ESTUDO DAS PATOLOGIAS NAS ESTRUTURAS DA PONTE … · NBR 9452/2016 NÍVEL DE GRAVIDADE DA PATOLOGIA...

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www.postersession.com ESTUDO DAS PATOLOGIAS NAS ESTRUTURAS DA PONTE HONESTINO GUIMARÃES (ANTIGA PONTE COSTA E SILVA). UDF Brasília Jun. 19-23, 2017 Gamonal , Marcelo, UDF, Brasil Faleiro , Jerry, UDF, Brasil Rocha, Maysa , UDF, Brasil Silva, Juliano Rodrigues da , UDF, Brasil [email protected] Esta artigo tem como objetivo estudar as principais patologias que ocorreram e ocorrem na Ponte Honestino Guimarães (Antiga Ponte Costa e Silva) desde sua criação até os dias de hoje, fornecendo subsídios para manutenções periódicas e futuras. Foram definidas as linhas de pesquisa das patologias com a análise estrutural da estrutura e as demais partes da ponte, verificando as características dos materiais utilizados na época e comparando com os materiais utilizados atualmente, a função das peças estruturais, arcos, pilares, tabuleiro, estais, apoios e fundações. Métodos Conclusão Foram utilizados fotografias atuais das diversas patologias encontradas na ponte em questão, e comparadas à referencia bibliográfica adquirida, dentre elas estudos recentes sobre tais patologias. DESAGREGAÇÃO DO CONCRETO: É a deterioração, por separação de partes do concreto, provocada, em geral, pela expansão devido à oxidação ou dilatação das armaduras, e também pelo aumento de volume do concreto quando este absorve água. Pode ocorrer também devido às movimentações estruturais e choques. Introdução Patologias nas estruturas da ponte Figura 1 - Ponte Honestino Guimarães.(Foto do Autor, 2016). Figura 5 - Rampa de acesso lado norte da Av. das Nações com detalhe ao lado.Fonte: (Foto do Autor, 2016). Projetada pelo arquiteto Oscar Niemayer em 1967, a ponte Honestino Guimarães, antes denominada Ponte Costa e Silva, em homenagem a este general, foi planejada para obter-se uma ligação rápida entre o Setor Residencial da Península Sul e a área central de Brasília . Para a época, foi considerada uma das mais complexas obras do país, pois venceu um vão de 200 metros no gênero viga reta, tendo comprimento total de 400 metros. Da elaboração até sua conclusão, houve vários contratempos, o que deixou a obra paralisada por um longo período (FONSECA, 2007). Histórico sobre a ponte FISSURAS: São aberturas que afetam a superfície do elemento estrutural tornando-se um caminho rápido para a entrada de agentes agressivos à estrutura. (GONÇALVES, 2015). Figura 3 Arrumação dos cabos sobre flutuadores. Fonte: (VASCONCELOS, 2009) Figura 4 - Vista lateral sul aproximada entre P3 e P4. (Foto do Autor, 2016) Figura 2 Esquema da localização dos pilares conforme proximidade com as margens. Fonte: (Fonseca, 2007) Neste artigo, pode ser observado que a maioria das patologias encontradas ainda não está em um estágio avançado, o que não acarreta perigo para os usuários que da ponte se utilizam. Mas há locais onde o grau de avanço das patologias é alto, o que pode comprometer com a segurança e o conforto, além da estabilidade e durabilidade da ponte. Para os casos mais avançados das patologias encontradas, as entidades públicas apresentem soluções viáveis, tais como a restauração ou troca da estrutura danificada por nova estrutura, agindo de maneira urgente e com eficiência na implementação de tais estruturas. Além disso, a necessidade de continuidade destas inspeções, como forma de monitoramento das patologias já detectadas, e suporte para a realização e planejamento de um programa de manutenções periódicas, levando em consideração critérios de prioridade de intervenção, de manutenção e de inspeção. Resultados e Discussão LOCAL NBR 9452/2016 NÍVEL DE GRAVIDADE DA PATOLOGIA FISSURAS Vista lateral sul aproximada antes de P2 4 Vista lateral norte aproximada antes de P4 4 Vista lateral sul aproximada em cima de P2 3 Vista lateral norte aproximada em cima de P3 3 Rampa de acesso lado norte da Av. das Nações com detalhe ao lado 2 CARBONATAÇÃO Vista lateral norte aproximada antes de P3 4 Vista lateral sul aproximada no vão central 4 Vista lateral\inferior norte aproximada no vão central 4 Vista lateral\inferior norte aproximada no vão central 4 DESAGREGAÇÃO Vista lateral sul aproximada entre P3 e P4 3 Vista lateral norte entre P1 e P2 com detalhe 4 Aterro sendo assoreado no lado norte próximo á rampa de acesso do lado do SHIS 3 TABELA 1 Classificação das patologias encontradas. Figura 6 - Vista lateral\inferior norte aproximada no vão central. Fonte: (Foto do Autor, 2016). CARBONATAÇÃO E EFLORECÊNCIA: É a transformação do hidróxido de cálcio, com alto PH, em carbonato de cálcio, que tem um PH mais neutro. Já a eflorescência é a formação de depósitos salinos na superfície do concreto, resultante da água de infiltrações ou intempéries. Esses sais constituintes podem ser agressivos e causar desagregação profunda, além da modificação do aspecto visual na estrutura, pois há um contraste de cor entre os sais e o substrato sobre os quais se depositam (GONÇALVES, 2015). Referencias Bibliográficas ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas) NBR 9452 - Inspeção de pontes, viadutos e passarelas de concreto - Procedimento, 2016. FONSECA, Roger P da. A ponte de Oscar Niemeyer em Brasília: Construção, Forma e Função Estrutural Mestrado em Arquitetura e Urbanismo pela UNB, 2007 GONÇALVES, Eduardo A. B., Estudo de patologias e suas causas nas estruturas de concreto armado de obras de edificações graduação em Engenharia Civil pela UFRJ, 2015 VASCONCELOS, Augusto C. de, Revista concreto e construção Obras emblemáticas: a Construção da Ponte Costa e Silva no lago Paranoá, ano 37,n° 55 ,2009

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ESTUDO DAS PATOLOGIAS NAS ESTRUTURAS

DA PONTE HONESTINO GUIMARÃES

(ANTIGA PONTE COSTA E SILVA).

UDFBrasília

Jun. 19-23, 2017

Gamonal, Marcelo, UDF, Brasil

Faleiro, Jerry, UDF, Brasil

Rocha, Maysa, UDF, Brasil

Silva, Juliano Rodrigues da, UDF, Brasil

[email protected]

Esta artigo tem como objetivo estudar as principais patologias que ocorreram eocorrem na Ponte Honestino Guimarães (Antiga Ponte Costa e Silva) desde suacriação até os dias de hoje, fornecendo subsídios para manutenções periódicas efuturas. Foram definidas as linhas de pesquisa das patologias com a análise estruturalda estrutura e as demais partes da ponte, verificando as características dos materiaisutilizados na época e comparando com os materiais utilizados atualmente, a funçãodas peças estruturais, arcos, pilares, tabuleiro, estais, apoios e fundações.

Métodos

Conclusão

Foram utilizados fotografias atuais das diversas patologias encontradas na ponte em

questão, e comparadas à referencia bibliográfica adquirida, dentre elas estudos

recentes sobre tais patologias.

DESAGREGAÇÃO DO CONCRETO:

É a deterioração, por separação de partes

do concreto, provocada, em geral, pela

expansão devido à oxidação ou dilatação

das armaduras, e também pelo aumento

de volume do concreto quando este

absorve água. Pode ocorrer também

devido às movimentações estruturais e

choques.

Introdução

Patologias nas estruturas da ponte

Figura 1 - Ponte Honestino Guimarães.(Foto do Autor, 2016).

Figura 5 - Rampa de acesso lado norte da Av. das Nações com detalhe ao lado.Fonte: (Foto do Autor, 2016).

Projetada pelo arquiteto Oscar Niemayer

em 1967, a ponte Honestino Guimarães,

antes denominada Ponte Costa e Silva, em

homenagem a este general, foi planejada

para obter-se uma ligação rápida entre o

Setor Residencial da Península Sul e a

área central de Brasília .

Para a época, foi considerada uma das

mais complexas obras do país, pois

venceu um vão de 200 metros no gênero

viga reta, tendo comprimento total de 400

metros. Da elaboração até sua conclusão,

houve vários contratempos, o que deixou

a obra paralisada por um longo período

(FONSECA, 2007).

Histórico sobre a ponte

FISSURAS: São aberturas que afetam a superfície do elemento estrutural tornando-se um

caminho rápido para a entrada de agentes agressivos à estrutura. (GONÇALVES, 2015).

Figura 3 – Arrumação dos cabos sobre

flutuadores. Fonte: (VASCONCELOS, 2009)

Figura 4 - Vista lateral sul aproximada entre

P3 e P4. (Foto do Autor, 2016)

Figura 2 – Esquema da localização dos pilares conforme proximidade com

as margens. Fonte: (Fonseca, 2007)

Neste artigo, pode ser observado que a maioria das patologias encontradas ainda não está

em um estágio avançado, o que não acarreta perigo para os usuários que da ponte se

utilizam. Mas há locais onde o grau de avanço das patologias é alto, o que pode

comprometer com a segurança e o conforto, além da estabilidade e durabilidade da ponte.

Para os casos mais avançados das patologias encontradas, as entidades públicas apresentem

soluções viáveis, tais como a restauração ou troca da estrutura danificada por nova

estrutura, agindo de maneira urgente e com eficiência na implementação de tais estruturas.

Além disso, há a necessidade de continuidade destas inspeções, como forma de

monitoramento das patologias já detectadas, e suporte para a realização e planejamento de

um programa de manutenções periódicas, levando em consideração critérios de prioridade

de intervenção, de manutenção e de inspeção.

Resultados e Discussão

LOCALNBR

9452/2016

NÍVEL DE

GRAVIDADE DA

PATOLOGIA

FISSURAS

Vista lateral sul aproximada antes de P2 4

Vista lateral norte aproximada antes de P4 4

Vista lateral sul aproximada em cima de P2 3

Vista lateral norte aproximada em cima de P3 3

Rampa de acesso lado norte da Av. das Nações com

detalhe ao lado2

CARBONATAÇÃO

Vista lateral norte aproximada antes de P3 4

Vista lateral sul aproximada no vão central 4

Vista lateral\inferior norte aproximada no vão central 4

Vista lateral\inferior norte aproximada no vão central 4

DESAGREGAÇÃO

Vista lateral sul aproximada entre P3 e P4 3

Vista lateral norte entre P1 e P2 com detalhe 4

Aterro sendo assoreado no lado norte próximo á

rampa de acesso do lado do SHIS3

TABELA 1 – Classificação das patologias encontradas.

Figura 6 - Vista lateral\inferior norte

aproximada no vão central. Fonte: (Foto do

Autor, 2016).

CARBONATAÇÃO E EFLORECÊNCIA: É

a transformação do hidróxido de cálcio, com

alto PH, em carbonato de cálcio, que tem um

PH mais neutro.

Já a eflorescência é a formação de depósitos

salinos na superfície do concreto, resultante da

água de infiltrações ou intempéries. Esses sais

constituintes podem ser agressivos e causar

desagregação profunda, além da modificação do

aspecto visual na estrutura, pois há um contraste

de cor entre os sais e o substrato sobre os quais

se depositam (GONÇALVES, 2015).

Referencias BibliográficasABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas) NBR 9452 - Inspeção de pontes, viadutos e passarelas

de concreto - Procedimento, 2016.

FONSECA, Roger P da. A ponte de Oscar Niemeyer em Brasília: Construção, Forma e Função

Estrutural – Mestrado em Arquitetura e Urbanismo pela UNB, 2007

GONÇALVES, Eduardo A. B., Estudo de patologias e suas causas nas estruturas de concreto armado de

obras de edificações – graduação em Engenharia Civil pela UFRJ, 2015

VASCONCELOS, Augusto C. de, Revista concreto e construção – Obras emblemáticas: a Construção da

Ponte Costa e Silva no lago Paranoá, ano 37,n° 55 ,2009