ESTUDO DE DEMANDA TURÍSTICA ATUAL...2 PROGRAMA NACIONAL DE DESENVOLVIMENTO DO TURISMO - PRODETUR...
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1
ESTUDO DE DEMANDA TURÍSTICA ATUAL
2
PROGRAMA NACIONAL DE DESENVOLVIMENTO DO TURISMO - PRODETUR
NACIONAL
ESTUDOS DE DEMANDA TURÍSTICA ATUAL COM FOCO EM SEGMENTOS DE
TURISMO NÁUTICO E CULTURAL NA ZONA TURÍSTICA DA BAÍA DE TODOS-
OS-SANTOS (BTS), COM VISTAS A APOIAR A IDENTIFICAÇÃO DOS
SUBSEGMENTOS E PRODUTOS A SEREM PRIORIZADOS PELO PRODETUR
NACIONAL BAHIA
2017
PRODUTO 3
Estudo de Demanda Atual
3
GOVERNO DO ESTADO DA BAHIA
Governador
Rui Costa dos Santos
Vice-Governador
João Felipe de Souza Leão
Secretaria de Estado de Turismo - SETUR BA
Secretário: José Alves Peixoto Junior
Superintendência de Investimentos em Zonas Turísticas - SUINVEST Superintendente de Investimentos em Zonas Turísticas:
Antônio Fernando Pereira dos Santos
Diretor de Planejamento Turístico: Pedro Sallenave Pereira Leite
Unidade de Coordenação do Programa Prodetur Nacional Bahia – UCP BA
Coordenador Geral
Giulliana Brito do Espírito Santo Mercuri
Coordenadora de Projetos Turísticos
Andréia Ferreira Brandão
Coordenador de Infraestrutura
Carlos Henrique Taboada Silva
Coordenadora de Aquisições
Ana Cristina Pelosi de Figueiredo
Coordenador Administrativo Financeiro
Pedro Sallenave Pereira Leite
4
Coordenador Social
Jorge Luis Gondim Ávila
Coordenadora Ambiental
Reinaldo Moreira Dantas
CONSÓRCIO NIPPON KOEI LAC / NIPPON KOEI LAC DO BRASIL / COBRAPE/ RUSCHMANN
Nippon Koei Lac do Brasil
Diretor: Roberto Kurokawa
Companhia Brasileira de Projetos e Empreendimentos - COBRAPE
Diretor: Carlos Eduardo Curi Gallego
Ruschmann Consultores
Diretor: Jens Cristiano Ruschmann
EQUIPE DO PROJETO
Diretor do Projeto:
Carlos Eduardo Curi Gallego
Coordenação Geral
Doris Van de Meene Ruschmann
Coordenação Técnica
Juliana Fuscaldo Cardoso
Coordenação Executiva
Luciana Crivelare G. Carvalho
Coordenação Institucional
Jorge Elizário Miguel Filho
Consultor da Pesquisa de Demanda Atual
Osiris Ricardo Bezerra Marques
5
EQUIPE TÉCNICA
Alan Borges da Costa
Andrei Stevanni G. Mora
Cristine Noronha
Leana Paula Bernardi
Luciana Sagi
Luciana Crivelare Gomes Carvalho
Patrícia Cerqueira Reis
Rodolpho Ramina
EQUIPE DE CAMPO
Raiza Carolina Diniz
Nathalia Moraes
Stephanie Machado
TRANSCRITORES
Beatriz Lins
Luciana Crivelare Gomes Carvalho
Luiza Boechat
Nathalia Moraes
Raiza Carolina Diniz
Stephanie Machado
Thamires Lacerda
6
APRESENTAÇÃO
O Consórcio COBRAPE-NIPPON KOEI LAC–NIPPON KOEI LAC DO BRASIL–
RUSCHMANN, contratado no âmbito do Programa Nacional de Desenvolvimento
do Turismo (Prodetur) Contrato n°044/2016, para ESTUDOS DE DEMANDA
TURÍSTICA ATUAL E POTENCIAL COM FOCO EM SEGMENTOS DE TURISMO
NÁUTICO E CULTURAL NA ZONA TURÍSTICA DA BAÍA DE TODOS-OS-
SANTOS (BTS), vem apresentar à Secretaria de Estado de Turismo da Bahia
(SETUR-BA), o PRODUTO 3 – ESTUDO DE DEMANDA ATUAL, documento que
tem como objetivo apresentar informações adquiridas a partir da pesquisa de
demanda atual com foco nos segmentos de turismo náutico e cultural na Baía
Todos-os-Santos, com vistas a apoiar a identificação dos subsegmentos e
produtos a serem priorizados pelo Prodetur Nacional Bahia.
7
SUMÁRIO
SUMÁRIO EXECUTIVO ............................................................................................. 21
INTRODUÇÃO ............................................................................................................ 31
1. RESULTADOS DO PRÉ-TESTE .......................................................................... 34
1.1. Pesquisa com os Turistas ................................................................................. 35
1.1.1. Resultado da Pesquisa com os Turistas ........................................................ 36
1.2. Pesquisa com os Prestadores de Serviços ....................................................... 49
1.2.1. Resultado da Pesquisa com Prestadores de Serviços ................................... 49
2. DESCRIÇÃO DA PESQUISA E ASPECTOS METODOLÓGICOS ....................... 61
2.1. Aspectos metodológicos do estudo da demanda turística atual do turismo
náutico e cultural nos municípios da Baía de Todos-os-Santos .................................. 62
2.1.1. Definições metodológicas .............................................................................. 62
2.1.2. Definições operacionais ................................................................................. 64
2.1.3. Questionário ................................................................................................... 67
2.1.4. Recrutamento e treinamento da equipe ......................................................... 68
2.1.5. Definição da amostra e procedimentos de amostragem ................................. 70
2.1.6. Metodologia de estimativa do fluxo turístico da Demanda Atual nos
segmentos náutico e cultural dos municípios da Baía de Todos-os-Santos ................ 73
2.2. Aspectos metodológicos do estudo da demanda atual com prestadores de
serviços náuticos e culturais nos municípios da Baía de Todos-os-Santos ................. 75
2.2.1. Definições Operacionais ................................................................................ 75
2.2.2. Questionário ................................................................................................... 76
2.2.3. Amostra dos prestadores entrevistados por município ................................... 78
2.2.4. Treinamento da equipe .................................................................................. 88
2.2.5. Transcrições .................................................................................................. 89
2.2.6. Pré-teste ........................................................................................................ 89
2.2.7. Procedimentos de Análise .............................................................................. 90
3. ANÁLISE E RESULTADOS DA DEMANDA TURÍSTICA ATUAL ......................... 92
3.1. Fluxo turístico da Demanda Atual dos municípios da Baía de Todos-os-
Santos 93
3.2. Caracterização do turismo náutico e cultural na Baía de Todos-os-Santos ....... 99
3.2.1. Procedência dos Visitantes ............................................................................ 99
3.2.2. Perfil socioeconômico e psicográfico dos visitantes ..................................... 103
8
3.2.3. Características e informações sobre as viagens .......................................... 115
3.2.4. Percepção dos Visitantes – Aspectos positivos e negativos da viagem e
dos serviços 148
3.3. Cruzamento de Variáveis ................................................................................ 152
3.3.1. Demanda atual por emissor, nível de gastos e tipos de atrativos visitados .. 153
3.3.2. Demanda atual por emissor, nível de gastos versus propensão a pagar
por cada novo segmento do produto ofertado ........................................................... 156
3.3.3. Demanda atual por faixa etária e nível de gasto versus propensão a pagar
por cada novo segmento de produto ofertado ........................................................... 159
3.3.4. Demanda atual por motivo de viagem e nível de gasto versus propensão a
pagar por cada novo segmento de produto ofertado ................................................. 162
3.3.5. Organização da viagem por emissor (Doméstico e Internacional) ................ 165
3.3.6. Fonte de Informação por emissor (Doméstico e Internacional) ..................... 166
3.3.7. Renda dos visitantes por meio de transporte utilizado ................................. 167
3.3.8. Renda dos visitantes por meio de hospedagem ........................................... 168
3.3.9. Meio de transporte por meios de hospedagem ............................................ 170
4. ANÁLISE E RESULTADOS DA DEMANDA ATUAL COM PRESTADORES DE
SERVIÇOS ............................................................................................................... 172
4.1. Características dos Turistas ............................................................................ 174
4.1.1. Cachoeira..................................................................................................... 174
4.1.2. Itaparica/Vera Cruz ...................................................................................... 175
4.1.3. Jaguaripe ..................................................................................................... 177
4.1.4. Maragojipe ................................................................................................... 178
4.1.5. Salinas da Margarida ................................................................................... 179
4.1.6. Salvador ....................................................................................................... 180
4.1.7. São Francisco do Conde .............................................................................. 182
4.2. O que buscam os turistas? .............................................................................. 183
4.2.1. Cachoeira..................................................................................................... 183
4.2.2. Itaparica/Vera Cruz ...................................................................................... 185
4.2.3. Jaguaripe ..................................................................................................... 186
4.2.4. Maragojipe ................................................................................................... 187
4.2.5. Salinas da Margarida ................................................................................... 188
4.2.6. Salvador ....................................................................................................... 189
9
4.2.7. São Francisco do Conde .............................................................................. 192
4.3. Principais dificuldades encontradas ................................................................ 193
4.3.1. Cachoeira..................................................................................................... 193
4.3.2. Itaparica/Vera Cruz ...................................................................................... 195
4.3.3. Jaguaripe ..................................................................................................... 196
4.3.4. Maragojipe ................................................................................................... 198
4.3.5. Salinas da Margarida ................................................................................... 200
4.3.6. Salvador ....................................................................................................... 201
4.3.7. São Francisco do Conde .............................................................................. 204
4.4. Principais melhorias esperadas/propostas ...................................................... 205
4.4.1. Cachoeira..................................................................................................... 205
4.4.2. Itaparica/Vera Cruz ...................................................................................... 207
4.4.3. Jaguaripe ..................................................................................................... 209
4.4.4. Maragojipe ................................................................................................... 210
4.4.5. Salinas da Margarida ................................................................................... 211
4.4.6. Salvador ....................................................................................................... 212
4.4.7. São Francisco do Conde .............................................................................. 215
4.5. Parcerias no setor turístico .............................................................................. 216
4.5.1. Cachoeira..................................................................................................... 216
4.5.2. Itaparica/Vera Cruz ...................................................................................... 218
4.5.3. Jaguaripe ..................................................................................................... 218
4.5.4. Maragojipe ................................................................................................... 220
4.5.5. Salinas da Margarida ................................................................................... 220
4.5.6. Salvador ....................................................................................................... 221
4.5.7. São Francisco do Conde .............................................................................. 223
4.6. Expectativas em relação ao futuro .................................................................. 224
4.6.1. Cachoeira..................................................................................................... 224
4.6.2. Itaparica/Vera Cruz ...................................................................................... 225
4.6.3. Jaguaripe ..................................................................................................... 226
4.6.4. Maragojipe ................................................................................................... 227
4.6.5. Salinas da Margarida ................................................................................... 229
4.6.6. Salvador ....................................................................................................... 230
10
4.6.7. São Francisco do Conde .............................................................................. 233
4.7. Expansão do turismo para novas áreas .......................................................... 234
4.7.1. Cachoeira..................................................................................................... 234
4.7.2. Itaparica/Vera Cruz ...................................................................................... 236
4.7.3. Jaguaripe ..................................................................................................... 237
4.7.4. Maragojipe ................................................................................................... 238
4.7.5. Salinas da Margarida ................................................................................... 239
4.7.6. Salvador ....................................................................................................... 240
4.7.7. São Francisco do Conde .............................................................................. 243
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS E RECOMENDAÇÕES ESTRATÉGICAS PARA
ELABORAÇÃO DE PRODUTOS E SERVIÇOS ........................................................ 244
5.1. Considerações Gerais da Pesquisa de Demanda Turística da Região BTS .... 246
5.1.1. Avaliação dos atuais atrativos náuticos e culturais ....................................... 247
5.2. Cenários para o turismo: tendências, oportunidades e desafios...................... 249
5.2.1. Tendências para o Turismo no Mundo e no Brasil ....................................... 249
5.2.2. Turismo na Bahia e na Região da BTS: situação atual, perspectivas,
oportunidades e fraquezas ....................................................................................... 251
5.3. A região da BTS como destino turístico: oportunidade para o turismo náutico
e cultural? ................................................................................................................. 253
5.3.1. Oportunidades ............................................................................................. 253
5.3.2. Fraquezas .................................................................................................... 253
5.4. Em busca da competitividade no turismo náutico e cultural: desenvolvimento
de subsegmentos e produtos potenciais ................................................................... 254
5.4.1. Aspectos relevantes para o desenvolvimento do turismo náutico na região
da BTS 255
5.4.2. Aspectos relevantes para o desenvolvimento do turismo cultural na região
da BTS 259
5.4.3. O turismo náutico e cultural em perspectiva: desenvolvimento de produtos
e serviços agregados e associados como estratégia para o crescimento ................. 260
ANEXO A – Questionário Demanda Atual Turistas ................................................... 264
ANEXO B – Questionário Demanda Atual com Prestadores de Serviços ................. 280
ANEXO C – Relatório Fotográfico ............................................................................. 281
11
Lista de Figuras
Figura 1 - Procedimentos metodológicos. ............................................................ 76
Figura 2 - Questionário da demanda atual com os prestadores de serviços da BTS ............................................................................................................................ 77
12
Lista de Fotos
Foto 1 - Entrevista com Prestador de Serviço, Salvador. ..................................... 69
Foto 2 - Convento de Santo Antônio, São Francisco do Conde. .......................... 69
Foto 3 - Convento do Carmo, Cachoeira. ............................................................. 69
Foto 4 Mercado Modelo, Salvador. ...................................................................... 69
Foto 5 - Pesquisadores de campo. .................................................................... 281
Foto 6 - Convento do Carmo. ............................................................................. 281
Foto 7 - Rio Paraguaçú. ..................................................................................... 281
Foto 8 - Igreja Matriz do Santíssimo Sacramento. ............................................. 282
Foto 9 - Terminal Marítimo de Mar Grande. ....................................................... 282
Foto 10 - Festa do caboclo. ............................................................................... 282
Foto 11 - Entrevista com prestador de serviços. ................................................ 282
Foto 12 - Reserva Minguito. ............................................................................... 282
Foto 13 - Rio Jaguaripe. .................................................................................... 282
Foto 14 - Rio Paraguaçú. ................................................................................... 282
Foto 15 - Casa Cultural de Maragojipe............................................................... 282
Foto 16 - Câmara Municipal de Maragojipe. ...................................................... 282
Foto 17 - Igreja Nossa Senhora do Carmo. ........................................................ 282
Foto 18 - Praia do Atracadouro. ......................................................................... 282
Foto 19 - Praia do Atracadouro. ......................................................................... 282
Foto 20 - Pesquisadores de Campo. .................................................................. 282
Foto 21 - Farol da Barra. .................................................................................... 282
Foto 22 - Igreja Nosso Senhor do Bonfim. ......................................................... 282
Foto 23 - Convento de Santo Antônio. ............................................................... 282
Foto 24 - Pesquisadores de Campo. .................................................................. 282
Foto 25 - Monte Recôncavo. .............................................................................. 282
13
Lista de Gráficos
Gráfico 1 - Locais de realização da pesquisa. ...................................................... 36
Gráfico 2 - Tempo de permanência em Salvador. ................................................ 36
Gráfico 3 - Motivações para visitar Salvador. ....................................................... 37
Gráfico 4 - Principal motivação para visitar Salvador. .......................................... 37
Gráfico 5 - País de residência do turista. ............................................................. 38
Gráfico 6 - Sexo dos turistas. ............................................................................... 41
Gráfico 7 - Pretende retornar à Salvador em outro momento? ............................. 48
Gráfico 8 - Indicaria a cidade para amigos e parentes? ....................................... 48
Gráfico 9 - Fluxo total mensal de visitantes da região da BTS (todos os segmentos) - Salvador e Demais Municípios – Jan/2016 a Jan/2017. ................. 96
Gráfico 10 - Procedência dos Visitantes. ........................................................... 100
Gráfico 11 - País de residência dos visitantes internacionais em Salvador ........ 101
Gráfico 12 País de residência dos visitantes internacionais demais municípios da BTS* (exceto Salvador)* .................................................................................... 101
Gráfico 13 - Sexo dos visitantes ........................................................................ 104
Gráfico 14 - Faixa etária dos turistas de Salvador, por motivação cultural e náutica .......................................................................................................................... 105
Gráfico 15 - Faixa etária - Municípios BTS (exceto Salvador) ............................ 106
Gráfico 16 - Grau de instrução - Salvador .......................................................... 107
Gráfico 17 - Grau de instrução - Municípios da BTS (exceto Salvador) ............. 108
Gráfico 18 - Ocupação profissional - Salvador ................................................... 109
Gráfico 19 - Ocupação profissional - Municípios da BTS* (exceto Salvador) ..... 109
Gráfico 20 - Estado Civil - Salvador ................................................................... 111
Gráfico 21 - Estado civil - Municípios da BTS* (exceto Salvador) ...................... 111
Gráfico 22 - Nível de renda – Salvador .............................................................. 114
Gráfico 23 - Nível de renda - Municípios da BTS* (exceto Salvador) ................. 114
Gráfico 24 - Motivações da viagem dos turistas domésticos internacionais - Salvador ............................................................................................................ 116
Gráfico 25 - Motivações da viagem dos visitantes domésticos e internacionais - Municípios da BTS (exceto Salvador)* ............................................................... 117
Gráfico 25 - Principal motivação da viagem dos visitantes domésticos e internacionais – Salvador e Municípios da BTS (exceto Salvador)..................... 119
Gráfico 26 - Forma de organização da viagem - Salvador ................................. 121
Gráfico 27 - Forma de organização da viagem - Municípios da BTS (exceto Salvador)* .......................................................................................................... 121
Gráfico 28 - Fontes de informações – Salvador ................................................. 123
14
Gráfico 29 - Fontes de informações - Municípios da BTS (exceto Salvador)* .... 123
Gráfico 30 - Fontes de informações da internet – Salvador ............................... 125
Gráfico 31 - Fontes de informações da internet - Municípios da BTS (exceto Salvador)* .......................................................................................................... 126
Gráfico 32 - Meio de transporte – Salvador ........................................................ 127
Gráfico 33 - Meio de transportes - Municípios da BTS (exceto Salvador)* ......... 128
Gráfico 34 - Meios de hospedagem – Salvador ................................................. 130
Gráfico 35 - Meios de hospedagem - Municípios da BTS (exceto Salvador)* .... 130
Gráfico 36 - Acompanhantes – Salvador............................................................ 132
Gráfico 37 - Acompanhantes - Municípios da BTS (exceto Salvador)* ............... 132
Gráfico 38 - Quantidade de vezes nos municípios – Salvador ........................... 134
Gráfico 39 - Quantidade de vezes no município - Município da BTS (exceto Salvador)* .......................................................................................................... 135
Gráfico 40 - Permanência média em Salvador, por motivação cultural e náutica 143
Gráfico 41 - Permanência média - Municípios da BTS (exceto Salvador)* ......... 143
Gráfico 42 - Composição do gasto médio diário per capita dos turistas de Salvador, por motivação cultural e náutica ..................................................... 145
Gráfico 43 - Composição do gasto médio diário per capita dos turistas dos Municípios da BTS (exceto Salvador)*, por motivação cultural e náutica ........... 145
15
Lista de Tabelas
Tabela 1 - Ranking dos Municípios. ..................................................................... 33
Tabela 2 - Procedência dos turistas residentes no Brasil por estado. .................. 39
Tabela 3 - Procedência dos Turistas Residentes na Bahia por Município. ........... 40
Tabela 4 - Renda Familiar Mensal. ...................................................................... 40
Tabela 5 - Faixa Etária e Idade Média dos Turistas. ............................................ 41
Tabela 6 - Nível de Escolaridade dos Turistas. .................................................... 41
Tabela 7 - Principal Ocupação Profissional dos Turistas. ................................... 42
Tabela 8 - Estado Civil dos Turistas. .................................................................... 42
Tabela 9 - Com Quem o Turista está Viajando. ................................................... 42
Tabela 10 - Principal meio de hospedagem utilizado pelos turistas. .................... 43
Tabela 11 - Número de vezes que visitou Salvador. ............................................ 43
Tabela 12 - Gasto médio diário do turista por dia, pessoa e categoria de gasto. . 43
Tabela 13 - Forma de organização da viagem pelo turista. .................................. 44
Tabela 14 - Principal fonte de informação para a organização da viagem. .......... 44
Tabela 15 - Principal fonte de busca dos que utilizaram a Internet. ..................... 44
Tabela 16 - Atrativos Turísticos que Visitou ou Pretende Visitar em Salvador. .... 45
Tabela 17 - Principal Meio de Transporte Utilizado. ............................................. 45
Tabela 18 - Aspectos que Mais Agradaram o Turista em Salvador. ..................... 45
Tabela 19 - Aspectos que os turistas consideraram mais negativos em Salvador. ............................................................................................................................ 46
Tabela 20 - Sugestão de atividades e/ou serviços não encontrados pelo turista na cidade e propensão a pagar pelo serviço. ............................................................ 46
Tabela 21 - Municípios adicionais visitados pelos turistas de Salvador e dias de permanência. ....................................................................................................... 47
Tabela 22 - Período de realização da pesquisa de campo com turistas nos municípios da BTS. .............................................................................................. 65
Tabela 23 - Pontos de coleta de informações. ..................................................... 66
Tabela 24 - Simulações do quantitativo amostral por erro amostral por município. ............................................................................................................................ 70
Tabela 25 - Número de abordagens e quantidade de questionários realizados. .. 71
Tabela 26 - Quantidade de entrevistas por município e por segmento. ................ 79
Tabela 27 - Prestadores de serviços náutico e cultural cadastrados no CADASTUR, total de entrevistas realizadas, e total de entrevistados que não constavam do CADASTUR. ................................................................................. 80
Tabela 28 - Informações dos prestadores de serviços entrevistados em Cachoeira. ............................................................................................................................ 81
16
Tabela 29 - Informações dos prestadores de serviços entrevistados em Itaparica/Vera Cruz. ............................................................................................. 82
Tabela 30 - Informações dos prestadores de serviços entrevistados em Jaguaripe. ............................................................................................................................ 83
Tabela 31 - Informações dos prestadores de serviços entrevistados em Maragojipe. .......................................................................................................... 84
Tabela 32 - Informações dos prestadores de serviços entrevistados em Salinas da Margarida. ........................................................................................................... 85
Tabela 33 - Informações dos prestadores de serviços entrevistados em Salvador. ............................................................................................................................ 85
Tabela 34 - Informações dos prestadores de serviços entrevistados em São Francisco do Conde. ............................................................................................ 87
Tabela 35 - Ações de treinamento. ...................................................................... 88
Tabela 36 - Informações para a estimativa do fluxo turístico mensal por município a partir dos dados da Hotelaria – Salvador (Jan/17) e Demais Municípios da BTS* (Dez/2016). .......................................................................................................... 94
Tabela 37 - Fluxo de visitantes da região da Baía de Todos-os-Santos - Jan/2016 a Jan/2017 ........................................................................................................... 95
Tabela 38 - Fluxo total de visitantes da região da BTS – 2016. ........................... 97
Tabela 39 - Participação do Turismo Cultural e Náutico no Total de visitantes. ... 98
Tabela 40 - Fluxo de visitantes por motivação cultural e náutica na BTS - Jan/ 2016 a Jan/2017. ................................................................................................. 98
Tabela 41 – Fluxo total de visitantes para a Região BTS por origem. .................. 99
Tabela 42 - Procedência dos visitantes de Salvador, por motivações cultural e náutica, por Estado. ........................................................................................... 102
Tabela 43 - Procedência dos visitantes - Municípios BTS* (exceto Salvador). ... 103
Tabela 44 - Faixa etária dos visitantes de Salvador, por motivação cultural e náutica. .............................................................................................................. 104
Tabela 45 - Faixa etária - Municípios BTS* (exceto Salvador). .......................... 105
Tabela 46 - Grau de instrução dos turistas de Salvador, por motivação cultural e náutica. .............................................................................................................. 106
Tabela 47 - Grau de instrução - Municípios da BTS* (exceto Salvador). ............ 107
Tabela 48 - Ocupação profissional - Salvador.................................................... 108
Tabela 49 - Ocupação profissional - Municípios BTS* (exceto Salvador). .......... 109
Tabela 50 - Estado civil, por motivação cultural e náutica - Salvador. ................ 110
Tabela 51 - Estado civil - Municípios da BTS* (exceto Salvador). ...................... 111
Tabela 52 - Nível de renda - Salvador. .............................................................. 113
Tabela 53 - Nível de renda - Municípios da BTS* (exceto Salvador). ................. 113
17
Tabela 54 - - Motivações da viagem dos turistas domésticos e internacionais - Salvador. ........................................................................................................... 115
Tabela 55 - Motivações da viagem dos visitantes domésticos e internacionais - Municípios da BTS (exceto Salvador) ................................................................ 116
Tabela 56 - Principal motivação da viagem dos visitantes domésticos e internacionais – Salvador x Municípios da BTS (exceto Salvador)*. .................. 118
Tabela 57 - Forma de organização da viagem - Salvador. ................................. 120
Tabela 58 - Forma de organização da viagem - Municípios da BTS (exceto Salvador). .......................................................................................................... 120
Tabela 59 - Fontes de informações - Salvador. .................................................. 122
Tabela 60 - Fontes de informações - Municípios da BTS (exceto Salvador)*. .... 122
Tabela 61 - Fontes de informações da internet - Salvador. ................................ 124
Tabela 62 - Fontes de informações da internet - Municípios da BTS (exceto Salvador)*. ......................................................................................................... 125
Tabela 63 - Meio de transporte - Salvador. ........................................................ 126
Tabela 64 - Meio de transporte - Municípios da BTS (exceto Salvador)*. .......... 127
Tabela 65 - Meio de hospedagem - Salvador. ................................................... 128
Tabela 66 - Meio de hospedagem - Municípios da BTS (exceto Salvador)*. ...... 129
Tabela 67 - Acompanhantes - Salvador. ............................................................ 131
Tabela 68 - Acompanhantes - Municípios da BTS (exceto Salvador)*. .............. 131
Tabela 69 - Quantidade de vezes no município - Salvador. ............................... 133
Tabela 70 - Quantidade de vezes no município - Municípios da BTS (exceto Salvador)* .......................................................................................................... 134
Tabela 71 - Atrativos visitados - Salvador. ......................................................... 136
Tabela 72 - Atrativos visitados - Cachoeira. ....................................................... 136
Tabela 73 - Atrativos visitados - Itaparica/Vera Cruz.......................................... 137
Tabela 74 - Atrativos visitados - Maragojipe. ..................................................... 137
Tabela 75 - Atrativos visitados - Salinas da Margarida. ...................................... 138
Tabela 76 - Atrativos visitados - São Francisco do Conde. ................................ 138
Tabela 77 - Outros destinos visitados e tempo médio de permanência – Salvador. .......................................................................................................................... 139
Tabela 78 - Outros destinos visitados e tempo médio de permanência - Municípios da BTS (exceto Salvador)*................................................................................. 140
Tabela 79 - Permanência média - Salvador. ...................................................... 141
Tabela 80 - Permanência média – Municípios da BTS (exceto Salvador)*. ........ 142
Tabela 81 - Gasto médio diário per capita em Salvador, por motivação náutica e cultural. .............................................................................................................. 144
18
Tabela 82 - Gasto médio diário per capita dos visitantes dos Municípios da BTS (exceto Salvador)*, por motivação cultural e náutica.......................................... 144
Tabela 83 - Serviços/ atividades não encontradas, Salvador. ............................ 147
Tabela 84 - Serviços/ atividades não encontradas na BTS, demais municípios. 148
Tabela 85 - Avaliação da viagem, infraestrutura e serviços – Salvador.............. 149
Tabela 86 - Avaliação da viagem, infraestrutura e serviços - Municípios da BTS (exceto Salvador)*. ............................................................................................ 149
Tabela 87 - Aspectos positivos da viagem - Salvador. ....................................... 149
Tabela 88 - Aspectos positivos da viagem - Municípios da BTS (exceto Salvador)*. .......................................................................................................................... 150
Tabela 89 - Aspectos negativos da viagem – Salvador. ..................................... 151
Tabela 90 - Aspectos negativos da viagem - Municípios da BTS (exceto Salvador)*. ......................................................................................................... 151
Tabela 91 - Demanda atual por emissor, nível de gastos e tipo de atrativos visitados. ............................................................................................................ 154
Tabela 92 - Demanda atual por emissor e nível de gastos versus propensão a pagar por cada novo segmento do produto ofertado - Salvador ......................... 157
Tabela 93 - Demanda atual por emissor e nível de gastos versus propensão a pagar por cada novo segmento do produto ofertado - Municípios BTS (exceto Salvador) ........................................................................................................... 158
Tabela 94 - Demanda atual por faixa etária e nível de gasto versus propensão a pagar por cada novo segmento de produto ofertado – Salvador. ....................... 160
Tabela 95 - Demanda atual por faixa etária e nível de gasto versus propensão a pagar por cada novo segmento de produto ofertado – Municípios BTS (exceto Salvador). .......................................................................................................... 161
Tabela 96 - Demanda atual por motivo de viagem e nível de gasto versus propensão a pagar por cada novo segmento de produto ofertado - Salvador. ... 163
Tabela 97 - Demanda atual por motivo de viagem e nível de gasto versus propensão a pagar por cada novo segmento de produto ofertado – Municípios BTS (exceto Salvador). ...................................................................................... 164
Tabela 98 - Organização da viagem por emissor - Municípios da BTS (exceto Salvador)*. ......................................................................................................... 165
Tabela 99 - Organização da viagem por emissor - Salvador. ............................. 165
Tabela 100 - Fonte de informação por emissor - Municípios da BTS (exceto Salvador)*. ......................................................................................................... 166
Tabela 101 - Fonte de informação por emissor - Salvador. ................................ 167
Tabela 102 - Renda dos visitantes por meio de transporte utilizado - Municípios da BTS (exceto Salvador)*. .................................................................................... 167
Tabela 103 - Renda dos visitantes por meio de transporte utilizado - Salvador. 168
Tabela 104 - Classe de renda por meios de hospedagem - Municípios da BTS (exceto Salvador)*. ............................................................................................ 169
19
Tabela 105 - Classe de renda por meios de hospedagem - Salvador. ............... 169
Tabela 106 - Meio de transporte por meio de hospedagem - Municípios da BTS (exceto Salvador)*. ............................................................................................ 170
Tabela 107 - Meio de transporte por meios de hospedagem - Salvador. ........... 171
20
Lista de abreviaturas e siglas
ACTUP - Associação de Guias e Condutores de Turismo de Cachoeira
BID – Banco Interamericano de Desenvolvimento
BTS – Baía de Todos-os-Santos
CA - Cachoeira
FIPE - Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas
ITA - Itaparica/Vera Cruz
JAGUA - Jaguaripe
MA - Maragojipe
OMT - Organização Mundial de Turismo
SAL - Salvador
SALI - Salinas da Margarida
SETUR-BA – Secretaria de Turismo da Bahia
SFC - São Francisco do Conde
TC - Prestadores de turismo
TDR - termo de referencia
TDR - Termo de Responsabilidade
TN - Turismo náutico
UFRB - Universidade Federal do Recôncavo Baiano
21
SUMÁRIO EXECUTIVO
Este relatório consubstancia resultados do Estudo de Demanda Turística Atual da
Baía de Todos-os-Santos (BTS), com foco nos segmentos de turismo náutico e
cultural. Nesta pesquisa foram realizadas 2.660 entrevistas com os visitantes e 76
entrevistas com prestadores de serviços, em sete municípios estratégicos da BTS,
sendo eles: Cachoeira, Itaparica/Vera Cruz, Jaguaripe, Maragojipe, Salinas da
Margarida, Salvador, São Francisco do Conde.
A pesquisa de campo foi realizada em meses de alta temporada, em dois
momentos distintos. O primeiro momento ocorreu no mês de dezembro de 2016, e
o segundo no mês de janeiro de 2017. Os levantamentos de dados possibilitaram
o dimensionamento dos fluxos turísticos, visando caracterizar a demanda turística
atual nessas localidades.
Pelos dados dessas pesquisas, pode-se inferir que o fluxo turístico no ano de
2016 para a região da Baía de Todos-os-Santos recebeu, aproximadamente,
6.197.565 de visitantes, sendo 4.449.539 para Salvador e 1.702.226 para os
demais municípios1.
Considerando a estimativa dos visitantes para Salvador, 3.068.574 apresentam
motivação para o turismo náutico e cultural. Desse total, aproximadamente, 98%
correspondem ao turismo cultural e 2% ao turismo náutico. Para os demais
municípios, 686.820 visitantes têm como motivação o turismo náutico e cultural,
sendo 82% para o segmento cultural e 18% para o segmento náutico.
a) Entrevista com os Turistas
A partir da entrevista com os turistas foi possível obter resultados referentes ao
perfil socioeconômico e psicográfico. No município de Salvador, observou-se que
58% dos visitantes por motivação cultural são de gênero feminino e 42%
masculino. O resultado é semelhante para os visitantes por motivo náutico, sendo
56% feminino e 44% masculino. Nos demais municípios da BTS, observou-se
1 Cachoeira, Itaparica/Vera Cruz, Jaguaripe, Maragojipe, Salinas da Margarida e São Francisco do Conde.
22
que, 53% dos visitantes por motivação cultural são de gênero feminino e 47%,
masculino. Entre os visitantes por motivo náutico, 52% são de gênero feminino e
48% masculino.
Diante dessa análise do perfil do turista, constatou-se que a faixa etária
predominante dos visitantes de Salvador, tanto para o segmento náutico como
cultural, abrange um público de 32 a 40 anos. No cenário observado dos demais
municípios há uma variação entre os segmentos, onde o turismo náutico
apresenta um público mais jovem, com uma maior frequência de pessoas da faixa
etária de 25 a 31 anos, no entanto, no segmento cultural a faixa etária
corresponde a pessoas de 32 a 40 anos.
Em relação ao nível de renda dos turistas de Salvador, verificou-se que os de
motivação náutica apresentaram uma renda média de aproximadamente R$7.997,
inferior aos R$9.257 dos turistas com motivação cultural. Em contrapartida, a
renda média mensal dos visitantes dos demais municípios da região, por
motivação náutica, é de R$ 5.806,9, um pouco superior aos R$5.214,4 dos
visitantes por motivação cultural.
No que se refere às características e informações sobre as viagens, averiguou-se
que 84,4 % dos turistas de Salvador, do segmento náutico e cultural, indicaram
como motivo da viagem: cultura, música e culinária. Nos demais munícipios da
BTS, um pouco mais da metade (51,4%) também indicou como motivação:
cultura, música e culinária, seguida da motivação sol e praia (44,6%).
No que diz respeito aos principais atrativos visitados, foi realizado uma análise
particular, sabendo que há especificidades de atrações turísticas em cada
município. Em Salvador constatou-se uma maior variação de atrativos, devido ao
grande número de pontos turísticos distribuídos pela cidade. Os mais visitados,
são: Pelourinho (95,6%), Elevador Lacerda (93,2%), Centro Histórico (92,4), Farol
da Barra (89,3%) e Igreja do Bonfim (75%).
Em Cachoeira os principais atrativos visitados são: Porto de Cachoeira (79,8%),
Casa da Irmandade da Boa Morte (55,1%) e a Casa de Samba D. Dalva (39,1%).
Na Ilha de Itaparica, os municípios – Itaparica e Vera Cruz - foram analisados
conjuntamente, no entanto, a maioria dos atrativos visitados encontram-se em
Itaparica, são eles: Centro Histórico de Itaparica (53,7%), Fonte da Bica (50,3%),
23
Marina de Itaparica (46,9%) e Praia de Ponta de Areia (44,9%). No município de
Maragojipe, os entrevistados indicaram a Praia dos Coqueiros (69,6%) como
principal atrativo visitado. Em Salinas da Margarida, metade dos turistas apontou
o distrito de Barra do Paraguaçu e a Praia da Ponte como os atrativos de maior
evidência. Os visitantes de São Francisco do Conde indicaram o Centro Histórico
(50%) como principal atrativo, seguido da Ilha de Cajaíba e o Convento de Santo
Antônio, ambos com mesmo percentual (25%). No caso do município de
Jaguaripe, cabe ressaltar que o número de entrevistados não foi representativo de
forma que permitisse uma avaliação separada da visitação dos principais
atrativos.
Os dados da pesquisa também revelaram que em Salvador, a maioria dos turistas
por motivação náutica e cultural apresenta permanência média de 4 a 6 pernoites,
sendo 41,70% para náutica e 32,40% para cultural. Já para os turistas dos demais
municípios a permanência média compreende de 1 a 3 pernoites, tanto para o
náutico (33,30%), como para o cultural (39,50%).
Em relação ao gasto médio dos turistas de Salvador, cabe destacar que o turista
náutico apresentou um gasto médio de R$ 250,68, superior aos do turista cultural
que teve um gasto de R$ 169,75. Já o gasto médio dos visitantes dos demais
munícipios da região da BTS mostrou-se semelhante para os dois segmentos, por
motivação náutica de R$ 96,79, e para o turismo cultural de R$ 103, 27.
Sobre a percepção dos visitantes, constatou-se que os aspectos que mais
agradou a maioria dos turistas que visitou Salvador, foram as praias (76,3%),
deixando os atrativos histórico-culturais em segundo lugar (71,9%). Destacou-se
ainda a hospitalidade do povo e o clima com 67,7% e 62,7%, respectivamente.
Em relação aos aspectos positivos apontados pelos visitantes dos demais
municípios da BTS, verificou-se que 55,6% indicou os atrativos naturais como o
item que mais agradou durante a viagem. Entre outros itens apontados,
destacaram-se: atrativos histórico-culturais (55,2%), praias (54,9%), clima (50,9%)
e gastronomia (50,9%).
De outro lado, alguns serviços foram mal avaliados, no qual 38,1% dos turistas
que visitaram Salvador indicaram a abordagem dos vendedores como o item que
mais desagradou durante a viagem. Entre outros aspectos negativos, apontaram:
24
segurança (35,0%), abordagem de pedintes (34,5%) e trânsito (30,5%). Na
avaliação dos visitantes dos demais municípios da BTS, a limpeza urbana foi
apontada por 37,2% como o fator que mais desagradou. Na sequência, indicaram
segurança (34,9%), infraestrutura e serviços urbanos (28,3%) e sinalização
turística (25,3%), como outros aspectos negativos observados durante a viagem.
b) Resultados com os prestadores de serviços
O questionário aplicado junto aos prestadores de serviços náuticos possibilitou
uma análise a partir das percepções, opiniões e visões deste público em questão.
As perguntas foram norteadas a partir das seguintes dimensões: Características
dos turistas; o que os turistas buscam; principais dificuldades encontradas;
melhorias propostas; existência de parcerias com o setor turístico; expectativas
em relação ao futuro; expansão do turismo para novas áreas.
• Cachoeira
Para os prestadores de serviços náuticos a quantidade de estrangeiros que
visita a cidade baixou consideravelmente, em contrapartida aumentou a
participação de turistas brasileiros. No geral a visitação é motivada pela
arquitetura tanto da própria cidade como ao longo do Rio Paraguaçu. Porém, a
falta de divulgação e a falta de infraestrutura náutica no destino é o principal
problema enfrentado. Nesse sentido, as melhorias indicadas pelos entrevistados
envolvem a construção de um píer na cidade e um maior incentivo ao turismo,
potencializando a divulgação da cidade. Quanto à parceria com setores do
turismo, alguns prestadores de serviços náuticos afirmaram ter parcerias com
agências de Salvador e hotéis do próprio município. De forma geral, os
entrevistados revelam esperar do poder público um maior investimento
fomentando as atividades do setor. Dentre os atrativos apontados com grande
potencial para expansão do turismo aprecem, com maior frequência, a estação
ferroviária e as rodas de samba.
Os prestadores de serviços culturais possuem a mesma percepção de que o
público estrangeiro reduziu exponencialmente, sendo mais frequentes os
nacionais. Segundo os entrevistados os turistas buscam em especial as religiões
africanas e derivações da cultura africana e também os patrimônios culturais
como um todo. Assim como já mencionado, para esses entrevistados, os
25
problemas de falta de divulgação e estrutura básica torna-se um impeditivo para o
turismo da cidade alavancar. Estima-se como melhorias a restauração de
patrimônios, ampliação do horário de funcionamento dos atrativos e apoio as
manifestações culturais. Em relação à existência de parcerias, a maioria possui
vínculos com outras empresas e instituições, porém, ainda há uma parcela que
não há. As expectativas giram em torno de um maior apoio das autoridades
públicas para o turismo da cidade. Assim como os prestadores de serviços
náuticos, os entrevistados do segmento cultural citam como atrativos para
expansão do turismo, a estação ferroviária, as rodas de samba, e, além disso, o
porto e o quarteirão do hotel Colombo.
• Itaparica/Vera Cruz
Os prestadores de serviços náuticos apontaram para o fato de que os turistas
são da própria região e são, em sua maioria, pertencentes a uma classe de renda
mais alta. Esses turistas buscam desfrutar do litoral, através de passeios náuticos
e o turismo de sol e praia. A questão da qualificação profissional e a falta de
infraestrutura náutica são pontos chaves destacados pelos prestadores. Logo, as
melhorias envolvem a adaptação da cidade para o turismo náutico. Dentre os
entrevistados, nenhum do segmento náutico revelou possuir alguma parceria com
estabelecimentos do setor turístico. Uma das principais expectativas dos
entrevistados refere-se à movimentação do poder público quanto à segurança. Ao
que concerne à expansão para novas áreas, apontaram localidades já conhecidas
nos próprios municípios, mas que poderiam ser requalificadas.
Diante das entrevistas com os prestadores de serviços culturais, percebeu-se
que, quanto à característica do turista, há uma maior frequência dos de origem
doméstica. Para estes entrevistados, o turista busca paz e sossego, além de
produtos culturais específicos, no caso, o artesanato e a capoeira. A redução do
número de turistas na Ilha de Itaparica, decorrentes da falta de estrutura e
segurança, são dificuldades encontradas pelos prestadores. A fim de reverter esta
situação, acredita-se que a apresentação de grupos culturais seria uma forma de
atrair os turistas para a cidade. Percebeu-se que existem poucas parcerias, e
quando existentes, restringem-se com grandes OTA (Online Travel Agencies). De
maneira geral, os entrevistados mostram-se otimistas esperando apoio das
26
autoridades públicas. O samba de roda da ilha ganhou destaque como produto a
ser valorizado para a expansão do turismo.
• Jaguaripe
De acordo com os prestadores de serviços náuticos a característica do turista é
de origem regional, os quais buscam além do turismo de sol e praia, a
possibilidade de praticar o ecoturismo. A principal dificuldade enfrentada pelos
prestadores é, sobretudo, o baixo índice de visitação na cidade, além da falta de
infraestrutura náutica. Diante disso, a implantação de atracadores seria primordial
para consolidar o turismo em Jaguaripe. Alguns entrevistados indicaram haver
parceria com pousadas, agências e associações. De acordo com este cenário
gera-se uma preocupação quanto aos negócios resultando em uma expectativa
pessimista por parte stakeholders. Em relação à expansão do turismo, os
prestadores de serviços náuticos, apostaram, como uma boa forma de promoção,
a melhoria no acesso náutico da cidade.
Os entrevistados dos serviços culturais também evidenciaram que os turistas
regionais são mais frequentes e que buscam o artesanato, as manifestações
culturais e o patrimônio cultural. Para o segmento cultural a falta de apoio às
manifestações culturais presentes no município é lembrada como uma grande
dificuldade a se encarar. Sendo assim, visando à melhoria do turismo, sugere-se a
qualificação da mão de obra, e a divulgação do município. Segundo estes
prestadores há poucas parcerias com estabelecimentos do setor turístico.
Acredita-se que fomentando a qualificação e a formação de jovens acarretará em
melhores oportunidades para os mesmos, possibilitando uma maior expectativa
de avanço para este público e consequentemente para o turismo.
• Maragojipe
Os atores envolvidos com os serviços náuticos afirmaram que os principais
turistas são da própria região. Foi apontado que os turistas buscam, em sua
maioria, por passeios de barco. A ausência de turistas na cidade e a falta de um
ponto de atracação são as principais dificuldades enfrentadas. Uma das melhorias
indicadas envolvem a maior divulgação do município e seus atrativos. Referente
às parcerias, os prestadores entrevistados asseguraram não haver quaisquer
sociedade no setor turístico. Sabendo desses obstáculos, observou-se certo
ceticismo por parte destes prestadores quanto ao futuro da atividade turística no
27
município. Ressaltou-se que a Baía do Iguape possuiu uma ótima navegabilidade
e representa um importante atrativo a ser explorado e incorporado em um roteiro
turístico.
Mediante a entrevista com os prestadores de serviços culturais percebeu-se que
a maioria dos turistas é regional, no entanto, os períodos que compreendem datas
festivas e religiosas atraem um público de fora da região. Quanto o que os turistas
buscam, procurou-se enfatizar questões específicas, como bebidas, gastronomia,
artesanato e cultura. Foi citada como dificuldade a falta de investimentos nos
equipamentos turísticos. Apontou-se como melhoria apoio e incentivo por parte do
poder público às manifestações culturais. O cenário referente às parcerias se
repete para os prestadores de serviços culturais, onde afirmaram não haver
qualquer ligação com trade turístico. Para alguns entrevistados, as expetativas
para com o turismo em Maragojipe estão intimamente relacionadas com as
melhorias necessárias, como por exemplo, a infraestrutura, segurança e apoio
estadual, que permitiriam o avanço do setor. No entanto, existem áreas passíveis
de serem valorizadas e adequadas para o serviço turístico, para isso, apontaram-
se o Bairro do Cajá e o Rio Urubu, como potenciais atrativos do município.
• Salinas da Margarida
No caso dos prestadores de serviços náuticos, há uma percepção que os
turistas são oriundos da própria região. Os principais motivos de visita envolvem
as praias, o lazer e o entretenimento. A posição geográfica e o acesso via
terrestre são pontos de dificuldades apontados pelos entrevistados. Sabendo
disso, uma alternativa, seria investir no acesso marítimo, para isso, estes
stakeholders, citam como principal melhoria, a construção de um píer adequado.
Nenhum dos entrevistados, deste segmento, relatou haver parcerias com trade
turístico. Apesar do baixo nível de visitação atual, os entrevistados do turismo
náutico se mostraram esperançosos quanto ao futuro da atividade, sobretudo do
segmento em questão. Salinas da Margarida é dotada de belezas naturais em
toda sua faixa costeira, logo todos seus distritos, a Ponta do Dourado e até a foz
do Rio Paraguaçu são mencionados como lugares a serem explorados
turisticamente.
Os agentes de serviços culturais destacaram que os turistas além de
pertencerem a cidades vizinhas, são muita das vezes veranistas no município, o
28
que acarreta em uma sazonalidade na visitação. Esses turistas buscam conhecer
o litoral, o artesanato e a gastronomia. A falta de divulgação do município e,
consequentemente, a baixa frequência dos turistas, são os atuais impeditivos
enfrentados pelo turismo na cidade. A exploração das belezas naturais do
município é pontuada como uma melhoria importante para catalisar o turismo.
Percebeu-se que o para este segmento, também não existem parcerias, seja elas
de qualquer natureza. As expectativas para o turismo cultural envolve o
crescimento dos negócios nos próximos anos. Para estes entrevistados, a Ponta
do Dourado representa o maior potencial turístico do município, passível de
receber qualificação necessária para atender as demandas turísticas.
• Salvador
A variedade de turistas resulta em diferentes percepções por parte dos
entrevistados. Para os prestadores de serviços náuticos existe uma pluralidade
de visitantes na cidade, sobretudo no quesito procedência, diferentemente do
observado nos demais municípios. Em relação ao segmento náutico, esses
turistas buscam, passeios pela baía, conhecendo as ilhas da região, além dos
esportes náuticos, sendo o mergulho o de expressiva procura. Indicaram-se como
principais dificuldades, a falta de infraestrutura náutica, especialmente no que diz
respeito à baixa quantidade de marinas oferecidas pela cidade, e falta de
divulgação dos esportes náuticos, e a ausência de profissionais qualificados para
esta área. Nesse sentido, estima-se como melhoria a construção de marinas e
um trabalho mais direcionado na divulgação e promoção do turismo náutico na
BTS. A maioria dos atores entrevistados revelou haver algum tipo de parceria com
tarde turístico, no entanto, muitas são sazonais. As expectativas, de maneira
geral, são positivas, contudo, alguns prestadores estão reticentes, sabendo que
há pouco incentivo ao incremento do turismo náutico em Salvador. A Orla
Suburbana foi o objeto de investigação quanto à expansão do turismo na cidade.
Muitos prestadores ressaltaram os potenciais turísticos dessa região, porém
ressalvam que é preciso investir em infraestrutura e na segurança, permitindo a
inclusão desta área nos roteiros turísticos de Salvador.
Quanto aos prestadores de serviços culturais a mesma diversidade é percebida
em relação às características dos turistas. O potencial cultural de Salvador é um
29
dos principais motivadores de viagem, atraindo diversos turistas de várias partes
do mundo. O ponto mais citado, pelos entrevistados, como dificuldade, diz
respeito à própria logística da cidade, que não oferece espaços destinados para
estacionamento de ônibus turísticos. Outro ponto negativo levantado refere-se à
abordagem de vendedores e pedintes. Os agentes do turismo cultural levantaram
a questão da qualificação profissional, a questão da infraestrutura dos
equipamentos culturais como pontos de melhoria para alavancar o turismo.
Percebeu-se que grande parte das parcerias estabelecidas entre os serviços
culturais estão, especialmente, vinculadas a agências de viagens. A consolidação
de Salvador como um importante destino cultural no Brasil gera nos atores
envolvidos, expectativas otimistas quanto ao futuro de suas atividades, sabendo
que, para que isso de fato ocorra é preciso que haja uma consonância, por parte
do poder público, nas ações para solucionar os problemas estruturais da cidade. A
possibilidade de expansão do turismo para a Orla Suburbana é muito bem
recebida por parte dos prestadores dos serviços culturais, que aguardam
intervenções na região viabilizando o incremento da visitação.
• São Francisco do Conde
As entrevistas com os prestadores de serviços náuticos identificaram que o
principal visitante do município é o excursionista, ou seja, corresponde por
aqueles que não pernoitam na cidade. A partir das percepções dos entrevistados,
constatou-se que os turistas buscam as manifestações culturais e os patrimônios
arquitetônicos do município. As dificuldades enfrentadas em São Francisco do
Conde, sobretudo pelo segmento náutico, diz respeito à falta de sinalização e
infraestrutura náutica. Tendo em vista estas dificuldades, aspira-se a construção
de um píer facilitando o embarque e desembarque de embarcações. A
inexistência de parcerias é outro impeditivo para concretização do setor. Os
problemas estruturais resultam na incerteza quanto ao desenvolvimento do
turismo, no entanto, a solução para eles estaria no apoio das autoridades
públicas. O município é visto com grande potencial a ser aproveitado, e para isso,
destacam-se áreas de relevância para o turismo náutico, como a Ilha de Cajaíba.
Os agentes dos serviços culturais, além de ratificarem a predominância de
excursionistas no município destacam que estes se caracterizam como visitantes
da própria região, procedendo de cidades vizinhas. Os prestadores culturais
30
também acrescentaram como fatores de atração de visitação as tradicionais
manifestações culturais locais, como o Samba Chula e as Paparutas. Apontaram-
se como dificuldades a falta de infraestrutura, tanto turística como do patrimônio e
das instalações culturais. Acredita-se que a divulgação da cidade é ponto chave
para melhorar o turismo, no entanto, é preciso conjuntamente qualificar a mão de
obra fornecendo um produto turístico com excelência. Segundo esses prestadores
não há nenhum tipo de parceria com trade turístico, porém alguns entrevistados
revelaram que o setor público consiste a única forma de parceria estabelecida. As
expectativas atrelam-se a superação dos problemas e consolidação das
melhorias, a fim de fomentar o turismo. Como novas áreas de expansão, para o
turismo cultural, apontaram-se o quilombo D. João, Santo Estevão e a Ilha do Pati,
esta, em especial, que atende aos dois segmentos, sabendo das riquezas
culturais e a sua importância para a construção de um roteiro náutico.
31
Introdução
32
INTRODUÇÃO
A demanda turística está intimamente relacionada ao processo de tomada de
decisão de uma pessoa no processo de planejamento de atividades de viagem e
do comportamento durante a estadia no local receptor.
Assim, a identificação e a análise do perfil do turista e das principais variáveis que
explicam o comportamento da demanda são fundamentais no processo de
planejamento do crescimento e do desenvolvimento do turismo de uma cidade,
região ou país. A análise da demanda e de suas correlações com a oferta turística
implica o conhecimento de sua estrutura, sua evolução e suas tendências futuras.
Reconhecendo a importância do conhecimento da demanda turística atual no
processo de planejamento do crescimento e do desenvolvimento sustentável do
turismo náutico e cultural na Baía de Todos-os-Santos (BTS), este estudo tem
como objetivo, “MAPEAR E ANALISAR A DEMANDA ATUAL DO TURISMO
NAUTICO E CULTURAL, NA BAÍA DE TODOS-OS-SANTOS, ENVOLVENDO OS
SEGUINTES MUNICÍPIOS: SALVADOR, ILHA DE ITAPARICA
(ITAPARICA/VERA CRUZ), CACHOEIRA, MARAGOJIPE, JAGUARIPE, SALINAS
DA MARGARIDA E SÃO FRANCISCO DO CONDE”.
O Estudo de Demanda Atual buscou contemplar dois tipos de pesquisa, uma
referente às entrevistas com os prestadores de serviço e outra com os turistas.
Pra isso, foram selecionados sete municípios estratégicos (Salvador, Maragojipe,
Itaparica, Cachoeira, Jaguaripe, Vera Cruz, Salinas da Margarida e São Francisco
do Conde) da Bahia de Todos-os-Santos (BTS), onde pudessem ser realizados
os questionários. As informações obtidas em campo teve como finalidade a
aquisição de subsídios para a avaliação do turista, a análise da demanda e as
correlações com a oferta turística.
Para escolha desses municípios, optou-se pela adoção dos critérios do Plano de
Desenvolvimento Integrado de Turismo Sustentável do Polo Turístico da Baía de
Todos-os-Santos. Assim, a seleção das áreas de intervenção do Estudo de
Demanda Turística Atual baseou-se na matriz de composição da avaliação,
desenvolvida neste plano, que teve como finalidade estabelecer grau de
importância estratégica de cada município dentro do seu geossistema.
33
Na Matriz foram considerados alguns itens. Cada item recebeu um peso
diferente, de acordo com a sua importância, variando de 25 (atrativos naturais e
atrativos culturais), 20 (nível de pobreza da população), e 10 (infraestrutura
náutica, vocação para esportes náuticos e capacidade de atração de
investimentos), totalizando 100. Com isso, chegou-se a uma nota final para cada
localidade, sendo zero a nota mínima admitida e a máxima igual a 275.
Tabela 1 - Ranking dos Municípios.
Município Nota Final
Salvador 267
Itaparica 263
Maragojipe 259
Cachoeira 258
Jaguaripe 241
Vera Cruz 239
Salinas da Margarida 239
São Francisco do Conde 234
Nazaré 229
São Félix 214
Santo Amaro 205
Madre de Deus 201
Candeias 199
Saubara 183
Simões Filho 159
Fonte: PDTIS BTS, 2012.
Dos municípios pontuados acima, foram priorizados para o Estudo os sete
primeiros. Nesses elegeu-se pontos de coleta, levando em consideração o
público-alvo: turistas e prestadores de serviços turísticos.
34
Resultados do Pré-Teste
35
1. RESULTADOS DO PRÉ-TESTE
Neste item será dado um panorama referente à etapa do Pré-teste que foi
realizada em Salvador.
1.1. Pesquisa com os Turistas
O pré-teste da demanda atual com turistas foi realizado no período de 21/10 a
23/10/2016 na cidade de Salvador. Participaram da pesquisa 15 pesquisadores de
campo e 2 supervisores de pesquisa, além do coordenador da pesquisa da
demanda atual, professor Osiris Marques. As pesquisas foram realizadas nos
seguintes pontos de coleta:
• Pelourinho
• Terminal Turístico Náutico da Bahia
• Mercado Modelo
• Agências de viagem do bairro Comércio
• Arredores do Farol da Barra
• Museu Náutico da Bahia
• Arredores do Forte de Santa Maria
• Igreja do Bonfim
• Terminal Marítimo da Ribeira
Ao todo foram realizadas 428 entrevistas com turistas náuticos e culturais, sendo
396 com turistas culturais e 32 entrevistas com turistas náuticos. Vale lembrar que
a amostra é exploratória e seguiu os objetivos do pré-teste de validação do
questionário, dos resultados desejados da pesquisa e dos pontos de coleta das
informações.
Abaixo serão expostos os resultados da referida etapa.
36
1.1.1. Resultado da Pesquisa com os Turistas
Gráfico 1 - Locais de realização da pesquisa.
Fonte: Elaboração Própria.
Gráfico 2 - Tempo de permanência em Salvador.
Fonte: Elaboração Própria.
90,0%
9,0%
1,0% 0,0%0,0%
10,0%
20,0%
30,0%
40,0%
50,0%
60,0%
70,0%
80,0%
90,0%
100,0%
Atrativo turísticoCultural
Atrativo turísticoNáutico
Proximidade de Barese Restaurantes
Proximidade da RedeHoteleira
5,2%4,4%
11,5%
21,9%
14,2%
12,9%
4,1%
8,7%
4,4%
0,9%
3,9%
0,4% 0,5%0,1%
0,3%1,4%
5,2%
0%
5%
10%
15%
20%
25%
37
Gráfico 3 - Motivações para visitar Salvador.
Fonte: Elaboração Própria.
Obs.: O somatório dos percentuais é maior que 100% pois o respondente poderia selecionar mais que uma opção
Gráfico 4 - Principal motivação para visitar Salvador.
Fonte: Elaboração Própria.
69%
42%
21%
18%
13%
9%
3%Música, Culinária e/ou PatrimônioHistórico
Outras Atividades de Lazer, Férias ouRecreação
Visita a Parentes e Amigos
Negócios e Motivos Profissionais ouEstudo
Atividades Náuticas: barcos, veleirosou cruzeiros
Atividades Náuticas de Esporte:caiaque, windsurf
Outras motivações
54,0%
14,8%
13,4%
11,6%
2,5%2,0%
1,8%
Música, Culinária e/ou PatrimônioHistórico (Turismo Cultural)
Negócios e Motivos Profissionais ouEstudo
Outras Atividades de Lazer, Férias ouRecreação
Visita a Parentes e Amigos
Atividades Náuticas: barcos, veleirosou cruzeiros (Turismo Náutico)
Atividades Náuticas de Esporte:caiaque, windsurf, etc. (TurismoNáutico)Outras motivações
38
Gráfico 5 - País de residência do turista.
Fonte: Elaboração Própria.
0%
20%
40%
60%
80%
100%
Brasil Argentina Outros França Alemanha Estados Unidos Portugal Chile Espanha
85%
5% 3%2% 1% 1% 1% 1% 1%
85%
5% 3%2% 1% 1% 1% 1% 1%
76%
6%
0%3% 3%
6%3% 3%
0%
Total Turista Cultural Turista Náutico
39
Tabela 2 - Procedência dos turistas residentes no Brasil por estado.
Estados Total Cultural Náutico
São Paulo 23,5% 22,8% 32,0%
Rio de Janeiro 15,7% 16,0% 12,0%
Ceará 8,8% 8,6% 12,0%
Bahia 8,6% 8,9% 4,0%
Minas Gerais 7,5% 7,7% 4,0%
Pernambuco 3,6% 3,6% 4,0%
Rio Grande do Sul 3,6% 3,6% 4,0%
Sergipe 3,6% 3,9% 0,0%
Santa Catarina 3,3% 3,0% 8,0%
Espírito Santo 2,8% 2,7% 4,0%
Maranhão 2,8% 3,0% 0,0%
Goiás 2,8% 3,0% 0,0%
Paraná 2,5% 2,4% 4,0%
Alagoas 1,9% 2,1% 0,0%
Pará 1,9% 2,1% 0,0%
Mato Grosso 1,4% 1,2% 4,0%
Rio Grande do Norte 1,4% 1,2% 4,0%
Mato Grosso do Sul 1,1% 1,2% 0,0%
Distrito Federal 0,8% 0,9% 0,0%
Acre 0,6% 0,6% 0,0%
Amapá¡ 0,6% 0,3% 4,0%
Paraíba 0,6% 0,6% 0,0%
Piauí 0,6% 0,6% 0,0%
Tocantins 0,3% 0,3% 0,0%
Total 100% 100% 100%
Fonte: Elaboração Própria.
40
Tabela 3 - Procedência dos Turistas Residentes na Bahia por Município.
Municípios Total Cultural Náutico
Jequié 9,7% 6,7% 100%
Feira de Santana 9,7% 10,0% 0%
Ilhéus 6,5% 6,7% 0%
Porto Seguro 6,5% 6,7% 0%
Vitória da Conquista 6,5% 6,7% 0%
Santana 6,5% 6,7% 0%
Barreiras 3,2% 3,3% 0%
Entre Rios 3,2% 3,3% 0%
Macaúbas 3,2% 3,3% 0%
Paulo Afonso 3,2% 3,3% 0%
Rio de Contas 3,2% 3,3% 0%
Serrinha 3,2% 3,3% 0%
Alagoinhas 3,2% 3,3% 0%
Caetité 3,2% 3,3% 0%
Cafarnaum 3,2% 3,3% 0%
Chorrochó 3,2% 3,3% 0%
Irecê 3,2% 3,3% 0%
Itapetinga 3,2% 3,3% 0%
Nova Viçosa 3,2% 3,3% 0%
Santaluz 3,2% 3,3% 0%
Santo Amaro 3,2% 3,3% 0%
Ubaira 3,2% 3,3% 0%
Uibaí 3,2% 3,3% 0%
Total 100% 100% 100%
Fonte: Elaboração Própria.
Tabela 4 - Renda Familiar Mensal.
Salário Total Cultural Náutico
Até R$2640 22% 22% 17%
De R$ 2.640 a R$ 4.400 23% 23% 23%
De R$ 4.400 a R$ 8.800 32% 33% 27%
De R$ 8.800 a R$ 13.200 15% 13% 30%
R$ 13.200 a R$ 17.600 3% 4% 0%
R$ 17.600 a R$ 22.000 3% 3% 3%
Mais de R$ 22.000 2% 2% 0%
Total 100% 100% 100%
*media(R$) R$ 6.924,30 R$ 6.937,20 R$ 6.774,60
*media(Número de pessoas) 2,2 2,3 2,1
Fonte: Elaboração Própria.
41
Gráfico 6 - Sexo dos turistas.
Fonte: Elaboração Própria.
Tabela 5 - Faixa Etária e Idade Média dos Turistas.
Anos Total Cultural Náutico
18 a 24 10% 10% 3%
25 a 31 27% 27% 27%
32 a 40 25% 24% 37%
41 a 55 21% 21% 27%
56 a 59 5% 5% 6%
60 ou mais 12% 13% 0%
Total 100% 100% 100%
Fonte: Elaboração Própria.
Tabela 6 - Nível de Escolaridade dos Turistas.
Escolaridade Total Cultural Náutico
Sem instrução formal/ensino fundamental incompleto
0,5% 1,0% 0,0%
Ensino fundamental completo 2,1% 2,0% 0,0%
Ensino médio completo 20,3% 21,0% 15,0%
Superior incompleto 10,2% 10,0% 9,0%
Superior completo 47,3% 47,0% 52,0%
Pós-graduação completo 19,4% 19,0% 24,0%
NS/NR 0,2% 0,0% 0,0%
Total 100% 100% 100%
Fonte: Elaboração Própria.
48% 47%61%
52%
0
53%
0
39%
Total Turista Cultural Turista Náutico
Masculino Feminino
42
Tabela 7 - Principal Ocupação Profissional dos Turistas.
Ocupação Total Cultural Náutico
Assalariado 45% 45% 38%
Autônomo 16% 15% 25%
Empresário 10% 9% 25%
Profissional Liberal 10% 10% 9%
Aposentado 10% 11% 3%
Estudante 5% 5% 0%
Do lar 1% 1% 0%
Outros 3% 4% 0%
Total 100% 100% 100%
Fonte: Elaboração Própria.
Tabela 8 - Estado Civil dos Turistas.
Estado Civil Total Cultural Náutico
Solteiro 43% 43% 39%
Casado 46% 45% 55%
Viúvo 3% 3% 3%
Divorciado/Separado 7% 8% 0%
Outros 1% 1% 3%
Total 100% 100% 100%
Fonte: Elaboração Própria.
Tabela 9 - Com Quem o Turista está Viajando.
Acompanhante de Viagem Total Cultural Náutico
Sozinho 14% 14% 18%
Casal sem filhos 28% 27% 28%
Casal com filhos 10% 9% 18%
Com amigos 24% 25% 21%
Em família 20% 21% 12%
Em grupo organizado 4% 3% 3%
Colegas de trabalho 0% 0% 0%
Outros 0% 1% 0%
Total 100% 100% 100%
Fonte: Elaboração Própria.
43
Tabela 10 - Principal meio de hospedagem utilizado pelos turistas.
Tipo de Hospedagem Total Cultural Náutico
Hotel 68,7% 69,3% 60,6%
Airbnb 1,2% 1,3% 0,0%
Apartamento ou casa alugada exceto airbnb
2,6% 2,8% 0,0%
Casa de amigos ou parentes 14,7% 15,4% 6,1%
Cama e café 0,2% 0,0% 3,0%
Barco, navio ou outro tipo de embarcação
1,4% 0,3% 15,2%
Albergue / Hostel 9,6% 9,4% 12,1%
Outros 1,6% 1,5% 3,0%
Total 100% 100% 100%
Fonte: Elaboração Própria.
Tabela 11 - Número de vezes que visitou Salvador.
Quantidade de Visitas Total Cultural Náutico
Uma visita 57,5% 58,0% 51,6%
Duas visitas 15,4% 15,5% 12,1%
Três visitas 8,2% 7,3% 18,2%
Quatro visitas 6,3% 5,8% 12,1%
Cinco visitas 2,6% 2,8% 0,0%
Seis visitas 1,2% 1,3% 0,0%
Sete visitas 0,7% 0,8% 0,0%
Oito visitas 0,7% 0,8% 0,0%
Nove visitas 0,2% 0,3% 0,0%
Dez visitas 2,8% 2,8% 3,0%
Mais de 10 vezes 4,4% 4,6% 3,0%
Total 100% 100% 100%
Fonte: Elaboração Própria.
Tabela 12 - Gasto médio diário do turista por dia, pessoa e categoria de gasto.
Gasto Médio Total Cultural Náutico
Alimentação R$ 123,48 R$ 119,43 R$ 178,38
Hospedagem R$ 170,76 R$ 169,38 R$ 188,08
Artesanato R$ 70,41 R$ 68,73 R$ 91,55
Compras em geral R$ 94,70 R$ 94,55 R$ 99,63
Outros gastos R$ 105,10 R$ 101,92 R$ 147,02
Gasto Médio Diário R$ 564,45 R$ 554,01 R$ 704,66
Fonte: Elaboração Própria.
44
Tabela 13 - Forma de organização da viagem pelo turista.
Organização da Viagem Total Cultural Náutico
Individual / autônoma 70% 70% 76%
Agências de viagem 23% 23% 15%
Empresa onde trabalha 4% 4% 3%
Cortesia, prêmio, convite 2% 2% 3%
Outros 1% 1% 3%
Total 100% 100% 100%
Fonte: Elaboração Própria.
Tabela 14 - Principal fonte de informação para a organização da viagem.
Principal Fonte de Organização Total Cultural Náutico
Internet 46,0% 45,4% 53,0%
Parentes e amigos 30,8% 31,9% 18,8%
Agências de viagens 15,1% 15,9% 6,3%
Feiras, eventos, congressos 2,4% 2,0% 6,3%
Artigos em jornais e revistas 1,2% 1,0% 3,1%
Anuncio, campanhas publicitárias 0,9% 1,0% 0,0%
Guias turísticos 1,2% 1,0% 3,1%
Outros 2,4% 1,8% 9,4%
Total 100% 100% 100%
Fonte: Elaboração Própria.
Tabela 15 - Principal fonte de busca dos que utilizaram a Internet.
Internet como Principal Fonte Total Cultural Náutico
Sites de busca 40,7% 41,3% 32,0%
Agência online 25,1% 25,6% 20,0%
Site de turismo 10,5% 10,4% 12,0%
Mídias sociais 10,5% 11,0% 4,0%
Site do destino 8,7% 7,8% 20,0%
Outros 4,5% 3,9% 12,0%
Total 100% 100% 100%
Fonte: Elaboração Própria.
45
Tabela 16 - Atrativos Turísticos que Visitou ou Pretende Visitar em Salvador.
Atrativos Turísticos Visitados Total Cultural Náutico
Elevador Lacerda 93,6% 93,1% 100,0%
Centro Histórico 92,7% 92,3% 97,0%
Pelourinho 91,0% 90,8% 93,9%
Farol da Barra 84,0% 84,7% 75,8%
Porto de Salvador 46,2% 44,8% 63,6%
Museu náutico 30,4% 29,4% 42,4%
Forte Santo Antônio da Barra 25,9% 24,8% 39,4%
Forte de Santa Maria 22,4% 22,3% 24,2%
Terminal Turístico Náutico de Salvador
21,5% 19,9% 39,4%
Museu de Arte Moderna da Bahia 19,8% 20,2% 15,2%
Museu Carlos Costa Pinto 10,6% 9,7% 21,2%
Total 538,1% 532% 612,1%
Fonte: Elaboração Própria. Obs.: O somatório dos percentuais é maior que 100% pois o respondente poderia selecionar mais que uma opção
Tabela 17 - Principal Meio de Transporte Utilizado.
Meio de Transporte Total Cultural Náutico
Ônibus de linha 21,3% 21,7% 15,2%
Outros 25,4% 25,4% 24,2%
Automóvel alugado 21,1% 20,1% 33,3%
Automóvel próprio 19,4% 19,8% 15,2%
Ônibus fretado 11,0% 11,7% 3,0%
Voo Regular 0,9% 1,0% 0,0%
Transporte hidroviário 0,9% 0,3% 9,1%
Total 100% 100% 100%
Fonte: Elaboração Própria.
Tabela 18 - Aspectos que Mais Agradaram o Turista em Salvador.
Aspectos que mais agradam Total Cultural Náutico
Hospitalidade do povo 73,2% 73,0% 75,8%
Praias 72,5% 71,5% 84,8%
Atrativos naturais 68,5% 67,2% 84,8%
Atrativos histórico-culturais 66,7% 66,4% 69,7%
Clima 41,3% 41,7% 36,4%
Infraestrutura e serviços turísticos 20,9% 20,9% 21,2%
Atrativos náuticos 18,1% 15,5% 48,5%
Total 361,2% 356,2% 421,2%
Fonte: Elaboração Própria. Obs.: O somatório dos percentuais é maior que 100% pois o respondente poderia selecionar mais que uma opção
46
Tabela 19 - Aspectos que os turistas consideraram mais negativos em Salvador.
Aspectos Negativos da BTS Total Cultural Náutico
Limpeza urbana 47,0% 46,9% 48,4%
Infraestrutura e serviços urbanos 28,5% 28,1% 32,3%
Segurança 45,6% 45,0% 51,6%
Trânsito 43,6% 42,8% 51,6%
Preço 22,5% 23,1% 16,1%
Total 187,2% 185,9% 200,0%
Fonte: Elaboração Própria. Tabela 20 - Sugestão de atividades e/ou serviços não encontrados pelo turista na cidade e propensão a pagar pelo serviço.
Atividades ou serviços turísticos que gostaria de fazer/realizar na cidade mas não encontrou disponível?
Quanto estaria disposto a pagar por esta atividade ou serviço?
Pular de paraquedas R$ 500,00
Guias R$ 300,00
Melhorias marítimas R$ 300,00
Barcos R$ 280,00
Pub R$ 200,00
Esportes radicais R$ 200,00
Passeio de barco, veleiro R$ 180,00
Mergulho R$ 150,00
Serviços Náuticos R$ 120,00
Vôlei de Praia R$ 100,00
Ciclismo R$ 100,00
Aula de Zumba R$ 100,00
Veleiros R$ 80,00
Informações sobre eventos R$ 80,00
Ônibus de Turismo R$ 70,00
Aula de percussão R$ 50,00
Falta de van e transporte R$ 50,00
Guia R$ 50,00
Matinês R$ 50,00
Eventos culturais R$ 30,00
Sombrinha de frevo R$ 25,00
Poucos clubes R$ 20,00
Diversidade de restaurantes R$ 20,00
Guias de igrejas próprios R$ 15,00
Museu do mercado modelo R$ 5,00
Academias ao ar livre .
Atividades infantis .
Balcão de informações .
Banheiros publico .
Bons restaurantes .
Caminhar e correr .
Ensaios Musicais .
Falta de postos de informações turísticas .
Futebol .
47
Atividades ou serviços turísticos que gostaria de fazer/realizar na cidade mas não encontrou disponível?
Quanto estaria disposto a pagar por esta atividade ou serviço?
Mais informações .
Mais passeios .
MAM fechado .
Melhorar a estrutura .
Pular de bungee jumping .
Quiosque gratuito de atendimento ao turista .
Tirolesa .
Transporte turístico .
Uber .
Fonte: Elaboração Própria.
Obs.: As informações não fornecidas pelos turistas encontram-se com um traço.
Tabela 21 - Municípios adicionais visitados pelos turistas de Salvador e dias de permanência.
Municípios visitados além de Salvador Média de permanência (Em dias
dias)
Feira de Santana 20
Boipeba 3
Chapada 7
Ilhéus 3,5
Imbassaí 4
Itacaré 2,5
Juazeiro 2
Lauro de Freitas 2
Mangue Seco 1
Morro de São Paulo 3,7
Praia do Forte 1
Vitória da Conquista 5
Fonte: Elaboração Própria.
48
Gráfico 7 - Pretende retornar à Salvador em outro momento?
Fonte: Elaboração Própria.
Obs: NS/NR = Não sabe/Não respondeu.
Gráfico 8 - Indicaria a cidade para amigos e parentes?
Fonte: Elaboração Própria. Obs: NS/NR = Não sabe/Não respondeu.
0
94%
0
94%
0
100%
3% 3% 0%3% 3% 0%0
0,2
0,4
0,6
0,8
1
1,2
Total Cultural Náutico
NãoSim
96,7% 97,0% 93,9%
1,6% 1,5%
3,0%
1,6% 1,5% 3,0%
0
0,2
0,4
0,6
0,8
1
1,2
Total Cultural Náutico
NãoSim NS/NR
NS/NR
49
1.2. Pesquisa com os Prestadores de Serviços
As entrevistas com os prestadores de serviços foram realizadas no período de 21 a 24
de outubro de 2016 em Salvador. Todas as entrevistas foram devidamente gravadas e
transcritas.
Foram realizadas 4 entrevistas com prestadores de serviços: dois prestadores de
serviços turísticos culturais e dois prestadores de serviços turísticos náuticos. Em
relação aos prestadores de serviços culturais, um era gestor de um Espaço Cultural e
outro funcionário de uma Fundação de Cultura, ambos no Pelourinho. Dos prestadores
de serviços náuticos, um era proprietário de escunas e organiza passeios na Baía de
Todos-os-Santos e o outro é proprietário de uma agência de viagens que organiza
passeis de escunas na Baía de Todos-os-Santos. Para preservar a identidade dos
entrevistados vamos nos referir como TC1 e TC2, os dois prestadores de serviços
culturais, e TN1 e TN2, os dois prestadores de serviços náuticos.
1.2.1. Resultado da Pesquisa com Prestadores de Serviços
Abaixo serão expostos os resultados da pesquisa com os prestadores de serviço.
Questão 1 - Município de realização da entrevista
R: Salvador
Questão 2 - Tipo de Negócio;
R:
Turista Cultural 1 (TC1): Fundação Casa de Jorge Amado
Turista Cultural 2 (TC2): Espaço Cultural Cantina da Lua
Turista Náutico 1 (TN1): Agência de passeios em escuna
Turista Náutico 2 (TN2): Locação de escunas, lanchas e veleiros
Questão 3 - Função do entrevistado no negócio;
R:
• TC1: Colaborador da Fundação
50
• TC2: Proprietário
• TN1: Proprietário
• TN2: Proprietário
Questão 4 - Qual o perfil do turista que consome/utiliza os produtos ou serviços
que você ou sua empresa oferecem?
R:
• TC1
O Público da fundação é um público bem diversificado. A gente encontra pessoas de
diversas partes do mundo. De japonês à mato-grossenses. E podem ser divididos em
dois grupos: os que vem especificamente procurando alguma informação sobre Jorge
Amado, pois aqui nós temos uma parte do acervo do escritor. Então muitos
pesquisadores nacionais e internacionais que vêm em busca desse material, e
também o turista que só está passando e no pelourinho e olha para cá e vê uma casa
muito bonita, descobre que é um museu e decide visitar. Nós fazemos uma mediação
e eles se encantam ou não, dependendo do turista. Sendo, então, um público bem
diversificado.
• TC2
A cantina, por ser a porta de entrada do Pelourinho, por ser o grande coração do
Brasil, recebe turistas de todas as partes do mundo, mas principalmente europeus. E
brasileiros. Vem muita gente do Rio, de São Paulo, de Fortaleza. A cantina tem uma
vantagem: nós não somos simplesmente um bar e restaurante. Nós somos, sobretudo,
um espaço cultural. Um espaço onde eu me propus a lutar pela revitalização do centro
histórico e a preservação do nosso patrimônio cultural. (...) A cantina faz parte do
roteiro turístico de 156 países. Nós ganhamos um prêmio em Madrid da melhor
caipirinha e melhor caipiroska do brasil. E fomos lá buscar.
• TN1
Não tem um limite de idade definido, e são tanto turistas nacionais e internacionais,
como soteropolitanos e pessoas de outros municípios da bahia. Mas o maior público é
de turistas, nacionais e internacionais
51
• TN2
A maioria das pessoas são baianas mesmo, mas tem gente de minas, de Fortaleza,
Rio de janeiro, São Paulo, e outras várias pessoas que quando vem aqui só fazem
com a gente. Mas o foco mesmo, são mais os baianos.
Questão 5 - Que tipo de produto ou serviço este turista mais busca?
R:
• TC1
Quando o turista vem até aqui, uma coisa de podemos destacar, sem sombra de
dúvida, é a vista. Temos aqui uma vista muito bonita do largo do pelourinho. Quando é
um turista com um nível cultural mais aprofundado, eles certamente vão parar em
nossos murais e vão ler sobre Jorge Amado. Esses procuram saber coisas que
geralmente eles não veem nas reportagens comuns. Eles vão procurar os mínimos
detalhes sobre tanto a vida, como a obra de Jorge. Então é bem difuso. Depende do
tipo de turista que está aqui naquele dia.
• TC2
Na área da gastronomia, as comidas típicas, moquecas de camarão e peixe, calapolvo
(camarão, lagosta e polvo), prato lançado num festival, entre outros. E as caipirinhas,
na parte de bebidas, de cachaça (caipirinha), de rum (caipiríssima) e de vodka
(caipiroska), que fomos nós que lançamos na década de 1980, fruto de um
desperdício, pois compramos uma grande quantidade de vodka que ficou parada no
estoque. Veio um grupo de portugueses e beberam a caipirinha e a caipiroska. Seis
meses depois eu recebi a notícia de que nós havíamos sido premiados lá em Madrid
com a melhor caipirinha e melhor caipiroska do brasil. E fomos lá receber o prêmio. E
foi uma grande emoção. Eu gosto de falar do brasil e de falar do meu pelourinho. E eu
sempre me emociono.
52
• TN1
Eles querem passear e conhecer, as praias e tudo mais.que a baía de todos os santos
apresenta.
• TN2
Eles gostam de ir pra Ilha dos frades, Ponta da Nossa Senhora, Paramana, Loreto,
Tapera, Viração. Para almoçar, tem vários restaurantes. Tem em Ilha de maré, tem
também na praia de Ponta de Areia, onde tem o manguezal que tem um restaurante,
abriu outro no Oratório de maré também, e outras várias opções aqui em salvador,
várias praias... A gente até dá a opinião. Mas a maioria deles já vem com os destinos
já programados, de acordo com que é melhor pra eles também, de horário, e local, e
horário de retorno.
Questão 6 - Quais os 3 principais produtos/serviços vendidos por você aos
turistas?
R:
• TC1
O principal produto da gente é manter o acervo do Jorge. A exposição é apenas um
pedaço. A função da casa é preservar as mais de 300.000 peças de Jorge Amado,
entre manuscritos, peças, roupas, óculos entre outros. Além de diversas teses de
mestrado e doutorado, sobre a Bahia e baseados nas obras de Jorge Amado que
também estão no nosso acervo. Esse acervo está disponível, mediante prévio
agendamento. Parte desse acervo fica exposto. Mas a função principal da casa e
manter o acervo de Jorge Amado. Também temos o café, a lojinha de lembrancinhas
que ajudam na manutenção dos custos.
• TC2
O entrevistado não respondeu a essa pergunta.
53
• TN1
Quando são pessoas acima de 50 anos, eles costumam buscar mais informações
sobre a Baía de Todos-os-Santos. Já a juventude prefere curtir o passeio, as praias e
suas belezas, beber, comer, e etc. Mas o principal produto é o passeio náutico. Os
turistas ficam encantados pelo passeio náutico, pelas beleza da BTS. O que ela
apresenta, e toda a fantasia envolvida. Alguns prestadores inventam. Querem colocar
catamarã. Mas o encanto dos passeios aqui são as escunas. O catamarã, além de não
ser tão confortável, também não combina com a Baía de Todos-os-Santos. Tem que
se preocupar com o prazer e a fantasia do passeio. Catamarã foi feito pra navegar em
rio ou como transporte de travessia ele também serve, mas pra passeios assim não.
• TN2
Nós trabalhamos com tudo, mas os que mais saem são aluguel de embarcações para
grupos e os passeios coletivos. Muita gente faz o pacote fechado e já aluga a escuna
pelo tempo, famílias, grupo de empresas, grupos fechados, de 30, 50 pessoas.
Questão 7 - Quais as principais dificuldades que você/sua empresa tem para
vender o produto ou serviço para este turista?
R:
• TC1
A maioria dos museus de Salvador estão precisando de reforma. A Casa de Jorge
Amado também precisa de reformas. Nós vamos abrir um espaço aqui do lado, o
museu vai ficar maior. A dificuldade que o turista encontra, na minha opinião é de
infraestrutura. O turista às vezes entra aqui só para jogar o lixo, pois foram retiradas as
lixeiras. A parte de informações também, pois durante a baixa estação, principalmente,
é muito complicado. Nessa época nós costumamos atender mais os moradores locais,
o que dificulta muito.
• TC2
Nós enfrentamos um problema social gravíssimo. Você não consegue andar cem
metros sem que alguém lhe aborde, lhe peça, ou queira lhe vender alguma coisa. Para
54
nós que somos da terra, nos sentimos incomodados, imagina pra quem é de fora? O
baiano, de certa, forma discrimina, acha perigoso, apesar de ser o único bairro do
estado que tem polícia 24hs no chão. Também temos problema com o crack aqui na
região. Mas o crack não é problema de política. O crack é problema de saúde pública
e os governantes precisam ver como tal.
• TN1
O que precisa melhorar é a parte de acesso. Na Ilha do Frade tem um ponto de
desembarque. Mas já em Ponta de Areia não tem. Deveria ter um desembarque e não
tem. Precisa vir um barquinho para levar os passageiros até a praia, e, às vezes tem
idosos, mulheres grávidas, e pessoas com dificuldade de locomoção e até medo de
saltar para o barquinho, e isso acaba prejudicando e dificulta um pouco o serviço.
Deveria ter um píer lá em Ponta de Areia. Outro problema são os custos operacionais
da nova empresa que administra o centro náutico. Eles aumentaram os valores.
Antigamente custava 70 reais. Atualmente está saindo por 200 reais. E, além disso, eu
fico impedido de vender os passeios de escuna nos finais de semana, pois sábado e
domingo eles não funcionam e eu não tenho como pagar a taxa, pois ela só pode ser
paga no guichê e o guichê não recebe no final de semana. Existe uma preocupação
muito grande da minha parte por isso, pois além de não vender, eles também não
recebem, e isso prejudica ambos.
• TN2
O que atrapalha aqui em salvador é o desembarque, porque não temos áreas de
desembarque. La na Ilha dos Frades o pessoal cobra R$6,00 reais por pessoa para
desembarcar. Aqui, no Comércio, um barco paga R$200,00 reais mais R$1,30 de
atracação. Tem uma marina aqui na Ribeira, que está quase fechando, que é o único
ponto que temos para desembarcar o pessoal.
Questão 8 - Que tipo de melhorias você acha que seriam necessárias para que
suas vendas aumentassem, tanto em relação ao seu próprio negócio quanto em
relação às ações do governo?
55
R:
• TC1
Eu acho que deveria haver um tour, é uma possibilidade, tanto do governo do estado,
quanto das prefeituras, de fazer um tour pelos museus públicos. Chegando aqui você
encontra vários guias particulares que vão te cobrar (o que é justo pois eles estão
trabalhando). Mas não se encontra nenhum guia público para te encaminhar para
esses museus, porque certamente ao estar nesses ambientes você vai gastar com
alimentação, com bebida, vai visitar outros lugares ao redor e fomentar o turismo na
área. Muitas vezes falta essa informação. Quem faz esse papel por aqui acabam
sendo os policiais ou outros funcionários públicos pois, logicamente, se você está com
uma dúvida em um local desconhecido e avista um policial, acaba indo tirar sua dúvida
com ele, e muitas vezes eles são quem fazem essa indicação. Principalmente nesse
período de baixa estação, eu não vejo nem a prefeitura nem o estado fazendo esse
tipo de serviço de indicação, ou tour por aqui. E para a casa de Jorge Amado
especificamente, o que poderia ser feito já está sendo feito. Nós vamos reinaugurar o
espaço Zélia Gatai, que é uma casa aqui do lado, que vai dar um ‘boom’ na exposição
da gente, pois além dessa parte já existente do acervo do Jorge Amado teremos
também a parte que vai servir à Zélia Gatai, com novas peças e etc. Estava bem
interessante até um tempo atrás, mas nós estamos reformando para colocar
elevadores, e toda a questão de acessibilidade e tudo mais, para ficar mais atraente
para o público.
• TC2
Aeroporto, precisamos melhorar muito o nosso aeroporto, e precisamos urgentemente
reabrir o nosso centro de convenções. Nós hoje temos 180 estabelecimentos
comerciais de portas fechadas aqui no centro histórico, e é fruto exatamente de uma
falta de políticas públicas, de uma visão maior, para um lugar como esse, que eu
costumo dizer que é o coração do brasil. E essa política de investimentos, porque
salvador chegou a ser, durante muitos anos, o terceiro melhor destino turístico do
Brasil. Hoje, nós continuamos tendo as riquezas naturais, as belezas do centro
histórico, maior conjunto arquitetônico barroco da américa latina, patrimônio da
humanidade, que tem uma boa segurança, é o único bairro da Bahia que tem um
batalhão de segurança, tem delegacia de polícia, 12 câmeras monitorando a área,
mas nós enfrentamos um problema social gravíssimo. Você não consegue andar cem
56
metros sem ser abordado por alguém vendendo alguma coisa ou pedindo dinheiro.
Pra nós que somos da terra, já nos sentimos incomodados, imagine o turista. Eu acho
que precisam políticas públicas. Eu fui presidente da associação dos comerciantes do
centro histórico, e foi uma das coisas que eu tive que enfrentar foi essa questão social.
Na época nós lançamos uma campanha “aqui se pratica solidariedade, mas não se dá
esmola”, fizemos 1.000.000 folhetos em português, espanhol e inglês que servia como
um salvo conduto, e houve redução de 70% nas abordagens. Mas precisa ser uma
coisa permanente, pois essa questão social nós sabemos que é uma soma de
educação, saúde e segurança, que é o fundamental do país. Pra melhorar meu próprio
negócio nós precisamos melhorar a beleza e a estrutura da casa, esse toldo nos
custou R$79.000,00, e essa cadeira que nós estamos sentados custou R$530,00. O
toldo deu um problema e eu tô com orçamentos e R$6.500,00 nas mãos mas eu não
posso fazer, pois ou eu recupero a casa, ou pago a folha de pagamento dos meus
funcionários, entre outros compromissos. Pois quando eu recentemente investi
400.000 reais na casa, eu investi acreditando que seria um investimento permanente.
Mas houve grande baixa na circulação aqui, domingo, essa hora, isso aqui estaria
lotado. Minha visão não é a cantina da lua. Minha visão é muito maior. Minha visão é o
Pelourinho. Minha vida tá aqui. Tudo o que eu fiz ao longo da minha história, eu investi
no pelourinho. Hoje eu estou voltando a presidência da Associação dos Comerciantes
do Centro Histórico, determinado. E se for preciso ir ao papa, ou ao presidente da
república nós iremos. Mas não podemos permitir que o pelourinho continue na UTI.
Essa jóia rara não pode ser jogada fora. Aqui é o coração do brasil. E nenhum coração
funciona se as artérias não estiverem oxigenadas. Nós temos um projeto de
revitalização do pelourinho, que foi pensado em 10 etapas. Pararam na sétima etapa.
Tem mais seis anos que está parado. Na hora que fecharmos o cinturão das 10 etapas
concluídas, com gente morando, com padarias, bancos, farmácias, livrarias, com um
bairro funcionando... Estamos organizando um mutirão, e pretendemos chamar a
atenção dos políticos e governantes pra situação do pelourinho, pois não dá mais pra
continuar como está.
• TN1
As ilhas deveriam ter mais opções de restaurantes. Opção pra almoçar só temos em
Ponta de Areia. As pessoas quando saem pra navegar, elas querem comer também
porque navegar da fome. Em frade só tem barracas. Deveriam ter restaurantes
57
também lá e em Caravanas. O que falta mesmo é essa estrutura pra recepcionar os
navegantes. Os passeios coletivos são diários, exceto quando está ventando muito e a
capitania impede as saídas das escunas. E na baixa estação raramente saem
passeios privativos durante o meio da semana.
• TN2
A gente tinha que ter uma ponte aqui, próximo ao terminal pesqueiro que era da CNB.
Hoje em dia tem o terminal pesqueiro que tem a ponte dele. E tem outra ponte na
Ribeira que fica vazia, que ninguém usa pra nada, e está abandonada. Mas quando
tentamos pedir pra pintar, pra reformar, para se tornar uma área de embarque e
desembarque precisa ser com o governo do Estado, mas nós não temos acesso ao
Governo do Estado. Só temos acesso aos gerentes e encarregados. Aquela área para
embarque e desembarque seria melhor do que a área do Comércio, se reformada.
Seria bom para todos, pois tanto o governo lucraria com desembarque, quanto nós,
donos de barcos, que teríamos maior estabilidade e segurança para nossos clientes.
Questão 9 - Possui parceria com algum outro estabelecimento do setor
turístico? Qual?
R:
• TC1
Não. Até então não. Temos uma parceria com o Governo do Estado, e com alguns
guias, que quando trazem seus grupos eles não pagam o ingresso deles. E depois
uma porcentagem dos ingressos do grupo vai pra eles também.
• TC2
O respondente não respondeu nesta questão pois já havia respondido nas questões
anteriores.
• TN1
Nós temos parceria com o restaurante de Ponta de Areia, mas porque só tem esse
restaurante durante o trajeto. E também com agências, que nos mandam clientes, nós
só fechamos com o cliente individualmente depois de comportar os clientes que as
58
agências mandam. Porque antes eu preciso saber se vou ter pessoal para encher a
embarcação, pois eu não tenho como sair com 2, 3 pessoas na escuna.
• TN2
Sim, com 4 agências de turismo. Mas somos um grupo de escunas. Todas as
agências de turismo nos contatam. Quando nós não temos passamos pro colega, e
quando eles não tem passam para nós. RL turismo, a agência do Major Chico, a
Central da Escuna do Ramon... Mas no inverno é pouco. No inverno a maior procura é
pelos passeios coletivos. O negócio mesmo é não chover, porque se chover já era.
Questão 10 - Quantos clientes teve por ano, em média, considerando os últimos
2 anos? (se não souber, informar os clientes por dia ou por mês)
R:
• TC1
Não soube responder.
• TC2
Não soube responder.
• TN1
Na alta estação chega a atender cerca de 100 pessoas por dia.
• TN2
Por final de semana, em torno de 200 pessoas, em um final de semana de alta
temporada, de outubro em diante. Meu sobrinho também tem uma escuna e somando
as nossas posso dizer que cerca de 1000 pessoas por final de semana.
Questão 11- Do total de clientes acima, qual o percentual aproximado de turistas
que é atendido por você/sua empresa?
59
R:
• TC1
Cerca de 70% são turistas.
• TC2
O baiano não vem ao Pelourinho. Infelizmente. 58% dos baianos que vem ao
Pelourinho vem para trazer alguém, 24% vem para a festa da benção, que perdeu já
muito das suas características, mas eu ainda tenho o privilégio de 10% dos turistas
que vem à salvador passam aqui pela Cantina.
• TN1
Não respondeu.
• TN2
Cerca de 25%, o resto são todos baianos.
Questão 12 - Quais são suas expectativas para o estabelecimento nos próximos
5 anos.
R:
• TC1
A expectativa da casa é divulgar a vida e as obras de Jorge. Com as obras que estão
acontecendo, nós vamos tornar a fundação Casa de Jorge Amado em um Museu
diferenciado aqui no Pelourinho pois vamos fazer uma ligação entre dois grandes
autores, Jorge Amado e Zélia Gatai. E no aspecto de infraestrutura, que certamente
outros museus aqui não tem, nós certamente vamos abrir espaço pra um grupo de
pessoas que necessitam de estrutura em relação à acessibilidade.
• TC2
Eu espero que os governantes tenham a sensibilidade de enxergar isso aqui como
verdadeiramente é, como o potencial que isso aqui tem. Salvador é uma cidade que
não tem indústria. A nossa indústria é o turismo. E a nossa maior indústria não tá
sendo tratada como tal. Eu sou muito otimista e acho que vão construir um novo
60
Centro de Convenções, vão investir mais na ária de turismo, no aeroporto e até aqui
no Pelourinho. E eu acho que nós temos tudo pra voltarmos a ser o terceiro melhor
destino turístico, ou o segundo, e quem sabe até o primeiro, mas para isso é preciso
investir.
• TN1
Acredito que vai melhorar pois muitas pessoas que fazem o passeio, quando retornam
a salvador repetem, e indicam para os amigos que estão vindo a cidade também, mas
é claro que para isso é preciso melhorar a estrutura, mas é um tipo de turismo que
tende a crescer a cada ano, tendo sol, tem público.
• TN2
Eu penso em ter uma escuna maior, e conseguir atender os pedidos de escunas para
festas, para velejar a noite. Eu tenho um projeto, mas o banco não financia. Um
projeto com escunas tipo boates, para sair de noite, ver o pôr do sol... nós temos uma
área linda aqui na Baía de Todos-os-Santos e nós não exploramos. E muitos clientes
cobram isso. no rio de janeiro mesmo tem serviços de open bar nas escunas que
saem as 18hs e retornam as 22hs. Aqui a gente tem lugar pra explorar isso, um mar
bem tranquilo, e a gente não explora.
Adiante será apresentado o pré-teste referente ao estudo de demanda potencial
turística da BTS. Cabe salientar aqui que, assim como a pesquisa de demanda atual
entrevistou o primeiro o turista (pesquisa quantitativa) e depois o prestador de serviço
(pesquisa qualitativa), no estudo de demanda potencial, primeiramente, serão
entrevistadas as operadoras turísticas (pesquisa qualitativa) e, logo após, serão
trabalhados os dados em um pesquisa quantitativa.
61
Descrição da Pesquisa e Aspectos Metodológicos
62
2. DESCRIÇÃO DA PESQUISA E ASPECTOS METODOLÓGICOS
2.1. Aspectos metodológicos do estudo da demanda turística atual do turismo
náutico e cultural nos municípios da Baía de Todos-os-Santos
2.1.1. Definições metodológicas
O estudo de demanda atual do turismo náutico e cultural na BTS tem como base
conceitual, as recomendações da Organização Mundial do Turismo (OMT) presentes
nos seguintes documentos:
I – Recomendaciones internacionales para estadísticas de turismo 2008 (RIET 2008)2, que apresenta os principais conceitos, definições e classificações do turismo;
II - Cuenta satélite de turismo. Recomendaciones sobre el marco conceptual 2008 (CST: RMC 2008)3, que discute os processos metodológicos que permite a mensuração da relevância econômica do turismo;
III - International Network on Regional Economics, Mobility and Tourism (INRouTe)4, que apresenta os procedimentos e processos metodológicos que permitem a mensuração do turismo como atividade econômica, em nível regional.
Com base nessas recomendações são apresentados os conceitos e classificações da
OMT que serviram de orientação teórica para a realização dessa pesquisa. Entre os
conceitos utilizados na pesquisa e apresentados na sequência, destacam-se: visitante,
turista, excursionista, segmentação turística e demanda turística atual ou efetiva.
Segundo a definição da OMT, um visitante é uma pessoa que viaja para um lugar
diferente do seu ambiente habitual, por uma duração inferior a um ano, com qualquer
finalidade principal (motivos pessoais ou de negócios/profissionais) diferentes de ser
empregado por alguma entidade local.
2 Documento disponível em: http://statistics.unwto.org/es/content/recomendaciones- internacionales-para-estadisticas-de-turismo-2008-riet-2008. 3 Documento disponível em: http://statistics.unwto.org/es/content/cuenta-satelite-de-turismo-recomendacio- nes-sobre-el-marco-conceptual-cstrmc-2008. 4 Documento disponível em: http://statistics.unwto.org/project/closer-look-tourism-sub-national-measurement-and-analysis-inroute-unwto-collaboration
63
Os visitantes podem ser classificados por duração da viagem ou por destino. Por
duração da viagem eles podem ser classificados como: Turistas, que permanecem
um ou mais pernoites no local visitado e os Excursionistas, definido como os
visitantes que não pernoitam no local visitado. Na pesquisa de demanda turística atual
da região da BTS foram pesquisados turistas e excursionistas, devido à importância
dos excursionistas no fluxo de visitantes. Apenas em Salvador as entrevistas foram
restritas a turistas, tendo em vista a maturidade da rede hoteleira e do município como
destino turístico.
Os turistas e os excursionistas podem ser classificados em função do motivo principal
da sua viagem. As categorias de turismo sugeridas pelo Ministério do Turismo5 são as
seguintes:
I – Turismo Social;
II – Ecoturismo;
III – Turismo Cultural;
IV – Turismo de Estudos e Intercâmbio;
V – Turismo de Esportes;
VI – Turismo de Pesca;
VII – Turismo Náutico;
VIII – Turismo de Aventura;
IX – Turismo de Sol e Praia;
X – Turismo de Negócios e Eventos;
XI – Turismo Rural;
X – Turismo de Saúde.
Outro conceito utilizado neste relatório se refere à classificação dos visitantes/turistas,
por tipo de viagem. A classificação dos visitantes quanto às suas viagens é importante
para avaliar a relevância da demanda turística doméstica e internacional no fluxo de
visitantes. Segundo a OMT, os visitantes podem ser classificados em duas categorias:
5 A classificação está disponível em: http://www.turismo.gov.br/sites/default/turismo/o_ ministerio/publicacoes/ downloads_publicacoes/Segmentaxo_do_Mercado_Versxo_Final_IMPRESSxO_.pdf
64
I – Os visitantes internacionais, cujo país de residência é diferente do país visitado
(inclui os nacionais que residem no estrangeiro de forma permanente e visitam o país);
II – Os visitantes internos, cujo país de residência é o país visitado, podendo ser
nacionais ou estrangeiros. Neste caso há uma diferença importante entre a entidade
territorial Brasil, e a estadual, Bahia. No caso do turismo doméstico no Brasil,
corresponde a todas as viagens realizadas pelos turistas nacionais no território
nacional. No entanto, quando se considera o estado da Bahia, têm-se duas categorias
de turismo doméstico: uma que engloba os turistas residentes fora do estado da
Bahia, e outra dos turistas residentes na Bahia e que viajam dentro do próprio estado.
No caso da região da BTS, foram considerados turistas os visitantes que residem num
raio superior a 50 km da cidade onde a pesquisa estava sendo realizada. O objetivo foi
excluir os visitantes frequentes de municípios e distritos vizinhos.
2.1.2. Definições operacionais
O Estudo da demanda atual do turismo náutico e cultural nos municípios da Baía de
Todos-os-Santos apresenta algumas caraterísticas operacionais peculiares: o tempo
de execução do projeto é relativamente curto ao mesmo tempo em que a área de
cobertura para o levantamento das informações junto aos turistas era extensa e o
tempo de deslocamento entre um município e outro elevado. Neste sentido, organizou-
se a pesquisa em duas etapas. Uma etapa relativa aos municípios mais ao norte da
BTS (Cachoeira, Maragojipe, Salinas da Margarida e São Francisco do Conde) e uma
segunda etapa contemplando os municípios mais ao Sul da BTS (Itaparica/Vera Cruz,
Jaguaripe e Salvador).
Cada uma das etapas contou com uma equipe local. Na primeira etapa, utiliza-se a
cidade de Cachoeira como base por sua posição central em relação aos demais
municípios desta etapa e também por conta do recrutamento da equipe, já que a
cidade sedia a Universidade Federal do Recôncavo Baiano (UFRB). Na segunda
etapa, a equipe ficou sediada em Salvador e os pesquisadores recrutados, em sua
maioria, também oriundos das universidades da cidade.
Para dar maior celeridade ao levantamento das informações, a pesquisa de campo foi
realizada sempre de dois em dois municípios simultaneamente, com exceção de
65
Salvador, onde todos os pesquisadores atuaram conjuntamente. Abaixo, apresenta-se
a data de realização da pesquisa de campo em cada um dos 7 municípios da BTS
pesquisados:
Tabela 22 - Período de realização da pesquisa de campo com turistas nos municípios da BTS.
Município Período de realização da pesquisa
Cachoeira 01/12/2016 a 04/12/2016
Itaparica/Vera Cruz 05/01/2017 a 08/01/2017
Jaguaripe 05/01/2017 a 08/01/2017
Maragojipe 07/12/2016 a 11/12/2016
Salinas da Margarida 07/12/2016 a 11/12/2016
Salvador 10/01/2017 a 22/01/2017
São Francisco do Conde 01/12/2016 a 04/12/2016
Fonte: Elaboração própria.
Em todos os municípios, antes do início da pesquisa, houve contato prévio com as
autoridades municipais da área de turismo como forma de facilitar o reconhecimento
dos pontos turísticos de coleta mais interessantes para acessar o turista náutico e
cultural. Em cada município foi feito um reconhecimento da área turística, com
especial foco aos espaços relativos aos segmentos náutico e cultural. Contudo,
mesmo fazendo a varredura em todos estes pontos turísticos, apenas alguns poucos
possuíam uma maior frequência de visitação por parte dos turistas. Por esse motivo,
os pesquisadores ficaram concentrados nos atrativos ou espaços onde havia
possibilidade de encontrar respondentes. Apenas em Salvador que houve uma maior
quantidade de pontos de coleta, já que há grande frequência de turistas na maioria
dos atrativos turísticos da cidade. Neste sentido, apresentam-se, abaixo, os pontos de
coleta de informações por município.
66
Tabela 23 - Pontos de coleta de informações.
Município Pontos de Coleta de Informações
Cachoeira • Orla do Rio Paraguaçu
• Praça da Aclamação
• Conjunto do Convento
• Casa de Câmara e Cadeia
• Sede da Irmandade da Boa Morte
• Museu Hansen Bahia
• Praça Teixeira de Freitas
Itaparica/Vera Cruz • Marina de Itaparica/Fonte da Bica
• Praça da Quitanda
• Centro Histórico
• Mercado Municipal de Itaparica
• Forte de São Lourenço
• Praia do Forte;
• Praia da Ponta de Areia
• Terminal Hidroviário de Mar Grande
• Praia de Cacha Prego
Jaguaripe • Hotel Fazenda Recanto
• Praia de Mutá
• Praia de Cações
• Pirajuía
• Atracadouro de Jaguaripe
• Reserva Minguito (Pousada)
• Pousada Porto Jaguaripe
• Praia dos Garcez
Maragojipe • Igreja de São Bartolomeu
• Feira do Centro da Cidade
• Cais do Cajá
• Orla da praia de Coqueiros
• Cais de Nagé
• Ponta do Souza
Salinas da Margarida • Encarnação
• Conceição de Salinas da Margarida
• Cairu
• Orla do atracadouro de Salinas da Margarida
Salvador • Pelourinho
• Farol da Barra
• Mercado Modelo
• Bahia Marina
• Terminal Náutico de Salvador
• Igreja do Bonfim
• Forte de Santa Maria
• Forte de São Diogo
São Francisco do Conde • Convento de Santo Antônio
• Restaurante Barro e Lenha
• Mercado Cultural
• Praça do Paço Municipal
• Mediações do píer de São Francisco do Conde
Fonte: Elaboração própria.
As abordagens foram todas presenciais e realizadas através do sistema Droidsurvey,
que permite a realização de pesquisas em modo off-line.
67
2.1.3. Questionário
A estrutura do questionário aplicado ao levantamento de informações junto aos turistas
foi devidamente testada no pré-teste e reformulado, conforme já relatado no produto
anterior relativo a esta etapa da pesquisa. O questionário, na íntegra, se encontra no
final no Anexo A deste relatório.
Contudo, vale aqui ressaltar as principais dimensões que foram levantadas juntos aos
turistas nos municípios da Baía de Todos-os-Santos:
Sexo;
Faixa Etária;
Escolaridade;
Estado Civil;
Acompanhantes da viagem;
Meio de hospedagem utilizado na viagem;
Gasto médio e por categoria de gastos;
Procedência do turista;
Nível de renda;
Tempo de permanência;
Motivações para a visita;
Fontes de informações para organizar a viagem;
Atrativos visitados na cidade;
Outros municípios visitados e tempo de permanência nestes municípios;
Meio de transporte utilizado;
Nível de satisfação com a viagem;
Atividades náutica e culturais que não encontrou na cidade e propensão a
pagar por elas;
Pretensão de retorno à cidade.
A construção das motivações seguiu, inicialmente, as sugestões metodológicas da
OMT, como solicitado no SDP, pg. 80: "A instituição contratada deverá utilizar como
referência para o estudo de demanda, as Recomendações Internacionais para as
Estatísticas do Turismo, da Organização Mundial do Turismo – RIET (OMT, 2008),
especificamente no que diz respeito à caracterização dos viajantes e das viagens".
Como houve a solicitação da SETUR/BA de que não fossem incluídos na amostra os
68
cruzeiristas, decidiu-se manter a motivação náutica separada em atividades náuticas
esportivas e atividades náuticas em embarcações, tendo em vista que o grande
número de subsegmentos destas atividades tornaria o questionário exaustivo e a
assertividade das respostas menor. Neste sentido, a abertura para as motivações
constantes do questionário seguiu as orientações da OMT, como sugeriu o TDR, e
foram devidamente discutidas, modificadas e aprovadas pela SETUR/BA
Por conta da dinâmica do turismo nos municípios da Baía de Todos-os-Santos exceto
Salvador, considerou-se, em comum acordo com a SETUR-BA, que os questionários
aplicados nestes municípios incluiriam os excursionistas, já que, uma parcela
importante dos visitantes dos municípios do Recôncavo Baiano é formada por
excursionistas. Em Salvador, contudo, os excursionistas foram desconsiderados.
2.1.4. Recrutamento e treinamento da equipe
A equipe de campo contou com um coordenador, que participou de todas as etapas da
realização da pesquisa, e de 3 supervisoras de campo. O recrutamento da equipe de
campo foi feito nos sites dos cursos das universidades, tanto de Cachoeira quanto de
Salvador.
Os alunos enviaram seus currículos e foram selecionados a partir de experiências
anteriores que tiveram com pesquisa, bem como outros quesitos como coeficiente de
rendimento escolar, habilidade com outras línguas e capacidade de comunicação.
69
Foto 4 Mercado Modelo, Salvador.
Foto 1 - Entrevista com Prestador de Serviço, Salvador. Foto 2 - Convento de Santo Antônio, São Francisco do Conde.
Foto 3 - Convento do Carmo, Cachoeira.
Autoria Própria.
Autoria Própria.
Autoria Própria. Autoria Própria.
70
2.1.5. Definição da amostra e procedimentos de amostragem
Para a pesquisa de demanda atual, após investigação de dados secundários (FIPE) e
reunião com a Setur, ficaram definidos os sete municípios onde iriam ocorrer as pesquisas
com turistas dos segmentos estudados e prestadores de serviço turísticos locais. Logo, as
informações passaram ao estatístico do projeto para ser calculada uma amostra confiável
em cada município. Não tendo dados já pesquisados anteriormente para se basear os
cálculos de amostra e nem constar no escopo do TDR (Termo de Referência) e tempo hábil
para pesquisa de campo prévia, a fim de levantar-se dados para realizar o cálculo de
amostra, utilizou-se os critérios que estão expostos ao longo do documento.
No planejamento inicial do desenho amostral do estudo da demanda turística para os
segmentos turísticos, náutico e cultural na Baía de Todos-os-Santos uma grande dificuldade
enfrentada para a construção amostral foi a falta de informações acerca do fluxo turístico
para os municípios contemplados pelo projeto. Não apenas o fluxo turístico geral, como,
mais especificamente, o fluxo turístico relacionado aos segmentos náutico e cultural. A
exceção foi o município de Salvador, por conta de ser um município onde o turismo é mais
maduro e existem mais pesquisas e informações disponíveis.
A proposta inicial que foi feita apresentava as seguintes quantidades de entrevistas de
acordo com os respectivos erros amostrais, cujos procedimentos de cálculo amostral estão
devidamente explicados no plano de trabalho.
Tabela 24 - Simulações do quantitativo amostral por erro amostral por município.
Número de
Entrevistas
Amostra Mínima –
erro de 3%
Amostra
Mínima –
erro de 2%
Amostra
Mínima –
erro de 1.5%
Salvador 2.400 984 2.212 3.933
Ilha de Itaparica / Vera Cruz 700 82 186 331
Cachoeira 550 82 186 331
Maragojipe 550 82 186 331
Jaguaripe 350 82 186 331
Salinas da Margarida 350 82 186 331
São Francisco do Conde 350 82 186 331 Fonte: Elaboração própria
Na pesquisa de campo realizada nos municípios da Baía de Todos-os-Santos (vide imagens
a seguir), exceto Salvador, em dezembro/2016 e janeiro/2017, foram realizados 277
questionários completos, cuja motivação estava relacionada ao turismo náutico e cultural.
71
Inicialmente não se estava levando em consideração os excursionistas (que ficam menos de
1 dia na cidade), mas logo no primeiro dia de pesquisa percebeu-se que a dinâmica do
turismo nestas cidades é fortemente influenciada por este tipo de visitante, já que a rede
hoteleira em muitos destes municípios é bastante incipiente. Desta forma, após aprovação
da Setur, considerou-se este nicho de mercado para as entrevistas. Caso os excursionistas
não tivessem sido considerados, a quantidade de questionários teria sido 30% menor.
Abaixo apresentam-se a quantidade de abordagens realizadas em Salvador e nos demais
municípios da BTS em conjunto, a quantidade de visitantes alcançados e a quantidade de
visitantes dos segmentos náutico e cultural.
Tabela 25 - Número de abordagens e quantidade de questionários realizados.
Fonte: Elaboração própria .
Como podemos constatar, a quantidade de questionários para o segmento náutico foi bem
mais modesto do que para o cultural. Durante a pesquisa, para elevar o quantitativo de
questionários do segmento náutico, a pesquisa foi reforçada em marinas, terminais náuticos
e atracadouros, no entorno de empresas que ofereciam algum tipo de esporte náutico e
agências de turismo da mesma natureza. Contudo, a pesquisa encontrou grande dificuldade
de acessar o público náutico em locais como as marinas de Salvador e de Itaparica. Além
disso, o público nestes lugares foi muito hostil e a taxa de resposta nestes locais foi
realmente mais baixa.
Sendo assim, em relação ao erro amostral das análises por segmento, pode-se afirmar que
o segmento cultural, que possui quase 98% das entrevistas realizadas no total, e o erro
amostral total era de 2% para o mínimo de 2.212 entrevistas, e foram realizadas 2.660 no
total e destes 2.568 do segmento cultural. Logo, o erro amostral considerado para este
segmento é de 2%, que é o mesmo de Salvador. Em relação ao segmento náutico, o erro
Município Quantidade de
Abordagens
Total de
visitantes
Questionários
Total
(Náutico e
Cultural)
Quantidade de
Questionários
Cultural
Quantidade de
Questionários
náutico
Salvador 6.471 3.491 2.383 2.335 48
Demais
municípios
da BTS
2.019 721 277 233 44
72
amostral é de 7% no total, pois temos 92 casos para este segmento. Para estas condições,
a amostra se mostra estatisticamente robusta para as análises que se seguem.
Nos demais municípios da BTS, exceto Salvador, houve grande dificuldade de encontrar
turistas e excursionistas dos segmentos náutico e cultural. Alguns motivos podem ser
apontados para o fraco desempenho: infraestrutura náutica precária, rede hoteleira muito
reduzida, municípios com pouca divulgação e marketing, visitantes com outras motivações
diferentes das motivações náutica e cultural e o baixo desempenho do turismo de modo
geral devido à crise econômica no país.
Em Salvador, ao contrário, a amostra superou a expectativa de 2.200 questionários. Isto
indica, em parte, que o baixo quantitativo de questionários nos demais municípios da BTS,
exceto Salvador, não estava relacionado a um problema amostral e sim à própria dinâmica
do turismo náutico e cultural naqueles municípios.
Tendo em vista que o TDR não faz exigência de uma análise individual por município,
pensou-se em 2 propostas amostrais alternativas para se solucionar tal questão:
1) Considerar todos os municípios em conjunto, inclusive Salvador, pois tería-se, no
total, uma amostra com 2.646 questionários;
2) Considerar uma análise com Salvador separado dos demais municípios agregados.
Em relação à primeira proposta, apesar de aparentemente ser interessante, haveria uma
influência muito grande dos dados de Salvador nos valores finais, já que representaria
quase 90% dos questionários totais, o que mascararia o resultado para os demais
municípios, que possuem uma homogeneidade maior das informações.
Em relação à segunda proposta, a principal vantagem é se ter abertura para Salvador em
separado e para os demais municípios da BTS, exceto Salvador. Neste caso, a amostra
para Salvador seria suficiente para um erro amostral de 2%. Já para os demais municípios,
para uma quantidade de 277 questionários, teríamos que aumentar o erro amostral para 4%
para continuarmos com a validade estatística.
Dentre as alternativas, acordou-se junto à SETUR-BA implementar a segunda por entender-
se ser a mais adequada do ponto de vista global. A dinâmica do turismo em Salvador é
bastante diversa dos demais municípios, apesar de serem inter-relacionadas. Neste sentido,
uma análise que preserve a abertura para Salvador e para os demais municípios em
separado pode ser mais enriquecedora do que observá-los todos em conjunto, mesmo que
73
isto represente um erro amostral maior. Será possível um melhor entendimento do turista
náutico e cultural para os demais municípios exceto Salvador, evitando, assim, que a média
das variáveis de Salvador influencie a média dos demais municípios da Baía de Todos-os-
Santos.
Além da análise acima, que os consultores deste consórcio acreditam ser de grande valia,
conforme TDR, quando não houvesse quantidade significativa de turistas (o que não adianta
fazer por mais tempo a pesquisa nos municípios) a consultoria poderá considerar as
entrevistas com prestadores de serviços para concluir os resultados que pede no escopo.
Desta forma, acredita-se que as entrevistas realizadas com os prestadores apresentam
informações relevantes e irão maximizar os resultados esperados promovendo, assim, um
desempenho excelente do projeto.
2.1.6. Metodologia de estimativa do fluxo turístico da Demanda Atual nos segmentos
náutico e cultural dos municípios da Baía de Todos-os-Santos
Com base nos conceitos apresentados no item 2.1.1 e utilizando as recomendações
metodológicas da Organização Mundial do Turismo, para estimar a demanda turística da
região da Baía de Todos-os-Santos tomou-se como referência os dados da pesquisa de
ocupação hoteleira dos municípios da região e os dados coletados durante a pesquisa de
demanda realizada pelo consórcio.
Para o cálculo da demanda turística foi utilizada a seguinte relação:
𝐷𝑒𝑚𝑎𝑛𝑑𝑎 𝑇𝑢𝑟í𝑠𝑡𝑖𝑐𝑎 =Demanda Hoteleira
PH , (1)
Onde, PH corresponde à participação da hotelaria nos meios de hospedagem utilizados
pelos turistas.
Por sua vez, para calcular a demanda hoteleira foi utilizada a seguinte relação:
𝐷𝑒𝑚𝑎𝑛𝑑𝑎 𝐻𝑜𝑡𝑒𝑙𝑒𝑖𝑟𝑎 = CH∗ND∗TOPM
, (2)
Onde:
CH = Capacidade Hoteleira diária em leitos disponíveis;
74
ND = Número de Dias no período mensurado (neste caso, mês da pesquisa);
TO – Taxa de Ocupação média da hotelaria
PM – Permanência Média dos turistas
Em relação às informações utilizadas nas estimativas, os dados da taxa de ocupação foram
extraídos da pesquisa da ABIH/BA6, a capacidade hoteleira é da pesquisa de Gerência das
Atividades Descentralizadas da EMBRATUR (GEADE) e, finalmente, os dados da
permanência média, participação da hotelaria nos meios de hospedagem utilizados pelos
turistas e o total de dias foram extraídos dos dados da pesquisa de demanda turística atual
aqui apresentada.
É importante destacar que, devido às características dos visitantes do município de Salvador
em relação aos demais municípios pesquisados, no caso da capital a pesquisa foi restrita
aos turistas, enquanto que, nos outros municípios foram pesquisados turistas e
excursionistas, como indicado anteriormente.
Para estimar os dados anuais e garantir o efeito da sazonalidade na demanda turística da
região foram utilizados os dados da ocupação hoteleira anual da ABIH/BA. Sendo assim,
para a estimativa da demanda turística anual de Salvador e dos demais municípios da Baía
de Todos-os-Santos foram utilizados como referência os dados da ocupação hoteleira e as
informações da pesquisa de demanda aqui apresentada. No caso de Salvador foi utilizado
como referência o nível de ocupação de janeiro/2016, uma vez que a pesquisa foi realizada
em janeiro de 2017. Com essas informações e demais variáveis das equações 1 e 2, foi
possível estimar o fluxo mensal de turistas para Salvador. Aplicando o mesmo
procedimento, mas com os dados de dezembro de 2016, mês da realização da pesquisa
nos demais municípios, foi possível estimar o fluxo mensal de turistas para os outros
munícipios. Finalmente, com essas informações do total de turista mensal e a sazonalidade
da ocupação hoteleira foram estimados os fluxos de turistas anuais de turistas para a região
da BTS.
Com a estimativa do fluxo de turistas e com os dados da participação dos turistas e dos
excursionistas no fluxo total de visitantes, extraídos da pesquisa de demanda realizada pelo
consórcio, foi possível estimar a quantidade de excursionistas tanto para Salvador como
para os municípios BTS (exceto Salvador).
6 Disponível em www.abihbahia.org.br
75
𝑁ú𝑚𝑒𝑟𝑜 𝑑𝑒 𝑣𝑖𝑠𝑖𝑡𝑎𝑛𝑡𝑒𝑠 = número de turistas
𝑃𝑇 (3)
Onde PT, corresponde à participação do número de turistas no total de visitantes. Assim,
Número de Excursionista = Número de visitantes – Número de Turistas
2.2. Aspectos metodológicos do estudo da demanda atual com prestadores de
serviços náuticos e culturais nos municípios da Baía de Todos-os-Santos
2.2.1. Definições Operacionais
As entrevistas junto aos prestadores de serviços foram conduzidas em paralelo à realização
da pesquisa de demanda junto aos turistas. O motivo desta concomitância está relacionado
ao fato de que só foi possível acessar muitos dos prestadores, especialmente os dos
municípios do interior, pessoalmente. Em Salvador, por conta das informações estarem mais
sistematizadas e a grande maioria estar presente na internet, este problema foi menos
intenso que nos demais municípios. Além disso, a própria Secretaria Estadual de Turismo
da Bahia (SETUR-BA), forneceu uma listagem inicial dos prestadores náutico e cultural
bastante completa.
O processo metodológico de realização da pesquisa partiu das informações e diretrizes
constantes do Termo de Referência para sua idealização. Partiu-se da criação e concepção
do questionário, passando, então para a definição da amostra dos entrevistados,
incorporando, ao mesmo tempo, novos respondentes diretamente na pesquisa de campo,
por conta de, muitas vezes, não possuírem referências nem na internet nem nos bancos de
dados das prefeituras. Após a realização e gravação das entrevistas, passou-se a realização
das transcrições e revisões, análise e interpretações das informações coletadas. A figura 1
resume todo esse processo.
76
Figura 1 - Procedimentos metodológicos.
Fonte: Elaboração própria.
2.2.2. Questionário
A elaboração do questionário foi um trabalho conjunto entre o Consórcio e a SETUR -BA.
Uma primeira versão foi testada no pré-teste como forma de verificar se as questões
perguntadas eram de facilmente compreendidas pelos entrevistados. Pequenos ajustes
foram feitos e chegou-se a versão final apresentada na Figura 2, que foi aplicada durante a
pesquisa de campo nos municípios pesquisados. O questionário na íntegra pode ser
encontrado no Anexo B deste relatório.
Criação e revisão do roteiro de entrevista
Definição da amostra inicial
Incorporação de novos respondentes na amostra diretamente no campo
Realização de contatos e agendamentos
Realização e gravação da entrevista
Transcrição e revisão
Análise e interpretação
Redação do relatório
77
Figura 2 - Questionário da demanda atual com os prestadores de serviços da BTS
Fonte: Elaboração própria.
Como se pode perceber, as questões seguem no sentido de entender a percepção do
prestador de serviço em relação à procedência do turista, o que ele busca, quais as
dificuldades que encontra e as melhorias que poderiam ser implementadas. Além disso,
busca-se entender se existem parcerias estabelecidas com outras empresas/instituições do
setor turístico e de que natureza são estas parcerias. Por fim, pretende-se compreender
quais são as expectativas que os prestadores têm em relação ao futuro de sua empresa ou
instituição e se tem conhecimento de áreas ainda não frequentadas por turistas com
potencial de exploração pela atividade turística.
Qual o perfil do turista que consome/utiliza os produtos ou serviços que você ou sua empresa oferecem?
2. Que tipo de produto ou serviço este turista mais busca?
3. Quais os 3 principais produtos/serviços vendidos por você/sua empresa aos turistas?
4. Quais as principais dificuldades que você/sua empresa tem para vender o produto ou serviço para este turista?
5. Que tipo de melhorias você acha que seriam necessárias para que suas vendas aumentassem, tanto em relação ao seu próprio negócio quanto em relação às ações do governo?
6. Possui parceria com algum outro estabelecimento do setor turístico? Qual?
7. Quantos clientes teve por ano, em média, considerando os últimos 2 anos? (se não souber, informar os clientes por dia ou por mês ou por ano)
8. Do total de clientes acima, qual o percentual aproximado de turistas que é atendido por você/sua empresa?
9. Quais são suas expectativas para o estabelecimento nos próximos 5 anos.
10. Você acha interessante a expansão do turismo para novas áreas de cidade? Se sim, sua empresa estaria disposta a oferecer passeios ou prestar algum serviço nesta nova área se ela estiver em plenas condições de ser oferecida aos turistas?
78
Vale ressaltar que o questionário, por ser semiestruturado, permite certo grau de
flexibilidade na formulação das questões. Tal flexibilidade foi extremamente importante, pois
dependendo da natureza do estabelecimento, a pergunta não se aplicaria ou perderia o
sentido. Por exemplo, no caso de prestadores de serviços culturais, como museus, por
exemplo, não faz sentido perguntar quais são os três principais serviços oferecidos, já que a
visitação é, na grande maioria, o único serviço a ser oferecido. Atrativos recentes, ou que
passaram a desempenhar sua função há pouco tempo (como o caso dos Fortes Santa Maria
e São Diogo), ainda estão em fase de estabelecimento e possuem um histórico de visitação
ainda bastante recente. Neste sentido, dependendo da natureza e das características do
prestador de serviço e/ou do estabelecimento, as perguntas foram devidamente adaptadas
sem, contudo, perder o objetivo maior de entender a relação do prestador com o
turismo/turista.
2.2.3. Amostra dos prestadores entrevistados por município
A temática sobre o quantitativo de amostras em entrevistas qualitativas tem sido estudada
com grande atenção na literatura especializada. Discussões em relação ao tamanho da
amostra que atingiria a saturação teórica são comuns, e a questão vem evoluindo com a
aplicação de pesquisas baseadas em entrevistas em todas as áreas. O estado da arte é
reportado por Guest; Bunce e Johnson (2006)7 que, estudando o viés na desejabilidade
social, procuraram determinar quantas entrevistas seriam necessárias para tornar confiável
a pesquisa, usando técnicas de experimento.
Examinando as experiências internacionais em várias disciplinas, verificaram que as recomendações da literatura técnica para o tamanho mínimo de observações variavam entre 6 e 200. Cruzando esses relatos com as suas próprias experiências de campo, concluíram que a saturação ocorre, geralmente, até a 12ª entrevista, e que os elementos básicos de metatemas aparecem até a 6ª entrevista. A variabilidade dos dados segue o mesmo padrão8.
Desse modo foi determinado, por segurança, um número mínimo de 6 entrevistas por
município, já que, em alguns municípios, a incipiência na prestação de serviços nos
7 GUEST, Greg; BUNCE, Arwen; JOHNSON, Laura. How many interviews are enough: an experiment with data saturation and variability. Field Methods: Sage, 2006 [18; 58-82].
8 THIRY-CHERQUES, Hermano Roberto. Saturação em pesquisa qualitativa: estimativa empírica de dimensionamento. Revista PMKT. 10/9/09, p. 20-27. Disponível em: http://www.revistapmkt.com.br/Portals/9/Edicoes/ Revista_PMKT_003_02.pdf. Acesso em: out. 2016.
79
segmentos náutico e cultural não permitiu atingir um número maior. No Tabela abaixo, têm-
se um resumo da quantidade de entrevistas que foram realizadas por município e por
segmento náutico, cultural ou ambos os segmentos simultâneos. Em relação aos
prestadores que atendem os dois segmentos simultaneamente normalmente são guias
turísticos ou agências de viagem que tem produtos e serviços tanto na área náutica quanto
na área cultural. Da mesma forma, gestores públicos importantes entrevistados foram
igualmente classificados como náutico e cultural ao mesmo tempo.
Pela Tabela a seguir pode-se perceber que foram realizadas 76 entrevistas, das quais 42
relativas ao segmento cultural, 25 entrevistas relativas ao turismo náutico e 9 entrevistas
relativas ao turismo náutico e cultural simultaneamente. Vale destacar que apenas Salinas
da Margarida ficou com a quantidade mínima de entrevistas considerada necessária, tendo
em vista o volume ainda reduzido de prestadores náutico e cultural.
Tabela 26 - Quantidade de entrevistas por município e por segmento.
Municípios Turismo Náutico e
Cultural Turismo Náutico
Turismo Cultural Total de
Entrevistas
Cachoeira 2 2 8 12
Itaparica/Vera Cruz 2 2 3 7
Jaguaripe 0 4 5 9
Maragojipe 1 2 6 9
Salinas da Margarida 0 3 3 6
Salvador 2 11 12 25
São Francisco do Conde 2 1 5 8
Total 9 25 42 76 Fonte: Elaboração própria.
Quando comparado aos prestadores de serviços registrados no CADASTUR, percebe-se
que dos 76 entrevistados, 65 não estavam cadastrados no CADASTUR9, o que demonstra o
elevado grau de informalidade das atividades turísticas dos segmentos náutico e cultural
nestes municípios e reforça a necessidade de buscá-los in loco, já que poucos possuem
registros acessíveis na internet. A exceção fica por conta de Salvador, que, apesar de ter
um maior número de prestadores cadastrados, a maioria dos entrevistados na pesquisa não
constava da base do Ministério do Turismo.
9 Destes 65 entrevistados, cerca de 5 deles eram gestores públicos, que, por natureza, não são cadastrados no CADASTUR.
80
Tabela 27 - Prestadores de serviços náutico e cultural cadastrados no CADASTUR, total de entrevistas
realizadas, e total de entrevistados que não constavam do CADASTUR.
Município
Prestadores de serviços náutico e cultural
registrados no CADASTUR
Total de Entrevistados dos segmentos náutico e
cultural*
Entrevistados dos segmentos náutico e
cultural não registrados do CADASTUR*
Náutico Cultural Total Náutico Cultural Total Náutico Cultural Total
Cachoeira 1 4 5 4 8 12 2 8 10
Itaparica/Vera Cruz
2 3 5 4 3 7 3 3 6
Jaguaripe 1 0 1 4 5 9 3 5 8
Maragojipe 0 0 0 3 6 9 3 6 9
Salinas da Margarida
0 2 2 3 3 6 3 1 4
Salvador 70 364 434 13 12 25 11 9 20
São Francisco do Conde
0 1 1 3 5 8 3 5 8
Total 74 374 448 34 42 76 28 37 65 Fonte: Elaboração própria.
*Obs: Por convenção, os prestadores que atendem, simultaneamente, aos segmentos náutico e cultural foram alocados no segmento náutico. Como no CADASTUR não existe tal concomitância, teve-se que compatibilizar para efeitos de comparação. Ao todo, foram 10 prestadores que servem, ao mesmo tempo, aos segmentos náutico e cultural, sendo 2 em Cachoeira, 2 em Itaparica/Vera Cruz, 1 em Maragojipe, 2 em Salvador e 3 em São Francisco do Conde.
Em relação à codificação dos nomes dos arquivos de áudio e da transcrição, utilizou-se o
seguinte critério:
Número da ordem do arquivo no município, de 1 em diante, dependendo da
quantidade de entrevistas;
TN para prestadores de turismo náutico e TC para prestadores de turismo cultural.
Eventualmente, quando o prestador atende, simultaneamente, aos dois segmentos
utiliza-se TC-TN para expressar tal fato;
Sigla associada à cidade ao qual o prestador está associado. Neste sentido,
convencionou-se as seguintes siglas:
CA = Cachoeira
ITA = Itaparica/Vera Cruz
JAGUA = Jaguaripe
MA = Maragojipe
SALI = Salinas da Margarida
SAL = Salvador
SFC = São Francisco do Conde
81
Nome do entrevistado ou nome da empresa ou instituição ao qual está vinculado(a),
de acordo com a situação;
Data completa de realização da entrevista
Desta forma, tomando como exemplo a sigla 1-TC-TN-José Antônio Guia-03_12_16, têm-
se a seguinte codificação: esta entrevista está na ordem de número 1 e corresponde aos
segmentos náutico e cultural (TC-TN); o entrevistado foi José Antônio Guia e a entrevista foi
realizada no dia 03 de dezembro de 2016. O nome do arquivo é o mesmo, tanto em áudio
quanto na transcrição. A única mudança é a extensão do arquivo, que no caso do áudio
pode ser .wav ou .mp3 ou .mp4, enquanto que no caso das transcrições a extensão é .doc
ou .docx. Para efeitos de citação das entrevistas na análise de resultados, utiliza-se apenas
o número da ordem da entrevista, o segmento ao qual pertence e a respectiva sigla da
cidade
A seguir, estão listados todos os 76 prestadores entrevistados juntamente com as seguintes
informações:
Segmento do turismo ao qual pertence (náutico e/ou cultural);
Empresa ou instituição ao qual pertence;
Nome do entrevistado(a);
Cargo ou função desempenhado;
Data de realização da entrevista;
Nome de arquivo do áudio e da transcrição relacionado.
Na amostra de Cachoeira foram entrevistados 12 prestadores de serviços, sendo 2 tanto do
segmento náutico quanto cultural, 2 prestadores de serviços náuticos e 8 prestadores de
serviços culturais. O Tabela 5 resume as informações dos prestadores de serviços de
Cachoeira.
Tabela 28 - Informações dos prestadores de serviços entrevistados em Cachoeira.
Segmento do Turismo
Empresa ou instituição
Nome do entrevistado
Cargo ou função
Data da entrevista
Nome do áudio e da transcrição
Náutico e Cultural ACTUP José Antônio Guia 03/12/2016 1-TC-TN-José Antônio
Guia-03_12_16
Náutico e Cultural ACTUP Alexandro
Simão Presidente da Associação
03/12/2016 2-TC-TN-CA-Associação de
Guias-03_12_16
Náutico Autônomo Bim Osvaldo Dono de
embarcação 04/12/2016
3-TN-CA-Bim Osvaldo-04_12_16
Náutico Autônomo Raimundo Dono de
embarcação 03/12/2016
4-TN-CA-Raimundo Augusto-03_12_16
82
Segmento do Turismo
Empresa ou instituição
Nome do entrevistado
Cargo ou função
Data da entrevista
Nome do áudio e da transcrição
Cultural Autônomo Mimo Artista Plástico 03/12/2016 5-TC-CA-Mimo-03_12_16
Cultural Grupo
Cultural Filhos do Caquende
Zé do Samba Mestre 04/12/2016 6-TC-CA-Zé do Samba-
04_12_16
Cultural Autônomo Mama Macota 03/12/2016 7-TC-CA-Mama Macota-
03_12_16
Cultural Museu do Cinema
Roque Diretor e dono
do acervo 03/12/2016
8-TC-CA-Museu do Cinema-03_12_16
Cultural Instituto Handen Bahia
Jomar Coordenador 02/12/2016 9-TC-CA-Intituto Hansen
Bahia-02_12_16
Cultural Autônomo Mãe Ineci Mãe de Santo e
Membro da Irmandade da
Boa Morte
03/12/2016 10-TC-CA-Mãe Ineci-
03_12_16
Cultural Irmandade
da Boa Morte
Valmir Administrador 02/12/2016 11-TC-CA-Irmandade da
Boa Morte-02_12_16
Cultural Licor Roque
Pinto Roseval Dono 03/12/2016
12-TC-CA-Licor Roque Pinto-03_12_16
Fonte: Elaboração própria.
Em Itaparica/Vera Cruz, das 7 entrevistas realizadas, 3 eram de prestadores que atendiam,
ao mesmo tempo, aos segmentos náutico e cultural, 2 prestadores do segmento náutico e 2
prestadores do segmento cultural. No Tabela abaixo disponibiliza-se as informações
detalhadas das entrevistas.
Tabela 29 - Informações dos prestadores de serviços entrevistados em Itaparica/Vera Cruz.
Segmento do Turismo
Empresa ou instituição
Nome do entrevistado
Cargo ou função Data da
entrevista Nome do áudio e das
transcrições
Turismo Náutico e Cultural
Locanda Nel Blu Felice Proprietário 08/01/2017 1-TC-TN-ITA-Locanda Nel Blu- 08_01_2017
Turismo Náutico e Cultural
Raimar Turismo Marcos Uilton Proprietário 08/01/2017 2- TC-TN-ITA-Raimar Turismo- 08_01_2017
Turismo Náutico e Cultural
Prefeitura Municipal de Vera Cruz
Igor Pinho Procurador Geral 06/01/2017 3-TC-TN-ITA-Prefeitura Municipal de Vera Cruz-
06_01_2017
Turismo Náutico
Projeto SOMAR Diego Batista
de Souza Diretor financeiro 07/01/2017
4-TN-ITA-Projeto SOMAR-07_01_2017
Turismo Náutico
Marina de Itaparica Denis Gerente da
Marina 07/01/2017
5-TN-ITA-Marina de Itaparica-07_01_2017
Turismo Cultural
Oficina de Arte e Capoeira e Grupo
União Omara
Mestre de capoeira
08/01/2017 6-TC-ITA- Grupo Uniao-
08_01_2017
83
Segmento do Turismo
Empresa ou instituição
Nome do entrevistado
Cargo ou função Data da
entrevista Nome do áudio e das
transcrições
Turismo Cultural
Centro Artesanal de Itaparica
Rita de Cássia artesã 08/01/2017 7-TC-ITA- Centro
Artesanal de Itaparica-08_01_2017
Fonte: Elaboração Própria
Na cidade de Jaguaripe foram realizadas 9 entrevistas, sendo uma relativa ao turismo náutico e cultural, 4 relativas ao turismo náutico e 4 relativas ao turismo cultural. No Tabela a seguir apresenta-se as principais informações sobre as entrevistas.
Tabela 30 - Informações dos prestadores de serviços entrevistados em Jaguaripe.
Segmento do Turismo
Empresa ou instituição
Nome do entrevistado
Cargo ou função
Data da entrevista
Nome do áudio e das transcrições
Turismo Náutico e Cultural
Prefeitura Municipal de
Jaguaripe Davi Fadul
Ex diretor de Turismo
21/01/2017
1-TC-TN-JAGUA-Prefeitura Municipal
de Jaguaripe-21_1_2017
Turismo Náutico Autônomo Adalvo
Conceição da Silva. (Velho)
Barqueiro 06/01/2017 2-TN-JAGUA-Adalvo-
6_1_2017
Turismo Náutico Hotel Fazenda
Recanto Tania Andrade
Proprietário do Hotel Fazenda
Recanto 05/01/2017
3-TN-JAGUA-Hotel Fazenda Recanto -
05_01_2017
Turismo Náutico Reserva Minguito
Vicente Cone Proprietário da
Reserva Minguito
08/01/2017 4-TN-JAGUA-
ReservaMinguito-8_1_2017.m4a
Turismo Náutico Autônomo Jacinto ( Jal ) Prático 06/01/2017 5-TN-JAGUA-Jacinto-
6_1_2017
Turismo Cultural Autônomo Ubiraci Claudio
de Sousa Portugal
Artesão e carpinteiro naval
06/01/2017 6-TC-JAGUA-Bira-
6_1_2017
Turismo Cultural Autônomo Jamille Sousa
Artesã e coordenadora da
Feira de Artesanato de
Jaguaripe
06/01/2017 7-TC-JAGUA-Jamille-
6_1_2017
Turismo Cultural Sambadores de Mutá e Pirajuia
Mirair
Coordenadora do Samba de
roda de Mutá e Pirajuia
05/01/2017 8-TC-JAGUA-Mirair-
5_1_2017
Turismo Cultural Autônomo Antonio Corrêa
de Souza (Sherman)
Coordenador da barquinha
05/01/2017 9-TC-JAGUA-
Sherman-5_1_2017
Fonte: Elaboração Própria.
84
Na cidade de Maragojipe, realizou-se 1 entrevista com prestadores de serviços do turismo
náutico e cultural, 2 entrevistas com prestadores do segmento náutico e 6 entrevistas com
prestadores do segmento cultural. As informações das 9 entrevistas realizadas podem ser
encontradas no Tabela a seguir.
Tabela 31 - Informações dos prestadores de serviços entrevistados em Maragojipe.
Segmento do Turismo
Empresa ou instituição
Nome do entrevistado
Cargo ou função Data da
entrevista Nome do áudio e das
transcrições
Turismo Náutico e Cultural
Autônomo Fábio
Nascimento
Coordenador na Secretaria de
Turismo 07/12/2016
1-TN-TC-MA-Fábio Nascimento-7_12_16
Turismo Náutico
Autônomo Dileano Ajudante de embarcação
10/12/2016 2-TN-MA--Dileano-
10_12_16
Turismo Náutico
Autônomo Messias Dono de
embarcação 10/12/2016
3-TN-MA-Messias-10_12_16
Turismo Cultural
Restaurante da Valmira
Valmira Dona e Cozinheira 06/12/2016 4-TC-MA-Valmira-
06_12_16
Turismo
Cultural Ceramistas de
Coqueiros Dona Cadú Ceramista 10/12/2016
5-TC-CA-Dona Cadu-10_12_16.wav
Turismo
Cultural Bar do
Adelson Adelson Proprietário 10/12/2016
6-TC_MA-Bar do Adelson_ 10_12_2016
Turismo
Cultural Autônomo Chiquinho Ex- Secretário de Cultura e Turismo
07/12/2016 7-TC-MA-Chiquinho-
07_12_16
Turismo
Cultural Autônomo Bartolomeu Artesão 07/12/2016 8-TC-MA-Bartolomeu-
07_12_2016
Turismo
Cultural
Associação dos
Sambadores de Maragojipe
Paulo Bibliotecário 07/12/2016
9-TC-MA-Associação dos Sambadores de
Maragojipe-07_12_2016.wav
Fonte: Elaboração Própria.
Já em Salinas da Margarida, foram realizadas, ao todo, 6 entrevistas, das quais 3 relativas
ao segmento náutico e 3 relativas ao segmento cultural, como pode-se verificar no Tabela a
seguir.
85
Tabela 32 - Informações dos prestadores de serviços entrevistados em Salinas da Margarida.
Segmento do Turismo
Empresa ou instituição
Nome do entrevistado
Cargo ou função
Data da entrevista
Nome do arquivo de áudio e das transcrições
Turismo Náutico
Autônomo Roberto José Barqueiro 08/12/2016 1-TN-SALI- Roberto José-
8_12_2016
Turismo
Náutico Autônomo
Francisco Trindade
Instrutor 10/12/2016 2-TN-SALI-Francisco Trindade-10_12_2016
Turismo
Náutico
Projeto Apuama
Luciano Souto Coordenador 11/12/2016 3-TN-SALI-Projeto Apuama-
11_12_2016
Turismo Cultural
Associação de Artesanato
Ana Souza Artesã e
Vendedora 08/12/2016
4-TC-SALI-Associação de Artesanato-8_12_2016
Turismo
Cultural
Restaurante Moquecas e
Cia.
Rosangela Aurea
Proprietária 08/12/2016 5-TC-SALI-Restaurante
Moquecas e Cia.- 8_12_2016
Turismo
Cultural
Pousada Coquilles
Edna Maisa Recepcionista/
Gerente 08/12/2016
6-TC-SALI-Pousada Coquilles-8_12_2016
Fonte: Elaboração Própria.
Salvador foi à cidade com a maior quantidade de entrevistas, 25 ao todo. Destas, 1 foi
relativa ao segmento cultural e náutico, 11 com prestadores do segmento náutico e 13 com
prestadores do segmento cultural. No Tabela a seguir têm-se um resumo das informações
de todas as entrevistas realizadas.
Tabela 33 - Informações dos prestadores de serviços entrevistados em Salvador.
Segmento do Turismo
Empresa ou instituição
Nome do entrevistado
Cargo ou função Data da
entrevista Nome do áudio e da
transcrição
Turismo Cultural e Náutico
Privêtur Luiz Alberto Rodrigues
Diretor de Operações 20/01/2017 1-TC-TN-SAL-
Privêtur-20_01_2017
Turismo Náutico
Dive Bahia Matheus R. Diretor Geral 14/01/2017 2-TN-SAL-Dive Bahia-
14_01_17
Turismo Náutico
Galeão Sacramento
Camila Maria Atendente 16/01/2017 3-TN-SAL-Galeão
Sacramento-16_01_2017
Turismo Náutico
RR Náutica Ricado Proprietário 19/01/2017 4-TN-SAL-RR
Náutica-19_01_2017
Turismo Náutico
Shark Dive Igor Diretor Geral 24/01/2017 5-TN-SAL-Shark-Dive-
24_01_2017
Turismo Náutico
Submerso esportes aquáticos
Robson Azevedo
Proprietário 17/01/2017 6-TN-SAL-Submerso esportes aquáticos-
17_01_2017
86
Segmento do Turismo
Empresa ou instituição
Nome do entrevistado
Cargo ou função Data da
entrevista Nome do áudio e da
transcrição
Turismo Náutico
Escuna Canes
Bráulio Proprietário 24/01/2017 7-TN-SAL-Escuna-Canes-24_01_2017
Turismo Náutico
Bahia Marina Fernando
Valério Gerente de Operações 19/01/2017
8-TN-SAL-Bahia Marina-19_01_2017
Turismo Náutico
Escunas Ribeira
Sandro Proprietário 24/10/2016 9-TN-SAL-Sandro Escunas Ribeira-
24_10_2016*
Turismo Náutico
Centro de Escunas
Ramon Proprietário 24/10/2016 10-TN-SAL-Central de Escunas-24_10_2016*
Turismo Náutico
Bahia Scuba Gilson Galvão Diretor 21/01/2017 11-TN-SAL-Bahia
Scuba-21_01_2017
Turismo Náutico
Hot Day Décio Novaes Proprietário 22/01/2017 12-TN-SAL-Hot Day-
22_01_2017
Turismo Cultural
SECULT-Salvador
(Fortes Santa Maria e São
Diogo)
Antônio Barreto Júnior
Diretor 20/01/2017 13-TC-SAL-SECULT
Salvador- 20_01_2017
Turismo Cultural
Coliseu Restaurante &
Cultura
Rubens Carvalho
Proprietário 24/01/2017 14-TC-SAL-O Coliseu-
24_01_2017
Turismo Cultural
Alltour Turismo
Liza Cornélio Diretora Comercial 19/01/2017 15-TC-SAL-Alltour
turismo-19_01_2017
Turismo Cultural
Baiana Turismo
Patricia Batista
Gerente Comercial 19/01/2017 16-TC-SAL-Baiana
Turismo-19_01_2017
Turismo Cultural
Museu de Arte Moderna
Ana Liberato Diretora 20/01/2017 17-TC-SAL-Museu de
Arte Moderna_ 20_01_2017
Turismo Cultural
Centro de Artesanato de
Salvador
Luana Dantas e Rita Serran
Artesãs 16/01/2017 18-TC-SAL-Centro de
Artesanato de Salvador-16_01_2017
Turismo Cultural
Associação das Baianas
Rita Santos Coordenadora Nacional 19/01/2017 19-TC-SAL-
Associação das Baianas-19_01_2017
Turismo Cultural
Igreja do Bonfim
Padre Edson Pároco 13/01/2017 20-TC-SAL-Igreja do Bonfim-13_01_2017
Turismo Cultural
Autônomo Thiago Guia de Turismo 19/01/2017 21-TC-SAL-Thiago Guia-19_01_2017
Turismo Cultural
Autônomo Luiz Guia de Turismo 18/01/2017 22-TC-SAL-Luiz Guia-
18_01_2017
87
Segmento do Turismo
Empresa ou instituição
Nome do entrevistado
Cargo ou função Data da
entrevista Nome do áudio e da
transcrição
Turismo Cultural
Fundação Casa de
Jorge Amado
Fernando Lima
Estagiário 23/01/2017 23-TC-SAL-Fundação
Casa de Jorge Amado-23_10_2016*
Turismo Cultural
Cantina da Lua
Clarindo da Silva
Proprietário 23/10/2016 24-TC-SAL-Cantina da Lua - Clarindo Silva -
23_10_2016*
Turismo Cultural
Museu da Misericórdia
Juciane Silvestre;
Lucia Valdirene; Oswaldina
Cesar
Coordenadora admistrativa;
pedagoda; museóloga
20/01/2017 25-TC-SAL- Museu da
Misericórdia-20_01_2017
Fonte: Elaboração Própria.
Obs.: As entrevistas que possuem um asterisco como parte da nomeação foram realizadas no pré-teste.
Finalmente, em São Francisco do Conde, foram realizadas 8 entrevistas, das quais 2
relativas ao turismo náutico e cultural, 1 relativa ao turismo náutico e 5 relativas ao
segmento cultural. O Tabela a seguir apresenta o resumo das informações das entrevistas.
Tabela 34 - Informações dos prestadores de serviços entrevistados em São Francisco do Conde.
Segmento do Turismo
Empresa ou instituição
Nome do entrevistado
Cargo ou função
Data da entrevista
Nome do áudio e das transcrições
Turismo Náutico e Cultural
Autônomo Fabrício de Sena Guia 02/12/2016 1-TNC-SFC-Fabricio de Sena-2_12-2016
Turismo Náutico e Cultural
SAT - Serviço de Atendimento ao
Turista Alice Maria Gestora 19/12/2016
2-TNC-SFC-Alice Maria-19_12_2016
Turismo Náutico
Autônomo Bruno Ribeiro Barqueiro 02/12/2016 3-TN-SFC- Bruno
Ribeiro-2_12_2016
Turismo Cultural
As Paparutas Atamirando de
Amorim Coordenador 02/12/2016
4-TN-SCF-Paparutas-02_12_2016
Turismo Cultural
Samba Chula Filhos da
Pitangueira Djalma Afonso Coordenador 02/12/2016
5-TC-SFC- Samba Chula FIlhos da
PItangueira- 2_12_2016
Turismo Cultural
Irmandade do Glorioso Santo
Antônio
Altamirando da Silva
Coordenador 02/12/2016
6-TC-SFC- Irmandade do Glorioso Santo
Antônio-2_12_2016
Turismo Cultural
Covento de Santo Antônio
Jucimar Lima Alves e Luzimari
do Rosário Antunes
Secretárias 02/12/2016 7-TC-SFC- Convento
Santo Antônio-2_12_2016
Turismo Cultural
Hotel Recanto do Parque
Marivaldo Marques
Proprietário 05/12/2016 8-TC-SFC- Recanto
do Parque- 5_12_2016
Fonte: Elaboração própria
88
2.2.4. Treinamento da equipe
Entrevistadores e transcritores receberam um treinamento inicial. Durante toda a execução
do trabalho, receberam supervisão e orientação, em uma linha de on-job-training, o mais
adequado para entrevistas em profundidade. A realização das entrevistas foi feita de forma
presencial por 4 profissionais devidamente treinados para tal tarefa.
O treinamento formal dos entrevistadores foi realizado em duas etapas. A primeira consistiu
em reunião de alinhamento conceitual e metodológico do trabalho em reunião presencial.
Essa etapa aconteceu em dois momentos diferentes, à medida que uma nova entrevistadora
substituiu a anterior. A segunda etapa aconteceu durante o processo de levantamento de
informações onde, a cada dia de entrevistas, a equipe reunia-se para tratar de possíveis
ajustes e correções na condução das entrevistas.
A partir desse alinhamento inicial, cada entrevistador tinha como responsabilidade:
A construção dinâmica da planilha com informações de contato e características das
empresas/entrevistados a serem entrevistadas;
A disponibilização da carta de apresentação em papel timbrado do consórcio e
contratante, para uso quando solicitado pelo entrevistado.
Tabela 35 - Ações de treinamento.
Ação
Equipe envolvida
J O S R N L B T L L
F M M C M C L L B D
Coordenação Geral x x
Revisão de questionário x x x x
Equipe de campo x x x x
Carta de apresentação x
Envio de manual de pesquisa x
Entrevistas com prestadores de serviços x x x x
Revisão de áudio x x x x x x x x x
Transcrições x x x x x x x x Fonte: Elaboração própria.
Legenda: JF: Juliana Fuscaldo
OM: Osíris Marques BL: Beatriz Lins
SM: Stephanie Machado TL: Thamires Lacerda
RC: Raiza Carolina Diniz LB: Luiza Boechat
NM: Nathalia Moraes LD: Luciano Damasceno
LC: Luciana Crivelare
89
2.2.5. Transcrições
A equipe de transcritores recebeu instruções e orientações sobre os procedimentos
metodológicos para a realização do trabalho.
Houve um encontro presencial, depois das primeiras transcrições para alinhar novos
padrões necessários e esclarecer dúvidas. Além disso, os transcritores receberam feedback
depois da revisão de cada transcrição.
2.2.5.1. Critério das transcrições
A transcrição das entrevistas possibilita a reprodução das falas e os conteúdos são, assim,
expostos na íntegra. Na análise, são apresentados apenas pequenos fragmentos,
ilustrativos dos pontos que se quer destacar, ainda que, para que a análise seja significativa,
os trechos são analisados e interpretados à luz da dinâmica das entrevistas como um todo:
assim evitam-se interpretações e generalizações descontextualizadas da intenção dos
entrevistados.
As gravações foram transcritas literalmente. Também nem sempre foram mantidos os
enganos do falante, desde que correções não interferissem no conteúdo. Repetições foram,
do mesmo modo, omitidas, sempre na intenção de dar maior fluência a quem estiver lendo o
texto. Nos casos em que se mostraram relevantes, pausas e repetições foram apontadas
com o sentido de mostrar sensações como dúvida, desconforto, reiteração etc. No entanto,
não houve a preocupação de apresentar com exatidão as quantidades de repetições e a
duração das pausas.
Em todos os casos foram mantidas formas próprias da manifestação vocal, ainda que
muitas vezes não acate as regras formais da língua e que pareça repetitiva. O objetivo de
manter as formas originais na forma escrita foi o de preservar a cultural e os saberes locais
que estão embutidos na forma falada. Não se fez uso do termo “sic”, costumeiramente
empregado entre colchetes após uma citação para indicar que foi daquela forma que tal
citação foi feita originalmente. O objetivo também foi facilitar a leitura.
2.2.6. Pré-teste
As entrevistas com os prestadores de serviços foram realizadas no período de 21 a 24 de
outubro de 2016. Todas as entrevistas foram devidamente gravadas e transcritas.
90
Foram realizadas 4 entrevistas com prestadores de serviços: dois prestadores de serviços
turísticos culturais e dois prestadores de serviços turísticos náuticos. Em relação aos
prestadores de serviços culturais, um era gestor de um Espaço Cultural e outro funcionário
de uma Fundação de Cultura, ambos no Pelourinho. Dos prestadores de serviços náuticos,
um era proprietário de escunas e organiza passeios na Baía de Todos-os-Santos e o outro é
proprietário de uma agência de viagens que organiza passeios de escunas na Baía de
Todos-os-Santos.
O questionário aplicado aos prestadores de serviços foi eficiente no levantamento requerido
e as questões todas tiveram perfeito entendimento das informações que se desejava
levantar. Desta forma, este questionário não deverá sofrer alterações. Por esse motivo,
todas as entrevistas do pré-teste foram aproveitadas e incorporadas na análise final, que
será apresentada mais adiante.
Testam-se ainda os canais de realização das entrevistas. Foram realizadas duas entrevistas
presenciais e duas entrevistas por telefone. Da mesma forma, os dois canais funcionaram
muito bem. Mesmo as entrevistas por telefone forneceram áudios compreensíveis sobre o
que dizia os entrevistados. As entrevistas por telefone foram bastante úteis ao longo da
pesquisa de campo pela facilidade de alcançar o entrevistado, tornando, assim, algumas
entrevistas que poderiam não acontecer, factíveis.
2.2.7. Procedimentos de Análise
A pesquisa de demanda atual com prestadores de serviços náutico e cultural dos municípios
da BTS envolveu entrevistas com 76 prestadores de serviços, que foram gravadas,
transcritas e revistas. Em seguida, as transcrições foram compiladas por município de
acordo com as questões constantes do questionário.
Os procedimentos de análise qualitativa das entrevistas em profundidade foram definidos
somente após uma leitura preliminar de todas as entrevistas segmentadas por mercado. Em
primeiro lugar, foram identificados os principais trechos das entrevistas que mereciam
destaque ou diretamente na questão perguntada ou em outra questão. Findo este trabalho,
foi possível elaborar a estrutura do relatório de análise.
Em seguida, fez-se outra leitura do material, dessa vez de forma minuciosa, buscando
encontrar ideias-chave contidas nos relatos. As informações identificadas foram agrupadas
para serem examinadas.
91
Uma terceira leitura para anotações e sistematização de informações foi feita, buscando a
interpretação e a síntese das entrevistas transcritas para posterior elaboração do relatório
final. Durante o processo de análise, os dados foram constantemente comparados com as
transcrições originais, em um processo de verificação de sua exatidão e também para
identificar possíveis complementos. À medida que as conclusões iam se definindo, as
entrevistas revisadas e relidas foram usadas como suporte para a escolha de citações que
embasassem o ponto de vista percebido.
O relatório de análise das entrevistas qualitativas foi confeccionado tendo em vista os
objetivos definidos para o estudo, de forma a permitir o aproveitamento de manifestações
espontâneas, percepções, conhecimentos, experiências e valores dos entrevistados sobre
os assuntos abordados. O texto do relatório final foi estruturado permitindo o uso constante
de relatos dos entrevistados, a partir da definição das categorias de análises que
constituíram os tópicos em estudo. Foram transcritas falas representativas das
manifestações de todos os entrevistados, por questão, e também as que indicassem pontos
de vista singulares relevantes para os objetivos estabelecidos. Tomou-se o cuidado de
garantir que as citações permanecessem anônimas, identificando cada fala apenas pelo
número da entrevista no município, o segmento de atuação da empresa/prestador de
serviço e a cidade de origem do entrevistado.
Portanto, os passos seguidos foram:
compilação das transcrições das entrevistas, já revisadas, por mercado;
leitura preliminar do conjunto das entrevistas, por mercado;
preenchimento de fichas de avaliação dos questionários gravados;
preenchimento de fichas-resumo de cada entrevista;
definição da estruturação do relatório de análise;
leitura dinâmica das entrevistas transcritas para obtenção de ideias-chave;
definição das categorias de análise;
leitura criteriosa das entrevistas transcritas para obtenção de relatos de entrevistados
e realização de anotações de trechos com percepções interessantes;
sistematização das informações extraídas das entrevistas;
redação do relatório de análise dos resultados.
92
Análise e Resultados da Demanda Turística Atual
93
3. ANÁLISE E RESULTADOS DA DEMANDA TURÍSTICA ATUAL
3.1. Fluxo turístico da Demanda Atual dos municípios da Baía de Todos-os-Santos
Para estimar a demanda turística da região da Baía de Todos-os-Santos tomou-se como
referência os dados da pesquisa de ocupação hoteleira da ABIH para Salvador e os dados
coletados durante a pesquisa de demanda realizada pelo Consórcio. A descrição detalhada
dos procedimentos metodológicos utilizados pode ser encontrada na seção 2.1.1 deste
documento.
Assim, a partir das informações relativas à capacidade hoteleira de Salvador e dos
municípios da BTS analisados na pesquisa, da taxa de ocupação para o período e do
percentual de turistas que ficaram em hotéis, partimos da função (1) para estimar o fluxo de
turistas para o ano de 2016.
A partir do número de turistas estimado para Salvador (mês de referência, janeiro de 2017)
e para demais municípios BTS (mês de referência, dezembro de 2016) e utilizando os dados
da ocupação hoteleira de janeiro de 2016 a janeiro 2017 para garantir a sazonalidade do
fluxo anual, foi possível expandir os demais meses do ano. No entanto, cabe ressaltar que o
fluxo turístico projetado para o período de janeiro a novembro de 2016 foi calculado com
informações levantadas pela presente pesquisa, realizada em dezembro de 2016 e janeiro
de 2017. Neste sentido, os valores referentes ao fluxo de visitantes para o período acima
assinalado são dependentes das eventuais variações que possam ocorrer ao longo do ano
em relação ao perfil dos turistas. Especialmente em relação ao percentual de visitantes
hospedados em hotéis, que varia muito de acordo com a sazonalidade e é uma das
variáveis-chave para calcular o fluxo turístico a partir do modelo proposto.
Na sequência são apresentamos a projeção dos fluxos turísticos projetados, a partir da
referida metodologia, para os demais meses do ano.
Consolidando as informações do fluxo de turistas constatou-se que no ano de 2016 a região
da Baía de Todos-os-Santos (BTS) recebeu, aproximadamente, 6.197.565 de visitantes
(turistas e excursionistas), sendo 4.449.539 para Salvador e 1.702.226 para os demais
municípios da região. No caso dos visitantes de Salvador, 79,09% correspondem a
3.555.330 turistas e 20,91% a 940.009 excursionistas. Nos demais municípios da BTS,
67,13%, ou 1.142.687 eram turistas e, 32,87% correspondem a 559.539 excursionistas,
como mostra a tabela abaixo.
94
Tabela 36 - Informações para a estimativa do fluxo turístico mensal por município a partir dos dados da Hotelaria – Salvador (Jan/17) e Demais Municípios
da BTS* (Dez/2016).
F Fontes: Elaboração Própria. Taxa de ocupação foram extraídos da pesquisa da ABIH/BA - Disponível em www.abihbahia.org.br. Capacidade hoteleira - Diretoria de Regulação e Certificação de Serviços Turísticos – DRC/SET/SETUR. Permanência média, participação da hotelaria nos meios de hospedagem – Pesquisa de demanda turística atual da região BTS. *Municípios da BTS (exceto Salvador) referem-se aos municípios contemplados pelo Estudo de Demanda Turística do PRODETUR/BA, quais sejam, Cachoeira, Itaparica/Vera Cruz, Jaguaripe, Maragojipe, Salinas da Margarida, São Francisco do Conde
Municípios da BTS UH's Leitos Tx.
ocupação hoteleira
Número de dias
Permanência média
Demanda Turística hoteleira
% de turista em hotéis
Fluxo turístico
Salvador (Jan/2017)
16.906 37.319 69% 31 5,70 139.618 40% 349.046
Demais Municípios BTS* (Dez/2016)
3.338 8.191 50% 31 3,30 38.473 41% 94.296
Cachoeira 212 577 50% 31 3,30 2.710 41% 6.643
Itaparica / Vera Cruz
1.941 4.609 50% 31 3,30 21.648 41% 53.060
Maragojipe 628 1.580 50% 31 3,30 7.421 41% 18.189
Salinas da Margarida
259 667 50% 31 3,30 3.133 41% 7.679
São Francisco do Conde
65 147 50% 31 3,30 690 41% 1.692
Jaguaripe 233 611 50% 31 3,30 2.870 41% 7.034
95
Tabela 37 - Fluxo de visitantes da região da Baía de Todos-os-Santos - Jan/2016 a Jan/2017
Meses
Municípios da BTS (exceto Salvador) * Salvador Total de
Visitantes Total de Visitantes
Excursionistas Turistas Total de
Visitantes Excursionistas Turistas
Jan./16 171.961 56.525 115.436 454.126 94.961 359.165 626.087
Fev./16 154.471 50.776 103.695 407.936 85.303 322.634 562.407
Mar/16 142.385 46.803 95.582 376.019 78.628 297.391 518.405
Abr./16 130.697 42.961 87.735 345.151 72.174 272.978 475.848
Mai./16 130.370 42.854 87.516 344.290 71.994 272.296 474.660
Jun./16 123.022 40.439 82.584 324.885 67.936 256.949 447.907
Jul./16 139.619 45.894 93.725 368.715 77.101 291.614 508.334
Ago./16 135.420 44.514 90.906 357.626 74.782 282.844 493.046
Set./16 140.896 46.314 94.582 372.086 77.806 294.280 512.982
Out./16 141.506 46.514 94.991 373.697 78.143 295.554 515.203
Nov./16 151.407 49.769 101.638 399.845 83.610 316.234 551.252
Dez./16 140.470 46.174 94.296 370.962 77.571 293.391 511.432
Total 2016 1.702.226 559.539 1.142.687 4.495.339 940.009 3.555.330 6.197.565
Jan/17 167.124 54.935 112.189 441.352 92.290 349.062 608.476 Fonte: Elaboração Própria.
*Municípios da BTS (exceto Salvador) referem-se aos municípios contemplados pelo Estudo de Demanda Turística do PRODETUR/B, quais sejam, Cachoeira, Itaparica/Vera Cruz, Jaguaripe, Maragojipe, Salinas da Margarida, São Francisco do Conde.
96
Gráfico 9 - Fluxo total mensal de visitantes da região da BTS (todos os segmentos) - Salvador e Demais
Municípios – Jan/2016 a Jan/2017.
Fonte: Elaboração própria. *Municípios da BTS (exceto Salvador) referem-se aos municípios contemplados pelo Estudo de Demanda Turística do PRODETUR/BA, quais sejam, Cachoeira, Itaparica/Vera Cruz, Jaguaripe, Maragojipe, Salinas da Margarida, São Francisco do Conde.
Distribuindo o fluxo de visitantes pelos municípios da região da BTS constata-se que
ele é diferenciado, tendo alguns municípios com um fluxo expressivo, caso de
Itaparica/Vera Cruz, enquanto outros têm baixa participação, como é o caso de São
Francisco do Conde, como mostra a tabela abaixo.
0
50.000
100.000
150.000
200.000
250.000
300.000
350.000
400.000
450.000
500.000
jan/16 fev/16 mar/16 abr/16 mai/16 jun/16 jul/16 ago/16 set/16 out/16 nov/16 dez/16 jan/17
Salvador Municípios da BTS exceto Salvador
97
Tabela 38 - Fluxo total de visitantes da região da BTS – 2016.
Visitantes Turistas Excursionistas
Salvador 4.495.339 3.555.330 940.009
Demais Municípios da Baía de Todos-os-Santos*
1.702.226 1.142.687 559.539
Cachoeira 119.910 80.494 39.416
Itaparica / Vera Cruz 957.827 642.979 314.847
Maragojipe 328.350 220.418 107.932
Salinas da Margarida 138.614 93.050 45.564
São Francisco do Conde 30.549 20.507 10.042
Jaguaripe 126.976 85.238 41.738
Total 6.197.565 4.698.017 1.499.548
Fonte: Elaboração própria. Municípios da BTS (exceto Salvador) referem-se aos municípios contemplados pelo Estudo de Demanda Turística do PRODETUR/BA, quais sejam, Cachoeira, Itaparica/Vera Cruz, Jaguaripe, Maragojipe, Salinas da Margarida, São Francisco do Conde.
Com os dados do fluxo de visitantes dos municípios estimados acima e as
informações levantadas durante a pesquisa de demanda foi possível projetar a
demanda efetiva do turismo náutico e cultural da região da Baía de Todos-os-Santos e
seu Market Share, em relação ao total de visitantes da região.
Segundo as estimativas, a demanda turística total da região da BTS em 2016 foi de
6.197.565 visitantes, sendo 4.698.017 de turistas e 559.539 de excursionistas. Desse
total de visitantes, Salvador, recebeu 4.495.339, sendo 3.555.330 de turistas e
940.009 de excursionistas e os Demais Municípios da BTS receberam 1.702.226 de
visitantes, com 1.142.687 de turistas e 559.539 de excursionistas.
Por outro lado, segundo os dados da pesquisa, do total de visitantes de Salvador,
66,89% foram por motivação cultural e 1,37% foi por motivação náutica. Em relação
aos demais municípios da BTS, a pesquisa constatou que o fluxo de turistas por
motivação cultural foi de 33,09% e por motivo náutico, de 7,26%, como mostra a
tabela 39.
98
Tabela 39 - Participação do Turismo Cultural e Náutico no Total de visitantes.
Fonte Elaboração Própria.
Obs.: Municípios da BTS (exceto Salvador) referem-se aos municípios contemplados pelo Estudo de Demanda Turística do PRODETUR/BA, quais sejam, Cachoeira, Itaparica/Vera Cruz, Jaguaripe, Maragojipe, Salinas da Margarida, São Francisco do Conde.
Assim, com as informações do total de visitantes (turistas e excursionistas) para
Salvador e os demais municípios da BTS e a participação dos visitantes por motivação
cultural e náutico, apresentado na tabela 38 foi possível estimar o fluxo de visitantes
para as motivações supracitadas, apresentados na tabela 40.
Tabela 40 - Fluxo de visitantes por motivação cultural e náutica na BTS - Jan/ 2016 a Jan/2017.
Motivação Demais Municípios Salvador
Total de Visitantes
Visitantes Excursionistas Turistas Visitantes Excursionistas Turistas
Cultural 563.291 185.159 378.132 3.006.765 628.737 2.378.028 3.570.056
Náutico 123.529 40.605 82.924 61.809 12.925 48.885 185.338
Total 686.820 225.764 461.056 3.068.574 641.662 2.426.913 3.755.394
Fonte: Elaboração própria
Obs.: No caso dos excursionistas de Salvador utilizou-se a proporção de cultural e náutico dos turistas entrevistados como proxy, uma vez que o levantamento de informações neste município não incluiu este tipo de visitante.
No caso de Salvador, o número de visitantes por motivação cultural representa
66,89%, como mostra a tabela 41 utilizando a mesma racionalidade foi possível
calcular o fluxo por motivação náutica.
Para calcular o fluxo de visitantes cultural e náutico para os demais municípios da
BTS, também foi utilizado o mesmo procedimento. No caso do número de visitantes
por motivação cultural, representa 33,09% do total de visitantes de 1.702.226.
Analisando a distribuição do fluxo de visitantes pelo recorte nacional e internacional,
na tabela 41, é possível constatar que há uma predominância do turismo doméstico
em relação ao turismo internacional. Utilizando as estimativas de demanda para a
região e os percentuais de distribuição do fluxo aferidos na pesquisa de demanda,
Cultural Náutico
Salvador 66,89% 1,37%
Demais Municípios BTS 33,09% 7,26%
99
Salvador contou com a participação de 83,8% de visitantes nacionais e 16,2% de
internacionais e, no caso dos Demais Municípios da BTS analisados na pesquisa,
encontrou-se 89,8% nacionais e 10,2% internacionais.
Tabela 41 – Fluxo total de visitantes para a Região BTS por origem.
Total de Visitantes Nacionais Internacionais
Salvador 4.495.339 3.767.094 728.245
Demais Municípios da BTS analisados*
1.702.226 1.528.599 173.627
Total 6.197.565 5.295.693 901.872 Fonte: Elaboração própria. *Municípios da BTS (exceto Salvador) referem-se aos municípios contemplados pelo Estudo de Demanda Turística do PRODETUR/BA, quais sejam, Cachoeira, Itaparica/Vera Cruz, Jaguaripe, Maragojipe, Salinas da Margarida, São Francisco do Conde.
3.2. Caracterização do turismo náutico e cultural na Baía de Todos-os-Santos
Devido às diferenças no perfil dos visitantes de Salvador e dos visitantes dos demais
municípios da região da Baía de Todos-os-Santos, os resultados serão apresentados
por tipo de informação (Perfil socioeconômico, procedência, forma de organização da
viagem, atrativos visitados, avaliação dos serviços, entre outros), separando os dados
de Salvador dos demais municípios da região que será denominado de “municípios da
BTS exceto Salvador”. Assim, na sequência são apresentados os resultados do perfil
dos turistas por motivação cultural e náutica, as características das suas viagens,
permanência média e gastos, além das suas avaliações dos destinos visitados.
3.2.1. Procedência dos Visitantes
Quando se analisa a procedência dos visitantes por motivação, cultural e náutico, a
maioria está relacionada ao turismo doméstico, que representa 83,8%, no caso de
Salvador e, 89,8%, nos outros municípios da BTS contemplados na pesquisa.
100
0,0%
20,0%
40,0%
60,0%
80,0%
100,0%
Cultural eNáutico
Cultural Náutico
89,8% 89,1% 93,2%
10,2% 10,9% 6,8%
Demais Municípios BTS (exceto Salvador)
Domésticos Internacionais
0,0%
10,0%
20,0%
30,0%
40,0%
50,0%
60,0%
70,0%
80,0%
90,0%
100,0%
Cultural eNáutico
Cultural Náutico
83,8% 84,0% 77,1%
16,2% 16,0% 22,9%
Salvador
Domésticos Internacionais
Fonte: Elaboração própria
*Municípios da BTS (exceto Salvador) referem-se aos municípios contemplados pelo Estudo de Demanda Turística do PRODETUR/BA, quais sejam, Cachoeira, Itaparica/Vera Cruz, Jaguaripe, Maragojipe, Salinas da Margarida, São Francisco do Conde
3.2.1.1. País de residência dos visitantes internacionais
A Argentina constitui-se como principal emissora de turistas internacionais à região da
BTS, representando, no caso de Salvador, 58,6% do total dos turistas por motivação
cultural e 54,5% do total dos turistas por motivo náutico. No caso dos demais
municípios, o resultado foi semelhante, com a Argentina representando 56% do total
dos visitantes por motivação cultural, mas, dividindo a segunda colocação com a
Alemanha e os Estados Unidos, ambos com 33,3%, dos turistas por motivo náutico.
Apesar das participações expressivas dos Estados Unidos, no caso de Salvador, e
Estados Unidos e Alemanha no caso dos demais municípios da BTS, exceto Salvador,
não houve quaisquer circunstâncias específicas que pudessem explicar tais
participações, tendo sido parte da coleta aleatória simples.
Gráfico 10 - Procedência dos Visitantes.
101
Gráfico 12 País de residência dos visitantes internacionais demais municípios da BTS* (exceto Salvador)*
Gráfico 11 - País de residência dos visitantes internacionais em Salvador
Fonte: Elaboração própria. *Municípios da BTS (exceto Salvador) referem-se aos municípios contemplados pelo Estudo de Demanda Turística do PRODETUR/BA, quais sejam, Cachoeira, Itaparica/Vera Cruz, Jaguaripe, Maragojipe, Salinas da Margarida, São Francisco do Conde.
0,0%
10,0%
20,0%
30,0%
40,0%
50,0%
60,0%
Argentina Paraguai Italia Alemanha
56,0%
8,0% 8,0% 8,0% 8,0% 8,0%
0,0%4,0%
33,3% 33,3%
0,0% 0,0% 0,0% 0,0%
33,3%
0,0%
Municípios da BTS (exceto Salvador)
Cultural
Náutico
0,0%
10,0%
20,0%
30,0%
40,0%
50,0%
60,0%
70,0%
58,6%
6,5% 4,3% 4,0% 3,5% 3,8% 2,7% 3,2% 3,0% 2,2% 1,6% 0,3%
6,5%
54,5%
9,1%
27,3%
0,0%
Salvador
Cultural Náutico
102
3.2.1.2. Estado de residência dos visitantes domésticos
Os dados da pesquisa revelaram que o estado de São Paulo é o principal emissor de
turistas por motivação, cultural e náutica, para Salvador, representando 18,9% do total
seguido por Rio de Janeiro (15%), Bahia (13%) e Minas Gerais (9,1%). Observa-se que a
região Sudeste com aproximadamente 45,1% é a maior emissora de turistas por motivação,
cultural e náutica, para Salvador. Diferente do que em geral é registrado nas pesquisas da
demanda turística da Bahia, o Nordeste representa o segundo emissor de visitantes, com
33,4% do total.
Tabela 42 - Procedência dos visitantes de Salvador, por motivações cultural e náutica, por Estado.
Estados de procedência
Total Cultural Náutico
São Paulo 18,9% 18,9% 18,9%
Rio de Janeiro 15,0% 15,0% 13,5%
Bahia 13,0% 13,1% 5,4%
Minas Gerais 9,1% 9,0% 10,8%
Pernambuco 7,0% 7,1% 2,7%
Distrito Federal 5,1% 5,1% 5,4%
Ceará 4,3% 4,4% 2,7%
Paraná 3,9% 4,0% 2,7%
Sergipe 3,4% 3,3% 5,4%
Alagoas 2,6% 2,6% 5,4%
Santa Catarina 2,5% 2,5% 5,4%
Rio Grande do Sul 2,3% 2,3% 0,0%
Goiás 2,2% 2,3% 0,0%
Espirito Santo 2,1% 2,0% 8,1%
Rio Grande do Norte 1,8% 1,7% 5,4%
Mato Grosso do Sul 1,3% 1,3% 0,0%
Paraíba 1,3% 1,3% 0,0%
Outros 4,2% 4,2% 8,1% Fonte: Elaboração própria.
Nos Demais Municípios da região da BTS, a Bahia, com 56,7% representa o principal
emissor de turistas por motivações, cultural e náutico. Na sequência vem São Paulo
(14,2%), Rio de Janeiro (5,3%), Minas Gerais (4%) e Distrito Federal (4%).
103
Tabela 43 - Procedência dos visitantes - Municípios BTS* (exceto Salvador).
Estados de procedência Total Cultural Náutico
Bahia 56,7% 57,3% 53,7%
São Paulo 14,2% 15,0% 9,8%
Rio de Janeiro 5,3% 4,4% 9,8%
Minas Gerais 4,0% 3,9% 4,9%
Distrito Federal 4,0% 3,9% 4,9%
Alagoas 2,8% 3,4% 0,0%
Sergipe 2,8% 2,4% 4,9%
Pernambuco 2,4% 1,9% 4,9%
Goiás 1,2% 1,0% 2,4%
Mato Grosso do Sul 1,2% 1,0% 2,4%
Rio Grande do Sul 1,2% 1,5% 0,0%
Outros 4,0% 4,4% 2,4% Fonte: Elaboração Própria. *Municípios da BTS (exceto Salvador) referem-se aos municípios contemplados pelo Estudo de Demanda Turística do PRODETUR/BA, quais sejam, Cachoeira, Itaparica/Vera Cruz, Jaguaripe, Maragojipe, Salinas da Margarida, São Francisco do Conde.
3.2.2. Perfil socioeconômico e psicográfico dos visitantes
3.2.2.1. Sexo
Tanto para o turismo cultural como para o turismo náutico predomina-se o gênero feminino
no fluxo de visitantes para Salvador e para os Demais Municípios da região da BTS.
Observa-se que no caso de Salvador, 58,0% dos visitantes por motivação cultural eram de
gênero feminino e 42,0% masculino. O resultado é semelhante para os visitantes por motivo
náutico, sendo 56,0% feminino e 44,0% masculino.
Analisando os dados da pesquisa nos demais municípios da BTS, observa-se que, 53,0%
dos visitantes por motivação cultural são de gênero feminino e 47,0%, masculino. Entre os
visitantes por motivo náutico, 52,0% eram de gênero feminino e 48,0% masculino.
104
42%
44%
46%
48%
50%
52%
54%
Cultural Náutico
53%52%
47%48%
Municípios da BTS (exceto Salvador)
Feminino Masculino
Gráfico 13 - Sexo dos visitantes
Fonte: Elaboração própria. *Municípios da BTS (exceto Salvador) referem-se aos municípios contemplados pelo Estudo de Demanda Turística do PRODETUR/BA, quais sejam, Cachoeira, Itaparica/Vera Cruz, Jaguaripe, Maragojipe, Salinas da Margarida, São Francisco do Conde.
3.2.2.2. Faixa Etária
Entre os turistas que visitaram Salvador por motivação cultural e náutica predomina a faixa
etária entre 32 a 40 anos, com 26,3%, seguida pela faixa etária entre 41 a 55 anos (25,1%)
e, entre 25 a 31 anos (23,7%). Como mostram os dados da tabela abaixo, a distribuição do
turista cultural por faixa etária é semelhante a distribuição do total dos turistas por motivação
cultural e náutica. No entanto, no caso do turista por motivo náutico há uma predominância
maior da faixa etária entre 32 a 40 anos (40,4%).
Tabela 44 - Faixa etária dos visitantes de Salvador, por motivação cultural e náutica.
Faixa Etária Total Cultural Náutico
18 a 24 13,1% 13,1% 12,8%
25 a 31 23,7% 23,5% 29,8%
32 a 40 26,3% 26,0% 40,4%
41 a 55 25,1% 25,5% 4,3%
56 a 59 4,8% 4,8% 6,4%
60 ou mais 7,0% 7,0% 6,4%
Fonte: Elaboração própria
Entre os visitantes dos demais municípios da BTS por motivação, cultural e náutica,
predomina a faixa etária entre 41 a 55 anos (31,4%). Na sequência, a faixa etária entre 25 a
31 anos, representando 22,7% e, entre 32 a 40 anos com 22,4%. Quando avaliado de forma
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
Cultural Náutico
58% 56%
42% 44%
Salvador
Feminino Masculino
105
separada a distribuição, tanto dos visitantes por motivação cultural como por motivo náutico,
é bastante semelhante ao resultado do total, como mostra a tabela abaixo.
Tabela 45 - Faixa etária - Municípios BTS* (exceto Salvador).
Faixa Etária Total Cultural Náutico
18 a 24 8,7% 9,0% 6,8%
25 a 31 22,7% 20,6% 34,1%
32 a 40 22,4% 21,9% 25,0%
41 a 55 31,4% 33,0% 22,7%
56 a 59 7,9% 8,2% 6,8%
60 ou mais 6,9% 7,3% 4,5%
Fonte: Elaboração própria
*Municípios da BTS (exceto Salvador) referem-se aos municípios contemplados pelo Estudo de Demanda Turística do PRODETUR/BA, quais sejam, Cachoeira, Itaparica/Vera Cruz, Jaguaripe, Maragojipe, Salinas da Margarida, São Francisco do Conde
Gráfico 14 - Faixa etária dos turistas de Salvador, por motivação cultural e náutica
Fonte: Elaboração Própria.
0,0%
5,0%
10,0%
15,0%
20,0%
25,0%
30,0%
35,0%
40,0%
45,0%
18 a 24 25 a 31 32 a 40 41 a 55 56 a 59 60 ou mais
13,1%
23,5%26,0% 25,5%
4,8%7,0%
12,8%
29,8%
40,4%
4,3%6,4% 6,4%
Salvador
Cultural Náutico
106
Gráfico 15 - Faixa etária - Municípios BTS (exceto Salvador)
Fonte: Elaboração própria. *Municípios da BTS (exceto Salvador) referem-se aos municípios contemplados pelo Estudo de Demanda Turística do PRODETUR/BA, quais sejam, Cachoeira, Itaparica/Vera Cruz, Jaguaripe, Maragojipe, Salinas da Margarida, São Francisco do Conde.
3.2.2.3. Nível de Instrução
Dentre o total de turistas por motivação cultural e náutica de Salvador, destacam-se aqueles
que possuem curso superior completo (45,9%), seguido por aqueles com a pós-graduação
completa (22%). Quando analisadas de forma separada, o turista por motivação cultural tem
grau de instrução semelhante ao turista por motivação náutica.
Tabela 46 - Grau de instrução dos turistas de Salvador, por motivação cultural e náutica.
Grau de Instrução Total Cultural Náutico
Ensino fundamental incompleto 0,3% 0,3% 0,0%
Ensino fundamental completo 1,7% 1,7% 2,1%
Ensino médio incompleto 1,3% 1,3% 0,0%
Ensino médio completo 14,5% 14,3% 23,4%
Superior incompleto 14,3% 14,2% 17,0%
Superior completo 45,9% 45,9% 44,7%
Pós-graduação completo 22,0% 22,2% 12,8%
Fonte: Elaboração Própria
Analisando os dados da pesquisa nos Demais Municípios da BTS contatou-se que, entre os
visitantes por motivação cultural e náutica, destacaram-se também aqueles que possuem
curso superior completo (36,2%), seguido por aqueles com a pós-graduação completa
0,0%
5,0%
10,0%
15,0%
20,0%
25,0%
30,0%
35,0%
18 a 24 25 a 31 32 a 40 41 a 55 56 a 59 60 ou mais
9,0%
20,6%21,9%
33,0%
8,2% 7,3%6,8%
34,1%
25,0%22,7%
6,8%4,5%
Municípios da BTS (exceto Salvador)
Cultural Náutico
107
(18,5%). Como no caso de Salvador, o visitante por motivação cultural tem um nível de
instrução semelhante ao turista por motivo náutico.
Tabela 47 - Grau de instrução - Municípios da BTS* (exceto Salvador).
Grau de Instrução Total Cultural Náutico
Ensino fundamental incompleto 0,4% 0,4% 0,0%
Ensino fundamental completo 2,5% 3,0% 0,0%
Ensino médio incompleto 4,0% 3,9% 4,5%
Ensino médio completo 22,1% 21,1% 27,3%
Superior incompleto 15,9% 15,9% 15,9%
Superior completo 36,2% 37,9% 27,3%
Pós-graduação completo 18,5% 17,2% 25,0%
Fonte: Elaboração própria *Municípios da BTS (exceto Salvador) referem-se aos municípios contemplados pelo Estudo de Demanda Turística do PRODETUR/BA, quais sejam, Cachoeira, Itaparica/Vera Cruz, Jaguaripe, Maragojipe, Salinas da Margarida, São Francisco do Conde
Gráfico 16 - Grau de instrução - Salvador
Fonte: Elaboração própria.
0,0% 10,0% 20,0% 30,0% 40,0% 50,0%
Ensino fundamental incompleto
Ensino fundamental completo
Ensino médio incompleto
Ensino médio completo
Superior incompleto
Superior completo
Pós-graduação completo
0,3%
1,7%
1,3%
14,3%
14,2%
45,9%
22,2%
0,0%
2,1%
0,0%
23,4%
17,0%
44,7%
12,8%
Salvador
Náutico Cultural
108
Gráfico 17 - Grau de instrução - Municípios da BTS (exceto Salvador)
Fonte: Elaboração Própria.
3.2.2.4. Ocupação Profissional
Entre os turistas que visitaram Salvador por motivação cultural e náutica predomina o
assalariado com 41,2%, seguido do profissional liberal e autônomo, ambos com 14,8%.
Quando analisados de forma separada, os turistas por motivação cultural têm uma estrutura
de ocupação profissional semelhante ao dos turistas por motivo náutico, como mostra a
tabela abaixo.
Tabela 48 - Ocupação profissional - Salvador.
Ocupação profissional Total Cultural Náutico
Assalariado 41,2% 41,2% 42,6%
Autônomo 14,8% 14,8% 14,9%
Empresário 6,5% 6,4% 8,5%
Profissional Liberal 14,8% 14,9% 8,5%
Aposentado 6,3% 6,3% 8,5%
Estudante 10,2% 10,1% 14,9%
Do lar 1,3% 1,3% 2,1%
Outros 4,9% 5,0% 0,0%
Fonte: Elaboração própria
Dentre o total de visitantes dos demais municípios da região da BTS por motivação, cultural
e náutica, predomina o assalariado com 39,3%, seguido do autônomo (20,2%) e profissional
liberal (12,9%). Analisando os dados dos visitantes por motivação cultural contata-se que a
0% 5% 10% 15% 20% 25% 30% 35% 40%
Ensino fundamental incompleto
Ensino fundamental completo
Ensino médio incompleto
Ensino médio completo
Superior incompleto
Superior completo
Pós-graduação completo
0,4%
3,0%
3,9%
21,1%
15,9%
37,9%
17,2%
0,0%
0,0%
4,5%
27,3%
15,9%
27,3%
25,0%
Municípios da BTS (exceto Salvador)
Náutico Cultural
109
distribuição da ocupação é semelhante ao dos visitantes por motivo náutico, como mostra a
tabela abaixo.
Tabela 49 - Ocupação profissional - Municípios BTS* (exceto Salvador).
Ocupação profissional Total Cultural Náutico
Assalariado 39,3% 39,0% 40,9%
Autônomo 20,2% 21,1% 15,9%
Empresário 10,7% 11,8% 4,5%
Profissional Liberal 12,9% 11,8% 18,2%
Aposentado 5,1% 5,3% 4,5%
Estudante 7,0% 6,1% 11,4%
Do lar 1,1% 1,3% 0,0%
Outros 3,7% 3,5% 4,5%
Fonte: Elaboração própria *Municípios da BTS (exceto Salvador) referem-se aos municípios contemplados pelo Estudo de Demanda Turística do PRODETUR/BA, quais sejam, Cachoeira, Itaparica/Vera Cruz, Jaguaripe, Maragojipe, Salinas da Margarida, São Francisco do Conde
Gráfico 18 - Ocupação profissional - Salvador
Fonte: Elaboração Própria
0,0% 5,0% 10,0% 15,0% 20,0% 25,0% 30,0% 35,0% 40,0% 45,0%
Assalariado
Autônomo
Empresário
Profissional Liberal
Aposentado
Estudante
Do lar
Outros
41,2%
14,8%
6,4%
14,9%
6,3%
10,1%
1,3%
5,0%
42,6%
14,9%
8,5%
8,5%
8,5%
14,9%
2,1%
0,0%
Salvador
Náutico Cultural
110
Gráfico 19 - Ocupação profissional - Municípios da BTS* (exceto Salvador)
Fonte: Elaboração Própria *Municípios da BTS (exceto Salvador) referem-se aos municípios contemplados pelo Estudo de
Demanda Turística do PRODETUR/BA, quais sejam, Cachoeira, Itaparica/Vera Cruz, Jaguaripe, Maragojipe, Salinas da Margarida, São Francisco do Conde
3.2.2.5. Estado Civil
Entre os turistas que visitaram Salvador por motivação cultural e náutica, 46% eram solteiros
e 44,5% casados. No caso dos visitantes por motivação cultural, 45,8% informaram que
eram solteiros e 44,8%, casados. O resultado para os visitantes por motivação náutica foi
um pouco diferente, com 60,9% indicando que eram solteiros e 32,6%, casados.
Tabela 50 - Estado civil, por motivação cultural e náutica - Salvador.
Estado Civil Total Cultural Náutico
Solteiro 46,0% 45,8% 60,9%
Casado 44,5% 44,8% 32,6%
Viúvo 2,4% 2,4% 0,0%
Divorciado / Separado 6,3% 6,3% 6,5%
Outros 0,8% 0,8% 0,0%
Fonte: Elaboração própria
Dentre o total de visitantes dos demais municípios da BTS, exceto Salvador, por motivação
cultural e náutica, 50,4% eram casados e 40,1% solteiros. A participação dos turistas que
0% 5% 10% 15% 20% 25% 30% 35% 40% 45%
Assalariado
Autônomo
Empresário
Profissional Liberal
Aposentado
Estudante
Do lar
Outros
39,0%
21,1%
11,8%
11,8%
5,3%
6,1%
1,3%
3,5%
40,9%
15,9%
4,5%
18,2%
4,5%
11,4%
0,0%
4,5%
Municípios da BTS (exceto Salvador)
Náutico Cultural
111
declararam ser solteiros ou casados é semelhante para os visitantes por motivação cultural
e por motivo náutico.
Tabela 51 - Estado civil - Municípios da BTS* (exceto Salvador).
Estado civil Total Cultural Náutico
Solteiro 40,1% 40,0% 40,9%
Casado 50,4% 50,0% 52,3%
Viuvo 2,6% 3,0% 0,0%
Divorciado / Separado 6,2% 6,5% 4,5%
Outros 0,7% 0,4% 2,3%
Fonte: Elaboração própria *Municípios da BTS (exceto Salvador) referem-se aos municípios contemplados pelo Estudo de Demanda Turística do PRODETUR/BA, quais sejam, Cachoeira, Itaparica/Vera Cruz, Jaguaripe, Maragojipe, Salinas da Margarida, São Francisco do Conde.
Gráfico 20 - Estado Civil - Salvador
Fonte: Elaboração Própria.
0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70%
Solteiro
Casado
Viúvo
Divorciado / Separado
Outros
45,8%
44,8%
2,4%
6,3%
0,8%
60,9%
32,6%
0,0%
6,5%
0,0%
Salvador
Náutico Cultural
112
Gráfico 21 - Estado civil - Municípios da BTS* (exceto Salvador)
Fonte: Elaboração própria.
*Municípios da BTS (exceto Salvador) referem-se aos municípios contemplados pelo Estudo de Demanda Turística do PRODETUR/BA, quais sejam, Cachoeira, Itaparica/Vera Cruz, Jaguaripe, Maragojipe, Salinas da Margarida, São Francisco do Conde.
3.2.2.6. Nível de renda
A renda média mensal dos turistas que visitaram Salvador por motivação cultural e náutica é
de R$ 9.235,40. Dentre o total de turistas, 30,6% declararam ter renda mensal entre R$
4.400,00 e R$ 8.800,00. Analisando os dados da pesquisa constatou-se que os turistas por
motivação cultural apresentaram uma renda média de R$ 9.257,80, superior aos R$
7.997,40 dos turistas por motivo náutico. Entre os turistas por motivação cultural, 30,7%
declaram ter uma renda entre R$ 4.400,00 e R$ 8.800,00 e 21,1%, indicaram renda média
mensal entre R$ 2.640,00 e R$ 4.400,00.
Por outro lado, entre os turistas por motivo náutico, 26,3% declaram ter uma renda entre R$
4.400,0 e R$ 8.800,0; 18,4% indicaram uma renda inferior R$ 2.640,0 e, 18,4% entre
R$8.800,0 e R$ 13.200,00.
0% 10% 20% 30% 40% 50% 60%
Solteiro
Casado
Viúvo
Divorciado / Separado
Outros
40,0%
50,0%
3,0%
6,5%
0,4%
40,9%
52,3%
0,0%
4,5%
2,3%
Municípios da BTS (exceto Salvador)
Náutico Cultural
113
Tabela 52 - Nível de renda - Salvador.
Nível de renda Total Cultural Náutico
Até R$ 2.640,00 16,0% 15,9% 18,4%
R$ 2.640,00 a R$ 4.400,00 21,1% 21,2% 15,8%
R$ 4.400,00 a R$ 8.800,00 30,6% 30,7% 26,3%
R$ 8.800,00 a R$ 13.200,00 16,7% 16,6% 18,4%
R$ 13.200,00 a R$ 17.600,00 6,8% 6,7% 15,8%
R$ 17.600,00 a R$ 22.000,00 5,1% 5,1% 5,3%
Mais de R$ 22.000,00 3,7% 3,8% 0,0%
Renda Média R$ 9.235,4 R$ 9.257,8 R$ 7.997,4
Fonte: Elaboração própria
A renda média mensal dos visitantes dos demais municípios da região, exceto Salvador, por
motivação cultural e náutica é de R$ 5.314,30. Analisando os dados da pesquisa, constatou-
se que 34,3% declaram ter uma renda inferior a R$ 2.640,00 e 24,1% entre R$ 4.400,00 e
R$ 8.800,00. Os visitantes por motivação cultural apresentaram uma renda média de R$
5.214,40, um pouco inferior aos R$ 5.806,90 dos turistas por motivação náutica. Entre os
visitantes por motivação cultural, 37,6% declaram ter uma renda inferior a R$ 2.640,00 e
21%, indicaram renda média entre R$ 4.400,00 e R$ 8.800,00. Entre os visitantes por
motivo náutico, 40% declaram uma renda entre R$ 4.400,00 e R$ 8.800,00 e, 20% entre R$
2.640,00 e R$ 4.400,00.
Tabela 53 - Nível de renda - Municípios da BTS* (exceto Salvador).
Nível de Renda Total Cultural Náutico
Até R$ 2.640,00 34,3% 37,6% 17,1%
R$ 2.640,00 a R$ 4.400,00 19,9% 19,9% 20,0%
R$ 4.400,00 a R$ 8.800,00 24,1% 21,0% 40,0%
R$ 8.800,00 a R$ 13.200,00 9,7% 9,4% 11,4%
R$ 13.200,00 a R$ 17.600,00 3,7% 3,9% 2,9%
R$ 17.600,00 a R$ 22.000,00 6,5% 6,1% 8,6%
Mais de R$ 22.000,00 1,9% 2,2% 0,0%
Renda Média R$ 5.314,30 R$ 5.214,40 R$ 5.806,90
Fonte: Elaboração própria
*Municípios da BTS (exceto Salvador) referem-se aos municípios contemplados pelo Estudo de Demanda Turística do PRODETUR/BA, quais sejam, Cachoeira, Itaparica/Vera Cruz, Jaguaripe, Maragojipe, Salinas da Margarida, São Francisco do Conde
114
Gráfico 22 - Nível de renda – Salvador
Fonte: Elaboração própria.
Gráfico 23 - Nível de renda - Municípios da BTS* (exceto Salvador)
Fonte: Elaboração própria.
*Municípios da BTS (exceto Salvador) referem-se aos municípios contemplados pelo Estudo de Demanda Turística do PRODETUR/BA, quais sejam, Cachoeira, Itaparica/Vera Cruz, Jaguaripe, Maragojipe, Salinas da Margarida, São Francisco do Conde.
0,0% 5,0% 10,0% 15,0% 20,0% 25,0% 30,0% 35,0%
Até R$ 2.640
R$ 2.640 a R$ 4.400
R$ 4.400 a R$ 8.800
R$ 8.800 a R$ 13.200
R$ 13.200 a R$ 17.600
R$ 17.600 a R$ 22.000
Mais de R$ 22.000
15,9%
21,2%
30,7%
16,6%
6,7%
5,1%
3,8%
18,4%
15,8%
26,3%
18,4%
15,8%
5,3%
0,0%
Salvador
Náutico Cultural
0,0% 5,0% 10,0% 15,0% 20,0% 25,0% 30,0% 35,0% 40,0%
Até R$ 2.640
R$ 2.640 a R$ 4.400
R$ 4.400 a R$ 8.800
R$ 8.800 a R$ 13.200
R$ 13.200 a R$ 17.600
R$ 17.600 a R$ 22.000
Mais de R$ 22.000
37,6%
19,9%
21,0%
9,4%
3,9%
6,1%
2,2%
17,1%
20,0%
40,0%
11,4%
2,9%
8,6%
0,0%
Municípios da BTS (exceto Salvador)
Náutico Cultural
115
3.2.3. Características e informações sobre as viagens
3.2.3.1. Motivações da viagem
Com a possibilidade de múltipla resposta, os turistas entrevistados em Salvador indicaram
entre os motivos da viagem, cultura, musica e culinária (84,4%), natureza, ecoturismo e
aventura (36,5%) e lazer, férias e recreação (35,3%). No caso dos turistas domésticos, a
indicação de motivações culturais (cultura, música, culinária,...) foi mais expressiva (97,6%)
em relação aos turistas internacionais com 66,9% de indicação da mesma motivação.
Tabela 54 - - Motivações da viagem dos turistas domésticos e internacionais - Salvador.
Salvador
Motivações Total Doméstico Internacional
Culturais (cultura, música, culinária,...) 84,4% 97,6% 66,9%
Natureza, ecoturismo e aventura 36,5% 32,4% 41,8%
Outras atividades de lazer, férias ou recreação.
35,3% 31,9% 39,9%
Sol e praia 29,0% 26,1% 32,9%
Visitar parentes e amigos 26,0% 17,2% 37,5%
Atividades náuticas em embarcações 8,4% 10,0% 6,2%
Negócios e/ou motivos profissionais e/ou estudo
3,8% 1,4% 7,0%
Atividades náuticas de esporte e/ou lazer
3,0% 2,7% 3,4%
Tripulações de avião e de navios 2,3% 1,5% 3,3%
Cruzeiros 1,6% 0,5% 3,2%
Outros 1,2% 0,8% 1,7%
Tratamento de saúde 1,1% 0,3% 2,1%
Fonte: Elaboração própria
Obs.: Esta é uma questão de múltiplas respostas, de forma que o somatório dos percentuais pode ser superior a 100%.
Em relação aos visitantes dos demais municípios da BTS, a maioria indicou cultura, música
e culinária (51,4%), mas a motivação sol e praia vem na sequência com 44,6% de
indicações. Além disso, 35,8% indicaram a motivação lazer, férias ou recreação e 33,2%,
natureza, ecoturismo e aventura. A motivação cultura, musica e culinária foi indicada por
116
86,8% dos turistas domésticos, enquanto que, somente 26,7% dos turistas internacionais
indicaram essa mesma motivação da viagem.
Tabela 55 - Motivações da viagem dos visitantes domésticos e internacionais - Municípios da BTS (exceto
Salvador)
Municípios da BTS (exceto Salvador)*
Motivações Total Doméstico Internacional
Culturais (cultura, música, culinária...) 51,4% 86,8% 26,7%
Sol e praia 44,6% 10,7% 27,4%
Outras atividades de lazer, ferias ou recreação.
35,8% 14,9% 22,6%
Natureza, ecoturismo e aventura 33,2% 15,7% 19,9%
Visitar parentes e amigos. 24,2% 16,5% 19,9%
Atividades náuticas em embarcações 16,8% 17,4% 6,2%
Negócios e/ou motivos profissionais e/ou estudo
8,3% 7,4% 26,0%
Atividades náuticas de esporte e/ou lazer
8,7% 4,1% 2,1%
Outros 3,2% 5,8% 7,5%
Tripulações 1,2% 0,0% 0,7%
Cruzeiros 0,6% 0,0% 1,4%
Saúde 0,3% 0,0% 0,0%
Fonte: Elaboração própria
Obs.: Esta é uma questão de múltiplas respostas, de forma que o somatório dos percentuais pode ser superior a 100%.
*Municípios da BTS (exceto Salvador) referem-se aos municípios contemplados pelo Estudo de Demanda Turística do PRODETUR/BA, quais sejam, Cachoeira, Itaparica/Vera Cruz, Jaguaripe, Maragojipe, Salinas da Margarida, São Francisco do Conde.
117
Gráfico 24 - Motivações da viagem dos turistas domésticos internacionais - Salvador
Fonte: Elaboração própria
Gráfico 25 - Motivações da viagem dos visitantes domésticos e internacionais - Municípios da BTS
(exceto Salvador)*
Fonte: Elaboração própria
0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90%100%
Culturais (cultura, música, culinaria,...)
Natureza, ecoturismo e aventura
Outras atividades de lazer, ferias ou recreação.
Sol e praia
Visitar parentes e amigos
Atividades náuticas em embarcações
Negocios e/ou motivos profissionais e/ou…
Atividades náuticas de esporte e/ou lazer
Tripulaçãos de avião e de navios
Cruzeiros
Outros
Tratamento de saúde
97,6%32,4%
31,9%
26,1%
17,2%
10,0%
1,4%
2,7%
1,5%
0,5%
0,8%
0,3%
66,9%
41,8%
39,9%
32,9%
37,5%
6,2%
7,0%
3,4%
3,3%
3,2%
1,7%
2,1%
Internacional Doméstico
0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90%
Culturais (cultura, música, culinária...)
Sol e praia
Outras atividades de lazer, ferias ou recreação.
Natureza, ecoturismo e aventura
Visitar parentes e amigos.
Atividades náuticas em embarcações
Negócios e/ou motivos profissionais e/ou estudo
Atividades náuticas de esporte e/ou lazer
Outros
Tripulações
Cruzeiros
Saúde
86,8%10,7%
14,9%
15,7%
16,5%
17,4%
7,4%
4,1%
5,8%
0,0%
0,0%
0,0%
26,7%
27,4%
22,6%
19,9%
19,9%
6,2%
26,0%
2,1%
7,5%
0,7%
1,4%
0,0%
Internacional Doméstico
118
3.2.3.2. Principal Motivação da viagem
Diferente da pergunta anterior, neste caso, o entrevistado apontou o principal motivo da
viagem aos municípios da região da BTS. Esta foi a pergunta filtro final, objetivando a
seleção dos turistas que estavam visitando à região por motivação cultural ou náutica. Por
este motivo não apresentamos, neste item, a abertura para turistas domésticos e
internacional, tendo em vista que apenas há informações computadas para os turistas
náutico e cultural que finalizaram o questionário.
Pela tabela a seguir pode perceber que a maioria dos visitantes (66,9%) que esteve
Salvador apontou que a principal motivação da viagem foi cultural (cultura, música ou
gastronomia, etc.). Em segundo lugar, ficou a motivação visita à casa de amigos e parentes
com 11,7% de assinalações e sol e praia com 9%.
Tabela 56 - Principal motivação da viagem dos visitantes domésticos e internacionais – Salvador x Municípios da
BTS (exceto Salvador)*.
Motivação da Viagem Salvador Municípios da BTS (exceto Salvador)
Culturais (Cultura, música, gastronomia, etc.) 66,9% 33,1%
Visitar parentes e amigos. 11,7% 11,6%
Sol e praia 9,0% 26,6%
Outras atividades de lazer, férias ou recreação. 5,1% 8,9%
Negócios e/ou motivos profissionais e/ou estudo 2,6% 6,1%
Cruzeiro 1,1% 0,1%
Atividades. náuticas em embarcações 0,7% 5,1%
Saúde 0,7% 0,1%
Natureza, ecoturismo e aventura 0,7% 2,9%
Atividades náuticas de esporte e/ou lazer 0,6% 2,2%
Tripulações 0,2% 0,4%
Outros 0,5% 2,9%
Fonte: Elaboração própria. *Municípios da BTS (exceto Salvador) referem-se aos municípios contemplados pelo Estudo de Demanda Turística do PRODETUR/BA, quais sejam, Cachoeira, Itaparica/Vera Cruz, Jaguaripe, Maragojipe, Salinas da Margarida, São Francisco do Conde.
119
Gráfico 26 - Principal motivação da viagem dos visitantes domésticos e internacionais – Salvador e Municípios da BTS (exceto Salvador)
Fonte: Elaboração própria.
*Municípios da BTS (exceto Salvador) referem-se aos municípios contemplados pelo Estudo de Demanda Turística do PRODETUR/BA, quais sejam, Cachoeira, Itaparica/Vera Cruz, Jaguaripe, Maragojipe, Salinas da Margarida, São Francisco do Conde.
3.2.3.3. Forma de organização da viagem
Na questão sobre a organização da viagem, a maioria dos visitantes por motivação cultural
e náutica respondeu que a viagem foi organizada sem pacote e de forma individual. Dentre
os turistas que visitaram Salvador por motivação cultural, 81,0% organizaram a viagem sem
pacote e de forma individual. No caso dos turistas por motivo náutico, 66,7% indicaram
organizar a viagem de forma individual. Em segundo lugar, tanto os turistas por motivação
cultural como por motivo náutico, 17,0% e 29,2%, respectivamente, indicaram recorrer a
agências para organização das viagens.
0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70%
Culturais (Cultura, música, gastronomia, etc.)
Visitar parentes e amigos.
Sol e praia
Outras atividades de lazer, férias ou recreação.
Negócios e/ou motivos profissionais e/ou estudo
Cruzeiro
Atividades. náuticas em embarcações
Saúde
Natureza, ecoturismo e aventura
Atividades náuticas de esporte e/ou lazer
Tripulações
Outros
66,9%
11,7%
9,0%
5,1%
2,6%
1,1%
0,7%
0,7%
0,7%
0,6%
0,2%
0,5%
33,1%
11,6%
26,6%
8,9%
6,1%
0,1%
5,1%
0,1%
2,9%
2,2%
0,4%
2,9%
Municípios da BTS (exceto Salvador) Salvador
120
Tabela 57 - Forma de organização da viagem - Salvador.
Organização da viagem Total Cultural Náutico
Foi sem pacote / individual 80,7% 81,0% 66,7%
Agências de viagem 17,2% 17,0% 29,2%
Empresa onde trabalha 0,5% 0,4% 2,1%
Cortesia, prêmio, convite 0,5% 0,5% 0,0%
Outros 1,2% 1,2% 2,1%
Fonte: Elaboração própria
As viagens para os demais municípios da BTS, exceto Salvador, foram na sua maioria
organizadas de forma individual e sem pacote. Avaliando os dados dos visitantes por
motivação cultural, constatou-se que, 81,1% organizaram as suas viagens sem pacote e de
forma individual. No caso dos turistas por motivação náutica, 79,5% indicaram que
organizaram a viagem de forma individual. De forma semelhante aos turistas que visitaram
Salvador, as agências foram responsáveis pela organização de 9,9% dos visitantes por
motivação cultural e 13,6% dos visitantes por motivo náutico.
Tabela 58 - Forma de organização da viagem - Municípios da BTS (exceto Salvador).
Organização da viagem Total Cultural Náutico
Sem pacote / Individual 80,9% 81,1% 79,5%
Agências de viagem 10,5% 9,9% 13,6%
Cortesia, prêmio, convite 2,5% 2,1% 4,5%
Empresa onde trabalha 2,5% 2,6% 2,3%
Outros 3,6% 4,3% 0%
Fonte: Elaboração própria *Municípios da BTS (exceto Salvador) referem-se aos municípios contemplados pelo Estudo de Demanda Turística do PRODETUR/BA, quais sejam, Cachoeira, Itaparica/Vera Cruz, Jaguaripe, Maragojipe, Salinas da Margarida, São Francisco do Conde
121
Gráfico 27 - Forma de organização da viagem - Salvador
Fonte: Elaboração própria
Gráfico 28 - Forma de organização da viagem - Municípios da BTS (exceto Salvador)*
Fonte: Elaboração própria.
*Municípios da BTS (exceto Salvador) referem-se aos municípios contemplados pelo Estudo de Demanda Turística do PRODETUR/BA, quais sejam, Cachoeira, Itaparica/Vera Cruz, Jaguaripe, Maragojipe, Salinas da Margarida, São Francisco do Conde.
0,0% 20,0% 40,0% 60,0% 80,0% 100,0%
Foi sem pacote / individual
Agências de viagem
Empresa onde trabalha
Cortesia, prêmio, convite
Outros
81,0%
17,0%
0,4%
0,5%
1,2%
66,7%
29,2%
2,1%
0,0%
2,1%
Salvador
Náutico Cultural
0,0% 20,0% 40,0% 60,0% 80,0% 100,0%
Sem pacote / Individual
Agências de viagem
Cortesia, prêmio, convite
Empresa onde trabalha
Amigos
Outros
81,1%
9,9%
2,1%
2,6%
1,7%
2,6%
79,5%
13,6%
4,5%
2,3%
0,0%
0,0%
Municípios da BTS (exceto Salvador)
Náutico Cultural
122
3.2.3.4. Fontes de informações utilizadas
Entre as principais fontes de informações utilizadas pelos turistas que visitaram Salvador por
motivação cultural e náutica, destacaram-se internet (46,8%) e parentes e amigos (36,9%).
No caso dos turistas por motivação cultural, a maioria obteve informações a partir de
parentes e amigos (47,1%) e pela internet (36,7%). Em relação aos turistas por motivo
náutico, a internet com 47,9% foi a principal fonte de informação para a organização da
viagem, seguida de parentes e amigos (33,3%).
Tabela 59 - Fontes de informações - Salvador.
Fontes de Informações Total Cultural Náutico
Parentes e amigos 36,9% 47,1% 33,3%
Internet 46,8% 36,7% 47,9%
Agências de viagens 8,8% 3,1% 2,1%
Guias de Turismo 1,0% 1,1% 4,2%
Anúncios, campanhas publicitárias 1,2% 0,9% 2,1%
Artigos em jornais e revistas 0,9% 0,9% 0,0%
Feiras, eventos, congressos 0,5% 0,8% 0,0%
Televisão e/ou rádio 0,8% 0,4% 2,1%
Outros 3,1% 8,8% 8,3%
Fonte: Elaboração própria.
Nos demais municípios da região da BTS, 63,2% indicaram que recorreram a informações
de amigos e parentes para organizar as suas viagens e, 20,9% buscaram informações na
internet. Dentre os visitantes por motivação cultural, 65% utilizaram informações de parentes
e amigos para organizar a viagem e, 18% a internet. No caso dos turistas por motivo
náutico, a internet com 52,3% foi a principal fonte de informação para a organização da
viagem, seguida de parentes e amigos (36,4%).
Tabela 60 - Fontes de informações - Municípios da BTS (exceto Salvador)*.
Fontes de informações Total Cultural Náutico
Parentes e amigos 63,2% 65,2% 52,3%
Internet 20,9% 18,0% 36,4%
Agências de viagens 3,2% 3,9% 0,0%
Guias de Turismo 2,9% 2,1% 6,8%
Anúncios, campanhas publicitarias 2,2% 2,6% 0,0%
Artigos em jornais e revistas 1,8% 2,1% 0,0%
Feiras, eventos, congressos 1,4% 1,7% 0,0%
Televisão e/ou rádio 0,4% 0,4% 0,0%
Outros 4,0% 3,9% 4,5%
Fonte: Elaboração própria. *Municípios da BTS (exceto Salvador) referem-se aos municípios contemplados pelo Estudo de Demanda Turística do PRODETUR/BA, quais sejam, Cachoeira, Itaparica/Vera Cruz, Jaguaripe, Maragojipe, Salinas da Margarida, São Francisco do Conde
123
Gráfico 29 - Fontes de informações – Salvador
Fonte: Elaboração própria
Gráfico 30 - Fontes de informações - Municípios da BTS (exceto Salvador)*
Fonte: Elaboração própria
*Municípios da BTS (exceto Salvador) referem-se aos municípios contemplados pelo Estudo de Demanda Turística do PRODETUR/BA, quais sejam, Cachoeira, Itaparica/Vera Cruz, Jaguaripe, Maragojipe, Salinas da Margarida, São Francisco do Conde
0,0% 10,0% 20,0% 30,0% 40,0% 50,0%
Parentes e amigos
Internet
Agências de viagens
Guias de Turismo
Anúncios, campanhas publicitárias
Artigos em jornais e revistas
Feiras, eventos, congressos
Televisão e/ou rádio
Outros
47,1%
36,7%
3,1%
1,1%
0,9%
0,9%
0,8%
0,4%
8,8%
33,3%
47,9%
2,1%
4,2%
2,1%
0,0%
0,0%
2,1%
8,3%
Salvador
Náutico Cultural
0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70%
Parentes e amigos
Internet
Agências de viagens
Guias de Turismo
Anúncios, campanhas publicitárias
Artigos em jornais e revistas
Feiras, eventos, congressos
Televisão e/ou rádio
Outros
65,2%
18,0%
3,9%
2,1%
2,6%
2,1%
1,7%
0,4%
3,9%
52,3%
36,4%
6,8%
4,5%
Municípios da BTS (Exceto Salvador)
Náutico Cultural
124
3.2.3.5. Fontes de informações na Internet
Avaliando o nível de utilização das fontes de informações da Internet a partir do filtro dos
visitantes que indicaram a internet como principal fonte de informação no item 3.2.3.4,
constatou-se que, no caso de Salvador, a maioria indicou sites de busca (58,2%). Em
segundo lugar indicaram agências online (14,7%) e em terceiro, mídias sociais (9,4%)10.
Entre os turistas por motivação cultural, 58,4% indicaram os sites de busca como a fonte
principal de informações na internet, agência online (14,7%) e mídias sociais (9,5%).
No caso dos turistas por motivação náutica, 50,0% informaram os sites de busca como
principal fonte de informação, seguido pelos sites de turismo em geral e agência online,
ambos com 15,0% de indicações.
Tabela 61 - Fontes de informações da internet - Salvador.
Fontes de informações da internet Total Cultural Náutico
Sites de busca 58,2% 58,4% 50,0%
Site do destino 6,9% 6,9% 10,0%
Mídias sociais 9,4% 9,5% 5,0%
Site de turismo em geral 8,9% 8,8% 15,0%
Agência online 14,7% 14,7% 15,0%
Outros 2,0% 1,9% 5,0%
Fonte: Elaboração própria
Dentre os visitantes dos demais municípios da região da BTS, 51,7% informaram que
utilizaram os sites de busca como a principal fonte de informação da internet no processo de
organização das suas viagens.
Para os visitantes por motivação cultural, 50,0% indicaram os sites de busca como a fonte
principal de informações na internet e, na sequência, sites de destino e mídias sociais,
ambas com 16,7%.
Analisando os dados dos turistas por motivo náutico constatou-se que 56,3% informaram
que utilizaram os sites de busca como a principal fonte de informação da internet. Em
seguida, indicaram os sites de turismo em geral (18,8%).
10 No questionário, e também durante a entrevista, foram informadas as opções de cada fonte de informações na
internet. Neste sentido, site de busca refere-se a páginas de procura na internet, como o google e o yahoo; site do destino refere-se a páginas específicas do destino desenvolvidos ou pelo trade ou pelas autoridades públicas com informações gerais sobre o destino; mídias sociais referem-se a sites e aplicativos como Facebook, TripAdvisor, Instagram, dentre outros; agências online referem-se a plataformas como Booking, Decolar, dentre outros; e sites de turismo em geral referem-se a páginas ou blogs destinados a divulgar e analisar destinos turísticos.
125
Tabela 62 - Fontes de informações da internet - Municípios da BTS (exceto Salvador)*.
Fontes de Informações da internet Total Cultural Náutico
Sites de busca 51,7% 50,0% 56,3%
Site do destino 13,8% 16,7% 6,3%
Mídias sociais 13,8% 16,7% 6,3%
Site de turismo em geral 10,3% 7,1% 18,8%
Agência online 6,9% 7,1% 6,3%
Outros 3,4% 2,4% 6,3%
Fonte: Elaboração própria *Municípios da BTS (exceto Salvador) referem-se aos municípios contemplados pelo Estudo de Demanda Turística do PRODETUR/BA, quais sejam, Cachoeira, Itaparica/Vera Cruz, Jaguaripe, Maragojipe, Salinas da Margarida, São Francisco do Conde
Gráfico 31 - Fontes de informações da internet – Salvador
Fonte: Elaboração própria.
0% 10% 20% 30% 40% 50% 60%
Sites de busca
Site do destino
Midias sociais
Site de turismo em geral
Agência online
Outros
58,4%
6,9%
9,5%
8,8%
14,7%
1,9%
50,…
10,0%
5,…
15,0%
15,…
5,…
Salvador
Náutico Cultural
126
Gráfico 32 - Fontes de informações da internet - Municípios da BTS (exceto Salvador)*
Fonte: Elaboração própria.
*Municípios da BTS (exceto Salvador) referem-se aos municípios contemplados pelo Estudo de Demanda Turística do PRODETUR/BA, quais sejam, Cachoeira, Itaparica/Vera Cruz, Jaguaripe, Maragojipe, Salinas da Margarida, São Francisco do Conde.
3.2.3.6. Meio de Transporte
Entre os turistas que visitaram Salvador por motivação cultural e náutica, voo regular com
38,8% foi o principal meio de transporte utilizado para chegar ao destino, seguido por ônibus
de linha e automóvel próprio, ambos utilizados por 16,5% dos visitantes.
No caso dos turistas por motivação cultural, 38,5% indicaram voo regular como o meio
utilizado para chagar a Salvador, 16,7% ônibus de linha e 16,6% automóvel próprio. Já para
os turistas por motivo náutico o resultado é bastante semelhante, com 56,3% indicando voo
regular, 14,6% automóvel próprio e 10,4% ônibus de linha.
Tabela 63 - Meio de transporte - Salvador.
Meio de transporte Total Cultural Náutico
Voo regular 38,8% 38,5% 56,3%
Ônibus de linha 16,5% 16,7% 10,4%
Automóvel próprio 16,5% 16,6% 14,6%
Uber 9,6% 9,7% 6,3%
Taxi 7,8% 7,9% 2,1%
Ônibus fretado 4,3% 4,3% 2,1%
Automóvel alugado 4,2% 4,2% 4,2%
Transporte hidroviário 1,4% 1,4% 2,1%
Outros, especificar 0,8% 0,8% 2,1%
Fonte: Elaboração Própria.
0% 10% 20% 30% 40% 50% 60%
Sites de busca
Site do destino
Mídias sociais
Site de turismo em geral
Agência online
Outros
50,0%
16,7%
16,7%
7,1%
7,1%
2,4%
56,3%
6,3%
6,3%
18,8%
6,3%
6,3%
Municípios da BTS (exceto Salvador)
Náutico Cultural
127
Analisando os dados dos visitantes dos demais municípios da BTS, constatou-se que
diferente dos turistas de Salvador, 39,0% indicaram que utilizaram automóvel próprio para
chegar até o local da visita e 19,9% ônibus de linha. Uma informação importante foi
constatar que 11,2% utilizaram o transporte hidroviário para chegar ao destino pretendido.
Em relação aos visitantes por motivação cultural, 38,2% informaram que utilizaram
automóvel próprio e 21,0% ônibus de linha.
Dos visitantes por motivo náutico, 43,2% indicaram automóvel próprio e 20,5% transporte
hidroviário.
Tabela 64 - Meio de transporte - Municípios da BTS (exceto Salvador)*.
Meio de transporte Total Cultural Náutico
Automóvel próprio 39,0% 38,2% 43,2%
Ônibus de linha 19,9% 21,0% 13,6%
Transporte hidroviário 11,2% 9,4% 20,5%
Ônibus fretado 9,0% 9,9% 4,5%
Automóvel alugado 7,9% 8,6% 4,5%
Voo regular 6,1% 6,0% 6,8%
Taxi 3,6% 3,9% 2,3%
Uber 1,1% 1,3% 0,0%
Outros 2,2% 1,7% 4,5%
Fonte: Elaboração própria. *Municípios da BTS (exceto Salvador) referem-se aos municípios contemplados pelo Estudo de Demanda Turística do PRODETUR/BA, quais sejam, Cachoeira, Itaparica/Vera Cruz, Jaguaripe, Maragojipe, Salinas da Margarida, São Francisco do Conde.
Gráfico 33 - Meio de transporte – Salvador
Fonte: Elaboração própria
0% 10% 20% 30% 40% 50% 60%
Voo regular
Ônibus de linha
Automóvel próprio
Uber
Taxi
Ônibus fretado
Automóvel alugado
Transporte hidroviário
Outros, especificar
38,5%
16,7%
16,6%
9,7%
7,9%
4,3%
4,2%
1,4%
0,8%
56,3%
10,4%
14,6%
6,3%
2,1%
2,1%
4,2%
2,1%
2,1%Salvador
Náutico Cultural
128
Gráfico 34 - Meio de transportes - Municípios da BTS (exceto Salvador)*
Fonte: Elaboração própria.
*Municípios da BTS (exceto Salvador) referem-se aos municípios contemplados pelo Estudo de Demanda Turística do PRODETUR/BA, quais sejam, Cachoeira, Itaparica/Vera Cruz, Jaguaripe, Maragojipe, Salinas da Margarida, São Francisco do Conde.
3.2.3.7. Meios de hospedagem
A maioria dos turistas que visitou Salvador, por amostra motivacional, se hospedou em hotel
ou pousada (57,6%) e, em segundo lugar, casa de amigos e parentes (24,7%). Os turistas
por motivação cultural, também, em sua maioria, ficaram em hotel e pousada (57,6%). No
caso do turista por motivação náutica, a escolha foi bastante similar ao do turista cultural,
escolhendo hotel e pousada (58,3%) como principal meio de hospedagem.
Tabela 65 - Meio de hospedagem - Salvador.
Meio de hospedagem Total Cultural Náutico
Hotel e pousada 57,6% 57,6% 58,3%
Casa de amigos ou parentes 24,7% 24,9% 12,5%
Albergue / Hostel 7,3% 7,2% 12,5%
Apartamento ou casa alugada exceto airbnb 5,8% 5,8% 4,2%
Airbnb 2,9% 2,9% 2,1%
Barco, navio ou outro tipo de embarcação 0,6% 0,5% 4,2%
Apartamento Próprio 0,4% 0,3% 2,1%
Cama e café 0,0% 0,0% 0,0%
Outros 0,8% 0,7% 4,2%
Fonte: Elaboração própria
0% 5% 10% 15% 20% 25% 30% 35% 40% 45%
Automóvel próprio
Ônibus de linha
Transporte hidroviário
Ônibus fretado
Automóvel alugado
Voo regular
Taxi
Outros
Uber
38,2%
21,0%
9,4%
9,9%
8,6%
6,0%
3,9%
1,7%
1,3%
43,2%
13,6%
20,5%
4,5%
4,5%
6,8%
2,3%
4,5%
0,0%
Municípios da BTS (exceto Salvador)
Náutico Cultural
129
Nos demais municípios da região da BTS, 42,5% escolheram hotel ou pousada como meio
de hospedagem e em segundo lugar, casa de amigos e parente (33,2%). Em relação aos
visitantes por motivação cultural, 44% indicaram que ficaram hospedados em hotel ou
pousada e 32,9% em casa de amigos e parentes. No caso dos turistas náuticos, a
hospedagem em casa de amigos e parentes divide a primeira colocação com hospedagem
em hotel, cada uma com 35% do total dos visitantes. Cabe ressaltar a peculiaridade do
visitante por motivação náutica que tem a possibilidade de se hospedar na própria
embarcação, o que na pesquisa representou 7,5%.
Tabela 66 - Meio de hospedagem - Municípios da BTS (exceto Salvador)*.
Meio de hospedagem Total Cultural Náutico
Hotel e Pousada 42,5% 44,0% 35,0%
Airbnb 2,0% 1,9% 2,5%
Apartamento ou casa alugada 9,3% 9,7% 7,5%
Casa de amigos ou parentes 33,2% 32,9% 35,0%
Cama e café 0,8% 0,5% 2,5%
Barco, navio ou outro tipo de embarcação 2,0% 1,0% 7,5%
Albergue / Hostel 3,2% 3,4% 2,5%
Casa Própria 1,2% 1,4% 0,0%
Outros 5,7% 5,3% 7,5%
Fonte: Elaboração Própria *Municípios da BTS (exceto Salvador) referem-se aos municípios contemplados pelo Estudo de Demanda Turística do PRODETUR/BA, quais sejam, Cachoeira, Itaparica/Vera Cruz, Jaguaripe, Maragojipe, Salinas da Margarida, São Francisco do Conde.
130
Gráfico 35 - Meios de hospedagem – Salvador
Fonte: Elaboração Própria
Gráfico 36 - Meios de hospedagem - Municípios da BTS (exceto Salvador)*
Fonte: Elaboração Própria. *Municípios da BTS (exceto Salvador) referem-se aos municípios contemplados pelo Estudo de Demanda Turística do PRODETUR/BA, quais sejam, Cachoeira, Itaparica/Vera Cruz, Jaguaripe, Maragojipe, Salinas da Margarida, São Francisco do Conde.
0,0% 10,0% 20,0% 30,0% 40,0% 50,0% 60,0%
Hotel e pousada
Casa de amigos ou parentes
Albergue / Hostel
Apartamento ou casa alugada exceto airbnb
Airbnb
Outros, especificar
Barco, navio ou outro tipo de embarcação
Apartamento Próprio
Cama e café
57,6%
24,9%
7,2%
5,8%
2,9%
0,7%
0,5%
0,3%
0,0%
58,3%
12,5%
12,5%
4,2%
2,1%
4,2%
4,2%
2,1%
0,0%
Salvador
Náutico Cultural
0,0% 10,0% 20,0% 30,0% 40,0% 50,0%
Hotel e Pousada
Airbnb
Apartamento ou casa alugada
Casa de amigos ou parentes
Cama e café
Barco, navio ou outro tipo de embarcação
Albergue (Hostel)
Outros
Casa Própria
44,0%
1,9%
9,7%
32,9%
0,5%
1,0%
3,4%
5,3%
1,4%
35,0%
2,5%
7,5%
35,0%
2,5%
7,5%
2,5%
7,5%
0,0%
Municípios da BTS (exceto Salvador)
Náutico Cultural
131
3.2.3.8. Acompanhantes na viagem
Constatou-se que 32,0% dos turistas realizaram as suas viagens a Salvador acompanhados
da família, 23,0% com amigos e, 20,8% eram casais sem filhos. Entre os turistas por
motivação cultural, 32,3% informaram que estavam viajando em família, 22,7% com amigos
e, 20,7% eram casais sem filhos. Em relação aos turistas por motivo náutico, 40,4%
estavam realizando à viagem acompanhados de amigos, 23,4% eram casais sem filhos e
19,1% em família.
Tabela 67 - Acompanhantes - Salvador.
Acompanhantes Total Cultural Náutico
Sozinho 9,5% 9,4% 12,8%
Casal sem filhos 20,8% 20,7% 23,4%
Casal com filhos 11,5% 11,6% 4,3%
Com amigos 23,0% 22,7% 40,4%
Em família 32,0% 32,3% 19,1%
Em grupo organizado 2,1% 2,2% 0,0%
Colegas de trabalho 0,4% 0,4% 0,0%
Outros 0,8% 0,8% 0,0%
Fonte: Elaboração Própria
Para os demais municípios da BTS, também predomina as viagens em família com 25,5%,
seguido por viagens com amigos (22,2%) e casal sem filhos (20,0%). Entre os visitantes por
motivação cultural, 25,1% indicaram que estavam viajando em família, 21,2% com amigos e,
19,5% eram casais sem filhos. No que se refere aos visitantes por motivo náutico, 27,3%
estavam acompanhados pela família, 27,3% com amigos e 22,7% eram casais sem filhos.
Tabela 68 - Acompanhantes - Municípios da BTS (exceto Salvador)*.
Acompanhantes Total Cultural Náutico
Sozinho 11,6% 13,0% 4,5%
Casal sem filhos 20,0% 19,5% 22,7%
Casal com filhos 14,5% 14,3% 15,9%
Com amigos 22,2% 21,2% 27,3%
Em família 25,5% 25,1% 27,3%
Em grupo organizado 5,1% 6,1% 0,0%
Colegas de trabalho 0,7% 0,4% 2,3%
Outros 0,4% 0,4% 0,0%
Fonte: Elaboração própria. *Municípios da BTS (exceto Salvador) referem-se aos municípios contemplados pelo Estudo de Demanda Turística do PRODETUR/BA, quais sejam, Cachoeira, Itaparica/Vera Cruz, Jaguaripe, Maragojipe, Salinas da Margarida, São Francisco do Conde.
132
Gráfico 37 - Acompanhantes – Salvador
Fonte: Elaboração Própria.
Gráfico 38 - Acompanhantes - Municípios da BTS (exceto Salvador)*
Fonte: Elaboração própria. *Municípios da BTS (exceto Salvador) referem-se aos municípios contemplados pelo Estudo de Demanda Turística do PRODETUR/BA, quais sejam, Cachoeira, Itaparica/Vera Cruz, Jaguaripe, Maragojipe, Salinas da Margarida, São Francisco do Conde.
0% 5% 10% 15% 20% 25% 30% 35% 40% 45%
Sozinho
Casal sem filhos
Casal com filhos
Com amigos
Em família
Em grupo organizado
Colegas de trabalho
Outros
9,4%
20,7%
11,6%
22,7%
32,3%
2,2%
0,4%
0,8%
12,8%
23,4%
4,3%
40,4%
19,1%
0,0%
0,0%
0,0%
Salvador
Náutico Cultural
0% 5% 10% 15% 20% 25% 30%
Sozinho
Casal sem filhos
Casal com filhos
Com amigos
Em família
Em grupo organizado
Colegas de trabalho
Outros
13,0%
19,5%
14,3%
21,2%
25,1%
6,1%
0,4%
0,4%
4,5%
22,7%
15,9%
27,3%
27,3%
0,0%
2,3%
0,0%
Municípios da BTS (exceto Salvador)
Náutico Cultural
133
3.2.3.9. Quantidade de vezes que já visitou o município
Para a maioria dos turistas que visitaram Salvador por motivação cultural ou náutica, era a
primeira vez no município. Entre os turistas por motivação cultural, 51,0% indicaram que era
a primeira vez que estavam visitando Salvador. Em segundo lugar, com 17,6%, ficaram os
turistas que indicaram que a viagem correspondia à segunda visita ao município e, 7,9%
informaram que se tratava da terceira visita. No caso dos turistas por motivo náutico,
constatou-se um resultado similar ao turista cultural, com 51,1% assinalando que se tratava
da primeira viagem ao local e 23,4% indicaram que era a segunda.
Tabela 69 - Quantidade de vezes no município - Salvador.
Quantidade de vezes no município Total Cultural Náutico
1 51,0% 51,0% 51,1%
2 17,7% 17,6% 23,4%
3 7,9% 7,9% 10,6%
4 4,6% 4,7% 0,0%
5 3,9% 3,8% 10,6%
6 1,5% 1,5% 2,1%
7 0,8% 0,8% 0,0%
8 1,4% 1,4% 0,0%
9 0,5% 0,6% 0,0%
10 4,1% 4,2% 2,1%
Mais de 10 6,5% 6,6% 0,0%
Fonte: Elaboração própria.
Nos demais municípios da BTS, 44,2% dos visitantes afirmaram que estavam visitando o
local da pesquisa pela primeira vez. Na segunda colocação, com 13,8%, foram identificados
os visitantes que já haviam visitado o local a mais de dez vezes. Dentre os turistas por
motivação cultural, 43,5% sinalizaram que estavam visitando o local da pesquisa pela
primeira vez, 14,7% indicaram que era a segunda vez e, 14,2%, mais de dez vezes. Entre
os turistas por motivo náutico, constatou-se que, 47,7% assinalaram que se tratava da
primeira viagem ao local e 11,4% indicaram que era a décima viagem, mesmo percentual
dos que indicaram mais de 10 viagens ao local.
134
Tabela 70 - Quantidade de vezes no município - Municípios da BTS (exceto Salvador)*
Quantidade de vezes no município Total Cultural Náutico
1 44,2% 43,5% 47,7%
2 13,4% 14,7% 6,8%
3 6,9% 6,5% 9,1%
4 3,6% 3,4% 4,5%
5 4,7% 4,7% 4,5%
6 2,5% 2,6% 2,3%
7 2,5% 3,0% 0,0%
8 1,1% 1,3% 0,0%
9 1,4% 1,3% 2,3%
10 5,8% 4,7% 11,4%
Mais de 10 13,8% 14,2% 11,4%
Fonte: Elaboração própria. *Municípios da BTS (exceto Salvador) referem-se aos municípios contemplados pelo Estudo de Demanda Turística do PRODETUR/BA, quais sejam, Cachoeira, Itaparica/Vera Cruz, Jaguaripe, Maragojipe, Salinas da Margarida, São Francisco do Conde.
Gráfico 39 - Quantidade de vezes nos municípios – Salvador
Fonte: Elaboração Própria
0% 10% 20% 30% 40% 50% 60%
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
Mais de 10
51,0%
17,6%
7,9%
4,7%
3,8%
1,5%
0,8%
1,4%
0,6%
4,2%
6,6%
51,1%
23,4%
10,6%
0,0%
10,6%
2,1%
0,0%
0,0%
0,0%
2,1%
0,0%
Salvador
Náutico Cultural
135
Gráfico 40 - Quantidade de vezes no município - Município da BTS (exceto Salvador)*
Fonte: Elaboração própria. *Municípios da BTS (exceto Salvador) referem-se aos municípios contemplados pelo Estudo de Demanda Turística do PRODETUR/BA, quais sejam, Cachoeira, Itaparica/Vera Cruz, Jaguaripe, Maragojipe, Salinas da Margarida, São Francisco do Conde.
3.2.3.10. Atrativos visitados
Como os atrativos turísticos são variados entre os munícipios e os visitantes da região em
geral não visitam todos os municípios durante a viagem, a visitação dos principais atrativos
da região da BTS será apresentada por município.
Entre os atrativos mais visitados pelos turistas de Salvador estão: Pelourinho (95,6%),
Elevador Lacerda (93,2%), Centro histórico (92,4%), Farol da Barra (89,3%) e Igreja do
Bonfim (75%). Os turistas por motivação cultural apresentaram preferências semelhantes
em relação à visitação dos principais atrativos de Salvador. Assim, dos turistas por
motivação cultural, 95,7% indicaram que visitaram Pelourinho, 93,3% Elevador Lacerda,
92,5% Centro histórico e 89,3% Farol da Barra.
0% 10% 20% 30% 40% 50%
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
Mais de 10
43,5%
14,7%
6,5%
3,4%
4,7%
2,6%
3,0%
1,3%
1,3%
4,7%
14,2%
47,7%
6,8%
9,1%
4,5%
4,5%
2,3%
0,0%
0,0%
2,3%
11,4%
11,4%
Municípios da BTS (exceto Salvador)
Náutico Cultural
136
Tabela 71 - Atrativos visitados - Salvador.
Atrativos visitados Total Cultural Náutico
Pelourinho 95,6% 95,7% 89,6%
Elevador Lacerda 93,2% 93,3% 89,6%
Centro Histórico 92,4% 92,5% 89,6%
Farol da Barra 89,3% 89,3% 89,6%
Igreja do Bonfim 75,0% 74,9% 79,2%
Porto de Salvador 36,5% 36,2% 50,0%
Terminal Turístico Náutico de Salvador 25,4% 25,3% 27,1%
Forte Santo Antônio da Barra 23,8% 23,6% 31,3%
Forte de Santa Maria 22,3% 22,1% 31,3%
Museu de Arte Moderna da Bahia 20,6% 20,3% 33,3%
Museu náutico 17,2% 17,2% 20,8%
Museu Carlos Costa Pinto 5,0% 4,9% 8,3%
Mercado Modelo 1,9% 2,0% 0,0%
Praias como Itapuã, Ribeira e outras 1,8% 1,8% 0,0%
Igrejas 0,6% 0,6% 0,0%
Rio Vermelho 0,6% 0,6% 0,0%
Casa de Jorge Amado 0,4% 0,4% 0,0%
Dique do Tororó 0,2% 0,2% 0,0%
Outros 3,2% 3,3% 0,0%
Fonte: Elaboração Própria.
Dentre o total de visitantes do município de Cachoeira, a maioria, indicou que visitou o Porto
de Cachoeira (79,8%). Entre outros locais visitados, destaca-se ainda, Casa da Irmandade
de Nossa Senhora de Boa Morte (55,1%) e a casa de Samba de D. Dalva (39,3%).
Tabela 72 - Atrativos visitados - Cachoeira.
Atrativos visitados Total Cultural Náutico
Porto de Cachoeira 79,8% 80,2% 66,7%
Casa da Irmandade de Nossa Senhora de Boa Morte
55,1% 54,7% 66,7%
Casa de Samba de D. Dalva 39,3% 38,4% 66,7%
Fundação, Galeria e Museu Hansen Bahia 37,1% 36,0% 66,7%
Instituto Roque Araújo 16,9% 16,3% 33,3%
Festa / Milagre de Santa Barbara 6,7% 7,0% 0,0%
Outros 6,7% 7,0% 0,0%
Fonte: Elaboração própria.
No caso do município de Jaguaripe, cabe ressaltar que o número de entrevistados não foi
representativo de forma que permitisse uma avaliação separa da visitação nos principais
atrativos.
137
Entre os visitantes de Itaparica / Vera Cruz por motivação cultural ou náutica, 53,7%
informaram que visitaram o Centro histórico de Itaparica. Também entre os locais mais
visitados destacaram: Fonte da Bica (50,3%), Marina de Itaparica (46,9%) e Praia de Ponta
da areia (44,9%).
Tabela 73 - Atrativos visitados - Itaparica/Vera Cruz.
Atrativos visitados Total Cultural Náutico
Centro Histórico de Itaparica 53,7% 56,2% 42,3%
Fonte da Bica 50,3% 49,6% 53,8%
Marina de Itaparica 46,9% 47,9% 42,3%
Praia de Ponta da Areia 44,9% 42,1% 57,7%
Forte de São Lourenço 43,5% 44,6% 38,5%
Mercado Municipal de Itaparica 38,8% 39,7% 34,6%
Atracadouro do Duro Mar Grande 31,3% 32,2% 26,9%
Marina de Cacha-Pregos 29,9% 28,1% 38,5%
Terminal hidroviário de Mar Grande 25,9% 27,3% 19,2%
Praia Barra Grande 25,2% 26,4% 19,2%
Casa de João Ubaldo 23,8% 24,8% 19,2%
Praia da Penha 11,6% 9,9% 19,2%
Praia da Ponta do Mocambo 7,5% 8,3% 3,8%
Outros 5,4% 6,6% 0,0%
Fonte: Elaboração própria.
Em relação município de Maragojipe, a maioria dos entrevistados indicou a Praia dos
Coqueiros como atrativo visitado. Analisando os dados da pesquisa constatou-se que 69,6%
dos visitantes por motivação cultural ou náutica informaram que visitaram a Praia de
Coqueiros e 43,5% estiveram no atracadouro de Coqueiros.
Tabela 74 - Atrativos visitados - Maragojipe.
Atrativos visitados Total Cultural Náutico
Praia de Coqueiros 69,6% 57,1% 88,9%
Atracadouro de Coqueiros 43,5% 42,9% 44,4%
Ponta do Cajá 39,1% 35,7% 44,4%
Praia de Ponta de Souza 39,1% 42,9% 33,3%
Engenho e Forte de Salamina 26,1% 21,4% 33,3%
Terminal de Cajá 26,1% 21,4% 33,3%
Casa Paroquial 21,7% 28,6% 11,1%
Praia da Enseadinha 13,0% 7,1% 22,2%
Praia do Pina 13,0% 7,1% 22,2%
Santa Casa da Misericordia 8,7% 7,1% 11,1%
Fonte: Elaboração própria.
138
Entre os visitantes do município de Salinas da Margarida, 50% assinalaram que visitaram
Barra do Paraguaçu e Praia da Ponte e 25%, estiveram na Praia do Maia e na Praia
Grande. É importante destacar que não houve respondente por motivação cultural para essa
pergunta, assim, o resultado se restringe aos turistas por motivo náutico.
Tabela 75 - Atrativos visitados - Salinas da Margarida.
Atrativos visitados Total Náutico
Barra do Paraguaçu 50,0% 50,0%
Praia da Ponte 50,0% 50,0%
Praia do Maia 25,0% 25,0%
Praia Grande 25,0% 25,0%
Fonte: Elaboração Própria.
Entre os visitantes do município de São Francisco do Conde, 50% indicaram que visitaram o
Centro Histórico e 25% estiveram na Ilha de Cajaíba e no convento. No caso deste
município não houve respondente por motivação náutica para essa pergunta, assim, o
resultado se restringe aos turistas por motivação cultural.
Tabela 76 - Atrativos visitados - São Francisco do Conde.
Atrativos visitados Total Cultural
Centro Histórico 50,0% 50,0%
Monte Recôncavo 25,0% 25,0%
Ilha de Cajaíba 25,0% 25,0%
Outros 25,0% 25,0%
Convento 25,0% 25,0%
Fonte: Elaboração própria.
3.2.3.11. Outros destinos visitados durante a viagem
Dentre os turistas que visitaram Salvador, muitos indicaram que visitaram outros destinos na
Bahia. Apesar da pergunta do questionário era restrita a visitação de outros municípios, os
entrevistados indicaram lugares, praias e municípios. Desta forma, foi considerado para
efeitos de análise todas as informações dos lugares visitados. No caso dos turistas de
Salvador, também visitaram e permaneceram em outras cidades como, Maraú (16 dias),
Itabuna (10,5 dias) e Vera Cruz (10,0 dias).
139
Tabela 77 - Outros destinos visitados e tempo médio de permanência – Salvador.
Outros destinos visitados Tempo de permanência média (em dias)
Maraú 16,0
Itabuna 10,5
Vera Cruz 10,0
Cruz das Almas 8,0
Santo Antônio de Jesus 8,0
Irecê 7,0
Valença 6,8
Chapada 6,5
Costa do Sauipe 5,9
Vitoria da Conquista 5,6
Itacaré 5,6
Arempebe 5,4
Porto Seguro 5,2
Camaçari 5,1
Boipeba 4,8
Caldas do jorro 4,7
São Estevão 4,7
Subauma 4,5
Cairu 4,4
Morro de São Paulo 4,2
Mata de São João 4,2
Lençóis 4,1
Lauro de Freitas 4,1
Maragojipe 4,0
Serrinha 4,0
Itacimirim 3,7
Trancoso 3,6
Itaparica 3,5
Ilhéus 3,2
Mar Grande 3,2
Imbassai 3,1
Arraial D'Ajuda 3,0
Barra Grande 3,0
Feira de Santana 2,8
Praia do Forte 2,7
Guarajuba 2,4
140
Outros destinos visitados Tempo de permanência média (em dias)
Jauá 2,0
Morro do Chapéu 2,0
Santo Amaro 2,0
São Sebastião 2,0
Cabaceiras 1,7
Madre de Deus 1,4
Ilha do Frade 1,2
São Francisco do Conde 1,0
Fonte: Elaboração própria.
No caso dos visitantes de outras cidades da BTS, também visitaram outras cidades da
Bahia, pernoitando e consumindo serviços relacionados com as atividades características de
turismo. Entre as cidades visitadas destacam-se: Governador Mangabeira com 10,50 dias
de permanência, Vera Cruz, 8,50 e Conceição de Almeida, com 8,0 de média de
permanência.
Tabela 78 - Outros destinos visitados e tempo médio de permanência - Municípios da BTS (exceto Salvador)*.
Outros destinos visitados Tempo de permanência média (em dias)
Governador Mangabeira 10,50
Vera Cruz 8,50
Conceição do Almeida 8,00
Conceição 6,00
Salvador 5,73
Chapada 5,00
Morro de São Paulo 4,80
Feira de Santana 3,67
Valença 3,67
Mar Grande 3,50
Salinas de Margarida 3,25
Aratuba 3,00
Barra do Gil 3,00
Iguaia 3,00
Lauro de Freitas 3,00
Lençóis 3,00
Maraú 3,00
Porto Seguro 3,00
Muritiba 2,80
São Francisco do Conde 2,75
Maragojipe 2,63
141
Outros destinos visitados Tempo de permanência média (em dias)
Santo Antônio de Jesus 2,40
Cabaceiras 2,33
Santo Amaro 2,10
Santiago do Iguape 2,00
Cruz das Almas 1,83
Praia do Forte 1,67
São Félix 1,60
Cachoeira 1,38
Barra Grande 1,00
Castro Alves 1,00
Coqueiro 1,00
Ilha do Frade 1,00
Itaparica 1,00
Jaguaripe 1,00
Madre de Deus 1,00
Fonte: Elaboração própria. *Municípios da BTS (exceto Salvador) referem-se aos municípios contemplados pelo Estudo de Demanda Turística do PRODETUR/BA, quais sejam, Cachoeira, Itaparica/Vera Cruz, Jaguaripe, Maragojipe, Salinas da Margarida, São Francisco do Conde
3.2.3.12. Permanência média
Os turistas por motivação cultural permaneceram em média 7,0 pernoites em viagem a
Salvador, enquanto que os turistas por motivo náutico permaneceram 6,4 pernoites. Dos
turistas por motivação cultural, 32,4% ficaram entre 4 a 6 pernoites, 24,0% entre 1 a 3
pernoites e, 22,9% entre 7 a 9 pernoites.
No caso dos turistas por motivo náutico, 41,7% ficaram em Salvador entre 4 a 6 pernoites,
22,0% entre 1 a 3 pernoites e 20,8% entre 7 e 9 pernoites.
Tabela 79 - Permanência média - Salvador.
Permanência média Total Cultural Náutico
Excursionistas 20,9% 0,0% 0,0%
1 a 3 pernoites 20,0% 24,0% 22,9%
4 a 6 pernoites 24,2% 32,4% 41,7%
7 a 9 pernoites 17,0% 22,9% 20,8%
10 a 12 pernoites 6,8% 9,0% 6,3%
mais de 12 pernoites 11,0% 11,8% 8,3%
Média de pernoites 5,7 7,0 6,4
Fonte: Elaboração própria Obs.: Os excursionistas não foram pesquisados em Salvador, apesar de terem sido contabilizados. Por isso, só aparecem no total.
142
Nos demais municípios da região da BTS, os visitantes por motivação cultural
permaneceram em média 3,69 pernoites. O destaque foi a presença expressiva dos
excursionistas em alguns municípios. Os excursionistas representaram 36,0% do total dos
visitantes.
Dos turistas por motivação cultural que pernoitaram nos demais munícipios, 39,5%
permaneceram entre 1 a 3 pernoites, seguido por 11,4% que ficaram entre 4 a 6 pernoites.
Os visitantes por motivo náutico permaneceram em média 3,11 pernoites. Também cabe
ressaltar a presença dos excursionistas que representaram 50% do total dos visitantes por
motivo náutico. Dos turistas por motivo náutico que pernoitaram nos municípios, 33,3%
ficaram entre 1 a 3 pernoites.
Tabela 80 - Permanência média – Municípios da BTS (exceto Salvador)*.
Permanência média Total Cultural Náutico
Excursionistas 32,9% 36,0% 50,0%
1 a 3 pernoites 32,6% 39,5% 33,3%
4 a 6 pernoites 11,2% 11,4% 5,6%
7 a 9 pernoites 7,1% 2,6% 0,0%
10 a 12 pernoites 5,5% 1,8% 5,6%
mais de 12 pernoites 10,7% 8,8% 5,6%
Média de pernoites 3,27 3,69 3,11
Fonte: Elaboração própria. *Municípios da BTS (exceto Salvador) referem-se aos municípios contemplados pelo Estudo de Demanda Turística do PRODETUR/BA, quais sejam, Cachoeira, Itaparica/Vera Cruz, Jaguaripe, Maragojipe, Salinas da Margarida, São Francisco do Conde.
143
Gráfico 41 - Permanência média em Salvador, por motivação cultural e náutica
Fonte: Elaboração própria.
Gráfico 42 - Permanência média - Municípios da BTS (exceto Salvador)*
Fonte: Elaboração própria.
*Municípios da BTS (exceto Salvador) referem-se aos municípios contemplados pelo Estudo de Demanda Turística do PRODETUR/BA, quais sejam, Cachoeira, Itaparica/Vera Cruz, Jaguaripe, Maragojipe, Salinas da Margarida, São Francisco do Conde.
0% 10% 20% 30% 40% 50%
1 a 3 pernoites
4 a 6 pernoites
7 a 9 pernoites
10 a 12 pernoites
mais de 12 pernoites
24,0%
32,4%
22,9%
9,0%
11,8%
22,9%
41,7%
20,8%
6,3%
8,3%
Salvador
Náutico Cultural
0% 10% 20% 30% 40% 50%
Excursionistas
1 a 3 pernoites
4 a 6 pernoites
7 a 9 pernoites
10 a 12 pernoites
mais de 12 pernoites
36,0%
39,5%
11,4%
2,6%
1,8%
8,8%
50,0%
33,3%
5,6%
0,0%
5,6%
5,6%
Municípios da BTS (exceto Salvador)
Náutico Cultural
144
3.2.3.13. Gasto dos visitantes
O gasto médio diário do turista (gasto médio per capita/por dia) por motivação cultural e
náutico que visitou Salvador foi de R$ 171,37. Cabe destacar que o turista náutico
apresentou um gasto médio de R$ 250,68, superior aos do turista cultural que teve um gasto
de R$ 169,75.
Tabela 81 - Gasto médio diário per capita em Salvador, por motivação náutica e cultural.
Gasto médio Total Cultural Náutico
Gasto médio diário R$ 171,37 R$ 169,75 R$ 250,68
Hospedagem R$ 103,42 R$ 105,17 R$ 46,27
Alimentos e bebidas R$ 27,87 R$ 27,42 R$ 52,16
Compras de artesanato R$ 10,72 R$ 9,95 R$ 43,56
Outras compras R$ 14,83 R$ 13,65 R$ 58,91
Outros tipos de gastos R$ 14,53 R$ 13,57 R$ 49,78
Fonte: Elaboração Própria.
O gasto médio dos visitantes por motivações, cultural e náutico que visitaram os munícipios
da BTS (exceto Salvador) foi de R$ 102,25. Constatou-se que, nestes municípios, o gasto
médio dos visitantes por motivação cultural é bastante semelhante aos ligados ao turismo
náutico.
Tabela 82 - Gasto médio diário per capita dos visitantes dos Municípios da BTS (exceto Salvador)*, por
motivação cultural e náutica.
Gasto médio Total Cultural Náutico
Gasto médio diário R$ 102,25 R$ 103,27 R$ 96,79
Alimentos e bebidas R$ 28,69 R$ 27,80 R$ 33,47
Hospedagem R$ 27,94 R$ 29,37 R$ 19,75
Compras de artesanato R$ 13,67 R$ 14,03 R$ 12,01
Outras compras R$ 16,91 R$ 16,44 R$ 19,23
Outros tipos de gastos R$ 15,05 R$ 15,63 R$ 12,33
Fonte: Elaboração Própria. *Municípios da BTS (exceto Salvador) referem-se aos municípios contemplados pelo Estudo de Demanda Turística do PRODETUR/BA, quais sejam, Cachoeira, Itaparica/Vera Cruz, Jaguaripe, Maragojipe, Salinas da Margarida, São Francisco do Conde.
Analisando a segmentação dos gastos dos turistas de Salvador percebe-se que a
hospedagem constitui-se o principal componente de gasto dos visitantes por motivação
cultural. Já os visitantes com motivação náutica apresenta como principal elemento de gasto
os alimentos e bebidas. Percebeu-se uma diferença entre a estrutura de gastos dos turistas
por motivação cultural em relação aos turistas náuticos. O turista náutico como na maioria
das vezes não se hospeda fora da embarcação, os gastos com hospedagem representaram
145
apenas 18% do total do seu gasto, enquanto que na estrutura de gastos do turista por
motivação cultural o gasto com hospedagem representa 62% do total.
Gráfico 43 - Composição do gasto médio diário per capita dos turistas de Salvador, por motivação cultural e náutica
Fonte: Elaboração Própria.
Gráfico 44 - Composição do gasto médio diário per capita dos turistas dos Municípios da BTS (exceto Salvador)*, por motivação cultural e náutica
Fonte: Elaboração própria.
*Municípios da BTS (exceto Salvador) referem-se aos municípios contemplados pelo Estudo de Demanda Turística do PRODETUR/BA, quais sejam, Cachoeira, Itaparica/Vera Cruz, Jaguaripe, Maragojipe, Salinas da Margarida, São Francisco do Conde.
R$ 0 R$ 60 R$ 120 R$ 180 R$ 240 R$ 300
Gasto médio diário
Hospedagem
Alimentos e bebidas
Compras de artesanato
Outras compras
Outros tipos de gastos
R$ 169,75
R$ 105,17
R$ 27,42
R$ 9,95
R$ 13,65
R$ 13,57
R$ 250,68
R$ 46,27
R$ 52,16
R$ 43,56
R$ 58,91
R$ 49,78
Salvador
Náutico Cultural
R$ 0 R$ 20 R$ 40 R$ 60 R$ 80 R$ 100 R$ 120
Gasto médio diário
Alimentos e bebidas
Hospedagem
Compras de artesanato
Outras compras
Outros tipos de gastos
R$ 103
R$ 28
R$ 29
R$ 14
R$ 16
R$ 16
R$ 97
R$ 33
R$ 20
R$ 12
R$ 19
R$ 12
Municípios da BTS (exceto Salvador)
Náutico Cultural
146
Analisando os dados da pesquisa nos demais municípios da região da BTS, constatou-se
que a segmentação dos gastos é mais homogênea entre os tipos de gastos dos visitantes.
Diferente dos turistas de Salvador, alimentos e bebidas com 28,1% representa a principal
categoria de gastos dos visitantes dos demais municípios da região. Na segunda colocação
estão os gastos com hospedagem que representam 27,3% do total dos gastos.
Cabe destacar que tanto para Salvador como para os demais municípios da BTS os turistas
náuticos têm, em sua estrutura de gastos, um maior aporte para Alimentos e Bebidas,
enquanto que os turistas culturais tem um gasto maior associado a Hospedagem. Tal
padrão pode estar associado, em parte, ao fato de o turista náutico utilizar a embarcação
como meio de hospedagem.
3.2.3.14. Atividades não encontradas e propensão média a pagar
Perguntou-se aos entrevistados quais os produtos e/ou serviços não disponíveis nos
municípios visitados, que gostaria de consumir e, qual o valor que estariam dispostos a
pagar para comprá-los. Como era um pergunta aberta, e houve uma variedade muito grande
de respostas, foi necessário proceder a agregação das informações para que fosse possível
identificar, de uma forma global, as principais atividades não encontradas e a propensão
média a pagar por parte dos visitantes.
Neste sentido, as diferentes respostas dos turistas foram categorizadas da seguinte forma:
• Cultural o Atividades Culturais o Museus o City tour o Show o Turismo Religioso
• Náutico o Passeios náuticos o Transporte marítimo o Esportes Náuticos
• Outros o Infraestrutura o Transporte terrestre o Guias especializados o Ecoturismo o Esportes de Aventura o Diversão Noturna o Gastronomia o Atividades recreativas e de lazer
147
Vale ressaltar que muitos respondentes apontaram serviços que não encontraram, mas não
souberam avaliar o quanto estariam dispostos a pagar por eles. Nestes casos,
desconsideramos os serviços que não estavam associados ao valor que o visitante estaria
disposto a pagar.
No caso de Salvador, os serviços mais citados foram: serviços de infraestrutura com
propensão média a pagar de R$ 25,50 (se enquadram nesta categoria sinalização,
fornecimento de wi-fi e banheiros públicos, por exemplo); Atividades recreativas e de lazer,
com propensão média a pagar de R$ 88,10 e serviços de transporte terrestre com
propensão média a pagar de R$ 13,57. Chama a atenção a elevada propensão média a
pagar de atividades como ecoturismo, transporte marítimo e esportes náuticos. Para análise,
segue Tabela abaixo.
Tabela 83 - Serviços/ atividades não encontradas, Salvador.
Categoria Serviços não encontrados Valor que pagaria
Número de Citações
Cultural
Atividades culturais R$ 48,33 12
Museus R$ 88,75 8
City tour R$ 60,00 10
Show R$ 90,00 8
Turismo religioso R$ 105,00 4
Náutico
Passeios naúticos R$ 56,80 14
Transporte marítimo R$ 125,00 2
Esportes naúticos R$ 117,50 7
Outros
Infraestrutura R$ 25,50 88
Transporte terrestre R$ 13,57 16
Guias especializados R$ 108,00 14
Ecoturismo R$ 783,33 3
Esportes de Aventura R$ 131,82 12
Diversão Noturna R$ 75,00 4
Gastronomia R$ 110,00 9
Atividade recreativas e lazer R$ 88,10 32
Fonte: Elaboração própria.
Em relação aos visitantes dos outros municípios da BTS, entre serviços que gostaria de
consumir e que não foram encontrados destacaram os seguintes: passeios náuticos, com 37
citações e propensão média a pagar de R$ 63,33, serviços de infraestrutura, com 24
citações e propensão média a pagar de R$76,50, a Gastronomia, com 12 citações e
propensão média a pagar de R$ 121,88 e as Atividades recreativas e de lazer, também com
12 citações e com propensão média de R$ 98,13. O Tabela a seguir apresenta as
informações.
148
Tabela 84 - Serviços/ atividades não encontradas na BTS, demais municípios.
Categoria Serviços não encontrados Valor que pagaria Número de Citações
Cultural
Atividades culturais R$ 38,00 8
City tour R$ 100,00 2
Show R$ 31,67 5
Turismo religioso R$ 180,00 2
Náutico
Passeios náuticos R$ 63,33 37
Transporte marítimo R$ 12,50 3
Esportes náuticos R$ 83,33 8
Outros
Infraestrutura R$ 76,50 24
Guias especializados R$ 113,43 10
Ecoturismo R$ 98,00 6
Esportes de aventura R$ 1.040,00 3
Diversão noturna R$ 50,00 1
Gastronomia R$ 121,88 12
Atividade recreativa e lazer R$ 98,13 12
Fonte: Elaboração própria.
3.2.4. Percepção dos Visitantes – Aspectos positivos e negativos da viagem e dos
serviços
3.2.4.1. Avaliação da Viagem
Perguntado sobre a avaliação da viagem, infraestrutura e serviços, numa escala crescente
entre 0 e 5, os turistas atribuíram a nota 4,58 para a satisfação em relação a viagem. Tanto
as infraestruturas, urbana como a turística foram aprovadas com as notas, 4,01 e 4,21,
respectivamente. Os serviços também foram bem avaliados com a nota média de 4,1311.
A avaliação dos turistas por motivo cultural foi muito similar ao do turista náutico com
exceção da infraestrutura urbana que teve uma nota um pouco melhor atribuída pelos
turistas por motivação cultural.
11 Foi indicado aos respondentes que infraestrutura turística referia-se aos equipamentos necessários à
realização da atividade turística, tais como aeroportos, rodovias, infraestrutura hoteleiras, dentre outros. Já os serviços turísticos seriam relativos aos serviços de receptivo, agências de viagem, passeios turísticos, dentre outros.
149
Tabela 85 - Avaliação da viagem, infraestrutura e serviços – Salvador.
Avaliação da viagem Total Cultural Náutico
Satisfação com a sua viagem 4,58 4,58 4,64
Infraestrutura urbana 4,01 4,02 3,72
Infraestrutura turística 4,21 4,21 4,17
Serviços turísticos 4,13 4,13 4,09
Fonte: Elaboração própria
Nos demais municípios da BTS, a avaliação foi menos satisfatória do que os turistas que
visitaram Salvador. Apesar de ter atribuído a nota 4,30 na avaliação do nível de satisfação
com a viagem, nos demais quesitos avaliados, foi conferido notas inferiores a 4,0. Os
serviços turísticos receberam a menor nota, 3,45, enquanto a infraestrutura urbana e
turística obtiveram 3,46 e 3,60, respectivamente.
Tabela 86 - Avaliação da viagem, infraestrutura e serviços - Municípios da BTS (exceto Salvador)*.
Avaliação da viagem Total Cultural Náutico
Satisfação com a sua viagem 4,30 4,30 4,26
Infraestrutura urbana 3,46 3,53 3,09
Infraestrutura turística 3,60 3,59 3,66
Serviços turísticos 3,45 3,42 3,61
Fonte: Elaboração própria. *Municípios da BTS (exceto Salvador) referem-se aos municípios contemplados pelo Estudo de Demanda Turística do PRODETUR/BA, quais sejam, Cachoeira, Itaparica/Vera Cruz, Jaguaripe, Maragojipe, Salinas da Margarida, São Francisco do Conde.
3.2.4.2. Aspectos positivos da Viagem
Em relação aos aspectos positivos, 76,3% dos turistas indicaram as praias como o aspecto
que mais agradou na viagem à Salvador, sendo os atrativos histórico-culturais o segundo
aspecto positivo com 71,9%. Destacou-se ainda a hospitalidade do povo e o clima com
67,7% e 63,7%, respectivamente.
Tabela 87 - Aspectos positivos da viagem - Salvador.
Aspectos positivos da viagem Total Cultural Náutico
Praias 76,3% 76,0% 89,6%
Atrativos histórico-culturais 71,9% 71,9% 68,8%
Hospitalidade do povo 67,7% 67,5% 79,2%
Clima 63,7% 63,5% 75,0%
Gastronomia 61,6% 61,5% 66,7%
Atrativos naturais 55,4% 55,1% 72,9%
Infraestrutura e serviços turísticos 21,9% 21,8% 22,9%
Atrativos náuticos 15,2% 14,8% 33,3%
150
Aspectos positivos da viagem Total Cultural Náutico
Outros 2,1% 2,1% 0,0%
Nenhum 0,7% 0,7% 2,1%
Fonte: Elaboração própria.
Obs.: Respostas Múltiplas. O somatório dos percentuais poderá ser maior que 100%.
Analisando ainda os aspectos positivos, 55,6% dos visitantes indicaram os atrativos naturais
como o item que mais agradou durante a viagem aos outros municípios da BTS (exceto
Salvador). Entre outros itens apontados como aspectos positivos, destacaram-se: atrativos
histórico-culturais (55,2%), praias (54,9%), clima (50,9%) e gastronomia (50,9%).
Tabela 88 - Aspectos positivos da viagem - Municípios da BTS (exceto Salvador)*.
Aspectos positivos da viagem Total Cultural Náutico
Atrativos naturais 55,6% 51,5% 77,3%
Atrativos histórico-culturais 55,2% 57,9% 40,9%
Praias 54,9% 51,1% 75,0%
Clima 50,9% 48,5% 63,6%
Gastronomia 50,9% 47,6% 68,2%
Hospitalidade do povo 48,7% 47,6% 54,5%
Atrativos náuticos 22,0% 17,2% 47,7%
Infraestrutura e serviços turísticos 16,6% 15,0% 25,0%
Outros 1,1% 1,3% 0,0%
Nenhum 0,7% 0,4% 2,3%
Fonte: Elaboração própria. Obs.: Respostas Múltiplas. O somatório dos percentuais poderá ser maior que 100% *Municípios da BTS (exceto Salvador) referem-se aos municípios contemplados pelo Estudo de Demanda Turística do PRODETUR/BA, quais sejam, Cachoeira, Itaparica/Vera Cruz, Jaguaripe, Maragojipe, Salinas da Margarida, São Francisco do Conde.
3.2.4.3. Aspectos negativos da viagem
Em relação aos aspectos negativos, 38,1% dos turistas por motivação cultural e náutica que
visitaram Salvador indicaram a abordagem dos vendedores como o item que mais
desagradou durante a viagem. Entre outros aspectos negativos, apontaram: segurança
(35,0%), abordagem de pedintes (34,5%) e trânsito (30,5%).
151
Tabela 89 - Aspectos negativos da viagem – Salvador.
Aspectos negativos da viagem Total Cultural Náutico
Abordagem de vendedores 38,1% 37,8% 54,2%
Segurança 35,0% 35,0% 37,5%
Abordagem de pedintes 34,5% 34,3% 41,7%
Trânsito 30,5% 30,3% 43,8%
Serviços de Comercio e Vendas 26,1% 26,2% 25,0%
Preço 25,3% 25,0% 39,6%
Infraestrutura e serviços urbanos 22,9% 23,0% 20,8%
Limpeza urbana 21,7% 21,3% 39,6%
Nenhum 10,2% 10,3% 8,3%
Sinalização turística 8,8% 8,8% 8,3%
Serviços de Alimentação 5,3% 5,4% 4,2%
Meios de hospedagem 5,0% 5,0% 8,3%
Outros 4,3% 4,3% 2,1%
Fonte: Elaboração própria. Obs: Respostas Múltiplas. O somatório dos percentuais poderá ser maior que 100%.
Na avaliação dos visitantes dos demais municípios da BTS, a limpeza urbana foi apontada
por 37,2% como o fator que mais desagradou. Na sequência, indicaram segurança (34,9%),
infraestrutura e serviços urbanos (28,3%) e sinalização turística (25,3%), como outros
fatores que foram apontados como aspectos negativos observados durante a viagem.
Tabela 90 - Aspectos negativos da viagem - Municípios da BTS (exceto Salvador)*.
Aspectos negativos da viagem Total Cultural Náutico
Limpeza urbana 37,2% 35,6% 45,5%
Segurança 34,9% 33,8% 40,9%
Infraestrutura e serviços urbanos 28,3% 26,2% 38,6%
Sinalização turística 25,3% 25,3% 25,0%
Trânsito 24,5% 24,4% 25,0%
Preço 24,5% 25,3% 20,5%
Serviços de Alimentação 17,5% 17,3% 18,2%
Abordagem de vendedores 16,7% 14,7% 27,3%
Serviços de Comercio e Vendas 14,1% 16,0% 4,5%
Meios de hospedagem 12,6% 11,6% 18,2%
Nenhum 8,9% 8,4% 11,4%
Outros 4,5% 4,9% 2,3%
Fonte: Elaboração própria. Obs: Respostas Múltiplas. O somatório dos percentuais poderá ser maior que 100%.*Municípios da BTS (exceto Salvador) referem-se aos municípios contemplados pelo Estudo de Demanda Turística do PRODETUR/BA, quais sejam, Cachoeira, Itaparica/Vera Cruz, Jaguaripe, Maragojipe, Salinas da Margarida, São Francisco do Conde.
152
3.3. Cruzamento de Variáveis
Além das informações apresentadas anteriormente neste relatório, outros cruzamentos são
possíveis de serem realizados a partir dos dados levantados em Salvador e nos demais
municípios da BTS. Especialmente, apresenta-se, nesta seção, os seguintes cruzamentos:
• Demanda atual por emissor, nível de gastos e tipos de atrativos visitados;
• Demanda atual por emissor e nível de gasto versus propensão a pagar por cada novo segmento do produto ofertado;
• Demanda atual por faixa etária e nível de gasto versus propensão a pagar por cada novo segmento de produto ofertado;
• Demanda atual por motivo de viagem e nível de gasto versus propensão a pagar por cada novo segmento de produto ofertado.
• Organização da viagem por emissor (Doméstico e internacional);
• Fonte de Informação por emissor;
• Renda dos visitantes por Meio de Transporte utilizado;
• Classe de Renda por meios de hospedagem;
• Meio de Transporte por meios de Hospedagem.
No caso dos cruzamentos feitos a partir da propensão a pagar por cada novo segmento de
produto ofertado, o fato do respondente declarar de forma livre os serviços não encontrados
nos municípios da Baía de Todos-os-Santos suscitou uma série de respostas diferentes,
tanto relativas aos segmentos náutico e cultural quanto relativas a serviços de outra
natureza. Para viabilizar a realização dos cruzamentos, foi necessário criar categorias que
agregassem as diferentes respostas dos turistas. Neste sentido, as respostas foram
agregadas nas seguintes categorias:
• Cultural o Atividades Culturais o Museus o City tour o Show o Turismo Religioso
• Náutico o Passeios náuticos o Transporte marítimo o Esportes Náuticos
• Outros o Infraestrutura o Transporte terrestre o Guias especializados o Ecoturismo o Esportes de Aventura o Diversão Noturna o Gastronomia o Atividades recreativas e de lazer
153
Vale ressaltar, contudo, que por conta do baixo nível de respostas desta questão, há uma
grande quantidade de missing data, especialmente nos municípios da BTS exceto Salvador,
onde o quantitativo de resposta foi ainda menor. Adicionalmente, nestes municípios, nem
todas as categorias acima listadas foram mencionadas, gerando um quantitativo menor de
categorias do que aquelas obtidas para o município de Salvador.
3.3.1. Demanda atual por emissor, nível de gastos e tipos de atrativos visitados
Neste cruzamento, apenas foi possível tabular para a cidade de Salvador. Como os
municípios da BTS exceto Salvador foram analisados de forma agregada em função da
baixa quantidade de questionários obtidos, as informações individualizadas de cada
município tornaram o cruzamento altamente instável, já que a variável “atrativos visitados” é
idiossincrática a cada município, não podendo ser, portanto, agregada e estatisticamente
significativa. No caso de Salvador, por conta do quantitativo mais relevante de respostas, foi
possível realizar a tabulação, como apresentado a seguir.
A Tabela 91 apresenta as informações dos atrativos turísticos visitados em Salvador por
emissor e por nível de gastos. Pode-se perceber pelas informações apresentadas que, no
caso dos turistas de origem doméstica há uma maior concentração de visitantes com níveis
de gasto entre R$ 1.000,00 e R$ 5.000,00, com exceção do Rio Vermelho, cuja faixa de
renda preponderante é de até R$ 1.000,00. No caso dos turistas com origem na Bahia, a
grande maioria que visitou os atrativos de Salvador estava concentrada na faixa de até R$
1.000,00. Já em relação aos turistas de origem internacional, podemos perceber que há
uma distribuição mais uniforme em relação às faixas de gastos dos turistas em relação aos
atrativos visitados.
154
Tabela 91 - Demanda atual por emissor, nível de gastos e tipo de atrativos visitados.
Atrativos visitados
DOMÉSTICO BAHIA
Até R$500
De R$500 a R$1.000
De R$1.000 a R$2.500
De R$2.500 a R$5.000
De R$5.000 a R$10.000
Mais de R$10.000
Até R$500
De R$500 a R$1.000
De R$1.000 a R$2.500
De R$2.500 a R$5.000
De R$5.000 a R$10.000
Mais de R$10.000
Pelourinho 21,6% 17,5% 27,6% 25,6% 6,6% 1,2% 41,7% 20,0% 23,8% 12,1% 0,8% 1,7%
Elevador Lacerda 21,9% 17,4% 27,6% 25,5% 6,5% 1,1% 40,2% 20,9% 23,8% 12,1% 0,8% 2,1%
Centro Histórico 21,7% 16,9% 27,6% 26,1% 6,6% 1,0% 40,4% 20,0% 24,3% 12,6% 0,9% 1,7%
Farol da Barra 21,9% 17,1% 27,7% 25,6% 6,6% 1,2% 40,9% 20,0% 24,8% 11,7% 0,9% 1,7%
Igreja do Bonfim 22,4% 16,9% 27,8% 25,8% 5,9% 1,3% 36,9% 18,8% 26,1% 14,2% 1,1% 2,8%
Porto de Salvador 21,9% 15,0% 26,0% 25,8% 9,3% 2,1% 42,4% 14,1% 21,2% 17,2% 1,0% 4,0%
Terminal Turistico Nautico de Salvador
22,3% 12,8% 25,2% 29,8% 8,7% 1,2% 35,6% 17,2% 32,2% 11,5% 1,1% 2,3%
Forte Santo Antônio da Barra
18,8% 14,0% 28,1% 28,6% 9,0% 1,4% 30,9% 23,6% 23,6% 18,2% 1,8% 1,8%
Forte de Santa Maria
20,1% 14,4% 27,8% 27,2% 9,0% 1,5% 35,1% 24,6% 17,5% 22,8% 0,0% 0,0%
Museu de Arte Moderna da Bahia
19,3% 17,2% 23,3% 30,5% 7,8% 2,0% 36,5% 14,3% 33,3% 14,3% 1,6% 0,0%
Museu náutico 18,5% 13,7% 26,2% 30,7% 8,9% 1,9% 38,3% 19,1% 27,7% 12,8% 0,0% 2,1%
Museu Carlos Costa Pinto
25,6% 14,4% 20,0% 26,7% 8,9% 4,4% 36,4% 18,2% 45,5% 0,0% 0,0% 0,0%
Mercado Modelo 27,3% 15,2% 24,2% 21,2% 6,1% 6,1% 50,0% 12,5% 25,0% 12,5% 0,0% 0,0%
Praias 15,6% 12,5% 37,5% 28,1% 6,3% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 100,0% 0,0% 0,0%
Rio Vermelho 36,4% 36,4% 9,1% 18,2% 0,0% 0,0% 100,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0%
Igrejas 14,3% 14,3% 28,6% 42,9% 0,0% 0,0% - - - - - -
Casa de Jorge Amado
16,7% 16,7% 16,7% 50,0% 0,0% 0,0% - - - - - -
Dique do Tororó 0,0% 0,0% 66,7% 33,3% 0,0% 0,0% 0,0% 100,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0%
155
Atrativos visitados
INTERNACIONAL
Até R$500 De R$500 a
R$1.000 De R$1.000 a
R$2.500 De R$2.500 a R$5.000
De R$5.000 a R$10.000
Mais de R$10.000
Pelourinho 23,2% 13,8% 17,2% 18,3% 15,8% 11,7%
Elevador Lacerda 24,0% 13,4% 16,9% 18,2% 16,3% 11,2%
Centro Histórico 25,1% 12,4% 15,9% 17,6% 16,2% 12,7%
Farol da Barra 19,3% 14,0% 17,9% 19,3% 16,6% 13,0%
Igreja do Bonfim 23,1% 10,7% 18,7% 19,1% 15,6% 12,9%
Porto de Salvador 22,1% 13,0% 17,6% 16,0% 16,8% 14,5%
Terminal Turistico Nautico de Salvador 21,6% 11,3% 17,5% 19,6% 16,5% 13,4%
Forte Santo Antônio da Barra 16,5% 12,9% 20,0% 20,0% 22,4% 8,2%
Forte de Santa Maria 16,5% 12,7% 21,5% 16,5% 22,8% 10,1%
Museu de Arte Moderna da Bahia 20,5% 11,0% 17,8% 15,1% 20,5% 15,1%
Museu náutico 23,9% 13,0% 10,9% 13,0% 26,1% 13,0%
Museu Carlos Costa Pinto 20,0% 6,7% 13,3% 6,7% 26,7% 26,7%
Mercado Modelo 20,0% 0,0% 60,0% 20,0% 0,0% 0,0%
Praias 37,5% 12,5% 0,0% 25,0% 0,0% 25,0%
Rio Vermelho 0,0% 0,0% 50,0% 50,0% 0,0% 0,0%
Igrejas 0,0% 28,6% 28,6% 14,3% 28,6% 0,0%
Casa de Jorge Amado 25,0% 25,0% 25,0% 0,0% 25,0% 0,0%
Dique do Tororó - - - - - -
Fonte: Elaboração Própria.
Obs.: Esta é uma questão de múltiplas respostas, de forma que o somatório dos percentuais pode ser superior a 100%.
156
3.3.2. Demanda atual por emissor, nível de gastos versus propensão a pagar por
cada novo segmento do produto ofertado
As tabelas 92 e 93, a seguir, trazem as informações da demanda atual, por emissor e nível
total de gastos versus a propensão a pagar por cada novo segmento de produto ofertado, ou
seja, serviços ou atividades não encontradas pelos turistas, mas que gostariam que fossem
ofertados.
Em relação à cidade de Salvador, verifica-se na tabela 92 que houve uma maior variedade
de respostas para os turistas domésticos. Para este emissor, a propensão média a pagar no
caso de serviços de infraestrutura variou de R$ 5,00 a R$ 80,00. Aqueles que usufruem de
esporte de aventura, considerando ainda os emissores domésticos, estão propensos a
pagar de R$ 50,00 a R$ 400,00.
Já em relação aos demais municípios da BTS analisados exceto Salvador, pela análise da
tabela 93, percebe-se que, para os turistas domésticos, o menor valor de propensão média
a pagar está relacionado aos serviços de infraestrutura no valor de R$ 5,00 e o maior valor
referente aos serviços de gastronomia, no valor d R$ 300,00 (nível de gasto total de até R$
500,00).
No caso dos turistas com origem na Bahia, os valores ficaram entre R$ 15,00 (nível de gasto
total até R$ 500,00) e R$ 300,00 (nível de gastos total de R$ 1.000,00 a R$ 2.500). A
propensão média a gastar dos turistas internacionais, por sua vez, variou entre R$ 30,00
para shows (nível de gasto total de mais de R$10.000,00) e R$2.000,00 para esportes de
aventura (nível de gastos total de até R$ 500,00).
157
Tabela 92 - Demanda atual por emissor e nível de gastos versus propensão a pagar por cada novo segmento do produto ofertado - Salvador
Categoria Serviços não encontrados
Doméstico Bahia Internacional
Até R$500 De R$500 a R$1.000
De R$1.000 a R$2.500
De R$2.500 a R$5.000
De R$5.000 a R$10.000
Mais de R$10.000
Até R$500 De R$500 a R$1.000
De R$1.000 a R$2.500
De R$2.500 a R$5.000
De R$5.000 a R$10.000
Mais de R$10.000
Até R$500 De R$500 a R$1.000
De R$1.000 a R$2.500
De R$2.500 a R$5.000
De R$5.000 a R$10.000
Mais de R$10.000
Cultural
Atividades culturais
R$ 12,50
R$ 15,00
R$ 68,33
R$ 70,00
0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 R$ 50,00
0 0 0
Museus R$ 15,00
0 0 R$ 300,00
R$ 25,00
0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 R$ 15,00
0
City tour 0 R$ 20,00
R$ 63,33
0 0 R$ 100,00
R$ 20,00
0 0 0 0 0 0 R$ 80,00
0 R$ 50,00
0 R$ 80,00
Shows R$ 50,00
0 R$ 200,00
R$ 140,00
0 0 0 0 R$ 30,00
0 0 0 R$ 30,00
R$ 100,00
0 0 R$ 30,00
0
Turismo religioso
0 0 R$ 50,00
0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 R$ 250,00
Náutico
Passeios naúticos
R$ 3,00
R$ 93,33
0 R$ 50,00
0 0 0 0 0 R$ 15,00
0 0 0 0 R$ 55,00
0 0 0
Transporte marítimo
0 0 R$ 50,00
0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 R$ 200,00
Esportes naúticos
R$ 150,00
0 R$ 35,00
R$ 250,00
0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Outros
Infraestrutura R$ 5,00
R$ 7,50
R$ 2,00
R$ 80,00
0 0 0 0 0 R$ 10,00
0 0 0 0 0 R$ 10,00
R$ 50,00
R$ 3,00
Transporte terrestre
0 0 R$ 5,00
R$ 10,00
R$ 10,00
0 0 0 0 0 0 0 R$ 5,00
0 R$ 10,00
R$ 50,00
0 0
Guias especializados
0 R$ 50,00
R$ 150,00
R$ 40,00
0 0 R$ 100,00
0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 R$ 200,00
Ecoturismo 0 0 R$ 150,00
0 R$ 200,00
0 0 R$ 2.000,00
0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Diversão Noturna
R$ 100,00
0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 R$ 50,00
0 0 0 0 0
Esportes de Aventura
0 R$ 50,00
R$ 400,00
R$ 93,33
0 0 0 R$ 45,00
0 0 0 0 0 0 R$ 175,00
R$ 200,00
0 R$ 80,00
Gastronomia 0 0 R$ 70,00
0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 R$ 250,00
0 R$ 50,00
Atividade recreativas
R$ 131,25
R$ 17,50
R$ 44,00
R$ 166,67
0 0 0 0 R$ 100,00
R$ 250,00
0 0 0 R$ 20,00
R$ 30,00
0 0 R$ 50,00
Fonte: Elaboração própria.
158
Tabela 93 - Demanda atual por emissor e nível de gastos versus propensão a pagar por cada novo segmento do produto ofertado - Municípios BTS (exceto Salvador)
Categoria Serviços não encontrados
Doméstico Bahia Internacional
Até R$500 De R$500 a R$1.000
De R$1.000 a R$2.500
De R$2.500 a R$5.000
De R$5.000 a R$10.000
Mais de R$10.000
Até R$500 De R$500 a R$1.000
De R$1.000 a R$2.500
De R$2.500 a R$5.000
De R$5.000 a R$10.000
Mais de R$10.000
Até R$500 De R$500 a R$1.000
De R$1.000 a R$2.500
De R$2.500 a R$5.000
De R$5.000 a R$10.000
Mais de R$10.000
Cultural
Atividades culturais
0 0 R$ 10,00
0 0 0 R$ 65,00
R$ 20,00
0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Museus 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
City tour 0 0 0 0 0 0 R$ 100,00
0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Shows 0 0 0 0 0 0 R$ 15,00
0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 R$ 30,00
Turismo religioso
R$ 180,00
0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Náutico
Passeios náuticos
R$ 70,00
R$ 40,00
R$ 80,00
0 R$ 100,00
0 R$ 64,29
R$ 20,00
0 0 0 0 R$ 50,00
R$ 50,00
0 0 0 0
Transporte marítimo
0 0 R$
15,00 0 0 0
R$ 10,00
0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Esportes náuticos
R$ 50,00
0 0 0 R$ 50,00
0 R$ 83,33
0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 R$ 150,00
Outros
Infraestrutura R$ 5,00
0 0 0 0 0 R$
50,50 R$
200,00 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Guias especializados
R$ 9,00
0 0 R$ 200,00
R$ 125,00
0 R$ 100,00
0 0 R$ 200,00
0 0 R$ 35,00
0 0 0 0 0
Ecoturismo 0 0 R$ 200,00
0 0 0 R$ 63,33
0 0 0 0 0 R$ 100,00
0 0 0 0 0
Esportes de aventura
0 R$
80,00 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
R$ 2.000,00
0 0 0 0 0
Diversão noturna
R$ 50,00
0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Gastronomia R$ 300,00
0 R$
100,00 0 0 0
R$ 91,67
R$ 50,00
0 R$
150,00 0 0 0 0
R$ 100,00
0 0 0
Atividades recreativas
R$ 30,00
0 R$ 40,00
0 R$ 140,00
0 R$ 41,67
R$ 150,00
R$ 300,00
0 0 0 0 0 0 0 0 0
Fonte: Elaboração própria.
159
3.3.3. Demanda atual por faixa etária e nível de gasto versus propensão a pagar por
cada novo segmento de produto ofertado
Nas tabelas a seguir apresenta-se o cruzamento das informações de faixa etária e nível de
gasto versus a propensão a pagar por cada novo segmento de produto ofertado, tanto para
Salvador quanto para os municípios da BTS exceto Salvador. Tanto para Salvador como
para os demais municípios da BTS exceto Salvador, dividiu-se em 6 níveis de gasto (Até R$
500,00; de R$ 500,00 a R$ 1.000,00; de R$ 1.000,00 a R$ 2.500,00; de R$ 2.500,00 a
R$5.000,00; de R$ 5.000,00 a R$ 10.000,00; Mais de R$ 10.000,00) e 4 níveis de faixa
etária (de 18 a 31 anos; de 32 a 40 anos; de 41 a 59 e 60 anos ou mais)
No caso de Salvador, verifica-se, o nível de gasto de até R$ 500,00, os maiores valores de
disposição a pagar ficaram por conta dos turistas com idade entre 18 a 31 anos, que se
mostraram propensos a pagar R$ 150,00 por esporte náuticos e atividades recreativas e de
lazer.
Na faixa de R$ 500,00 a R$ 1.000,00, destaca-se o elevada disposição a pagar por
atividades de ecoturismo (R$2.000,00), na faixa etária de 41 a 59 anos. Para esta mesma
faixa etária, porém para o nível de renda entre R$ 1.000,00 a R$ 2.500,00, destaca-se os
esportes de aventura com elevada disposição pagar (R$400). Para os demais cruzamentos,
destaca-se o nível de gasto de R$ 2.500,00 a R$ 5.000,00, os valores declarados pelas
faixas de 18 a 31 anos, que se mostraram dispostos a pagar R$ 300,00 por museus e a
faixa de 41 a 59 anos, que declarou a disposição a pagar de R$ 250,00 por esportes
náuticos e também por gastronomia.
No caso dos municípios da BTS analisados exceto Salvador, na faixa de renda de até R$
500,00, a disposição a pagar por esportes de aventura é de R$ 2.000,00, para a faixa etária
de 41 a 59. Já no nível de gasto de R$500,00 a R$ 1.000,00, percebe-se que a disposição a
pagar por serviços de infraestrutura para a faixa de 41 a 59 anos é de R$ 200,00. Da
mesma forma, a disposição a pagar por atividades de ecoturismo para o nível de gasto de
R$ 1.000,00 a R$ 2.500,00 também é de R$ 200,00, na faixa etária de 32 a 40 anos. Para
os demais cruzamentos, tem-se a disposição a pagar de R$ 200,00 por guias especializados
no nível de gasto de R$ 2.500,00 a R$ 5.000,00. E, para a faixa etária de 41 a 59 a
propensão a pagar é de R$ 140,00 para atividades recreativas e de lazer.
160
Tabela 94 - Demanda atual por faixa etária e nível de gasto versus propensão a pagar por cada novo segmento de produto ofertado – Salvador.
Categoria Serviços não encontrados
Até R$500,00 De R$500,00 a R$1.000,00 De R$1.000,00 a R$2.500,00 De R$2.500,00 a R$5.000,00 De R$5.000,00 a R$10.000,00 Mais de R$10.000,00
18 a 31 32 a 40 41 a 59 60 ou mais
18 a 31 32 a 40 41 a 59 60 ou mais
18 a 31 32 a 40 41 a 59 60 ou mais
18 a 31 32 a 40 41 a 59 60 ou mais
18 a 31 32 a 40 41 a 59 60 ou mais
18 a 31 32 a 40 41 a 59 60 ou mais
Cultural
Atividades culturais
R$ 12,50
0 0 0 0 R$
15,00 0 0
R$ 100,00
R$ 51,67
0 0 R$
60,00 R$
80,00 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Museus 0 R$
15,00 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
R$ 300,00
0 0 0 0 R$
25,00 R$
15,00 0 0 0 0 0
City tour 0 0 0 R$
20,00 R$
80,00 R$
20,00 0 0
R$ 40,00
0 R$
75,00 0 0 0
R$ 50,00
0 0 0 0 0 R$
100,00 0
R$ 80,00
0
Shows 0 R$
50,00 R$
30,00 0
R$ 100,00
0 0 0 0 0 R$
115,00 0
R$ 200,00
0 R$
80,00 0
R$ 30,00
0 0 0 0 0 0 0
Turismo religioso
0 0 0 0 0 0 0 0 0 R$
50,00 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
R$ 250,00
0 0
Náutico
Passeios náuticos
0 R$
3,00 0 0
R$ 110,00
R$ 60,00
0 0 0 0 R$
55,00 0 0 0
R$ 38,33
0 0 0 0 0 0 0 0 0
Transporte marítimo
0 0 0 0 0 0 0 0 R$
50,00 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
R$ 200,00
0
Esportes náuticos
R$ 150,00
0 0 0 0 0 0 0 0 R$
20,00 R$
50,00 0 0 0
R$ 250,00
0 0 0 0 0 0 0 0 0
Outros
Infraestrutura R$ 5,00 0 0 0 R$
10,00 0
R$ 5,00
0 R$
2,00 0 0 0 0
R$ 10,00
R$ 80,00
R$ 10,00
0 R$
50,00 0 0 R$ 3,00 0 0 0
Transporte terrestre
0 R$
5,00 0 0 0 0 0 0
R$ 10,00
R$ 5,00
R$ 5,00
0 R$
50,00 0
R$ 10,00
0 0 R$
10,00 0 0 0 0 0 0
Guias especializados
R$ 100,00
0 0 0 R$
50,00 0 0 0
R$ 150,00
0 0 0 0 0 R$
40,00 0 0 0 0 0 0
R$ 200,00
0 0
Ecoturismo 0 0 0 0 0 0 R$
2.000,00 0
R$ 150,00
0 0 0 0 0 0 0 0 R$
200,00 0 0 0 0 0 0
Esportes de Aventura
0 0 0 0 R$
46,67 0 0 0
R$ 100,00
R$ 250,00
R$ 400,00
0 R$
133,33 0
R$ 80,00
0 0 0 0 0 0 R$
80,00 0 0
Diversão Noturna
R$ 50,00
R$ 100,00
0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Gastronomia 0 0 0 0 0 0 0 0 R$
100,00 0
R$ 40,00
0 0 0 R$
250,00 0 0 0 0 0
R$ 50,00
0 0 0
Atividades recreativas
R$ 150,00
R$ 75,00
0 0 R$
16,67 R$
25,00 0 0
R$ 35,00
R$ 100,00
R$ 56,00
0 R$
75,00 R$
300,00 0 0 0 0 0 0 0
R$ 50,00
0 0
Fonte: Elaboração própria.
161
Tabela 95 - Demanda atual por faixa etária e nível de gasto versus propensão a pagar por cada novo segmento de produto ofertado – Municípios BTS (exceto Salvador).
Categoria Serviços não encontrados
Até R$500,00 De R$500,00 a R$1.000,00 De R$1.000,00 a R$2.500,00 De R$2.500,00 a R$5.000,00 De R$5.000,00 a R$10.000,00 Mais de R$10.000,00
18 a 31 32 a 40 41 a 59 60 ou mais
18 a 31 32 a 40 41 a 59 60 ou mais
18 a 31 32 a 40 41 a 59 60 ou mais
18 a 31 32 a 40 41 a 59 60 ou mais
18 a 31 32 a 40 41 a 59 60 ou mais
18 a 31 32 a 40 41 a 59 60 ou mais
Cultural
Atividades culturais
0 0 R$
100,00 R$
30,00 0 0
R$ 20,00
0 0 0 R$
10,00 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
City tour 0 R$
100,00 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Shows 0 0 R$
15,00 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
R$ 30,00
0 0 0
Turismo religioso
0 R$
180,00 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Náutico
Passeios náuticos
R$ 50,00
R$ 75,00
R$ 54,62
R$ 150,00
R$ 36,67
0 0 0 0 R$
80,00 0 0 0 0 0 0 0 0
R$ 100,00
0 0 0 0 0
Transporte marítimo
R$ 10,00
0 0 0 0 0 0 0 0 0 R$
15,00 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Esportes náuticos
0 R$
60,00 R$
90,00 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
R$ 50,00
0 0 0 0 R$
150,00 0 0
Outros
Infraestrutura 0 0 R$ 3,00 R$
100,00 0 0
R$ 200,00
0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Guias especializados
R$ 100,00
0 R$
22,00 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
R$ 200,00
0 0 0 R$
125,00 0 0 0 0 0
Ecoturismo R$
75,00 R$
100,00 R$
40,00 0 0 0 0 0 0
R$ 200,00
0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Esportes de Aventura
0 0 R$
2.000,00 0
R$ 80,00
0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Diversão Noturna
R$ 50,00
0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Gastronomia R$
37,50 0
R$ 250,00
0 R$
50,00 0 0
R$ 100,00
R$ 100,00
0 0 0 0 0 0 R$
150,00 0 0 0 0 0 0 0 0
Atividades recreativas
R$ 22,50
0 R$
55,00 0
R$ 150,00
0 0 0 R$
40,00 0
R$ 300,00
0 0 0 0 0 0 0 R$
140,00 0 0 0 0 0
Fonte: Elaboração própria.
162
3.3.4. Demanda atual por motivo de viagem e nível de gasto versus propensão a
pagar por cada novo segmento de produto ofertado
A demanda atual por motivo de viagem e nível de gasto versus a propensão a pagar por
cada novo segmento de produto ofertado é apresentada nas tabelas a seguir.
Para Salvador, no segmento cultural, o menor valor encontrado de propensão média a pagar
é de R$ 2,00, no caso de serviços de infraestrutura para o nível de gastos total de
R$1.000,00 a R$2.500,00. Relacionado a serviços de ecoturismo, a maior propensão a
pagar era de R$2.000,00, no nível de gastos de R$500,00 a R$1.000,00.
No caso do segmento náutico, as respostas obtidas referem-se apenas as faixas de renda
mais elevadas e relacionadas a dois segmentos de produtos ofertados específicos: serviços
de transporte terrestre (propensão a pagar de R$ 10,00 para nível de gasto total de
R$5.000,00 a R$ 10.000,00) e serviços de esportes de aventura (propensão a pagar de
R$80,00 e nível de gasto total superior a R$ 10.000,00).
Em relação aos demais municípios (exceto Salvador), observa-se que, no segmento cultural,
a propensão média a pagar variou de R$10,00 para atividades culturais, relativa ao nível de
gasto de R$1.000,00 a R$2.500,00, a R$2.000,00, referente ao nível de gastos totais de até
R$500,00. Já em relação ao segmento náutico, os valores obtidos com as respostas dos
turistas ficaram concentrados nos menores valores de propensão a pagar, tendo variado de
R$ 15,00, no segmento de serviços de atividades recreativas e de lazer, a R$ 300,00, no
segmento de gastronomia, ambos relacionados ao nível de gasto total de até R$500,00.
163
Tabela 96 - Demanda atual por motivo de viagem e nível de gasto versus propensão a pagar por cada novo segmento de produto ofertado - Salvador.
Categoria Serviços não encontrados
Cultural Náutico
Até R$500
De R$500 a R$1.000
De R$1000 a R$2500
De R$2.500 a R$5.000
De R$5.000 a R$10.000
Mais de R$10.000
Até R$500
De R$500 a R$1.000
De R$1000 a R$2500
De R$2.500 a R$5.000
De R$5.000 a R$10.000
Mais de R$10.000
Cultural
Atividades culturais
R$ 12,50 R$ 15,00 R$ 63,75 R$ 70,00 0 0 0 0 0 0 0 0
Museus R$ 15,00 0 0 R$ 300,00 R$ 20,00 0 0 0 0 0 0 0
City tour R$ 20,00 R$ 50,00 R$ 63,33 R$ 50,00 0 R$ 90,00 0 0 0 0 0 0
Shows R$ 40,00 R$ 100,00 R$ 115,00 R$ 140,00 R$ 30,00 0 0 0 0 0 0 0
Turismo religioso
0 0 R$ 50,00 0 0 R$ 250,00 0 0 0 0 0 0
Náutico
Passeios naúticos
R$ 3,00 R$ 93,33 R$ 55,00 R$ 38,33 0 0 0 0 0 0 0 0
Transporte marítimo
0 0 R$ 50,00 0 0 R$ 200,00 0 0 0 0 0 0
Esportes naúticos
R$ 150,00 0 R$ 35,00 R$ 250,00 0 0 0 0 0 0 0 0
Outros
Infraestrutura R$ 5,00 R$ 7,50 R$ 2,00 R$ 45,00 R$ 50,00 R$ 3,00 0 0 0 0 0 0
Transporte terrestre
R$ 5,00 0 R$ 6,67 R$ 30,00 0 0 0 0 0 0 R$ 10,00 0
Guias especializados
R$ 100,00 R$ 50,00 R$ 150,00 R$ 40,00 0 R$ 200,00 0 0 0 0 0 0
Ecoturismo 0 R$
2.000,00 R$ 150,00 0 R$ 200,00 0 0 0 0 0 0 0
Esportes de Aventura
0 R$ 46,67 R$ 250,00 R$ 120,00 0 0 0 0 0 0 0 R$ 80,00
Diversão Noturna
R$ 75,00 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Gastronomia 0 0 R$ 70,00 R$ 250,00 0 R$ 50,00 0 0 0 0 0 0
Atividade recreativas
R$ 131,25 R$ 18,75 R$ 56,25 R$ 187,50 0 R$ 50,00 0 0 0 0 0 0
Fonte: Elaboração própria. Obs: 0 = não disponível.
164
Tabela 97 - Demanda atual por motivo de viagem e nível de gasto versus propensão a pagar por cada novo segmento de produto ofertado – Municípios BTS (exceto
Salvador).
Categoria Serviços não encontrados
Cultural Náutico
Até R$500
De R$500 a R$1.000
De R$1.000 a R$2.500
De R$2.500 a R$5.000
De R$5.000 a R$10.000
Mais de R$10.000
Até R$500
De R$500 a R$1.000
De R$1.000 a R$2.500
De R$2.500 a R$5.000
De R$5.000 a R$10.000
Mais de R$10.000
Cultural
Atividades culturais
R$ 65,00 R$ 20,00 R$ 10,00 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Museus 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
City tour R$ 100,00 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Shows R$ 15,00 0 0 0 0 R$ 30,00 0 0 0 0 0 0
Turismo religioso
R$ 180,00 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Náutico
Passeios náuticos
R$ 52,61 R$ 45,00 R$ 80,00 0 R$ 100,00 0 R$ 200,00 R$ 20,00 0 0 0 0
Transporte marítimo
R$ 10,00 0 R$ 15,00 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Esportes náuticos
R$ 50,00 0 0 0 R$ 50,00 R$ 150,00 R$ 83,33 0 0 0 0 0
Outros
Infraestrutura R$ 52,50 R$ 200,00 0 0 0 0 R$ 1,00 0 0 0 0 0
Guias especializados
R$ 48,00 0 0 R$ 200,00 R$ 125,00 0 0 0 0 0 0 0
Ecoturismo R$ 63,33 0 R$ 200,00 0 0 0 R$ 100,00 0 0 0 0 0
Esportes de aventura
R$ 2.000,00
R$ 80,00 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Diversão noturna
R$ 50,00 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Gastronomia R$ 91,67 R$ 50,00 R$ 100,00 R$ 150,00 0 0 R$ 300,00 0 R$ 100,00 0 0 0
Atividade recreativa
R$ 46,67 R$ 150,00 0 0 R$ 140,00 0 R$ 15,00 0 R$ 170,00 0 0 0
Fonte: Elaboração própria. Obs: 0 = não disponível.
165
3.3.5. Organização da viagem por emissor (Doméstico e Internacional)
A maioria dos turistas domésticos (81,7%) e dos turistas internacionais (74,2%) indicou que
organizaram a viagem de forma individual, sem pacote turístico, o que indica reduzida
relevância das agências de viagens na organização das viagens para os municípios da BTS
(exceto Salvador). No caso dos turistas internacionais, 19,4% indicaram a utilização de
agência na organização da viagem e, apenas 9,3% dos turistas domésticos informaram que
recorreram aos serviços de agência para organizar as suas viagens.
Tabela 98 - Organização da viagem por emissor - Municípios da BTS (exceto Salvador)*.
Organização da viagem Doméstico Internacional
Foi sem pacote / organização individual 81,7% 74,2%
Agências de viagem 9,3% 19,4%
Cortesia, premio, convite 2,4% 3,2%
Empresa onde trabalha 2,8% 0,0%
Outros 2,4% 0,0%
Amigos 1,2% 3,2%
Fonte: Elaboração própria *Municípios da BTS (exceto Salvador) referem-se aos municípios contemplados pelo Estudo de Demanda Turística do PRODETUR/BA, quais sejam, Cachoeira, Itaparica/Vera Cruz, Jaguaripe, Maragojipe, Salinas da Margarida, São Francisco do Conde
Da mesma forma, os visitantes de Salvador, tanto domésticos (81,8%) como internacionais
(75,3%) indicaram que organizaram a viagem de forma individual, sem pacote turístico.
Constatou-se que 22,3% dos visitantes internacionais utilizaram agências para organizarem
as viagens e 16,2% dos turistas domésticos recorreram às agências para organizar as suas
viagens.
Tabela 99 - Organização da viagem por emissor - Salvador.
Organização da viagem Doméstico Internacional
Foi sem pacote / organização individual 81,8% 75,3%
Agências de viagem 16,2% 22,3%
Outros, especificar 1,1% 1,8%
Empresa onde trabalha 0,5% 0,5%
Cortesia, premio, convite 0,5% 0,3%
Fonte: Elaboração própria.
166
3.3.6. Fonte de Informação por emissor (Doméstico e Internacional)
Ter conhecimento em relação à fonte de informação utilizada pelo visitante para organizar a
sua viagem é fundamental no direcionamento de ações de marketing para atrair novos
visitantes. Nesta perspectiva, analisando a relação entre a principal fonte de informação
utilizada pelos visitantes dos municípios da BTS (exceto Salvador) e o tipo de visitante
(doméstico x internacional), constatou-se que há diferenças importantes nos resultados da
pesquisa. Apesar de ambos visitantes domésticos e internacionais, terem indicado como
principal fonte de informação parentes e amigos, com 66,3% e 38.7%, respectivamente, há
uma diferença importante em relação às demais fontes de informações utilizadas. No caso
dos visitantes internacionais, 32,3% indicaram a internet como a principal fonte de
informação, enquanto que, dos turistas domésticos, apenas 19,5% assinalaram essa
alternativa.
Tabela 100 - Fonte de informação por emissor - Municípios da BTS (exceto Salvador)*.
Fonte de Informação Doméstico Internacional
Parentes e amigos 66,3% 38,7%
Internet 19,5% 32,3%
Outros, especificar 3,7% 6,5%
Agências de viagens 2,8% 6,5%
Guias turísticos 2,4% 6,5%
Anúncios, campanhas publicitarias 1,6% 6,5%
Artigos em jornais e revistas 1,6% 3,2%
Feiras, eventos, congressos 1,6% 0,0%
Televisão e/ou radio 0,4% 0,0%
Fonte: Elaboração própria *Municípios da BTS (exceto Salvador) referem-se aos municípios contemplados pelo Estudo de Demanda Turística do PRODETUR/BA, quais sejam, Cachoeira, Itaparica/Vera Cruz, Jaguaripe, Maragojipe, Salinas da Margarida, São Francisco do Conde
Analisando a relação entre a principal fonte de informação utilizada pelos visitantes de
Salvador e o tipo de visitante (doméstico x internacional), observou-se resultados
semelhantes para os dois tipos de visitantes. Tanto os visitantes domésticos como os
internacionais indicaram a internet como a principal fonte de informação, 44,3% e 59,6%,
respectivamente. Na segunda colocação foi indicado como fonte de informação, parentes e
amigos, sendo, 39,8% dos turistas domésticos e 22,5% dos internacionais.
167
Tabela 101 - Fonte de informação por emissor - Salvador.
Fontes de informação Doméstico Internacional
Internet 44,3% 59,6%
Parentes e amigos 39,8% 22,5%
Agências de viagens 8,9% 8,3%
Outros, especificar 3,1% 3,0%
Anúncios, campanhas publicitarias 0,9% 2,5%
Guias turísticos 0,9% 1,5%
Artigos em jornais e revistas 0,7% 2,3%
Televisão e/ou radio 0,9% 0,3%
Feiras, eventos, congressos 0,6% 0,0%
Fonte: Elaboração Própria
3.3.7. Renda dos visitantes por meio de transporte utilizado
Analisando a relação entre a renda dos visitantes e o principal meio de transporte utilizado
para chegar até os municípios da BTS (exceto Salvador), constatou-se que não existe uma
relação bem definida entre estas duas variáveis. Para os visitantes que declaram ter uma
renda de até R$ 2.640,00, 35,1 % indicaram o uso de ônibus de linha e 33,8% apontaram,
como meio de transporte, o automóvel próprio. Por outro lado, entre os visitantes com renda
entre R$ 17.600,00 e R$ 22.000,00, 42,9% informaram que utilizaram automóvel próprio e
28,6%, automóvel alugado.
Tabela 102 - Renda dos visitantes por meio de transporte utilizado - Municípios da BTS (exceto Salvador)*.
Meio de Transporte
Até R$2.640
De R$ 2.640 a R$
4.400
De R$ 4.400 a R$ 8.800
De R$ 8.800 a R$ 13.200
R$ 13.200 a R$
17.600
R$ 17.600 a R$
22.000
Mais de R$ 22.000
Automóvel próprio 33,8% 41,9% 44,2% 23,8% 37,5% 42,9% 50,0%
Ônibus de linha 35,1% 7,0% 11,5% 9,5% 25,0% 7,1% 0,0%
Transporte hidroviário 6,8% 16,3% 11,5% 14,3% 0,0% 7,1% 50,0%
Ônibus fretado 10,8% 9,3% 7,7% 9,5% 0,0% 0,0% 0,0%
Automóvel alugado 6,8% 4,7% 9,6% 14,3% 25,0% 28,6% 0,0%
Voo regular 1,4% 11,6% 5,8% 9,5% 12,5% 14,3% 0,0%
Táxi 4,1% 7,0% 5,8% 4,8% 0,0% 0,0% 0,0%
Uber 1,4% 0,0% 0,0% 4,8% 0,0% 0,0% 0,0%
Outros 0,0% 2,3% 3,8% 9,5% 0,0% 0,0% 0,0%
Fonte: Elaboração própria. *Municípios da BTS (exceto Salvador) referem-se aos municípios contemplados pelo Estudo de Demanda Turística do PRODETUR/BA, quais sejam, Cachoeira, Itaparica/Vera Cruz, Jaguaripe, Maragojipe, Salinas da Margarida, São Francisco do Conde.
168
Analisando os dados da pesquisa em Salvador, constatou-se que existe uma correlação
positiva entre o nivel de renda e o uso de voo regular como meio de transporte para chegar
até o municício. Dos visitantes com a renda até R$ 2.640,00, 30,4% indicaram o uso de voo
regular para chegar a cidade, enquanto que, das famílias com renda acima de R$
22.000,00, 59% informaram que utilizaram o transporte aéreo – voo regular. Como podemos
observar pela Tabela 103, o aumento na renda dos visitantes é acompanhado por um
aumento no uso de voos regulares por meio de transporte.
No caso do uso de Ônibus de linha, mostra uma relação inversa com o nível de renda,
apesar de 14,1% dos visitantes com renda superior a R$ 22.000,00 terem assinalado que
utilizaram o Ônibus para chegar até a região. Dos visitantes com renda até R$ 2.640,00,
31,0% indicaram que utilizaram o Ônibus de linha, enquanto que, apenas 4,7% dos com
renda entre R$ 17.600,00 e R$ 22.000,00, utilizaram tal meio de transporte.
Tabela 103 - Renda dos visitantes por meio de transporte utilizado - Salvador.
Meio de Transporte
Até R$2.640
De R$ 2.640 a
R$ 4.400
De R$ 4.400 a R$
8.800
De R$ 8.800 a R$
13.200
R$ 13.200 a R$
17.600
R$ 17.600 a R$
22.000
Mais de R$ 22.000
Voo regular 30,4% 33,6% 35,6% 39,7% 53,5% 56,1% 59,0%
Automóvel próprio 19,1% 16,0% 18,8% 16,3% 16,7% 21,5% 6,4%
Ônibus de linha 31,0% 23,0% 11,3% 9,7% 7,6% 4,7% 14,1%
Uber 6,6% 10,6% 12,7% 11,1% 8,3% 2,8% 5,1%
Táxi 4,5% 6,5% 11,0% 11,7% 3,5% 2,8% 7,7%
Automóvel alugado 1,8% 3,2% 5,0% 6,0% 4,2% 7,5% 5,1%
Ônibus fretado 3,9% 5,2% 4,2% 4,0% 2,1% 2,8% 2,6%
Transporte hidroviário
1,5% 1,4% 0,8% 0,9% 2,1% 1,9% 0,0%
Outros 1,2% 0,7% 0,6% 0,6% 2,1% 0,0% 0,0%
Fonte: Elaboração própria
3.3.8. Renda dos visitantes por meio de hospedagem
Analisando a relação entre a classe de renda e os meios de hospedagem utilizados pelos
visitantes dos municípios da BTS (exceto Salvador), a maioria indicou que ficou hospedado
em hotel ou casa de amigos e parentes. Por exemplo, comparando a menor classe de renda
(até R$ 2.640,00) com a maior (mais de R$ 22.000,00) observa-se que o visitante da
primeira faixa de renda se hospedou principalmente em casa de amigos e parentes (40,3%)
e hotel (27,4%), enquanto que dos visitantes da maior faixa de renda, 33,3% ficou em hotel
e 33,3% em casa de amigos e parentes.
169
Tabela 104 - Classe de renda por meios de hospedagem - Municípios da BTS (exceto Salvador)*.
Meio de Hospedagem
Até R$2.640
De R$ 2.640 a R$
4.400
De R$ 4.400 a R$
8.800
De R$ 8.800 a R$
13.200
R$ 13.200 a R$ 17.600
R$ 17.600 a R$
22.000
Mais de R$ 22.000
Hotel 27,4% 54,8% 46,2% 40,0% 37,5% 50,0% 33,3%
Casa de amigos ou parentes
40,3% 28,6% 23,1% 30,0% 37,5% 14,3% 33,3%
Apartamento ou casa alugada exceto airbnb
12,9% 7,1% 11,5% 10,0% 0,0% 14,3% 0,0%
Outros, especificar 14,5% 4,8% 11,5% 5,0% 25,0% 0,0% 33,3%
Albergue 0,0% 2,4% 5,8% 0,0% 0,0% 7,1% 0,0%
Airbnb 1,6% 0,0% 0,0% 5,0% 0,0% 14,3% 0,0%
Barco, navio ou outro tipo de embarcação
3,2% 0,0% 0,0% 10,0% 0,0% 0,0% 0,0%
Cama e café 0,0% 2,4% 1,9% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0%
Casa Própria 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0%
Fonte: elaboração própria. *Municípios da BTS (exceto Salvador) referem-se aos municípios contemplados pelo Estudo de Demanda Turística do PRODETUR/BA, quais sejam, Cachoeira, Itaparica/Vera Cruz, Jaguaripe, Maragojipe, Salinas da Margarida, São Francisco do Conde.
No caso dos resultados da pesquisa de Salvador foi constatado resultados bem diferentes
na relação entre a classe de renda e hospedagem. Neste caso foi observada uma
correlação positiva entre o nível de renda e a hospedagem em hotel e uma correlação
negativa entre o nível de renda e a hospedagem em casa de amigos e parentes. Enquanto
que dos visitantes com o nível de renda até R$ 2.640,00, 33,0% ficou em hotel e 46,4% em
casa de amigos e parentes, os visitantes com nível de renda superior a R$ 22.000,00,
78,2% ficaram em hotel e apenas 3,8% ficaram em casa de amigos e parentes.
Tabela 105 - Classe de renda por meios de hospedagem - Salvador.
Meio de Hospedagem
Até R$2.640
De R$ 2.640 a R$
4.400
De R$ 4.400 a R$
8.800
De R$ 8.800 a R$
13.200
R$ 13.200 a R$
17.600
R$ 17.600 a R$
22.000
Mais de R$ 22.000
Hotel 33,0% 44,5% 58,2% 66,7% 61,8% 72,2% 78,2%
Casa de amigos ou parentes
46,4% 33,7% 25,0% 13,4% 12,5% 9,3% 3,8%
Albergue 8,0% 10,1% 5,7% 8,3% 3,5% 6,5% 3,8%
Apartamento ou casa alugada exceto airbnb
6,0% 5,4% 4,7% 5,7% 12,5% 7,4% 6,4%
Airbnb 3,3% 1,8% 3,3% 3,1% 2,8% 0,0% 2,6%
Pousada 1,2% 2,9% 2,0% 2,0% 3,5% 2,8% 2,6%
Outros 1,2% 1,3% 0,3% 0,6% 0,7% 0,9% 1,3%
170
Meio de Hospedagem
Até R$2.640
De R$ 2.640 a R$
4.400
De R$ 4.400 a R$
8.800
De R$ 8.800 a R$
13.200
R$ 13.200 a R$
17.600
R$ 17.600 a R$
22.000
Mais de R$ 22.000
Barco, navio ou outro tipo de embarcação
0,6% 0,2% 0,3% 0,0% 1,4% 0,0% 0,0%
Apartamento Próprio 0,3% 0,0% 0,3% 0,3% 1,4% 0,9% 1,3%
Cama e café 0,0% 0,0% 0,2% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0%
Fonte: Elaboração própria.
3.3.9. Meio de transporte por meios de hospedagem
Analisando a relação entre o meio de transporte e os meios de hospedagem utilizados pelos
visitantes dos municípios da BTS (exceto Salvador), percebe-se que quando se utiliza
ônibus de linha e automóvel próprio à tendência é utilizar a casa de amigos e parentes como
meio de hospedagem. Por outro lado, os turistas que chegam à região por meio de ônibus
fretado, voo regular, automóvel alugado e taxi, tende a se hospedar em hotel, segundo
dados da pesquisa.
Tabela 106 - Meio de transporte por meio de hospedagem - Municípios da BTS (exceto Salvador)*.
Meio de transporte
Meio de hospedage
m
Ônibus de linha
Automóvel próprio
Voo regular
Transporte hidroviário
Ônibus fretado
Automóvel alugado
Táxi Uber Outros
Hotel 26,4% 33,3% 64,7% 46,7% 60,0% 68,2% 60,0% 33,3% 33,3%
Casa de amigos ou parentes
45,3% 42,4% 17,6% 20,0% 26,7% 4,5% 10,0% 0,0% 16,7%
Apartamento ou casa alugada exceto airbnb
1,9% 14,1% 17,6% 3,3% 0,0% 13,6% 10,0% 0,0% 0,0%
Albergue (Hostel)
3,8% 1,0% 0,0% 10,0% 6,7% 0,0% 0,0% 33,3% 0,0%
Airbnb 0,0% 3,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 33,3% 16,7%
Barco, navio ou outro tipo de embarcação
1,9% 0,0% 0,0% 10,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 16,7%
Casa Própria 3,8% 1,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0%
Cama e café 1,9% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 4,5% 0,0% 0,0% 0,0%
Outros 15,1% 5,1% 0,0% 10,0% 6,7% 9,1% 20,0% 0,0% 16,7%
Fonte: Elaboração própria. *Municípios da BTS (exceto Salvador) referem-se aos municípios contemplados pelo Estudo de Demanda Turística do PRODETUR/BA, quais sejam, Cachoeira, Itaparica/Vera Cruz, Jaguaripe, Maragojipe, Salinas da Margarida, São Francisco do Conde.
171
Analisando a relação entre o meio de transporte e os meios de hospedagem utilizados pelos
visitantes de Salvador, constata-se que os resultados são bastante similares em relação ao
observado na pesquisa nos demais municípios. Dos visitantes que chegaram a Salvador
utilizando automóvel próprio, 43,8% ficaram na casa de amigos e parentes, enquanto que,
os que utilizaram voo regular e ônibus fretado, 64,0% e 68,2%, respectivamente, ficaram em
hotel.
Tabela 107 - Meio de transporte por meios de hospedagem - Salvador.
Meio de transporte
Meio de hospedagem
Ônibus de linha
Automóvel próprio
Voo regular
Transporte hidroviário
Ônibus fretado
Automóvel alugado
Taxi Uber Outros
Hotel 37,9% 36,6% 64,0% 41,2% 78,2% 57,6% 80,0% 56,1% 35,0%
Casa de amigos ou parentes
36,9% 43,8% 18,3% 17,6% 8,9% 16,2% 11,4% 19,7% 25,0%
Albergue 11,7% 3,6% 6,3% 2,9% 5,0% 3,0% 6,5% 14,0% 5,0%
Apartamento ou casa alugada exceto airbnb
5,3% 10,7% 4,4% 2,9% 2,0% 18,2% 1,1% 4,4% 5,0%
Airbnb 4,1% 1,8% 3,6% 2,9% 1,0% 4,0% 0,0% 2,2% 10,0%
Pousada 2,0% 1,8% 2,4% 2,9% 2,0% 1,0% 0,5% 2,6% 5,0%
Barco, navio ou outro tipo de embarcação
0,0% 0,0% 0,1% 29,4% 0,0% 0,0% 0,5% 0,4% 5,0%
Apartamento Próprio
0,0% 1,0% 0,5% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0%
Cama e café 0,0% 0,3% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0%
Outros 2,0% 0,5% 0,3% 0,0% 3,0% 0,0% 0,0% 0,4% 10,0%
Fonte: Elaboração Própria
172
CAPA ANALISE E RESULTADOS
Análise e Resultados da Demanda Atual com Prestadores de Serviços
173
4. ANÁLISE E RESULTADOS DA DEMANDA ATUAL COM PRESTADORES DE
SERVIÇOS
A partir do questionário aplicado junto aos prestadores de serviços náuticos e culturais
descrito na parte metodológica deste relatório, a análise das entrevistas, a seguir, foi
organizada a partir das seguintes dimensões:
Características do perfil do turista que consome ou utiliza os produtos e serviços;
Tipo de produto que o turista mais busca;
Principais dificuldades encontradas para oferecer o produto/serviço ao turista;
Melhorias necessárias para alavancar o turismo e o faturamento do negócio;
Parcerias estabelecidas no setor turístico;
Expectativas do prestador em relação ao futuro;
Possibilidade de expansão do turismo para novas áreas ainda não turistificadas.
Para cada uma das dimensões acima descritas será realizada uma análise das percepções,
opiniões e visões dos prestadores de serviços náuticos e culturais de cada um dos
municípios analisados neste levantamento, quais sejam: Cachoeira, Itaparica/Vera Cruz,
Jaguaripe, Maragojipe, Salinas da Margarida, Salvador e São Francisco do Conde. Passa-
se, a seguir, a análise das entrevistas coletadas junto aos prestadores.
Apesar da solicitação de realização de uma pesquisa quali-quanti junto aos prestadores de
serviço, o quantitativo de prestadores de serviços não possibilitou a realização de pesquisa
quantitativa, tendo sido realizada apenas a metodologia qualitativa. Ao mesmo tempo, as
informações obtidas na pesquisa quantitativa junto aos turistas forneceu as informações
requeridas constantes do TDR, no primeiro tópico da página 74. Neste trecho, o TDR
explicita que o objetivo da pesquisa quantitativa com os prestadores de serviços teria o
intuito de "conhecer os clientes atuais do Polo", objetivo este alcançado com a pesquisa
quantitativa junto aos turistas. Neste sentido, considera-se que, apesar de não ter sido
possível tecnicamente realizar a pesquisa quantitativa junto aos prestadores de serviços, tal
objetivo foi alcançado.
174
4.1. Características dos Turistas
4.1.1. Cachoeira
Na cidade de Cachoeira, a percepção dos prestadores de serviços náuticos é que a
quantidade de estrangeiros que visita à cidade, atualmente, diminuiu consideravelmente,
aumentando a participação de turistas brasileiros.
“Estrangeiros [...] Baixou muito, baixou muito [a quantidade de turistas] [...] há 8 anos atrás era muito melhor.” (TN-CA-3-Bim Osvaldo-04_12_16)
“Olha, normalmente eu costumo levar mais os brasileiros mesmo, porque tem, tem turista aqui de fora, turista de fora, mas caiu muito de turista de fora caiu muito da... do brasil né.... que vem passando aqui pela cidade e faz esse tipo de passeio” (TN-CA-12-Raimundo Augusto-03_12_16)
“Assim, nós temos um público variado, ultimamente nós temos recebido mais brasileiros, pessoas do próprio país, que diga-se de passagem consome mais, e ultimamente vem aderindo melhor aos nossos serviços.” (TC-TN-CA-1-Associação de Guias-03_12_2016)
“Quando eu comecei a trabalhar, isso a 14, 15 anos, é.. atrás eu trabalhava muito com estrangeiros né.. tanto é que eu vi a necessidade de aprender a falar uma língua, eu entrei no curso de Pedro Borges, aprendi o inglês, e mais tarde, 4 anos depois, eu tive a oportunidade de ir a Itália, aprendi o italiano, porque era muito estrangeiro. Hoje a gente não vê estrangeiro nessa cidade, hoje, o nosso público é visitantes, são turistas internos, é alunos, escolas... [...] É pessoas aqui do recôncavo, Salvador, Feira de Santana, e do sertão afora e até mesmo pessoas de outros estados, mas estrangeiro você não vê. Cachoeira hoje, eu não vejo assim como uma cidade turística, é mais uma cidade que tem potencial pro turismo, porque caiu muito, muito mesmo. [...] por conta da carestia que é a cidade, então muitas dessas pessoas prefere vim visitar cachoeira, passar o dia e voltar pra Salvador, porque lá em Salvador você encontra hotéis e serviços mais em conta.” (TC-TN-CA-8-José Antônio Guia-03_12_16)
Alguns prestadores do segmento cultural de Cachoeira tem a mesma percepção, de que o
público estrangeiro diminuiu e os turistas mais frequentes são nacionais, mais
especificamente da região.
“A gente sinaliza que o turista brasileiro ele vai atrás de curiosidades, outros vão atrás de pesquisas [...] baseado na história afro descendente. [Turista internacional] Muito pouco, esse ano aqui, muito pouco”. (TC-CA-6-Irmandade Boa Morte-02_12_16)
175
Outros do segmento cultural não conseguem identificar um perfil exato de turista,
confundindo residentes com turistas.
“Estudantes [...] De fora do estado, os que moram aqui da UFRB, até os de fora também.” (TC-CA-10-Mama-03_12_16)
“Bom aqui tem [...] todos os perfis. Ontem mesmo eu estava aqui dentro, com dois juiz [...] outra advogada tava aqui. Aqui já veio governador, aqui já veio secretário, aqui já veio ministro [da Cultura]. [...] o vice governador já esteve aqui duas vezes [...] cineastas, [...] diretores de cinema, várias atriz. [...] Bolívia peru, Itália, Polônia, Holanda, argentina, França, Alemanha, Estados Unidos, Chile, Israel.” (TC-CA-11-Museu do cinema-04_12_16)
“[...] temos aqui um perfil voltado a estudantes[...] como a fundação Hansen Bahia é de um alemão, Hansen Bahia [...] a gente tem uma grande visitação também de estrangeiros de diversas outras partes do mundo.” (TC-CA _Instituto Hansen Bahia – 02_12_16)
“Acho que veio, o ano passado, teve turista aqui, não foi? [ tiveram alguns americanos aqui] porque foi ele [João Antônio] que trouxe eles aqui pra comer o caruru, muito estudante da UFRB também vem, muitas pessoas.” (TC-CA-7- Mãe Ineci-03_12_16)
Por fim, há os prestadores que identificam turistas de todas as partes do mundo, sem
apontar o que aconteceu em relação a este perfil nos últimos tempos.
“Olhe, várias especialidades aqui de turismo aqui, pessoal de salvador, daqui da Bahia mesmo compra, do Paraná, Rio de Janeiro, São Paulo, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, pessoal sempre, em geral, isso aqui do Brasil. Agora do exterior francês compra, italiano compra, americano compra, os canadenses compra tb , o pessoal da Suíça gostam muito, aprecia muito os trabalhos aqui de cachoeira, dos orixás, e principalmente das máscaras, gostam muito. Do Brasil e do mundo a gente comercializa, arte.” (TC-CA-13-Mimo-03_12_16)
“ [...] do recôncavo baiano, do brasil todo ou fora do brasil.” (TC-CA-14-Zé do Samba-04_12_16)
“Eu acredito que todos né, independente de classe, de religião, de nacionalidade, é, aqui é bem diverso não tem um padrão exato.” (TC-CA-5-Licor Roque Pinto-03_12_16)
4.1.2. Itaparica/Vera Cruz
Em Itaparica/Vera Cruz, os prestadores de serviços náuticos apontam para o fato de que
os turistas são da própria região e de classe de renda mais alta.
176
“Geralmente o pessoal nativo. O pessoal de fora dificilmente eles vêm aqui, por que eles querem sair. [...] Os que vêm de fora, quando eles vem para cá, eles já vêm com a mente programada, vamos se dizer assim, para os Frades, a maioria das pessoas que vêm pra cá, eles querem conhecer os frades.” (4-TN-ITA)
“Geralmente de média à alta classe. [...] Aqui tem diversos estados, tem do próprio município Salvador, tem de outros municípios próximo aqui, tem do Rio, tem os Franceses, tem alemão.” (5-TN -ITA)
Alguns prestadores de serviços culturais, da mesma forma, percebem que o principal
turista, atualmente, é o brasileiro.
“São Brasileiros, porém de outros estados, a maior parte que eu atendo. [...]” (2-TC-TN-ITA)
“Ah vem mais brasileiro agora, por que antes assim... vinha pessoa assim... de todo o país, que antes o movimento era bom, por que se você, por exemplo usasse uma roupa, uma peça e colocasse, o turista vinha e comprava. Só que hoje ficou meio difícil, quem compra mais é o Brasileiro, que vem... passante mesmo, que vem conhecer Itaparica e passa por aqui e compra o nosso artesanato. Mas turista tem, mas pouco né... mas já se teve bem mais.” (7-TC-ITA)
Alguns prestadores de serviços conseguem identificar, com maior precisão, os turistas que
são seus clientes.
“Vários tipos de turistas, é... vamos dizer uns 50% que vem de Salvador, eh... menos, talvez menos, depende da temporada, entre 30% e 50% que vem de Salvador, outro que vem de parte do Sul do Brasil, e parte da Europa, Argentina. Agora os percentuais certos, não sei, nunca fiz uma conta, mais ou menos, entre 30 e 40% local e uns 70, 60% que vem de fora, divididos entre pessoas que vêm da Europa, também... é ...muito do Sul do Brasil e também Argentina, Uruguai, é isso. [...] O publico quase todo estrangeiro, para aquele que vem para mergulhar. Cursos de mergulho também... era... não pessoas nativas daqui, todas as pessoas de fora, mas... se... não era suficiente para o publico.” (1-TC-TN-ITA)
“[...] Então aqui, por exemplo, o grupo união recebe muita gente do exterior, principalmente por que a base é Suíça e tem em outros países e então o pessoal vem pra cá buscar... vem tirar férias e vem buscar o axé, vem se energizar.” (6-TC-ITA)
Contudo, há os que se queixam de ter havido uma queda da renda dos turistas que
frequentam estes municípios.
177
“Hoje a nossa realidade é que nós “involuímos”, né? Antigamente, até a década de 70, pelo menos o que eu conheço um pouco da história [...] Acho que foi o nosso pico de turistas aqui no município, né? Eu ainda não era nascido. Mas a gente tem mais ou menos uma ideia de que naquela época, nós tínhamos um tipo de turismo diferente, né? Que seria um turismo classe A. Até classe A, classe B. Hoje [...] na maior parte dos municípios que nós temos um turista já mais aproximando pra classe C, classe D. Na verdade, quase um turismo só de veraneio.” (3-TC-TN-ITA)
4.1.3. Jaguaripe
Em Jaguaripe, de acordo com os prestadores de serviços náuticos, o turista ainda é muito
regional. A maior parte vem de Salvador e regiões próximas.
“Vem gente de Salvador, de Santo Antônio de Jesus, vem de Feira de Santana, vem de tudo quanto é alugar, aparece aqui a gente faz o passeio. [...] [Vem estrangeiro?] Vem, Vem.” (2-TN-JAGUA)
“Eu tenho pessoas de terceira idade que vem muito aqui, casais com muitas crianças por causa do tipo de hotel que a gente oferece, que é um hotel fazenda, tem muitas igrejas que fazem retiro aqui, muitas empresas que vem fazer capacitação, e outros hóspedes também jovens, lua de mel vem muito. [...] Estrangeiros muito pouco. Baianos muito mais.” (3-TN-JAGUA)
“[...]Tem o pessoal que vem de Salvador, tem pessoal de São Paulo também, às vezes vem do Rio [...].” (4-TN-JAGUA)
Os prestadores de serviços culturais, igualmente, identificam como perfil principal os
turistas regionais como principal visitante.
“[...] cerca de 80% dos nossos hóspedes [...] vem de lancha. São pessoas que vem de Salvador e que alugam, até mesmo pessoas de São Paulo e [...] aluga um barco em Salvador. [...] Os outros 20% restante são pessoas que tão vindo de Santo Antônio de Jesus, de Cruz das Almas e de Feira de Santana por incrível que pareça, Feira até mais que do que Santo Antônio. [...] Estrangeiro, ainda tá pouco, porque eu ainda não coloquei no site [...].” (8-TN-JAGUA)
“Vem mais de Salvador, mas eu acredito que gente de todos os países.” (5-TC-JAGUA)
“Assim tem vários tipos de turistas, certo? O que mais a gente vê é passeio, é lazer. Turista que vem a lazer mesmo, mochileiro, que vem a lazer, ou sempre casal, família, porque na verdade Jaguaripe puxa isso, puxa a família, puxa casal.” (6-TC-JAGUA)
“Regional. Mais forte regional, né? E do próprio estado. Jaguaripe recebe uma oferta complementar de turismo que [...] vem por portos de Salvador e Morro de São Paulo.” (1-TC-TN-JAGUA)
178
“Não vem muito muito muito turista, mais pessoas que vem da
Alemanha, né, passar o Reveillon aqui [...].” (9-TC-JAGUA)
4.1.4. Maragojipe
Os prestadores de serviços náuticos de Maragojipe, afirmam que os principais turistas são
da própria região, sendo que o turismo na cidade é bastante dependente das datas festivas
e religiosas que acontecem durante o ano.
“Vem, vem de Cachoeira, sempre liga pra gente [...] De fora, de Cachoeira, Cruz das Almas, procurar de Santo Antonio de Jesus, o pessoal vem, de Salvador.” (3-TN-MA)
“É da cidade. [...] como o pessoal que vem de Feira, de Cruz das Almas, assim, vem um grupo, as vezes vem dois grupos, das regiões.” (2-TN-MA)
“A gente tem um pico de turismo durante os eventos, por exemplo, a gente tem um carnaval muito forte, onde a gente tem muitos turistas, muito turista, de toda parte do mundo, turista estrangeiro, turista brasileiros e turista regional. Aí a gente tem durante o mês de agosto, a gente tem as festas de São Bartolomeu, que acontece durante o mês de agosto inteiro, na primeira semana a gente recebe o turista, os turistas mais local, no Bando Anunciador, onde os festejos são pra anunciar a chegada do mês de São Bartolomeu, no primeiro domingo de agosto. No segundo domingo acontece, normalmente, a festa de São Roque, que é um distrito nosso, São Roque do Paraguaçu, que um distrito nosso, na data de 16 de agosto, no dia de São Roque. E aí, normalmente, no segundo final de semana, acontecem os festejos lá. No terceiro final de semana geralmente acontece a regata Aratu-Maragojipe, que é uma das datas mais importantes em relação ao turismo, pra gente, que a cidade lota mesmo, é uma regata que em 2016 completou 47 anos. [...] Mas a maioria dos turistas que vem pra Maragojipe nem são nem considerados turistas, porque nem dormem na cidade. Chega de manhã, e vai embora a noite, e isso não configura turismo, né?” (1-TN-TC-MA)
Há, também, por parte dos prestadores de serviços culturais, a percepção de que as datas
festivas e religiosas são os picos de turistas, sendo estes os momentos em que aparece
mais gente de fora da região.
“Vem de todo o lugar, mais dos Estados Unidos.” (6-TC-MA)
“Gringo. [...] Tem, de Salvador. [...] em, vem, vem Maragojipe, cachoeira,
Cruz das Almas, Feira de Santana, de São Paulo também vem...” (4-TC-MA)
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“[...] vêm vários turistas aqui, aqui em Maragojipe, e sempre eu sou procurado, principalmente na época do carnaval. Eh... me procura pra pegar os trabalhos, ai pega muito trabalho meu pra outro país... E fora disso também, na festa de agosto também, tem... a festa de agosto, de São Bartolomeu, tem a lavagem... E sai um grupo de mascarados, com essas mascaras aqui oh... essas mascaras que tá pronta ali e estas aqui estão em andamento... Ai tem uma boa adesão pelo pessoal ai que vem me procura, os turistas.” (8-TC-MA)
“Então o número de turistas nesse período do carnaval é bastante extenso. Geralmente esses turistas são americanos, portugueses, franceses que ficam aqui. Alguns turistas ficam até o final da festa, que são 3 dias, 4 dias de carnaval. E tem turista que fica 2 dias e retornam. E tem turistas também que vem antecipadamente e fica hospedado na cidade, tem também esse perfil. [...]O segundo período é o São João, porque o São João nosso aqui ainda é São João tradicional, de fogueira nas portas. Então a cidade segue uma tradição. Então esses turistas já vêm voltado com a família local, ou seja, as pessoas que não gosta de ficar na capital do estado, nem em cidades com muito movimento pra ficar... [...] Quem vem também bastante turistas que vem aqui pra cidade, os veleiros que vem de outro estado que participam da regata popular Aratú-Maragojipe. E no final a festa maior que é o último domingo de agosto, que tem a procissão e a festa de largo. Então durante todo o mês vem turista pra cidade e é também um período mais forte do que o próprio carnaval! Ou até que equiparamos, porque desses dois períodos, que esse é o terceiro. E por último, no final de ano, que são as festas familiares, né? O natal é uma festa familiar que ai vem algumas pessoas de outras cidades, que vem pra... Mas ai é festa familiar. Vem poucos turistas.” (9-TC-MA)
4.1.5. Salinas da Margarida
Na cidade de Salinas da Margarida, para os prestadores de serviços náuticos, uma data
muito marcante para o turismo é a Regata Aratu/Salinas. Além disso, percebe-se que os
visitantes são, em geral, da própria região.
“Rapaz, o turista que vem aqui é Salvador... Mais de Salvador. [...] É, mais Feira de Santana, vem também.” (1-TN-SALI)
“São aqueles velejadores que vem de outros países velejando, que vem velejando pelo mundo e que vem à Bahia.” (2-TN-SALI)
“Alguns têm casa aqui. Alguns vêm de fora para visitar a cidade. Alguns são daqui, da região mesmo, Cacha Prego, essa ilha aqui por perto e às vezes aparece algum de mais distante [...].” (5-TN-SALI)
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No caso dos prestadores de serviços culturais, há a também a percepção de que os
turistas são das cidades vizinhas e redondezas e, principalmente, veranistas, que são
pessoas que possuem casa na cidade, mas só frequentam no verão.
“É da redondeza, são de cidades vizinhas. Agora, no tempo da alta estação, vem pessoal de outros estados, mas são bem poucos mesmo. Mas são os que têm casa aqui, que frequentam no veraneio, no feriadão, sempre aparece, são esses tipos de turistas. Porque até o pessoal daqui mesmo da região, pouquíssimos vem apreciar o nosso artesanato.” (4-TC-SALI)
“Nós chamamos de veranistas, não turistas. Porque turista vem de outros estados e aqui nós não temos. Aí o pessoal vem das adjacências, como Santo Antônio de Jesus, Feira, Salvador. Mas, turismo mesmo, não temos.” (6-TC-SALI)
4.1.6. Salvador
Em Salvador, por conta da grande variedade de turistas, vê-se prestadores com percepções
bastante diferentes um dos outros, em relação às características dos turistas que visitam a
região. No caso dos prestadores de serviços do segmento náutico, veem-se percepções
tanto daqueles que recebem turistas de outros estados e de outros países, como os que
recebem apenas da Bahia, ou de Salvador.
“Normalmente, são turistas que vem de outros estados, São Paulo, Rio, Minas Gerais. Você vai ver que vem muita gente que vem viajar aqui em Salvador. E, muitos estrangeiros também que vem na cidade em busca de mergulho.” (11-TN-SAL)
“Maioria é brasileiro, né? Vem de tudo quando é lugar, né? Que como tudo é pela internet. Eu digo assim, vem do Rio de Janeiro, vem aqui mesmo de Salvador, espanhóis, italianos, pegamos assim bastante pessoas com um perfil bem diferenciado...” (12-TN-SAL)
“Todo tipo de turista. [...] se você perguntar qual o turista que mais vem, eu diria que é o brasileiro, o paulista, né?”(1-TC-TN-SAL)
“Então, eu trabalho com pessoal local, de Salvador [...] Tem brasileiro, de outros estados, tem muito argentino, tem espanhol... Tem bastante. E nesse verão, estamos trabalhando com... Com o Morro de São Paulo. A minha demanda lá... Tá sendo de 90% de argentinos e chilenos.” (7-TN-SAL)
“Olha, o turista que vem para a Bahia Marina ele tem dois perfis, um perfil da área náutica que é o turista que chega via mar, via embarcação, e outro turista que já está na cidade, que chegou por outros meios e vem visitar os restaurantes, vem conhecer a marina, vem alugar uma embarcação, então, a gente diz que tem duas entradas de turistas, por
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terra e por mar. O turista que vem por mar, ele... via de regra ele é estrangeiro. Dificilmente ele é brasileiro. [...] Muito francês, ingleses alguns... [...] Desses 80%, se a gente fosse totalizar em 100, acredito que 70% franceses. [...] É, do total geral, os outros 20% são brasileiros mesmo [...] Muita gente do Rio, das áreas litorâneas, né?! Rio... Paraná, pouca coisa... É mais o eixo Rio – São Paulo. Nordeste só é, só quando a gente tem a regata da Refeno, né... que você falou...” (8-TN-SAL)
“[...] são os baianos mesmo, entendeu? Mas tem o pessoal de Minas, Fortaleza, Rio, São Paulo. [...] Mas o foco mesmo são os baianos mesmo.” (9-TN-SAL)
“Turistas estrangeiros, do sul do país e uma parcela do público local também. A gente atende a toda essa demanda.” (2-TN-SAL)
“A maior parte da Argentina, da Espanha... são os que mais procuram.” (3-TN-SAL)
“[...] Por incrível que pareça, nós atendemos também muitos baianos. [...] Nós temos os nacionais e os internacionais. [...] a gente tem bastante americano, portugueses, a gente atende argentino.” (4-TN-SAL)
“[...] quase todos brasileiros. [...] Alguns turistas de fora aparecem para estar fazendo mergulho, certo, por conta da divulgação que nós fazemos também em feiras internacionais. [...] Agora, o pessoal de batismo, é um pessoal bem mais genérico, vem muita gente de navio, que vem para cá, que vem da Europa, pessoal de outros estados, então você tem uma diversidade muito grande. Agora, se você for contar das duas, os clientes que a gente tem do Brasil são a maioria.” (5-TN-SAL)
“Geralmente são turistas que estão à procura de novas oportunidades, né? Um turista que gosta de esporte, de esportes radicais. O baiano em si não tem muita procura, né?!” (6-TN-SAL)
No caso dos prestadores de serviços culturais, permanece a diversidade de percepções
em relação às características dos turistas: brasileiros, estrangeiros e os turistas de regiões
próximas.
“Pessoal que gosta de cultura, gosta de religioso... público religioso. [...] Brasileiro tem sido mais assíduo do que o estrangeiro [...] nesses últimos 8 anos.” (14-TC-SAL)
“[...] O nosso público maior é latinos, desde Argentina, Chile, Paraguai... Agora eles tão vindo muito. Tem uma demanda grande vindo agora do Paraguai. Tem os franceses, que é um grupo que a gente atende há algum tempo, e cresceu gigantemente de 2016 a 2017, os italianos... O público italiano que estão retornando. Brasileiros, aqui tem pouco, tem diminuído no público da Alltour. Temos atendido mais estrangeiros do que brasileiros.” (15-TC-SAL)
“Eu atendo tanto o turista dentro de Salvador como de fora.” (16-TC-SAL)
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“Tem os turistas daqui, né? E os turistas de fora também [...] Mais gente
de fora. [de outros estados]” (18-TC-SAL)
“[...] a gente recebe na alta temporada, em torno de 25 mil pessoas por mês [...] Nós já recebemos aqui, reis, princesas [...] têm pessoas de outros países, [...] já recebemos um rei da Nigéria, uma princesa do Japão [...].” (19-TC-SAL)
“[...] nacionalidades diversas, de religiões diversas, ateus, tudo, aqui todo mundo se encontra.” (20-TC-SAL)
“São Paulo [...] dos turistas brasileiros. [...] e de turistas internacionais, são os argentinos. [...] tenho uma demanda muito boa com o público gaúcho [...] do Uruguai, [...] chilenos [...] eu atuo com os clientes portugueses e espanhóis.” (21-TC-SAL)
“Pela minha agência, o turista vêm do Brasil inteiro [...] Muita gente do sul, São Paulo, muita gente do nordeste como um todo. O povo do Acre, o povo de Manaus, o povo do norte [...] Roraima [...].” (22-TC-SAL).
“Na verdade o público da Fundação é um público bem diversificado, a gente vai encontrar diversas pessoas de várias partes do mundo [...].Então, basicamente [...] dois tipos que a gente pode descrever dois tipos de turistas. O que vem especificamente procurando alguma informação sobre Jorge Amado. [...] E tem também aquele turista que só tá passando lá no Pelourinho [...].” (23-TC-SAL)
“[...] recebe turistas de todas as parte do mundo, mas principalmente europeus. [...] Muito europeus e brasileiros vem muita gente do Rio, de São Paulo, de Fortaleza.” (24-TC-SAL)
“A gente tem turistas de várias partes, tanto turistas nacionais quanto estrangeiros [...] Do ano de 2016, e 57% são de brasileiros, agora baianos só 28% e estrangeiros 18%.” (25-TC-SAL)
4.1.7. São Francisco do Conde
Em São Francisco do Conde, um prestador de serviços náuticos identifica o excursionista
como o principal tipo de visitante.
“Nós temos é o visitante. É o excursionista [...] assim sempre idosos, universitários.” (7-TN-TC-SFC)
“O perfil dos turistas são mais de estudantes. [...] são estudantes da própria cidade e de outras cidades também.” (1-TC-SFC)
Os prestadores de serviços culturais identificam os turistas como sendo de regiões
próximas, como Salvador e demais municípios do Recôncavo. Aparecem também os
trabalhadores da Petrobrás, estudantes e pesquisadores interessados na cultura local.
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“O perfil do turista, geralmente, são pessoas que são daqui da região metropolitana de Salvador mesmo. [...] e também já tivemos já várias visitas de pessoas que vieram de outros estados por conta da Escola Agrícola.” (8-TN-TC-SFC)
“Mas quase sempre são pessoas da capital [...].” (5-TC-SFC)
“[...] são pessoas ligadas a igreja católica, ao culto afro também [...] tanto do Recôncavo, Região Metropolitana e Baía de Todos-os-Santos.” (2-TC-SFC)
“Pessoas que vem à trabalho no município e mais voltado à Petrobras, e no momento a faculdade UNILAB, tem realmente movimentado a parte de hospedagem, bem, razoavelmente bem.” (3-TC-SFC)
“Na verdade, são pessoas que já trabalham com essa pesquisa sobre a cultura do Samba Chula [...] de outros estados até, Rio de Janeiro, São Paulo, Brasília. O Brasil todo, o pessoal vem vê esse trabalho da gente, pesquisar, se aprofundar mais no que é o verdadeiro Samba Chula.” (4-TC-SFC)
4.2. O que buscam os turistas?
4.2.1. Cachoeira
Um aspecto interessante do que os turistas buscam em Cachoeira, do ponto de vista dos
prestadores náuticos, é a visitação motivada por conta da arquitetura, tanto da própria
cidade de Cachoeira como ao longo do Rio, como o Convento de Santo Antônio do
Paraguaçu. Além disso, toda parte cultural é bastante ressaltada pelos prestadores náuticos,
tamanha a força da cultura na cidade.
“Geralmente quando eles chegam a gente oferece né, temos os roteiros, os roteiros náuticos, o do centro histórico, visita as comunidades quilombolas, mas o que mais a gente consegue fazer aqui é o arquitetônico, que é o city tur, e o passeio de barco, o passeio marítimo.” (2-TC-TN-CA)
“Olha, os estudantes, ele vem pra cá pra ter uma aula de campo, onde o guia é contratado para fazer esse serviço com os estudantes, onde ele vai falar sobre a história de Cachoeira, vai falar sobre a independência de Cachoeira, que todos nós sabemos que a independência não acontece em São Paulo como muitos livros de história relata, acontece no recôncavo, acontece aqui, na cidade de cachoeira, na Vila de Nossa Senhora do Rosário, com o povo da cachoeira, porque era assim que cachoeira era chamada em 1698 até 1822. Então esses estudantes vem aqui pra cachoeira a busca de um aprendizado maior, de querer saber a verdadeira história da independência, é... que não é só a história de Cachoeira mas é também a história do Brasil, né. É... Muitos também
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vêm a busca do aprendizado, de pesquisar, não somente a cultura, a religiosidade, mas também a gastronomia. Porque cachoeira é..., a cidade que “abranja”, eu costumo dizer, o berço da, é o berço da... da civilização cultural, né? Se você quer saber um pouco sobre a religião, sobre o sincretismo religioso, vem para cachoeira, quer saber um pouco sobre as iguarias, a gastronomia, vem para cachoeira, quer saber sobre um pouco a história do Brasil, a independência, vem pra cachoeira.” (1-TC-TN-CA)
“é descer rio até a... o passeio do Iguape [...] estudante de Arquitetura pede mais do convento.” (3-TN-CA)
“Os [passeios]que mais sai é São Francisco do Paraguaçu, e Iguape, Iguape também. São Francisco e Iguape.” (4-TN-CA)
Os prestadores culturais ressaltam que os turistas buscam tanto as religiões africanas e
derivações da cultura africana, como obras de arte, os museus da cidade, as fundações
existentes e o patrimônio cultural de uma forma geral.
“Eles procuram informações, né?... sobre a religião, alguns tem dúvida, né?... da chamada religião, denominada como ‘religião do mal’.” (7-TC-CA)
“Todo dia tem turista [...] o pessoal de fora é quem dá mais valor pra gente [grupo de samba de roda].” (6-TC-CA.)
“Não há trabalho específico pra turista, qualquer trabalho é específico, quando eles chegam aqui você não sabe o que eles vão quere levar, se quer levar orixás, máscaras, figas, santos, carrancas, então o que eles veem na hora eles bate o olho e eles levam, entendeu? [...] então aqui é... eles vem mesmo é procurando arte, e o que eles gostam eles compra.” (5-TC-CA)
"Festa da Boa Morte [...] Cachoeira, no mês de Agosto, recebe muito turista, muito turista... as pousadas ficam tudo ""oh"". (10-TC-CA)"
“(....) tem pessoas que vem exclusivamente pra cá [para o museu]. Vem de Fortaleza, o cara me liga “Roque, você que dia tá no museu?” “Eu digo, tô dia tal”, “tá indo aí uma turma de estudante aí pra conhecer o seu museu”, “tá indo um ônibus”, o outro me liga “tá indo dois ônibus aí, do Ceará”, de Minas, de tudo que é canto. É que o meu nome, modéstia a parte, é reconhecido no mundo inteiro [...] e esse é o único museu específico de cinema audiovisual do país, eu acho que... veio gente de São Paulo só pra ver o museu. Eu recebo telefonemas, recebo e-mails perguntando, querendo saber, pra você ter ideia, há 28 dias atrás, o Canal Brasil me ligou, de Brasília, pra vir fazer uma reportagem aqui, domingo passado o Canal Brasil passou o dia aqui dentro gravando. (12-TC-CA)”
“[...] tem os turistas com perfil diferentes, turistas que vem ver o patrimônio cultural e vem ver arte, então a gente tem esse perfil. Em
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termo de souvenirs aqui são três produtos que a gente tem [...] as camisetas, os postais [...] e as xilogravuras.” (8-TC-CA)
“[...] o afro americano perde sua cultura, perde suas raízes, e eles vão em busca [...] dessa religiosidade e dessa africanidade.” (9-TC-CA)
“Vem conhecer o estabelecimento. [Loja que fabrica e vende licor].” (11-TC-CA)
4.2.2. Itaparica/Vera Cruz
De acordo com os prestadores de serviços náuticos, os turistas em Itaparica/Vera Cruz
buscam sossego, tranquilidade e o desfrute do litoral da ilha, através da fruição de sol e
praia e de passeios marítimos. Além de serviços em geral.
“É... Historicamente, se você analisar, nós temos uma... uma extensão de litoral, de praias muito grande, né? São praias belíssimas. Eu acredito que esse seja o principal ponto, né?, que o turista... Ele busca aqui justamente por sermos uma ilha, né? Eu acho que também ele busca pelo turismo náutico. Nós temos ainda assim uns que sobrevivem, ainda que precariamente, né? Talvez até por falta de ajuda, de investimentos. É... Essa questão do turismo náutico. Nós apontamos, por exemplo, Cacha Prego! Eu vejo muito isso, das pessoas ainda passearem muito, conhecerem muito aquela questão do turismo náutico e das cidades ao redor, né? Eu acredito que seja esse tipo de procura.” (3-TC-TN-ITA)
“Geralmente eles buscam sossego, tranquilidade, entendeu? [...] Sossego, a orla aqui a noite é tranquila. Mas assim tem que ter mais policiamento, o próprio guarda municipal tem de estar atuante, por que a gente não vê. [...] [Eles buscam] Serviços, comida, restaurante, mercado, tudo.” (5-TN-ITA)
“Os passeios pelas... os passeios marítimos pelas praias da região. [...] Hoje os três principais roteiros é o city tour em Salvador. [...] Em Itaparica mesmo, passeios pelas praias aqui... tipo... praia da Conceição, Cacha Pregos, praia da Penha, ponta de Areia, né? Que é um tour geral que eu faço e passeio para ilha dos Frades, é os principais... pra ponta de Nossa Senhora.” (2-TC-TN-ITA)
Os prestadores de serviços culturais também ressaltam a busca pela tranquilidade e
sossego oferecidos pela Ilha. Alguns ressaltam a busca por produtos e serviços específicos,
como o artesanato e a prática de esportes, como a capoeira e esportes náuticos.
“Ah ... eles procuram... Camisa de Itaparica, eles procuram ima de geladeira é... trabalho feitos com as próprias conchas. E admiração né? Que ele... que eles têm pelo nosso trabalho, principalmente admiração, né? [...] Ah... Tem os colares de concha, tem os brinquinhos, tem cinto, tem as tiaras né? Principalmente que mais vendidos aqui “mermo”, que
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as pessoas “gosta” são dos brincos, os brincos de concha... é... chapéu também, tem chapéus. E principalmente pra mim o que tá em primeiro lugar são as minhas havaianas [risos].” (7-TC-ITA)
“O máximo que podemos ofertar é o atendimento bom da pousada... fora do portão, infelizmente não tem como controlar as coisas. Então, tem temporada que... as temporadas que deveriam ser mais favoráveis... a gente fala muito do réveillon, do carnaval, que tem muito trabalho... são as condições péssimas para os turistas que vêm de fora, que tem muita gente que vem para pousada e não consegue ficar nem na praia.” (1-TC-TN-ITA)
“Eles vêm em busca, é, de tranquilidade. Por que todo mundo sabe que Itaparica é o local de paz, de relaxamento e tal. Então, tanto faz se é jovem ou mais maduro, as pessoas querem vir “praqui” e relaxar [interrupção]... pois é, então o que eles aqui é procurando tranquilidade, é... praticar o esporte né? [...] Olha só... o turista ele vem para o esporte náutico, ele vem para o esporte a capoeira, que ele sabe que na Bahia tem capoeira, aí ele descobre Itaparica, na volta da capoeira. Então, eles batem aqui por que... querem saber mais, querem praticar mais, querem vivenciar a roda, o axé da roda. [...] Ele vem comprar... o que se diz na capoeira, o axé da Bahia. Por que lá fora, na Europa, a capoeira é uma coisa meio assim, meio morna...e quando eles chegam aqui, eles se assustam, eles falam “meu deus isso é capoeira” ai ficam animados... Aí tem muitos que se assustam verdadeiramente... quando eles sentem. Ah, por que é como diz a música “o chão treme”. E o axé da roda a gente sente, a gente pega, a gente bate no coração embalado.” (6-TC-ITA)
4.2.3. Jaguaripe
Para os prestadores de serviços náuticos de Jaguaripe, o turista busca, principalmente,
conhecer e usufruir das praias do município, relaxamento e ecoturismo.
“Eles vão mesmo pra curtir a praia. Que lá só tem mesmo a praia [...], não tem mais nada, não tem barraca, não tem bar pra comer.” (2-TN-JAGUA)
“Relaxamento. Vem para lazer. Vem com a família. Pra descansar. Recuperar as energias.” (3-TN-JAGUA)
“Eles vêm atrás de ecoturismo [...] eles gostam muito daqui por ser uma região, um local muito preservado [...] com segurança. [...] Infelizmente as cidades do Recôncavo tão muito violentas. Então todo mundo repete a dose. Cliente vem, e não vem uma vez só, vem duas vem três vezes e busca exatamente disso.” (8-TN-JAGUA)
“[...] procuram o passeio de ir pra praia, eles gostam muito de ir pra Praia dos Garcêz [...] aí tem uma ilhazinha chamada Ilha do Amor, e eles vem pra passar o dia.” (4-TN-JAGUA)
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Outro entrevistado ressalta a diversidade de atrativos e possibilidades para usufruir o
turismo do município de Jaguaripe.
“Turismo de história e o turismo náutico, que é um ponto onde nós temos regatas e pontos de ancoragens próximos a Salvador. [...] E sol e praia, e o da pesca também... Da pesca esportiva. Então, porque nós temos um município vasto com diversos... com diversos, vamos dizer assim, atrativos. Desde a parte da história, que é a primeira vila do Recôncavo Baiano, né? Que foi fundada por jesuítas. E até a questão de turismo de esportes radicais, como de quadrículo 4x4, de kitesurf. Porque nós temos além de praias, temos rios, temos centros culturais, né?, de folclore muito forte do Recôncavo Baiano e até gastronômico. Então sempre esse universo de segmentos turísticos, nós atendemos a todos.” (1-TC-TN-JAGUA)
Os prestadores de serviços culturais também apontam a diversidade de Jaguaripe como
fatores de atração do município, mas também ressaltam a importância do artesanato, das
manifestações culturais e do patrimônio cultural.
“[...]Trabalho com modelismo naval ou artesanato. Aí sempre vem algum turista comprar. Busca [passeio de] saveiro.” (5-TC-JAGUA)
“É aquele lugar que você pode ficar todos os dias, o pôr do sol daqui é diferente [...] então isso atrai o turismo, isso atrai os casais pra cá, eu recebo muito casal, muito casal mesmo, todo sábado que eu tô. Se eu tivesse mais dias, eu ia estar recebendo muito mais... mas os dias em que eu estou lá, eu recebo casal, na maioria das vezes. [...] Tem as trilhas aqui, tem a gastronomia, o robalo, entendeu? Robalo aqui é muito [...] o rio é muito rico, camarão, ostra, sururu, o rio é riquíssimo, então isso tudo ai puxa [o turismo].” (6-TC-JAGUA)
“Quando a gente se apresenta [roda de samba], atrai [turistas]. O pessoal vem e quando a gente sai para os lugares, é uma manifestação só...” (7-TC-JAGUA)
“É cultura, é cultura. [...] Vem pessoas de longe pra ver a Barquinha [festa]. Gostam e pedem pra eu nunca deixar de fazer essa Barquinha.” (9-TC-JAGUA)
4.2.4. Maragojipe
Em Maragojipe, os prestadores de serviços náuticos apontam que os turistas buscam
passeios de barco e os principais destinos procurados por eles para o passeio.
“Mais passeios, o pessoal que quer ir pro outro lado tomar sol, consumir os seus produto, essas coisas assim, Mais turismo e passeio. [...] Pedra
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Mole, Gervásio, tem... como é que chama? Barra, são essas três, é, procuradas.” (2-TN-MA)
“Pedra Mole. [...] Em o outro também, também tem o Araripe, que é muito procurado, tem o... ali o Faró é isso... Gervásio, chama Gervásio ali, tem um chuveiro muito bom, tem um quiosquezinho pra gente ficar.” (3-TN-MA)
Já os prestadores do segmento cultural, enfatizam questões específicas procuradas pelos
turistas, como bebidas, gastronomia, artesanato e cultura.
“A beer que é a cerveja, esse é o primeiro pedido deles é uma cerveja, que é a beer. Depois um tira gosto, assim... mesmo aqueles que eles não conhecem, a gente tem que explicar e termina conseguindo vender alguma coisa.” (6-TC-MA)
“Uma espécie dum prato... (..) De barro...” (5-TC-MA)
“Aqui é camarão de moqueca, camarão alho e óleo, é... robalo frito, robalo ao molho de camarão e robalo puro.” (4-TC-MA)
“[...] Aqui todo mundo, quase todo mundo que vem pra Maragojipe, seja qual for o perfil do turista, ele passa por aqui. Porque é uma referência. E aí ele busca... a gente trabalha com exposições. Agora a gente tá fazendo a exposição do carnaval, com as máscaras, e durante o mês de agosto acontece a exposição de São Bartolomeu. Isso chama a atenção de qualquer que seja o turista que vier na cidade, qualquer que seja o turista que vem na cidade, passou... passou aqui na praça ele entra na Casa da Cultura”. (1-TN-TC-MA)
4.2.5. Salinas da Margarida
Os prestadores de serviços náuticos de Salinas da Margarida apontam os principais tipos
de passeio que os turistas buscam, apontando que praias, lazer e entretenimento são os
principais motivos da visita.
“Araripe, Pedra Mole e Ilha do Meio. [Principais lugares para passeio náutico].” (1-TN-SALI)
“Então, a gente só vende um passeio. Um de um dia e um de dois dias. O que mais tem aqui é o de um dia. Em geral, o pessoal vem, faz e volta [de Salvador]. Eu não trabalho com ninguém que tá dormindo nas pousadas. Já tive alguns chamados, a maioria vem de fora.” (2-TN-SALI)
“Praias, restaurantes, lazer, entretenimento, é o que eles procuram.” (3-TN-SALI)
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Para os prestadores de serviços culturais, os turistas buscam artesanato, gastronomia e
conhecer o litoral, sendo que apontam existe uma precariedade nos serviços náuticos para o
turista melhor desfrutar da parte litorânea.
“Eles procuram artesanato que seja tanto decorativo como utilitário. [...] Tabelas, a gente vende bastante. Porta-guardanapo e flores.[...] São temáticos da região. Agora a gente também explora um pouquinho o outro lado para ter variedades.” (4-TC-SALI)
“Moqueca [...] Camarão, peixe e mariscos.” (5-TC-SALI)
“Ele gosta de explorar. De explorar a.. como se diz? A parte litorânea daqui do município. Mas como lhe disse, infelizmente, a gente não tem esse serviço bom pra oferecer.” (6-TC-SALI)
4.2.6. Salvador
Em Salvador, os prestadores de serviços náuticos relatam uma multitude de opções que
os turistas buscam fazer. No caso dos esportes e passeios náuticos, apontam o batismo e
as aulas de mergulho e o city tour náutico com expressiva procura.
“[...] Aulas, cursos e saídas de mergulho [...] e passeio.” (2-TN-SAL)
“O batismo de praia, o batismo embarcado e o stand up.” (3-TN-SAL)
“É conhecer a Baía de Todos-os-Santos, em geral. [...] A gente tem um produto... é o city tour náutico... que a gente vende muito... esse basicamente... 95% é para turistas. Como é que a gente faz?! A gente faz a Bahia Marina, vai costeando ali, vai até a marinha, corta o Forte São Marcelo, Mercado Modelo, vai até o Humaitá, do Humaitá a gente volta fazendo Costa da Vitória, Iate e para no Porto da Barra, porque Porto da Barra é pôr-do-sol e banho de mar. Esse é um produto que é tipicamente para turista.” (4-TN-SAL)
“Na verdade, o turista, como te falei, tem duas vertentes: o turista que já tem o curso de mergulho, ele procura um apoio legal de embarcação e um espaço legal, profissionais bem formados e que conheça realmente os pontos de mergulho. [...] O pessoal do batismo, o que eles procuram... eles procuram realmente uma empresa de confiança, que tenha uma embarcação confortável, certo, que possa trazer para ele, apresentar para ele o ambiente marinho, né, de forma também a trazer segurança, e um pouco de diversão.” (5-TN-SAL)
“E o que o pessoal mais busca são mergulhos rasos, naufrágios e os recifes de corais, né? Muita criança procura também hoje, a partir de 10 anos, a criança já pode mergulhar. Então muitos pais aparecem no verão com seus filhos.” (11-TN-SAL)
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“[...] Stand up, né... e mergulho, que é o carro chefe da gente. Sempre uma atividade está ligada a outra, né. Pego clientes do mergulho, levo para o Stand Up e do Stand Up levo para o mergulho.” (6-TN-SAL)
“O turista, quando ele vem, ele já sabe o que ele vai fazer. [...] Então tá lá... Ilha dos Frades, de Itaparica, pra ele conhecer essas ilhas, porque tá lá na internet pessoas que vão e comentam... Então eles querem passear e aproveitar pra conhecer todos esses lugares.” (7-TN-SAL)
Dentre os passeios pela BTS, conhecer as ilhas da Baía parece ser o passeio mais
requisitado. Mas, mesmo dentro dos passeios náuticos, a cultura não deixa de ser um
gancho para a visitação. Especialmente por parte dos estrangeiros.
“[...] a, boa parte destes turistas são velejadores... O velejador tem perfil diferente do “lancheiro”, como popularmente falam. O velejador é uma pessoa que ele gosta mais de, acho que explorar a cidade, de explorar até os recursos da marina mesmos que do próprio, vamos dizer, esse turista que sobe de lancha do sul. Ele busca conhecer muito a cultura quando vem aqui, quando ele começa a buscar dicas culturais, ele quer conhecer cultura... eh... “onde é Pelourinho”, “onde é Barra”, e “como é”, “posso andar”, “como eu ando”, “como devo me comportar na cidade”, “tem alguma coisa que eu deva fazer ou não”. Então, ele vem muito interessado na cultura. Principalmente relacionado a cultura negra. O francês se interessa muito por isso, ele quer conhecer muito, ele quer conhecer onde tem terreiro... [...] aí ele quer saber onde tem terreiro, onde tem terreiro, onde tem show folclórico, onde é que.[...] Mas os principais destinos que o turista, que o francês, que o inglês procura é conhecer as ilhas.” (8-TN-SAL)
“De ir na Ilha dos Frades, Ponta de Nossa Senhora, Paramana,
Lourenço, Itapera, Viração, pra almoçar temos vários restaurantes, tenho aqui a Ilha de Maré, tem também a Praia de Ponta de Areia que tem um manguezal que tem um restaurante, agora abriu outro também [...].” (9-TN-SAL)
“Eles querem passear e conhecer, ver, conhecer as vilas.[...] Quando é geralmente acima de 50 anos, eles buscam passeio, também informações sobre a BTS, eles se interessam. A juventude, na maioria das vezes é que quer mais curtir. Querem beber, comer. Enfim.” (10-TN-SAL)
“Efetivamente ele quer fazer o passeio pela Baia-de-Todos-os-Santos [...] Temos basicamente o passeio de escuna [...] a gente oferece uma coisa até mais diferenciada. Então é o que eu costumo dizer, o cliente ele pode escolher o destino.” (12-TN-SAL)
Na visão de alguns prestadores de serviços culturais, os turistas vêm atrás de cultura e de
sol e praia.
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“Cultura [...] Conhecimento da cultura baiana. Da religiosidade. [...]
Culinária baiana.” (14-TC-SAL)
“Praia e cultura. [...] a pergunta maior é [...] passeios que envolvem mar e sol, em paralelo, com a parte histórica também. [...] O brasileiro que vem mais para Salvador [...] vai mais para a parte do Litoral Norte. Já o estrangeiro, quer conhecer Salvador. Fica os dias pra conhecer Salvador, a parte histórica e cultural e só depois decide ir pro Litoral Norte e Litoral Sul. [...] Salvador com Litoral Norte, Salvador com Morro de São Paulo. O interesse pela cultura é mais de estrangeiro do que o próprio brasileiro. [...] o estrangeiro [...] quer conhecer, comprar passeio e tem chances de ir pra outro destino dentro da Bahia.” (15-TC-SAL)
“Poxa... Coisas da Bahia, né? Aqui é coisa da Bahia, né? A cerâmica, do maragogipinho, entendeu? São as africanas negras, entendeu? [...] As baianas de cerâmica, a cerâmica de maragogipinho [...] Escultura, panela de barro, muringá, travessa com desenho de peixe, fruteira com fruta de cerâmica também... Sai muito. Sai muito também, pano de prato bordado de [...] magem também de Nossa Senhora também, orixás.” (18-TC-SAL)
“Os passeios coletivos, regularmente são os que são mais vendidos e os mais procurados, apesar de trabalhar com excursão rodoviária também [...] principalmente city tour cultural, passeios históricos, passeios muito procurados. Tirando esses, nós temos os regulares de praias.” (22-TC-SAL).
“Eu faço muito tour histórico panorâmico. Veículo privativo, veículo fechado. Ou seja, passeios em grupo. E muita praia. Tem muito a Praia do Forte, tem muita gente... o pessoal faz passeios para o Morro de São Paulo.” (21-TC-SAL)
“Ele, quando chega aqui, ele procura primeiro o Pelourinho... Pelourinho que é o lugar mais famoso. [...] A praia do Forte vem em segundo lugar, e as ilhas, em terceiro lugar. Então, ele busca muito as ilhas e é famoso Itaparica. [...] É Itaparica, o Pelourinho, Praia do Forte e agora... Morro de São Paulo é um lugar superfamoso, que eles procuram muito, principalmente os estrangeiros. Quando eles chegam aqui, o estrangeiro... 90% dos estrangeiros procuram Morro de São Paulo.” (1-TC-TN-SAL)
“Os passeios. [...] Histórico, panorâmico.” (16-TC-SAL)
Contudo, alguns prestadores destacam o patrimônio arquitetônico como um fator importante
de atração.
“[...] muitos professores da área de arquitetura fazem visitas pra conhecer a trajetória de vida e conhecer a história do complexo.” (17-TC-SAL)
“[...] pessoas interessadas em artes, interessadas em arquitetura[...] a maioria vem em grupos, né, já trazidos por guias turísticos, então
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geralmente eles compram pacotes fora ou procuram uma agência fora e acabam vindo pra cá.” (25-TC-SAL)
E os atrativos da gastronomia típica baiana.
“Na área da gastronomia, as comidas típicas, moquecas de camarão e peixe, calapolvo (camarão, lagosta e polvo) [...] a parte de bebidas, de cachaça (caipirinha), de rum (caipiríssima) e de vodka (caipiroska), que fomos nós que lançamos na década de 1980.” (24-TC-SAL)
4.2.7. São Francisco do Conde
A história local, as manifestações culturais e o patrimônio arquitetônico são apontados pelos
prestadores de serviços náuticos de São Francisco do Conde como as principais procuras
dos visitantes que vão para a cidade.
“É atraído pelas histórias [...]. Todo mundo que chega aqui quer saber a história de Cajaíba. [...] Abadia, Cajaíba, e hoje vou citar particularmente uma que eu acho gratificante, é a Ilha das Vacas e o Pati. [Roteiros do passeio náutico].” (6-TN-SFC)
“E esse turista vem muito em busca de pesquisa, muito em busca de conhecer a parte econômica, arquitetônica. [...] Todas as nossas manifestações culturais [...].” (7-TN-TC-SFC)
“Mas saber um pouco da história local, da dinâmica que se passou aqui no período colonial. Mas, movido também, assim, pela questão das edificações ainda que estão preservadas. Como o casarão de Cajaíba, o centro histórico, o Convento de Santo Antônio, e como eu já havia falado, das ruínas da Escola Agrícola. O pessoal vem muito visitar aqui.” (8-TN-TC-SFC)
Os prestadores de serviços culturais, reforçam essa busca do turista pela história de São
Francisco do Conde e acrescentam outros fatores, como o Samba Chula e a religiosidade.
“ [...] conhecer as repartições, eles buscam documentos, acervos, informativos.” (1-TC-SFC)
“[...] a lembrança de Santo Antônio, a imagem dele, arte e culinária [...].” (2-TC-SFC)
“É a origem do Samba Chula, o que é verdadeiramente o Samba Chula, de onde veio o Samba Chula.” (4-TC-SFC)
“Tentar conhecer as ruínas[...].” (3-TC-SFC)
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“Esse diferencial que nós somos [...] E nós somos uma cultura mais original [...] A natureza preservada e o alimento, sua qualidade, e o samba que é muito animado.” (5-TC-SFC)
4.3. Principais dificuldades encontradas
4.3.1. Cachoeira
Os prestadores de serviços náutico e cultural da cidade de Cachoeira, ressaltam a
questão da falta de divulgação do destino como um dos problemas enfrentados pelo turismo
da cidade. Além disso, a falta de serviços, os preços elevados e o fechamento de templos e
museus são apontados como dificuldades importantes para o desenvolvimento do turismo
na cidade.
“Anteriormente era a falta de um espaço físico, pra que a gente pudesse se reunir, pudesse montar a sede da associação, apesar da gente ser de utilidade pública desde 2010... [...] outra questão é a falta de recurso, por ser uma associação sem fim lucrativos a gente não tem ainda o incentivo financeiro, o apoio financeiro por parte de instituições, de outras instituições e prefeituras, ou do próprio trade, e a questão da panfletagem, toda a questão de marketing, a gente não tem marketing, não tem como trabalhar o marketing, teria que ter um site, ou um blog, algo que divulgasse realmente mais a cidade. [...] Infelizmente como o turismo não deslancha em cachoeira, a gente não consegue fazer com que o turismo deslanche , e também por conta da divulgação, da falta de investimento nesse setor, o próprio governo do estado, a secretaria do governo do estado, ela só vende, só apresenta algumas cidades, de maiores visitações, como porto seguro, lençóis, e outras cidades, sem falar que as operadoras também fazem o mesmo processo, muitas vezes as operadoras elas vendem é costa do sauípe, costa das baleias, e o recôncavo, ele é muito esquecido nesse sentido, apesar de ter todo esse potencial turístico e cultural.” (2-TC-TN-CA)
“Olha, você quer saber voltado assim, num... uma das grandes dificuldades que nós temos, principalmente os guias e mais ainda os visitante, é o fechamento dos templos, dos museus. A cidade de Cachoeira é uma cidade, que eu falei pra vocês, que tem um potencial pro turismo, mas não é uma cidade turística. Porque? Primeiro porque as pessoas que estão envolvidas não colaboram. Imagine você. Vem um turista de Salvador, porque sábado e domingo é os únicos dias, os únicos dois dias da semana que você tem pra sair de sua casa, pra trazer seu filho, sua família, pra conhecer a cidade e entrar nas igrejas, você chega aqui e encontra tudo fechado. [...] e outra coisa, outra coisa é uma cidade cara, caríssima, você chega nos restaurantes você paga um absurdo. Sei que quem faz turismo sai de sua terra pra gastar mas ele quer chegar num lugar, encontrar uma comida gostosa, encontrar serviços, o que se torna caro é porque a cidade não tem serviços, não
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tem serviços. Imagine você turista estrangeira, que sai da Inglaterra e vem pra Cachoeira, conhecer a cidade, e você não tem um guia que fala inglês? E aí você é obrigado a entender, a compreender o que o guia né... então é isso, a cidade não tem, a cidade ela é pobre em serviço.” (1-TC-TN-CA)
Já os prestadores de serviços náuticos apontam dificuldades relativas à Maré e à
navegabilidade do Rio Paraguaçu, assim como falta de infraestrutura para receber os
turistas quando realizam passeios náuticos.
“A baixa maré. Num... As embarcações não passa, com facilidade, eu passo com facilidade, mas a.. outro não passa.” (3-TN-CA)
“A única dificuldade que encontra aqui é chegando lá na localidade. Não encontra restaurante e as vezes tem que levar alimento e essas coisas. Lá é muito difícil de se achar. [...] O único lugar que tem alguma coisa assim é lá já em Salinas da Margarida, mas lá já é Baía de Todos-os-Santos. Mas o nosso trabalho aqui com o turista é por dentro aqui da baía né.. da bacia.” (4-TN-CA)
Os prestadores de serviços culturais também apontam a falta de divulgação como um
elemento estrutural na baixa visitação da cidade. Além disso, acrescentam a falta de
incentivos e dificuldades de captação de recursos como problemas adicionais enfrentados
por eles.
“[...] falta de turismo, falta de divulgação, entendeu? falta de um apoio, pela parte do governo estadual, municipal, federal, que não tem aqui, entendeu? Cachoeira aqui ta muito defasada em termos de turismo. O turista invés de demorar um dia, dois dias, demora uma hora de relógio no máximo, então não tem turista.” (5-TC-CA)
“É muitas dificuldades porque é assim ó, o samba de roda toca e aí ganha aquele cache pequeno, é aquele cachê assim [...] é muita coisa, é corda instrumento, é bateria, os meninos que vai chegando agora, ta querendo... fica exigindo instrumento novo, e com razão [...].” (6-TC-CA)
“As dificuldade que nós temos é realmente ajuda de órgãos públicos quando nós fazemos as manifestações, as festas daqui do terreiro, nós... realmente é recurso próprios de nós filhos da casa.” (7-TC-CA)
“O governo esse ano não tem dinheiro pra cultura, não tem dinheiro pra eventos né... [...] eu boto meu salário aqui dentro pra manter ele aberto, eu acho isso um absurdo.” (12-TC-CA)
“captação de recursos, do estado, do governo federal [...] uma das dificuldades principais da instituição. [...] pra você conseguir manter esse espaço físico. [...] E também uma dificuldade de um incentivo maior na área de cultura, um incentivo maior no próprio turismo, de ter um
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programa específico pra ajudar essas instituições a se manterem.” (8-TC-CA)
“[...] as nossas dificuldades hoje é quase o mesmo de que todos os museus e todos os ambientes turísticos [...] o problema está em receber o turista que normalmente já quase que não existe.” (9-TC-CA)
“[...] a dificuldade que nós encontramos é a realização dos festejos, onde a gente gasta muito, e a gente precisa angariar aqueles fundos pra fazer, porque agora o país passa por uma grande né, entre aspas, dificuldade, e a gente encontra também dificuldade em ganhar aqueles donativos para realizar a festa, e a gente luta muito, com muita resistência mesmo e fé que a gente consegue fazer aquela festa, não é fácil.” (10-TC-CA)
4.3.2. Itaparica/Vera Cruz
As dificuldades mais importantes apontadas pelos prestadores de serviços náuticos de
Itaparica/Vera Cruz foram a questão da qualificação profissional, a falta de infraestrutura e a
participação mais atuante dos órgãos públicos.
“A qualificação é o principal. Por que assim a cidade ela não se voltou para... O gestor não se voltou para essa qualificação. Então acho que fazer artesanato qualquer um pode fazer um brechózinho e botar para vender. Falta de conhecimento, por que 90% daqui se tiver o primeiro grau tem muito, muitos não têm o segundo grau. [...]. Para mim a maior dificuldade seria o setor de turismo daqui. A secretaria ser atuante. Por que se ela for atuante a cidade aqui cresce.” (5-TN-ITA)
“Eu acredito que a número um seria infraestrutura. Equipamentos públicos. Nós temos essas dificuldades, né? [...] As localidades hoje carecem disso! Não temos infraestrutura. E nós temos potenciais nisso. Mas, infelizmente, não houve atuação do poder público. [...] Historicamente, não recordo qual forma os investimentos do Estado aqui em infraestrutura. Você criar realmente equipamentos. Os munícipes, coitados, não tem essa... Anualmente, vivem pra pagar folha, anualmente, vivem pra... Não, é? Sobreviverem aí. Não tem condições de fazerem esses investimentos que são altos! Investimentos são altos!” (3-TC-TN-ITA)
Da mesma forma, os prestadores de serviços culturais cobram o apoio das autoridades
competentes e reclamam da falta de mão de obra especializada. Problemas relacionados à
infraestrutura, à segurança e à falta de turistas na ilha também foram lembrados pelos
prestadores.
“E aqui, falando assim, do próprio município, aqui já teve pessoas que deu mais atenção pra gente. Só que uns tempos pra cá a gente tá meio
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esquecido. Tem pessoas que nem sabe que a gente existe, eu acho... que nem sabe que a gente tem artesanato aqui em Itaparica. E, como é que diz? É isso... tem gente que nem sabe que a gente existe. Na verdade, o que tá precisando mesmo e eles lá fora, quem dirige o pessoal que vem de fora, eles passarem pras pessoas, sei lá. Virem. Eu não sei... a própria prefeitura saber que aqui tem artesão e passar pra eles lá fora, que aqui tem gente que trabalha Itaparica, fora o que eu não sei...Aqui tem e na redondeza também tem. [...] . E trabalho é o que não falta pra as pessoas comprarem, e quiser ver. A gente tá sempre aqui. Agora eu não sei por que esse descaço com a gente aqui, eu vou esperar agora 2017 que melhore... tem que melhorar né? Por que a gente fica aqui o ano todo com as portas abertas, chovendo ou não, a gente está aqui trabalhando. E aí fica esperando alguém, fica esperando. Nosso artesanato não é caro, não é caro, são peças que você... você monta um, um... você monta o seu, seu... Como é que eu falo mesmo... um brinco com colar, uma tiara, são coisas que você pode usar. Tem muito trabalho aí.” (7-TC-ITA)
“Apoio local né da, das autoridades locais, tipo prefeitura. É, segurança, principalmente, é um fator que impede muito a nossa expansão. Tem um campo aberto. Mas a gente não pode oferecer tudo por que é limitado, a gente pode ir com turista ou não. E a questão de divulgação que é muito restrita.” (2-TC-TN-ITA)
“A falta de pessoal... como se fala? [...] Mão de obra especializada... seja... oh... trabalhar com pousada, mas também todas outras coisas... assistência pra fazer “concertos”... fornecedores... você tem um limite muito... limitado para achar produtos para trabalhar, tem que ir em Santo Antônio ou em Salvador para achar as coisas. [...] A falta de estrutura, a falta de investimentos na estrutura, mas isso é devido também a falta de público. Então, precisaria de empresas. Investidores que acreditam com o projeto bem determinado e investir, investindo chega mais público. Então, chegando mais público, vai abrir mais empresas, e vai girando. [...] E também é o que você oferece. Não é possível que você depois de cinco horas não encontra nenhum restaurante aberto. No mundo inteiro os restaurantes abrem as cinco horas... porque? por que a gente é focalizado no público daqui, público daqui não janta de noite, toma cerveja, come... na praia... as cinco horas vão em casa. Então, todo mundo é só focalizado neste público limitado.” (1-TC-TN-ITA)
4.3.3. Jaguaripe
Em Jaguaripe, os prestadores de serviços náuticos enumeram algumas dificuldades
relativas ao turismo do município. O primeiro deles é a própria atuação da prefeitura,
criticada por um dos entrevistados. O apoio da prefeitura também é cobrado pelos
prestadores.
“Prefeitura. Prefeitura. O obstáculo aqui é a Prefeitura. Aqui tem um potencial brilhante mesmo [...] Mas, pra isso, tem que ter uma, digamos... Esse potencial tinha que vir da prefeitura, ter uma apoio maior. [...] o
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pessoal quer fazer um passeio pra Cacha Prego. Se a fiscalização tiver aí, ele não vai, porque ele não tem carteira. E é um cara capacitado. Ele conhece o mar, conhece tudo. Mas não se dedicou em ser legalizado.” (4-TN-JAGUA)
“Falta incentivo pra ter uns barcos aqui [...] o apoio aqui dos órgãos da Prefeitura. A oficina mesmo, que eu tentei montar, não consegui através da prefeitura. Não teve apoio pra eu montar essa oficina.” (5-TC-JAGUA)
Outra dificuldade é o baixo número de turistas. Além das dificuldades de acessos ao
município.
“O movimento é pouco, o movimento aqui é muito pouco e agora nessa crise ainda piora. [...] a gente faz um passeio desse aí, a gente cobra cento e cinquenta reais, mas só que na crise que tá o pessoal não quer pagar [...].” (2-TN-JAGUA)
“Primeiro, é o como chegar, que é o ferry boat. Todos chegam aqui estressados, cansados, por causa do ferry boat. Eu acho que, sendo uma área turística [...] precisa melhorar. [...]” (3-TN-JAGUA)
Um dos prestadores náuticos aponta que a falta de mapeamento dos rios que desaguam na
BTS, a falta de atracadouros na região e a falta de fiscalização da pesca predatória são os
principais problemas para o desenvolvimento do turismo náutico na região.
“Mapear com GPS as entradas dos rios que desaguam na Baía de Todos-os-Santos, segundo ponto, os atracadouros [...] e fiscalização contra pesca predatória, porque a Baía de Todos-os-Santos ela é riquíssima em pescados e, no entanto, estão destruindo tudo.” (8-TN-JAGUA)
Da mesma forma, um dos prestadores de serviços culturais aponta a falta de apoio dos
órgãos públicos como um problema importante no desenvolvimento do turismo. Outros
entrevistados relatam a falta de apoio no que diz respeito às manifestações culturais
presentes no município. E, novamente, a infraestrutura turística deficiente novamente é
lembrada como uma das dificuldades enfrentadas por eles.
“Dificuldades, assim, é mesmo a questão de apoio mesmo. De apoio, de incentivo. Poxa, tudo bem que os artesãos têm que se unir pra levar pra fora, pra fazer acontecer, mas eu acredito mesmo que é mais a questão de apoio, a Secretaria de Cultura [...]. Tem muito talento na cidade, tem que apoiar, tem que fazer acontecer.” (6-TC-JAGUA)
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“Primeiramente, os instrumentos que, às vezes, a gente fica precisando. Segundo, quando tem, assim, a oportunidade de se apresentar em todas as localidades, a gente não tem o transporte, a prefeitura não abraça. Eles só abraçam quando é de interesse deles. [...] Mas sempre falta o quê? Incentivo. Incentivo. Incentivo.” (7-TC-JAGUA)
“O Boi [Festa do Boi] tem dois anos que não acontece, porque, [...] nunca deixa de ter problema. [...] A dificuldade é fazer uma Barquinha bonita [...] não tenho dinheiro pra pagar o sopro, que é muito bonito. Queria o instrumento de sopro, mas o prefeito, infelizmente, não deu. Já tem dois anos que ele não ajuda a Barquinha.” (9-TC-JAGUA)
“Um dos pontos mais problemático é a questão da infraestrutura pro turista. Nós não estamos preparados pra receber bem o turista por conta da infraestrutura, né? Nós temos aqui ciência de (..) que nós temos pouca hotelaria. Nós temos deficiência de treinamento pra a questão de... recursos humanos. Que é pra atender ao turista.” (1-TC-TN-JAGUA)
4.3.4. Maragojipe
Em Maragojipe, os prestadores do segmento náutico revelam que a falta de turistas na
cidade e a falta de investimentos nos equipamentos turísticos são as principais dificuldades
enfrentadas.
“A dificuldade é aparecer pessoas. Aparece. As vezes aparece até de mais, as vezes não aparece ninguém. Como essa crise que está aí o que está afetando também é isso.” (3-TN-MA)
“Rapaz, dificuldade assim, bota mais é. bota mais assim de ter venda,
entendeu? Mas por enquanto não tem dificuldade assim...” (2-TN-MA)
“Nossa maior dificuldade é justamente essa, a questão financeira mesmo, pra gente poder ter um trade, a gente não tem equipamento turísticos. Faltam parceiros, gente que invista no turismo. Como município a gente pode fazer o treinamento, o Prodetur já veio aqui e deu vários cursos, a gente faz toda... toda a parte e fomento, mas não possuímos parceiros. No caso tem barco ali que vai fazer passeios náuticos com as pessoas, e o município não pode fazer isso né... o cara que tem a van, que vai levar pra circular, a gente não tem isso ainda.” (1-TN-TC-MA)
Os prestadores de serviços culturais também veem na falta de apoio ao turismo e suas
atividades uma dificuldade importante. na cidade e a falta de investimentos nos
equipamentos turísticos são as principais
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“A dificuldade nossa é como em qualquer cidade, que é a questão de apoio, né? A gente tem o apoio da sociedade, tem uma parte do apoio municipal, e a gente não vai deixar de dizer que o município também apoia em alguns momentos, mas a gente procura estar na resistência de tá preservando a memória e a cultura popular no segmento samba de roda e os mascarados. [...] Mas aqui rolou muita violência também, a partir do momento que a droga caiu no país! Então a droga aqui tá se perdurando e acabando com a paz do município, mas a gente tem enfrentado isso, o poder municipal tá enfrentando essa principal dificuldade e tamos levando.” (9-TC-MA)
“Ainda falta muita coisa do governo aqui pra dentro do rio aqui. Digamos, assim, ainda é muito pequeno o conhecimento dentro do nosso rio, tem muita coisa pra se ver, mas o governo não investe dentro do rio.” (6-TC-MA)
Um outro entrevistado pontua a questão da atracação como um ponto de dificuldade
importante a ser lembrado.
“A nossa principal dificuldade hoje, está justamente no embarque ou desembarque. Porque o que acontece, agora que o píer passou por uma reforma. Nós temos uma ponte, a ponte de Maragojipe, a ponte Almirante Vieira de Melo, que ela está em um estado muito decadente, ela está eu diria que, prestes a ser interditada. E com isso, nós temos encontrado muita dificuldade, que antigamente era possível, nós levarmos equipamento de som e tudo o que é utilizado na embarcação e no evento, nós podíamos levar até a cabeceira da ponte, agora por conta desse risco que a ponte corre, os carros não entram na ponte e é uma ponte que tem quatrocentos e cinquenta, quase meio quilometro. [...]. Você tem que levar todo esse material no carrinho, nas costas, o que dificulta bastante. E a questão do embarque desembarque, porque? Porque nós dependemos da maré, então as vezes no horário de saída a maré está baixa e horário de chegada a maré está alta. Então você tem uma chegada confortável, mas você tem uma saída desconfortável, um embarque desconfortável. E o inverso é verdadeiro. Então, isso seria hoje, uma das maiores dificuldades nossa.” (7-TC-MA)
No caso das artesãs que trabalham com barro, conseguir a matéria prima para a produção
das suas peças para venda é uma dificuldade que pode comprometer o próprio
funcionamento do negócio.
“A dificuldade maior é material. [...] Consegui a matéria-prima [...]Eu por exemplo, eu por exemplo, se eu fizer uma coisa melhor, trabalhar com uma coisa melhor, eu tenho que me locomover daqui à Nazaré pra comprar o barro... [...] Então, a dificuldade de conseguir, se tivesse por exemplo, o prefeito dissesse assim “não... eu vou ajudar vocês no material onde é que vende melhor no Japão?” então já trazer pra cidade.” (8-TC-MA)
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“Certo, qual é a maior dificuldade? Menina, é muitas coisas, né? Pra eu trabalhar mesmo é uma dificuldade, porque o barro custa 500 reais uma caçamba, de barro, e as vezes acontece eu não tenho aquele dinheiro, e eu tenho que chamar 2, 3...” (5-TC-MA)
4.3.5. Salinas da Margarida
Os prestadores do segmento náutico de Salinas da Margarida, apontam a questão da
divulgação do município como um problema importante, especialmente pela posição
geográfica de Salinas da Margarida, que estaria no “fim de linha”. Em relação à gestão
pública, a atenção dada ao setor de turismo e a falta de coordenação das ações junto ao
trade também aparecem como problemas a serem superados.
“Principalmente, de uns quatro anos pra cá, o gestor que “tava” não ajudava. Ele deixou tudo acabado, aí o pessoal não “tava” querendo vir. Esses quatro anos mesmo, foi fraco. Fraco mesmo.” (1-TN-SALI)
“Então, Salinas tem um problema, que Salinas é no popular mesmo, fim de linha é a última cidade aqui dessa BA. Então, aqui, a maior parte do turista que chega aqui, é o turista que chega pelo transporte náutico. Então a dificuldade aqui que a gente encontra, assim, é uma maior divulgação da região, que apesar de tá na internet, tudo isso, mas não tem um trabalho focado especialmente para, não sei explicar direito, divulgar. Ah, como que eu falo isso? Não tem um trabalho na mídia mesmo em geral, a nível estadual. Você até vê uma ou outra coisa, mas não tem um trabalho focado. A gente chega nas agências de turismo em Salvador, nas grandes agências mesmo: “Salinas da Margarida?” Ninguém conhece. Apesar de... Ninguém conhecer Salinas, tá na internet. Festival de mariscos. Mas não conhece as grandes agências lá que a gente chega pra divulgar. Das grandes as pequenas. ‘Ah, já ouvi falar, lá é bonito, fica aonde? Na ilha?’ [risos]. Todo mundo acha que Salinas faz parte da Ilha de Itaparica. Olha que falta de informação. Então Salinas, ninguém conhece assim, como parte do continente, como uma cidade, atrás da ilha, que é próximo de outras cidades turísticas, como Cachoeira, Saubara. Não sabe. Então falta muita informação a nível público da cidade, da região.” (3-TN-SALI)
“Eu acredito que tem como dificuldade, na verdade, o setor administrativo da Secretaria de Turismo. Eu acho falho. [...] Olhe, se tiver uma festa na cidade, seja de pequeno ou de grande porte, o restaurante, a pousada, enfim. Se, vai acontecer no sábado, a gente fica sabendo na quinta. Não tem como se programar. Então às vezes as pessoas chegam e a gente tem pouco a oferecer, porque hoje não se pode fazer um estoque volumoso, né?” (5-TN-SALI)
Os prestadores do segmento cultural, também veem a baixa frequência dos turistas e a
falta de divulgação da cidade como os principais pontos de dificuldade.
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“É justamente o turista que não frequenta tanto aqui. Não tem, assim, um atrativo, que possa trazer eles para cá. Aí quando tem passeio de escuna mesmo, que vem, não sei se é mal sinalizado a loja que nós temos, eles às vezes passam despercebido. A divulgação, enfim.” (4-TC-SALI)
“Divulgação. Da cidade em si.” (6-TC-SALI)
4.3.6. Salvador
Uma das principais dificuldades apontadas pelos prestadores serviços náuticos de
Salvador tem a ver com a falta de infraestrutura. Especialmente no que diz respeito à baixa
quantidade de marinas oferecidas pela cidade. Além da infraestrutura, a questão da
segurança é uma grande preocupação dos entrevistados.
“Bom, eu percebo, do ponto de vista de infraestrutura [...] Salvador oferece poucas opções de Marina que você possa montar uma base. E o custo operacional de manter uma base dessas, é difícil! Outra situação também muito complicada, o próprio trade turístico, ele não tem conhecimento, ele não vende... ele não oferta ao seu cliente um produto turístico mergulho dentro do seu estabelecimento comercial. E dentro dos hotéis daqui, são poucos que vão te oferecer aqui essa opção de passeio. [...] Acho que para a pessoa empresaria, a maior dificuldade também que tem é conseguir uma linha de crédito adequada para que ele possa investir em uma grande embarcação e equipamentos pra atender melhor o cliente.” (11-TN-SAL)
“[...] a gente tem uma dificuldade muito grande de disponibilidade de marina [...] ultimamente nós temos tido problemas com segurança. Nesse verão existe uma onda muito forte de assaltos. Isso tem refletido bastante no resultado.” (4-TN-SAL)
“Falta de infraestrutura náutica, falta de divulgação, falta de investimento no turismo náutico, de infraestrutura, portos, píeres. [...] Píer, não tem um píer público, não tem lugar para a gente embarcar e desembarcar o turista, falta divulgação... só se divulga festa, carnaval, não se divulga o potencial náutico, de turismo, que a Bahia tem.” (2-TN-SAL)
“O que mais atrapalha aqui em Salvador é o parque. [...] Lá na Ilha dos Frades o pessoal cobra 100 reais por pessoa pra ver uma casa. Aqui no comércio, um barco paga 200 reais e 30 de atracação. Tem uma marina aqui que está quase fechando também, que é o único ponto. É o que atrapalha mais a gente, é isso aí.” (9-TN-SAL)
Outros entrevistados do segmento náutico apontaram para a falta de divulgação do próprio
turismo náutico e todas as modalidades dele derivadas. E, novamente, a segurança aparece
como uma preocupação.
202
“Oh, eu acho que o que me falta é um incentivo ao turismo náutico, de uma forma geral [...] Enfim, de divulgação mesmo. [...] Vai procurar uma empresa pra velejar e as pessoas não sabem. Não conhecem, né? Acham que a única opção que tem aqui pra fazer na baía é o passeio de escuna. [...] Uma outra coisa que me preocupa muito é a segurança.” (12-TN-SAL)
“A dificuldade é a divulgação mesmo. A divulgação em massa, [...] agora a gente sente dificuldade, realmente, de abranger um público maior. Até o público da própria Bahia. Pessoal não sabe que existe mergulho em Salvador. Então falta realmente divulgação, como tem em outros estados. [...] não existe uma ampla divulgação por conta do poder público para estar divulgando este nicho, entendeu.” (5-TN-SAL)
“Em questão também da própria divulgação, né, porque a gente... a segunda maior baía do mundo, né? E não tem essa divulgação tão grande às vezes de outros estados [...].” (6-TN-SAL)
Alguns entrevistados levantam a questão da concorrência de outras atrações da cidade que
colaboram com a redução do interesse do turista pelo turismo náutico.
“O passeio das ilhas, ele tá menor do que... digamos assim, há 20 anos atrás. Porque 20 anos atrás, Salvador e essa parte metropolitana, ela não oferecia tanto como oferece hoje. Então hoje tem muita casa de show, tem muitos restaurantes, tem lugares que hoje as pessoas procuram mais. Naquela época, tinha poucas opções, então, a procura de ilha era muito grande. E como tem hoje a linha verde, tem os resorts, a Praia do Forte e esses lugares. Então muita gente vai pra esses lugares e ficam por lá mesmo. Todos eles vêm... E a gente atende as pessoas que estão em maioria em Salvador.” (7-TN-SAL)
Uma dificuldade importante para o turismo náutico diz respeito à falta de profissionais
qualificados para esta área. Especialmente àqueles referentes à atividades muito
específicas e que exigem uma formação que não está disponível no município.
“[...] a formação de mão de obra na área de pintores, de fibreiros, de eletricista, mecânicos, toda essa mão de obra que a gente tem hoje em Salvador, que a gente tem aqui na Bahia, ela migrou de outras áreas... o mecânico foi mecânico de diesel; o pintor foi pintor de carro também e migrou para o barco; o fibreiro fazia prancha, fazia caiaque, fazia outra coisa. Então isso, a gente não tem uma formação original daquela mão de obra.” (8-TN-SAL)
Os prestadores do segmento cultural, levantam dificuldades relacionados à infraestrutura,
tanto da cidade, quanto dos próprios equipamentos culturais. Falta de estacionamento para
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ônibus turístico, abordagem de vendedores e de pedintes e a falta de segurança também
são citados pelos entrevistados. Além disso, o fechamento do Centro de Convenções de
Salvador também é citado como uma dificuldade adicional para o turismo.
“[...] esse é um espaço que recebe todo esse público. Mas ele não tem a manutenção devida, nem pela prefeitura, nem pelo estado e nem pelo Iphan, porque só a gente, não tem como dar a manutenção.” (19-TC-SAL)
“É, de um modo geral, falta estrutura. Estrutura que seja adaptada ou que atenda a demanda [...] nós não temos estacionamentos para ônibus [...] um ordenamento dos ambulantes.” (20-TC-SAL)
“A primeira é a falta de estrutura da cidade. O aeroporto tá em reforma há anos que nunca terminou. Era para a Copa do Mundo, até hoje está em reforma. O centro de convenções da cidade o Governo do Estado guardou alguns milhões para reforma. Na semana da inauguração o centro de convenções desabou. Nós não temos o centro de convenções, né?! Consequentemente, de alguns anos para cá, muitos hotéis fecharam, então a demanda caiu. A segurança. soma da cidade é insegura [...] A cidade tá suja [...] Tem muito pedinte na rua. Tem muita gente que aborda o turista na rua de uma forma que não é bacana, que não é uma boa, que assusta as pessoas. As praças esburacadas [...]. Se eu te convidar, por exemplo, para ir à Igreja do Bonfim, primeiro você se assusta com a abordagem dos ambulantes. Eles brigam entre si, se estapeiam. O pico da praça que tá na frente do Bonfim, ele é cheio de buracos, coisas assim do tipo. E outra dificuldade é, por exemplo, os hotéis de Salvador não tem estrutura para parar ônibus. Se você parar dois ônibus na porta de qualquer hotel de Salvador, qualquer um, do mais novo ao mais antigo, você vai causar um problema para o hotel. Vai travar tudo, vai fechar tudo. [...]o Governo Estadual iria fazer é a reforma do centro histórico. Isso levantaria bastante, digamos, a moral de Salvador.” (21-TC-SAL)
“Olha, nós temos uma dificuldade muito grande com relação a transporte! Que não temos nenhuma linha de ônibus que tem uma parada próxima ao museu [...]. Outra coisa também que poderia facilitar o turista, que quando vem turista, principalmente de outros países, de outros estados, é fazer o trajeto pelo mar... Que é belíssimo! Mas que a gente não utiliza, pois sem um píer é sem condição de uso.” (17-TC-SAL)
“Se você parar pra ver, a maioria dos museus em Salvador estão precisando de reforma. A casa de Jorge Amado também é uma delas. [...] A dificuldade que o turista encontra, na minha opinião como mediador, que a gente vê do lado de fora. Se você for parar pra ver não tem mais. Tiraram as bandejas de lixo. O turista entra muitas vezes aqui só para jogar o lixo.” (23-TC-SAL)
“Mas nós enfrentamos um problema social gravíssimo! Você deve ter andando por aí. Você não consegue andar 100 metros sem que alguém lhe aborde, lhe peçam, porque querem vender alguma coisa. Pra nós, que somos da terra, nos sentimos incomodados, imagine o turista ou
204
visitante!? [...] Um dos problemas sérios nosso é exatamente o crack! E o crack não é problema de polícia, é problema de saúde!” (24-TC-SAL)
“[...] infelizmente a gente não tem outros roteiros [...]. A BTS tem 66 ilhas e a gente só tem duas permitidas pra visita, com estrutura com muita gente fica muito lotado mesmo, o serviço fica ruim. E em Itaparica a gente não tem um atracadouro lá. Falta estrutura [...] pra desembarcar por conta da segurança [...] Nossa dificuldade com relação ao city tour é a segurança. A questão do assédio dos vendedores, no pelourinho, colarzinho, aquelas coisas, um assédio muito grande.” (22-TC-SAL).
Alguns agentes de viagens reclamaram muito da concorrência desleal de quem é
formalizado frente a quem não tem formalização. Isso cria uma camisa de força no negócio,
já que não conseguem ajustar o preço frente aos custos, por conta dos não formalizados
poderem colocar um preço mais baixo do que os que são formalizados.
“Pra mim, acredito que a maior dificuldade que eu tenha hoje é de não poder investir [no próprio negócio] muito mais do que eu invisto por causa do preço [dos produtos]. [...] tem agências, entre aspas, que vendem no meio da rua. Tem agências que botam pessoas vendendo o passeio, arriscando o turista [...]. Outra dificuldade, que eu tava falando aqui, é em relação ao assédio.” (1-TC-TN-SAL)
“Dificuldade que eu encontro? É a concorrência, né? Assim... você tem no credenciado que concorre com a gente, ai pega...” (16-TC-SAL)
E, assim como os prestadores náuticos, os entrevistados apontaram a divulgação como uma
dificuldade na expansão do turismo da cidade.
“A gente não tem uma divulgação aqui. No momento, nós não temos o site, não temos uma divulgação assim que... na mídia.” (18-TC-SAL)
“[...] mais eu acho que seria divulgação né [...] Não só interno, a gente faz, mas eu acho que deveria ser divulgado mais [...] precisa de profissionais qualificados, que falam outra língua [...] [a] questão da acessibilidade pra mim ainda é um ponto. [...] [o museu] é uma empresa filantrópica então, ela depende de ajuda para se sustentar, e aí fica difícil de você fazer um investimento.” (25-TC-SAL)
4.3.7. São Francisco do Conde
Para os prestadores de serviços náuticos em São Francisco do Conde a falta de
infraestrutura e a sinalização náutica aparecem como dificuldades importantes para o
desenvolvimento do turismo náutico.
205
“Nós não temos a sinalização náutica, que é o balizamento [...]. Aqui nós não temos. Se o grupo vier através da Baía, não tem um píer, não tem como ele abastecer a lancha dele, não tem uma indicação de balizamento né? [turismo náutico]. Pra interno, nós também não temos a sinalização turística do lugar também. Nós não temos a sinalização dos patrimônios [turismo cultural].” (7-TN-TC-SFC)
“Pier e também sinalização. Bastante.” (6-TN-SFC)
“[...] a primeira dificuldade que a gente encontra aqui é na questão da infraestrutura. O pessoal que vem de fora pra conhecer a cidade, fazer o roteiro náutico, fala muito da questão da infraestrutura.” (8-TN-TC-SFC)
Os prestadores de serviços culturais também apontam problemas de infraestrutura como
fontes de preocupação para a preservação da história e para o turismo da cidade.
“[...] as nossas instalações estão praticamente se perdendo na história. [...] A gente vai à igreja e vê que o teto está cedendo, a tendência desse teto é ceder cada dia mais. Vai chegar um tempo que vai ficar desativado.” (1-TC-SFC)
“[...] O apoio [...]. Na ajuda na estrutura [...]. Na questão da estrutura mesmo de transporte, de grupos. [...] A estrutura, a questão maior é a estrutura pra você fazer a festa.” (2-TC-SFC)
“Precisa-se fazer um trabalho estrutural, um trabalho que comece a divulgar o que tem [...]. Preparar os locais, preparar um guia, alguém que conheça o fundo da Baía [...].” (3-TC-SFC)
“[...] estrutura do município. Que o turista vem, mas ele precisa se hospedar, precisa de ter assim, um atendimento melhor. [...] E a infraestrutura da cidade ainda está parada.” (4-TC-SFC)
4.4. Principais melhorias esperadas/propostas
4.4.1. Cachoeira
As melhorias propostas pelos prestadores do segmento náutico e náutico e cultural de
Cachoeira seguem no sentido de investir na divulgação da cidade e na construção de um
novo píer.
“Eu acho que inicialmente seria uma parceria entre a iniciativa privada, os donos de bares e restaurantes e hotéis, junto com a associação e demais associações que estão ligadas a cultura e ao turismo, e junto elaborarmos um projeto de divulgação com, inclusive, a associação, que desde 2008, quando ela foi fundada, com objetivo de assegurar o trabalho dos guias e condutores e também prestar o serviço de
206
guiamento e orientação aos turistas e visitantes. Nós estamos com projeto de implantar dois estandes em Salvador inicialmente um no terreiro de jesus, e outro na praça em frente à prefeitura, e também nos portos onde inclusive estão chegando vários cruzeiros. E a gente tentar divulgar Cachoeira em outras cidades. Principalmente na capital.” (2-TC-TN-CA)
“Tem a divulgação aqui desse passeio náutico. A divulgação da parte da prefeitura, né? E do poder público em geral. Precisamos também aqui de um píer, aqui o píer tá danificado. O píer está danificado. Mas tem pretensão de chegar um novo. É, um novo píer aí, pra ancorar as embarcações.” (4-TN-CA)
Há também quem aponte melhorias na restauração do patrimônio e ampliação do horário de
funcionamento dos atrativos turísticos
“Um museu que fique aberto sábado, domingo e feriado e até a noite. Era pra eu ter um apoio, e eu não tenho nada [...].” (12-TC-CA)
“[...] o que eu queria do governo, principalmente do governo federal que é esse o órgão responsável por fazer a restauração desses templos, desses prédios públicos, é entrar em um consenso com as igrejas, com as irmandades e fazer com que esses templos, né?, ficassem abertos. Fechasse um dia na semana. Porque dia de segunda feira em salvador é feriado. Os museus ficam todos fechados.” (1-TC-TN-CA)
No segmento náutico, um prestador chamou a atenção para a necessidade de dragar o rio
como forma de viabilizar a navegabilidade para Cachoeira.
“Dragar, pegar os pontos mais críticos do rio, dragagem do rio [...] Três pontos do rio, três pontos dá, limpa tudinho [...].” (3-TN-CA)
Os prestadores de serviços culturais também concordam que deveria haver uma maior
divulgação da cidade para o turismo.
“[...] um espaço maior pra poder eu desenvolver mais meus trabalhos, e apresentar melhor, atender melhor os turistas. É que eu não tenho. A condição aqui é muito precária, muito precária mesmo. E pela outra forma um apoio uma divulgação maior, dos órgãos competentes, pra que os turistas quando viessem, não só vir com o guia, que vem de lá de salvador, mas que chegasse aqui, e já viesse já em contato com os guias daqui [...].” (5-TC-CA)
Outra questão levantada pelos prestadores de serviços culturais segue no sentido de
aumentar o apoio das autoridades públicas às manifestações culturais. Tanto em relação ao
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samba de roda e às manifestações de matriz africana, quanto na viabilização do
funcionamento dos atrativos culturais, como os museus, por exemplo, durante os finais de
semana.
“Ter alguém através do governo ou junto do governo pra poder reconhecer mais o nosso lado [...]. Grupo cultural Samba de Roda Filhos do Caquende, faz parte do patrimônio [...]. Ter uma escolinha pros meninos poderem aprender a tocar uma viola, um cavaquinho, um violão, timbau, pandeiro, triângulo. O governo deveria [...] dar mais um apoio pra fazer a manutenção do samba de roda, pra não deixar o samba acabar, sempre modernizando [...] Já tem 2 violeiros formados por mim [...] mas eu quero mais, mas pra isso tenho que ter tempo. Mas eu [também] trabalho de carpinteiro.” (6-TC-CA)
“[...] Uma Secretaria [do governo] realmente direcionada aos povos de matriz africana.” (7-TC-CA)
“Editais de programas específicos, que possa direcionar verbas para que essas instituições não só como a fundação Hansen, mas outros espaços culturais que nós temos em cachoeira possa se manter.” (8-TC-CA)
“[...] tinham muitas casas culturais, hoje essas casas se diminuíram muito. Traria mais turistas pra cidade [as casas culturais] [...].” (10-TC-CA)
4.4.2. Itaparica/Vera Cruz
Em Itaparica/Vera Cruz, os prestadores de serviços náuticos apontam que melhorias na
infraestrutura seria fundamental para o desenvolvimento do setor turístico.
“Eu acho que o principal ponto nesse momento que, como eu falei, o que a gente precisa muito aqui de uma infraestrutura e equipamentos públicos. Acho que esse seria a principal visão do Estado. A gente precisa realmente dar uma estruturada no nosso município. Melhorar tudo. Hoje, a gente precisaria ter um terminal marítimo, uma marina, que, como nós temos lá em Itaparica. Se você olhar pro custo pro Estado seria quase nada, mas pro município é uma imensidão. Um valor muito alto.” (3-TC-TN-ITA)
“Atualmente com essa gestão, o secretário de esporte fez uma palestra, que ele tá tentando fazer uma estrutura na ilha para turistas. Pequena quadra de tênis, praça para skatistas. Em relação a náutica, ele está querendo fazer campeonato de remo, de vela e querendo fazer uma piscina flutuante igual do Iate Club. O único problema, que eu acho, dele fazer essa piscina, é só o local que ele quer fazer, que ele quer fazer aqui atrás, ao lado da marinha. Vai ser um ponto bom, por que os turistas que chegarem vão poder ver a piscina, se interessar e querer perguntar o que é. O único ponto negativo é que todos os pescadores que tem embarcações aqui atrás, vão ter que ser remanejados para mais
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distantes. Então vai atrapalhar os pescadores nativos daqui que usam isso para sobreviver.” (4-TN-ITA)
Além da melhoria da infraestrutura, os prestadores de serviços náuticos esperam uma maior
atuação do município no sentido de promover a cidade através de qualificação e realização
de eventos. A busca de boas práticas em outros municípios também é apontada como uma
alternativa para fomentar a atividade turística.
“Então se voltar para uma política, criar regata, criar escola náutica, por que tem um “cado” de menino que fica ai o dia todo batendo perna, sem fazer nada. Mas se botar uma escola náutica, eles vão aprender a navegar. E tem o rapaz ali, mas cadê o incentivo do município? Não tem, não tem. Nem a secretaria do turismo atuante, não era! Não sei de agora em diante, entendeu? Então, seria qualificar e criar eventos para trazer o turismo para a cidade. Porque trazendo turismo você trás riqueza para o município. Você trás vendedor de cachorro quente, vai vender cachorro quente, o dono do mercado vai ter mais cliente.” (5-TN-ITA)
“Principal que vou te falar segurança. A segurança é o fator principal aqui de Itaparica. [...] Capacitação do pessoal. Muita gente que quer trabalhar com turismo náutico hoje, né?, mas de forma aleatória, oferece qualquer tipo de serviço, mas sem se preocupar com a segurança, que é o principal né?” (2-TC-TN-ITA)
“Na verdade eu não estou muito focado de como funciona o governo aqui [risos]. [...] vai ver o que acontece lá [no Sul], o porque lá funciona, que não tem mar, não tem nada, é só fazenda, e tem pousada que vende mil reais por noite, a diária e tá sempre cheio de gente, e porque? Então, acho que seria bom, antes que inventar “cosas” procurar exemplos de outro lugar.” (1-TC-TN-ITA)
Alguns entrevistados dos serviços culturais apontaram lugares específicos de intervenção,
como a praça pública e os grupos culturais, como forma de atrair os turistas para a cidade.
“ [...] acho que eles deveriam fazer alguma coisa na praça [...] fazer algo, alguma outra ação que possa chamar o turista, que mostra a história, a própria história de Itaparica. Que a história de Itaparica é interessante. Eu posso dizer que eu não sei explicar direito, mas eu sei que eu tó aqui, sei que essa praça é rica, eu sei que tem vários/várias [...] lugares e passeios para conhecer. Então acho que eles deveriam fazer alguma coisa pra chamar, fazer alguma coisa de atração pra chamar o turista, pra vim pra cá.” (7-TC-ITA)
“O fortalecimento dos grupos culturais. Nós temos aqui o grupo dos Guaranis, que é uma referência no município, mas não é nem estadual, nem municipal, já houveram algumas ações, mas muito pontuais. Nada que desse ênfase pro um grupo que representa a luta da consolidação da independência do Brasil.” (6-TC-ITA)
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4.4.3. Jaguaripe
Os prestadores de serviços náuticos de Jaguaripe reconhecem o grande potencial que o
turismo tem no município. Porém, apontam melhorias a serem realizadas na infraestrutura,
como, por exemplo, novos atracadouros. Além disso, a melhoria na qualificação da mão de
obra para o setor de turismo é também citada como algo que deve ser melhorado.
“[...] um atracadouro. Mas isso é um projeto que não é muito fácil [...]. Os atrativos da Baía de Todos-os-Santos estão muito abandonados. Eles precisam ter uma melhora muito grande, inclusive para a gente ter esses passeios náuticos. Entendeu? Onde descer. Como descer. [...] Capacitação do pessoal da região [...]. Eles não têm capacitação pra isso [...] camareiras, garçons e garçonetes, cozinheiros, maitre, supervisores...” (3-TN-JAGUA)
“Temos uma opção enorme [de turismo], mas nossa infraestrutura pra atender o turista tá zero! Por parte da administração pública e por parte também dos próprios atores. [...] Nossa questão mesmo é essa [...] de fortalecer a infraestrutura, na parte toda de comunicação e de treinamento de recursos humanos.” (1-TC-TN-JAGUA)
“Eu acho que o turismo, devido à sazonalidade, o investimento tem que ser realmente bastante subsidiado [...]. Essas cidades que tem potencial turístico, deveriam ter algum posto do SENAC, algumas coisas assim, que pudesse preparar esse pessoal [garçom, maître, camareira], entendeu?” (8-TN-JAGUA)
“Uma estrutura legal de atendimento. O principal que hoje só tem um hotel, uma pousada ali, Arandas [...] um posto de combustível porque precisa, a gente tem que comprar em Nazaré ou em Aratuípe [...].” (4-TN-JAGUA)
Os prestadores de serviços culturais também apontam melhorias para a infraestrutura
turística. Da mesma forma a divulgação do município e a capacitação da mão de obra são
apontadas como melhorias importantes para o fomento do turismo.
“Única coisa que tem aqui é pouca localidade pro turista ficar. Tipo tem duas pousadas: uma que é mais cara e outra que é mais baratinha, é cinquenta reais e a outra setenta, oitenta. Mas enfim, é pouco. [...] Acho que é preciso [curso de qualificação] porque, aqui tem muito talento, muitos talentos mesmo, que precisam ser vistos. Tem coisas que muita gente ai fora, dá valor, vê e fala "Meu deus isso é muito legal".” (6-TC-JAGUA)
“Fundar uma escola de artesanato para os jovens, pra atrair os turistas, o turista vir olhar ou aprender também, se tiver interesse. Ou uma escola de vela pra crianças aqui de Jaguaripe.” (5-TC-JAGUA)
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“[...] Falta mesmo divulgação, falta mesmo divulgar como é Mutá, botar internet, fazer tudo, botar no "zap" pra poder saber o que é o Mutá.” (9-TC-JAGUA)
“Era só eles investirem mais na gente [...]. Ter, assim, um compromisso de trazer [...] o turismo até nós. Porque, em Salinas, a gente ia, chegava, os turistas mandavam buscar, e a gente fazia aquela programação linda e era reconhecida.” (7-TC-JAGUA)
4.4.4. Maragojipe
Os prestadores náuticos de Maragojipe entrevistados apontam, em sua maioria, uma
maior divulgação do município e dos atrativos da cidade para aumentar a visitação.
Disponibilizando, inclusive, roteiros que sejam conhecidos dos turistas. A violência é citada,
também, como um fator que precisa ser resolvido para atrair os turistas.
“Eu acho que deveria ter mais divulgação aqui do nosso rio. Porque o nosso rio é bonito. E os governantes terem mais responsabilidade. [...] E a violência aí também [...].” (3-TN-MA)
“É divulgar mais aqui o Paraguaçu, é, ter mais recursos, vamos dizer, mais divulgação, atrair turismo daí de cima como de Cruz, Muritiba, Feira de Santana. Divulgar mais o turismo, pra atrair mais e trazer mais renda. A violência também afasta muito, muito o turismo porque coisa que divulga coisa má, o turismo se espanta e não vem. Poucos vem, né?” (2-TN-MA)
“Eu acho que a maior melhoria que o governo poderia fazer pelo município é inserir Maragojipe em um roteiro turístico. A gente não faz parte de nenhum roteiro, entendeu? A gente fica à margem. Se você vai pra qualquer lugar os roteiros estão prontos. E isso é o que fomenta o turismo. A gente não faz parte disso. A gente até tentou criar a rota da independência, fazia parte Cachoeira, Maragojipe, e isso nunca foi pra frente. Então o que é que o turista busca? Um roteiro. Ele quer sair, ele quer passear nos lugares.” (1-TN-TC-MA)
Os prestadores de serviços culturais, da mesma forma, apontam a questão da divulgação
do município e das suas potencialidades como uma melhoria necessária. Outros pontos
como a antecedência na divulgação da programação de eventos e apoio e incentivo do
poder público às manifestações culturais foram citados pelos entrevistados.
“Melhorar a cidade. Divulgar, divulgar a cidade. O que a gente tem de bom aqui pra oferecer pro turista.” (4-TC-MA)
“Primeiro o BahiaTursa, né? Que é o envolvido, o encarregado pra trazer o turismo pra cá, né?! E divulgar o nosso rio aqui [...] Tem muita coisa pra se ver em Nagé, com muitas histórias, Cachoeira com muitas
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histórias, São Francisco [do Conde] com muitas histórias, Santiago do Iguape, com muitas histórias. Inclusive igrejas da época dos frades e assim por diante. Então tá faltando o governo divulgar isso aí e trazer pra cá pra gente.” (6-TC-MA)
“Olha, a regata, ela está muito vinculada, aliás, ela está totalmente vinculada a festa do padroeiro. Na medida que você tem uma programação forte da festa, eu falo artisticamente, você consegue atrair o maior número de visitantes pra cidade e, consequentemente, você consegue vender um maior número de camisetas pra festa. [...] Então, eu acho que as coisas têm que estar muito “linkadas”. Essa questão da programação de rua sendo divulgada com antecedência, isso tudo facilita né? E atrai as pessoas de uma forma mais antecipada ao evento.” (7-TC-MA)
“Ah, precisa muita coisa. Mas precisa muita coisa mesmo. Sabe, por que assim, geralmente a gestão de oito anos atrás, de 12 anos atrás porque tá terminando a gestão de uma prefeita aí, foi quem melhorou a cultura de Maragojipe. Mas a anterior deixou a desejar. Então pra Maragojipe voltar a ser uma cidade turística precisa de muita coisa. Principalmente do poder público ajudar, incentivar, entendeu? [...] Por exemplo, pra mim, [...] se aparecesse uma pessoa e dissesse assim “vou ajudar a cultura de Maragojipe”, escolher dois a três artista pra colaborar, pra ajudar, seria uma boa. Quem dera que eu achasse isso ai. Aí que a cultura de Maragojipe, os artistas, iam sobreviver e crescer.” (8-TC-MA)
“Mais incentivo. O governo dar mais incentivos. Abrir mais as portas, quebrar um pouco da burocracia, porque a gente sabe que a burocracia ela impede a abertura, de alavancar muitas coisas relacionadas a cultura popular. Essas são os elementos que também travam em alguns momentos o desenvolvimento da cultura. Mas porque a burocracia é também uma das dificuldades. Mas que acredito que no decorrer o governo vai ter mais esse olhar, pra essa parte.” (9-TC-MA)
4.4.5. Salinas da Margarida
Em Salinas da Margarida, uma melhoria apontada pelos prestadores de serviços náuticos
é a construção de um píer de atracação adequado. De acordo com um dos entrevistados, o
píer que atualmente existe não cumpre com as condições adequadas de uso.
“Um píer de atracação. Nós temos essa ponte aqui, que realmente não tem condições. Um píer flutuante como aquele ali, onde os veleiros pudessem atracar tranquilos, sem problema. É o que tá faltando aqui um píer de atracação favorável aos velejadores, aos veleiros, principalmente, as embarcações à vela.” (2-TN-SALI)
“Então, o que o estado pode fazer? Aqui ele fez há pouco tempo, essa reforma que tem no píer, foi estadual, mas foi uma reforma que falta muito a desejar. Basta qualquer um chegar ali e vai ver como está ali, não tem um acabamento. E ai é uma mistura de culpa do governo com o municipal, porque acompanhou e também não resolveu isso. Mas você
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chega ali no píer mesmo, na reforma que foi feita, não tinha acessibilidade. Eu, que fui várias vezes, falei com o secretário de infraestrutura e com o outro secretário, inclusive o de turismo também, para colocar uma rampa, que você começava a andar no píer, tinha um batente, um cadeirante não podia chegar até o final para apreciar a paisagem, tinha que apreciar do início da ponte. Então, eu fico frisando, porque eu fui lá várias vezes, falando que tinha que ter no mínimo uma rampinha de cimento. O pessoal chegou lá e passou cimento de qualquer jeito. É só ir ver como é que tá ali, aquela rampinha. Então, assim, falta acessibilidade, falta estrutura, na questão de receptivo, de banheiro e placas informativas na cidade.” (3-TN-SALI)
Um dos entrevistados chamou a atenção para o fato de que o empréstimo que conseguiu a
juros subsidiados viabilizou seu negócio no turismo náutico.
“A ação do governo que o governo fez pra mim foi o empréstimo que eu tomei no Banco do Nordeste. Porque o pescador aqui, não tinha direito a nada. Depois das associações a gente pode tomar empréstimo no Banco do Nordeste, pra ficar pagando, o empréstimo, de ano em ano, 2% ao ano. Aí que eu pude comprar uma canoa. Fazer o empréstimo. Comprei a canoa, uma. E com oito meses com aquela canoa que eu tomei empréstimo, oito meses, eu fiz outra maior pra fazer o turismo. [...] Ajeitar a cidade, que tá toda acabada. Se Deus quiser vai ajeitar. Se Deus quiser o gestor vai ajeitar. Era tudo bonito, quando era ele, depois que ele saiu o outro acabou com tudo, deixou acabar tudo. Só fez esculhambar.” (1-TN-SALI)
Os prestadores de serviços culturais, por sua vez, apontam a melhora no transporte
marítimos e exploração das belezas naturais da região como potenciais catalizadores do
turismo no município.
“O transporte marítimo mesmo, porque antes era muito presente. Hoje nós não temos mais isso aqui.” (4-TC-SALI)
“Eu acho que deveria trabalhar mais, explorar mais, o que a gente tem de melhor que é a beleza da cidade, das praias. Por ser uma cidade tranquila, as pessoas têm segurança em ficar aqui e despreocupada. Eu acho que deveria trabalhar mais nisso aí.” (6-TC-SALI)
4.4.6. Salvador
Grande parte dos prestadores de serviços náuticos em Salvador apontaram que a
divulgação do turismo náutico deve ser melhor trabalhada. Além disso, a questão da
infraestrutura náutica, incluindo aí, a construção de novas marinas, também é uma melhoria
citada pelos entrevistados.
213
“Sim, divulgação, melhorar a infraestrutura náutica na Baía de Todos- os-Santos e melhorar a divulgação para trazer mais demanda.” (2-TN-SAL)
“A de facilitar a divulgação. Acho que devia usar mais as mídias para estar divulgando a parte litorânea, os esportes que podem ser feitos, tirar aquele medo que as pessoas têm quando se fala em mergulhar [...]. Acho que se fosse mostrado mais sobre mergulho esportivo, mergulho de caça também, tem pessoas registradas. Enfim, eu acho que se divulgassem mais em mídias as coisas outras coisas acho que ajudaria bastante.” (3-TN-SAL)
“O setor público, eu diria, que fazer mais campanha do turismo a respeito do turismo náutico. Publicidade de massa [...]. Construir umas duas marinas em Salvador já ajudaria bastante. [...] Se o poder público desse mais atenção ao turismo náutico, você vê regiões muito menos ricas, em praias, em ilhas, do que a Bahia, sendo muito mais exploradas, tendo muito mais pontos de acesso, tendo muito mais apoio. Então, acho que é algo que nas próximas gestões deveria ser revisto, a questão do turismo náutico, tanto com campanhas publicitárias, como com ações propriamente ditas, de obras de infraestrutura.” (4-TN-SAL)
“[...] basicamente é a questão da publicidade mesmo. E outra melhoria [...] é a questão de acessibilidade mesmo nos pontos de acesso ao mar para mergulho.” (5-TN-SAL)
“Ter um guia, exatamente, ou virtual ou impresso, qualquer que seja, explicando o que que ele pode o que ele não pode fazer, onde ele deve chegar, o que que ele pode chegar, no que é seguro, onde não é seguro... [...] Eu acho que mais marina seria essencial até para o crescimento não só na área de turismo, na área de receber melhor o turista estrangeiro, mas também para o turismo local, né?! Vamos dizer assim, pra pessoa que tem barco em Salvador [...] temos uma fila de embarcação há cinco anos e não conseguimos atender às vagas. A gente não tem vaga. [...]. Quando você cria novas marinas você capacita as pessoas, você cria mais postos, você cria mais serviços, cria mais lojas de ramo náutico. Enfim, você abre o leque, você chama, você atrai a atenção de empresas de fora que fabricam GPS, que fabrica a catraca do veleiro, que fabrica o leme, a âncora e o motor.” (8-TN-SAL)
“Criar uma infraestrutura. Quanto mais marinas você tiver, quanto mais incentivar também, as pessoas vão vir. Vão trazer seus barcos. Vão trabalhar mais. E isso vai gerar outros empregos, vai gerar uma indústria, né!? Do turismo.” (12-TN-SAL)
“Olha, tem uma ponte aqui junto do terminal pesqueiro que era bom, [...] tá lá jogada lá. [...] É porque o Terminal Pesqueiro é do Governo do Estado, né? [...] Você nunca consegue chegar no Governo do Estado.” (9-TN-SAL)
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Outros pontos de melhorias apontados pelos prestadores náuticos seria o incentivo através
de empréstimos menos burocráticos, a facilidade de acesso de embarque e desembarque
nos diversos pontos da BTS e a construção de recifes artificiais para mergulho.
“[...] pegar um empréstimo pra fazer alguma melhoria é uma burocracia muito grande. Então, o governo, nesse ponto, não ajuda em nada.” (7-TN-SAL)
“[...] a parte de acesso. Na Ilha dos Frades tem a área de desembarque, mas já em Ponto de Areia não tem. Deveria ter um píer lá em Ponta de Areia que não tem, né?! [...] Precisa ter um restaurante bom.” (10-TN-SAL)
“[...] recifes artificiais. Isso já traria bastante gente para conhecer, gente chega para o recife tem vários recifes artificiais lá. Aí seria uma opção.” (6-TN-SAL)
“Eu acho que precisaria de uma ação [...] harmoniosa, entre o trade turístico, [...] empresas e hotéis, pra que passem a oferecer mergulho pro o turista [...]. Se tivesse uma articulação pra viabilizar pacotes promocionais, negociando aéreo, hotel com mergulho... Pra dar um incentivo, também ajudaria!” (11-TN-SAL)
Os prestadores culturais levantam a questão da qualificação da mão de obra, a questão
da infraestrutura de transportes e aeroportuária e infraestrutura de pontos turísticos
específicos, como as praias, por exemplo, como pontos de melhoria importantes para
alavancar o turismo. Além disso, a reabertura do Centro de Convenções também aparece
como uma questão importante na melhoria do turismo na cidade.
“Muita coisa, né? Mão de obra qualificada, transporte. [...] Centro de Convenções. É uma vergonha hoje! Bahia há 40 anos atrás era o único estado do Nordeste que tinha um Centro de Convenções e hoje já não temos Centro de Convenções.” (14-TC-SAL)
“[...] As barracas [de praia] de Salvador foram extintas pela prefeitura [...]. Você vai pra praia e leva a garrafa de água e não tem nem onde jogar fora [...]. Não tem a questão de estrutura nas praias e segurança. [...]. Na parte do turismo náutico é que tem a questão do embargue no Terminal Náutico [...] O desembarque é uma fortuna. [...] Propaganda, [...] não tenho suporte, folheteria, não tenho mapa da cidade, pra apresentar os principais pontos, passeios, com telefones, em inglês, em 3 idiomas.” (15-TC-SAL)
“Aeroporto, precisamos melhorar muito o aeroporto. Precisamos reabrir
urgentemente o Centro de Convenções. [...] Temos 180 estabelecimentos comerciais de portas fechadas aqui no centro histórico, e é fruto exatamente de uma falta de políticas públicas, de uma visão maior, pra um lugar como esse!” (24-TC-SAL)
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“[...] a gente precisa de um lugar pra parar o carro de turismo, principalmente o ônibus. Determinados locais, na Barra, o ônibus rodoviário.” (22-TC-SAL)
O aumento da fiscalização da atuação de agentes de viagens clandestinos na cidade
também foi lembrado como uma importante ação de melhoria em Salvador. Além disso, o
aumento da segurança e da quantidade de atrações no horário da noite aparecem também
como elementos de fomento ao turismo.
“[...] dos órgãos públicos. Falta fiscalização. Falta fiscalizar [...] olhar assim realmente quem é cadastrado quem não é. Falta esse tipo de fiscalização que tem na estrada, não tem dentro da cidade de Salvador.” (16-TC-SAL)
“Primeiro lugar, a questão do transporte [...] outra coisa também é a questão de segurança.” (17-TC-SAL)
“A iluminação é muito precária [...]. Os turistas ficam com medo [...]. O comércio aqui também ainda precisava ter restaurantes, lanchonetes. Não tem nenhuma opção para a pessoa que chega...” (20-TC-SAL)
“[...] a gente precisa trabalhar de forma mais articulada [com o poder público] [...] a questão da segurança, é uma violência muito grande [...]” (25-TC-SAL)
“Eu acho que serviços é uma coisa que você pode colocar um preço, né? Ter uma tabela, né? [...] E tem a questão da segurança [...]. Eu acho que é ter mais atração... [...] é o que tá faltando aqui. Atrações de noite! Isso é muito importante, atrações a noite.” (1-TC-TN-SAL)
4.4.7. São Francisco do Conde
Para os prestadores de serviços náuticos de São Francisco do Conde, a grande questão
a ser melhorada na cidade é a infraestrutura. Alguns citaram o píer em primeiro plano, mas
outras questões aparecem, como a sinalização tanto no mar quanto em terra e a oferta de
hotéis e restaurantes.
“Píer. É o principal [...]. Porque não adianta a gente botar uma embarcação aqui grande onde não temos uma lugar para encostar [...].” (6-TN-SFC)
“Olha, primeiro ponto é a infraestrutura. Nós precisamos de uma infraestrutura turística [...] E também treinamento dessa oferta[...].” (7-TN-TC-SFC)
216
“[...] é na questão da infraestrutura [...] A gente não tem um píer bacana pra tá aportando a embarcação [...] Uma outra situação é a sinalização também [...] a sinalização turística mesmo dos monumentos [...] Então sinalização, tanto lá no mar, quanto aqui na terra com relação às edificações históricas [...] Com relação aos restaurantes mesmo que por ainda não ter uma movimentação grande de turistas, então assim, tem finais de semana que eles não abrem. Ai seria interessante também uma capacitação [...] E assim, seria interessante que também tivesse hotéis ou pousadas que pudessem abrigar o pessoal [...].” (8-TN-TC-SFC)
Já os prestadores de serviços culturais, além de questões relacionadas a melhoria da
infraestrutura (tanto dos atrativos como da própria cidade), também apontam um aumento
na divulgação da cidade e na qualificação dos jovens como caminhos para melhorar o
turismo na cidade.
“É isso mesmo, na questão de reforma. Por que aí reformando, tudo que se reforma se traz novo, né? Ia trazer mais turistas [...].” (1-TC-SFC)
“Eu acho que o apoio da própria igreja, em si. [...] O apoio na questão do projeto. Que a gente tem um projeto, a gente leva a questão dos transportes, a questão da estrutura de cartazes, folders, essas coisas todas que a gente não tem como bancar.” (2-TC-SFC)
“Aproveitar alguns monumentos históricos que o município dispõe, algumas ilhas que podem ser exploradas, se preparar o jovem [...] começar a divulgar o produto que tem e preparar os jovens. Preparar o que tem de riqueza, fazer os estabelecimentos adequados [...].” (3-TC-SFC)
“ [...] a infraestrutura, como eu repito.” (5-TC-SFC)
4.5. Parcerias no setor turístico
4.5.1. Cachoeira
Os prestadores do segmento náutico e cultural em Cachoeira afirmam ter parcerias com
agências de Salvador e pousadas da própria cidade.
“Na realidade com todos, todos reconhecem e apoiam o serviço da associação, o trabalho da associação.” (2-TC-TN-CA)
“Olha, aqui nós guias somos parceiros de todos os restaurantes. Parceiro com o Convento, ali o Pai Thomás, o restaurante e a pousada pai Thomás. Com as agências de salvador [...] pousadas.” (1-TC-TN-CA)
217
Já os prestadores do segmento náutico não possuem quaisquer parcerias no setor
turístico.
“Não.” (3-TN-CA)
“Não, não tenho nenhum... nenhum... nenhuma parceria com ninguém, nenhuma.” (4-TN-CA)
No caso dos prestadores do segmento cultural, muitos possuem parcerias com outras
empresas/instituições. Como exemplo, podê-se citar a Associação de Guias, a Associação
de Artistas, o Governo do Estado, a Bahiatursa.
“[...] a parceria que a gente possui aqui é com a associação dos artistas. Nós aqui procuramos se ajudar porque a população aqui tá desacreditada, em Cachoeira.” (5-TC-CA.)
“Sim, eu digo que um dos maiores parceiros nosso aqui da fundação [...] é a associação de guias locais. [...] Se não fossem eles nós teríamos um fluxo bem menor de turistas.” (8-TC-CA)
“[...] nós temos um grande parceiro que é o Governo do Estado, que nos dão um suporte, né?, na festa. Hoje o município nos ajuda através de um convênio de manutenção.” (9-TC-CA)
“Tem sim, Bahiatursa, o Moraes ele luta muito pra trazer um recursos pra Irmandade da Boa Morte.” (10-TC-CA)
“Na realidade, nós temos parceiros indiretos. [...] Nós temos a Dannemann, lá em São Felix, que tem uma espécie de um acerto [...] o turista quer degustar o licor, eles trazem aqui. Por exemplo, tem o pessoal em Salvador, que trabalha como guia turístico, quando traz o turista a Cachoeira, passa aqui.” (11-TC-CA)
Alguns prestadores culturais, contudo, ou não possuem parcerias ainda, ou tiveram
tentativas de parcerias que não foram adiante.
“Não, não... [...] uma menina que teve aqui, há pouco tempo, pra eu assinar um documento de que vai ter uma parceria com o turismo, que o turista, eles já vão vir de lá vir [...] com o roteiro turístico.” (7-TC-CA)
“Sim, mas isso, o ministro da cultura esteve aqui com o reitor [...] da universidade. Falou pra ele pra fazer um convênio aqui com o Instituto. Eu entreguei toda a documentação e nada.” (12-TC-CA)
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4.5.2. Itaparica/Vera Cruz
Em Itaparica, os prestadores de serviços náuticos afirmam não ter parcerias com os
demais agentes do trade.
“Não.” (5-TN-ITA)
“Não, não.” (3-TC-TN-ITA)
No caso dos prestadores de serviços culturais, as parcerias ficam por conta da cessão de
espaço ou parcerias com grandes OTA (Online Travel Agencies).
“Só o pessoal local. A gente ia fazer uma parceria com Iate Club de fazer outra sede deles aqui, por que eles a cada uma vez ao ano, eles vêm fazer clínica de vela, aqui na Bahia. Eles vêm com cinco ou seis barcos do Iate club para cá, para fazer essa clínica de vela. Mas até agora a gente não tem esse apoio. Os apoios são pessoal local mesmo, pessoal da Marina que dá suporte, no caso apoio mesmo. Em partes, é da CONDE que cedeu esse espaço, só. [...] Esse espaço é dela, o único apoio que a gente tem até agora foi do espaço.” (4-TN-ITA)
“Tenho com uma... com algumas agências de turismo... com algumas agencias de transporte né? eu faço parceria com eles.” (2-TC-TN-ITA)
“A gente trabalha muito com empresas tipo o booking.” (1-TC-TN-ITA)
Há, contudo, os prestadores de serviços culturais que não possuem qualquer tipo de
parceria no setor de turismo.
“Não...é independente mesmo.” (7-TC-ITA)
“Não. “(6-TC-ITA)
4.5.3. Jaguaripe
Alguns dos prestadores de turismo náutico de Jaguaripe, estabelecem parcerias com
pousadas, agências e associações locais.
“[...] algumas pousadas e algumas pessoas que aparecem aqui, e a gente acerta e vai, alguma pessoa liga também e a gente espera pra fazer passeio. [...] tem uma pousada logo na entrada, eles chamam de Minguito, o rapaz de lá sempre traz o pessoal pra gente fazer o passeio.” (2-TN-JAGUA)
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“Algumas agências trabalham para mim: a Happy Tour, Alex Lemos [...]. E, assim, essa parceria que a gente tem com os outros hotéis próximos, e, quando eu loto, eu passo pra eles, quando eles lotam, eles passam para mim. [...] já fiz [parceria] com o Sebrae. Eles fizeram cursos aqui para capacitar garçons e garçonetes, e camareiras.” (3-TN-JAGUA)
“[...] existe Associação Colônia [...] geralmente eles procuram pessoas que estejam capacitadas entendeu, habilitada. Você tem que ter a carteira, e eu tenho, graças a Deus.” (4-TN-JAGUA)
Contudo, nem todos os prestadores de turismo náutico desejam firmar parcerias, já que
desconhecem os benefícios que poderiam trazer para o negócio.
“Eu cheguei a tentar fazer com alguma empresa de turismo, mas o que que acontece, o pessoal de turismo eles pensam muito em quantidade, eles não pensam muito em qualidade. Então eu já fiz três tentativas aqui e tive que abortar. [...] Eu não me filiei a Bahiatursa, não me filiei a nenhum órgão de turismo. Já veio gente aqui pra me filiar e eu ainda tô reticente, entendeu? Pra poder saber o que que isso pode me trazer de benefício ou não.” (8-TN-JAGUA)
Os prestadores de serviços culturais também possuem algumas parcerias. Eles citam
outras empresas como parceiras. Mas apontam que o apoio que as autoridades públicas
fornecem é pouca e, em alguns casos, localizada na isenção tributária do município.
“O meu material eu vendo mais para o pessoal do Viva Saveiro, que indica, as vezes. Tem passeio de saveiro de Salvador pra aqui [...] já compra o meu material ou já indica para outros amigos.” (5-TC-JAGUA)
“[...] a Secretaria de Ação Social dá um incentivo assim pra gente bem pouquinho. E Cultura [...].” (6-TC-JAGUA)
“A única coisa [...] que o prefeito anterior fez pelos atores, pelos empresários, foi a questão de quem quiser fazer parte, qualquer empresa de lá do município, da parte de hotelaria, de hospedagem, ele daria isenção de imposto.” (1-TC-TN-JAGUA)
Outros afirmam não possuir qualquer parceria com o trade turístico.
“Ninguém, ninguém.” (7-TC-JAGUA)
“Nada, nada, nada.” (9-TC-JAGUA)
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4.5.4. Maragojipe
No caso de Maragojipe, tanto os prestadores do segmento náutico quanto os prestadores
do segmento cultural afirmam não ter quaisquer parcerias no setor turístico.
“Faltam parceiros, gente que invista no turismo.” (1-TN-TC-MA)
“Na cara e na coragem [risos].” (2-TN-MA)
“Não.” (7-TC-MA)
“Não, não... ainda não porque, justamente, nós não temos recursos, nós somos ribeirinhos. Hoje a gente é ribeirinho ainda... Não temos recurso pra divulgar nada por nossa situação financeira... a vendagem é muito pouca...” (6-TC-MA)
“Não. O pessoal vem me ver, e aí quando chega aqui, compram.” (5-TC-MA)
“Não, não tenho nenhum. Vem indicado de Cachoeira pra aqui. De Cachoeira eles vem eles vem de barco. Aí chega aqui, para, almoçar.” (4-TC-MA)
“Não, não, não.” (8-TC-MA)
“Não, não temos. Isso é uma dificuldade muito grande pra nós da associação, e também pra todos os órgãos que trabalham assim com a cultura popular.” (9-TC-MA)
4.5.5. Salinas da Margarida
Em Salina da Margarida, tanto os prestadores de serviços náuticos quanto os
prestadores de serviços culturais não possuem quaisquer tipos de parcerias no setor de
turismo.
“Não.” (1-TN-SALI)
“Não, nenhuma.” (2-TN-SALI)
“Não nenhuma.” (3-TN-SALI)
“No momento não. Quer dizer, da prefeitura, porque o espaço é da prefeitura. Agora em relação à parceria, tivemos muito, hoje em dia, todo mundo recuou.” (4-TC-SALI)
“Eu fiz uma inscrição. Me cadastrei na CADASTUR.” (5-TC-SALI)
“Bahiatursa.” (6-TC-SALI)
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4.5.6. Salvador
Dos prestadores de serviços náuticos entrevistados em Salvador, alguns não possuem
quaisquer parcerias no turismo.
“Não.” (2-TN-SAL)
“Não, não... Assim, algumas empresas procuram a gente para estar fechando pacotes, mas ela é uma empresa a parte. A Galeão Sacramento, ela não tem ligação com nenhuma outra.” (3-TN-SAL)
A maioria dos prestadores de serviços náuticos, contudo, possuem algum tipo de parceria
com o trade turístico. Mas são poucas e, algumas, sazonais.
“Na verdade, o que acontece, nós temos alguma parceria com algumas operadoras de turismo.” (5-TN-SAL)
“[...] eu sou bem independente. Mas a gente faz algumas parcerias sim com agência de turismo, tem algumas que eu trabalho.” (6-TN-SAL)
“E a gente tem parceria com a recepção de hotel e ela já dura 20 anos. E a gente já tem do Pelourinho a Stella Maris, de ponta a ponta, todos os hotéis.” (1-TC-TN-SAL)
“Eu tenho parceria com outras empresas, né? [...] Seria a LL Turismo, Apolônio Turismo, a empresa Alameda... Tem Itaparica Turismo. Então tem boas empresas assim de parcerias.” (7-TN-SAL)
“A marina, por ser uma marina particular, ela tem poucas parcerias assim na esfera ou estadual ou municipal. A parceria que nós tínhamos na mão de obra, na formação de mão de obra, nós fizemos uma época foi com o próprio Sine, a gente fez, eles faziam a seleção para a gente foi uma experiência muito boa. [...] Fora isso tem umas coisas também na área do Simatec, que eles desenvolvem alguns equipamentos, algumas rotinas e passaria para o pessoal do Simatec.” (8-TN-SAL)
“Tem, tem umas quatro. Tem umas quatro empresas de pacote, mas na lógica é o grupo de escuna.” (9-TN-SAL)
“Temos um espaço com o restaurante lá, também. Mas só tem esse restaurante. [...] As parcerias é quando a gente não tem embarcação e tem embarcação de parceiros e amigos que fornecem, quando falta embarcação.” (10-TN-SAL)
“Oh, a gente tem contato com alguns hotéis, algumas agências, que oferecem e divulgam nossos produtos. Quando recebem o turista, oferecem uma série de passeios, passeio de barco pras Ilhas! E algumas já oferecem mergulho. E isso tem dado alguns resultados.” (11-TN-SAL)
“A gente já teve essas parcerias. Mas nunca funcionou. A única parceria que funcionou com a gente foi com esses novos navegadores, donos de
222
embarcações. [...] Quando a gente não pode pegar, passa pro outro e assim a gente tem um... Um corporativismo.” (12-TN-SAL)
Os prestadores de serviços culturais relatam possuir algumas parcerias, especialmente
com agências e outros serviços turísticos complementares aos serviços oferecidos.
“A gente trabalha com as agências de receptivo, operadora de turismo. [...] são 70, mais ou menos. Tem a TCH, AllTour [...] A gente vende a nossa casa. Eles fazem o trabalho de levar o cliente até o hotel, trazer aqui, fazem o trabalho de segurança, de transporte.” (14-TC-SAL)
“Tem serviço que a gente usa van própria e tem serviço que tem parceria. [...] Na parte de turismo náutico [...] tem parceria com o fornecedor, com empresas locais da região do Litoral Norte, em Morro de São Paulo; temos uma filial em Morro de São Paulo [...]. Essa travessia pra Morro de São Paulo, a gente não opera, tem parceria com um fornecedor que faz a travessia. Então, em toda região sul, norte e centro da cidade tem loja que tem parceria, de acordo com a especialização daquele produto.” (15-TC-SAL).
“Sim. Uma agência de São Paulo, onde eu passo a lista daqui pra ela. No mais, o resto, eu mesmo faço a capacitação dos clientes. Através de redes sociais e dos e-mails.” (16-TC-SAL)
“[...] tivemos uma reunião com o Conselho Municipal de Turismo que compõe todas as empresas e associações de classe do turismo na cidade de Salvador, dentre elas a ABRE, que é Associação Baiana de Turismo Receptivo.” (13-TC-SAL)
“[...] para esse evento [a lavagem] nós temos dialogado tanto com a Prefeitura quanto com o Governo do Estado, e temos tido bastante êxito.” (20-TC-SAL)
“Parcerias são empresas, que às vezes nos dá um suporte [...]. Mais com agência mesmo, que eles contratam a gente diretamente.” (21-TC-SAL)
“Parceria a gente tem com restaurante, com as próprias escunas. Eu não sou dono de escuna. Eu não possuo ônibus. Quando a gente precisa, a gente contrata estes serviços.” (22-TC-SAL).
Apenas alguns prestadores de serviços culturais pontuais relataram não terem quaisquer
parcerias junto ao trade turístico.
“Não. Até então não... a gente tem uma parceria com o Governo do Estado, com os setores turísticos não [...].” (23-TC-SAL)
“Não, não temos. Não temos parceria.” (17-TC-SAL)
“Não.” (18-TC-SAL)
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“[...] nós tivemos uma parceria com a Coca-Cola quando a Coca-Cola era daqui [...] aí nós perdemos a parceria, era um contrato de cinco anos.” (19-TC-SAL)
“Com guias e mais, basicamente com as agências [...] e com as escolas.” (25-TC-SAL)
4.5.7. São Francisco do Conde
Em São Francisco do Conde, a maioria dos prestadores de serviços náuticos e de
serviços culturais não possuem parcerias no setor de turismo.
“Não. Nenhum.” (1-TC-SFC)
“[...] eu só não tô conseguindo trazer mais gente pela falta de parceria, que com a parceria a gente faz [...].” (2-TC-SFC)
“Não. A gente tinha convênio [...] mas isso se acabou justamente pela falta de incentivo e de produtos para oferecer ao turista.” (3-TC-SFC)
“Só aqui mesmo o SAT.” (6-TN-SFC)
“Não, ele tem... Ele tem algumas agências que vem. Mas a gente não tem uma parceria, digamos assim, documentada. É uma coisa verbalizada, verbal.” (7-TN-TC-SFC)
“Não. A única... A única, na verdade, quem fomentou foi aqui a Secretaria de Turismo do município que fomentou essa questão do roteiro náutico do day-use. Mas assim, a gente não tem parceria não.” (8-TN-TC-SFC)
Contudo, alguns prestadores de serviços culturais apontam o setor público como a única
forma de parceria estabelecida por eles.
“Ultimamente somente do setor público. Nós buscamos as vezes com essas parcerias com as empresas de turismo. Mas é algo bem tímido!” (5-TC-SFC)
“Na verdade, a gente conta com a parceria daqui da Secretaria de Cultura e daqui do SAT, né, que é o trabalho do turismo agendado e assistido [...].” (4-TC-SFC)
224
4.6. Expectativas em relação ao futuro
4.6.1. Cachoeira
Em Cachoeira, a expectativa de futuro dos prestadores de serviços náuticos é positiva. Há
os que pretendem investir, os que esperam um apoio maior do poder público e uma
divulgação maior da cidade.
“O que a gente espera é que a gente consiga né? Junto aos nossos projetos que a gente consiga o apoio, os apoios que nós precisamos pra que a gente possa junto com o poder público municipal né? O trade, a gente tentar movimentar o turismo, e fazer com que ele seja sustentável, inclusive para os associados que estão associação.” (2-TC-TN-CA)
“Eu quero manter. Continuar, né? Quero seguir com o meu ramo
gastronômico. Minhas iguarias.” (1-TC-TN-CA)
“A cinco anos daqui eu acredito que melhore, que tenha melhorias, né? Que chegue aqui e divulgue esse trabalho, pra que o turista venha a essa cidade, conhecer. Essa localidade é muito linda aqui por baixo, descendo aqui o rio, é muito bonito mesmo.” (4-TN-CA)
“Eu pretendo investir melhor né? Num barco melhor, tem que ter um apoio da secretaria de turismo também, de cachoeira, pra eu investir.” (3-TN-CA)
No caso dos prestadores de serviços culturais, a expectativa de futuros deles é que haja
um maior apoio das autoridades públicas como forma de fomentar as manifestações
culturais e, com isso, o turismo. Apenas um entrevistado revela a expectativa de fazer
parcerias futuras com o setor privado como forma de crescer.
“A expectativa da gente aqui é realmente ter essa melhoria né... desse governo agora né... que a gente possa contar com ele pra ajudar no terreiro.” (7-TC-CA)
“[...] o que eu penso é um desenvolvimento geral, da sociedade também, do governo, estadual, olhar carinhosamente pros artistas cachoeiranos. [...] eles [os turistas] vem procurando as artes de Cachoeira. Não é somente as igrejas [...] Então eu espero [...] um melhoramento muito grande por parte do governo estadual, municipal e federal.” (5-TC-CA)
“Ampliar a sede, bater a laje da sede do samba de roda [...] fazer um pavilhão por cima pra reuniões, reuniões particulares.” (6-TC-CA)
“[...] eu acho que a secretaria de turismo deve colocar no calendário dela o museu de cinema, porque eu tive promessa. O ex secretário [...] anunciou que no próximo calendário estaria o museu de cinema. Mas eu não recebi esse calendário ainda. Eu não vi.” (12-TC-CA)
225
“[...] pra dar visibilidade [...] pra agora, 2017 é traçar um plano de mídia para atrair e mostrar a cara da instituição para que possa atrair mais visitantes.” (8-TC-CA)
“[...] a Boa Morte vai estar aqui esperando esse povo por muitos anos ainda.” (9-TC-CA)
“Primeiro, falar da Festa da Boa Morte. Que Nossa Senhora da Boa Morte [...] dê vida e saúde a gente, força, pra que a gente sempre lutar e conseguir nosso objetivo que é fazer os festejos.” (10-TC-CA)
“Minha expectativa é de crescer, de facilitar as coisas pra produzir mais. [...] fiz parcerias com produtores, pra comprar toda a safra dele... Cada vez que a gente passa uma dificuldade em um ano, a gente já tenta conseguir corrigir no ano seguinte.” (11-TC-CA)
4.6.2. Itaparica/Vera Cruz
Em Itaparica/Vera Cruz, os prestadores de serviços náuticos entrevistados esperam uma
movimentação das autoridades públicas para que o turismo possa prosperar. Tanto em
relação a questões de incentivo, como a questões de segurança. Mesmo assim, um dos
entrevistados parece não acreditar muito nas ações governamentais.
“Eu espero que a náutica desenvolva em si, de modo geral, não diretamente no SOMAR. Se o secretário conseguir realmente fazer o que ele “tá” pensando, já vai ser uma melhoria para a comunidade em si [...]. Por que isso aqui é para comunidade, então não adianta a gente criar aqui e a comunidade não aproveitar, se o secretário fizer a comunidade vai poder ter esse benefício melhor do que ela vindo só com o projeto, mas ele só criar a piscina e não ter material para fazer desenvolvimento da náutica. Pro projeto eu espero, sim, mais segurança por que a gente já foi roubado no caiaque vermelho, um dos melhores caiaques que a gente tinha acabou sendo roubado, por que a gente deixada do lado de fora, com toldo, para proteger do sol, quando a gente chegou no outro dia, não tinha nem o caiaque nem o casco desse. Então, investir na segurança e tendo material, por que aqui em Itaparica tem guarda municipal mais é raro as vezes que eles “tão” na rua.” (4-TN-ITA)
“Eu percebo que o governo não tem o interesse em ampliar [a Marina de Itaparica]. Tem o interesse de fazer a manutenção e manter. Agora ampliar não. Por que é um gasto que vai se fazer, pra se tirar daqui a cinquenta anos. Do jeito que tá a crise, o governo não vai fazer. A ponte é uma história que a gente já está ouvindo há quinhentos anos [risos]. Então, todo governo que entra, que vai entrar que vai sair, diz que vai fazer a ponte que é fundamental, mas ponte não sai.” (5-TN-ITA)
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Os prestadores de serviços culturais são, de maneira geral, otimistas em relação às novas
administrações municipais e esperam que o apoio das autoridades públicas seja de fato um
propulsor do turismo na ilha.
“Eu acredito em uma expansão muito grande... nos próximos cinco anos, não dependendo do governo não, dependendo só do próprio esforço do grupo.” (6-TC-ITA)
“Ah... (risos). Não só pro turismo, mas uma administração que tem um perfil técnico. Uma administração que realmente vem com um perfil pra desenvolvimento da ilha em todos os segmentos! Por tudo que eu falei, né? Por essa visão já diferenciado já pro turismo. Pra questão da urbanização da cidade, né? Pensando nas invasões, nesse tipo de coisa, pra combater. Realmente, organizar o ordenamento do solo. Eu acho que minhas expectativas. Eu posso resumir em uma frase: “Se não for dessa vez, eu desisto” (risos). Sabe? Eu tô muito. Eu nunca me senti tão...[otimista] (risos).” (3-TC-TN-ITA)
“[...] Colocar novos planos em prática, deixar as coisas velha para trás e começar agora ver o de agora. Por que quem entrou agora na prefeitura são pessoas novas, pessoas capacitadas, a prefeita também é capacitada, então eu acho que... ela sabe da nossa existência... então, eu acho o que ela puder pra melhorar... junto as pessoas com ela pra melhorar... eu acho que vai melhorar e acho que Itaparica vai... vai ter uma perspectiva muito boa, em termos de tudo, acho que vai melhorar né?” (7-TC-ITA)
“Olha sinceramente, não sei nem o que te dizer. Como vão as coisas, cada dia mais em vez de melhorar, piorando. Eu não sei como será. [...] Tanto que hoje eu tenho muito os pés no chão nesse sentido. [...] Com essa nova gestão que iniciou agora no dia primeiro eu tenho uma expectativa boa, que a gente vai conseguir dar uma melhorada no turismo de Itaparica. Se a gente bater né, como falei antes, na segurança [...]. O fator principal é a segurança.” (2-TC-TN-ITA)
4.6.3. Jaguaripe
Em Jaguaripe, alguns entrevistados do setor náutico apontaram a expectativa de
crescimento futuro do negócio.
“Olha, eu não penso muito em crescer em número de leitos. Eu penso o seguinte: de melhorar as minhas especificações de construção [...] as cerâmicas, são cerâmicas razoáveis, não são cerâmicas nota dez, digamos assim, então eu quero mudar. O piso dos quartos, eu preciso [mudar]. Eu tenho lençóis e colchões bons, mas eu preciso colocar colchões excelentes, eu quero botar lençóis de 600 fios de algodão.” (8-TN-JAGUA)
“Minha expectativa, eu quero ver isso aqui crescer. [...] tem pessoas que dizem ‘Mas, e se isso aqui crescer, colocar uma indústria de alguma
227
coisa, a criminalidade vai crescer, os ladrões’, mas todo lugar tem, se tem ladrão, coloca-se policiamento. Mas eu acho que pra que o turismo desenvolva, eu acho que tem que ter mais um, um potencial, uma estrutura, porque as vezes tem pessoas capacitadas [...] mas falta um suporte maior.” (4-TN-JAGUA)
Outros prestadores de serviços do segmento náutico demonstram preocupação com o
futuro, e até mesmo um certo pessimismo sobre o que está por vir.
“Rapaz, do jeito que vai aí, só vai pra pior. A situação do jeito que tá, é uma dificuldade danada, a falta de dinheiro danada [...].” (2-TN-JAGUA)
“Eu vou lhe dizer que isso é uma preocupação nossa. Minha e de meu marido. Somos nós dois aqui, né? Por causa da parte econômica, da situação econômica do país. Entendeu? [...] Nós temos três filhos, mas não temos ainda um sucessor [...] se a situação financeira econômica do país continuar do jeito que tá, e com essa perspectiva, da nossa de idade, de não aguentar mais [...] então vai ficando difícil pra gente liderar e persistir na continuidade da empresa.” (3-TN-JAGUA)
Os prestadores de serviços culturais demonstram um ímpeto de construir o futuro através
da formação dos jovens, tanto no artesanato quanto no samba de roda. Contudo, um dos
entrevistados demonstra a preocupação com a articulação do turismo a partir das suas
instâncias de base, como o Conselho Municipal do Turismo, que, de acordo com ele,
inexiste no município atualmente.
“Eu espero, e vou lutar por isso, pra ter a Casa Cultural [...]. Os jovens daqui tem que ser aproveitados, os jovens estão se perdendo no mundo das drogas, a cada dia. [...] Tem vários jovens aqui que sabe a história de frente pra trás de Jaguaripe, podiam servir de guias, turista chegou, eles estariam ali arrumadinhos, com a camisa esperando, "vou te orientar, vou te mostrar aqui um restaurante legal.” (6-TC-JAGUA)
“Eu passaria o samba para as crianças, para eles já irem crescendo com amor e responsabilidade, do que é nossa raiz e nossa cultura.” (7-TC-JAGUA)
“Primeiro, um planejamento [...] eu imagino que, o que Jaguaripe precisa pra [...] se tornar turística, é um Conselho Municipal de Turismo, que não existe.” (1-TC-TN-JAGUA)
4.6.4. Maragojipe
Em Maragojipe, alguns prestadores de serviços náuticos demonstraram um certo
pessimismo e um desalento em relação ao futuro.
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“Eu acho que não vai haver melhora nenhuma aí não viu? Porque cada
dia que passa as coisas pioram...” (3-TN-MA)
“Primeiro vem as prioridades, que sempre as prioridades é: educação, saúde e tal. E aí e o que sobra é investido em turismo. Em fase que não está sobrando nada, e tá faltando, a gente fica com as expectativas piores possíveis.” (1-TN-TC-MA)
Contudo, um dos entrevistados do segmento náutico demonstra certo otimismo na atração
de novos turistas, inclusive de outros estados.
“A tendência é trazer melhoras, atrair mais turismo. Não só turismo aqui da região, mas trazer turismo de fora, de outro estado.” (2-TN-MA)
Os prestadores de serviços culturais levantam algumas questões importantes para que o
futuro do turismo seja melhor no município. A questão da melhoria da infraestrutura, tanto de
acesso pelo mar quanto por terra e da segurança do município. E o apoio estadual para o
fomento às manifestações culturais.
“Mas nós temos o problema da ponte que tem a expectativa que a ponte seja reformada o mais breve possível, até porque você não pode fazer turismo náutico, com o principal ponto de embarque condenado. Né? E também o seguinte, além dessas melhorias que estamos prevendo como a questão da ponte, do píer que já foi [...], é, nós estamos acreditando, né? Que a nossa estrada também será recuperada, a BR-420, que isso vai facilitar...” (7-TC-MA)
“[...] Sei lá é...[risos] [...] O que eu imagino? Começar a trabalhar e sambando [Senhora com 96 anos].” (5-TC-MA)
“A segurança, que tá em primeiro lugar. [melhorar segurança].” (4-TC-MA)
“Mais apoio do poder estadual, ter mais apoio. Dar condições também da gente fazer apresentações públicas na capital do estado [...] Dá visibilidade pra gente, que a gente as vezes vai pelo projeto que é aprovado, mas também todos os projetos tem um início e tem um fim. Os projetos são de 4 meses, 6 meses. Então não dá pra abraçar. E assim, levar todos. Porque são 10 grupos que representam o município e representam a associação. A gente precisa de nos próximos 5 anos, a gente quer que o governo do estado venha fazer diretamente os convites pra associação, pra que a associação faça a sua interação e a divisão do grupo. Pra que a gente possa decidir quais grupos participam. Porque isso tem em todo estado, esse problema.” (9-TC-MA)
Contudo, um dos entrevistados se mostrou bastante pessimista e diz pretender sair do
município para poder se desenvolver melhor.
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“A minha expectativa é fechar, cair fora daqui, procurar um lugar maior,
pra que eu possa me desenvolver melhor...” (6-TC-MA)
4.6.5. Salinas da Margarida
Os prestadores de turismo náutico de Salinas da Margarida se mostraram esperançosos
em relação ao futuro. Há depoimentos que reforçam a expectativa em projetos na BTS como
forma de alavancar o turismo no município e na região, mesmo reconhecendo o baixo nível
de visitação atual.
“Rapaz, melhor possível. Que seja melhor do que tava. Que agora tá... Pra não dizer, sabe que dia a gente fez um passeio ai? Quarta feira, fez um passeio [1semana antes].” (1-TN-SALI)
“Olha existe um projeto muito bom do governo do estado, junto com o governo federal, em termos da BTS, que vários municípios da Baía de Todos-os-Santos, como Salinas da Margarida, Itaparica, Vera Cruz, Nazaré, Cachoeira, Madre de Deus vão ser ajudados nisso. Espero que isso saia do papel e se realmente acontecer vai ser muito bom para o turismo náutico na Bahia.” (2-TN-SALI)
“Então, a gente está numa expectativa de crescimento, porque a gente tá num trabalho forte de divulgação, como eu falei. Já fechamos alguns passeios prévios ne? Pré fechamos [risos]. Mas bem, temos algumas parcerias com os hotéis da região que estão pra receber o público grosso, agora mesmo do natal. Então, do natal pra frente, aqui na região baixa totalmente. Se no verão é isso, no inverno, na baixa estação aqui, nem o pessoal aqui dos distritos vem aqui pra região. Raramente num final de semana de sol, um feriadão. Aí chega a parar uma escuna ai. Assim, a gente tava parado, mas a gente mora aqui então eu acompanho tudo que chega. O movimento é esse.” (3-TN-SALI)
“Difícil né? Hoje tá um pouco difícil você montar uma expectativa [risos]. Mas, de melhoria, né? Eu espero que melhore.” (5-TN-SALI)
Os prestadores de serviços culturais, igualmente, esperam que haja um crescimento dos
seus negócios nos próximos anos.
“Esperamos que olhem mais pela gente. Melhore essa loja que está precisando de uma reforma e que dê subsídios pra gente trabalhar. Apoio entendeu? Que nós tínhamos feiras, que tinha apoio do Sebrae, da Bahiatursa, enfim. Mas hoje não tem nada disso mais.” (4-TC-SALI)
“Poxa! Eu acredito assim a pousada como é simples, ela já tem uma estrutura que nós não tínhamos que era divulgação na internet. A gente não tinha e depois a gente começou a trabalhar por conta da dificuldade. Eu espero que a pousada cresça mais, seja mais reconhecida.” (6-TC-SALI)
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4.6.6. Salvador
As expectativas de futuro dos prestadores de turismo náutico de Salvador, de maneira
geral, são positivas. Muitos esperam que haja um crescimento da divulgação e das
atividades de turismo náutico.
“Ah, que cresça, né! A gente espera sempre que com mais divulgações as pessoas procurem mais esse esporte, né, que é tão gostoso, que é tão gratificante. A gente tem a esperança de que seja reconhecido... em mais lugares.” (3-TN-SAL)
“Agora nós temos uma frota de cinco barcos. Se a gente tivesse essa viabilidade [mais marinas] a gente passaria para, quem sabe, dez barcos.” (4-TN-SAL)
“Olha, a gente espera aí um crescimento aí entorno de 80%, com os investimentos que nós estamos fazendo e com o crescimento que está acontecendo de um ano para cá. A gente tá tendo um crescimento muito bom. E, infelizmente, o que acontece em Salvador é que o pessoal das outras escolas de mergulho, os operadores de mergulho, estão bem desmotivados, então, acaba que alguns, inclusive, fecharam, não estão podendo mais operar e tal. Mas, pelo contrário, a gente deu uma investida, uma melhoria em embarcação, essas cosias todas, e estamos também em parceria junto com o Governo do Estado. Isso aí é uma coisa que até servia também como uma intenção de melhoria, que é um parque de naufrágios, um parque de recifes artificiais aqui na Baía de Todos-os-Santos.” (5-TN-SAL)
“A expectativa é que melhore, né? Que venha tendo sempre um crescimento. A gente sempre trabalha buscando, visando um crescimento a cada ano.” (6-TN-SAL)
“Tem que ser otimista. Esperamos que realmente melhore. Que o número de pessoas aumente mais. [...]” (7-TN-SAL)
“[...] a marina [...] vem [...], há algum tempo, trazendo toda uma nova movimentação para essa área “da Contorno”. [...] Junto com essa valorização, acredito que a Marina [...] vai ser firme também como uma área comercial. Não só da área náutica, mas também atraindo novos escritórios, de outros ramos, não só da área náutica ( ...) Quem não gostaria de ter um escritório de advocacia, um escritório de arquiteto? Então a gente vê a marina também, não só na área náutica, crescendo, com novos píeres, com tudo, mas também na área terrestre, quem sabe na área de hotelaria também.” (8-TN-SAL)
“Eu penso em ter uma escuna maior, igual todo mundo me cobra, uma escuna grande, se têm o projeto [...] Aí temos projetos pra chegar no Recife, Noronha, fazer escuna de noite, fazer o pôr do sol também.” (9-TN-SAL)
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“[...] minha expectativa é que, de alguma forma, nesses próximos anos, consigam, realmente, engrenar esse turismo náutico [...]. Que o governo incentive desse potencial [...] A minha expectativa para os próximos 2 anos, seria realmente andar com o nosso negócio, que é aqui uma complementação de renda, em uma coisa viável. Que possa ser realmente ser uma atividade rentável, né?” (12-TN-SAL)
“Vai melhorar, porque muitas pessoas que vão e quando retornam a Salvador, repetem o passeio.” (10-TN-SAL)
Contudo, alguns prestadores de turismo náutico ainda estão bastante reticentes em
relação ao futuro. E alguns mantém, mesmo, uma expectativa negativa sobre o que pode
estar por vir.
“Olha, infelizmente, é um pouco preocupante, porque existem muitos desafios, por muitos anos. Desafios pro turismo e pra nossa qualificação. Eu acho que a primeira coisa que tá sofrendo com essa crise é o lazer. [...] A sazonalidade impacta diretamente. A gente não consegue manter um público médio o ano inteiro [...] Não tô muito otimista, mas quem trabalha com essa atividade, tem bastante receio em, se não der uma animada no mercado, acabar fechando alguma coisa.” (11-TN-SAL)
“As expectativas? As piores possíveis. [...] Em função da situação que a gente tá vivendo no país. As expectativas são as piores. [...] Eu venho dos dois piores anos dos últimos quinze.” (2-TN-SAL)
Alguns prestadores de serviços culturais de Salvador se mostram otimistas em relação ao
futuro, mostrando a percepção, inclusive, de crescimento do negócio.
“Boa. Porque hoje nós somos referências, né? Diria que somos os únicos fazem esse trabalho aqui em Salvador.” (14-TC-SAL)"
“A Alltour busca sempre um crescimento em contínuo, né? A nossa expectativa [...] é manter esse padrão de crescimento, investindo cada vez mais na gestão de pessoas [...] oferecendo treinamento, melhorando o produto e serviço de infraestrutura.” (15-TC-SAL).
“[...] estamos recebendo consultas, inclusive que já transformaram em realidade, de empresários interessados em investir em marinas na cidade de Salvador. Interessante, né? [...] . A gente já está com a visão de trazer de volta pra Salvador, as grandes regatas internacionais [...] E a gente acredita que elas estimulam bastante um turismo qualificado pra cidade. Um turismo de high yield [...]. Um turismo de alto poder aquisitivo.” (13-TC-SAL)
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Outros prestadores de serviços culturais chamam a atenção para questões particulares
dos seus negócios em relação às soluções de infraestrutura, segurança, financiamentos de
veículos sem impostos, dentre outros
“[...] [resolver] esse problema de infraestrutura, de acesso e de segurança, a restauração e a complementação da restauração do complexo Solar da União [...] Porque no momento que a gente tem uma boa estrutura do MAM, do museu [...] que oferece condições de trazer exposições, inclusive do exterior, com equipamento de ar condicionado [...] teríamos um espaço turístico aqui de primeiro mundo, entendeu? Eu digo até melhor! Porque a história que temos aqui, alimenta esse complexo.” (17-TC-SAL)
“Vai fazer uma “publicização” [licitação] pra poder alguma [empresa]... assumir a loja. Mas ai não temos nada certo. [...] já estamos 1 ano aqui! Entendeu? Tá dando certo, né? E a gente gostaria de continuar, mas ninguém sabe, que independe da gente.” (18-TC-SAL)
“Eu tenho medo de que se perca esse ofício, que daqui a cinco anos as pessoas cheguem aqui e não encontrem uma baiana vestida vendendo acarajé, encontrem uma pessoa de short e camiseta, como já tem muito ai na cidade. Eu trabalho pra preservar. Eu acho que a Bahia tem que preservar essa cultura, é o que chama atenção.” (19-TC-SAL)
“[...] como agente do turismo, por exemplo, eu não tenho facilidade para pilotar um veículo, [...] Mesmo o nosso veículo tendo placa vermelha, nossos financiamentos são iguais ao de todo mundo, diferente de taxi, que o cara tem uma placa vermelha e tem isenção de alguns impostos e a gente acaba sendo obrigado a ter mais despesa, mais autorização, mais fiscalização. No entanto, as coisas não facilitam, não melhoram para a gente...” (22-TC-SAL).
“A expectativa da casa é divulgar certamente as obras e a vida de Jorge. Eu acho que a reforma que eu acabei de te falar que vai acontecer com a ampliação [...]. Por que a gente vai fazer uma ligação entre dois grandes autores, Jorge Amado e Zélia Gattai, [...] a gente vai certamente abrir um espaço para um grupo de pessoas, em relação à acessibilidade, cadeirantes, pessoas com problemas visuais. Então, tudo aqui, de certa forma, vai se modificar e se adaptar para que esse novo público possa acessar o museu.” (23-TC-SAL)
“Eu espero pra frente que os nossos governantes tenham a sensibilidade de [...] enxergar isso aqui como verdadeiramente é! Como o potencial que isso aqui tem [...]. Então eu sou muito otimista! Acho que vão construir um novo centro de convenções, vão investir mais na área de turismo, no aeroporto... aqui mesmo no Pelourinho.” (24-TC-SAL)
“[...] a expectativa é que ele se torne um ponto de referência, digamos, quem quer saber da história da Bahia [...] a minha intenção é que cada vez mais, não só o turista, mas o soteropolitano, visitem os equipamentos culturais.” (25-TC-SAL)
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E muitos dos prestadores de serviços culturais entrevistados demonstram preocupação
com o futuro em relação à situação do país, especialmente relacionada à crise política e
econômica.
“Desse período pra cá, devido à crise política [...] Não dá pra definir ainda...” (21-TC-SAL)
“Primeiro, espero que o país [...] se encontre, né?! Porque acho que a crise econômica acaba contribuindo para que o crescimento não seja bom o ano todo. [...] eu tô vendo que esse governo novo tá trabalhando, né? Pra que as coisas melhorem. [...] depende [...] da política do país pra que possa trazer o cliente pra cá, que faça mais propaganda lá fora, mais investimento.” (1-TC-TN-SAL)
“Devido a crise do país, eu nem sei te dizer como serão essas expectativas. Porque muitos estão com medo, alguns viajam, mas tem muita gente com medo de gastar o dinheiro que tem pra viajar porque tem essa instabilidade no país.” (16-TC-SAL)
4.6.7. São Francisco do Conde
Em São Francisco do Conde os prestadores de serviços náuticos acreditam que é
possível crescer se houver o apoio das autoridades públicas
“A expectativa que eu tenho é muito grande, sobre mim. Porque eu tô tentando me aperfeiçoar e me ajeitar, pra que algo eu tenha pra adiante. Eu espero, assim, que o próprio governo nos ajude com o píer, entendeu, porque é o principal [...]” (6-TN-SFC)
“Então a gente pensa em aumentar, exatamente, a visitação local! A gente quer aumentar essa visitação de uma forma assim, exponencial! [...] Também do pernoite [...]” (7-TN-TC-SFC)
“Se houver assim tanto por parte daqui do município, ou de algum outro setor, se houver um investimento [...] isso ai vai ganhar uma proporção muito grande. [...] acho que se melhorar, pode vir a aumentar o fluxo de turista pra cá.” (8-TN-TC-SFC)
Os prestadores de serviços culturais, da mesma forma, têm expectativas positivas para o
futuro, mesmo sob a incerteza que um entrevistado demonstra ter.
“Minhas expectativas são as melhores possíveis. Eu almejo em nome do Senhor Jesus, que a gente consiga né, começar a reforma aqui do Convento. Pra que a gente possa de fato ter um aumento, que seja atrativo para buscar os turistas[...].” (1-TC-SFC)
“Nos próximos cinco anos, eu espero concretizar a festa num todo.” (2-TC-SFC)
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“[...] fica muito complicado e difícil te dar um diagnóstico desse para os
próximos cinco anos.” (3-TC-SFC)
“Trabalhar essa cultura do Samba Chula e atender ao turista, porque quando a gente faz esse trabalho, ai o turista vem, a gente mostra o nosso produto e ele paga por isso.” (4-TC-SFC)
“E acreditamos que podemos alavancar isso ai. E ganhar bastante público para os 5 anos.” (5-TC-SFC)
4.7. Expansão do turismo para novas áreas
4.7.1. Cachoeira
Os prestadores de serviços náuticos de Cachoeira apontam a estação ferroviária e os
sambas de roda como as novidades que poderiam ser exploradas no turismo da cidade.
“[...] a estação ferroviária, que inclusive tá em processo a mais de 5 anos, a gente vem acompanhando essas reuniões ativamente porque ali poderia funcionar hoje o centro cultural de Cachoeira, onde teria, como funciona o mercado modelo em Salvador, então seria um ponto de visitação, onde as pessoas que passam, centenas de pessoas para Maragojipe, pra São Roque do Paraguaçu, pras ilhas, pra outras cidades como Muritiba, Cruz das Armas, Santo Antônio de Jesus, passam por Cachoeira, por questão de percurso e passariam em frente essa estação, onde estaria em plena atividade, com apresentação dos grupos culturais, manifestações culturais e oferecendo tudo o que cachoeira tem, e lá a gente com certeza iria divulgar a cidade de uma outra forma, com mais intensidade.” (2-TC-TN-CA)
“Os sambas, as casas de samba, a casa de Dona Dalva, poderia ter um investimento, porque as igrejas já tem investimento até por demais.” (1-TC-TN-CA)
“Samba de roda, que já tem na cidade, mas trazer mais, tem também aqui o Casarão da Vitória que podia se transformar até num restaurante, pra você viajar aqui pela náutica, daqui a 30 minutos, que eu vou até lá levar umas pessoas ali agora no Casarão.” (4-TN-CA)
Os prestadores de serviços culturais também apontam a estação ferroviária como um
ponto de expansão para o turismo. Além disso, destacam o samba de roda e outras
atrações que poderiam ser exploradas na cidade, como o porto e o quarteirão do hotel
Colombo.
“[...] tem muitos grupos musicais aqui em Cachoeira com samba de roda, e outros grupos que tem aqui em Cachoeira, que fizessem em 15 em 15
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[dias] uma apresentação aqui, dando oportunidade também aos músicos cachoeiranos, os poetas cachoeiranos, entendeu? Que pudesse recitar suas poesias, tudo isso ali era um incentivo pra nós [...]bota um centro de cultura, bota um centro de cultura aqui, pra gente se desenvolver, muitos grupos aqui querem ensaiar, e já não tem espaço.” (5-TC-CA)
“[...] colocar um mercado modelo na estação, dar uma reforma naquela estação.” (6-TC-CA)
“[...] um mercado modelo ali na estação ferroviária de Cachoeira, que é um ponto que é entrada e saída de pessoas, seria ótimo né... E o outro ponto é aquela pousada [...] do Hotel Colombo [...] eu acho que se tivessem evento culturais, seria muito importante ali.” (7-TC-CA)
“Eu acho que o que precisa ter mais [...] é o caso de hotel. O número de leitos da cidade estava muito pequeno pra determinadas datas do ano. Algumas pousadas poderiam melhorar o aspecto dela e dar um suporte maior, a parte interna, nego chega assim e olha, deixa um pouco a desejar. E acho que fazendo uma reforma, mudando os móveis, entendeu? Às vezes os apartamentos não têm ventilador, não tem um ar.” (12-TC-CA)
“[...] o serviço é uma das principais coisas que eu acho que tem que melhorar, [...] e eu não falo só do serviço do restaurante, eu falo do serviço de um taxista, de um mototaxista, enfim, o serviço de forma geral, porque na realidade não pode se pensar somente na pousada, no hotel ou no restaurante, tem que pensar nesses espaços que recebem, nos museus, nos espaços, nas galerias da cidade, mas também nas pessoas que pegam esses turistas e visitantes e trazem pra cá, como motoristas, taxistas.” (8-TC-CA)
“o quarteirão do hotel colombo, onde a grande promessa hoje é uma universidade de arquitetura [...] eu sinalizo que se for restaurado o quarteirão do hotel Colombo para a implantação dessa universidade nós vamos ter o turista, normalmente as pessoas imaginam que o turista é só aquele com uma máquina pendurada do lado, senta num restaurante em algum lugar, come, da uma volta na cidade, fotografa e vai embora. Pra mim não, pra mim o turista legal pra cidade é aquele que pode se hospedar, ficar 2, 3, 4, 5 dias na cidade, fotografando, mas levando [...] imagem da cultura, da vida e do cotidiano do povo.” (9-TC-CA)
“[...] você tem um porto que já foi um dos portos que sustentou praticamente o estado da Bahia. Todas as mercadorias vinham por ele, pela orla marítima, descarregava aqui em cachoeira [...] e, hoje, você vê um porto, só um porto, [...] sem nenhuma determinada importância, sem nenhum preparo, eu acredito que se colocar uma marina, eu acredito que você vai trazer pessoas pra visitar a via marítima.” (11-TC-CA)
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4.7.2. Itaparica/Vera Cruz
Em Itaparica/Vera Cruz, os prestadores de serviços náuticos apontaram o Itororó como
um lugar novo a ser explorado pelo turismo, além de áreas já conhecidas nos próprios
municípios, mas que poderiam ser ressignificadas.
“Tem esse Itororó. O único empecilho é o tempo de viajem, que é de uma hora e meia à duas horas. Aí você coloca quatro horas, uma média de quatro horas só de locomoção [...]. Não... é... Aqui já tem o centro histórico, tanto o SESC tanto os prédios, são uma parte do centro histórico aqui da Ilha, mas assim potencial. A quadra poliesportiva que a gente tem, tem aqui em cima e tem um campo perto do Jutaí, estão se acabando, e querendo ou não, o esporte do Brasil é o Futebol. Por mais, vamos se dizer, o mais popular, tanto do brasil quanto do mundo é o futebol, então é uma área que não tem nenhum cuidado. Quem cuida mesmo é a população, o pessoal que arma jogo, que cuida do lugar, é um lugar que está assim. É a comunidade que cuida, é a comunidade que... A prefeitura não “tá”, pelo menos a última gestão, não melhorou em nada.” (4-TN-ITA)
“Dizem aqui que tem um lugar chamado Itororó, que tem uma cachoeira que dizem que é a coisa mais linda do mundo. Eu não vejo ninguém fazendo passeio pra aquele lado. Eu nunca fui. Tenho cinco anos aqui e eu nunca fui.” (5-TN-ITA)
“Sim. Acredito que sim. Assim, como eu te falei. Esses pontos são os principais. Ponta de Caeira, que ouvimos falar muito. A própria Cacha Pregos, Matarandi, o Baiacu. Mas acho que podem ser desenvolvidos outros tipos de roteiros que ainda tá muito na informalidade, né?” (3-TC-TN-ITA)
No caso dos prestadores de serviços náuticos apontaram alguns pontos como Cacha
Prego e Coroa do Leme, além de algumas manifestações culturais, como o samba de roda,
por exemplo.
“A contra costa da ilha, por exemplo, que vai até Cacha Pregos. [...] O que tem aqui, bem próximo aqui a Coroa do Leme, é um banco de areia que tem aqui a trezentos metros daqui da marina que é maravilhoso.” (2-TC-TN-ITA)
“Tem os Caboclos, os Guaranis, que são fundamenteis aqui na preservação da cultura, na história daqui. E aqui na ilha tem muito samba de roda, na Misericórdia tem samba de roda Amoreira tem samba de roda, no São João tem quadrilhas que precisam ter um... uma injeção de apoio né? [...]. Tem também a questão do artesanato, que precisa ser desenvolvido, artesanato local, por que o artesanato daqui não é um artesanato local, é um artesanato que é importado, sabe...que existe pessoas.” (6-TC-ITA)
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4.7.3. Jaguaripe
Em Jaguaripe, os prestadores de serviços náuticos apostam nas melhoras no acesso a
região, por terra e por mar, como forma das expectativas sobre o futuro serem mais
promissoras. Além disso, destacam a questão da capacitação da mão de obra e a
exploração da parte cultural como elementos adicionais.
“Para melhorar a situação, aqui, é isso: melhorar a chegada do ferry boat, melhorar a capacitação profissional da região, da mão de obra, melhorar bastante com cursos [...]. Melhorar, inclusive, a escola. A escola está sucateada, está precisando demais, e isso está no Plano de Governo. Era do prefeito anterior e desse prefeito também.[...] explorar mais o histórico, a parte cultural, entendeu? Os costumes, as tradições, que estão sendo dissipadas. Está indo tudo embora. [...] O trato, também, com o ambiente da Baía de Todos-os-Santos que está precisando muito e acho que também ajudar algum órgão, ajude o desenvolvimento dessas pousadas e hotéis do lado de cá, que fica abandonado. Todo mundo pensa, todo mundo vê, mas não tem um trabalho assim de base grande que vem aí: ‘vamos alavancar agora aqui’. Um projeto na região do Recôncavo Baiano, entendeu? Assim como é no Maranhão, Fortaleza, Alagoas que você vai e você vê que realmente a coisa funciona. Então eu acho que é isso que precisa mesmo. Nós temos que dar as mãos, nós estamos aqui juntos, para ajudar, para colaborar com os órgãos que vierem pra gente deslanchar e dar emprego também, né?” (3-TN-JAGUA)
“Olha, eu acho que de tudo que você perguntou aí, eu acho que destacaria o ponto que eu falei dos atracadouros e do GPS, entendeu? Eu acho que isso, se fizerem isso na Baía de Todos-os-Santos eu garanto a você que o resultado, de uma coisa tão barata, será surpreendente.” (8-TN-JAGUA)
Os prestadores de serviços culturais apostam na valorização da cultura como forma de
promover o turismo. Além disso, trazer o turismo para a pauta de prioridades também é
visto, por um dos entrevistados, como um caminho importante para o fomento da atividade.
“Tem coisas aqui em Jaguaripe que poderiam estar sendo mais valorizadas, essa questão mesmo da história em si.” (6-TC-JAGUA)
“Jaguaripe [...] é um município maravilhoso. Se tiver a oportunidade de conhecer, as possibilidades no município são infinitas. Mas, em nenhum momento da sua história houve uma preocupação com o turismo! Eu acho que [...] se esse projeto sair, não apenas pra fortalecer quem já tem o turismo, mas também pra iniciar, pra dá um start, e uma forma do município se desenvolver, que ele precisa. Então, nós temos uma potencialidade enorme, que está sem a devida organização. [...] Nós temos tijolo, nós temos cimento, nós temos areia, mas ninguém pegou isso tudo pra construir. E é o que a gente precisa!” (1-TC-TN-JAGUA)
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“Rapaz esse governo aí [...] podia fazer alguma coisa pra ver se
melhorava, né?! Mas só esperando pra ver.” (2-TN-JAGUA)
4.7.4. Maragojipe
Os prestadores de serviços náuticos apontam a expansão do turismo em Maragojipe para
os pontos históricos e para o bairro de Cajá, ressaltando a ótima navegabilidade que há na
Baía do Iguape.
“[...] vamos dizer assim como cruzeiro, que você vê a cidade de cima, ter um ponto de lanchonete, um ponto de... estrutura assim, patrimonial, que chama a atenção né... histórico, que a cidade precisa, preservar os casarões, mal ou bem isso aí atrai turismo, falta muita coisa na cidade em forma de atrair a pessoa assim, curiosidade, porque a nossa cidade não tem, porque eles deixaram se acabar.” (2-TN-MA)
“Eu acho, eu acho que o bairro do Cajá é um lugar belíssimo, é o mais turístico aqui, que tinha que ter um investimento especial [...]. Já recebi várias pessoas de embarcações que falam que não existe um lugar melhor pra vir na Bahia do que a baía do Iguape aqui. Todos os píeres que tem na baía tem que ser construídos, tem que ter quebra mar. E aqui não, é tudo natural, não precisa de quebra mar, não precisa de construção, é só colocar o píer.” (1-TN-TC-MA)"
Os prestadores de serviços náuticos apontam a vários pontos que poderiam ser
explorados no turismo de Maragojipe, como a cachoeira do Bule Bule, o bairro do Cajá e o
Rio do Urubu.
“Em Maragojipe tem muita coisa pra ser explorada. Se você sair daqui e procurar ver, dar um rolé na cidade, você vai ver muita coisa a ser aproveitada. Por exemplo, tem uma cachoeira que se chama Bule Bule, que é a coisa mais linda que pode existir, já ouviu falar?” (8-TC-MA)
“Na entrada da cidade tem uma queda d’água, é um ponto turístico [interrupção] aí chama o Rio do Urubu. É uma queda d’agua que a gente tem. A EMBASA fez um serviço de tratamento e que faz todo o tratamento de água da cidade. Então, após essa vazão, existe uma outra água que desce que é muito bonita. Que chama Rio do Urubu, na entrada da cidade. É um dos pontos turísticos. Nós temos também do alto do cruzeiro, uma vista panorâmica da cidade, muito bonita. Poderia ter mais investimentos. Tem uma orla nossa aqui chamada orla do bairro do Cajá, que também é muito bonita, entre o atracadouro do navio que percorria aqui o Rio Maragojipe, a gente fazia a travessia de Maragojipe a Salvador. E esse é um ponto turístico. As áreas naturais da zona rural também faziam parte, [áudio baixo] seu Francisco, que você vai falar com ele. Então esses são pontos que a praia de ponta do Souza, nós
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temos o Bule Bule, que é a área natural, o Bule Bule onde tem uma queda d’água muito bonita também.” (9-TC-MA)
“Olha, eu acho que o nosso conjunto arquitetônico, né? Nós temos vários prédios aqui em Maragojipe que estão em ruínas, que contam a história do recôncavo, contam a história da Bahia e contam a história do Maragojipe. Alguns dos nossos saberes que estão aí esquecidos, né? Afundando. Eles poderiam ser recuperados e até servir como ponto de visitação. Teve um projeto aqui em Maragojipe, que poderia ser retomado, que foi a criação de um museu náutico lá, na época recebemos até o ministro da cultura, Gilberto Gil, aqui em Maragojipe [...]. Essa questão do monumento, da recuperação da nossa igreja matriz, a recuperação do prédio da santa casa de misericórdia.” (7-TC-MA)
4.7.5. Salinas da Margarida
Em Salinas da Margarida, os prestadores de serviços náuticos apontam alguns novos
lugares que poderiam ser explorados turisticamente. O Dourado, o Rio Paraguaçu e toda a
região costeira são apontados como os principais.
“Tem o Dourado também. O Dourado também é bonitinho. Tem vez que vai no Dourado e vai na ilha. Que é pertinho um do outro. Araípe e Maia é pertinho também, só é de um lado pro outro, assim. É uns dez minutos de um pro outro. Aí dá pra fazer os três lugares.” (1-TN-SALI)
“Quando você fala em Salinas, você engloba o município todo, Conceição, Cairu, dentro do Rio Paraguaçu. Então, melhorando um, todos vão crescer juntos. Não tem um específico não. [...] Acho que o principal é a sede sabe. Mas nós temos aqui, dentro do Rio Paraguaçu, nós temos a Pedra Mole, nós temos a Enseada. Então o Rio Paraguaçu que vai até Maragojipe também é muito bonito.” (2-TN-SALI)
“Aqui na cidade, tem. Toda a borda da cidade, toda a região costeira aqui de Salinas é bonita [...]. Tem uma área aqui que é a praia do Dourado. A Praia do Dourado tem um mega resort que está parado que se compara a Praia do Forte.” (3-TN-SALI)
Um prestador de serviços culturais também aponta o Dourado como uma possível área a
ser explorada turisticamente. Outro prestador afirma que toda a cidade é passível de ser
explorada, deve de que seja feito um bom trabalho na área de turismo. Em Salinas da
Margarida, os prestadores de serviços náuticos apontam alguns novos.
“Tipo ali, essa estrada de barro que pega acesso ali da base, que tem uma vegetação muito grande, que dá acesso a outro povoado do distrito. Que ali tem muita coisa para ser explorada. Tem a parte também do
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Dourado, que também pertence aqui, uma praia, que tem fatos históricos [...] poder conhecer a história na verdade.” (4-TC-SALI)
“[...] Se fizer um bom trabalho de turismo. Aqui tem trilhas, tem rios, tem praias lindas, que “tá” degradada, entendeu? A cidade em si, se tiver um trabalho no turismo bem avaliado, eu tenho certeza que a cidade toda, ela tem condições de ganhar com o turismo.” (5-TN-SALI)
Apenas um prestador de serviços culturais não vê nenhum novo espaço que poderia ser
explorado turisticamente.
“Aqui no município? Não.” (6-TC-SALI)
4.7.6. Salvador
Os prestadores de serviços náuticos de Salvador veem com muito otimismo a expansão
do turismo para novas áreas não turistificadas, como a Orla Suburbana, por exemplo. No
entanto, fazem a ressalva de que é preciso investir em infraestrutura e segurança para que
seja possível tal expansão e a inclusão desta área nos roteiros. Alguns, inclusive, já
incluíram em seus roteiros a visitação a esta área. Mas aguardam maiores transformações
na região para incrementar a visitação.
“Ah, com certeza! Suburbana é linda! Linda! Se você for tirar um fim de semana para visitar os locais lá são lindos! [...] Sem dúvida! Sem dúvida! [ sobre abrir uma filial nessa nova área].” (3-TN-SAL)
“Sim. Tudo que for importante para o turismo é bom para a cidade, afinal, o investimento é mínimo nessa área aqui. [...] Depende da infraestrutura, [...] depende do tipo de passeio que você for oferecer. Ser for passeio e tal, sim. [sobre a potencialidade da Orla Suburbana].” (2-TN-SAL)
“[sobre a Orla Suburbana] Se nós tivéssemos um local seguro para nós tratarmos os nossos serviços, bares, restaurantes que nós pudéssemos utilizar, sem dúvida alguma seria um destino que nós gostaríamos de estar explorando, de estar levando nossos clientes para desfrutar. O lado de lá é muito bonito.” (4-TN-SAL)
“[...] eu acho super viável sim [...]. Então, a obra em si ela dá uma acessibilidade, uma visibilidade a toda orla que você vai ampliar, na verdade, o setor de trabalho, o setor de serviço. Então, hoje em dia, você tem a parte de favela e esgotamento, tudo isso, que é jogado no mar que você inviabiliza a utilização daqueles locais. E, essa urbanização, então, você vai ter acesso a esses locais e vai ser mais um local para a gente poder estar trabalhando, tá? Então é super viável sim. E a gente tem total interesse em estar em atividade nessas áreas. Inclusive, a gente já tá até procurando um ponto lá, próximo, lá daquelas áreas, até para poder tá colocando uma unidade de apoio por lá.” (5-TN-SAL)
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“Eu acho interessante sim [expansão Orla Suburbana]...” (6-TN-SAL)
“[...] a maioria das pessoas que estão trabalhando com o turismo não tem interesse, e principalmente, o Governo. Se isso acontecer, na minha opinião, seria uma boa. Aumentaria, expandiria o turismo. Mas se acontecer, seria pra longo prazo. [...]. Deveria juntar a empresas de turismo, procurar a imprensa junto com o governo, pra você começar a enxergar de uma outra forma.” (7-TN-SAL)
“[...] é necessário estar sempre renovando. Seja não só os locais, mas as formas de turismo. Seja o religioso, seja o de etnia, seja o gastronômico e, principalmente, Salvador é muito grande e muito bonita. Então tem lugares, como a gente estava falando aí, no subúrbio, tem lugares fantásticos com até preços muito acessíveis. Claro que se tem que fazer todo um preparo na área de estrutura, né?” (8-TN-SAL)
“Eu vejo a cidade de Salvador rodeada de águas e áreas lindas. São poucas as cidades que tem uma baía despoluída. E aqui você pode oferecer várias atividades náuticas, como o mergulho recreativo, [...], a vela, pesca recreativa. Eu vejo um grande potencial. E eles estão se esforçando.” (11-TN-SAL)
“Com certeza! Todo o entorno aqui da Baía-de-Todos-os-Santos. A gente inclui, até esse que você citou, tem potencial. Agora pra isso acontecer, é como a gente já conversou. Precisa de uma infraestrutura mínima, né? Tem que ter a construção de trapiches, pra facilitar o desembarque.” (12-TN-SAL)
Os prestadores de serviços culturais, da mesma forma, mostraram-se muito otimistas com
a possibilidade de expansão do turismo de Salvador para novas áreas ainda não
exploradas. A orla suburbana é vista por eles como algo factível, mas que precisa ser
devidamente estruturada com a infraestrutura necessária para receber o turista e ter
condições de ser parte dos roteiros da cidade.
“É uma necessidade nossa, né? [expansão do turismo para a Orla Suburbana]. Hoje a gente depende muito dessa parte. A gente já opera um pouco. A gente tem o Panorâmico que vai até a Ribeira e tem um turismo, que é um turismo religioso [...]. Esse serviço, esse novo roteiro, a gente divulgou ano passado [...] Mas não adianta você lançar um novo produto ou serviço se você não tem apoio. O retorno não é imediato. Não é fácil! Você tem que se esforçar...” (15-TC-SAL)
“[...] a gente tem a área do subúrbio de Salvador e tem a travessia pra Ilha de Maré, que não é explorada, né?! [...] Então, a gente quase não faz esse turismo pro lado da Suburbana e a praia é belíssima. A Ilha de Maré é belíssima! Vale a pena ser visitada! Mas precisa de uma restauração muito grande da área ali, dá uma melhorada, né?!” (16-TC-SAL)
242
“Acho importantíssimo. Nós temos espaços maravilhosos, inclusive esse aí. Ia gerar emprego e renda. Que e acho que isso é importante também. É outro lado do turismo que a gente tem que pensar, né? A qualidade de vida das pessoas.” (17-TC-SAL)
“Eu acho interessante, né. Acho que tem turismo pra todo segmento, né? E eles gostam, eles chegam aqui e perguntam como é, como é que vai pro subúrbio, como é que vai pros centros de... Como é que é? Centro de candomblé [...]. Eles perguntam onde é que fica, como é que chega lá de ônibus, eles querem saber tudo.” (18-TC-SAL)
“Nós entendemos que isso é um movimento natural, dinâmico. A cidade vai adquirindo novos equipamentos e a proporção que ela vai adquirindo novos equipamentos e resgatando a autoestima do soteropolitano [...] consegue, naturalmente, atrair turistas para essas novas áreas. [...] A partir do momento que a gente qualifica a oferta turística, você incentiva a permanência no destino. Você faz com que o turista entenda que ele não precisa ficar só um, dois dias nesse destino, como Salvador. Ele nota que “não, peraí! A gente tem um centro histórico muito forte, a gente tem um atrativo cultural muito forte e a gente tem pontos de visitação em uma orla urbana muito significativa”.” (13-TC-SAL)
“Eu acho bom, né... [a expansão pra área suburbana] Em Salvador, por exemplo, ele é muito rico [...].” (21-TC-SAL)
“Eu acho que essa área da cidade, lá de baixo, ela é muito bonita, muito boa, já teve trem e aquelas coisas. Já tiveram passeios, até pro bairro da Calçada, com guia de trem até Plataforma e Periperi. Até que é muito bonito. Se eu tivesse, realmente, condição de fazer, eu teria feito. Mas se eu lançar um produto desse, vai aparecer 2 pra amanhã, aí daqui a pouco pro litoral parece mais 2 e isso... até pegar. Preciso que alguém já faça alguma coisa, pra eu não ficar dançando, né?” (1-TC-TN-SAL)
“[...] eu não sei, eu não vejo uma forma de conseguir agradar pro lado de lá muito com os roteiros que eles tem. A não ser que fosse privado e o turista quisesse conhecer [...] A não ser que tivesse alguma coisa, uma escultura diferente, algo para receber, oferecer um passeio diferente.” (22-TC-SAL).
“[...] com certeza uma ação válida [expansão da Orla Urbana], muito válida, porque são espaços que estão extras [...]. Eu acho que são iniciativas fantásticas e tem que acontecer mesmo [...] mapear isso aí acho que a grande questão é mapear e democratizar isso tudo.” (25-TC-SAL)
“Quanto a potencialidade, acho que a orla seria uma boa opção. Subúrbio... Acho que, no momento não, por questão de violência. Acho que estamos passando pelo pior momento em termos de violência.[...] Acho que botar turismo nessa área é uma faca de dois gumes, mas tudo bem.” (14-TC-SAL)
243
4.7.7. São Francisco do Conde
Em São Francisco do Conde, tanto os prestadores náuticos quantos os culturais
indicam novas áreas de expansão para o turismo na cidade, como a Ilha de Cajaíba, Santo
Estevão, a Ilha do Pati e o quilombo D. João.
“Santo Estevão [...] É na beira do mar, na praia... Você tem um acesso pras ilhas, inclusive mais fácil que daqui.” (7-TN-TC-SFC)
“[...] tem a Ilha de Cajaíba que estava desativada[...] têm os distritos, tem o Monte que é muito bonito por sinal que pode ser explorado também. [...] tem Campinas [...] tem uma vista também muito bonita que pode ser explorado também pra servir como ponto turístico. Tem Paramirim, Coroado.” (1-TC-SFC)
“[...] Ilha de Cajaíba [...].” (2-TC-SFC)
“Tem a própria fazenda de Cajaíba [...] tem as ruínas da primeira Escola Agrícola da América Latina [...].” (3-TC-SFC)
“A Ilha do Pati mesmo é um local, que tem as Paparutas [...].” (4-TC-SFC)
“[...] Turismo náutico daqui pra Cachoeira [...] [projeto pessoal do barqueiro].” (6-TN-SFC)
“Santo Estevão [...] É na beira do mar, na praia... Você tem um acesso pras ilhas, inclusive mais fácil que daqui.” (7-TN-TC-SFC)
“É o quilombo D. João aqui [...]. Sai uma culinária bastante apreciada pelo pessoal que vem de fora. [...] a própria trilha que tem atrás de Cajaíba, deveria ser incorporada, porque o pessoal tá indo agora, mas ainda tá sendo uma coisa muito rústica. [...] Ai eu acho que esses dois, tanto o quilombo D. João, quanto a trilha na Ilha de Cajaíba deveria ser incorporada ao roteiro.” (8-TN-TC-SFC)
244
CAPA CONSIDERAÇÕES FINAIS
Considerações Finais e Recomendações Estratégicas
245
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS E RECOMENDAÇÕES ESTRATÉGICAS PARA
ELABORAÇÃO DE PRODUTOS E SERVIÇOS
O estudo de demanda turística da região da BTS, constituído pelos municípios
contemplados no PRODETUR Nacional da BAHIA, além de permitir: a identificação do perfil
dos visitantes; as fontes de informações utilizadas na organização das suas viagens; as
fontes de informações utilizadas; as preferências de consumo em viagens, entre outros
quesitos, ele deve ser utilizado como referência para orientar as decisões do setor público
no que se refere à elaboração de estratégias direcionadas para o crescimento e
desenvolvimento sustentável do turismo na região supracitada, e na orientação dos
investimentos do setor privado nos negócios relacionados às atividades características de
turismo. Nesta perspectiva, projetos e ações relacionadas à promoção, roteirização,
competitividade turística e desenvolvimento do turismo na região deverão utilizar os
resultados deste estudo como referência.
Assim, na sequência, são analisados os principais resultados e conclusões do estudo de
demanda turística atual na Região da BTS, apresentando algumas recomendações em
relação ao planejamento público do turismo no contexto das projeções do turismo
internacional e do turismo doméstico.
Para facilitar o processo de análise, comentários e recomendações estão organizados nos
seguintes tópicos:
• Considerações gerais da Pesquisa de Demanda Turística da Região BTS
• Cenários para o Turismo: oportunidades e desafios
i) Tendências para o Turismo no Mundo e no Brasil;
ii) Turismo na Bahia e na Região da BTS: situação atual, perspectivas,
oportunidades e fraquezas.
• A região da BTS como destino turístico: uma oportunidade para o turismo náutico
e cultural;
• Em busca da competitividade no turismo náutico e cultural: desenvolvimento de
subsegmentos e produtos potenciais.
246
5.1. Considerações Gerais da Pesquisa de Demanda Turística da Região BTS
Analisando os dados da pesquisa, constatou-se que para efeitos de avaliação do perfil dos
visitantes por motivação náutica e cultural, algumas características merecem ser
destacadas:
i) Predominância dos visitantes nacionais em relação aos internacionais. Este
resultado revela que o mercado doméstico é mais expoente do que o
internacional;
ii) Em relação aos visitantes internacionais, a Argentina é o principal emissor de
turista para a região;
iii) A maioria dos turistas nacionais é oriundo do próprio estado da Bahia;
iv) Entre os outros estados, São Paulo é o maior emissor de turistas para a região;
v) Maioria dos visitantes é jovem e adulto;
vi) Ocupação profissional com maioria como assalariado;
vii) Visitantes de Salvador indicaram nível de renda média de R$ 9.257,8 (motivação
cultural) e R$7.997,4 (motivação náutica);
viii) Visitantes dos demais municípios da BTS (contemplados na pesquisa) indicaram
renda média de R$ 5.214,4 (motivação cultural) e R$5.806,9 (motivação náutica);
ix) A maioria indicou o turismo cultural como principal motivo de viagem para a
região da BTS;
x) Grande parte dos visitantes organiza suas viagens de forma individual sem
pacote, ou seja, através da compra direta;
xi) As agências possuem relevância na organização das viagens dos visitantes de
Salvador (29,2% para náutico e 17% para cultural) e pouca relevância para os
visitantes dos demais municípios (13,6% náutico e 9,9% cultural);
xii) Parentes e amigos; internet são as principais fontes de informações utilizadas
pelos visitantes na organização das suas viagens;
xiii) Sites de busca e agências online foram as principais fontes de internet utilizadas
pelos visitantes de Salvador;
xiv) Sites de busca, Sites de destinos e mídias sociais foram as principais fontes de
internet utilizadas pelos visitantes dos demais municípios da região da BTS;
xv) Os visitantes de Salvador utilizam voos regulares, automóvel próprio e ônibus de
linha como principais meios de transporte para chegar à cidade;
247
xvi) Os visitantes dos demais municípios utilizam automóvel próprio, ônibus de linha e
transporte hidroviário para chegar ao destino;
xvii) A maioria dos visitantes de Salvador fica em hotel ou pousada, enquanto que, os
visitantes dos demais municípios, além de hotel e pousada, também parte
significativa fica em casa de amigos e parentes;
xviii) Observou-se a presença expressiva de excursionistas nos demais municípios da
BTS, exceto Salvador;
xix) No que se refere à experiência da viagem, infraestrutura e serviços a avaliação
foi muito positiva;
xx) Os serviços turísticos, infraestrutura urbana e turística nos demais municípios,
exceto Salvador, receberam uma avaliação pouco satisfatória.
xxi) As praias e os atrativos histórico-culturais foram os aspectos que mais
agradaram os visitantes de Salvador;
xxii) Os atrativos naturais seguidos dos histórico-culturais foram os aspectos que mais
agradaram os visitantes dos demais municipios da BTS;
xxiii) Abordagem dos vendedores, segurança e abordagem de pedintes foram os
aspectos que mais desagradaram os visitantes de Salvador;
xxiv) A limpeza urbana, segurança, infraestrutura e serviços foram os aspectos que
mais desagradaram os visitantes dos outros municípios estudados da BTS.
5.1.1. Avaliação dos atuais atrativos náuticos e culturais Com base nas informações adquiridas com os turistas e prestadores de serviços dos
municípios estratégicos da BTS, foi possível realizar a seguinte análise de satisfação sobre
os atrativos culturais e náuticos mais relevantes na atualidade:
• A BTS tem excepcional potencial no que diz respeito ao turismo náutico, pois, como
salientado pelos prestadores de serviço, possui extensa costa que, além de ser
navegável, é de excêntrica beleza.
• O número de naufrágios na costa da BTS qualifica a atividade de mergulho. Mas,
contudo, a falta divulgação tornou-se um grande obstáculo, principalmente para os
atores que trabalham com o respectivo segmento.
248
• A sinalização turística é precária. Essa realidade se reflete não só na atividade
náutica, que invibializa a chegada de embarcações que desconhecem o percurso via
marítima, mas que também torna-se empecilho aos próprios moradores que utilizam
deste transporte – para fins turísticos e da própria comunidade - que liga a capital
aos demais municipios integrantes da BTS. E, a sinalização turística terrestre
colaboraría na divulgação dos atrativos e patrimonios.
• Frequentemente, os turistas e prestadores ressaltaram a precariedade dos
equipamentos turísticos, a falta de investimentos, em especial incentivos do poder
público e a falta de divulgação dos destinos turísticos, o que influencia diretamente
no fluxo turístico na região. Essas contribuições são primordiais para implementação
de ações que priorizem estrategicamente as necessidades ressaltadas pelos turistas.
• Os turistas expressam sua insatisfação em visitar locais que não possuem uma
estrutura adequada e segura, como o Terminal Marítimo de Mar Grande, um
equipamento que recebe grande número de turistas, diariamente, e que se encontra
deteriorado, induzindo a não permanência de turistas na região de Vera Cruz.
Entretanto, estes elogiaram as manifestações culturais existentes na região e
informaram ser um fator predominante para possível volta ao destino.
• Em Salvador, o cenário tem características diferentes, os equipamentos e atrativos
turísticos, tanto náuticos quando culturais, recebem uma maior atenção do poder
público, e que, consequentemente, possuem uma maior satisfação por parte dos
turistas.
• O patrimônio arquitetônico e o city tour náutico são um dos destaques de atratividade
turística por parte dos visitantes, contudo, um ponto avaliado negativamente foi
abordagens evasivas por parte dos vendedores ambulantes no entorno dos atrativos
turísticos.
• Os turistas relataram ainda, no que diz respeito ao segmento náutico, o valor elevado
referente às taxas de atracação de embarcações na Bahia Marina, o que dificulta
uma expansão do setor.
249
5.2. Cenários para o turismo: tendências, oportunidades e desafios
5.2.1. Tendências para o Turismo no Mundo e no Brasil
Após a crise de 2009, quando o fluxo de turistas internacionais apresentou retração de
4,3%, o turismo internacional, nos últimos anos, tem entrado em uma trajetória continua de
crescimento. Segundo dados divulgados pela Organização Mundial do Turismo (UNWTO), o
fluxo de turistas internacionais cresceu 4,6% no ano de 2015, em relação a 2014,
totalizando 1.186 milhões de viagens. É importante ressaltar que a análise da dinâmica do
fluxo de viagens internacionais não deve ser restrita ao seu crescimento. A avaliação da
distribuição do fluxo entre os continentes e países é outro fator que deve ser observado.
Apesar da tendência na descentralização do fluxo apresentada na última década, a Europa,
com 51,2%, continua como a maior receptora de turistas internacionais, seguido pela Ásia e
Pacífico (23,5%), Américas (16,2%), África (4,5%) e Oriente Médio (4,5%).
No caso da América do Sul, o crescimento no fluxo de viagens em 2015 foi de 7%, atingindo
30,77 milhões de viagens, representando um market share de apenas 2% do total mundial.
No caso do Brasil, apesar de ter apresentado um crescimento importante até 2014, derivado
principalmente dos efeitos da Copa do Mundo FIFA 2014, atingindo 6,4 milhões de turistas
internacionais, em 2015, houve uma pequena retração de 1,9% no número de turistas
internacionais. Este fato indica que o fluxo de viagens internacionais tem variado de acordo
com variáveis conjunturais, o que não garante uma trajetória consistente de crescimento.
O Brasil viveu um momento importante nos últimos anos, quando recebeu os dois
megaeventos esportivos mais importantes do mundo, Copa do Mundo FIFA 2014 e as
Olimpíadas 2015, mas até momento não foi constatado uma melhora no fluxo de viagens
internacionais de forma consistente. Segundo dados do Banco Central do Brasil, os 6,3
milhões de turistas internacionais recebidos pelo Brasil em 2015 geraram uma receita de
US$ 5,8 bilhões. Apesar da desvalorização da moeda nacional em relação ao dólar, o que
diminuiu o poder de compra do turista brasileiro no mercado internacional, os brasileiros
continuam gastando no exterior muito mais do que os estrangeiros estão gastando no Brasil.
Em 2015, os brasileiros gastaram US$ 17,3 bilhões com viagens ao exterior, gerando um
saldo negativo de US$ 11,5 bilhões na conta viagens do país com o resto do mundo.
Entre os principais emissores de turistas para o Brasil destacam-se: Argentina, Estados
Unidos, França, Itália, Paraguai, Uruguai, Alemanha Inglaterra e Chile. Apesar da América
250
do Sul representar o principal mercado emissor de turistas para o Brasil, com 54% do total,
ela tem baixo potencial de crescimento, uma vez que, as condições econômicas da região
não apresentam boas perspectivas futuras. Entre as principais variáveis que inibem o ritmo
de crescimento do fluxo de viagens internacionais para o Brasil estão à baixa
competitividade preço, violência urbana e a distância dos principais mercados emissores,
Europa e Estados Unidos da América.
Como constatado na pesquisa da demanda da região da BTS, a participação do fluxo de
turistas internacionais na demanda total da região é bastante reduzido. Entre os principais
emissores de turistas internacionais para a região destacam-se a Argentina, Estados
Unidos, Paraguai, França e Itália.
Se por um lado o fluxo de turistas internacionais tem apresentado um ritmo de crescimento
bastante volátil e com perspectivas não muito favoráveis para o crescimento futuro, o
turismo doméstico tem potencial de crescimento, num país de dimensão continental como o
Brasil. Segundo o Ministério do Turismo, em 2011, os brasileiros haviam realizado 190,84
milhões de viagens não rotineiras no território nacional. Sendo o turismo uma atividade de
consumo, o nível de renda é uma das variáveis mais importantes na determinação da
demanda turística. Isso explica o fato dos principais estados emissores de turistas
domésticos ser os de maior renda per capita, situados na região Sudeste – São Paulo,
Minas Gerais e Rio de Janeiro. Na sequência, temos os estados da região Sul, – Rio Grande
do Sul e Paraná.
Nos últimos dois anos, com a desvalorização do real em relação ao dólar, as viagens
internacionais ficaram mais caras para os brasileiros, o que tem favorecido o crescimento
das viagens domésticas. Por outro lado, a retração da economia brasileira, e a
consequente redução na renda per capita, pode ser considerada como fator inibidor do
crescimento das viagens domésticas. O cenário de curto prazo aponta para uma
recuperação lenta da economia, o que poderá representar um obstáculo no crescimento das
viagens domésticas.
Um elemento que deverá contribuir para uma melhora substancial no cenário turístico
nacional é a abertura do mercado de aviação civil nacional, que permitirá a participação
de 100% do capital estrangeiro nas empresas que operam no mercado brasileiro. A
expectativa é que a abertura do mercado nacional de aviação civil possa contribuir de forma
positiva para o crescimento na quantidade de viagens domésticas, uma vez que, aumentará
251
a concorrência e, por conseguinte, poderá gerar redução nos preços das passagens áreas,
considerados elevados para o padrão dos preços praticados nos mercados de outros
países.
Outro aspecto que poderá melhorar o cenário do turismo internacional para o Brasil está
relacionado à proposta apresentada pelo Ministério do Turismo ao Ministério das Relações
Exteriores sobre a possibilidade de utilização de sistema de concessão de visto eletrônico
para países considerados estratégicos para o turismo receptivo, tais como Estados Unidos,
Canadá, Austrália e Japão.
5.2.2. Turismo na Bahia e na Região da BTS: situação atual, perspectivas,
oportunidades e fraquezas
Nos últimos 10 anos, o turismo tem aumentado a sua relevância econômica na região
Nordeste do Brasil, em parte pelo aumento na competitividade decorrente dos investimentos
do PRODETUR e pelos investimentos do setor privado nas atividades características de
turismo.
O estado da Bahia, com uma diversidade de atrativos turísticos espalhados nos seus 417
municípios, nos últimos anos, vem recebendo vultosos investimentos privados,
principalmente no setor hoteleiro, que aposta tanto no crescimento do turismo internacional
como no turismo doméstico.
A sistematização e institucionalização da política do turismo no estado da Bahia tem
aumentado a importância do turismo como atividade econômica, geradora de emprego,
renda, negócios e inclusão social.
Segundo dados do Ministério do Turismo, as viagens dos baianos no próprio estado
representam aproximadamente 54% do fluxo de turistas nacionais. Entre os principais
emissores de turistas nacionais estão, São Paulo (14,10%), Minas Gerais (6,6%) e Rio de
Janeiro (4,9%). Em relação aos turistas internacionais, Argentina (25,5%), França (11,5%),
Estados Unidos (8,4%) e Itália (7,1%), estão entre os principais emissores.
Os municípios da região da Baía de Todos-os-Santos, contemplada no âmbito do
PRODETUR NACIONAL, sob a perspectiva da demanda, têm baixa atratividade para o fluxo
de turistas internacionais, com exceção de Salvador. Em relação ao turismo doméstico, da
mesma maneira, percebe-se que o perfil do turismo nos demais municípios da BTS (exceto
252
Salvador) é bem diferente do turismo encontrado em Salvador. Por exemplo, no estudo
realizado foi constatada a presença expressiva de excursionistas nos demais municípios da
região, exceto Salvador, o que deve ser levado em conta na elaboração de ações voltadas
para o desenvolvimento e crescimento do turismo náutico e cultural na região.
As ações e estratégias devem ser balizadas pelos objetivos específicos definidos no âmbito
do PRODETUR da BTS. Como indicado no estudo, há um predomínio do turismo doméstico
em relação ao turismo internacional. Portanto, as ações e estratégias direcionadas para o
objetivo de aumentar o fluxo turístico na região, devem ser definidas a partir dos
mercados prioritários, que tem maior potencial de crescimento. Neste caso, investimentos
em infraestrutura local e promoção direcionada para os principais mercados emissores
podem ser algumas alternativas para atrair um maior quantitativo de turistas.
Em relação ao objetivo de incrementar o gasto turístico, as ações e estratégias estão
basicamente relacionadas à oferta de serviços turísticos e melhoria na competitividade
turística da região. Foi constatada na pesquisa a ausência de determinados serviços que os
turistas gostariam de consumir. Assim, a ampliação da oferta de serviços turísticos poderá
aumentar o nível de gasto médio dos turistas que visitam a região. Por outro lado,
investimentos em infraestrutura poderão melhorar a competitividade do turismo local.
As ações do governo direcionadas a melhoria na competitividade turística da região e nos
investimentos privados na oferta de novos produtos e melhoramento dos serviços já
existentes, também poderão contribuir para aumentar a permanência média do turista
nos municípios da região.
Por outro lado, o desenvolvimento sustentável do turismo na região não se limita ao
aumento do número de turistas, mas pelo aumento na participação da população local na
cadeia produtiva do turismo. Assim, para atingir o objetivo de gerar emprego e renda para
a população local, as ações do governo devem ser direcionadas a qualificação profissional
da população local e incentivo ao desenvolvimento de pequenos negócios associados às
atividades características de turismo.
253
5.3. A região da BTS como destino turístico: oportunidade para o turismo náutico e
cultural?
5.3.1. Oportunidades
Segundo os dados da pesquisa, a maioria dos turistas visita a região por motivação cultural.
Portanto, este segmento parece estar relativamente consolidado. Por outro lado, a
motivação náutica foi pouco indicada como fator determinante da viagem, ou seja, apesar de
ter potencial, necessita de uma maior atenção viabilizando o crescimento deste segmento.
Neste sentido, as ações direcionadas à motivação cultural devem ser pautadas na
ampliação do mercado já existente e na fidelização dos turistas que visitam a região a partir
da diversificação dos serviços ofertados e da melhoria na infraestrutura local. No caso do
turismo por motivação náutica, as estratégias devem ser direcionadas para a busca de
novos mercados. Esta questão deve ser apontada com maior clareza no estudo da
demanda potencial.
As praias e os atrativos histórico-culturais foram os aspectos que mais agradaram os
visitantes de Salvador, enquanto que, os atrativos naturais, seguidos dos histórico-culturais,
foram os aspectos que mais agradaram os visitantes dos demais municípios da BTS
analisados. É importante ressaltar que os itens indicados como positivos na região estão
presentes em outros estados do nordeste. Portanto, a diferenciação de serviços,
competitividade turística e diversificação podem e devem ser as principais referências para o
planejamento do desenvolvimento sustentável do turismo na região.
5.3.2. Fraquezas
A pesquisa identificou como principais fraquezas: segurança, limpeza urbana, infraestrutura
geral e a qualidade de alguns serviços. Estes problemas podem ser divididos em dois
grupos: de natureza macroeconômica, inerente às políticas e estratégias do governo
estadual e, os de natureza microeconômicos, que estão associados à dinâmica do setor
privado local. Em relação aos aspectos macro, utilizando o conceito de competitividade de
destinos, para ser competitivo é necessário melhorar a infraestrutura local, nomeadamente,
segurança pública, limpeza urbana, saúde pública, condições de acesso, principalmente,
para os demais munícipios da região, exceto Salvador, mobilidade urbana etc. Estes
problemas são identificados em vários destinos turísticos do Brasil. Neste sentido, para
melhorar a competitividade da região e torná-la mais atrativa, é primordial um programa de
254
investimentos direcionados para resolver as questões supracitadas. No que se refere aos
aspectos microeconômicos, a deficiência na qualidade e na oferta de serviços,
principalmente nos demais munícipios da região da BTS, exceto Salvador, está diretamente
relacionada à melhoria nas condições de negócios, formação e qualificação profissional,
tanto em mão-de-obra como de baixa gerência nas atividades caraterísticas do turismo.
Também pode ser apresentada como uma fraqueza do destino, a deficiência na
comunicação com os turistas. A melhoria na comunicação com os turistas atuais e
potenciais é de fundamental importância para promover a região como destino turístico. A
pesquisa mostra que parentes, amigos e internet são as principais fontes de informações
utilizadas pelos visitantes na organização das suas viagens, indicando que, possivelmente,
as ações de marketing tem influenciado pouco a decisão dos turistas que visitam a região.
Tendo os turistas como principais vozes da região, a fidelização dos turistas é um fator
importante na divulgação da região como destino turístico. A utilização de sites de busca e
agências online foram os principais meios de utilizados pelos visitantes de Salvador, o que
mostra a importância do governo desenvolver parcerias de comunicação e divulgação
online. No caso dos demais municípios, os entrevistados também indicaram os sites de
busca, sites de destinos e mídias sociais como as principais fontes de internet utilizadas, o
que mais uma vez, corrobora com a necessidade de desenvolvimento de ações de
comunicação voltadas para mídias sociais e agências online.
5.4. Em busca da competitividade no turismo náutico e cultural: desenvolvimento
de subsegmentos e produtos potenciais
A pesquisa da demanda atual apresentada neste documento evidenciou a participação do
turismo náutico e do turismo cultural nos municípios da BTS analisados. Em Salvador, o
turismo cultural corresponde a 66,9% e o náutico a 1,4%. Nos demais municípios da BTS, o
turismo cultural responde por 33,1% e o turismo náutico 7,26%. Tal informação torna
evidente que a motivação cultural é o carro-chefe do turismo na região da BTS, sendo esta a
principal motivação de viagem tanto em Salvador quanto nos demais municípios, enquanto
que o turismo náutico aparece ainda como um setor infante frente ao cultural.
255
Não é de se estranhar que o turismo cultural seja tão volumoso na região da BTS. São
muitos os atrativos culturais que justificam tal participação: uma imensa quantidade e
diversidade de patrimônio cultural material, como igrejas, museus, todo o centro histórico de
Salvador, a cidade de Cachoeira, que contam uma parte importante da história da Bahia e
do Brasil; uma expressiva diversidade de expressões e manifestações culturais do
patrimônio cultural imaterial, como o samba de roda, o artesanato, festas populares, dentre
tantas outras expressões.
Neste sentido, as evidências indicam que o turismo cultural, dentro do turismo da região da
BTS, é um segmento âncora e deve ser trabalhado em conjunto com o setor náutico como
forma de alavancá-lo. As propostas sugeridas adiante seguirão no sentido de promover o
turismo náutico a partir da sua interação com o turismo cultural, de maneira complementar e
participativa. A força do turismo cultural na região da BTS poderá ser utilizada como
alavanca para a promoção do turismo náutico, tornando possível que os dois segmentos
possam se desenvolver e, juntos, potencializar o turismo da região.
5.4.1. Aspectos relevantes para o desenvolvimento do turismo náutico na região da
BTS
No caso do turismo náutico, a exuberância e as excelentes condições de navegabilidade e
de uso da Baía de Todos-os-Santos poderiam incitar a pergunta: com tamanha beleza,
exuberância, funcionalidade e vocação natural, porque o turismo náutico não é uma
atividade expressiva nesta região?
Para responder a esta pergunta, recorre-se a um importante documento elaborado pelo
Ministério do Turismo como referência para o assunto no Brasil: Turismo náutico:
orientações básicas (2010)12. Nele, as bases para o desenvolvimento do turismo náutico
deveriam se pautar, em linhas gerais, nos seguintes pilares:
1. Identificação e análise dos recursos;
2. Estabelecimento de parcerias;
3. Agregação da atividade.
12 BRASIL. Ministério do Turismo. Turismo Náutico: orientações básicas. Ministério do Turismo, Secretaria Nacional de Turismo, Departamento de Esturutração, Articulação e Ordenamento Turístico, Coordenação Geral de Segmentação, 3. Ed. Brasília: Ministério do Turismo, 2010. Disponível em: www.turismo.gov.br
256
Em relação à identificação e análise de recursos, podemos dividir sua análise no que tange
aos recursos naturais e à estrutura de apoio ao turismo náutico. Quanto à oferta de recursos
naturais é inegável o potencial da BTS para navegabilidade e atividades esportivas. Todos
os entrevistados náuticos que, por algum motivo, relataram as condições técnicas da BTS,
foram unânimes em afirmar as ótimas condições oferecidas pela Baía. Contudo, para as
estruturas de apoio ao turismo náutico, há muito o que se progredir possibilitando que este
segmento se desenvolva.
Uma das principais questões levantadas nas entrevistas realizadas junto aos prestadores de
serviços náuticos, nos sete municípios de análise, foi a necessidade premente de que a
infraestrutura náutica na região da BTS precisa ser melhorada para que haja suporte para o
desenvolvimento do turismo na região. Percebeu-se que nenhum dos municípios da região
da BTS, com exceção de Salvador, possuía um atracadouro adequado para aportação das
embarcações. Ao longo da realização da pesquisa, os únicos municípios com atracadouros
ativos, porém precários, foram Maragojipe (Ponta do Cajá) e Salinas da Margarida. Mesmo
assim, os mesmos possuíam pouca capacidade de estacionamento de barcos, não haviam
quaisquer serviços agregados, com pouca ou nenhuma acessibilidade e com grande
necessidade de reformas. No caso de Salvador, apesar de ter uma infraestrutura náutica
mais desenvolvida, a questão principal são os poucos atracadouros turísticos disponíveis.
Em entrevistas com prestadores locais, especialmente aqueles envolvidos com passeios de
barco, muitas foram as reclamações de falta de infraestrutura para aportar os barcos com
turistas, tanto em Salvador quanto nos locais aos quais o barco se destinava.
Em relação às marinas, das quais as principais são a Bahia Marina, em Salvador, e a
Marina de Itaparica, na Ilha de Itaparica, os relatos dos seus gestores é de que as mesmas
estão em suas capacidades máximas, com fila de espera. No caso da Marina de Itaparica,
que é propriedade pública, as questões burocráticas são dependentes de decisões
governamentais, tornando sua administração ainda mais complexa. Ou seja, há um grande
déficit de infraestrutura náutica para o desenvolvimento do turismo, que precisa ser sanado
para o devido crescimento das atividades turísticas náuticas. Especialmente àquelas
relacionadas à embarcações.
Outro ponto que deve ser destacado em relação à infraestrutura náutica tem a ver com a
segurança das embarcações na BTS. Nas entrevistas com prestadores de serviços, muitos
apontaram esta questão como fundamental para atrair turistas e embarcações para a região.
257
Especialmente as pequenas e médias embarcações, que são mais vulneráveis de serem
abordadas. Alguns entrevistados apontaram que, com a rápida disseminação das
informações e também pelo fato do universo náutico ser relativamente restrito, quaisquer
crimes que aconteçam em embarcações são rapidamente divulgados e impactam
diretamente na visitação à região por via náutica, tendo em vista que os turistas náuticos
são muito sensíveis a este tipo de questão. Neste sentido, para o desenvolvimento do
turismo na BTS é fundamental que haja uma ação conjunta das autoridades competentes no
que diz respeito ao monitoramento e prevenção da ocorrência de crimes em embarcações.
O aspecto seguinte, citado pelos prestadores visando o desenvolvimento do turismo náutico,
é o mesmo recomendado pelo documento do Turismo Náutico do Ministério do Turismo, que
corresponde ao estabelecimento de parcerias. Novamente, a partir das entrevistas
realizadas, ficou nítido que elas são ainda escassas e pouco desenvolvidas. A exceção foi o
setor de mergulho, que, por conta da universalização dos seus procedimentos técnicos,
precisa estar associado não apenas a instituições nacionais como também internacionais.
Neste sentido, é recomendável que haja uma maior interação das associações náuticas
nacionais e internacionais, como forma de obter informações e realizar parcerias
estratégicas. Além disso, é importante que as parcerias estimulem a formação de redes que
tornem o turismo náutico mais sustentável, tanto do ponto de vista ambiental quanto do
ponto de vista econômico e social.
Por fim, a última recomendação feita pelo documento para o desenvolvimento da atividade
tem a ver com a agregação de atividades, que é um dos pontos-chave da proposta deste
documento. O turismo náutico deve ser pensado em conjunto com outras atividades
turísticas, como a gastronomia, o patrimônio cultural, competições, festas náuticas,
manifestações culturais, dentre outros. Algumas iniciativas neste sentido apareceram na
pesquisa, tanto dos prestadores náuticos quanto dos prestadores culturais. Um bom
exemplo é a regata Aratu-Maragojipe, que, segundo depoimentos coletados em Salinas da
Margarida e Maragojipe, corresponde a um dos pontos altos do turismo na região. Outro
exemplo são alguns restaurantes em ilhas da BTS que servem às embarcações, que
também representam um integração entre a cultura gastronômica e o turismo náutico.
Uma outra forma de pensar o desenvolvimento do turismo náutico está associada à sua
utilização como segunda opção de lazer. Turistas com motivações diversas da náutica
podem realizar passeios de barco ou atividades esportivas náuticas como segunda opção
258
de lazer. Neste caso, a estratégia é que o desenvolvimento do turismo náutico se associe às
visitações com outras motivações, como o turismo de negócios, o turismo de sol e praia e o
turismo de aventura, de forma a promover o seu crescimento.
Um segmento importante que deve ter interface com o turismo náutico é o segmento de
negócios e eventos. Os eventos são grandes estratégias de marketing para a divulgação do
destino e das belezas naturais e culturais, inclusive despertando o interesse dos
empresários sobre oportunidades de negócios na região. Novamente, já existem bons
exemplos de eventos náuticos (como as regatas), que podem, inclusive, ser ampliados, não
apenas na sua frequência, mas também ampliado para outras modalidades de eventos,
como competições esportivas e festas náuticas. Além disso, eventos que envolvam
temáticas náuticas, como feiras de embarcações e serviços náuticos, podem ser iniciativas
que incentivem o desenvolvimento do setor.
Por fim, vale aqui apresentar outras recomendações feitas pelo Ministério do Turismo que
podem ser aplicadas à Baía de Todos-os-Santos como forma de promover um ritmo mais
acelerado do desenvolvimento do turismo náutico na região. São elas:
• Criação do Serviço de Apoio ao Turista Náutico;
• Incentivo ao esporte náutico;
• Incentivo a criação de escolas náuticas e cursos de capacitação de mão de obra
para o segmento;
• Adoção de um selo de qualidade para equipamentos náuticos (marinas, estações
náuticas);
• Realização de palestras, fóruns, cursos e debates regionais e nacionais voltados
para o despertar para o segmento e a profissionalização de empresários,
funcionários públicos, empregados, professores e profissionais liberais com o
objetivo de melhorar a qualidade dos serviços prestados, além de expor as
oportunidades que o setor apresenta;
• Criação de associações setoriais capazes de se fazerem representar frente ao
Estado;
• Estabelecimento de uma estratégia para a promoção turismo náutico;
• Identificação de antigas estruturas ou abandonadas ou precárias à beira mar com
vocação para serem transformadas em equipamentos náuticos;
259
• Incentivo a cooperação entre clubes e marinas de forma a favorecer o deslocamento
dos barcos entre diferentes regiões do Brasil.
5.4.2. Aspectos relevantes para o desenvolvimento do turismo cultural na região da
BTS
Apesar de ser bastante expressivo, o turismo cultural na região da Baía de Todos-os-Santos
ainda apresenta um espaço de exploração a ser conquistado. Para desenvolvermos esta
discussão vamos utilizar alguns aspectos das diretrizes estabelecidas pelo Ministério do
Turismo no documento Turismo Cultural: Orientações Básicas (2010)13. Das recomendações
apontadas pelo documento, entende-se ser pertinente discutir as seguintes:
1. Identificação e análise de recursos;
2. Estabelecimento de parcerias e formação de redes;
3. Elaboração de roteiros culturais e atrativos âncora;
4. Financiamento e incentivos.
A importância de identificar os atrativos culturais dos diferentes municípios da Baía de
Todos-os-Santos é essencial para levantar as atividades culturais atuais e potenciais que
podem associar-se ao turismo. Especialmente nestes municípios com vocações culturais
diversas. A elevada disponibilidade de oferta cultural requer um levantamento sistemático
para posterior roteirização e utilização no âmbito do turismo.
Um ponto relevante que aparece na pesquisa feita com os prestadores de serviços culturais
diz respeito ao baixo nível de parcerias e formação de redes. Muitos trabalham de forma
isolada e veem no governo a única possibilidade de sobrevivência. Na verdade esse é um
ponto importante exatamente porque requer o envolvimento dos diferentes atores da
comunidade em prol do turismo. Incentivar a formação de redes e a conexão entre os
diversos prestadores culturais locais e regionais é fundamental para que estas atividades
passem a fazer parte de roteiros turísticos.
Há ainda a necessidade de criar ou desenvolver atrativos âncora, que são aqueles que
atraem o interesse de um expressivo número de turistas. Além do poder de atração, os
13 BRASIL. Ministério do Turismo. Turismo Cultural: orientações básicas. Ministério do Turismo, Secretaria Nacional de Turismo, Departamento de Estrutruação, Articulação e Ordenamento Turístico, Coordenação-Geral de Segmentação. 3. Ed. Brasília: Ministério do Turismo, 2010. Disponível em: www.turismo.gov.br
260
mesmos desempenham a função de integrar os roteiros dentro de um mesmo conjunto
temático. O objetivo é que, ao possuir um atrativo âncora, que pode ser tanto parte do
patrimônio material quanto do imaterial, o roteiro se torne mais procurado e os demais
conteúdos culturais possam ser contemplados. A criação ou o fortalecimento desses
atrativos nos municípios da BTS seria um passo importante para a integração do turismo
náutico ao cultural.
Por fim, vale a pena ressaltar que os financiamentos e incentivos às atividades culturais são
fundamentais para que elas não apenas possam sobreviver, mas também possam ampliar o
alcance e a frequência da sua atuação. Muitas foram as reclamações quanto à falta de
financiamento das atividades culturais. Desde manifestações culturais, como o samba-de-
roda, passando por museus e instituições culturais, houve preocupação quanto à falta de
incentivo, de editais culturais, de recursos para a manutenção dos equipamentos culturais.
Neste sentido, seria importante desenhar políticas de incentivo que mantenha as atividades
culturais em pleno funcionamento, para que possam ser usufruídos pela sociedade, de
maneira geral, e pelo turismo de maneira particular.
5.4.3. O turismo náutico e cultural em perspectiva: desenvolvimento de produtos e
serviços agregados e associados como estratégia para o crescimento
O turismo náutico e o turismo cultural, de maneira geral, possuem características,
necessidades e estágios de desenvolvimento e dinâmicas próprias. As questões e
necessidades específicas de cada segmento já foram tratadas a priori, não sendo objetivo
desta seção tratar novamente do tema. As sugestões de produtos e serviços do turismo
náutico aqui tratadas, partem da discussão feita anteriormente ao longo do relatório do perfil
do turista da demanda atual na região da BTS e das atividades sugeridas na pergunta sobre
disposição a pagar, igualmente apresentadas e discutidas anteriormente.
A proximidade da Baía de Todos-os-Santos a uma ampla oferta de produtos e serviços
culturais nos municípios da BTS fazem com que a associação entre os dois segmentos de
turismo seja vista de forma estratégica: o turismo cultural desempenhando o papel de
segmento âncora frente ao turismo náutico em processo de desenvolvimento. Neste sentido,
sugere-se abaixo, os seguintes produtos e serviços:
261
a. Associar festas populares a eventos náuticos
Os municípios da Baía de Todos-os-Santos possuem um farto calendário de festas
populares ao longo de todo o ano14. Seria interessante criar ou incrementar eventos e
produtos náuticos durante estas festas. Algumas delas, já estão associadas ao mar, como é
o caso do dia de Yemanjá. É interessante idealizar produtos e atividades náuticas como
segunda opção para os visitantes que tiveram como motivação a participação nos festejos.
Instituir, por exemplo, a semana do mar na semana do dia de Yemanjá, podendo assim,
despertar o interesse dos fiéis para atividades de lazer e esportivas na Baía de Todos-os-
Santos, alongando a permanência dos turistas e despertando o interesse para as atividades
náuticas na BTS.
b. Realização de passeios culturais a partir de embarcações
Alguns prestadores de serviços entrevistados, especialmente guias de turismo que fazem a
interface entre o turismo náutico e o turismo cultural, nos apontaram a oportunidade de se
conhecer a história, a cultura e o patrimônio das cidades a partir das embarcações. Este tipo
de interação entre o náutico e o cultural, ao mesmo tempo que divulga o turismo náutico
reinventa o turismo cultural. Neste sentido, a sugestão é que possam ser
criados/incrementados roteiros tanto em Salvador, como em municípios como Cachoeira,
São Francisco do Conde e Jaguaripe, onde é possível visualizar o patrimônio cultural e a
história da cidade a partir das embarcações.
c. Criação e incremento de eventos e competições náuticas na BTS
Muitas atividades e esportes náuticos acontecem na BTS de forma ainda incipiente. Alguns
prestadores de serviços náuticos relataram uma série de atividades que poderiam ser ou
desenvolvidas ou incrementadas na Baía de Todos-os-Santos. A atividade de mergulho, por
exemplo, que conta com turistas cativos que viajam o mundo em busca de locais com boa
14 Ver, por exemplo, o calendário de festas populares nos municípios da BTS em http://www.bahia.com.br/viverbahia/festas-populares/
262
visibilidade para sua realização é uma dessas atividades15. Outras atividades e competições
esportivas, como stand-up paddle, vela, kite-surfing e fly board podem ser estimuladas
através da realização de competições nacionais e internacionais, o que aumenta a
divulgação e visibilidade da Baía de Todos-os-Santos.
Além das competições esportivas, a realização de eventos náuticos pode ser uma
importante fonte de divulgação e desenvolvimento do turismo náutico. A promoção de
eventos associados à temática náutica, como feira de embarcações nacionais e
internacionais, podem ser uma estratégia importante para o desenvolvimento do turismo
náutico.
d. Associar passeios náuticos à experiências turísticas culturais nos municípios
da BTS
O abundante patrimônio cultural, material e imaterial, nos municípios da BTS são elementos
que podem ser explorado turisticamente de maneira mais sistemática. A gastronomia, as
manifestações culturais, como o samba-de-roda, as festas populares, podem ser associadas
a atividades náuticas de forma agregada. Inclusive através da formatação de passeios do
tipo day-use, em que o turista passe o dia no município e posteriormente retorne ao
município em que está hospedado, como já acontece em São Francisco do Conde, por
exemplo. Vale lembrar que, de acordo com a pesquisa realizada, 20,9% dos visitantes
náuticos e culturais de Salvador são excursionistas ao passo que, nos demais municípios da
BTS, exceto Salvador, este valor sobe para 32,9%. É uma parcela considerável dos
visitantes por motivação náutica e cultural que pode ser melhor explorada através da
formatação de atividades e serviços que sejam oferecidos para os demandantes deste nicho
de mercado.
15 Especificamente no caso do mergulho, um dos entrevistados sugere, por exemplo, a realização de naufrágios artificiais como forma de gerar novos espaços náuticos para mergulho, ressaltando que poucos lugares urbanos no mundo contam com as características da BTS no que diz respeito à ótima visibilidade marinha e ao curto tempo de deslocamento até a area de mergulho.
263
e. Promover atrativos e roteiros culturais âncora nos municípios da BTS que
possam ser agregados ao turismo náutico.
Ainda como uma extensão do discutido no item anterior, é interessante que haja a promoção
de atrativos culturais em cada município da BTS de forma que a associação entre o turismo
náutico e cultural possa se realizar de maneira ainda mais sinergética. Neste sentido, vale a
pena desenvolver os atrativos âncora, tornando a cidade mais conhecida por ele, e também,
divulgando os demais atrativos que se tenha no destino. Para a roteirização, isso torna-se
primordial para despertar o interesse do turista em realizar o roteiro proposto, aumentando,
assim, o grau de adesão dos mesmos ao roteiro.
f. Realização de eventos coordenados nos municípios da região da BTS
Uma forma interessante de desenvolver o turismo náutico e cultural nos municípios da BTS
é a promoção de eventos com a mesma temática, que ocorram simultaneamente nos
municípios da BTS. Festivais gastronômicos ou festivais de artesanato local, por exemplo,
podem ser atrativos importantes idealizados a partir da ligação dos municípios da BTS. Tais
eventos poderiam ter o papel não apenas de integrar o turismo náutico ao cultural, mas
também o próprio turismo da região em si, que pode passar a ser visto de maneira mais
consolidada, como uma região turística integrada.
264
CAPA ANEXO
Anexos
265
ANEXO A – Questionário Demanda Atual Turistas
1. LOCAL de realização da pesquisa
( ) Atrativo turístico Cultural
( ) Atrativo turístico Náutico
( ) Proximidade de Bares e Restaurantes
( ) Proximidade da rede hoteleira
( ) Outras, especificar
2. MUNICÍPIO de realização da pesquisa
( ) Cachoeira,
( ) Ilha de Itaparica
( ) Jaguaripe,
( ) Maragojipe,
( ) Salinas da Margarida
( ) Salvador
( ) São Francisco do Conde
( ) Vera Cruz
3.
[Se Cachoeira]
Você reside em Cachoeira ou em alguma cidade próxima daqui, como: Amélia Rodrigues,
Candeias, Conceição da Feira, Conceição do Almeida, Coração de Maria, Cruz das Almas,
Feira de Santana, Itaparica, Madre de Deus, Maragojipe, Nazaré, Salina da Margarida,
Santo Amaro, Santo Estevão, São Gonçalo dos campos, São Francisco do
Conde, Saubara?
( ) Sim ( ) Não
266
[Se SIM, encerrar o questionário; se NÃO siga para a questão 4]
[Se Ilha de Itaparica]
Você reside em Itaparica ou em alguma cidade próxima daqui, como: Aratuípe, Cachoeira,
Camaçari, Candeias, Jaguaripe, Lauro de Freitas, Maragojipe, Mucuri, Nazaré, Salinas da
Margarida, Salvador, Santo Amaro, São Francisco do Conde, São Sebastião do Passé,
Saubara, Simões Filho, Salvador, Vera Cruz?
( ) Sim ( ) Não
[Se SIM, encerrar o questionário; se NÃO siga para a questão 4]
[Se Jaguaripe]
Você reside em Jaguaripe ou em alguma cidade próxima daqui, como: Aratuípe, Cairu,
Itaparica, Maragojipe, Nazaré, Salinas da Margarida, Salvador, Santo Antônio de Jesus,
Saubara, Valença, Vera Cruz?
( ) Sim ( ) Não
[Se SIM, encerrar o questionário; se NÃO siga para a questão 4]
[Se Maragojipe]
Você reside em Maragojipe ou em alguma cidade próxima daqui, como: Amélia Rodrigues,
Aratuípe, Cachoeira, Candeias, Conceição da Feira, Conceição do Almeida, Cruz das
Almas, Itaparica, Jaguaripe, Madre de Deus, Mucuri, Nazaré, Salinas da Margarida, Santo
Amaro, Santo Antônio de Jesus, São Francisco do Conde, São Gonçalo dos Campos,
Saubara ou Vera Cruz?
( ) Sim ( ) Não
[Se SIM, encerrar o questionário; se NÃO siga para a questão 4]
[Se Salinas da Margarida]
267
Você reside em Salinas da Margarida ou em alguma cidade próxima daqui, como:
Aratuípe, Cachoeira, Candeias, Conceição do Almeida, Cruz das Almas, Itaparica,
Jaguaripe, Madre de Deus, Maragojipe, Nazaré, Salvador, Santo Amaro, São Francisco do
Conde, Saubara, Simões Filho ou Vera Cruz?
( ) Sim ( ) Não
[Se SIM, encerrar o questionário; se NÃO siga para a questão 4]
[Se Salvador]
Você reside em Salvador ou em alguma cidade próxima daqui, como: Camaçari, Candeias,
Dias D’Ávila, Itaparica, Jaguaripe, Lauro de Freitas, Madre de Deus, Mucuri, Salinas da
Margarida, São Francisco do Conde, Saubara, Simões Filho ou Vera Cruz?
( ) Sim ( ) Não
[Se SIM, encerrar o questionário; se NÃO siga para a questão 4]
[Se São Francisco do Conde]
Você reside em São Francisco do Conde ou em alguma cidade próxima daqui, como:
Amélia Rodrigues, Cachoeira, Camaçari, Candeias, Catu, Conceição da Feira, Conceição do
Jacuípe, Coração de Maria, Cruz das Almas, Dias d’Ávila, Itaparica, Madre de Deus,
Maragojipe, Mata de São João, Pojuca, Salinas da Margarida, Salvador, Santo Amaro, São
Gonçalo dos Campos, São Sebastião do Passé, Saubara, Simões Filho ou Vera Cruz?
( ) Sim ( ) Não
[Se SIM, encerrar o questionário; se NÃO siga para a questão 4]
[Se Vera Cruz]
Você reside em Vera Cruz ou em alguma cidade próxima daqui, como: Aratuípe, Camaçari,
Candeias, Itaparica, Jaguaripe, Lauro de Freitas, Madre de Deus, Maragojipe, Mucuri,
Nazaré, Salinas da Margarida, Salvador, Santo Amaro, São Francisco do Conde, Saubara
ou Simões Filho?
268
( ) Sim ( ) Não
[Se SIM, encerrar o questionário; se NÃO siga para a questão 4]
4. Quantos dias, no total, você pretende ficar na cidade ou na região metropolitana?
( ) Só hoje ( ) De um dia para o outro ( ) 2 ( ) 3 ( ) 4 ( ) 5 ( ) 6 ( ) 7 ( ) 8 ( ) 9 ( ) 10 ( )
11 ( ) 12 ( ) 13 ( ) 14 ( ) 15 ( ) 16 ( ) 17 ( ) 18 ( ) 19 ( ) 20 ( ) 21 ( ) 22 ( ) 23 ( ) 24 ( )
25 ( ) 26 ( ) 27 ( ) 29 ( ) 29 ( ) 30 ( ) Mais de 30
[SALVADOR: Se ‘Só hoje’, encerrar questionário; caso contrário prossiga para questão 5;
DEMAIS MUNICÍPIOS: passar para questão 5]
5. Quais motivações trouxeram você para visitar a cidade? (Resposta Múltipla)
( ) Desfrutar/usufruir da cultura, da música, da culinária, do patrimônio histórico e cultural
e/ou das diferentes manifestações culturais da cidade
( ) Desfrutar/usufruir das atividades náuticas de esporte e/ou lazer, na Baía de Todos-os-
Santos, em barcos, veleiros, lanchas, iates
( ) Desfrutar/ usufruir das atividades náuticas de esporte e/ou lazer, na Baía de Todos-os-
Santos, como caiaque, windsurf, kitesurf, vela, catamarã, canoagem, stand up paddle, surf
entre outros.
( ) Estou visitando a cidade num cruzeiro
( ) Desfrutar de sol e praia na cidade
( ) Usufruir da natureza, ecoturismo ou aventura
( ) Outras atividades de lazer, férias ou recreação
( ) Visita a parentes e amigos
( ) Negócios e motivos profissionais ou de estudo
( ) Realização de tratamentos de saúde
( ) Religião, peregrinações
269
( ) Tripulações de aviões e de navios, utilizados para o transporte de passageiros; indivíduos
em transito e outros viajantes, etc
( ) Outros motivos, especificar__________
6. Dentre as motivações citadas, qual a que apontaria como a PRINCIPAL motivação para
visitar a cidade?
( ) Desfrutar/usufruir da cultura, da música, da culinária, do patrimônio histórico e cultural
e/ou das diferentes manifestações culturais da cidade
( ) Desfrutar/usufruir das atividades náuticas de esporte e/ou lazer, na Baía de Todos-os-
Santos, em barcos, veleiros, lanchas, iates.
( ) Desfrutar/ usufruir das atividades náuticas de esporte e/ou lazer, na Baía de Todos-os-
Santos, como caiaque, windsurf, kitesurf, vela, catamarã, canoagem, stand up paddle, surf
entre outros.
( ) Estou visitando a cidade num cruzeiro
( ) Desfrutar de sol e praia na cidade
( ) Usufruir da natureza, ecoturismo ou aventura
( ) Outras atividades de lazer, férias ou recreação
( ) Visita a parentes e amigos
( ) Negócios e motivos profissionais ou de estudo
( ) Realização de tratamentos de saúde
( ) Religião, peregrinações
( ) Tripulações de aviões e de navios, utilizados para o transporte de passageiros; indivíduos
em transito e outros viajantes, etc
( ) Outros motivos, especificar__________
[Se responder uma das 3 primeiras opções prossiga para a questão 7; caso contrário
encerre o questionário]
270
7. Como esta viagem foi organizada?
( ) Sem pacote: eu mesmo organizei
( ) Agências de viagens
( ) Empresa onde trabalha
( ) Cortesia, prêmio, convite
( ) Outros, especificar
8. Qual a PRINCIPAL fonte de informação utilizada para organizar esta viagem?
( ) Parentes e amigos
( ) Artigos em jornais e revistas
( ) Anúncios, campanhas publicitárias
( ) Feiras, eventos, congressos
( ) Agências de viagens
( ) Guias turísticos
( ) Televisão e/ou rádio
( ) Internet
( ) Outras, especificar
[Se INTERNET, passe para a questão 9; caso contrário passe para a 10]
9. Se INTERNET, qual a principal fonte de busca:
( ) Site do destino (webpage of destination)
( ) Site de turismo em geral
( ) Agência online (Ex. Decolar, booking,..)
( ) Mídias sociais (Ex. Tripadvisor, Facebook, ..)
271
( ) Sites de busca (Ex. Google)
( ) Outro, especificar
10. Dentre os atrativos abaixo, qual você pretende visitar ou já visitou:
Selecione o município
( ) Cachoeira,
( ) Ilha de Itaparica/Vera Cruz
( ) Jaguaripe,
( ) Maragojipe,
( ) Salinas da Margarida
( ) Salvador
( ) São Francisco do Conde
[ Se Cachoeira]
( ) Instituto Roque Araújo
( ) Casa de Samba de D. Dalva
( ) Fundação, Galeria e Museu Hansen Bahia
( ) Casa da Irmandade de Nossa Senhora da Boa Morte (manifestação cultural –
candomblé)
( ) Porto de Cachoeira
( ) Outros, especificar
[Se Ilha de Itaparica (Itaparica / Vera Cruz)]
( ) Forte de São Lourenço
( ) Centro Histórico de Itaparica
( ) Marina de Cacha-Pregos
( ) Marina de Itaparica
( ) Atracadouro do Duro Mar Grande
272
( ) Praia de Ponta da Areia
( ) Praia do Forte
( ) Praia do Garcez
( ) Praia da Ponta do Mocambo
( ) Praia Barra Grande
( ) Praia da Penha
( ) Terminal hidroviário de Mar Grande
( ) Outros, especificar
[ Se Jaguaripe]
( ) Centro Histórico
( ) Cadeia do Sal
( ) Casa do Ouvidor
( ) Praia de Mutá
( ) Praia Ponta dos Garzes
( ) Atracadouro de Jaguaripe
( ) Outros, especificar
[ Se Maragojipe]
( ) Santa Casa da Misericórdia
( ) Engenho e Forte da Salamina
( ) Casa Paroquial
( ) Atracadouro de Coqueiros
( ) Terminal de Cajá
( ) Praia do Pina
( ) Ponte do Caijá
( ) Praia de Ponta de Souza
( ) Praia da Enseadinha
( ) Praia de Coqueiros
( ) Outros, especificar
273
[Se Salinas da Margarida]
( ) Vila de Conceição de Salinas da Margarida
( ) Barra do Paraguaçu
( ) Ponta do Dourado
( ) Praia da Ponte
( ) Praia Grande
( ) Praia do Maia
( ) Atracadouro flutuante em Barra do Paraguaçu
( ) Terminal de Salinas da Margarida
( ) Outros, especificar
[ Se Salvador ]
( ) Centro Histórico
( ) Elevador Lacerda
( ) Forte Santo Antônio da Barra
( ) Igreja do Bonfim
( ) Museu náutico
( ) Museu Carlos Costa Pinto
( ) Pelourinho
( ) Farol da Barra
( ) Forte de Santa Maria
( ) Museu de Arte Moderna da Bahia
( ) Terminal Turístico Náutico de Salvador
( ) Porto de Salvador
( ) Outros, especificar
[Se São Francisco do Conde]
( ) Centro Histórico
274
( ) Monte Recôncavo
( ) Ilha das Fontes
( ) Ilha de Cajaíba
( ) Outros, especificar
11. Além deste, quais municípios visitou? ________
11.1. Quantos pernoites por município? (Caso tenha visitado sem pernoite, qual o nome
do município?) _____
12. Qual o principal meio de transporte utilizado pelo turista na Baía de Todos-os-Santos?
( ) Ônibus de linha ( ) automóvel próprio ( ) voo regular ( ) transporte hidroviário ( ) ônibus
fretado ( ) Automóvel alugado ( ) Uber ( ) Taxi ( ) Outros, especificar
13. Qual o nível de satisfação da viagem?
( )Muito satisfeito ( ) Satisfeito ( ) Nem satisfeito, nem insatisfeito ( ) Insatisfeito ( ) Muito
insatisfeito
14. Qual a avaliação que você faz da viagem em relação à:
Infraestrutura Urbana - ( ) Excelente ( ) Boa ( ) Médio ( ) Ruim ( ) Muito ruim
Infraestrutura turística - ( ) Excelente ( ) Boa ( ) Médio ( ) Ruim ( ) Muito ruim
Serviços turísticos - ( ) Excelente ( ) Boa ( ) Médio ( ) Ruim ( ) Muito ruim
15. Que tipo de atividade ou serviço turístico que você gostaria de fazer/realizar na cidade
mas não encontrou disponível? _________
15.1. E quanto você estaria disposto a pagar por esta atividade ou serviço
turístico?_________
16. Quais aspectos mais lhe agradaram na BTS?
( ) Hospitalidade do povo ( ) atrativos naturais ( ) atrativos histórico-culturais ( ) atrativos
náuticos ( ) praias ( ) infraestrutura e serviços turísticos ( ) clima ( ) Gastronomia ( ) Outros,
especificar
275
17. E quais aspectos da BTS considera negativos?
( ) Abordagem de vendedores e pedintes ( )Limpeza urbana ( ) infraestrutura e serviços
urbanos ( ) segurança ( ) trânsito ( ) preço ( ) Sinalização turística ( ) Hospedagem ( )
Serviços de alimentação (restaurantes, bares, lanchonetes..) ( ) Comércio ( ) Outros,
especificar
18. Sexo:
( ) Feminino
( ) Masculino
19. Qual a sua faixa etária?
( ) 18 a 24 anos ( ) 25 a 31 anos ( ) 32 a 40 anos ( ) 41 a 55 anos ( ) 56 a 59 anos
( ) Acima de 60 anos
20. Qual o seu grau de escolaridade?
( ) Sem instrução formal/ensino fundamental incompleto
( ) Ensino fundamental completo
( ) Ensino médio completo
( ) Superior Incompleto
( ) Superior completo
( ) Pós-graduação completo
( ) NS/NR
21. Qual sua ocupação profissional?
( ) Assalariado ( ) Autônomo ( ) Empresário ( ) Profissional Liberal ( ) Aposentado( )
Estudante ( ) Do Lar ( ) Outros, especificar
22. Qual é o seu estado civil?
276
( ) Solteiro
( ) Casado
( ) Viúvo
( ) Divorciado/Separado
( ) Outros, especificar
23. Com quem você está visitando a cidade?
( ) Sozinho
( ) Casal sem filhos
( ) Casal com filhos
( ) Com amigos
( ) Em família
( ) Em grupo organizado
( ) Colegas de trabalho
( ) Outros, especificar
24. Qual meio de hospedagem mais utilizado durante toda a viagem?
( ) Hotel
( ) Airbnb
( ) Apartamento ou Casa alugada exceto Airbnb
( ) Casa de amigos ou parentes
( ) Cama e café
( ) Albergue (Hostel)
( ) Barco, navio ou outro tipo de embarcação
( ) Outros:____________________________
277
25. Quantas vezes você visitou esta cidade, contando com esta viagem?
( ) 1 ( ) 2 ( ) 3 ( ) 4 ( ) 5 ( ) 6 ( ) 7 ( ) 8 ( )9 ( ) 10 ( ) Mais de 10 vezes
26. Quanto pretende gastar, no TOTAL, com esta viagem, EXCLUINDO as
passagens?________
26.1. Este gasto inclui quantas pessoas? (how many people this expenditure is for?) ( )
1 ( ) 2 ( ) 3 ( ) 4 ( ) 5 ( ) Outros, especificar
26.2. Seus gastos estão em qual moeda? (In which currency?)
( ) Reais ( ) Dólares (American dollars) ( ) Libras (Pounds) ( ) Peso Argentino ( )
Euro ( ) Outra, especificar________________
27. E especificamente com: (How much do you think will spend with: )
• Alimentos e Bebidas na sua viagem?(food and drink)___________
• E com hospedagem?(accomodation)__________
• E com artesanato? _________________
• E com outras compras?(shopping)___________
• E com outros tipos de gastos (Shows, Casas Noturnas, Diversão, Gastos
imprevistos)? Other types of spending [concerts, nightclubs, entertainment,
unforeseen expenditures]____________
28. Qual é o seu país de residência permanente?
( ) Brasil ( ) Alemanha ( ) Argentina ( ) Estados Unidos ( ) França ( ) Itália
( ) Outro país:____________________
[Se Brasil, passar para questão 29; caso contrário passar para questão 32]
29. Em qual Estado brasileiro você reside? (Which brazilian state do you live?)
( ) Acre ( ) Alagoas ( ) Amapá ( ) Amazonas ( ) Bahia ( ) Ceará ( ) Distrito Federal
( ) Espírito Santo ( ) Goiás ( ) Maranhão ( ) Mato Grosso ( ) Mato Grosso do Sul (
278
) Minas Gerais ( ) Paraná ( ) Paraíba ( ) Pará ( ) Pernambuco ( ) Piauí ( )
Rio de Janeiro ( ) Rio Grande do Norte ( ) Rio Grande do Sul ( ) Rondônia ( )
Roraima ( ) Santa Catarina ( ) Sergipe ( ) São Paulo ( ) Tocantins
[Se Bahia, passar para a questão 30; caso contrário passar para questão 31]
30. Se Bahia, reside em qual município:
( ) Amargosa ( ) Arraial DÁjuda ( ) Barra ( ) Barreiras ( ) Bom Jesus da Lapa
( ) Camamú/Maraú ( ) Canavieiras ( ) Canudos ( ) Caravelas ( ) Casa Nova ( ) Costa do
Sauípe ( ) Cruz das Almas ( ) Entre Rios ( ) Euclides da Cunha ( ) Ibicuí ( ) Ilha de
Comandatuba ( ) Ilhéus ( ) Imbassaí ( ) Itacaré ( ) Jequié ( ) Jiquiriçá ( ) Juazeiro ( )
Lençóis ( ) Macaúbas ( ) Maragojipe ( ) Monte Santo ( ) Mucugê ( ) Palmeiras ( ) Paulo
Afonso ( ) Piritiba ( ) Porto Seguro ( ) Prado ( ) Praia do Forte ( ) Rio de Contas ( )
Santa Cruz de Cabrália ( ) Santo Antônio de Jesus ( ) Senhor do Bonfim ( ) Serrinha (
) Trancoso ( ) Vitória da Conquista ( ) Outro, especificar
[Somente para residentes no Brasil]
31. Você poderia informar qual o valor total da sua renda familiar mensal?
( ) Até 3 Salários Mínimos (SM) (Até R$2.640)
( ) De 3 a 5 SM (R$2.640 a R$4.400)
( ) De 5 a 10 SM (R$4.400 a R$8.800)
( ) De 10 a 15 SM (R$8.800 a R$13.200)
( ) De 15 a 20 SM (R$13.200 a R$17.600)
( ) De 20 a 25 SM (R$17.600 a R$22.000)
( ) Acima de 25 SM ( Acima de R$22.000)
[Somente para estrangeiros]
32. Você poderia informar qual o valor total da sua renda familiar? (Could you inform us
what´s the total value of your household income) ________
279
32.1. Este valor é: (This value is:)
( ) anual (annual) ( ) mensal (month) ( ) outros_______
32.2. Este valor está em qual moeda?(In which currency?)
( ) Reais ( ) Dólares (American Dollars) ( ) Libras (Pounds) ( ) Peso Argentino ( )
Euro ( ) Outra:________________
33. Essa renda é para quantas pessoas?
( ) 1 ( ) 2 ( ) 3 ( ) 4 ( ) 5 ( ) 6 ( ) 7 ( ) 8 ( ) 9 ( ) 10 ( ) Outro, especificar
34. Você pretende retornar à esta cidade em outro momento?
( ) Sim ( ) Não ( )NS/NR
35. Indicaria esta cidade para amigos e parentes?
( ) Sim ( ) Não ( )NS/NR
36. Gostaria de deixar algum comentário final?
280
ANEXO B – Questionário Demanda Atual com Prestadores de Serviços
1. Município de realização da entrevista;
2. Tipo de Negócio;
3. Função do entrevistado no negócio;
4. Qual o perfil do turista que consome/utiliza os produtos ou serviços que você ou sua
empresa oferecem?
5. Que tipo de produto ou serviço este turista mais busca?
6. Quais os 3 principais produtos/serviços vendidos por você aos turistas?
7. Quais as principais dificuldades que você/sua empresa tem para vender o produto ou
serviço para este turista?
8. Que tipo de melhorias você acha que seriam necessárias para que suas vendas
aumentassem, tanto em relação ao seu próprio negócio quanto em relação às ações do
governo?
9. Possui parceria com algum outro estabelecimento do setor turístico? Qual?
10. Quantos clientes teve por ano, em média, considerando os últimos 2 anos? (se não
souber, informar os clientes por dia ou por mês)
11. Do total de clientes acima, qual o percentual aproximado de turistas que é atendido
por você/sua empresa?
12. Quais são suas expectativas para o estabelecimento nos próximos 5 anos
13. Você acha interessante a expansão do turismo para novas áreas da cidade caso
este espaço tenha condições de receber turistas? Sua empresa estaria disposta a oferecer
passeios ou prestar algum serviço nesta nova área se ela estiver em plenas condições de
ser oferecida aos turistas?
281
Fonte: Autoria Própria.
Fonte: Autoria Própria.
Foto 7 - Rio Paraguaçú.
Foto 6 - Convento do Carmo.
Fonte: Autoria própria
ANEXO C – Relatório Fotográfico
CACHOEIRA
Foto 5 - Pesquisadores de campo.
Fonte: Autoria Própria.
Fonte: Autoria Própria.
282
Foto 8 - Igreja Matriz do Santíssimo
Sacramento.
Foto 10 - Festa do caboclo. Foto 9 - Terminal Marítimo de Mar Grande.
Fonte: Autoria própria Fonte: Autoria própria
Fonte: Autoria própria
ITAPARICA/ VERA CRUZ
283
Foto 11 - Entrevista com prestador de serviços.
Foto 12 - Reserva Minguito.
Foto 13 - Rio Jaguaripe.
Fonte: Autoria própria Fonte: Autoria própria
Fonte: Autoria própria
JAGUARIPE
284
Foto 14 - Rio Paraguaçú.
Foto 16 - Câmara Municipal de Maragojipe.
Foto 15 - Casa Cultural de Maragojipe.
Fonte: Autoria própria
Fonte: Autoria própria
Fonte: Autoria própria
MARAGOJIPE
285
Foto 18 - Praia do Atracadouro.
Foto 17 - Igreja Nossa Senhora do
Carmo.
Foto 19 - Praia do Atracadouro.
Fonte: Autoria própria
Fonte: Autoria própria
Fonte: Autoria própria
SALINAS DA MARGARIDA
286
Foto 22 - Igreja Nosso Senhor do Bonfim.
Foto 20 - Pesquisadores de Campo.
Foto 21 - Farol da Barra.
Fonte: Autoria própria.
Fonte: Autoria própria.
SALVADOR
Fonte: Autoria Própria.
287
Foto 23 - Convento de Santo Antônio.
Foto 25 - Monte Recôncavo.
Foto 24 - Pesquisadores de Campo.
Fonte: Autoria própria
Fonte: Autoria própria
Fonte: Autoria própria
SÃO FRANSISCO DO CONDE
288