico, antes da

implantação do empreendimento.

6.1 Caracterização Ambiental

6.1.1 Clima

O clima vilavelhense é caracterizado, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e

Estatística, como tropical quente super‐úmido (tipo Aw segundo Köppen), visto

situar‐se na porção litorânea da RMGV. (VILA VELHA, 2014)

A temperatura média anual de 24,7 °C com invernos secos e amenos e verões

chuvosos com temperaturas elevadas. A umidade relativa do ar de 80%. O mês

mais quente, fevereiro, tem temperatura média de 27,4 °C, sendo a média máxima

de 31,8°C e mínima de 23,1°C. E o mês mais frio, julho, de 22,1°C, sendo 26,4°C e

17,8°C as médias máxima e mínima, respectivamente. (VILA VELHA, 2014)

Os ventos são constantes o ano todo, porém ocasionalmente o deslocamento de

frentes frias provoca episódios de ventos mais fortes, com rajadas atingindo

velocidades superiores a 70 km/h. (VILA VELHA, 2014)

A precipitação média anual é de 1.253,8 mm, sendo agosto o mês mais seco,

quando ocorrem apenas 44,6 mm. O período chuvoso, no geral, se estende de

outubro até abril, com a ocorrência de excedentes hídricos praticamente em todos

os meses do período chuvoso e, na região vilavelhense, as precipitações são

consideravelmente mais elevadas. (VILA VELHA, 2014)

6.1.2 Qualidade do ar

A poluição atmosférica é um fenômeno decorrente principalmente da atividade

humana em vários aspectos, dentre os quais podemos destacar: o crescimento

populacional, o desenvolvimento industrial e econômico, a concentração

Page 81: ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA - vilavelha.es.gov.br de Uso Misto... · Anuência do proprietário quanto à elaboração do EIV em sua propriedade em que este esteja ciente de

CITTÁ ENGENHARIA

81

populacional e industrial e os hábitos da população, fazendo-se necessário a adoção

de medidas de controle e monitoramento da poluição do ar.

Visando controlar e conhecer o impacto causado pelas diversas fontes poluidoras da

RMGV, o Instituto Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos – IEMA sentiu a

necessidade de implantar uma Rede Automática de Monitoramento da Qualidade do

Ar – RAMQAr na Região Metropolitana da Grande Vitória.

A RAMQAr, inaugurada em 06/06/2000, é composta por 9 (nove) estações de

monitoramento situadas em locais estratégicos e possui equipamentos de medição

de última geração, tornando a Rede Automática umas das mais modernas do

mundo, com uma série histórica composta por mais de 10 anos de dados de

monitoramento. O Monitoramento Automático visa medir continuamente os níveis de

qualidade do ar, possibilitando uma ação mais rápida e altamente eficaz no controle

e na fiscalização por parte do IEMA.

A Rede Automática de Monitoramento da Qualidade do Ar da Grande Vitória (RAMQAR)

permite que o Instituto Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (IEMA)

quantifique e conheça o comportamento dos seguintes poluentes atmosféricos:

Partículas Totais em Suspensão (PTS); Partículas Inaláveis (PM10); Ozônio (O3);

Óxidos de Nitrogênio (NOx); Monóxido de Carbono (CO) e Hidrocarbonetos (HC).

As estações componentes da RAMQAR estão distribuídas, da seguinte forma, nos

municípios que compõem a Região da Grande Vitória:

Serra: 02 estações (Laranjeiras e Carapina);

Vitória: 03 estações (Jardim Camburi, Enseada do Suá e Vitória - Centro);

Vila Velha: 02 estações (Ibes e Centro);

Cariacica: 01 estação (Cariacica)

A estrutura do índice de qualidade do ar contempla, conforme Resolução CONAMA

Nº 03 de 28/06/90, os seguintes parâmetros:

Dióxido de Enxofre;

Partículas Totais em Suspensão (PTS);

Partículas Inaláveis (PM10);

Monóxido de Carbono;

Ozônio e

Page 82: ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA - vilavelha.es.gov.br de Uso Misto... · Anuência do proprietário quanto à elaboração do EIV em sua propriedade em que este esteja ciente de

CITTÁ ENGENHARIA

82

Dióxido de Nitrogênio.

A Tabela 12 apresenta as faixas de concentração e de índice para cada poluente

para definição da classificação (boa, regular, inadequada, má, péssima ou crítica).

As faixas de concentração, associadas às faixas dos índices, apresentam limites

inferiores e superiores baseados em valores referenciais de qualidade do ar para

longa e curta exposição, seguidos pelos níveis de atenção, alerta e emergência.

Tabela 12 Faixas de concentração dos poluentes

IQA FAIXAS DE CONCENTRAÇÃO DOS POLUENTES (μg/m³)

CLASSIFICAÇÃO FAIXA MÉDIA (24 HORAS) MÉDIA (1 HORA) MÉDIA

(8 HORAS)

PTS PM10 SO2 NO2 O3 CO

BOM 0 – 50 0 – 80 0 – 50 0 – 80 0 – 100 0 – 80 0-5.000

REGULAR 51 – 100 81 - 240 51 - 150 81 – 365 101-320 81 – 160 5.001-10.000

INADEQUADO 101 – 199 241 - 375 151 - 250 366 - 800 321-1130 161-200 10.001-17.000

MÁ 200 – 299 376 – 625 251 - 420 801 -

1600 1131-

2260 201-800 17.001-34.000

PÉSSIMA 300 – 399 626 – 875 421 - 500 1601-

2100 2261-

3000 801-1000 34.001-46.000

CRÍTICA >400 > 876 > 501 > 2100 > 3000 >1000 > 46.000

A Tabela 13 apresenta o relatório de qualidade do ar na RMGV no dia 07 de junho

de 2016. Para efeito de divulgação, utiliza-se o índice mais elevado, isto é, a

qualidade do ar de uma estação é determinada pelo poluente que apresentou a

concentração mais crítica nas últimas 24h. (IEMA, 2016)

Tabela 13 Qualidade do Ar na Grande Vitória em 7/6/2016

Estação IQA* Poluente Classificação

Carapina 48 Partículas Inaláveis - PM10

Cariacica 0 Sem comunicação com a

estação

Cidade Continental 0 Estação em Manutenção —

Jardim Camburi 39 Partículas Inaláveis - PM10

Laranjeiras 64 Partículas Inaláveis - PM10

Vila Velha - Centro 0 Sem comunicação com a

estação

Vila Velha - Ibes 51 Material Particulado - PTS

Page 83: ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA - vilavelha.es.gov.br de Uso Misto... · Anuência do proprietário quanto à elaboração do EIV em sua propriedade em que este esteja ciente de

CITTÁ ENGENHARIA

83

Vitória - Centro 52 Material Particulado - PTS

Vitória - Enseada do Suá 0 Sem comunicação com a

estação

6.1.3 Recursos hídricos

O Espirito Santo possui doze bacias hidrográficas são elas: Doce, Itapemirim, São

Mateus, Itabapoana, Itaunas, Riacho, Santa Maria, Guarapari, Reis Magos, Jucú,

Benevente e Rio Novo.

Os principais mananciais que abastecem a Região da Grande Vitoria pertencem às

bacias do Rio Jucú e Santa Maria da Vitoria e este suprimento de agua ocorre por

meio de um sistema integrado, isto e, um mesmo manancial abastece diferentes

municípios.

Vila Velha tem sua hidrografia composta das bacias dos rios Guarapari e Jucú, cujas

áreas são de 32 e 179 km2 respectivamente, destacando-se como principais rios o

Jucú e o Una.

A malha hídrica do município de Vila Velha apresenta a seguinte constituição:

- Rio Jucú, classificado estritamente como rio e que e o principal manancial de

abastecimento de agua da Grande Vitoria, incluindo o município de Vila Velha;

- Canal do Congo e seus tributários, com características de pequenos rios ou

córregos. Atualmente podem ser classificados como parte córregos, parte canais de

drenagem. O curso principal, denominado Canal do Congo e afluente do Rio Jucú,

praticamente na foz deste na localidade de Barra do Jucú;

- Rio Aribiri e seus tributários, com características de pequenos rios ou córregos.

Atualmente podem ser classificados como canais de drenagem, com características

estuarinas nas regiões mais próximas de sua foz na Baia de Vitoria.

Além desses, existem diversos outros corpos hídricos, com características de

pequenos rios ou córregos, que atualmente podem ser classificados como canais de

drenagem. Os principais são o Canal Guaranhuns e seus tributários; e o Canal da

Costa e seus tributários. (VILA VELHA, 2014)

Page 84: ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA - vilavelha.es.gov.br de Uso Misto... · Anuência do proprietário quanto à elaboração do EIV em sua propriedade em que este esteja ciente de

CITTÁ ENGENHARIA

84

O terreno de implantação do empreendimento e drenado pela Bacia Hidrográfica

Praia da Costa, situada na região do município onde se localizam os mais

importantes aglomerados urbanos tradicionais, pois ali se deu o inicio da

colonização do solo espírito-santense. Sua drenagem se faz diretamente pelo Canal

da Costa, que possui aproximadamente 6.200 metros de extensão. O mesmo

encontra-se distribuído em trechos sem revestimento, os quais necessitam de

monitoramento das margens, limpezas periódicas e fiscalização quanto à ocupação

dos espaços laterais necessários para implantação de obras e manutenção

periódica da galeria e trechos com revestimentos, onde se observa a deterioração

do concreto com aparecimento das ferragens, necessitando com urgência de

recuperação destes pontos com restauração das partes afetadas. (AGENDA XXI,

2003)

6.1.4 Topografia

O município de Vila Velha apresenta‐se com relevo predominantemente plano, em

média 4 metros acima do nível do mar. São 32 quilômetros de litoral banhados pelo

Oceano Atlântico. Dentre as elevações, destaca‐se o Morro da Concha, elevação

rochosa situada na área litorânea, coberta com restinga; o Morro do Penedo,

composto por formações graníticas e com altitude chegando aos 135 metros de

altitude; o Morro do Moreno, que tem 164 metros de altitude e é considerado como

patrimônio natural pela lei municipal 262, de 1990, e decreto municipal 202, de 1996,

abrigando importante remanescente de mata atlântica; e o Morro da Penha, que tem

154 metros de altura e é onde está situado o Convento da Penha, sendo então um

dos locais mais visitados do Espírito Santo. (VILA VELHA, 2014)

6.1.5 Fauna e Flora

O Município de Vila Velha apresenta áreas de grande importância ecológica por sua

diversidade. A faixa litorânea é detentora de ecossistemas de alta diversidade,

encontrando-se restinga, manguezais, estuários, vegetação de Mata Atlântica,

lagoas e lagunas que desempenham papel fundamental na estabilidade do litoral

como um todo. Vila Velha possui 30 km de costa litorânea, o que equivale a 7,5% do

litoral capixaba. Existem atualmente 1.222, 78 ha de Reserva Ecológica com relação

à faixa limítrofe de 300m à partir da preamar.

Page 85: ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA - vilavelha.es.gov.br de Uso Misto... · Anuência do proprietário quanto à elaboração do EIV em sua propriedade em que este esteja ciente de

CITTÁ ENGENHARIA

85

Os maiores remanescentes da restinga estão situados no final da Praia do Coqueiral

e Praia da Barrinha (Reserva Ecológica de Jacarenema), nas regiões da Praia

Grande e da Ponta da Fruta, conhecida como Restinga de Interlagos, a vegetação

apresenta aspecto denso e fechado. No Morro do Moreno, foi transcrito um estudo

de vegetação, pelo biólogo, Joelson M. Simões e a engenheira agrônoma Maura

Helena Pizzáia Aroeira, a seguir: manga, erva-de-bicho, palmito, serralha, câmara,

casadinha, assa-peixe, margaridinha, begônia, cipó-de-são-joão, ipê-felpudo,

castanhola, gravatá, cacto, unha-de-vaca, pasto-rasteiro, embaúba, orquídea,

samambaia e etc; apresenta também milhares de espécies animais. As espécies de

aves marinhas da região são: andorinha-do-mar do bico amarelo e do bico vermelho,

jatobá marrom, benedito, fragata, gaivotão, grazina, pardelina e trinca-réis-das-roca.

(VILA VELHA, 2005 – Inventário da oferta turística do Município de Vila Velha).

Como o raio abrangido pela AID do empreendimento encontra-se totalmente em

perímetro urbano, com processo de urbanização avançado, a implantação e

funcionamento do empreendimento não acarretará em nenhum tipo de pressão ao

habitat de espécies de fauna e flora.

6.1.6 Área de preservação

O recobrimento vegetal primário na Região Metropolitana da Grande Vitória

apresenta consideráveis variações entre os municípios integrantes, onde as áreas

mais elevadas são cobertas predominantemente pela floresta atlântica de planície e

encosta, com espécies arbóreas densas de grande altura e diâmetro, submata

densa e presença de muitas epífitas. Já as áreas planas, com elevações máximas

da ordem de 3,0msnm (metros sobre do nível do mar), são recobertas por vegetação

conhecida como restinga. Nas áreas inundáveis há presença de comunidades

herbáceas constituídas por elementos fixos ou flutuantes, e as áreas sujeitas à

influência das marés são cobertas por manguezais. Vila Velha possui grandes

extensões de solo descoberto, ou coberto por herbáceas relativamente dispersas.

Existem, entretanto ainda algumas áreas preservadas de Mata Atlântica, de

restingas e mangues. (VILA VELHA, 2014)

Com o intuito de proteger os ambientes naturais remanescentes, foram identificadas

pela administração municipal algumas áreas do município que deverão ser

Page 86: ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA - vilavelha.es.gov.br de Uso Misto... · Anuência do proprietário quanto à elaboração do EIV em sua propriedade em que este esteja ciente de

CITTÁ ENGENHARIA

86

enquadradas dentro do que estabelece a Lei Federal número 9985/00 (Sistema

Nacional de Unidades Conservação da Natureza – SNUC).

As Unidades de Conservação são espaços territoriais com características naturais

relevantes, legalmente instituídos pelo poder público e sob regime especial de

administração. Existem vários tipos diferentes de unidades de conservação, cada

uma com objetivos e características distintas, embora todas tenham o mesmo

objetivo em comum: conservar a natureza.

No Espírito Santo, temos diversas categorias de UCs, administradas pelo IBAMA,

IEMA, prefeituras e pessoas físicas ou jurídicas. O IEMA é responsável pela

administração das Unidades de Conservação estaduais.

A vegetação predominante na AID do empreendimento em estudo é a restinga. Na

linha de praia das planícies litorâneas se estabelece uma vegetação adaptada às

condições salinas e arenosas sob influência de marés. Após esta faixa, sobre

cordões mais estáveis, encontra-se uma vegetação arbustiva e arbórea densa, com

muitas bromélias de solo, desempenhando um papel estabilizador de retenção de

água e de nutrientes no sistema.

Portanto, ressalta-se que a área de Influência Direta do empreendimento, segundo

informações disponibilizadas pela Agenda XXI do município de Vila velha, não

possui Área de Preservação, embora compreenda parte da Zona Especial de

Interesse Ambiental – ZEIA B, formada por restingas que estendem-se por toda

costa.

6.1.7 Aspectos Socioeconômicos

De acordo com o Censo Demográfico de 2010, a cidade de Vila Velha possui

território de 209.965 Km² e uma população de 414.586 habitantes, registrando uma

densidade demográfica de 1.973,59 hab/Km² (IBGE, 2012). Essa medida é um

indicador que mostra como a população é distribuída pelo seu território, sendo

resultante entre, população e a área de superfície do território.

Fazendo parte dos 7 municípios da Região Metropolitana da Grande Vitória, seu

crescimento demográfico ao longo dos anos tem relação com a expansão do

comércio, da indústria e turismo da região.

Page 87: ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA - vilavelha.es.gov.br de Uso Misto... · Anuência do proprietário quanto à elaboração do EIV em sua propriedade em que este esteja ciente de

CITTÁ ENGENHARIA

87

A agricultura é o setor menos relevante da economia de Vila Velha. De todo o

produto interno bruto da cidade, R$12.171 é o valor adicionado bruto da

agropecuária.

A indústria, atualmente, é o segundo setor mais relevante para a economia do

município, com produto interno bruto equivalente a R$1.513.311. A indústria ganhou

força na cidade a partir da instalação da fábrica da Chocolates Garoto, que foi

fundada em agosto de 1929, sendo hoje uma das maiores do país. Além da Garoto,

a cidade se destaca e tem potencialidade nas áreas da indústria de comércio

exterior e sistema portuário, de indústrias leves (alimentos, confecções e bebidas), e

da construção civil.

A prestação de serviços rende R$4.285.070 ao produto interno bruto municipal,

sendo que atualmente é a maior fonte geradora do produto interno bruto

vilavelhense, representando 72,44% do lucro anual médio da cidade. No setor

terciário os destaques são o comércio e o turismo. Grande parte dos

estabelecimentos comerciais de Vila Velha são micro e pequenas, sendo que elas

foram responsáveis por 73% das contratações de trabalho com carteira assinada em

agosto de 2012 na cidade. Até outubro de 2012, havia 11.850 empreendedores

individuais cadastrados no município. Alguns projetos realizados pela prefeitura, em

parceria com o estado ou com o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas

Empresas (Sebrae), visam incentivar e orientar o trabalho do micro e pequeno

empresário. (VILA VELHA, 2014).

A divisão por Regiões Administrativas do Município de Vila Velha obedece a Lei

Municipal 4.707 de 10 de setembro de 2008. O bairro Praia da Costa, no qual será

instalado o empreendimento Pertence à Região I, conforme mostra a Figura 4.

Page 88: ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA - vilavelha.es.gov.br de Uso Misto... · Anuência do proprietário quanto à elaboração do EIV em sua propriedade em que este esteja ciente de

CITTÁ ENGENHARIA

88

Figura 4 Região Administrativa I

Segundo o documento “Perfil Socioeconômico por Bairros” elaborado pela Prefeitura

Municipal de Vila Velha (2010), embasado no censo demográfico de 2010, o Bairro

Praia da Costa, Regional I, possui uma população de 31.083 habitantes, dos quais

14.474 são homens, e 16.609 mulheres, sendo que a maior parte da população se

enquadra dentro da faixa etária de 15 a 64 anos. A análise da densidade

demográfica da região aferiu um total de 114,46 habitantes por hectare, e uma taxa

de 40,51 moradias por hectare, sendo que se estima uma taxa de 2,83 habitantes

por moradia. (VILA VELHA, 2010).

Quanto à condição das habitações, o estudo mostra que do total de 11.001

domicílios particulares permanentes ocupados na região, 73% são próprios, 22,7%

alugados, 4 % cedidos, e 0,2% apresentam outras formas de ocupação que não as

citadas anteriormente.

Page 89: ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA - vilavelha.es.gov.br de Uso Misto... · Anuência do proprietário quanto à elaboração do EIV em sua propriedade em que este esteja ciente de

CITTÁ ENGENHARIA

89

Em uma análise sobre a cobertura dos serviços públicos referentes ao

abastecimento de água potável, provimento de energia elétrica, e coleta de lixo, foi

possível averiguar que, em uma análise da região como um todo, 100% dos

domicílios são atendidos pelos serviços de energia elétrica; 99,9% têm seus lixos

coletados; e 99,8% são atendidos pelo serviço de abastecimento de água potável.

6.1.8 Uso e ocupação do solo

Vila Velha é o maior município do Espírito Santo em número de habitantes,

respondendo por 11,8% da população estadual e 24,6% da população

metropolitana. Sua população foi ampliada em quase oito vezes nas últimas seis

décadas, tendo passado de 55,6 mil habitantes em 1950 para 425 mil em 2012.

Trata-se de uma população essencialmente urbana, pois 99,5% residem em área

urbana. (Vila Velha, 2012)

O uso do solo reflete uma diversidade de infraestruturas. Nas diferentes regiões do

município, há predominância do uso residencial, compartilhado com atividades de

comércio, serviços, indústrias e equipamentos religiosos, esparsamente distribuídos

no interior dos bairros, mas frequentes nas vias de maior movimento, concentrando‐

se em alguns trechos que configuram áreas de centralidade a conjuntos de bairros.

Em uma visão por região administrativa, percebe-se que a população concentra-se

nas regiões norte, próximas a ligação com Vitória, ocorrendo um grande espaço

vazio entre a zona urbana norte e a zona urbana de expansão ao sul, apresentando

vazios também na região sudoeste, próxima à fronteira com Viana.

Dentre as áreas de concentração consolidada podem ser citados o Centro de Vila

Velha, São Torquato, Ibes, Glória, Cobilândia e Novo México.

Desde o período inicial de formação da cidade até o momento presente, uma grande

dificuldade tem sido acompanhar o crescimento, de forma a conservar o patrimônio

ambiental e compatibilizar as novas ocupações, geradas a partir do parcelamento do

solo, protegendo as redes de infraestrutura e permitindo a ligação e hierarquia viária.

Para orientar o desenvolvimento urbano do município, em 2006 foi realizada a

Revisão do Plano Diretor Urbano do Município de Vila Velha.

Page 90: ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA - vilavelha.es.gov.br de Uso Misto... · Anuência do proprietário quanto à elaboração do EIV em sua propriedade em que este esteja ciente de

CITTÁ ENGENHARIA

90

O zoneamento urbano institui as regras de uso e ocupação do solo urbano para

cada uma das zonas criadas, com o objetivo de consolidar e otimizar a infraestrutura

básica instalada de maneira a evitar vazios urbanos e a expansão desnecessária da

malha urbana. De acordo com o Plano Diretor Municipal, instituído no Município de

Vila Velha pela LEI Nº 4.575/2007, a Área de Influência Direta do empreendimento,

determinada pela CEEIV, abrange a ZOP3 – Zona de Ocupação Prioritária 3.

A ZOP3 corresponde à parcela do território municipal melhor infraestrutura, onde

deve ocorrer o incentivo ao adensamento e à renovação urbana, com predominância

do uso residencial e prevenção de impactos gerados por usos e atividades

econômicas potencialmente geradoras de impacto urbano e ambiental. Na ZOP3 o

coeficiente de aproveitamento deve ser compatível com a verticalização das

edificações na da orla urbana de Itapoã e Itaparica.

O empreendimento apresenta, portanto, infraestrutura compatível com a área, na

qual será edificado, de acordo com os padrões urbanísticos estipulados pelo PDM

do Município de Vila Velha.

Page 91: ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA - vilavelha.es.gov.br de Uso Misto... · Anuência do proprietário quanto à elaboração do EIV em sua propriedade em que este esteja ciente de

CITTÁ ENGENHARIA

91

7 IDENTIFICAÇÃO DOS IMPACTOS URBANOS, VIÁRIO E AMBIENTAIS

Este item apresenta o levantamento e análise dos incômodos possíveis a serem

causados à vizinhança e adjacências durante a fase de implantação (construção) e

funcionamento do empreendimento.

Para a classificação dos impactos identificados preconizou-se os seguintes critérios:

Consequência: indica se o impacto resulta em efeitos benéficos/positivos ou

adversos/negativos;

Abrangência: indica os impactos cujos os efeitos se refletem na Área de Influência

Direta - AID ou na Área de Influência Indireta (área geográfica mais abrangente);

Intensidade: refere-se ao grau do impacto sobre o elemento/aspecto estudado, que

pode ser alta, média ou baixa.

7.1 Impacto Urbano

Baseando-se nas pesquisas e informações apresentadas foram analisados os

impactos positivos e negativos do empreendimento na AID em relação aos seguintes

aspectos:

7.1.1 Uso e ocupação do solo

Meio ambiente natural e construído

Fase de Implantação e Operação

De acordo com o Plano Diretor Municipal, instituído no Município de Vila Velha pela

LEI Nº 4.575/2007, a Área de Influência Direta do empreendimento, determinada

pela CEEIV, abrange a ZOP3 – Zona de Ocupação Prioritária 3.

A análise da infraestrutura projetada apresenta total compatibilidade com os índices

e taxas urbanísticas, preconizadas pelo Plano Diretor Municipal.

A ZOP3 corresponde à parcela do território municipal melhor infraestrutura, onde

deve ocorrer o incentivo ao adensamento e à renovação urbana, com predominância

do uso residencial e prevenção de impactos gerados por usos e atividades

econômicas potencialmente geradoras de impacto urbano e ambiental.

Page 92: ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA - vilavelha.es.gov.br de Uso Misto... · Anuência do proprietário quanto à elaboração do EIV em sua propriedade em que este esteja ciente de

CITTÁ ENGENHARIA

92

O empreendimento apresenta, portanto, infraestrutura compatível com a área, na

qual será edificado, de acordo com os padrões urbanísticos estipulados pelo PDM

do Município de Vila Velha.

Não foi verificado, portanto, impacto sobre o meio ambiente natural e construído.

Incômodos à vizinhança

Fase de Implantação

Haverá um aumento dos níveis de ruído e de material particulado na atmosfera, na

fase de instalação do empreendimento, mas em níveis relativamente baixos, num

período relativamente curto, durante as obras do edifício.

Quanto ao ruído, ocorrerá principalmente pela utilização de equipamentos com

geração de altos níveis de pressão sonora. Na sua maioria, esses equipamentos

funcionam ao ar livre, sem possibilidade de medidas mais eficientes para contenção

dos ruídos.

Deverá ser determinado, portanto rigor no horário de utilização desses

equipamentos para causar menor incômodo nos vizinhos do imóvel.

Esses impactos são negativos, de abrangência local, caráter temporário e baixa

intensidade.

Fase de Operação

Não há fonte de ruído prevista para a fase de operação do empreendimento. Assim,

não se espera incômodo na vizinhança imediata ou mediata, estando o uso

compatível ao entorno.

Ventilação e iluminação das edificações vizinhas

Podemos afirmar que a ventilação constante e natural do local será preservada, bem

como o sombreamento necessário ao conforto térmico, uma vez que todos os

índices urbanísticos, estabelecidos pelo Plano Diretor Municipal foram obedecidos.

Page 93: ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA - vilavelha.es.gov.br de Uso Misto... · Anuência do proprietário quanto à elaboração do EIV em sua propriedade em que este esteja ciente de

CITTÁ ENGENHARIA

93

Permeabilidade

Fase de Implantação

Não está previsto impacto sobre referente à este aspecto, na fase de implantação do

empreendimento.

Fase de Operação

O empreendimento será implantado em área sujeita à possíveis alagamentos

provisórios, quando no período de chuvas intensas.

Considerando este cenário, e o percentual de ocupação do solo previsto no projeto

arquitetônico igual a 60% e as orientações do PDDUS – Plano Diretor de Drenagem

Urbana Sustentável – e da Secretaria Municipal de Drenagem e Saneamento,

deverá ser previsto um sistema de dispositivo de reservatório de detenção

temporária, objetivando contribuir para minimização de impactos no sistema de

macrodrenagem do município. Sendo assim, quando da apresentação dos projetos

executivos do empreendimento para fins de licenciamento, os mesmos deverão

apresentar a solução para o dispositivo de reservatório de detenção temporária, que

devem seguir as determinações do PDDUS.

Este impacto é classificado como negativo de abrangência regional, caráter

permanente e intensidade média.

Patrimônio natural e cultural, vegetação e arborização

Os bairros abrangidos pela área de influência direta do empreendimento localizam-

se em uma região que já apresenta uma ocupação antrópica consolidada, portanto

as unidades de terreno identificadas possuem pouco ou nenhum solo natural.

Estes foram ao longo do processo de urbanização sendo substituídos pelos

loteamentos, assentamento de edificações verticais, multifamiliares, unifamiliares e

autônomas, observa-se ainda presença de equipamentos comunitários de prestação

de serviços, principalmente.

Verificou-se pela caracterização do mobiliário urbano, a presença de pouca

arborização nas vias adjacentes ao empreendimento, e a presença de edifícios

acima de 12 pavimentos, bem como variado setor comercial, representado por

Page 94: ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA - vilavelha.es.gov.br de Uso Misto... · Anuência do proprietário quanto à elaboração do EIV em sua propriedade em que este esteja ciente de

CITTÁ ENGENHARIA

94

principalmente por restaurantes, bares. Como foi apresentado no diagnóstico, o

empreendimento localiza-se em uma região de concentração de serviços e

investimentos, ressaltando a importância histórica desta região no contexto

municipal.

A implantação do empreendimento vai ao encontro desta política urbana, visando

atender ao mercado empresarial e residencial, que demanda por imóveis funcionais.

O projeto oferece será construído segundo conceito AAA, de sustentabilidade e

acessibilidade, proporcionando um ponto de encontro entre o trabalho e a qualidade

de vida, o conforto e a conveniência.

Não foi verificado, portanto, pressão negativa pela instalação e/ou operação do

empreendimento, sobre este aspecto ambiental urbanístico.

7.1.2 Equipamentos Públicos e Infraestrutura

Equipamentos públicos comunitários e similares

Pelas características do público alvo do empreendimento haverá pressão negativa

sobre equipamentos públicos comunitários.

Infraestrutura urbana

Toda demanda proveniente do empreendimento será absorvida pela infraestrutura

pública, corrobora-se esta situação pela expedição de parecer técnico favorável,

emitido pelas concessionárias dos serviços de abastecimento de água, esgotamento

sanitário, e energia elétrica. Todos os ofícios estão devidamente anexados, em

tópico específico deste estudo.

7.1.3 Reflexo da Implantação do Empreendimento na AID

O empreendimento apresenta total compatibilidade com o contexto urbanístico

planejado para área na qual será implantado, portanto não apresentar reflexo sobre

os imóveis próximos e sobre o bairro quanto à valorização ou desvalorização dos

imóveis no mercado imobiliário, atração de novos empreendimentos e indução a

mudanças de uso.

Page 95: ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA - vilavelha.es.gov.br de Uso Misto... · Anuência do proprietário quanto à elaboração do EIV em sua propriedade em que este esteja ciente de

CITTÁ ENGENHARIA

95

7.2 Transportes e Circulação

Acessibilidade e fluidez do sistema viário

Fase de Instalação

O desenvolvimento das diversas atividades correlatas à execução do

empreendimento demanda o aporte de materiais e contratação de serviços, de

naturezas diversas. Sendo assim, na fase de implantação ocorrerá o trafego de

caminhões para transporte de materiais de construção, ocasionando impacto sobre

a acessibilidade e fluidez do sistema viário.

Este transtorno adverso, embora de ocorrência certa, será temporário e terá

abrangência local.

Fase de Operação

As análises do sistema viário indicaram uma boa operacionalidade do sistema

representado por bons níveis de saturação das interseções analisadas.

Os acessos/saídas para o estacionamento ocorrerão pela Rua Erothildes Pena

Medina na torre comercial, e pela Rua Pará na torre residencial. Para ambas as

interseções que contemplavam estas vias, foi verificado nível de serviço favorável

para o fluxo de veículos tanto no comportamento do tráfego atual, quanto para o

cenário futuro, com implantação do empreendimento.

Porém observou-se, em dias de contagem a presença de fluxo instável, com

velocidades de operações toleráveis, embora consideravelmente afetadas pelas

mudanças das condições de operação, principalmente no período da manhã, entre

7:30 e 8:30, ao longo da Av. São Paulo. Tal cenário foi atribuído a confluência de

fluxos de veículos provenientes das diversas interseções pertencentes ao município

de Vila Velha, com viagens destinadas à Capital, e percurso via 3ª ponte.

Já no período noturno, próximo ao término do horário comercial verificou-se a

sobrecarga da interseção n º 12 (Rua Hugo Musso x Av. Henrique Moscoso),

apresentando nível de serviço que condiciona fluxo instável, com velocidades de

operações toleráveis, embora consideravelmente afetadas pelas mudanças das

condições de operação. O volume de veículos está entre 80% e 90% da capacidade

Page 96: ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA - vilavelha.es.gov.br de Uso Misto... · Anuência do proprietário quanto à elaboração do EIV em sua propriedade em que este esteja ciente de

CITTÁ ENGENHARIA

96

da via. Flutuações em volume e temporárias restrições ao fluxo podem causar

substancial queda de velocidade de operação. Os motoristas têm pouca liberdade

de manobra e de conforto, mas essas condições podem ser toleradas por curtos

períodos de tempo.

Tal cenário foi atribuído à confluência de fluxos provenientes de viagens com origem

na capital Vitória, e destino à Vila Velha.

Tendo em vista as constatações acima mencionadas, reitera-se que os acessos

deverão ser dimensionados, prevendo-se área de acumulação, e com o objetivo de

melhor adequar o empreendimento ao contexto de circulação do sistema viário local

e de passagem, evitando-se assim circulações desnecessárias em vias de tráfego

complicado.

Sendo assim a previsão da área de acumulação de veículos deverá ser

dimensionada de modo a absorver eventual formação de filas nas vias de acesso ao

empreendimento.

Ressalta-se que a saída de veículos da torre residencial deve evitar o tráfego pela

avenida São Paulo, principalmente no período matutino.

Já o acesso pela Rua Erothildes apresenta-se como alternativa condizente para boa

fluidez do sistema viário do município de Vila velha, uma vez que reduz o tráfego

pela avenida Hugo Musso, principalmente no período de término do horário

comercial.

Este impacto é de natureza negativa, de ocorrência permanente, impacto local, de

intensidade média.

Avaliação da repercussão sobre as operações de transporte coletivo / taxi

A na análise do sistema de transporte coletivo quantificou a existência de 06 linhas

de ônibus que circulam em cada um dos pontos de ônibus distantes no máximo 300

metros do empreendimento.

Segundo informações da empresa responsável pelos serviços, o sistema opera em

capacidade de lotação compatível com demanda de usuários, uma vez que sendo a

capacidade de lotação dos ônibus de até 6 passageiros em pé/m², o que equivale a

Page 97: ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA - vilavelha.es.gov.br de Uso Misto... · Anuência do proprietário quanto à elaboração do EIV em sua propriedade em que este esteja ciente de

CITTÁ ENGENHARIA

97

80 passageiros em ônibus convencionais, tem-se pelos dados apresentados uma

média de 55 passageiros, por viagem realizada.

A demanda proveniente do empreendimento, quantificada com base na pesquisa em

realizada em empreendimento semelhante levantou um percentual de atração de

368 usuários, destes 11% são usuários do sistema de transporte coletivo, e 1% de

demanda para usuários de táxi.

Analisando a demanda média de usuários, para o mês de referência contemplado

pela pesquisa junto à concessionária pública, o sistema público de transporte

coletivo opera com uma média de 55 passageiros/viagem, por dia em cada linha de

ônibus, e uma média diária de 83 viagens programadas/linha.

Sendo assim tem-se o acréscimo de aproximadamente 38 usuários/dia ao sistema

de transporte público coletivo, provenientes do empreendimento, o que representa

uma média de 7 usuários/dia por linha, ou seja, aproximadamente 01 passageiro a

cada viagem realizada, por cada linha de ônibus em um dia últil. Já para as

operações de táxi, o aporte contabilizado é de aproximadamente 04 usuários por

dia.

Sendo assim este impacto é classificado como certo, permanente, de abrangência

regional, intensidade fraca.

Avaliação das áreas de circulação de pedestres

Fase de Implantação

Na fase de implantação o aporte de pedestres ao sistema viários existente deverá

ocorrer unicamente em função da mão de obra contratada para os serviços, e

ocorrerá em grande parte do tempo, exclusivamente das instalações do canteiro de

obras.

Sendo este impacto de magnitude e potência incipiente sobre as operações

desenvolvidas na AID.

Fase de Operação

Na análise das áreas de circulação e pedestres foi verificado existência da

configuração padrão para “calçada cidadã”, em vários trechos abordados, com

Page 98: ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA - vilavelha.es.gov.br de Uso Misto... · Anuência do proprietário quanto à elaboração do EIV em sua propriedade em que este esteja ciente de

CITTÁ ENGENHARIA

98

implementação do piso tátil, bem como de sinalização horizontal e vertical indicativa

de vias, sentidos de tráfego, pontos de parada de transporte coletivo, entre outros.

Porém em grande parte verificou-se a pouca visibilidade de faixas de pedestres, pela

falta de manutenção, e ausência de piso tátil alertando à existência de obstáculos ao

fluxo de pedestres, além disso, existe descontinuidade no padrão construtivo entre

as calçadas dos lotes lindeiros, em vários trechos analisados, sendo assim, apesar

de atender à alguns itens como largura mínima, e outras questões preconizadas

pela ABNT-NBR-9050/2015 “Acessibilidade a edificações, mobiliário, espaços e

equipamentos urbanos”, fere a mesma norma em outros itens analisados.

Neste contexto a implantação do empreendimento prevê o aporte de pelo menos 81

pedestres por dia ao sistema de vias local.

Este aporte deve causar um impacto negativo, de abrangência local, de intensidade

fraca.

Impactos sobre o sistema viário e cicloviário, avaliando a necessidade de

elaboração de alterações geométricas e/ou de circulação e sinalização viária

Fase de Instalação

Na fase de implantação o aporte de ciclistas ao sistema cicloviário existente deverá

ocorrer unicamente em função da mão de obra contratada para os serviços.

Fase de Operação

De acordo com as pesquisas desenvolvidas em empreendimentos semelhantes,

quantificou-se um percentual de 1 % das viagens provenientes deste modal, sendo

assim está previsto para o período de implantação do empreendimento um aporte de

quatro viagens bicicleta/hora pico do sistema.

7.3 Impacto Ambiental

Neste item são identificados todos os impactos ambientais potenciais associados à

implantação e operação do empreendimento sobre os meios físico, biótico e

socioeconômico.

Page 99: ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA - vilavelha.es.gov.br de Uso Misto... · Anuência do proprietário quanto à elaboração do EIV em sua propriedade em que este esteja ciente de

CITTÁ ENGENHARIA

99

7.3.1 Terraplenagem, Dragagem e Desmonte de Rocha

No terreno sobre o qual serão executadas as obras do empreendimento existe um

imóvel de 350m² onde atualmente é a sede da Citta Engenharia. Portanto, será

necessário um período de Demolição, que será executado durante o pré-obra.

Paralelo à demolição, será executada a escavação do terreno e toda a

movimentação de terra, calculando uma retirada com volume de aproximadamente

30.000,00m³ de terra.

Este impacto é caracterizado como negativo, de abrangência local, de média

intensidade.

7.3.2 Supressão de Vegetação

Não haverá supressão de vegetação.

Não está previsto a retirada de arborização urbana lindeira ao terreno em análise.

7.3.3 Resíduos sólidos

No período de construção do empreendimento, serão originados resíduos sólidos de

naturezas diversas: os resíduos sólidos de origem doméstica, resultantes das

atividades de escritório e refeitórios; e os resíduos provenientes diretamente da

obra, os entulhos.

Para minimização dos impactos advindos do mal gerenciamento dos resíduos

gerados, são listados no Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos, as técnicas

e procedimentos, que serão adotados pelo empreendedor na gestão dos resíduos

gerados.

Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos

Como define a Lei estadual nº 9.264, que institui a Política Estadual de Resíduos

Sólidos e dá outras providências correlatas, a responsabilidade pelo gerenciamento

dos resíduos de construção civil é do gerador.

Para isto como forma de mitigar os impactos a empresa responsável pela realização

das obras deverá ter como objetivo prioritário a não geração de resíduos e,

Page 100: ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA - vilavelha.es.gov.br de Uso Misto... · Anuência do proprietário quanto à elaboração do EIV em sua propriedade em que este esteja ciente de

CITTÁ ENGENHARIA

100

secundariamente, a redução, a reutilização, a reciclagem e a correta destinação final

dos mesmos.

Classificação e Identificação dos resíduos gerados

Os principais resíduos gerados durante o período das obras são os entulhos, ou

seja, aqueles provenientes de construções, reformas, reparos e demolições de obras

de construção civil, e os resultantes da preparação e da escavação de terrenos, tais

como: tijolos, blocos cerâmicos, concreto em geral, solos, rochas, metais, resinas,

colas, tintas, madeiras e compensados, forros, argamassa, gesso, telhas, pavimento

asfáltico, vidros, plásticos, tubulações, fiação elétrica etc., comumente chamados de

entulhos de obras, caliça ou metralha.

Os resíduos da construção civil são classificados, para efeito da Resolução

CONAMA nº 307 de 5 de julho de 2002 , a qual “Estabelece diretrizes, critérios e

procedimentos para a gestão dos resíduos da construção civil” , e alterações

estipuladas pela Resolução CONAMA n° 431 de 24 de maio de 2011, que “Altera o

art. 3º da Resolução no 307” e Resolução CONAMA nº 448, de 18 de janeiro de

2012, que altera os arts. 2º, 4º, 5º, 6º, 8º, 9º, 10 e 11 da Resolução nº 307, de 5 de

julho de 2002, da seguinte forma:

Classe A - são os resíduos reutilizáveis ou recicláveis como agregados, tais como:

a) de construção, demolição, reformas e reparos de pavimentação e de outras obras

de infraestrutura, inclusive solos provenientes de terraplanagem; b) de construção,

demolição, reformas e reparos de edificações: componentes cerâmicos (tijolos,

blocos, telhas, placas de revestimento etc.), argamassa e concreto; c) de processo

de fabricação e/ou demolição de peças pré-moldadas em concreto (blocos, tubos,

meio-fios etc.) produzidas nos canteiros de obras;

Classe B - são os resíduos recicláveis para outras destinações, tais como: plásticos,

papel, papelão, metais, vidros, madeiras e gesso;

Classe C - são os resíduos para os quais não foram desenvolvidas tecnologias ou

aplicações economicamente viáveis que permitam a sua reciclagem ou recuperação;

Classe D - são resíduos perigosos oriundos do processo de construção, tais como

tintas,solventes, óleos e outros ou aqueles contaminados ou prejudiciais à saúde

Page 101: ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA - vilavelha.es.gov.br de Uso Misto... · Anuência do proprietário quanto à elaboração do EIV em sua propriedade em que este esteja ciente de

CITTÁ ENGENHARIA

101

oriundos de demolições, reformas e reparos de clínicas radiológicas, instalações

industriais e outros, bem como telhas e demais objetos e materiais que contenham

amianto ou outros produtos nocivos à saúde.

Tabela 14 Classificação e identificação dos resíduos sólidos produzidos

ATIVIDADE RESÍDUOS GERADOS CLASSIFICAÇÃO

CONAMA 307/2002

Demolição,

Escavação e

Fundação.

Entulho, tijolos, cerâmicas, placas de

revestimento, argamassa, solo escavado.

Classe A

Resíduos contaminados oriundos de demolição. Classe D

Carpintaria Sobras de forma: madeira e serragem. Classe B

Armação de Aço Ferragens Classe A

Estrutura e

Concreto

Embalagens de cimento e argamassa, tubos,

isopor, fios, papel, vidro.

Classe A e B

Alvenaria,

Revestimento,

Acabamentos.

Blocos, tijolos, concreto, argamassa. Classe A

Papel, papelão, isopor, mangueiras de PVC,

isopor, madeira, vidro, latas.

Classe B

Latas de tinta, solventes, óleos. Classe D

Instalações

Elétricas

Mangueiras, fios de cobre, papel, metal. Classe B

Alvenaria Classe A

Limpeza Final e

Entrega da Obra

Recipientes de material de limpeza. Classe D

Atividades de

Escritório

Papel, papelão, isopor, embalagens

plásticas/papel não contaminadas com resíduos

perigosos, restos de alimentos

Classe B

Lâmpada fluorescente, cartuchos de tinta Classe D

Atividades de

Áreas de Vivência

do Canteiro de

Papel, papelão, isopor, embalagens

plásticas/papel não contaminadas com resíduos

perigosos, restos de alimentos

Classe B

Page 102: ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA - vilavelha.es.gov.br de Uso Misto... · Anuência do proprietário quanto à elaboração do EIV em sua propriedade em que este esteja ciente de

CITTÁ ENGENHARIA

102

Obras Lâmpada fluorescente, cartuchos de tinta Classe D

Organização, limpeza e segregação de resíduos

O empreendedor contemplará nas atividades desenvolvidas dentro do canteiro de

obras todas as recomendações previstas na NR-18, relativas a armazenamento,

estocagem, transporte de matérias, de modo a otimizar os processos desenvolvidos,

e reduzir a ocorrência de acidentes de trabalho, bem como a geração de resíduos

sólidos, pelo desperdício de materiais.

A organização, a limpeza e a segregação de resíduos estão diretamente

relacionadas com a questão de perdas, tanto de materiais, quanto de mão-de-obra.

Ao se promover uma adequada limpeza e segregação dos resíduos se consegue

reduzir enormemente os índices de perda no canteiro. Um outro ponto importante no

tocante à limpeza do canteiro é a diminuição da incidência de acidentes de trabalho

proporcionada por um local de trabalho mais seguro.

A segregação dos resíduos gerados será efetuada conforme classificação dos RCC,

estipulada pela Resolução CONAMA nº 307.

Transporte Interno

Além do acondicionamento inicial e final é necessário atentar para a forma como os

resíduos serão transportados no canteiro. O transporte interno pode ser realizado

utilizando-se dos meios convencionais e disponíveis no canteiro de obras. Para o

transporte horizontal, podem ser utilizados: carrinhos de mão, gericas, transporte

manual, entre outros.

Já para o transporte vertical podem ser utilizados: grua, elevador de carga, etc. É

necessário que durante o planejamento do canteiro exista a preocupação com a

movimentação dos resíduos para que futuramente não existam problemas com

relação ao fluxo dos resíduos que podem gerar desperdícios de tempo dos

trabalhadores sem agregar valor ao processo.

Outra opção para o transporte vertical é o duto coletor de entulho que agiliza

bastante o transporte interno, principalmente, de resíduos classe A. Estes dutos são

constituídos por elementos tubulares de polietileno de média densidade com

Page 103: ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA - vilavelha.es.gov.br de Uso Misto... · Anuência do proprietário quanto à elaboração do EIV em sua propriedade em que este esteja ciente de

CITTÁ ENGENHARIA

103

diâmetro aproximado de 34cm fixados por correntes. Nos pavimentos um elemento

especial permite a colocação dos resíduos. Este transporte é ainda mais eficiente se

dispusermos a baia, a caçamba, ou mesmo o caminhão sob a base do coletor

evitando um transporte horizontal adicional.

Os resíduos serão recolhidos no local de geração com periodicidade diária, afim de

que evitem acumulo, reduzindo assim o índice de perdas no canteiro de obras, e

diminuição dos acidentes de trabalho.

Acondicionamento inicial

O acondicionamento inicial será realizado no próprio local onde os resíduos serão

gerados. Os resíduos serão acondicionados o mais próximo possível de seus locais

de geração, e segregados conforme classificação previamente apresentada.

Após a segregação e ao término da tarefa ou do dia de serviço, os RCC serão

acondicionados em recipientes estrategicamente distribuídos até que atinjam

volumes tais que justifiquem seu transporte interno para o depósito final de onde

sairão para a reutilização, reciclagem ou destinação definitiva.

Tabela 15 Acondicionamento Inicial de Resíduos no Canteiro de Obras

TIPOS DE RESÍDUOS ACONDICIONAMENTO INICIAL

Blocos de concreto, blocos cerâmicos,

argamassas, outros componentes cerâmicos,

concreto, tijolos e assemelhados.

Pilhas formadas próximas aos locais de

transporte interno, nos respectivos pavimentos

Madeira Bombonas ou pilhas formadas nas

proximidades

da própria bombona ou dos dispositivos de

transporte vertical

Plásticos (sacaria de embalagens, aparas de

tubulações etc.)

Bombonas ou fardos

Papelão (sacos e caixas de embalagens dos

insumos utilizados durante a obra) e papéis

(escritório)

Bombonas ou fardos

Metal (ferro, aço, fiação revestida, arames etc.) Bombonas

Serragem Baia para acúmulo dos sacos contendo o

resíduo.

Gesso de revestimento, placas acartonadas e Sacos de embalagem do gesso ou sacos de

Page 104: ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA - vilavelha.es.gov.br de Uso Misto... · Anuência do proprietário quanto à elaboração do EIV em sua propriedade em que este esteja ciente de

CITTÁ ENGENHARIA

104

artefatos. ráfia próximos aos locais de geração

Solos Eventualmente em pilhas para imediata

remoção

Telas de fachada e de proteção Recolher após o uso e dispor em local

adequado, sendo este já para

acondicionamento final.

EPS (poliestireno expandido) – exemplo: isopor Quando em pequenos pedaços, colocar em

sacos de ráfia. Em placas, formar fardos.

Resíduos perigosos presentes em embalagens

plásticas e de metal, instrumentos de aplicação

como broxas, pincéis, trinchas e outros materiais

auxiliares como panos, trapos, estopas etc.

Manuseio com os cuidados observados pelo

fabricante do insumo na ficha de segurança da

embalagem ou do elemento contaminante do

instrumento de trabalho.

Acondicionamento em baias devidamente

sinalizadas e para uso restrito das pessoas

que, durante suas tarefas, manuseiam estes

resíduos.

Restos de uniformes, botas, panos e trapos sem

contaminação por produtos químicos.

Disposição nos bags para resíduos diversos

sendo este o acondicionamento final.

Resíduos não oriundos da atividade construtiva

TIPOS DE RESÍDUOS ACONDICIONAMENTO NO CANTEIRO DE

OBRAS

Restos de alimentos e suas embalagens, copos

plásticos usados e papéis sujos (refeitório,

sanitários e áreas de vivência).

Bombonas, ou cestos para resíduos com sacos

para coleta convencional

Resíduos de ambulatório. Acondicionar em dispositivos, conforme normas

específicas.

Fonte: Cartilha SINDUSCON -SP : Gestão Ambiental de Resíduos da Construção Civil.

O principal recipiente utilizado para acondicionamento inicial serão as bombonas,

que são recipientes plásticos, geralmente na cor azul, com capacidade de 50L que

servem principalmente para depósito inicial de restos de madeira, sacaria de

embalagens plásticas, aparas de tubulações, sacos e caixas de embalagens de

papelão, papéis de escritório, restos de ferro, aço, fiação, arames etc.

Page 105: ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA - vilavelha.es.gov.br de Uso Misto... · Anuência do proprietário quanto à elaboração do EIV em sua propriedade em que este esteja ciente de

CITTÁ ENGENHARIA

105

Figura 5 Bombonas de 50l para Acondicionamento Inicial dos Resíduos

Acondicionamento e Coleta Final

O acondicionamento final dos resíduos será feito de modo a facilitar sua retirada e

destinação final. Este acondicionamento garantirá que os resíduos continuem

segregados e mantendo as características necessárias para reciclagem e/ou

destinação final.

Os dispositivos de armazenamento mais utilizados na atualidade são as bags, baias

e caçambas estacionárias, que deverão ser devidamente sinalizados informando o

tipo de resíduo que cada um acondiciona visando à organização da obra e

preservação da qualidade do RCC.

As bags se constituem em sacos de ráfia com quatro alças e com capacidade

aproximada de 1m3. As bags geralmente são utilizadas para armazenamento de

serragem, EPS (isopor), restos de uniformes, botas, tecidos, panos e trapos,

plásticos, embalagens de papelão, e demais resíduos leves, como luvas, botas, etc.

Page 106: ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA - vilavelha.es.gov.br de Uso Misto... · Anuência do proprietário quanto à elaboração do EIV em sua propriedade em que este esteja ciente de

CITTÁ ENGENHARIA

106

Figura 6 Big Bag em Suporte Metálico

Figura 7 Big Bag em Suporte de Madeira

Page 107: ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA - vilavelha.es.gov.br de Uso Misto... · Anuência do proprietário quanto à elaboração do EIV em sua propriedade em que este esteja ciente de

CITTÁ ENGENHARIA

107

Baias são depósitos fixos, geralmente construídos em madeira, em diversas

dimensões que se adaptam às necessidades de espaço. São mais utilizadas para

depósito de restos de madeira, ferro, aço, arames, EPS, serragem etc.

Figura 8 Baia Móvel Metálica com Suporte para Transporte

Page 108: ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA - vilavelha.es.gov.br de Uso Misto... · Anuência do proprietário quanto à elaboração do EIV em sua propriedade em que este esteja ciente de

CITTÁ ENGENHARIA

108

Figura 9 Baia Móvel de Madeira

Figura 10 Baia Fixa

Page 109: ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA - vilavelha.es.gov.br de Uso Misto... · Anuência do proprietário quanto à elaboração do EIV em sua propriedade em que este esteja ciente de

CITTÁ ENGENHARIA

109

As caçambas estacionárias são recipientes metálicos com capacidade de 3 a 5m3

empregadas no acondicionamento final de blocos de concreto e cerâmico,

argamassa, telhas cerâmicas, madeiras, placas de gesso, solo e etc.

Figura 11 Caçamba Estacionária

Os resíduos serão armazenados no canteiro até serem coletados por empresas

coletoras e/ou agentes recicladores. Para as áreas de armazenamento devem ser

considerados os acessos para coleta, principalmente dos resíduos gerados em

maior volume.

Os resíduos classe A, e os resíduos classe B, como madeiras e metais

(principalmente em obras que não utilizam estrutura pré-cortada e montadas), são

os resíduos que tendem a ocupar mais espaço na obra. Essas áreas de

armazenamento devem ser instaladas com a preocupação de evitar o acúmulo de

água, não ser de fácil acesso às pessoas externas e permitir a quantificação

adequada dos resíduos que serão coletados.

Alguns resíduos não recicláveis, classificados pela NBR 1004/2004, como classe II

A, tais como restos de alimentos, suas embalagens, copos plásticos, papéis

oriundos de instalações sanitárias, devem ser acondicionados em sacos plásticos e

disponibilizados para a coleta pública.

Page 110: ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA - vilavelha.es.gov.br de Uso Misto... · Anuência do proprietário quanto à elaboração do EIV em sua propriedade em que este esteja ciente de

CITTÁ ENGENHARIA

110

Os resíduos passíveis de serem reciclados, assim que possível, devem ser

devidamente segregados, para possível comercialização a agentes recicladores.

A escolha da empresa, devidamente licenciada, responsável pela coleta dos

resíduos gerados será escolhida conforme escolha do empreendedor no período de

realização das obras, e a periodicidade da coleta ocorrerá, conforme a taxa de

geração de resíduos.

Tabela 16 Lista de empresas licenciadas transportadoras de RDC

Sinalização dos dispositivos de acondicionamento

Todos os dispositivos para coleta estarão devidamente sinalizados indicando o

resíduo a ser segregado e seguindo a padronização internacional de cores,

conforme Resolução 275 do CONAMA.

A sinalização pode ser feita, por exemplo, utilizando-se etiquetas plásticas auto-

adesivas, atendendo ao padrão de cores da Tabela 17, em formato A4, conforme

apresentado na figura 12. Nas bombonas, os adesivos podem ser colados

diretamente na sua parte frontal. Em outros dispositivos, como bags e baias é

necessário prever plaquetas no tamanho dos adesivos para fixar a sinalização.

Page 111: ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA - vilavelha.es.gov.br de Uso Misto... · Anuência do proprietário quanto à elaboração do EIV em sua propriedade em que este esteja ciente de

CITTÁ ENGENHARIA

111

Tabela 17 Padronização Internacional de Cores – Resolução 275 do CONAMA

Figura 12 Padronização dos Adesivos para Sinalização

Destinação final

A responsabilidade direta pela disposição em local, devidamente licenciado, e

adequado dos resíduos sólidos coletados, é da empresa contratada pelo

empreendedor para realização deste serviço, cabendo ao empreendedor a co-

responsabilidade por esta atividade, que será exercida na forma do controle

documental, na forma de exigência da apresentação de documento que comprove a

correta destinação do resíduo gerado, este registro será mantido na obra.

Na RMGV há dois Aterros Sanitários devidamente licenciados, um no Município de

Cariacica e outro em Vila Velha. A Central de Tratamento de Resíduos da Marca

Page 112: ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA - vilavelha.es.gov.br de Uso Misto... · Anuência do proprietário quanto à elaboração do EIV em sua propriedade em que este esteja ciente de

CITTÁ ENGENHARIA

112

Ambiental, localizada no Município de Cariacica, possui células para disposição final

de Resíduos Classe II – B (resíduos não perigosos e inertes), classe na qual está

enquadrado os RCC. Os Municípios de Cariacica, Viana, Vitória e Serra

encaminham os seus resíduos para este aterro. A Central de Tratamento de

Resíduos em Vila Velha recebe resíduos provenientes de Guarapari e Vila Velha e

também possui célula licenciada para receber resíduos classe II – B. Contudo, a

maioria destes Municípios não encaminha os RCC separadamente de outros tipos

de resíduos, o que provavelmente dificulta a sua adequada disposição final. O Aterro

Sanitário da empresa Brasil Ambiental, localizado no Município de Aracruz, recebe

os resíduos sólidos urbanos provenientes de Fundão. Esta empresa possui aterro

com células específicas para recebimento de resíduos inertes (classe II – B). No

entanto, o destino dado ao RCC gerado no Município de Fundão é a recuperação de

estradas sem pavimentação. De acordo com as diretrizes da Resolução CONAMA

em questão o indicado é a criação de local específico para disposição deste tipo de

resíduo. Contudo, os aterros já existentes que dispõem de licença para recebimento

de RCC devem ser considerados como alternativa para o recebimento desses

resíduos.

O Art. 10 da Resolução 307 do CONAMA indica que os RCD de Classe A devem ser

reutilizados ou reciclados na forma de agregados. Em último caso, podem ser

encaminhados para áreas de aterro de resíduos da construção civil.

Contudo, quanto aos resíduos das Classes B, C e D, a Resolução não especifica

formas de reciclagem ou reutilização para cada tipo de resíduo, apenas indica que

devem ser armazenados, transportados e destinados em conformidade com as

normas técnicas específicas.

Assim, a seguir estão dispostas algumas sugestões para a destinação final de

componentes de obras (SINDUSCON, 2011):

O entulho de concreto, se não passar por beneficiamento, pode ser utilizado

na construção de estradas ou como material de aterro em áreas baixas. Caso

passe por britagem e posterior separação em agregados de diferentes

tamanhos, pode ser usado como agregado para produção de concreto

Page 113: ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA - vilavelha.es.gov.br de Uso Misto... · Anuência do proprietário quanto à elaboração do EIV em sua propriedade em que este esteja ciente de

CITTÁ ENGENHARIA

113

asfáltico, de sub-bases de rodovias e de concreto com agregados reciclados;

artefatos de concreto, como meio-fio, blocos de vedação, briquetes, etc.

A madeira pode ser reutilizada na obra se não estiver suja e danificada. Caso

não esteja reaproveitável na obra, pode ser triturada e usada na fabricação de

papel e papelão ou pode ser usada como combustível;

O papel, papelão e plástico de embalagens, bem como o metal podem ser

doados para cooperativas de catadores;

O vidro pode ser reciclado em novo vidro, em fibra de vidro, telha e bloco de

pavimentação ou, ainda, como adição na fabricação de asfalto;

O resíduo de alvenaria, incluindo tijolos, cerâmicas e pedras, pode ser

utilizado na produção de concretos, embora possa haver redução na

resistência à compressão, e de concretos especiais, como o concreto leve

com alto poder de isolamento térmico. Pode ser utilizado também como

massa na fabricação de tijolos, com o aproveitamento até da sua parte fina

como material de enchimento, além de poder ser queimado e transformado

em cinzas com reutilização na própria construção civil;

Os sacos de cimento devem retornar à fábrica para utilização com

combustível na produção do cimento;

O gesso pode ser reutilizado para produzir o pó de gesso novamente ou pode

ser usado como corretivo de solo.

Destinação Final Consciente: Documentação para controle

Na destinação final dos resíduos da obra, será apresentada documentação que

ateste o recebimento do material pelo aterro responsável, devidamente

acompanhado da cópia da licença ambiental mesmo.

É interessante que na obra mantenha-se um cadastro com transportadores e

destinatários (cooperativas e compradores de resíduos).

Além disso, os resíduos devem ser encaminhados para o local de destinação

acompanhados do CTR – Controle de Transporte de Resíduos, item de exigência da

norma NBR 15112:2004 – Resíduos da Construção Civil e Resíduos Volumosos.

Esta norma estabelece que o CTR deverá ser emitido em três vias (gerador,

transportador e destinatário) e ter um conteúdo mínimo, a saber:

Page 114: ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA - vilavelha.es.gov.br de Uso Misto... · Anuência do proprietário quanto à elaboração do EIV em sua propriedade em que este esteja ciente de

CITTÁ ENGENHARIA

114

Transportador: nome, CPF e/ou razão social e inscrição municipal;

Gerador / origem: nome, CPF e/ou razão social e CNPJ;

Endereço da retirada;

Destinatário: nome, CPF e/ou razão social e CNPJ;

Endereço do destino;

Volume (m3) ou quantidade (t) a ser transportada;

Descrição do material predominante: solo, material asfáltico, madeira,

concreto/argamassas/alvenaria, volumosos (incluindo pedras) ou outros

(especificar);

Data;

Assinatura do transportador;

Assinatura da área de transbordo e triagem; e

Assinatura da área de destinação de resíduos.

Fase de Operação

Os resíduos produzidos pelo empreendimento na fase de operação compreendem

basicamente os resíduos sólidos de origem doméstica, gerados em rotinas

administrativas, bem como aqueles gerados a partir das atividades desenvolvidas no

setor de comércio.

Segue abaixo, identificação dos principais resíduos gerados pelo empreendimento.

Tabela 18 Identificação Resíduos Sólidos – Fase operação

Setor Resíduos Gerados CLASSIFICAÇÃO

NBR 1004/2004

Residencial

Resto de alimentos; embalagens plásticas, isopor, papelão,

papel, resíduos de varrição.

CLASSE II B

Embalagens em alumínio (com restos de alimentos). CLASSE II A

Lâmpada fluorescente, pilas, cartuchos de tinta. CLASSE I

Comercial

Papel, papelão, sacola plástica, resíduos de varrição. CLASSE II B

Lâmpada fluorescente. CLASSE I

Lâmpada fluorescente, pilhas, Cartuchos de tinta e/ou toner. CLASSE I

Sanitários

Papel higiênico, papel toalha. CLASSE II A

Embalagens plásticas, papel, papelão, resíduos de varrição. CLASSE II B

Lâmpada fluorescente CLASSE I

Page 115: ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA - vilavelha.es.gov.br de Uso Misto... · Anuência do proprietário quanto à elaboração do EIV em sua propriedade em que este esteja ciente de

CITTÁ ENGENHARIA

115

7.3.4 Efluentes líquidos

Fase de Implantação/Operação

Os efluentes líquidos gerados na fase de instalação do empreendimento são

aqueles provenientes das atividades de higienização e alimentação de funcionários,

gerados nos ambientes do refeitório e sanitários; bem como da lavagem de

ambientes. Estes efluentes são classificados, por sua origem, e características

físico-químicas como efluentes domésticos.

Como os veículos utilizados para transporte de materiais de construção serão

realizados por empresa terceirizada, não há no canteiro de obras instalação

destinada à lavagem e abastecimento de veículos, não sendo gerado, portanto

resíduos de graxas, e óleos.

Para fase de operação reitera-se a geração de efluentes líquidos gerados na fase de

atividades de higienização e alimentação de residentes e funcionários, gerados nos

ambientes do refeitório e sanitários.

A área de implantação do empreendimento é contemplada com rede coletora de

esgotos da CESAN (conforme informado na Carta de Viabilidade da CESAN), o

empreendimento prevê a interligação do imóvel ao Sistema de Esgotamento

Sanitário da CESAN existente, conforme Lei municipal 4785/09.

Para isto requereu junto à CESAN carta de viabilidade técnica, para lançamento dos

efluentes líquidos gerados pelo empreendimento no sistema de esgotamento

sanitário presente no logradouro, para o qual a concessionária dos serviços expediu

parecer técnico, conforme documento em anexo.

O impacto é caracterizado como negativo, de abrangência local, reversível e de

intensidade fraca.

7.3.5 Ruído e vibrações

Fase de Implantação

A alteração de níveis de pressão sonora e vibração ocorrerão pela circulação de

veículos e equipamentos diversos na etapa de construção da obra.

Page 116: ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA - vilavelha.es.gov.br de Uso Misto... · Anuência do proprietário quanto à elaboração do EIV em sua propriedade em que este esteja ciente de

CITTÁ ENGENHARIA

116

Tabela 19 Níveis de Potência sonora de equipamentos usados nos canteiros

Este impacto é de ocorrência certa, porém de caráter temporário, magnitude local e

intensidade fraca.

Fase de Operação

Não há fonte de ruído prevista para a fase de operação do empreendimento. Assim,

não se espera incômodo na vizinhança imediata ou mediata, estando o uso

compatível ao entorno

7.3.6 Emissões atmosféricas

Fase de Implantação/Operação

A emissão de poluentes atmosféricos, material particulado e gases de motores a

combustão, decorrente do tráfego de veículos, equipamentos, poderá gerar impactos

sobre a qualidade do ar.

Os principais poluentes associados estes impactos se devem à emissão de gases

dos motores e às partículas totais em suspensão, levantadas do solo pela

movimentação de veículos e equipamentos, sendo este último atenuado pela

presença de pavimentação dos logradouros lindeiros.

Page 117: ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA - vilavelha.es.gov.br de Uso Misto... · Anuência do proprietário quanto à elaboração do EIV em sua propriedade em que este esteja ciente de

CITTÁ ENGENHARIA

117

Este impacto é de ocorrência certa, porém de caráter temporário, magnitude local e

intensidade fraca.

7.3.7 Meios físico, biótico e antrópico

Fauna, Flora e Unidades de Conservação

O raio delimitado pela AID, no qual se encontra instalado o empreendimento não

apresenta espécies nativas de fauna e flora que sofram pressão pela instalação das

obras do EIV.

Revitalização da área urbana

A manutenção de terrenos vazios no núcleo urbano geralmente é prejudicial à

coletividade, pois contribuem para a deposição indevida de despejos, para a

proliferação de insetos e roedores, entre outros, resultando em alguns casos na

especulação imobiliária, fator que atinge e prejudica toda a população, uma vez que

impede o desenvolvimento e consecutivamente a melhoria da infraestrutura urbana.

O empreendimento em tela, foi planejado sob os moldes de conceito arquitetônico

de alto padrão, prevendo além de beleza estética à arquitetura urbana, o incremento

de diversificação do mercado empresarial e residencial, pela implementação de um

imóvel que alia qualidade funcional e conforto.

Com a instalação do empreendimento a infraestrutura pública da região será

diretamente beneficiada, pois haverá necessidade de adequar e melhorar as

condições do entorno, como construção de passeios públicos adequados com

acessibilidade, melhorando a aparência e a utilização do local.

A ocupação pretendida representa fator de irradiação positiva em sua vizinhança,

atuando como fator de revitalização, repercutindo favoravelmente no

desenvolvimento de novos comércios e serviços e consequentemente para a

geração de novos empregos e oportunidades.

Este impacto é caracterizado como positivo, de ocorrência local, permanente de

média intensidade.

Page 118: ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA - vilavelha.es.gov.br de Uso Misto... · Anuência do proprietário quanto à elaboração do EIV em sua propriedade em que este esteja ciente de

CITTÁ ENGENHARIA

118

8 MEDIDAS MITIGADORAS, DE CONTROLE E COMPENSATÓRIAS

8.1 Uso e Ocupação do Solo e Infraestrutura Urbana

Toda demanda dos serviços de abastecimento de água, esgotamento sanitário e

energia elétrica proveniente do empreendimento será absorvida pela infraestrutura

pública.

Atesta-se esta situação pela expedição de parecer técnico favorável, emitido pelas

concessionárias dos serviços de abastecimento de água, esgotamento sanitário, e

energia elétrica.

Todos os ofícios estão devidamente anexados, em tópico específico deste estudo.

Quanto ao uso do solo tem-se que o empreendimento apresenta infraestrutura

compatível com a área, na qual será edificado, de acordo com os padrões

urbanísticos estipulados pelo PDM do Município de Vila Velha.

Medida Mitigadora 01: Conforto térmico no entorno

Apesar de serem respeitados todos os coeficientes urbanísticos estipulados por

legislação específica do município, sendo pouco provável que o sombreamento no

entorno prejudique o microclima local.

Sugere-se cuidado na escolha de materiais, principalmente voltados à instalação da

fachada, e escolha da proposta arquitetônica a fim de prevenir o impacto em nas

construções vizinhas com relação ao acesso às condições mínimas de ventilação,

insolação e iluminação natural.

8.2 Paisagem urbana e patrimônio natural e cultural

Como foi apresentado no diagnóstico, o empreendimento localiza-se em uma região

de concentração de serviços e investimentos, ressaltando a importância histórica

desta região no contexto municipal.

A implantação do empreendimento vai ao encontro desta política urbana, visando

atender ao mercado empresarial e residencial, que demanda por imóveis funcionais.

O projeto oferece será construído segundo conceito AAA, de sustentabilidade e

Page 119: ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA - vilavelha.es.gov.br de Uso Misto... · Anuência do proprietário quanto à elaboração do EIV em sua propriedade em que este esteja ciente de

CITTÁ ENGENHARIA

119

acessibilidade, proporcionando um ponto de encontro entre o trabalho e a qualidade

de vida, o conforto e a conveniência.

8.3 Reflexo da Implantação do Empreendimento na AID

Com a instalação do empreendimento a infraestrutura pública da região será

diretamente beneficiada, pois haverá necessidade de adequar e melhorar as

condições do entorno, como construção de passeios públicos adequados com

acessibilidade, melhorando a aparência e a utilização do local.

A ocupação pretendida representa fator de irradiação positiva em sua vizinhança,

atuando como fator de revitalização, repercutindo favoravelmente no

desenvolvimento de novos comércios e serviços e consequentemente para a

geração de novos empregos e oportunidades.

8.4 Infraestrutura e equipamentos comunitários

Não estão previstos impactos sobre este item.

8.5 Equipamentos de Uso Público

Não estão previstos impactos sobre este item.

8.6 Espaços livres de Uso Público

Não estão previstos impactos sobre este item.

8.7 Transportes e Circulação

Medida mitigadora 02: Áreas de circulação de pedestres, proposições para melhorar

a travessia de pedestre

Embora a sobrecarga sobre o sistema viário possa ser absorvida sem comprometer

significativamente o desempenho das vias, as condições de trafegabilidade no

entorno imediato do empreendimento precisam ser minimamente melhoradas, com a

implantação de calçadas cidadãs, sinalização horizontal, vertical e semafórica nas

aproximações da interseção.

Page 120: ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA - vilavelha.es.gov.br de Uso Misto... · Anuência do proprietário quanto à elaboração do EIV em sua propriedade em que este esteja ciente de

CITTÁ ENGENHARIA

120

8.8 Qualidade Ambiental

Medida Mitigadora 03: Incômodos à vizinhança

Sugere-se a realização de uma reunião com líderes comunitários, em período

anterior ao início das obras, para explanação do projeto, e cronograma executivo,

com a finalidade de acordar, ou simplesmente informas à vizinhança sobre os

períodos que demandarão a execução de atividades passíveis de geração de

incômodos, pela incidência de ruídos, vibrações e emissões atmosféricas,

principalmente. Deverá ser determinado, portanto rigor no horário de utilização de

equipamentos que produzam incômodos desta natureza, de modo a causar menor

incômodo nos vizinhos do imóvel.

Medida Mitigadora 04: Controle de Efluentes Atmosféricos

Para minimização dos impactos gerados pela emissão de partículas atmosféricas no

ar, recomenda-se a adoção de algumas medidas de proteção/ mitigação.

Umectação das áreas internadas do empreendimento, visando a

sedimentação das partículas, evitando a suspensão das mesmas no ar;

Utilização de locais com menor interferência em relação à ação dos ventos

onde serão estocados os materiais granulados, evitando assim o arraste

eólico;

Realizar manutenção dos equipamentos geradores de efluentes atmosféricos;

Implantação de telas no entorno das construções para evitar o arraste eólico.

Medida Mitigadora 05: Controle de Efluentes líquidos

Prever a ligação provisória ao sistema de esgotamento sanitário já na fase de

implantação, para lançamento de efluentes na rede pública de esgoto.

Caso não seja possível a ligação definitiva em rede pública já na instalação,

prever a utilização de banheiros químicos na fase de implantação. O efluente

líquido sanitário gerado da fase de implantação deverá ser coletado,

transportado e tratado por uma empresa licenciada para tal atividade.

Como medida preventiva, realizar sistema de drenagem de forma a evitar a

contaminação dos recursos hídricos.

Page 121: ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA - vilavelha.es.gov.br de Uso Misto... · Anuência do proprietário quanto à elaboração do EIV em sua propriedade em que este esteja ciente de

CITTÁ ENGENHARIA

121

Instalação de caixa separado de óleo e bacias de contenção nos

compartimentos que existem o manuseio de óleos e graxas.

Medida Mitigadora 06: Controle na geração de ruídos

Para não haver nenhum desconforto excessivo tanto aos funcionários do canteiro e

a vizinhança do empreendimento, serão dotadas as seguintes medidas:

Priorização de contratação de empresas locais para aquisição de

equipamentos e insumos, o que reduzirá o percurso até o local da obra;

Manutenção periódica dos veículos e máquinas;

Adoção de protetores auriculares para trabalhadores envolvidos diretamente

com operações ruidosas;

Priorização na aquisição de equipamentos que produzam níveis de vibração

mais baixos.

Atenção para exposição a vibrações mecânicas para cada situação encontrada,

pausas existentes e tempo de exposição diária total.

Page 122: ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA - vilavelha.es.gov.br de Uso Misto... · Anuência do proprietário quanto à elaboração do EIV em sua propriedade em que este esteja ciente de

CITTÁ ENGENHARIA

122

9 CONCLUSÃO E RECOMENDAÇÕES

A partir da caracterização do empreendimento e do diagnóstico realizado na AID,

bem como prognóstico dos possíveis impactos à qualidade de vida da população

residente ou usuária, sobre o meio-ambiente urbano e natural, sumariza-se as

seguintes considerações:

Os impactos de natureza negativa deverão ser compensados pela adoção

das medidas mitigadoras propostas;

A adoção das medidas mitigadoras resulta de decisões quase sempre

concentradas no empreendedor, não dependendo de outras instituições que

possam prejudicar um determinado prazo ou objetivo.

Portanto, conclui-se pela viabilidade técnica/ambiental do projeto, uma vez que, pelo

exposto não há obstáculos para implantação do empreendimento, sendo sua

instalação e operação viável do ponto de vista do balanço dos impactos de

vizinhança.

Page 123: ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA - vilavelha.es.gov.br de Uso Misto... · Anuência do proprietário quanto à elaboração do EIV em sua propriedade em que este esteja ciente de

CITTÁ ENGENHARIA

123

10 REFERÊNCIAS

ABNT (2004). NBR 10.004 – Resíduos Sólidos - Classificação. Associação Brasileira de

Normas Técnicas. Rio de Janeiro.

BRASIL. Estatuto da Cidade: Lei 10.257/2001 que estabelece diretrizes gerais da

política urbana. Brasília, Câmara dos Deputados, 2001, 1ª Edição.

___________. MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE, CONSELHO NACIONAL DO MEIO

AMBIENTE – CONAMA. Resolução nº 307, de 05 de julho de 2002. Estabelece

Diretrizes, critérios e procedimentos para a gestão dos resíduos da construção

civil.Diário Oficial da República Federativa do Brasil, Brasília, DF, nº 136, 17 de julho

de 2002. Seção 1, p. 95-96.

___________. MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE, CONSELHO NACIONAL DO MEIO

AMBIENTE – CONAMA. Resolução n° 431 de 24 de maio de 2011, Altera o art. 3º da

Resolução no 307” e Resolução CONAMA nº 448, de 18 de janeiro de 2012, que altera

os arts. 2º, 4º, 5º, 6º, 8º, 9º, 10 e 11 da Resolução nº 307, de 5 de julho de 2002.

___________. MINISTÉRIO DO TRABALHO. NR-18 – Condições e meio ambiente do

trabalho na indústria da construção. Brasília, 1995. 43p.

ASEVILA. Plano de Desenvolvimento Sustentável de Vila Velha. 120p. : il. color Asevila -

Associação dos Empresários de Vila Velha. 2010.

FUNDAÇÃO VALE (2011). Plano Diretor de Drenagem Urbana Sustentável – Vila Velha.

Vol 1. Vila Velha.ES.2011.

IBGE. Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio. Rio de Janeiro. 2010.

IJSN. Perfil Regional – Região Metopolitana Grande Vitória.. 60p. ISBN 978-85-62509-

23-0 .Vitória, ES, 2009. Disponível em: <www.ijsn.com.br>. Acesso em: 15 de março de

2016.

PIRES, Paulo S. et. al. Avaliação da Qualidade Visual da Paisagem no Parque Estadual

da Serra do Tabuleiro-SC: uma aplicação metodológica focada no uso público e na

valorização turística. In: Seminário de pesquisa em turismo do Mercosul, 6, 2010, Caxias

do Sul. Anais... Rio Grande do Sul: UCS, 2010. Disponível em :< http://www.ucs.br/ucs/

>Acesso em: 15 de março de 2016.

SINDUSCON. Manual sobre os Resíduos da Construção Civil.Ceará, 44 p.2011.

VILA VELHA. (2007). Lei nº 4.575, 03 de janeiro de 1967. Institui o Plano Diretor

Municipal De Vila Velha – ES. Vila Velha: ES.

__________. (2012). Plano Estratégico Vila Velha 2013-2016. Vila Velha.ES.2012.

__________. (2013). Perfil Socioeconômico por Bairro. Vila Velha.ES. Out.2013.

__________. (2014). Plano Municipal de Saneamento Básico. Vila Velha.ES.Out.2014.

Disponível em: http://www.vilavelha.es.gov.br/midia/paginas/PMSB%20Vila%20Velha.pdf

Acesso em: 15 de março de 2016.

Page 124: ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA - vilavelha.es.gov.br de Uso Misto... · Anuência do proprietário quanto à elaboração do EIV em sua propriedade em que este esteja ciente de

CITTÁ ENGENHARIA

124

INSTITUTO CAPIXABA DE PESQUISA, ASSITÊNCIA TÉCNICA E EXTENSÃO RURAL –

INCAPER.

URL: http://www.geobases.es.gov.br/portal/

SOFTWARE: GEOBASES.

INSTITUTO JONES DOS SANTOS NEVES.

URL: http://www.ijsn.es.gov.br/Mapas/SIGWeb/

SOFTWARE: SIGWEB.

INSTITUTO ESTADUAL DE MEIO AMBIENTE E RECURSOS HÍDRICOS – IEMA

URL: http://www.qualidade.iema.es.gov.br/scripts/sea0511.asp

Page 125: ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA - vilavelha.es.gov.br de Uso Misto... · Anuência do proprietário quanto à elaboração do EIV em sua propriedade em que este esteja ciente de

CITTÁ ENGENHARIA

125

11 ANEXOS

Anexo 1 – Projeto Arquitetônico

Anexo 2 – Planta de Implantação e Planta de Situação

Anexo 3 – Cronograma Físico

Anexo 4 – Layout do Canteiro de Obras

Anexo 5 – Ofício PMVV Solução Técnica Drenagem Pluvial

Anexo 6 – Carta de Viabilidade EDP Escelsa

Anexo 7 – Carta de Viabilidade CESAN – Abastecimento de Água

Anexo 8 – Carta de Viabilidade CESAN – Esgotamento Sanitário

Anexo 9 – Mapa de Uso e Ocupação na AID

Anexo 10 – Mapa de Gabarito na AID

Anexo 11 – Relatório Fotográfico das Visadas

Anexo 12 – Visadas com Inserção do Empreendimento

Anexo 13 – Cartas Solares

Anexo 14 – Sombreamento

Anexo 15 – Ventos Predominantes

Anexo 16 – Insolação

Anexo 17 – Mapa de Mobiliário Urbano no Entorno

Anexo 18 – Mapa e Equipamentos Comunitários

Anexo 19 – Mapa das Vias

Anexo 20 – Mapa das Interseções

Anexo 21 – Tempos Semafóricos

Anexo 22 – Mapa Pontos de Ônibus e Táxi

Page 126: ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA - vilavelha.es.gov.br de Uso Misto... · Anuência do proprietário quanto à elaboração do EIV em sua propriedade em que este esteja ciente de

CITTÁ ENGENHARIA

126

Anexo 23 – Mapa de Trajeto de Pedestres

Anexo 24 – Contagem Volumétrica Direcional e Seletiva de Tráfego

Anexo 25 – Volumes na Hora de Pico Atual

Anexo 26 – Hora-Pico do Sistema

Anexo 27 – Nível de Serviço Atual

Anexo 28 – Volume de Tráfego: Bicicletas

Anexo 29 – Pesquisas para Estudo de Tráfego Futuro Gerado

Anexo 30 – Rotas de Acesso e Saída

Anexo 31 – Volume do Tráfego Futuro Gerado e Planta de distribuição do tráfego

Anexo 32 – Nível de Serviço Futuro Viário

Anexo 33 – Termo de Cooperação SEMMA

Anexo 34 – Certificado de Transporte de Resíduos

Anexo 35 – Certidões de Ônus Atualizadas

Anexo 36 – Consulta Prévia PMVV

Anexo 37 – Anuência do Proprietário

Anexo 38 – Protocolo de Abertura de Processo de Licenciamento Ambiental

Anexo 39 – Anotação de Responsabilidade Técnica pela Elaboração do EIV – ART