Estudo Das Angulações e Inclinações Dentárias Em Brasileiros

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UNIVERSIDADE METODISTA DE SÃO PAULO FACULDADE DE ODONTOLOGIA ORTODONTIA ESTUDO DAS ANGULAÇÕES E INCLINAÇÕES DENTÁRIAS EM BRASILEIROS, LEUCODERMAS COM OCLUSÃO NORMAL NATURAL ADRIANO CESAR TREVISI ZANELATO São Bernardo do Campo 2003

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UNIVERSIDADE METODISTA DE SÃO PAULO

FACULDADE DE ODONTOLOGIA

ORTODONTIA

ESTUDO DAS ANGULAÇÕES E INCLINAÇÕES DENTÁRIAS EM

BRASILEIROS, LEUCODERMAS COM OCLUSÃO NORMAL NATURAL

ADRIANO CESAR TREVISI ZANELATO

São Bernardo do Campo2003

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UNIVERSIDADE METODISTA DE SÃO PAULO

FACULDADE DE ODONTOLOGIA

ORTODONTIA

ESTUDO DAS ANGULAÇÕES E INCLINAÇÕES DENTÁRIAS EMBRASILEIROS, LEUCODERMAS COM OCLUSÃO NORMAL NATURAL

ADRIANO CESAR TREVISI ZANELATO

Orientadora: Profa. Dra. Liliana Ávila Maltagliati

São Bernardo do Campo2003

Dissertação apresentada à Faculdade deOdontologia da Universidade Metodista de SãoPaulo, como parte dos requisitos para obtenção doTítulo de MESTRE pelo programa de Pós-Graduação em ODONTOLOGIA, Área deConcentração – Ortodontia.

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DEDICATÓRIA

A DEUS, pela saúde.

A minha esposa Rosana, 

pelo apoio, pela compreensão, pelo amor, pelo carinho, que foramfundamentais para a realização deste trabalho. Obrigado por terassumido o papel, em alguns momentos, de mãe, educadora, amiga epai.....dos nossos filhos.Dedico a você este trabalho e o meu amor.

Aos meus filhos Gabriel, Julia e Isabela,

motivos de estímulo e alegria. Tão pequenos, mas tão compreensivosem entender o motivo de minha ausência.

Aos meus pais, Reginaldo e Maria Clélia

a quem devo minha formação, pessoas que dedicam suas própriasvidas, para que seus filhos realizem seus sonhos.

A meu irmão Reginaldo

pessoa incansável em estimular-me a crescer e substituto na hora deminha ausência. Grande pessoa e grande caráter.

A meu irmão André

motivo de alegria e companheirismo nesta jornada, algo digno de umirmão. Pessoa com um futuro promissor e de grandes iniciativas.

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Ao Prof. Hugo J. Trevisi, 

eterno professor, grande estimulador, exemplo a seguir na Ortodontia,pela sua dedicação e amor a essa ciência, a quem devo minha formaçãoprofissional.

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AGRADECIMENTOS ESPECIAIS

Ao Coordenador,

Prof. Dr. Marco Antônio Scanavini, eternamente grato por meacolher no Curso de Pós-Graduação da Universidade Metodista,abrindo-me as portas para a pesquisa. Obrigado pelacompreensão, amizade demonstrada e orientação, dignas dosgrandes seres humanos.Meu eterno agradecimento e espero um dia ser útil o suficientepara lhe retribuir minha gratidão.

A Orientadora,

Profa. Dra. Liliana Ávila Maltagliati, além de mestre, amiga, egrande orientadora, sempre demonstrou muita competência edisponibilidade em ensinar e educar. Trata a ciência com rigor eseriedade. Seus trabalhos certamente ocuparão um belo lugar na

história. Com muita emoção, agradeço-lhe a amizade e aoportunidade de aprendizado na área da pesquisa. Grande partedeste trabalho só foi possível, graças a sua orientação.Minha eterna gratidão.

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AGRADECIMENTOS

Ao Reitor Prof. Dr. Davi Ferreira Barrospela oportunidade de freqüentar o Curso de Mestrado em Ortodontianesta conceituada Instituição.

Ao Vice-Reitor Acadêmico Prof. Dr. Clóvis Pinto de Castropela forma cordial que recebe os alunos, incentivando-os no caminho dapesquisa.

Ao Diretor da Faculdade de Odontologia Prof. Dr. Savério Mandettapelos ensinamentos na área da Oclusão Estática e Funcional, mostrandoa grande importância dessa disciplina na Ortodontia.

Leonora Maria Prado Novaes,pessoa de grande inteligência, capaz de tornar uma idéia em realidade,tornando assim um sonho real. Parabéns por esta capacidade einteligência.

Michelle Trevisi de Araújopela contribuição na correção do Português e da tradução dos textos emInglês. Sempre preocupada em fazer o melhor possível.

Aos professores,Dr. Savério Mandetta, Dra. Silvana Bommarito, Dra. Maria HelenaFerreira Vasconcelos, Dra. Cássia Lopes de Alcântara Gil obrigado pelasorientações e pela amizade.

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Aos colegas de turma,Osvaldo, Márcio, André Urbano, Rogério, Beto, Dudu, Fabio, Denise,Maria, Regina, Mary e André pela amizade e carinho que passamos juntos durante estes dois anos de sonhos, nervosismos, tensões,alegrias e engrandecimentos pessoais, e que todas estas lembranças eamizades sejam eternas.

Aos funcionários,Ana, Edilson, Célia, Marilene e Rosângela, obrigado por estarem sempredispostos a nos ajudar, tornando assim nossa caminhada mais

agradável.

Turma do paliteiro,Osvaldo, Márcio, André, Reginaldo e André Urbano as quartas-feirasforam de muitas alegrias.........

Ao Prof. Dr. José Roberto Pereira Lauris,Sempre mostrou disposição na orientação e realização do trabalhoestatístico presente nesta pesquisa.

Aos amigos Fernando e Diego,Responsáveis pela digitalização e formatação de parte desta obra. Emalguns momentos foram mais de simples funcionários, foram realmentegrandes amigos.

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VIII

LISTA DE TABELAS

TABELA 5.1 – Valores, em graus, das médias de angulação iniciais(T1) e repetidas (T2) dos dentes superiores, diferençadas médias, valor de “t”, valor de “p” para o errosistemático e valor do erro casual de Dahlberg................ 80

TABELA 5.2 – Valores, em graus, das médias de angulação iniciais(T1) e repetidas (T2) dos dentes inferiores, diferençadas médias, valor de “t”, valor de “p” para o errosistemático e valor do erro casual de Dahlberg................ 81

TABELA 5.3 – Valores, em graus, das médias de inclinação iniciais(T1) e repetidas (T2) dos dentes superiores, diferençadas médias, valor de “t”, valor de “p” para o erro

sistemático e valor do erro casual de Dahlberg................ 81

TABELA 5.4 –   Valores, em graus, das médias de inclinação iniciais(T1) e repetidas (T2) dos dentes inferiores, diferençadas médias, o valor de “t”, o valor de “p” para o errosistemático e valor do erro casual de Dahlberg................ 82

TABELA 5.5 – Médias, em graus, dos valores da angulação einclinação, desvio padrão, valor máximo e valor

mínimo do arco dentário superior ................................... 83

TABELA 5.6 – Médias, em graus, dos valores da angulação einclinação, desvio padrão, valor máximo e valormínimo do arco dentário inferior ..................................... 83

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IX

TABELA 5.7 – Comparação, em graus, dos valores das angulações

das coroas dentárias superiores, da pesquisa deANDREWS com os valores encontrados, diferença,valor de “t” e valor de “p” .................................................84

TABELA 5.8 – Comparação, em graus, dos valores das angulaçõesdas coroas dentárias inferiores, da pesquisa deANDREWS com os valores encontrados, diferença,valor de “t” e valor de “p”.................................................. 86

TABELA 5.9 –   Comparação, em graus, dos valores das inclinaçõesdas coroas dentárias superiores, da pesquisa deANDREWS com os valores encontrados, diferença,valor de “t” e valor de “p”.................................................. 88

TABELA 5.10 – Comparação, em graus, dos valores das inclinaçõesdas coroas dentárias inferiores, da pesquisa deANDREWS com os valores encontrados, diferença,valor de “t” e valor de “p”.................................................. 90

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XI

FIGURA 4.10 - Detalhe da Calibração da Haste em forma de “Cruz”A – Esquadro perpendicular à mesa em L e paralelo àponta ativa da haste em forma de “cruz”B – Haste em forma de “cruz” posicionada para a

medição da inclinação da coroa dentária............................ 71

FIGURA 4.11 – A – Garfo do articulador calibradoB – Modelo de gesso posicionado com o plano oclusalparalelo à mesa em L .........................................................72

FIGURA 4.12 – Marcação do longo eixo das coroas dentárias.................... 73

FIGURA 4.13 – A – Longo eixo da coroa dentária paralelo ao riscocentral da lente de aumentoB – Mesa em L rotacionada................................................73

FIGURA 4.14 – Detalhe da angulação positiva no canino e daangulação negativa no primeiro pré-molar e nosegundo molar.................................................................... 74

FIGURA 4.15 – A – Haste em forma de “cruz” posicionada paramedição da inclinaçãoB – Haste para a medição das inclinações das coroasdentárias............................................................................. 75

FIGURA 4.16 – A – Ponta ativa posicionada no centro da coroadentáriaB – Ponta paralela e tangente ao longo eixo da coroadentáriaC – Mesa em L rotacionada............................................... 76

FIGURA 4.17 – A – Inclinação dentária negativaB – Inclinação dentária positiva .......................................... 77

FIGURA 5.1 – Comparação dos valores das angulações das coroasdentárias do incisivo central, incisivo lateral e caninosuperiores com os valores propostos por ANDREWS........ 84

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XI I

FIGURA 5.2 – Comparação dos valores das angulações das coroasdentárias dos pré-molares superiores com os valorespropostos por ANDREWS ..................................................85

FIGURA 5.3 – Comparação dos valores das angulações das coroasdentárias dos molares superiores com os valorespropostos por ANDREWS ..................................................85

FIGURA 5.4 – Comparação dos valores das angulações das coroasdentárias do incisivo central, incisivo lateral e caninosinferiores com os valores propostos por ANDREWS.......... 86

FIGURA 5.5 – Comparação dos valores das angulações das coroasdentárias dos pré-molares inferiores com os valorespropostos por ANDREWS ..................................................87

FIGURA 5.6 – Comparação dos valores das angulações das coroasdentárias dos molares inferiores com os valorespropostos por ANDREWS ..................................................87

FIGURA 5.7 – Comparação dos valores das inclinações das coroasdentárias do incisivo central, incisivo lateral e caninosuperiores com os valores propostos por ANDREWS........ 88

FIGURA 5.8 – Comparação dos valores das inclinações das coroasdentárias dos pré-molares superiores com os valorespropostos por ANDREWS ..................................................89

FIGURA 5.9 – Comparação dos valores das inclinações das coroasdentárias dos molares superiores com os valorespropostos por ANDREWS ..................................................89

FIGURA 5.10 – Comparação dos valores das inclinações das coroasdentárias do incisivo central, incisivo lateral e caninoinferiores com os valores propostos por ANDREWS.......... 90

FIGURA 5.11 – Comparação dos valores de inclinação das coroasdentárias dos pré-molares inferiores com os valores

propostos por ANDREWS ..................................................91

FIGURA 5.12 – Comparação dos valores de inclinação das coroasdentárias dos molares inferiores com os valorespropostos por ANDREWS ..................................................91

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XI I I

LISTA DE ABREVIATURA

T1 - Medida inicial

T2 - Medida repetida

- Média

DP - Desvio Padrão

VMX - Valor Máximo

VMIN - Valor Mínimo 

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ZANELATO, ADRIANO C. T. Estudo das angulações e inclinações dentárias embrasileiros, leucodermas com oclusão normal natural.

RESUMO

A presente pesquisa tem como objetivo estudar os valores numéricos da

angulação e da inclinação das coroas dentárias em brasileiros leucodermas e

compará-las com os valores médios apresentados por Andrews.

A amostra constituiu-se de 60 indivíduos, com faixa etária compreendida

entre 12 e 21 anos, de ambos os sexos. Estes indivíduos apresentam oclusão

normal natural e nunca foram submetidos a qualquer tipo de intervenção ortodôntica.

As medições de angulação (mésio-distal) e inclinação (vestíbulo-lingual)

foram obtidas com o auxílio de um dispositivo, especialmente desenvolvido para esta

pesquisa.

Após a coleta dos dados e aplicação do tratamento estatístico,

concluímos que a angulação das coroas dentárias, tanto superior, quanto inferior,

apresenta em sua grande maioria, angulação positiva, ou seja, a porção cervical

encontra-se mais distal em relação à porção incisal/oclusal. Somente o segundo

molar superior e o incisivo lateral inferior apresentaram angulação negativa. O grau

de angulação variou para cada tipo de dente.

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11  IINNTTRROODDUUÇÇÃOO 

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  2I N T R O D U Ç O 

1 Introdução

A Ortodontia, uma especialidade da Odontologia, surgiu a partir de

atividades empíricas, com poucos fundamentos biológicos, no final do século

XIX, evoluindo para atividades apoiadas em evidências comprovadas

cientificamente na atualidade.

Alguns autores destacaram-se nessa evolução, dentre eles

EDWARD HARTLEY ANGLE11  que, em 1899, publicou, na “Revista Dental

Cosmos”, um artigo onde propôs um método para classificação das más

oclusões e que tornou os problemas ortodônticos melhor compreendidos e

explicados.

Em 1928, ANGLE12  viria novamente a se destacar, quando

apresentou o aparelho ortodôntico Edgewise, fato responsável pelo maior

impulso dado à evolução científica da Ortodontia. Recebeu a ajuda

incontestável de seu ex-aluno e amigo Charles H. Tweed, a quem foi

transferido a incumbência de aprimorar e divulgar o aparelho Edgewise.

Esse aparelho foi a base de várias pesquisas e aperfeiçoamentos da técnica

ortodôntica, até chegarmos ao aparelho ortodôntico pré-ajustado,

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  3I N T R O D U Ç O 

desenvolvido após uma pesquisa realizada por LAWRENCE F. ANDREWS3 

em 1970. Andrews estudou a angulação, a inclinação, a proeminência, o

comprimento e a largura de cada coroa dentária, definindo desse modo, o

padrão ideal de cada dente para um paciente com uma boa oclusão natural.

Após analisar detalhadamente cada coroa dentária, a prescrição

de braquetes pré-ajustados foi definida, incorporando em cada peça todas

as informações colhidas em sua pesquisa, o que tornaria possível posicionar

cada dente, através de uma mecânica ortodôntica de arcos retos, em uma

boa oclusão. Esse novo aparelho foi denominado Straight-Wire. O aparelho

Edgewise não apresenta esses recursos, portanto o tratamento ortodôntico é

direcionado pelo arco, onde o profissional realiza dobras artísticas para

conduzir os dentes a uma boa posição. Dessa forma, o pensamento é

diferente, ou seja, o mais importante na mecânica é o arco, enquanto que

para o aparelho desenvolvido por ANDREWS3, os braquetes se tornaram a

chave do tratamento.

O aparelho pré-ajustado delega aos braquetes a incorporação das

angulações e inclinações inerentes de cada elemento dentário. As

prescrições ora existentes baseiam-se em dados coletados do trabalho de

ANDREWS3, em americanos e com metodologia simples.

A escassez de pesquisas sobre o tema na literatura, tanto nacional

como internacional, e desenvolvimento de meios mais precisos de

mensuração das angulações e inclinações dentárias, motivou-nos a realizar

um trabalho semelhante ao apresentado por Andrews, onde pesquisaremos

a angulação e a inclinação de cada coroa dentária de 60 indivíduos com

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  4I N T R O D U Ç O 

oclusão normal natural, porém com outra metodologia. Para tal pesquisa

será utilizado um dispositivo especialmente desenvolvido para realizar as

mensurações.

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22  RREEVVIISS OO DDAA LLIITTEERRAATTUURRAA 

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  6R E V I S O D A L I T E R A T U R A

2 Revisão da Literatura

Foi a obsessão pela ordem que motivou EDWARD HARTELY

ANGLE12  a introduzir em 1928 o aparelho tipo Edgewise. ANGLE12 

acreditava que a Ortodontia estava sendo praticada de maneira bastante

individualista, havendo várias maneiras de se tratar um paciente, deste

modo, após algumas tentativas e experiências, mudou o desenho dos

aparelhos da época, colocando a ranhura no centro e na horizontal, tornando

o aparelho mais preciso e eficiente, principalmente no controle de torque. A

ranhura foi disposta horizontalmente e confeccionada em 0,022 X 0,028

polegadas, esse novo sistema foi denominado aparelho Edgewise. ANGLE12 

preconizava que esse novo aparelho ortodôntico deveria apresentar algumas

propriedades: ser simples, estável, eficiente, delicado e discreto.

Quanto à movimentação ortodôntica, ANGLE13 em 1929, ensinava

que o movimento de segunda ordem ou o movimento de angulação distal de

todos os dentes, em um, ou em ambos os arcos dentários, deveriam ser

alcançados por forças elásticas derivadas de arcos metálicos finos, quando

inseridos nos braquetes, e que para fins fisiológicos e mecânicos, é

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  7R E V I S O D A L I T E R A T U R A

aconselhável que as dobras de segunda ordem sejam feitas em conjunto

com as dobras de primeira ordem, afim de melhorar o controle de

ancoragem e diminuir o tempo ativo de tratamento. Preconizava que nenhum

mecanismo ativo do tratamento deveria permanecer passivo após iniciar a

movimentação dentária. Forças muito leves, que se tornam inoperantes,

deveriam ser evitadas pelos ortodontistas, pois tais forças, assim como a

passividade dos arcos, não permitem movimentos dentários. Considerou que

o torque que corresponde à força inserida no arco por meio de dobras de

terceira ordem, traria vários benefícios aos tratamentos, mas ainda era

pouca conhecida e utilizada e para que tais forças fossem conseguidas,

deveriam ser utilizados fios de boa qualidade.

Como pequeno indício do que seria a Ortodontia moderna em

relação aos braquetes, HOLDAWAY22 em 1952 visando diminuir as dobras

nos fios, pioneiramente preconizou uma leve angulação nos braquetes, com

o intuito de substituir as dobras de segunda ordem realizadas no fio

ortodôntico, simplificando o manuseio dos arcos e, conseqüentemente,

levando a bons resultados clínicos, com menores esforços. Finalizou citando

as vantagens do princípio das angulações nos braquetes: como auxiliar no

paralelismo das raízes próximas ao espaço das extrações, como um método

que estabelece uma unidade de ancoragem posterior por meio da angulação

distal dos seus componentes e como um meio de posicionamento artístico

dos dentes.

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  8R E V I S O D A L I T E R A T U R A

JARABAK25  em 1960, salientou que os objetivos de um

tratamento ortodôntico são estética facial, harmonia funcional e estabilidade,

e que seus tratamentos ortodônticos almejam: movimentos dentários que

não agridem o ligamento periodontal e o osso alveolar, que posicionem os

dentes dentro do osso apical e que obtenham uma oclusão funcional que

estabilize o tratamento. Esses são, segundo o autor, os objetivos da filosofia

de Tweed. Salientou que segue essa filosofia, porém com algumas

exceções. A primeira delas corresponde à força de ancoragem, pois

preconizou forças leves e não intermitentes, obtidas com fios redondos,

bastante resilientes. A segunda relaciona-se ao movimento em grupo dos

incisivos superiores, na redução da classe II. Em seus pacientes, utilizou

braquetes angulados em dois planos no espaço, a angulação mésio-distal,

preconizada por HOLDAWAY22  (1952), que torna a mecânica de segunda

ordem possível nos arcos leves e, a angulação nas canaletas dos braquetes,

que torna a mecânica de terceira ordem (torque) possível com arcos

retangulares. Comentou que emprega, com freqüência, a mecânica de

terceira ordem para o posicionamento artístico dos dentes posteriores e para

retração dos incisivos superiores, preconizando uma inclinação de 22° para

os incisivos centrais superiores e 17°  para os incisivos laterais, que auxilia

no tratamento da classe II, com o uso de elásticos. Para os caninos,

recomendou braquetes convencionais; para os pré-molares e molares, uma

inclinação de 7° e, para todos os dentes inferiores, uma inclinação de 7° com

exceção do segundo molar que propôs 15°.

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  10R E V I S O D A L I T E R A T U R A

Segundo ANDREWS4 em 1972, tão importante quanto o novo

sistema de braquete, foi a observação de seis características, presentes nos

120 modelos normais não ortodônticos, que serviram de base para seus

estudos. Essas características presentes de maneira consistente, foram

denominadas de “Seis Chaves para uma Oclusão Normal” e serviram como

base para o desenvolvimento do aparelho Straight-Wire. São elas:

1) Relação Molar: A superfície distal da cúspide disto-vestibular

do primeiro molar permanente superior faz contato e oclui com a superfície

mesial da cúspide mésio-vestibular do segundo molar inferior. A cúspide

mésio-vestibular do primeiro molar permanente superior oclui com o sulco

entre as cúspides mesial e mediana do primeiro molar inferior. (Os caninos e

pré-molares desfrutam de uma relação cúspide-ameia vestibularmente, e

uma relação cúspide-fossa lingualmente).

2) Angulação da coroa: Em dentes que ocluem corretamente, a

porção cervical do longo eixo da coroa situa-se por distal da porção incisal

deste eixo. O grau de angulação varia para cada tipo de dente.

3) Inclinação da coroa: Considera-se a inclinação da coroa como

o ângulo formado entre uma linha perpendicular ao plano oclusal e outra

tangente ao centro da coroa clínica, variando em grau positivo ou negativo

de acordo com cada grupo de dente, assim, a inclinação das coroas dos

dentes anteriores superiores é positiva (porção incisal mais vestibular que a

porção cervical), e suficiente para permitir um posicionamento distal correto

dos pontos de contatos dos dentes superiores em sua relação com os

dentes inferiores, permitindo assim, uma oclusão correta das coroas

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  11R E V I S O D A L I T E R A T U R A

posteriores. Em dentes superiores posteriores (de caninos até molares), há

uma inclinação lingual da coroa dentária (porção oclusal mais lingual que a

porção cervical). Essa inclinação é constante e similar de canino até

segundo pré-molar, e ligeiramente mais pronunciada nos molares. Em

dentes inferiores posteriores (de caninos até molares), a inclinação das

coroas é lingual, aumentando progressivamente dos caninos até os

segundos molares.

4) Rotação: os dentes não devem possuir rotações indesejáveis.

5) Contatos: na ausência de discrepâncias dentárias, a relação de

pontos de contato devem ser normais.

6) Curva de Spee: um plano oclusal reto é a meta de um bom

tratamento. Nos modelos normais, não tratados, a Curva de Spee não

ultrapassou 1,5 mm de profundidade quando medida a partir da cúspide

mais proeminente do segundo molar inferior até o incisivo central.

ROTH41  salientou em 1975, que alterou alguns valores da

prescrição de braquetes do sistema Straight-Wire original, para produzir uma

prescrição universal que poderia ser utilizada em um grande número de

pacientes. A prescrição eliminou a necessidade de se colocar dobras nos

fios finais para atingir uma leve sobrecorreção das posições dos dentes no

final da terapia com o aparelho. A partir dessas posições, levemente

sobrecorrigidas, os dentes se acomodarão nas posições normais não-

ortodônticas não-tratadas e com uma alta porcentagem de regularidade. Em

outras palavras, a prescrição foi idealizada para as posições dos dentes a

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  12R E V I S O D A L I T E R A T U R A

serem obtidas na conclusão da terapia de aparelho fixo. Esse objetivo é

específico para posições de dentes sobrecorrigidos, antes da remoção do

aparelho e foi provado funcionar eficientemente.

Sendo assim, ROTH definiu a sua prescrição de braquetes com os

seguintes valores:

Arco Superior

Dente 1 2 3 4 5 6 7

Angulação 5°  9°  13°  0°  0°  0°  0° 

Inclinação 12°  8°  -2°  -7°  -7°  -14°  -14° 

Arco Inferior

Dente 1 2 3 4 5 6 7

Angulação 2°  2°  7°  -1°  -1°  -1°  -1° 

Inclinação -1°  -1°  -11°  -17°  -22°  -30°  -30° 

Preocupado com a filosofia do aparelho Straight-Wire,

ANDREWS5  em 1975,  realizou um outro estudo onde alertou que um

tratamento ortodôntico com o aparelho Straight-Wire, necessita englobar

mais que somente o aparelho original. Devido ao nome do aparelho, os

ortodontistas subentendem que o tratamento com o aparelho Straight-Wire

não apresenta dobras nos fios, entretanto, muitas vezes, dobras precisam

ser efetuadas. Comentou que o aparelho Straight-Wire foi desenvolvido para

casos sem extrações, situação que se aplica para mais ou menos metade

dos pacientes, no entanto, acabou sendo utilizado também, para casos com

extrações, demandando assim, a aplicação de dobras de primeira ordem,

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  13R E V I S O D A L I T E R A T U R A

para evitar rotações e, dobras de segunda ordem, para que não ocorresse

excesso de angulações.

Os braquetes Straight-Wire também foram desenvolvidos para

casos com extração, dentro dos conceitos de angulação, torque e dobras de

primeira ordem. Foram adicionados a estes braquetes duas funções não

encontradas no aparelho Straight-Wire original, que são, os dispositivos anti-

angulação e anti-rotação.

ANDREWS, explicou que Steiner relatou muito bem que a

inclinação dos incisivos deve estar diretamente relacionada com o ANB do

paciente, e que este, após o tratamento, é facilmente previsto para a maioria

dos pacientes.

O novo desenho de braquetes do aparelho Straight-Wire vem ao

encontro destes conceitos, oferecendo aos ortodontistas três desenhos de

braquetes para os incisivos superiores e inferiores, em relação à inclinação

das coroas dentárias. Conjunto A, para ANB maior de 5°, conjunto S, para

ANB entre 0° e 5° e conjunto C, para ANB menor que 0°.

Conjunto A( ANB > 5° )

Conjunto S( ANB de 0 à 5° )

Conjunto C( ANB < 0° )

Dentes 2 1 1 2 2 1 1 2 2 1 1 2InclinaçãoSuperior

-2°  2°  2°  -2°  3°  7°  7°  3°  8°  12°  12°  8° 

Inclinação

Inferior

4°  4°  4°  4°  -1°  -1°  -1°  -1°  -6°  -6°  -6°  -6° 

Também foram feitas modificações para os caninos superiores.

Aos braquetes modelo “minimum” foi adicionado 2° de angulação, obtendo-

se assim, angulação final de 13°, com 2° de anti-rotação. Este braquete foi

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aparelho, diminuem a manipulação do arco, possibilitando um movimento

dentário mais direto, diminuindo o tempo de correção e melhorando os

resultados finais.

Descreveu que a origem do aparelho Straight-Wire e as

“Seis Chaves de Oclusão Normal” estão inter-relacionadas, e a razão que o

levou a iniciar o pensamento de idealizar um novo aparelho ortodôntico foi

que, ao freqüentar reuniões de Ortodontia, passou a observar padrões

oclusais e posicionamentos dentários diversos nos modelos pós-tratamento.

Apesar de apresentarem melhora, quando comparados às condições iniciais,

ANDREWS não encontrava explicação para as variações entre os diversos

casos de um mesmo ortodontista, nem para as evidentes diferenças no

tratamento de um profissional para outro. Considerava muito fácil perceber

as diferenças, porém não podia perceber qual padrão oclusal estaria correto

e nem o melhor profissional. Dessa forma, um estudo sobre oclusão normal

e a situação da Ortodontia parecia-lhe um ótimo tema para uma tese.

Realizou um outro trabalho, comparando 1150 modelos de

pacientes tratados por renomados ortodontistas, entre os anos de 1965 e

1971, observando a presença das Seis Chaves. Concluiu que ocorriam

diferenças significantes entre o melhor da natureza e o melhor da

Ortodontia, e a ausência de qualquer uma das “Seis Chaves” pressagiava

outros problemas. O autor afirmou também que as seis características

passaram a constituir o objetivo do tratamento em mais de 90% dos

pacientes atendidos por ortodontistas americanos. Segundo o autor, o

aparelho Straight-Wire foi desenvolvido para conseguir as qualidades

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oclusais encontradas nos modelos normais não tratados ortodonticamente,

ou seja, o melhor da natureza.

Ainda em 1976, ANDREWS8  apresentou quatro casos clínicos

tratados sem extrações dentárias, utilizando o protótipo do aparelho padrão

Straight-Wire, sendo que, em cada braquete, já encontravam-se embutidas

características específicas que possibilitavam conduzir os dentes à obtenção

das seis chaves de oclusão ótima e permitindo o uso de fios ortodônticos

sem dobras. Concluiu que as metas foram atingidas e, principalmente, as

corretas posições dentárias, exigidas pela oclusão normal estática e

funcional. Portanto, o novo aparelho demonstrava excelentes perspectivas

para o uso clínico. Afirmou que a oclusão de dentes opostos pode ser

controlada e dirigida corretamente através das angulações e inclinações das

coroas dentárias.

Em outro trabalho ANDREWS9  em 1976, salientou que a técnica

Straight-Wire apresentava os braquetes “standard” que possuem angulação,

inclinação e as dobras de primeira ordem, na base ou na canaleta, e os

braquetes para o tratamento de casos com extrações, que além de possuir

os mesmos recursos dos braquetes “standard”, possuem os dispositivos

anti-angulação e anti-rotação. Isto é necessário porque não tem condições

de aplicar uma força no centro de resistência do dente. Os novos braquetes

para extração apresentaram uma situação que equilibra os efeitos durante o

movimento de translação. Além do mais, foi inserido nos braquetes

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  18R E V I S O D A L I T E R A T U R A

sobrecorreção, pois quando se remove o aparelho, recidivas naturais

tendem a movimentar o dente para a posição final desejada.

Observou que, quando se utilizam braquetes de não extração,

em tratamentos com extrações dentárias, é necessária a inclusão de dobras

nos fios para finalização do tratamento.

A aceitação do aparelho Straight-Wire foi notória e um dos

profissionais que colaborou na sua divulgação e evolução foi ROTH42, que

em 1976 considerou que ANDREWS3 em sua pesquisa dos 120 modelos de

oclusão normal natural conseguiu desenvolver um aparelho Edgewise

híbrido. Depois de usar os protótipos do aparelho Straight-Wire em

aproximadamente 30 casos, alterou toda sua rotina de trabalho utilizando

somente o novo aparelho, pois avaliou que o aparelho Straight-Wire

apresentava várias vantagens que auxiliavam na obtenção de uma boa

oclusão funcional e uma boa finalização ortodôntica. As vantagens do

aparelho Straight-Wire seriam: fácil confecção e instalação dos arcos, menor

quantidade de procedimentos, melhor controle na posição dos dentes,

melhores resultados, menor tempo de tratamento, maior conforto para o

paciente, completo fechamento dos espaços, mais precisão no

posicionamento dos braquetes e maior controle nos casos cirúrgicos.

ROBERT MURRAY RICKETTS38 em 1976, idealizador da Terapia

Bioprogressiva explicou que essa terapia representa uma evolução da

técnica Edgewise pois as mudanças propostas tornariam a técnica mais

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  19R E V I S O D A L I T E R A T U R A

flexível e versátil. Estudos realizados em pacientes e em crânios de oclusão

normal, associado à experiência clínica, determinaram a prescrição da

técnica Bioprogressiva.

RICKETTS apresentou a seguinte prescrição padrão em relação à

angulação:

- Incisivo Lateral Superior = 8° 

- Canino Superior = 5° 

- Canino Inferior = -5° 

- Primeiro Molar Inferior = -5° 

Para os demais braquetes, a angulação deverá ser de 0°.

Em relação à inclinação, RICKETTS prescreveu os seguintes

valores:

- Incisivo Central Superior = 22° 

- Incisivo Lateral Superior = 14° 

- Canino Superior = 7° 

- Canino Inferior = 7° 

Para o torque total e triplo controle da Bioprogressiva, com

exceção nos casos de extração dos primeiros pré-molares, recomendou:

- Segundo Pré-molar Inferior = 14° 

- Primeiro Molar Inferior = 22° 

Para os demais dentes, recomendou 0° de torque.

RICKETTS explicou sua prescrição salientando que 22° de torque

para o incisivo central superior pode parecer excessivo, entretanto, o torque

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  20R E V I S O D A L I T E R A T U R A

só será totalmente expresso, se for utilizado um arco retangular ou quadrado

durante todo o tratamento, e recomendou que fosse realizada uma

sobrecorreção para pacientes com más oclusões classe II divisão 2, ou com

ângulo interincisivos de 125° ou menos. Quanto ao incisivo lateral superior,

inicialmente o torque recomendado era de 17° e a angulação de 5°, porém,

com a experiência, alterou essa prescrição para 14°  de torque e 8°  de

angulação.

No segmento posterior inferior, recomendou torque progressivo, de

forma que o primeiro pré-molar seja posicionado verticalizado em relação ao

plano oclusal e, a partir do segundo pré-molar, que a coroa encontra-se mais

para lingual. Na pesquisa encontrou de 20° a 25° de torque para o primeiro

molar inferior, recomendando a prescrição de 22°, havendo, em média, uma

diferença de 10° de torque entre o primeiro e o segundo molar. Considerou

que o torque nas raízes dos molares inferiores é muito importante para uma

ancoragem apropriada na técnica Bioprogressiva.

Definindo a relação da idealização do aparelho Straight-Wire com

as Seis Chaves de Oclusão Normal, ANDREWS7, em 1976, explicou que a

pesquisa nos 120 modelos foi realizada para conseguir um melhor

entendimento da oclusão. Originalmente não houve a intenção de se

desenvolver um novo aparelho, porém a necessidade se tornou evidente, e a

sua utilização serviu para melhorar os resultados, e facilitar o trabalho dos

ortodontistas. Porém, salientou que este não é um conceito novo,

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  21R E V I S O D A L I T E R A T U R A

HOLDAWAY22 começou a angular os braquetes, Lee introduziu o torque e

JARABAK25 recomendou angulação e torque nos braquetes.

Enumerou algumas das vantagens de se utilizar os arcos retos

durante o tratamento: os dentes são automaticamente levados para a

posição desejada; mesmo que o paciente falte à consulta, não ocorre

movimentações indesejadas e, a angulação e a inclinação dos braquetes

simplifica o trabalho dos ortodontistas.

Entretanto, em 1977, ROTH43 , analisando os resultados

ortodônticos de seus últimos sete anos de clínica, cujos modelos foram

transferidos com exatidão ao articulador anatômico, constatou existirem

problemas de ordem funcional, mesmo em casos que pareciam bem

sucedidos ortodônticamente. Afirmou que essas discrepâncias não são

evidentes em apreciações estáticas dos modelos de estudos, mas são

detectadas em articuladores ou intra-oralmente. Sendo assim, promoveu

uma grande reformulação na prescrição original do aparelho Straight-Wire.

Apesar de todas as pesquisas realizadas para determinação do

desenho dos braquetes Straight-Wire, um trabalho com comparadores óticos

realizado por DELLINGER20 em 1978, em que utilizou 50 casos ortodônticos

tratados com os aparelhos ortodônticos atuais, mostrou que existem

variações anatômicas e, conseqüentemente, a adaptação do braquete na

superfície vestibular dos dentes leva a desvios indesejáveis nas inclinações

e angulações dos elementos dentários. Observou, ainda, que os aparelhos

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  22R E V I S O D A L I T E R A T U R A

ortodônticos atuais são inadequados à realidade dos tratamentos e sugeriu

sua construção com base nas estruturas dentárias portadoras das más

oclusões.

Desde a sua introdução na Ortodontia, o aparelho Straight-Wire

passou a ser objeto de várias pesquisas e MEYER & NELSON34 em 1978,

avaliaram a aplicação dos princípios biomecânicos dos aparelhos pré-

ajustados. Concluíram que embora essas inovações signifiquem evoluções e

progressos na Ortodontia, o aparelho Straight-Wire dependia de uma série

de cuidados na montagem como, por exemplo, seguir as recomendações do

fabricante, usar fios compatíveis com o encaixe dos braquetes e atentar para

os recursos de ancoragem. Além disso, sua utilização depende da

experiência e perícia de cada profissional, pois cada posicionamento

incorreto dos braquetes utilizados, induzirá a erros nas angulações e

inclinações das coroas dentárias.

Uma preocupação relatada por MAGNESS28 em 1978, referiu-se à

suposta simplicidade e a eficiência dos aparelhos pré-ajustados. Questionou

a uniformidade das superfícies vestibulares, em função da padronização dos

braquetes, na busca de posições dentárias ideais. Segundo o autor, Angle

poderia chamar os aparelhos pré-ajustados de, “a última novidade e o

melhor”, mas considerou inevitável que o próprio aparelho pré-ajustado

necessitará de mudanças. Talvez essas mudanças virão no campo dos

materiais dos braquetes e fios, com arcos mais elásticos e forças leves e

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  24R E V I S O D A L I T E R A T U R A

poderiam ser posicionados no início do tratamento. O segundo fator seria a

conseqüência do tamanho dos braquetes, referente ao controle mésio-distal

das raízes. Caninos e pré-molares depois do fechamento de espaços, em

casos com extrações, requeriam mecanismos eficientes de verticalização.

Como solução para este problema, preconizou o uso de canaletas verticais

para arcos auxiliares. O terceiro fator a ser considerado refere-se à

topografia da face lingual dos dentes. Por causa das superfícies côncavas e

convexas, a quantidade de torque imposta pelo braquete tem que ser muito

eficiente. Qualquer pequena mudança na colagem no sentido ocluso-

gengival, pode produzir grandes alterações no torque. Este problema no

posicionamento, segundo relatou, poderia ser resolvido com o uso da

colagem indireta. Porém, se uma peça se soltasse durante o tratamento, ou

se por algum motivo alguns dentes não puderem ser colados, o ortodontista

deveria efetuar a colagem direta.

O quarto e último fator a ser considerado é a instalação, e a

remoção dos arcos. Uma solução satisfatória que propôs é o posicionamento

incisal/oclusal dos arcos. O uso de canaletas verticais, permitiria o uso de

pinos para melhorar a retenção dos arcos. Recomendou a utilização dos

braquetes de Begg, porque satisfazem esses critérios, porém são muito

estreitos e com as canaletas na vertical. Com relação ao tempo de cadeira,

mesmo que no início a técnica lingual pareça ser mais demorada, com a

experiência, o tempo se reduz, tornando-se o mesmo da técnica vestibular.

A técnica lingual apesar de não ser indicada ainda para todos os pacientes,

pode se tornar uma rotina, na maioria dos consultórios.

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  25R E V I S O D A L I T E R A T U R A

Retornando à Ortodontia vestibular, naturalmente outras prescrições

de braquetes foram desenvolvidas e ALEXANDER2 em 1983, idealizou uma

nova prescrição, relatando que em seus tratamentos já utilizava angulação

nos braquetes e selecionava as alturas das colagens das peças, desde

1968. Em relação ao torque, teria definido a quantidade a ser inserida aos

braquetes, quantificando o torque apresentado no arco retangular utilizado

nos tratamentos ortodônticos bem finalizados. A canaleta empregada é de

.018” e trabalha com fio retangular .017” X .025”. Dessa forma, há uma folga

de 4° entre o fio e o braquete, que pode resultar, ao final do tratamento, em

um torque 4° a mais a ou menos. O objetivo da angulação dos braquetes é

de posicionar as coroas numa posição axial ideal, buscando o paralelismo

das raízes, posicionando-as de maneira estética e funcional. Considerava

mais adequado posicionar os braquetes em referência ao longo eixo da

coroa, por ser mais simples, aumentando a possibilidade de acerto. Assim

ALEXANDER definiu sua prescrição de braquetes.

Arco Superior

Dente 1 2 3 4 5 6 7

Angulação 5°  8°  10°  10°  10°  0°  0° 

Inclinação 14°  7°  -3°  -7°  -7°  -10°  -10° 

Arco Inferior

Dente 1 2 3 4 5 6 7

Angulação 2°  2°  6°  0°  0°  -6°  0° 

Inclinação -5°  -5°  -7°  -11°  -17°  -22°  0° ou -27° 

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Os braquetes da Ortodontia Lingual foram descritos por

ALEXANDER1 em 1982, como sendo de aço inoxidável, variando de largura

de acordo com cada dente e, como há grande variedade da anatomia

lingual, pode-se fazer uma adaptação adicional no laboratório em cada

dente, preparando-os para a colagem indireta. Os braquetes apresentam

uma canaleta de .018”, e deveriam permanecer paralelos ao plano oclusal,

com variados graus de torque, angulação e espessura, como exemplo:

- Incisivo Central Superior - Primeiro Pré-molar Superior

Torque: 68°  Torque: 17° 

Angulação: 5°  Angulação: 0° 

Em relação ao posicionamento dos braquetes, VIGORITO50  em

1984, salientou que os braquetes poderão ser posicionados paralelamente

às bordas incisais ou oclusais dos dentes, ou então, formando um ângulo em

relação a essas bordas (braquetes angulados). As angulações poderiam ser

disto-cervical e disto-oclusal.

Nos dentes anteriores, salientou que as angulações (disto-

cervicais) teriam por finalidade, permitir, ao final do tratamento, no sentido

mésio-distal, a obtenção das inclinações corretas do longo eixo das coroas

dentárias (posicionamento artístico), e que nos dentes posteriores, as

angulações (disto-oclusais), quando empregadas em todos os elementos

dentários, visam incliná-los em direção distal, durante a fase de nivelamento,

objetivando um preparo de ancoragem. Assim, os valores por ele

preconizados para a angulação dos dentes anteriores superiores foram de 3º

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  28R E V I S O D A L I T E R A T U R A

posicionamento artístico, dessa forma, eliminando as dobras de segunda

ordem. Preconizou para o arco superior, a seguinte angulação: incisivo

central 3°, incisivo lateral 4

°, canino 6

°, pré-molares e molares -3

°. Para o

arco dentário inferior, o autor preconizou a angulação de: incisivos 0°, canino

5° e pré-molares e molares, 0° a -5°, dependendo do controle de ancoragem

inferior.

Um estudo realizado sobre as alterações no comprimento dos

arcos dentários utilizando braquetes com angulação e inclinação, foi

desenvolvido por HUSSELS & NANDA23  em 1987. Para isso, uma fórmula

matemática foi desenvolvida e os resultados demonstrados de forma

numérica e gráfica. Os autores concluíram que a altura e a largura de um

dente pode aumentar ou diminuir os efeitos da angulação e que o

posicionamento vertical dos braquetes tem papel importante no movimento

do torque. Concluíram, que a interação entre angulação e inclinação causam

pequenas mudanças no comprimento dos arcos dentários.

ROTH44  em 1987 descreveu que o aparelho Straight-Wire tornou

acessível comercialmente em 1970, e houve um excitamento muito grande

sobre este aparelho, em relação ao tempo de tratamento e aos resultados

obtidos, assim também, como o tempo de atendimento pelo ortodontista. Em

1973, estava claro que o aparelho Straight-Wire teria um grande impacto no

mercado ortodôntico, e mais e mais, as indústrias teriam que acompanhar

essa tendência, ou pelo menos não ficarem atrás, em uma situação que o

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  29R E V I S O D A L I T E R A T U R A

aparelho Straight-Wire seria utilizado em um futuro próximo, pela maioria

dos ortodontistas.

O autor citou que isto contribuiu muito para o progresso do

aparelho Straight-Wire, e que encontramos o correto desenho dos

braquetes, necessário para levar os dentes para a posição desejada, pois as

canaletas alinhadas e paralelas umas às outras com o plano oclusal oferece

angulação, torque, rotação e as dobras de primeira ordem .

Provavelmente em 1973, os ortodontistas entendiam mais do

aparelho Straight-Wire, do que em 1987, o que o levou a utilizar o aparelho

Straight-Wire em 1970, quando Andrews forneceu o primeiro jogo de

protótipos dos braquetes.

Originalmente, o aparelho Straight-Wire foi desenhado para o

tratamento de casos sem extrações, com o ANB preferencialmente menor

que 5°. Mais tarde, ANDREWS5 introduziu diferentes séries e jogos de

braquetes para casos com extrações, ANB diferentes e casos que requerem

ancoragem. Desenvolveu uma classificação especial das más oclusões e

prescreveu várias séries de braquetes para o tratamento de cada dente

permitindo a translação sem a necessidade de dobras e também permitindo

sobrecorreções que evitariam recidivas.

Quando a série de braquetes para extração se tornaram

disponíveis, tornou-se claro que o estoque de material seria um problema.

Desde que a mecânica não estava de acordo com a prescrição

existente, ROTH começou a considerar a possibilidade de uma outra

prescrição, com uma série de peças que apresentavam sobrecorreções, que

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tornaria aplicável à maioria dos casos. Assim, preconizou um torque extra

para os incisivos superiores de 5°. Conseqüentemente, para o canino

superior, recomendou um torque menos negativo, devido ao off-set existente

entre o canino e os incisivos. O canino superior recebeu, também, uma

angulação a mais para distal de 2° e uma rotação de 2° para mesial. Para os

pré-molares, preconizou uma angulação de 0° e rotação de 2°. Os molares

superiores receberam prescrição de rotação de 14°  (duas vezes o

encontrado em pacientes com oclusão normal) e um torque vestibular de raiz

de 14° ( 5° a mais que o normal).

Quanto aos incisivos inferiores, a prescrição foi a mesma que para

os pacientes com oclusão normal. Para os caninos inferiores, preconizou 7° 

de angulação para mesial e 2°  de rotação distal, para os molares e pré-

molares 3° de angulação para distal a mais que o normal e 4°  de rotação.

Esses dentes são comumente posicionados mais para a mesial que os

superiores e simultaneamente, rotacionados mais para mesial, portanto,

necessitam uma rotação extra para distal.

Uma outra prescrição de braquetes surgiu em 1987, projetada por

HILGERS21  tendo como objetivo a simplificação da Terapia Bioprogressiva.

Os valores por ele preconizado foram:Arco Superior

Dente 1 2 3 4 5 6 7

Angulação 5°  8°  10°  0°  0°  0°  0° 

Inclinação 22°  14°  7°  -7°  -7°  -10°  -10° 

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  31R E V I S O D A L I T E R A T U R A

Arco Inferior

Dente 1 2 3 4 5 6 7

Angulação 0°  0°  5°  0°  0°  -5°  -5° 

Inclinação -1°  -1°  7°  -11°  -17°  -27°  -27° 

Em relação aos incisivos superiores, o autor explicou que o valor

do torque lingual da raiz, alguns clínicos julgavam excessivo, mas é

necessário para se conseguir um ângulo interincisivos de aproximadamente

126°. Entretanto, nem todos os casos devem ter este ângulo, mas o torque

se expressa quando um arco reto de calibre total é instalado. Se for

necessário diminuir o torque, considerou ser mais fácil instalar um fio menos

calibroso ou um fio redondo, em vez de reduzir o torque no fio retangular.

Definiu que, no braquifacial o torque é mais necessário, já nos

dolicofaciais, são casos que freqüentemente necessitam de extrações, e

portanto, é importante impedir a perda do torque durante o fechamento dosespaços e a acentuação do torque lingual das raízes são apropriados nas

maiorias dos casos.

Em relação aos caninos, do ponto de vista estético, a

inclinação vestibular do canino superior é importante em relação à comissura

labial. Outro dado que considerou importante foi o relacionamento do canino

com o incisivo lateral, que é influenciado pelo diferencial relativo do torque.

O torque diferencial entre os dois segmentos (14°  e 7°) deve ser mantido

para a integridade do contorno da superfície labial.

A diferença do torque dos pré-molares em relação ao torque dos

molares assegura que as raízes dos pré-molares superiores se posicionem

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ligeiramente em direção lingual, sendo suportadas pelo osso cortical do

palato. Salientou que um braquete mais espesso para o segundo pré-molar

não se faz necessário em casos sem extração, já que a rotação do primeiro

molar posiciona o segundo pré-molar mais para vestibular.

Preconizou que o torque dos incisivos inferiores, assim como o

dos incisivos superiores deveriam variar com o tipo facial. Assim, um torque

de -1°  reserva bastante flexibilidade para o aumento ou a diminuição do

torque, conforme seja necessário para o tipo dolicofacial ou braquifacial.

Por fim, verificou que a inclinação do canino inferior em relação

ao canino superior é suficiente para criar uma orientação preliminar para a

desoclusão. As faces vestibulares inclinadas, com um ligeiro torque lingual

da raiz, facilita este movimento.

No final do década de 80, RICKETTS e GUGINO39 apresentaram

uma evolução da técnica Bioprogressiva, desenvolvendo 3 conjuntos de

braquetes: um conjunto para o braquifacial, outro para o mesiofacial e outro

para o dolicofacial, pois cada um, segundo salientaram, apresenta arcos

dentários típicos. As novas fórmulas para esses tratamentos foram

denominadas de proversão, neutroversão e retroversão.

A fórmula proversão foi indicada para pacientes braquifaciais e

deveria ser utilizada para pacientes que apresentam mordida profunda

severa, más oclusões de classe II, divisão 2 e para algumas classe II,

divisão1.

Apresentaram a fórmula proversão com a seguinte prescrição:

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Arco Superior

Dente 1 2 3 4 5 6 7

Angulação 3°  10°  7°  0°  0°  0°  -5° 

Inclinação 22°  14°  7°  0°  0°  0°  0° 

Arco Inferior

Dente 1 2 3 4 5 6 7

Angulação 0°  2°  2°  0°  0°  -5°  -5° 

Inclinação 0°  0°  4°  -6°  -14°  -24°  -34° 

A fórmula neutroversão foi indicada para pacientes mesofaciais

e deveria ser utilizada para casos de classe I com mordida profunda ou

mordida aberta anterior moderada.

Apresentaram a seguinte prescrição para essa fórmula:

Arco Superior

Dente 1 2 3 4 5 6 7

Angulação 3°  10°  7°  0°  0°  0°  -5° 

Inclinação 17°  11°  5°  0°  0°  0°  0° 

Arco Inferior

Dente 1 2 3 4 5 6 7

Angulação 0°  2°  2°  0°  0°  -5°  -5° 

Inclinação 0°  0°  2°  -6°  -14°  -24°  -34° 

A fórmula retroversão foi elaborada para pacientes dolicofaciais,

ou seja, para produzir verticalização dos incisivos superiores. Também foi

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indicada para pacientes com maxilares atrésicos e portadores de classe II

divisão 1 com indicação para uso de elásticos.

Para essa fórmula prescreveram os seguintes valores:

Arco Superior

Dente 1 2 3 4 5 6 7

Angulação 3°  10°  7°  0°  0°  0°  -5° 

Inclinação 12°  8°  3°  0°  0°  -5°  -5° 

Arco Inferior

Dente 1 2 3 4 5 6 7

Angulação 0°  2°  2°  0°  0°  -5°  -5° 

Inclinação 0°  0°  0°  -6°  -14°  -29°  -39° 

O desenvolvimento do aparelho Straight-Wire original como se

sabe, foi amplamente pesquisado e ANDREWS10 publicou um livro em 1989,

onde salientou que milhares de medidas foram realizadas nas coroas

dentárias da amostra de 120 modelos de oclusão normal, para o

desenvolvimento do primeiro aparelho pré-ajustado. A finalidade do estudo

foi determinar a posição correta dos dentes no arco dentário e, de certa

maneira, a forma constante de cada tipo de dente e o tamanho relativo

deste, dentro de cada arco. Sendo assim, essas descobertas forneceram

dados para o desenho do novo aparelho com as seguintes medidas: área do

braquete de cada tipo de dente, contorno vertical da coroa, angulação da

coroa, inclinação da coroa, compensação do molar superior, contorno

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horizontal da coroa, proeminência vestibular de cada coroa e profundidade

da curva de Spee.

Em cada coroa dentária, dos 120 modelos de oclusão normal,

foram marcados o eixo vestibular da coroa clínica (EVCC) e o ponto médio

do eixo vestibular (EV). O eixo vestibular da coroa clínica constituiu a linha

de referência da qual a angulação e a inclinação foram medidas.

Foram utilizados os seguintes equipamentos para se obter as

medidas nos 120 modelos de oclusão normal natural, visando facilitar a

construção do novo aparelho ortodôntico:

1) Dois templates planos de plástico rígido, com forma de arco de 2

mm de espessura, sendo o template do arco superior maior que o do arco

inferior. Esses templates foram empregados para representar o plano

oclusal, e as áreas dos caninos de cada template foram aliviadas, pois são

dentes de maior comprimento no arco dentário.

2) Um transferidor com braço de leitura ajustável para medir a

angulação e inclinação das coroas dentárias e a compensação do molar.

3) Um paquímetro com pontas finas para medir a área do braquete,

proeminência da coroa e profundidade da curva de Spee.

4) Um template com uma série de círculos variando de ¼” a 2” de

diâmetro com finalidade de medir o contorno vestibular vertical e horizontal

de cada coroa.

Mediu a área potencial do braquete na coroa clínica, no aspecto

vestibular, determinado pela medição da altura e da largura de cada dente

com o paquímetro, o que determinava os limites ocluso-gengival e mesio-

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  36R E V I S O D A L I T E R A T U R A

distal para cada base do braquete. A determinação do contorno vertical

revelou a anatomia cérvico-oclusal de cada tipo de dente. Realizou essa

medida, sobrepondo o template de círculos nas coroas de cada dente e as

informações foram utilizadas para desenhar a anatomia vertical de cada

braquete. A angulação da coroa dentária constituiu o ângulo formado entre o

eixo vestibular da coroa clínica e uma linha perpendicular ao plano oclusal,

medido posicionando-se sob o modelo, o template de plástico, com alívio na

região dos caninos, utilizando para representar o plano oclusal. Ajustado

sobre o template de plástico, o transferidor com o braço de leitura foi

posicionado paralelo ao eixo vestibular da coroa clínica e assim a medida

obtida onde o braço de leitura marcou a escala do transferidor. A inclinação

da coroa dentária constituiu o ângulo formado entre uma linha perpendicular

ao plano oclusal e uma linha paralela e tangente ao eixo vestibular da coroa

clínica formada pelo posicionamento do braço de leitura do transferidor

tangente ao eixo vestibular da coroa clínica. A inclinação de cada coroa

dentária foi lida no transferidor no local onde o braço de leitura marcava a

escala do transferidor. O contorno horizontal da coroa clínica foi determinado

pelos segmentos circulares do template, nos modelos duplicados e

desgastados até a linha da ameia, determinando-se, assim, a superfície

vestibular de cada dente. A linha da ameia constitui um traço que unia os

pontos de contatos dos dentes desgastados. Essas medidas revelaram o

contorno horizontal mesio-distal de cada dente, e foram empregadas para

estabelecer o contorno horizontal da base de cada braquete. A proeminência

vestibular de cada coroa foi obtida nos mesmos modelos desgastados,

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  37R E V I S O D A L I T E R A T U R A

medindo-se a distância da linha da ameia até o ponto mais vestibular de

cada coroa, com um paquímetro. Posteriormente, essas medidas

determinaram a proeminência de cada braquete, artifício que serviu para

substituir as dobras de primeira ordem. A profundidade da curva de Spee foi

obtida também com o template plástico, previamente aliviado na área dos

caninos, colocado sobre a superfície oclusal do modelo inferior. Geralmente,

o template tocou somente as bordas incisais dos incisivos inferiores e as

cúspides distais dos segundos molares. Em cada lado, a profundidade da

curva de Spee foi determinada em milímetros, olhando de perfil, a distância

entre o template e a cúspide mais distante dele. A profundidade da curva de

Spee foi importante para o desenho do braquete, pois as canaletas de um

aparelho totalmente programado deveriam estar coletivamente em uma

superfície quase paralela à superfície oclusal.

As medidas que estabeleceram a angulação da coroa,

determinaram o quanto as canaletas precisariam ser anguladas, e as

medidas relacionadas com a inclinação da coroa foram incorporadas, em

cada braquete, para cada tipo de dente. Assim, a necessidade das dobras

de segunda e de terceira ordem nos fios para se conseguir a angulação e a

inclinação correta dos dentes, seriam reduzidas ou eliminadas.

ANDREWS10 afirmou neste trabalho, que os braquetes do arco de

canto desenhados por ANGLE12 (1928) são “não programados” por causa de

seu desenho bilateralmente simétrico. Portanto, se localizados no ponto

médio do eixo vestibular, na linha do eixo vestibular da coroa clínica e

utilizados fios sem dobras, com calibres progressivamente maiores, os

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braquetes causariam a inclinação do plano vestibular de cada coroa de 90° 

em relação ao plano oclusal. A posição ocluso-gengival de cada coroa seria

irregular, teriam igual proeminência vestibular e a angulação do longo eixo

de cada coroa dentária estaria em 90° com o plano oclusal. Por isso, seria

imperativo o uso de dobras nos fios, pois, em um arco dentário, a angulação

e a inclinação diferem para cada coroa.

Assim, salientou que o novo sistema de braquete padrão Straight-

Wire apresentava inúmeras vantagens em relação ao sistema Edgewise

convencional e enumerou algumas delas:

- O sistema Straight-Wire é pré-programado, com objetivos de

tratamentos sólidos e baseados em extensas pesquisas, e essa

característica tira da mão do operador o desafio de estimar ou adivinhar as

posições e os relacionamentos que formarão a futura oclusão.

- Com a angulação, o torque e o alinhamento inseridos no

aparelho, a manipulação do arco é grandemente reduzida, diminuindo

proporcionalmente os efeitos secundários indesejáveis.

Analisando as últimas páginas do seu livro, encontramos no

apêndice, os resultados de cada dente pesquisado e os valores médios de

angulação e inclinação das coroas dentárias dos 120 modelos de oclusão

normal natural. Esses valores apresentaram diferenças das preconizadas

nos braquetes Straight-Wire originais. As medidas médias de angulação

encontradas para as coroas dentárias do arco superior foram:

- Incisivo central: 3,59°  (valor máximo 9°, valor mínimo -3°)

- Incisivo lateral: 8,04°  (valor máximo 15°, valor mínimo -2°)

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  39R E V I S O D A L I T E R A T U R A

- Canino: 8,40º  (valor máximo 17°, valor mínimo 1°)

- Primeiro pré-molar: 2,65°  (valor máximo 12°, valor mínimo -2°)

- Segundo pré-molar: 2,82°  (valor máximo 12°, valor mínimo de 0°)

- Primeiro molar: 5,73°  (valor máximo 16°, valor mínimo -7°)

- Segundo molar: 0,39°  (valor máximo de 9°, valor mínimo -23°)

Já as medidas médias para a angulação das coroas dentárias

para os dentes inferiores foram: 

- Incisivo central: 0,53°  (valor máximo 3°, valor mínimo -4°)

- Incisivo lateral: 0,38°  (valor máximo 3°, valor mínimo -5°)

- Canino: 2,48°  (valor máximo 12°, valor mínimo -11°)

- Primeiro pré-molar: 1,28°  (valor máximo 10°, valor mínimo -10°)

- Segundo pré-molar: 1,54°  (valor máximo 7°, valor mínimo -5°)

- Primeiro molar: 2,03°  (valor máximo 6°, valor mínimo -2°)

- Segundo molar: 2,94°  (valor máximo de 30

°, valor mínimo de 0

°).

Em relação à inclinação das coroas dentárias, os valores médios

para o arco dentário superior foram:

- Incisivo central: 6,11°  (valor máximo de 15°, valor mínimo de -7°)

- Incisivo lateral: 4,42°  (valor máximo de 17°, valor mínimo -6°)

- Canino: -7,25°  (valor máximo 10°, valor mínimo -17°)

- Primeiro pré-molar: -8,47 (valor máximo 5°, valor mínimo -20°)

- Segundo pré-molar: -8,78°  (valor máximo 3°, valor mínimo -20°)

- Primeiro molar: -11,53°  (valor máximo 2°, valor mínimo -25°)

- Segundo molar: -8,10°  (valor máximo 12°, valor mínimo -25°).

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as cunhas removidas serem diagonalmente opostas) em relação ao arco

conforme o dente se inclina para mesial ou distal, facilitando o colocação dos

arcos, tanto inicial, .016” como os subseqüentes, com mais de .022” de

diâmetro.

Em 1995, surgiu a Terapia Bioeficiente desenvolvida por VIAZIS48,

considerando ser um sistema menos agressivo ao paciente e mais acessível

ao ortodontista. Desenvolvida para reduzir o tempo consumido na fase inicial

do tratamento, essa técnica atua mais rapidamente e de forma

individualizada na fase de acabamento, reduzindo as dificuldades para o

paciente e o ortodontista, produzindo resultados evidentes já no começo do

tratamento. Apresentou uma característica da técnica que corresponde à

presença de braquetes individuais (triangulares), em substituição aos

braquetes gêmeos. A finalidade foi apresentar uma distância inter-braquetes

maior que conferisse ao tratamento ortodôntico menor rigidez do fio, maior

ativação, e maior flexibilidade, comparando-se aos braquetes gêmeos.

Segundo ressaltou, os braquetes individuais convencionais não se

popularizaram tanto quanto os braquetes gêmeos porque, em geral, não têm

a capacidade de controlar as rotações ou inclinações. Essa foi a razão para

o desenvolvimento de braquetes individuais multifuncionais para a Terapia

Bioeficiente, com o objetivo de solucionar esse problema, ao mesmo tempo

em que propicia excelente movimento dentário. Enumerou suas vantagens

como sendo:

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- Adaptação à anatomia da coroa e contorno gengival:

característica extremamente útil no caso de pré-molares, onde os braquetes

podem ser posicionados mais para gengival se necessário, em função de

uma extremidade estreita e arredondada. 

- Fácil utilização: pois as extremidades laterais estendidas dos

braquetes auxiliam na orientação de posicionamento mesiodistal uma vez

que a borda incisal do dente deve ficar paralela à porção horizontal do

braquete. 

- Atrito mínimo: a canaleta é elevada na porção horizontal. O

contato em apenas parte da canaleta produz uma quantidade menor de

contato entre o fio e o braquete permitindo, um menor atrito. 

- Controle de inclinação: o problema principal com os braquetes

individuais convencionais é a perda do controle da inclinação. No desenho

do novo braquete, assim que o dente começa a inclinar, o fio toca as

extremidades laterais, e a canaleta individual torna-se momentaneamente

uma canaleta semelhante a dos braquetes gêmeos (mais largo), produzindo

movimento radicular antes de qualquer outro movimento da coroa. 

- Controle de rotação: a configuração estreita e alongada dos

braquetes com aletas dispostas em direção às superfícies mesio-distais dos

dentes, oferece o máximo de controle rotacional. 

- Canaleta vertical: a canaleta vertical apresenta uma característica

útil mesmo para os ortodontistas que não a utilizam consistentemente,

porque pode ser utilizada com as novas molas de verticalização de níquel-

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titânio para reforçar e detalhar o movimento dentário durante o estágio de

acabamento. 

- Maior torque anterior: tendo em vista que a maioria dos

ortodontistas finalizam seus casos com fios de diâmetro menores, é

necessário torque extra para neutralizar qualquer efeito de inclinação

produzido pela mecanoterapia ativa, especialmente durante o fechamento de

espaços.

A prescrição de braquete para o sistema Bioeficiente foi planejada

com o propósito de sobrecorrigir as más oclusões e tornar possível a

utilização de fios de maior diâmetro desde o início do tratamento. A

prescrição dos braquetes da Terapia Bioeficiente, segundo VIAZIS é:

Arco Superior

Dente 1 2 3 4 5 6 7

Angulação 5°  10°  10°  0°  0°  0°  0° 

Inclinação 20°  10°  5°  -5°  -5°  -10°  -10° 

Arco Inferior

Dente 1 2 3 4 5 6 7

Angulação 0°  0°  5°  0°  0°  -5°  -5° 

Inclinação -5°  -5°  -5°  -15°  -20°  -25°  -25° 

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Diante da propagação de várias prescrições, CREEKMORE18  em

1996, mencionou que ANDREWS3  foi o primeiro a criar um sistema de

braquetes que poderia eliminar as dobras de primeira, segunda e terceira

ordem, necessárias aos tratamentos ortodônticos. Necessariamente, esse

novo sistema não proporciona um melhor trabalho, porque não planeja o

tratamento, mas simplifica o trabalho, diminuindo a complexidade na

confecção dos arcos e, portanto, oferecendo maior comodidade do aparelho

ao paciente.

O autor sugeriu que se utilizasse a prescrição ROTH41  para os

casos de extrações dentárias. Para os casos sem extrações, salientou ser

mais conveniente a prescrição de ANDREWS3 para os dentes superiores e a

de ALEXANDER2  para os dentes inferiores. Já nos pacientes classe II,

divisão 2 dever-se-iam selecionar os braquetes de incisivo central de

ROTH41  com 12°  de inclinação para aplicar o torque radicular lingual e os

braquetes dos incisivos laterais de ANDREWS3 com 3º para aplicar o torque

radicular vestibular e alinhar apropriadamente os incisivos, sem dobras no

arco.

Em 1997, os autores MCLAUGHLIN; BENNETT e TREVISI31 

idealizaram a filosofia e o aparelho MBT, apresentando a seguinte

prescrição.

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Arco Superior

Dente 1 2 3 4 5 6 7

Angulação 4°  8°  8°  0°  0°  0°  0° 

Inclinação 17°  10°  -7° / 0º -7°  -7°  -14°  -14° 

Arco Inferior

Dente 1 2 3 4 5 6 7

Angulação 0°  0°  3°  2°  2°  0°  0° 

Inclinação -6°  -6

°  -6

° / 0º -12

°  -17

°  -20

°  -10

° 

Segundo os autores, em relação a técnica Straight-Wire original e

a técnica de ROTH41, o aparelho MBT apresenta as seguintes

características:

- Reduziu a angulação anterior superior e inferior.

- Diminuiu a angulação posterior superior.

- Manteve a angulação posterior inferior.

- Aumentou o torque vestibular superior.

- Diminuiu o torque inferior posterior.

- Manteve o torque dos caninos superiores e pré-molares.

- Aumentou o torque dos molares superiores.

- Diminuiu o torque progressivo posterior do segmento inferior.

Os autores justificaram que a diminuição da angulação dos dentes

anteriores superiores e inferiores é possível, devido à mecânica ortodôntica

utilizada. Com o uso de amarrilhos e dobras distais durante o alinhamento e

nivelamento, e com o uso de módulos elásticos com amarrilhos distais

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durante o fechamento de espaços, observou-se pouca angulação adversa,

diferente do que previu ANDREWS3, na idealização do aparelho Straight-

Wire original. A diminuição da angulação dos caninos, provoca uma redução

significativa na ancoragem posterior, necessitando menor cooperação do

paciente.

Para os pré-molares superiores, foi selecionado 0º de angulação,

permitindo que a coroa destes dentes seja posicionada de forma levemente

mais verticalizada (Classe I), diminuindo a necessidade de ancoragem no

arco superior. Nos molares, também foi indicado 0º de angulação, pois a

referência para a angulação da coroa nos molares superiores é o sulco

vestibular, e este mostra uma angulação de aproximadamente 5º em relação

à linha perpendicular ao plano oclusal, mesma referência utilizada por

Andrews em seus estudos. Assim sendo, a própria adaptação da banda,

automaticamente, promove 5º de angulação, indicada para indivíduos de

oclusão normal natural.

Os autores mantiveram 2º de angulação nos pré-molares

inferiores. A angulação destes dentes levemente para mesial move esses

dentes em direção a classe I. Preferiram, também, 2º de angulação nos

primeiros e segundos molares inferiores, porém o braquete destes dentes

apresentam 0º. O 2º de angulação é conseguido de forma similar à

angulação colocada nos molares superiores pela adaptação das bandas.

Em relação ao aumento do torque dos incisivos superiores e à

diminuição do torque dos incisivos inferiores, a justificativa dada foi que

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promove melhor controle do trespasse horizontal anterior, necessário para o

tratamento da classe II e para o fechamento de espaços.

O torque dos caninos e pré-molares superiores foi mantido com

-7º, como a prescrição do aparelho Straight-Wire original e a de ROTH41,

pois provaram ser satisfatórios na maioria dos casos. Os molares superiores,

por outro lado, freqüentemente apresentam torque vestibular excessivo na

coroa, com cúspides palatinas mais baixa, criando interferências no lado de

balanceio. Por esta razão, os autores preferiram -14º de torque,

diferenciando-se de -9º de torque, existente no aparelho Straight-Wire

original. O torque dos caninos e pré-molares inferiores foram reduzidos em

decorrência de algumas más oclusões apresentarem os caninos e pré-

molares com recessão gengival. Reduzindo o torque, estes dentes são

beneficiados, pois posicionam-se mais perto do centro do processo alveolar.

Em relação ao torque dos molares inferiores, a diminuição foi preconizada

para auxiliar no aumento do perímetro transversal da mandíbula,

necessárias em algumas más oclusões que apresentam estreitamento do

arco mandibular.

A posição dos caninos constituiu-se em uma das preocupações

dos usuários do aparelho Straight-Wire, levando MESSIAS33  em 1998, a

salientar que os braquetes Tip-Edge, desenvolvidos para estes dentes,

apresentam alterações em seu desenho, no entanto, obedecem a mesma

prescrição que um braquete para fio contínuo, ou seja, 11° de angulação no

canino superior e 5° no inferior, torque na base de 4° no superior, e -11° no

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inferior, com espessura proporcional às dobras de primeira ordem. A

indicação desses braquetes nos caninos, nas fases iniciais e de retração do

tratamento ortodôntico com aparelhagem do arco reto, mostrou-se eficiente,

pois, evitou os efeitos indesejáveis, como aumento da sobremordida,

requerendo menor controle de ancoragem posterior.

ROTH45  em 1998, considerou que sua prescrição única e básica

está indicada para 85% a 90% dos casos a serem tratados, sem que haja

necessidade de confecção de dobras, independente desses casos requerem

ou não extrações, pois sua prescrição foi desenvolvida para permitir ao

ortodontista atingir as posições dentárias necessárias a uma boa função e

estética.

Retornando à idéia de ANDREWS5  sobre a individualização dos

braquetes de acordo com a relação inter-maxilar, CAPELOZZA FILHO16 em

1999, mencionou ser muito importante a escolha da prescrição dos

braquetes a serem trabalhados e, a relação maxilo-mandibular prevista para

o final do tratamento tem grande importância na escolha, quando se pensa

em individualização. Segundo o autor, em pacientes adultos, geralmente é

simples definir esta meta, porque se o caso não for cirúrgico, a relação das

bases do início será a mesma do final do tratamento. Em indivíduos em

crescimento, portadores de má oclusão, mas com relação de bases ótimas,

é perfeitamente razoável prescrever os braquetes com inclinação padrão.

Afinal, já que a normalidade só existe em caráter absoluto, eles são

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candidatos a terem dentes perfeitamente posicionados, uma vez que suas

bases ósseas guardam relação normal.

Em casos de má oclusão classe II, considerou que a compensação

no arco superior deveria ser realizada por diminuição da angulação dos

dentes anteriores, incluindo os caninos, o que seria eficiente para diminuir o

perímetro do arco e permitir menor protrusão desses dentes, minimizando a

sobressaliência. Na Classe III, a compensação por angulação é

naturalmente mais expressiva no arco inferior. Portanto, a angulação distal

do canino, contrariando frontalmente o padrão, permitiria que os incisivos

inferiores pudessem assumir uma posição mais verticalizada, melhorando o

trespasse anterior. Assim, CAPELOZZA FILHO sugeriu 3 sistemas de

braquete de acordo com o padrão esquelético do paciente: 

Arco Superior

Padrão  CL II  CL III 

Dente Torq. Ang. Rot. Torq. Ang. Rot. Torq. Ang. Rot.

1 7°  5°  14°  5° 

2 3°  9°  10°  9° 

3 -5°  8°  -5°  5°  -2°  11° 

4 -7°  0° 

5 -7°  0° 

6 -10°  0°  10°  -10°  0° 

7 -10°  0°  10°  -10°  0° 

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Arco Inferior

Padrão  CL II  CL III 

Dente Torq. Ang. Rot. Torq. Ang. Rot. Torq. Ang. Rot.

1 -1°  2°  4°  2°  -6°  0° 

2 -1°  2°  4°  2°  -6°  0° 

3 -11°  5°  -11°  0° 

4 -17°  2° 

5 -22°  2° 

6 -25°  0°  5° 

-25°  0°  5° 

SAKIMA46  em  2000, afirmou que os conceitos mecânicos da

técnica do arco segmentado podem ser aplicados nos aparelhos pré-

ajustados Straight-Wire ou mesmo em aparelhos Edgewise convencionais,

com canaleta .022” x .028”. Entretanto, para um melhor aproveitamento do

potencial dos dispositivos mecânicos, faz-se necessária a utilização de

alguns acessórios, pois essa técnica não utiliza a mesma mecânica para

todos os casos, como na maioria das técnicas.

Como MESSIAS33  em 1998, que relatou sobre sua preocupação

sobre a posição dos caninos, BARBOSA14 em 2000, afirmou que a filosofia

de Roth introduziu algumas modificações à técnica Straight-Wire

preconizada por Andrews, considerando que a inclinação dos caninos

produz efeitos colaterais durante a fase de alinhamento e nivelamento.

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Notou um aprofundamento da sobremordida anterior e abertura da mordida

na região dos pré-molares, em função da inclinação de 13° da canaleta estar

incorporada em sua totalidade. Essa angulação consumiu muita ancoragem,

mesmo com o recente lançamento do braquete com 9°  de angulação,

portanto, afirmou que a individualização na angulação dos caninos assegura

um melhor resultado, diminuindo significativamente a ancoragem.

Em relação à estética e à função oclusal, ZACHRISSON52  em

2000, descreveu que o torque das coroas dos dentes deve ser

individualizado e correlacionado ao tamanho da base apical. Por exemplo,

dentes em base apical superior estreita, devem ter torque reto de coroa ou

até mesmo vestibular nas áreas dos caninos e pré-molares. Por outro lado,

um paciente com maxila larga pode necessitar de torque lingual nas coroas.

Ainda segundo o autor, há somente necessidade de se ter braquetes pré-

torqueados para os incisivos centrais superiores, segundos molares

superiores e caninos inferiores. Para os primeiros e segundos molares

inferiores, onde a maioria dos sistemas pré-ajustados apresenta torque

lingual marcante na coroa, recomenda braquetes com torque zero. A razão

para esta decisão é que os braquetes não-torqueados na realidade irão agir

como um freio à inclinação lingual das coroas dos molares. Também, por

razões funcionais, mencionou que é melhor ter os pré-molares e molares

inferiores verticalizados para que o risco de indução a interferências de

balanceio seja reduzido. Os caninos inferiores também podem apresentar

uma tendência à lingualização durante o tratamento, o que levou a

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experimentar braquetes com diferentes graus de torque vestibular na coroa

destes dentes. Considerou que os aparelhos pré-ajustados apresentam

torque lingual na coroa, definido para os caninos inferiores, que algumas

vezes pode servir para aumentar a tendência de lingualização destes

dentes.

Um estudo cujo objetivo foi medir a angulação e a inclinação das

coroas dentárias foi desenvolvido por WATANABE e KOGA51 em 2001, em

125 jovens pacientes japoneses que procuraram tratamento ortodôntico. O

universo de pacientes foi distribuído em dois grupos: 26 pacientes do sexo

masculino e 96 do feminino. A idade média foi de 15 anos e 3 meses.

Nenhum dos pacientes apresentava, ao início dos exames, severa

discrepância esquelética. Foram excluídos, da pesquisa e do tratamento

estatístico, os indivíduos que apresentavam restaurações ou prótese não

anatômicas e dentes com má formação congênita. O objetivo do estudo foi

obter dados básicos para o desenvolvimento de braquetes específicos para

pacientes asiáticos, baseado nos moldes do trabalho realizado por Andrews.

Um técnico de laboratório experiente montou os modelos em articuladores

semi-ajustáveis com os pacientes em relação cêntrica, e relação oclusal de

um dente contra dois dentes. As medidas da angulação e da inclinação da

coroa dentária, do contorno vertical e horizontal da coroa e off-set dos

molares superiores foram medidos obtendo às seguintes conclusões: não

foram observadas diferenças de angulação entre os grupos de dentes; a

inclinação da coroa dos incisivos central e lateral e canino inferior foi maior

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no grupo de pacientes classe II e o resultado dos pacientes em classe I,

mostrou-se semelhante aos trabalhos de outros pesquisadores.

Recomendou a seguinte prescrição:

Angulação Superior

DentesPlano de Tratamento N 1 2 3 4 5 6 7

Modelos sem extração 33  2,97°  3,67°  7,64°  4,67°  4,91°  4,57°  3,09° 

Extração somente de pré-molares superiores, comos modelos em CL II

33  3,57°  5,10°  7,76°  5,42°  5,47°  3,93° 

Extração de 4 primeirospré-molares como osmodelos em CL I

47  3,21°  4,21°  7,79°  5,40°  5,17°  4,68° 

Modelos com extraçõesatípicas

12  3,50°  4,75°  8,64°  5,15°  4,87°  4,87°  4,79° 

Total 125  3,27°  4,33°  7,81°  4,75°  5,23°  5,07°  4,13° 

Inclinação Superior

Dentes 

Plano de Tratamento N 1 2 3 4 5 6 7

Modelos sem extração 33  13,91°  11,64°  -4,64°  -6,0°  -7,18°  -9,72°  -10,16° 

Extração somente de pré-molares superiores, com osmodelos em CL II

33  12,54°  9,97°  -6,67°  -7,65°  -10,41°  -11,0° 

Extração de 4 primeirospré-molares como osmodelos em CL I

47  12,06°  9,45°  -5,74°  -7,18°  -9,77°  -9,21° 

Modelos com extraçõesatípicas 12  11,42°  11,38°  -3,64°  -7,08°  -7,78°  -10,04°  -11,11° 

Total 125  12,61°  10,32°  -5,51°  -6,18°  -7,36°  -9,95°  -10,05

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Angulação Inferior

Dentes Plano de Tratamento N 1 2 3 4 5 6 7

Modelos sem extração 33  1,88°  2,12°  5,27°  3,80°  4,18°  4,19°  4,30° 

Extração somente de pré-molares superiores, com osmodelos em CL II

33  1,88°  2,15°  4,94°  3,55°  4,06°  4,44°  4,59° 

Extração de 4 primeirospré-molares como osmodelos em CL I

47  2,04°  2,38°  5,49°  3,72°  3,34°  3,61° 

Modelos com extraçõesatípicas

12  2,04°  2,26°  5,17°  4,92°  4,50°  4,58°  4,71° 

Total 125  1,96°  2,24°  5,26°  3,78°  4,01°  3,98°  4,12° 

Inclinação Inferior

Dentes Plano de Tratamento N 1 2 3 4 5 6 7

Modelos sem extração 33  2,0°  1,67°  -9,27°  -18,38°  -23,38°  -32,60°  -33,75° 

Extração somente de pré-molares superiores, comos modelos em CL II

33  6,18°  5,91°  -6,39°  -15,67°  -21,97°  -31,38°  -33,34° 

Extração de 4 primeirospré-molares como osmodelos em CL I

47  -0,19°  -0,28°  -12,43°  -20,72°  -30,23°  -32,39° 

Modelos com extrações

atípicas

12  0,78°  0,43°  -10,50°  -16,46°  -22,42°  -31,42°  -32,90° 

Total 125  2,17°  1,94°  -9,82°  -16,97°  -21,91°  -31,29°  -32,99° 

MCLAUGHLIN, BENNETT e TREVISI32, em 2002, salientaram que

Andrews, logo após à publicação de seus estudos em 1972, projetou um

novo aparelho, que exigiria um novo programa de mecânica de tratamento,

bem como níveis de forças que viabilizassem o desenvolvimento de seu

potencial. Por outro lado, a nova mecânica de tratamento e os níveis de

força resultaram na necessidade de modificar esse sistema de braquetes.

Basicamente, são a mecânica e os níveis de força que determinam a

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  56R E V I S O D A L I T E R A T U R A

elaboração do aparelho, e não o contrário. Sendo assim, há uma íntima

inter-relação entre o tipo de aparelho e a mecânica de tratamento. Até certo

ponto, a elaboração dos braquetes pode se basear em pesquisas científicas

e, como resultado, os braquetes podem ser produzidos em apenas alguns

meses. Entretanto, o desenvolvimento e o aprimoramento de uma mecânica

adequada pode levar anos e têm como base, a experiência obtida nos

tratamentos de vários casos. Conseqüentemente, as informações sobre a

mecânica de tratamento originam-se no histórico dos fatos, baseando-se em

recomendações de clínicos experientes. Mesmo as pesquisas bem

estruturadas na eficiência dos tratamentos podem ser pouco conclusivas.

De acordo com sua prescrição, segundo os autores, a expressão

da angulação se dá quase que na totalidade nos braquetes pré-ajustados,

por isso os dados obtidos pela pesquisa de ANDREWS3 foram incorporados

no desenho do sistema de braquetes MBT, embora tenham sido feitas

pequenas modificações na especificação da angulação para os pré-molares

e molares superiores. Em relação à inclinação, prescreveu também 0°  de

torque para os caninos, em algumas mecânicas ortodônticas e algumas

más-oclusões, como: forma da arcada dentária, proeminência vestibular da

raiz do canino, decisão de extração (controle de inclinação), sobremordida,

expansão da maxila e agenesia do incisivo lateral onde for necessário fechar

os espaços.

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 57R E V I S O D A L I T E R A T U R A

33  PPRROOPPOOSSIIÇÇÃOO 

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 58P R O P O S I O

3 Proposição

O tratamento ortodôntico, com a técnica Straight-Wire depende quase

que exclusivamente, das angulações e inclinações dentárias para definir

prescrições e, portanto, os posicionamentos dentários do final do tratamento

ortodôntico.

Em face da importância dessas prescrições e com base na revisão da

literatura realizada, propusemo-nos a determinar, em uma amostra de

 jovens, brasileiros, leucodermas com oclusão normal natural:

3.1 As angulações mésio-distais das coroas dentárias superiores e

inferiores.

3.2 As inclinações vestíbulo-linguais das coroas dentárias superiores e

inferiores.

3.3 Comparar estas medidas, com os valores médios encontrados por

ANDREWS.

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 59P R O P O S I Ç O

44 MMAATTEERRIIAALL EE MMÉTTOODDOO 

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  60M A T E R I A L E M T O D O 

4 Material e Método

4.1 Seleção da Amostra

Para a seleção da amostra foram examinados 6118 indivíduos,

procedentes de várias escolas de ensino médio e fundamental da região do

ABC paulista, dos quais 60 indivíduos foram selecionados, portadores de

oclusão normal natural, de acordo com os seguintes critérios pré-estabelecidos, com o intuito de obter um grupo mais homogêneo e criterioso

possível. Todos deveriam:

- Ser brasileiros, leucodermas, com faixa etária compreendida

entre 12 e 21 anos de idade;

- Apresentar todos os dentes permanentes na cavidade bucal,

exceto os terceiros molares;

- Nunca terem sido submetidos a qualquer tipo de intervenção

ortodôntica.

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  61M A T E R I A L E M T O D O 

Para determinar a oclusão normal natural, buscou-se encontrar

oclusões que apresentassem aspectos de normalidade tanto estáticos, como

funcionais, entre eles:

- A oclusão deveria apresentar, no mínimo, quatro das Seis

Chaves de Oclusão Ótima definidas por ANDREWS4  em 1972,

sendo que a relação inter-arcos (1a  chave de ANDREWS4)

deveria estar obrigatoriamente presente em todos os casos;

- A oclusão foi analisada funcionalmente, checando os

movimentos mandibulares de protrusiva e lateroprotrusiva do

lado direto e esquerdo, de forma que não deveriam apresentar

interferências oclusais em nenhum dos movimentos funcionais;

- Sob manipulação mandibular, o fechamento da mandíbula

deveria apresentar contatos posteriores simultâneos e bilaterais,

apresentando também contatos nos caninos. Não deveria haver

diferença significativa entre a posição de máxima

intercúspidação (MIH) e a posição de relação cêntrica (RC).

Sessenta (60) indivíduos obedeceram aos critérios propostos,

constituindo a amostra final desse trabalho, sendo 25 do sexo

masculino e 35 do sexo feminino.

Cada indivíduo foi submetido a uma documentação ortodôntica para a

constituição de uma amostra mais completa possível, fazendo parte

do acervo do departamento de Pós-Graduação em Odontologia, área

de concentração Ortodontia, disponível para os projetos de pesquisas

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  62M A T E R I A L E M T O D O 

desenvolvidos neste departamento. Os seguintes exames foram

realizados:

- fotografias faciais frente e perfil com a presença da vertical

verdadeira;

- fotografia facial frente com o paciente sorrindo;

- diapositivos faciais de frente e perfil;

- diapositivos intrabucais de frente, lateral direita e esquerda e

oclusal superior e inferior;

- radiografia panorâmica;

- 2 telerradiografias em posição natural da cabeça, de acordo com

as especificações de MOORREES; KEAN34  e ROCABADO39 

(modificado), associado à vertical verdadeira;

- telerradiografia com contraste de bário, estando o paciente em

máxima intercuspidação;

- telerradiografia com contraste de bário, estando o paciente com

a mandíbula em repouso;

- radiografia carpal em indivíduos até 15 anos;

- radiografia frontal com presença da vertical verdadeira;

- 2 moldagens superior e inferior, para confecção de um modelo

de gesso de trabalho e um modelo de gesso de arquivo.

Para a presente pesquisa, foram utilizados os modelos de trabalho

superior e inferior de cada indivíduo da amostra.

4.2 Obtenção dos Modelos de Estudo e de Trabalho 

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  63M A T E R I A L E M T O D O 

Foram realizadas duas moldagens superior e duas inferior, de cada

indivíduo selecionado, obtendo-se um modelo de estudo e outro de trabalho.

Para a realização das moldagens, foram utilizados os seguintes

materiais:

- moldeiras de estoque tipo Vernes, de aço inoxidável, da marca

comercial Tecnident, adaptadas em suas extremidades com cera nº 7 para

melhor moldagem dos sulcos gêngivo-labiais;

- gral de borracha;

- espátula;

- hidrocolóide irreversível para moldagem da marca comercial

Jeltrate;

- dosadores de pó e água;

Para a obtenção dos modelos de estudo e de trabalho, foram

utilizados os seguintes materiais:

- espatulador de gesso a vácuo (Vacomatic II);

- aparelho vibrador de gesso (Knebel 7200 v/min);

- gesso pedra Tipo II, da marca comercial Mossoró;

- gral de borracha;

- espátula para gesso;

- bases de borracha.

Foram utilizadas placas de mordida confeccionadas com cera rosa

nº 7 para articular os modelos em máxima intercuspidação. Posteriormente,

foram executados os recortes no gesso, obedecendo a técnica preconizada

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  64M A T E R I A L E M T O D O 

por VIGORITO50, em 1977, com a finalidade de obter modelos com bases

proporcionais às áreas dento-alveolares.

A figura 4.1 exemplifica um par de modelos utilizado na amostra.

FIGURA 4.1 – Exemplo do modelo utilizadoA – Vista FrontalB – Vista Lateral DireitaC – Vista Lateral Esquerda

4.3 Mensurações das Angulações e Inclinações Dentárias

O trabalho foi desenvolvido com a finalidade de obter as medidas de

angulação e inclinação das coroas dentárias, de dentes permanentes, em

pacientes de oclusão normal natural. Para a realização dessas

mensurações, propusemo-nos desenvolver um dispositivo nunca antes

utilizado em pesquisas anteriores. Trabalhando conjuntamente com uma

aluna do curso de graduação da Faculdade de Engenharia da Escola

A

B

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  66M A T E R I A L E M T O D O 

FIGURA 4.2 – A – Engrenagem de 360 dentesB – Lente de aumentoC – Suporte articulado esféricamenteD – Mesa em LE – Manivela para o acionamento do dispositivo

FIGURA 4.3 – A – Engrenagem de 360 dentesB – Parafuso-sem-fim

A

B

A

E

D

B

C

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FIGURA 4.4 - Vista da lente de aumento, utilizada para medir a angulação eda haste em forma de “cruz”, utilizada para medir a inclinaçãodas coroas dentárias

4.3.2 Calibração do Dispositivo

O dispositivo foi calibrado para permanecer paralelo ao solo, graças

ao uso de um nível apoiado em várias partes do dispositivo, checando

realmente a posição de paralelismo com o solo. A base do dispositivo

apresenta pés giratórios o que facilitou o procedimento (figura 4.5).

FIGURA 4.5 - A – Detalhe dos pés giratóriosB – Calibração do dispositivo

B

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  68M A T E R I A L E M T O D O 

O segundo passo na calibração do dispositivo foi posicionar a mesa

em L, que se situa do lado oposto da roda de 360 dentes, paralela à base

que suporta o dispositivo e, automaticamente, paralela ao solo (figura 4.6).

Estando a mesa em L paralela ao solo, definiu-se o ponto zero na roda de

360 dentes. O garfo que posiciona o plano oclusal do modelo paralelo ao

solo, foi indiretamente calibrado, por estar fixado na mesa em L (figura 4.7).

FIGURA 4.6 - Calibração da mesa em L

FIGURA 4.7 – Calibração do garfo do articulador

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  69M A T E R I A L E M T O D O 

4.3.3 Calibração da Lente de Aumento

No centro da lente de aumento utilizada para as medições dos valores

da angulação das coroas dentárias, foi realizada uma marcação (risco)

posicionada perpendicularmente ao solo (figura 4.8). Para a calibragem,

utilizamos um esquadro, colocando sua base paralela à mesa em L,

ajustando o risco central da lente de aumento de forma a coincidir com a

haste perpendicular do esquadro (figura 4.9).

FIGURA 4.8 - Vista da lente de aumento

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  70M A T E R I A L E M T O D O 

FIGURA 4.9 – Detalhe do esquadro paralelo ao risco central da lente deaumento

4.3.4 Calibração da Haste em “Cruz” do Dispositivo

A haste lateral em forma de “cruz” do dispositivo, utilizada para medir

a inclinação das coroas dentárias, foi ajustada de modo que sua ponta, que

está em contato com os dentes do modelo de trabalho, esteja perpendicular

ao solo. O ajuste também foi realizado com o auxílio de um esquadro,

apoiado na mesa em L, de forma que a ponta da haste fique paralela ao

esquadro (figura 4.10).

Page 86: Estudo Das Angulações e Inclinações Dentárias Em Brasileiros

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FIGURA 4.10 - Detalhe da Calibração da Haste em forma de “cruz”A – Esquadro perpendicular à mesa em L e paralelo à ponta

ativa da haste em forma de “cruz”B – Haste em forma de “cruz” posicionada para a medição da

inclinação da coroa dentária

4.3.5 Fixação do Modelo de Gesso

O modelo é fixado à mesa em L por meio de um suporte articulado

esfericamente (figura 4.11B). Podendo ser movimentado em todas as

direções até estar com seu plano oclusal paralelo à mesa em L e,

automaticamente paralelo ao solo. Para esse procedimento necessita-se do

auxílio de um garfo, semelhante ao garfo do articulador semi-ajustado, fixadona parede vertical da mesa em L e dotado de movimento vertical guiado.

Com a calibração da mesa em L, o garfo também fica calibrado,

perpendicularmente ao solo (figura 4.11A).

A

B

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  72M A T E R I A L E M T O D O 

FIGURA 4.11 – A – Garfo do articulador calibradoB – Modelo de gesso posicionado com o plano oclusal

paralelo à mesa em L

4.3.6 Medição da Angulação Dentária

Para a medição da angulação das coroas dentárias, o instrumento

utilizado foi a lente de aumento (Figura 4.8). Essa lente, como já explicado,

está fixada perpendicularmente à referência fixa e localizada na parte frontal

do dispositivo. A referência para a medição é o encontro do risco central da

lente de aumento com o longo eixo vestibular da coroa de cada elemento

dentário.

4.3.7 Procedimento de Medição

As medidas foram realizadas nos modelos de gesso e, com o auxíliode uma lapiseira 0.5 mm, o longo eixo de todas as coroas dentárias foi

marcado, determinando o eixo vestibular da coroa clínica (EVCC),

procedimento que serviu como referência para a determinação da angulação

de cada coroa, conforme utilizado por Andrews para o desenvolvimento do

AB 

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  73M A T E R I A L E M T O D O 

aparelho Straight-Wire em 1970 (figura 4.12). Com o plano oclusal do

modelo posicionado paralelo ao solo e fixado à mesa em L, que também

está paralela ao solo, faz-se a rotação de grau em grau da mesa em L, até

que o longo eixo da coroa clínica (EVCC) coincida com a linha central da

lente de aumento. O valor do ângulo medido corresponde ao número de

dentes da engrenagem rotacionados a partir do seu ponto zero, ou seja, a

quantidade de rotação da mesa em L (figura 4.13)

FIGURA 4.12 - Marcação do longo eixo das coroas dentárias

FIGURA 4. 13 – A – Longo eixo da coroa dentária paralelo ao risco centralda lente de aumento

B – Mesa em L rotacionada 

A B 

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  74M A T E R I A L E M T O D O 

4.3.8 Definição do Valor da Angulação da Coroa Dentária

As angulações dos eixos vestibulares das coroas dentárias foram

avaliadas em graus positivos ou negativos. A leitura foi considerada positiva

quando a porção cervical do eixo vestibular da coroa dentária encontrava-se

mais para distal em relação à porção incisal/oclusal, e considerada negativa,

quando a porção cervical do eixo vestibular da coroa dentária encontrava-se

mais para a mesial em relação a porção incisal/oclusal (figura 4.14).

FIGURA 4.14 - Detalhe da angulação positiva no canino e da angulaçãonegativa no primeiro pré-molar e no segundo molar

4.3.9 Medição da Inclinação Dentária

Para medir a inclinação dentária, utilizou-se a haste em forma de

“cruz” fixada perpendicularmente à mesa em L e localizada na parte lateral

do dispositivo (Figura 4.8). A ponta da haste foi utilizada como um plano de

referência.

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  75M A T E R I A L E M T O D O 

FIGURA 4.15 - A – Haste em forma de “cruz” posicionada para mediçãoda inclinação

B – Haste para a medição das inclinações das coroasdentárias

4.3.10 Procedimento de Medição

Após traçar o longo eixo da coroa dentária, o modelo é

posicionado na mesa em L, colocando-o em contato com a ponta da haste

em forma de “cruz” (Figura 4.15A). A haste deve tocar o modelo no ponto

médio vertical da coroa dentária, ou seja, como o ponto EV (eixo vestibular),

ponto este, utilizado por Andrews para o desenvolvimento do aparelho

Straight-Wire em 1970. O valor do ângulo é medido com a rotação

provocada na mesa em L, até que a ponta da haste fique tangente e paralela

ao longo eixo da coroa dentária. O número de dentes da engrenagem

rotacionados a partir do seu ponto zero, determina o ângulo medido.

A

B

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  76M A T E R I A L E M T O D O 

FIGURA 4.16 - A – Ponta ativa posicionada no centro da coroa dentáriaB – Ponta paralela e tangente ao longo eixo da coroa

dentáriaC – Mesa em L rotacionada

A

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  77M A T E R I A L E M T O D O 

4.3.11 Definição do Valor da Inclinação da Coroa Dentária

As inclinações dos eixos vestibulares das coroas dentárias são

expressas em graus positivos ou negativos. A leitura é considerada positiva

quando a porção cervical do eixo vestibular da coroa dentária encontra-se

mais para a lingual em relação à incisal/oclusal (Figura 4.17B), e

considerada negativa, quando a porção cervical do eixo vestibular da coroa

dentária se encontra mais para vestibular em relação à incisal ou oclusal

(Figura 4.17A).

FIGURA 4.17 – A – Inclinação dentária negativa

B – Inclinação dentária positiva

A

B

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8/19/2019 Estudo Das Angulações e Inclinações Dentárias Em Brasileiros

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  78M A T E R I A L E M T O D O 

4.4 Análise Estatística

4.4.1 Avaliação do erro intra-examinador

Para obtenção do erro intra-examinador, foram medidos novamente

12 (doze) pares de modelos de gesso, ou seja, 20% da amostra. Esses

modelos foram selecionados aleatoriamente após um período mínimo de 3

(três) meses da primeira medição. A repetição das medidas aconteceu para

todos os dentes do modelo, do segundo molar do lado direito até o segundo

molar do lado esquerdo, tanto superior, quanto inferior. Aplicou-se o teste “t”

pareado, para verificação do erro sistemático adotando nível de significância

de 5% e a fórmula de DAHLBERG18, para estimar a ordem dos erros

casuais.

4.4.2 Avaliação dos resultados estatísticos

Para a comparação dos resultados obtidos com os valores médios

encontrados por Andrews, utilizou-se o teste “t” de Student adotando nível

de significância de 5% (ZAR54,1996).

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  79M A T E R I A L E M É T O D O 

55  RREESSUULLTTAADDOOSS 

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  80R E S U L T A D O S 

5 Resultados

5.1 Erro intra-examinador

Para avaliar a confiabilidade dos valores obtidos, que demonstram as

médias da angulação e inclinação das coroas dentárias superiores e

inferiores, aplicou-se o teste estatístico para avaliar os erros sistemático e

casual intra-examinador, como demonstrado nas tabelas 5.1, 5.2, 5.3 e 5.4.

TABELA 5.1 – Valores, em graus, das médias de angulação iniciais (T1) erepetidas (T2) dos dentes superiores, diferença das médias,valor de “t”, valor de “p” para o erro sistemático e valor doerro casual de Dahlberg

Angulação dos Dentes Superiores 

Variáveis Valores em T1 Valores em T2 Dif. das

médias

t Erro

sistemático (p)

Erro

causal

Incisivo Central 3,45 4 -0,55 2,091 0,066 0,680

Incisivo Lateral 7 7,70 -0,70 1,709 0,122 1,000

Canino 7,15 7,9 -0,75 1,893 0,091 0,9931° Pré-molar 4,35 4,95 -0,6 1,908 0,089 0,790

2° Pré-molar 5,4 6,1 -0,7 1,210 0,257 1,322

1° Molar 6,6 6,6 0 0,000 1 0,612

2° Molar -1,15 -1,5 0,35 1,049 0,322 0,750

Diferença estatisticamente significantep < 0,05

Page 96: Estudo Das Angulações e Inclinações Dentárias Em Brasileiros

8/19/2019 Estudo Das Angulações e Inclinações Dentárias Em Brasileiros

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  81R E S U L T A D O S 

TABELA 5.2 – Valores, em graus, das médias de angulação iniciais (T1) erepetidas (T2) dos dentes inferiores, diferença das médias,valor de “t”, valor de “p” para o erro sistemático e valor doerro casual de Dahlberg

Angulação dos Dentes Inferiores 

Variáveis Valores em T1 Valores em T2 Dif. das

médias

t Erro

sistemático (p)

Erro

casual

Incisivo Central -0,05 -0,1 0,05 0,361 0,726 0,300

Incisivo Lateral 0,05 -0,4 0,45 2,077 0,068 0,560

Canino 3,6 2,85 0,75 1,330 0,216 1,310

1° Pré-molar 2,1 1,95 0,15 0,580 0,576 0,560

2° Pré-molar 4,2 4,65 -0,45 0,987 0,350 1,020

1° Molar 3,85 3,85 0 0,000 1 1,332

2° Molar 8,45 8,2 0,25 0,510 0,622 1,054

Diferença Estatisticamente Significantep < 0,05

TABELA 5.3 - Valores, em graus, das médias de inclinação iniciais (T1) erepetidas (T2) dos dentes superiores, diferença das médias,valor de “t”, valor de “p” para o erro sistemático e valor doerro casual de Dahlberg

Inclinação dos Dentes Superiores 

Variáveis Valores em T1 Valores em T2 Dif. das

médias

t Erro

sistemático (p)

Erro

casual

Incisivo Central 6,75 7,6 -0,85 1,566 0,152 1,300

Incisivo Lateral 6,05 6,75 -0,7 1,709 0,122 1,000

Canino -7,9 -6,95 -0,95 1,653 0,133 1,391

1° Pré-molar -13,05 -12,01 -1,04 1,980 0,079 1,220

2° Pré-molar -9,6 -9,2 -0,4 0,621 0,550 1,400

1° Molar -9,55 -8,75 -0,8 1,319 0,220 1,410

2° Molar -8,8 -7,9 -0,9 1,890 0,091 1,193

Diferença estatisticamente significantep < 0,05

Page 97: Estudo Das Angulações e Inclinações Dentárias Em Brasileiros

8/19/2019 Estudo Das Angulações e Inclinações Dentárias Em Brasileiros

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  82R E S U L T A D O S 

TABELA 5.4 –   Valores, em graus, das médias de inclinação iniciais (T1) erepetidas (T2) dos dentes inferiores, diferença das médias, ovalor de “t”, o valor de “p” para o erro sistemático e valor doerro casual de Dahlberg

Inclinação dos Dentes Inferiores 

Variáveis Valores em T1 Valores em T2 Dif. das

médias

t Erro

sistemático (p)

Erro

Casual

Incisivo Central 1,6 2,4 -0,8 1,500 0,168 1,264

Incisivo Lateral -2,25 -1,7 -0,55 1,316 0,221 0,970

Canino -12 -11,75 -0,25 2,236 0,052 0,300

1° Pré-molar -22,1 -21,35 -0,75 1,649 0,134 1,101

2° Pré-molar -25,5 -25,1 -0,4 0,694 0,505 1,254

1° Molar -28,75 -28,2 -0,55 1,408 0,193 0,920

2° Molar -30,55 -29,95 -0,6 1,152 0,279 1,183

Diferença estatisticamente significantep <0,05

Os modelos de gesso mostram-se como um grande recurso para

diagnóstico e planejamento ortodôntico, mas tratando-se de uma pesquisa

científica, torna-se necessária a determinação do erro dos procedimentos

das medidas avaliadas. Além disso, a utilização de um dispositivo para

realizarmos as medidas, nunca utilizado em trabalhos anteriores torna a

análise do erro sistemático e erro casual essenciais. Após a análise das

tabelas 5.1, 5.2, 5.3 e 5.4, observou-se que nenhuma medida obteve

diferença de significância estatística do erro sistemático.

Na interpretação do erro casual, o maior valor encontrado para o

índice de DAHLBERG18  foi de 1,41°, para a medição da inclinação do

primeiro molar superior, resultado que pode ser considerado sem

implicações clínicas. Assim, as tabelas 5.1, 5.2, 5.3 e 5.4, apresentam

resultados dentro dos parâmetros aceitáveis não comprometendo os

resultados e as conclusões desta pesquisa.

Page 98: Estudo Das Angulações e Inclinações Dentárias Em Brasileiros

8/19/2019 Estudo Das Angulações e Inclinações Dentárias Em Brasileiros

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  83R E S U L T A D O S 

5.2 Determinação dos valores médios das angulações e inclinaçõesdas coroas dentárias.

TABELA 5.5 – Médias, em graus, dos valores da angulação e inclinação,desvio padrão, valor máximo e valor mínimo do arcodentário superior

TABELA 5.6 – Médias, em graus, dos valores da angulação e inclinação,desvio padrão, valor máximo e valor mínimo do arcodentário inferior

Arco Inferior

Dente Angulação InclinaçãoDP VMX VMIN DP VMX VMIN

1 0,03 2,92 6 -10 0,10 5,51 19 -16

2 -0,58 3,24 9 -10 -2,03 5,18 14 -14

3 2,43 4,33 15 -9 -10,13 4,73 1 -22

4 1,88 3,25 13 -9 -20,74 5,26 -6 -32

5 3,43 2,91 12 -4 -24,38 5,54 -11 -37

6 3,39 2,24 10 -4 -28,66 5,59 -15 -44

7 6,24 3,39 17 -2 -32,10 5,93 -15 -53

Arco Superior

Dente Angulação InclinaçãoDP VMX VMIN DP VMX VMIN

1 2,21 3,05 9 -7 5,28 4,89 18 -5

2 6,19 3,91 19 -2 4,99 4,48 17 -5

3 7,13 4,28 21 -3 -6,70 4,84 6 -21

4 3,43 2,39 12 -2 -10,83 5,99 1 -27

5 4,33 2,84 14 -2 -9,95 5,87 4 -24

6 5,55 2,28 13 1 -10,99 5,12 1 -27

7 -0,24 4,73 9 -12,5 -9,88 5,84 6 -27

Page 99: Estudo Das Angulações e Inclinações Dentárias Em Brasileiros

8/19/2019 Estudo Das Angulações e Inclinações Dentárias Em Brasileiros

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  84R E S U L T A D O S 

5.3 Comparação da angulação das coroas dentárias da pesquisa deANDREWS com os resultados encontrados, no arco superior e inferior.

TABELA 5.7 – Comparação, em graus, dos valores das angulações dascoroas dentárias superiores, da pesquisa de ANDREWScom os valores encontrados, diferença, valor de “t” e valorde “p”

Angulação das Coroas Dentárias SuperioresDente Andrews Pesquisa Diferença t p

1 3,59 2,21 -1,38 -5,579 0,000

2 8,04 6,19 -1,85 -5,146 0,000

3 8,40 7,13 -1,27 -3,283 0,001

4 2,65 3,43 0,78 3,551 0,000

5 2,82 4,33 1,51 6,589 0,000

6 5,73 5,55 -0,18 -0,791 0,429

7 0,39 -0,24 -0,63 -1,041 0,298

Diferença estatisticamente significantep<0,05

0.00

1.00

2.00

3.00

4.00

5.00

6.00

7.00

8.00

9.00

Incisiv o Central Incisiv o Lateral Canino

Andrews

Pesquisa

 

   A

  n  g  u   l  a  ç   ã  o

   S  u  p  e  r   i  o  r

   (  g  r  a  u  s   )

FIGURA 5.1 – Comparações dos valores das angulações das coroasdentárias do incisivo central, incisivo lateral e caninosuperiores com os valores médios encontrados porANDREWS 

Page 100: Estudo Das Angulações e Inclinações Dentárias Em Brasileiros

8/19/2019 Estudo Das Angulações e Inclinações Dentárias Em Brasileiros

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  85R E S U L T A D O S 

0.00

0.50

1.00

1.50

2.00

2.50

3.00

3.50

4.004.50

Primeiro Pré-molar Segundo Pré-molar

Andrews

Pesquisa

 

-1.00

0.00

1.00

2.00

3.00

4.00

5.00

6.00

Primeiro Molar Segundo Molar

Andrews

Pesquisa

 

   A  n  g  u   l  a  ç   ã  o

   S  u  p  e  r   i  o  r

   (  g  r  a  u  s   )

   A  n  g  u   l  a  ç   ã  o

   S  u  p  e  r   i  o  r

   (  g  r  a  u  s   )

FIGURA 5.2 – Comparações dos valores das angulações das coroas dentáriasdos pré-molares superiores com os valores médios encontradospor ANDREWS

FIGURA 5.3 – Comparações dos valores das angulações das coroas dentáriasdos molares superiores com os valores médios encontrados porANDREWS

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8/19/2019 Estudo Das Angulações e Inclinações Dentárias Em Brasileiros

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  86R E S U L T A D O S 

TABELA 5.8 – Comparação, em graus, dos valores das angulações dascoroas dentárias inferiores, da pesquisa de ANDREWS com

os valores encontrados, diferença, valor de “t” e valor de “p”

Angulação das Coroas Dentárias InferioresDente Andrews Pesquisa Diferença t p

1 0,53 0,03 -0,50 -2,239 0,026

2 0,38 -0,58 -0,96 -3,848 0,000

3 2,48 2,43 -0,05 -0,134 0,893

4 1,28 1,88 0,60 2,217 0,027

5 1,54 3,43 1,89 8,441 0,000

6 2,03 3,39 1,36 7,642 0,000

7 2,94 6,24 3,30 11,481 0,000

Diferença estatisticamente significantep<0,05

-1.00

-0.50

0.00

0.50

1.00

1.50

2.00

2.50

Incisivo Central Incisivo Lateral Canino

Andrews

Pesquisa

 

FIGURA 5.4 – Comparação dos valores das angulações das coroasdentárias do incisivo central, incisivo lateral e caninoinferiores com os valores médios encontrados porANDREWS

   A  n  g  u   l  a  ç   ã  o

   I  n   f  e  r   i  o  r

   (  g  r  a  u  s   )

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  87R E S U L T A D O S 

0.00

0.50

1.00

1.50

2.00

2.50

3.00

3.50

Primeiro Pré-molar Segundo Pré-molar

Andrews

Pesquisa

 

FIGURA 5.5 – Comparação dos valores das angulações das coroasdentárias dos pré-molares inferiores com os valoresmédios encontrados por ANDREWS

0.00

1.00

2.00

3.00

4.00

5.00

6.00

7.00

Primeiro Molar Segundo Molar

Andrews

Pesquisa

 FIGURA 5.6  – Comparação dos valores das angulações das coroas

dentárias dos molares inferiores com os valores médiosencontrados por ANDREWS

   A  n  g  u   l  a  ç   ã  o

   I  n   f  e  r   i  o  r

   (  g  r  a  u  s   )

   A  n  g  u   l  a  ç   ã  o

   I  n   f  e  r   i  o  r

   (  g  r  a  u  s   )

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  89R E S U L T A D O S 

-12.00

-10.00

-8.00

-6.00

-4.00

-2.00

0.00

Primeiro Pré-molar Segundo Pré-molar

Andrews

Pesquisa

 FIGURA 5.8 – Comparação dos valores das inclinações das coroas

dentárias dos pré-molares superiores com os valoresmédios encontrados por ANDREWS

-12.00

-10.00

-8.00

-6.00

-4.00

-2.00

0.00

Primeiro Molar Segundo Molar

Andrews

Pesquisa

 FIGURA 5.9 – Comparação dos valores das inclinações das coroas

dentárias dos molares superiores com os valores médiosencontrados por ANDREWS

   I  n  c   l   i  n  a  ç   ã  o

   S  u  p  e  r   i  o  r

   (  g  r  a  u  s   )

   I  n

  c   l   i  n  a  ç   ã  o

   S  u  p  e  r   i  o  r

   (  g  r  a  u  s   )

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  91R E S U L T A D O S 

-25.00

-20.00

-15.00

-10.00

-5.00

0.00

Primeiro Pré-molar Segundo Pré-molar

Andrews

Pesquisa

 

FIGURA 5.11 – Comparação dos valores das inclinações das coroasdentárias dos pré-molares inferiores com os valoresmédios encontrados por ANDREWS

-40.00º

-35.00º

-30.00º

-25.00º

-20.00º

-15.00º

-10.00º-5.00º

0.00º

Primeiro Molar Segundo Molar

Andrews

Pesquisa

 FIGURA 5.12 – Comparação dos valores das inclinações das coroas

dentárias dos molares inferiores com os valores médiosencontrados por ANDREWS

   I  n  c   l   i  n  a  ç   ã  o 

   I  n   f  e  r   i  o  r

   (  g  r  a  u  s   )

   I  n  c   l   i  n  a  ç   ã  o 

   I  n   f  e  r   i  o  r

   (  g  r  a  u  s   )

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  92R E S U L T A D O S 

66  DDIISSCCUUSSSSÃOO 

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93D I S C U S S O 

6 Discussão

Desde 1928, quando ANGLE12  idealizou o aparelho Edgewise, nota-

se que os trabalhos desenvolvidos, subseqüentemente, tinham o objetivo de

aperfeiçoar o controle das movimentações dentárias. Os trabalhos

desenvolvidos por HOLDAWAY22  em 1952 e por JARABAK25  em 1960,

introduziram a angulação e a inclinação aos braquetes, mostrando um

grande aperfeiçoamento dos recursos utilizados. Entretanto, em seu

trabalho, introduzido em 1970, ANDREWS3  pesquisou modelos de gesso,

extraindo deles, a angulação, inclinação e espessuras de cada coroa

dentária e transferiu essas informações aos braquetes, revolucionando a

Ortodontia. A partir de então, as pesquisas que surgiram, procuraram avaliar

e modificar os dados obtidos por Andrews, com a intenção de melhorar as

prescrições, simplificar a mecânica e reduzir a necessidade de dobras nos

fios.

Este trabalho teve o objetivo de verificar, em uma amostra brasileiros,

leucodermas, com oclusão normal natural, as angulações e inclinações

dentárias, analogamente  ao trabalho de Andrews e comparar os valores

obtidos neste trabalho com os por ele encontrados.

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94D I S C U S S O 

Dividiremos, então, a discussão em tópicos, de acordo com as

proposições estabelecidas neste trabalho.

6.1 Angulação mésio-distal das coroas dentárias

6.1.1 Angulação das coroas dentárias superiores

Em relação à angulação das coroas dentárias, PICOSSI37, em 1977,

relatou que na arcada dentária superior, todos os dentes têm seu longo eixo

desviado para a distal. Esse fato pode ser claramente evidenciado no

primeiro molar superior, onde, devido a essa angulação, a cúspide disto-

vestibular localiza-se em um plano inferior à cúspide mésio-vestibular.

6.1.1.1 Incisivos

Os incisivos, tanto o central quanto

o lateral superior, apresentaram

uma angulação positiva menor que

os valores encontrados na

pesquisa de Andrews.

FIGURA 6.1 – Foto demonstrativa da mediçãoda angulação dentária

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95D I S C U S S O 

Encontramos para o incisivo central e lateral 2,21°  e 6,19°,

respectivamente, e a pesquisa realizada por Andrews encontrou os valores

de 3,59° e 8,04°, para o incisivo central e lateral, diferenças estatisticamente

significantes. Acreditamos que o motivo da menor angulação do incisivo

central deve-se ao fato de termos encontrado muitos incisivos centrais com

0° de angulação, assim, como preconizado por RICKETTS38 (1976) e, para o

incisivo lateral, o valor menor deve ter ocorrido pelo acompanhamento de

uma tendência de diminuição da angulação de todos os dentes superiores

anteriores na amostra empregada. Esse fato é interessante clinicamente,

pois está relacionado com o aumento do perímetro do arco dentário.

Segundo BARBOSA14  em 2000, a angulação apresentada pelos braquetes

anteriores superiores da técnica Straight-Wire (incisivo central 5°, incisivo

lateral 9°  e canino 11°), causa efeitos colaterais na fase de alinhamento e

nivelamento como, por exemplo, aumento da sobremordida e protrusão dos

incisivos superiores. Assim, analisando os resultados das angulações

encontradas, o emprego de braquetes com menor angulação

proporcionariam melhoras na mecânica ortodôntica. Outro fato interessante

relacionado com a diminuição da angulação dos incisivos superiores

consiste no movimento de protrusiva mandibular, ou seja, os incisivos

superiores com menor angulação apresentam as bordas incisais mais

paralelas entre si e com as bordas incisais dos incisivos inferiores. Assim, o

movimento de protrusiva passa a ser mais efetivo, por aumentar a área de

contato entre as bordas incisais dos incisivos superiores e dos inferiores. A

angulação do incisivo central superior de 5°, como preconizado pelo

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96D I S C U S S O 

aparelho Straight-Wire original provoca, clinicamente, um ângulo disto-incisal

mais baixo, o que pode prejudicar o movimento de protrusiva. No trabalho de

monografia realizado por ZANELATO53

 em 1998, avaliou-se funcionalmente

em articuladores semi-ajustáveis a eficiência dos movimentos mandibulares

em pacientes tratados pela técnica Straight-Wire, segundo a prescrição de

braquetes preconizada por ANDREWS3  (1970) e constatou-se que a guia

anterior apresentou deficiência em 60% dos pacientes avaliados. O motivo

dessa deficiência foi creditada ao excesso de angulação, tanto dos incisivos

superiores quanto dos incisivos inferiores.

Outro problema que podemos encontrar é a presença de um espaço vazio

(negro) na região cervical entre os incisivos centrais, podendo prejudicar a

estética do tratamento ortodôntico.

Entre os autores pesquisados, encontramos uma diversidade nas

prescrições de angulação desses dentes. ROTH41  (1975) e CAPELOZZA

FILHO16  (1999) mantiveram em suas prescrições os mesmos valores

idealizados por ANDREWS3 (1970). Entretanto, ALEXANDER2  (1983) e

HILGERS21  (1987) diminuíram somente o valor do incisivo lateral para 8° e

mantiveram o valor do incisivo central. MCLAUGHLIN; BENNETT e

TREVISI31 (1997) diminuíram a angulação tanto do incisivo central como do

incisivo lateral, preconizando 4° e 8°, respectivamente e VIAZIS48 (1995) foi

o único autor pesquisado que aumentou a angulação do incisivo lateral para

10°, porém mantendo, para o incisivo central 5°, como o preconizado por

ANDREWS3 (1970).

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97D I S C U S S O 

6.1.1.2 Caninos

Quanto ao canino superior, encontramos que a angulação foi

significantemente menor, em relação ao valor encontrado na pesquisa de

Andrews, o que fortalece a suposição de que o canino realmente não

apresenta muita angulação positiva, como se observa nos tratamentos

ortodônticos finalizados com os braquetes preconizados pela técnica

Straight-Wire original. O canino com menor angulação é clinicamente

interessante, pois, segundo, MESSIAS33  (1998) e BARBOSA14 (2000), em

casos onde existe a necessidade de retração dos incisivos, o excesso de

angulação do canino favorece a perda da ancoragem posterior pelo

fortalecimento da ancoragem anterior, ou seja, provoca ancoragem reversa,

além de provocar sobremordida, protrusão dentária anterior e mordida

aberta na região dos pré-molares. Apesar de ANDREWS3  (1970) ter

encontrado em sua pesquisa 8,4°, preconizou para o canino superior 11° de

angulação, baseando-se no que ele chamou de “roda de trem”, pois

acreditava-se que a angulação era perdida, à medida que se adicionava

inclinação aos dentes anteriores, acrescentando angulação extra aos

braquetes do dentes anteriores. A literatura é unânime em preconizar um

valor menor para a angulação dos caninos, em relação ao valor inicial

idealizado pela técnica Straight-Wire original, com exceção de CAPELOZZA

FILHO16 (1999), que em sua prescrição para más oclusões classe III, indica

a mesma prescrição de ANDREWS3  (1970), alegando favorecer o

tratamento, com a compensação das angulações dos dentes superiores nas

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98D I S C U S S O 

más oclusões de classes III, quando o erro esquelético de classe III não for

corrigido.

6.1.1.3 Pré-molares

O primeiro e o segundo pré-molares superiores apresentaram uma

angulação positiva de 3,43°  e 4,33°, respectivamente. Andrews em seu

trabalho encontrou os valores de 2,65°  e 2,82°  para o primeiro e segundo

pré-molares. O aumento significativo da angulação desses dentes

encontrado nesta pesquisa demonstra uma tendência dos pré-molares de se

posicionarem em relação de classe II, quando comparado com os valores

encontrado por Andrews, este achado, clinicamente, facilita a perda de

ancoragem. A prescrição original de ANDREWS3 (1970) indica, para os pré-

molares superiores, 2°  de angulação, o que obriga maior atuação da

mecânica ortodôntica para a relação normal dos pré-molares e maiores

cuidados com o controle de ancoragem posterior. As prescrições de

RICKETTS38  (1976); ROTH41  (1975); HILGERS21  (1987); VIAZIS48  (1995);

MCLAUGHLIN; BENNETT; TREVISI31  (1997) e CAPELOZZA FILHO16 

(1999) preconizaram que esses dentes devam apresentar 0° de angulação,

a fim de posicionar os pré-molares mais facilmente em relação de classe I e

automaticamente fortalecer a ancoragem posterior. ALEXANDER2  (1983)

discorda e indica para os pré-molares superiores, 10°  de angulação,

utilizando-se como referência o longo eixo da coroa clínica, com o objetivo

de se obter paralelismo com a raiz do canino.

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99D I S C U S S O 

6.1.1.4 Primeiros molares

O aparelho Straight-Wire original preconiza para o primeiro molar

superior 5° de angulação. Nossa pesquisa encontrou um resultado de 5,55°,

demonstrando, assim, uma semelhança inclusive com o resultado da

pesquisa de Andrews que encontrou 5,73°. Os resultados apresentam uma

diferença não significante e a menor diferença de angulação do arco

dentário superior entre as pesquisas. Avaliando clinicamente, devemos

considerar que a adaptação da banda do primeiro molar já coloca o tubo

com aproximadamente 5° de angulação, pois a porção distal da banda tende

a se adaptar mais para cervical que a porção mesial. MCLAUGHLIN;

BENNETT e TREVISI31  (1997), descreveram que, com 5°  de angulação

previsto na prescrição, o primeiro molar superior chegaria a uma angulação

de aproximadamente 10°  após a adaptação da banda, o que posicionaria

esse dente com uma forte angulação positiva, favorecendo a perda da

ancoragem posterior e, em alguns tratamentos, pode causar interferências

oclusais com o segundo molar inferior. A literatura pesquisada mostra que as

todas prescrições2,16,21,32,38,41,48  recomendam o primeiro molar superior com

0° de angulação.

6.1.1.5 Segundos molares

O segundo molar superior foi o único dente que se apresentou,

na média, com angulação negativa, ou seja, com a coroa angulada para

distal. Já na pesquisa de Andrews nenhum dente mostrou-se com angulação

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100D I S C U S S O 

negativa no arco dentário superior. A comparação dos resultados entre as

pesquisas mostrou-se estaticamente não significante, apesar de

encontrarmos -0,24° e Andrews, 0,39

° de angulação. Acreditamos que essa

angulação negativa reflete a idade dentária, pois a maioria dos indivíduos

analisados não apresentavam os terceiros molares erupcionados. Porém,

após a erupção dos terceiros molares, os segundos molares superiores

provavelmente tenderão a apresentar angulação positiva, como

demonstrado por ANDREWS3  (1970), que preconizou para o aparelho

Straight-Wire original, 5°  de angulação. O demais autores ROTH41  (1975),

RICKETTS38 (1976); ALEXANDER2 (1983); HILGERS21  (1987); VIAZIS48 

(1995); MCLAUGHLIN; BENNETT; TREVISI31  (1997) e CAPELOZZA

FILHO16 (1999) indicaram em suas prescrições, 0°  de angulação para o

segundo molar superior, devido as mesmas considerações feitas sobre a

adaptação da banda.

Ao analisarmos os resultados de nossa pesquisa e os de Andrews, podemos

considerar que, mesmo sem o uso de bandas no segundo molar, o

posicionamento do braquete com 0º de angulação parece correto, pois essa

será a angulação desse dente em oclusão normal.

6.1.2 Angulação mesio-distal das coroas dentárias inferiores

Observando-se a anatomia dentária, PICOSSE37, em 1977,

descreveu que na arcada dentária inferior com exceção dos incisivos que,

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102D I S C U S S O 

motivo pelo qual, CAPELOZZA FILHO16 (1999) ao desenvolver a prescrição

para indivíduos portadores de má oclusão classe III, indicou braquetes para

os incisivos inferiores com 0° de angulação. ROTH

41

 (1975) e ALEXANDER2

 

(1983) prescreveram o mesmo valor de angulação para o incisivo central

que ANDREWS3 em 1970.

6.1.2.2 Incisivos laterais

A angulação do incisivo lateral inferior mostrou-se significativamente

discrepante considerando-se o resultado encontrado por Andrews, isto é, o

incisivo lateral inferior apresentou-se, em média, ligeiramente angulado para

distal, ou seja, com angulação negativa de -0,58°, porém um valor próximo a

zero grau. Alguns autores como HILGERS21  (1987); VIAZIS48  (1995);

MCLAUGHLIN; BENNETT e TREVISI31 (1997) preconizaram 0°  de

angulação, por motivos funcionais e mecânicos, a exemplo do incisivo

central. Acreditamos que o valor negativo seja decorrente do comportamento

de alguns incisivos laterais da amostra que apresentaram posicionamento

em forma de “leque”. No trabalho de Andrews, esse dente foi o que se

apresentou mais verticalizado, com valor de 0,38°  o que se aproxima da

média por nós encontrada. Mesmo assim, indicou 2°  de angulação para o

incisivo lateral. Autores como ROTH41  (1975) e ALEXANDER2  (1983)

seguiram a prescrição do aparelho Straight-Wire original. CAPELOZZA

FILHO16  (1999) indicou 2°  de angulação para a prescrição de braquete

padrão e para os tratamentos compensatórios da classe II, com o objetivo de

causar aumento da protrusão anterior inferior. Na prescrição de braquetes

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103D I S C U S S O 

para o tratamento compensatório das más oclusões de classe III foi indicado,

0°  de angulação para os braquetes do incisivo lateral inferior, pois neste

caso, o intuito é de diminuir, ao máximo essa protrusão.

Ao considerarmos o perfil facial ósseo e dentário da população

brasileira, conforme considerações feitas para angulação dos incisivos

superiores, poderíamos supor que a prescrição de 2º, conforme preconizou

Andrews poderia ser benéfica. Entretanto, não podemos deixar de

considerar os aspectos funcionais, como o movimento de protrusiva e o

aspecto da mecânica ortodôntica, pois a angulação positiva consome o

trespasse horizontal entre os incisivos.

6.1.2.3 Caninos

O comportamento da angulação do canino inferior foi de 2,43°, muito

semelhante ao apresentado na pesquisa de Andrews, porém suavemente

menos angulado, mais uma vez, seguindo o padrão das angulações dos

dentes anteriores da amostra estudada. Esse resultado sugere que a

prescrição original do aparelho Straight-Wire, com 5° de angulação para os

caninos inferiores, pode ser considerada exagerada e clinicamente, tende a

aumentar a protrusão dos incisivos inferiores, conforme salientado por

CAPELOZZA FILHO16 (1999), contra-indicando essa prescrição no

tratamento de indivíduos que apresentam classe III, sendo, no entanto,

favorável para os tratamentos das más oclusões de classe II.

A literatura mostrou uma diversidade grande em relação à angulação do

canino. Por exemplo, HILGERS21  (1987) e VIAZIS48  (1995) mantiveram em

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8/19/2019 Estudo Das Angulações e Inclinações Dentárias Em Brasileiros

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104D I S C U S S O 

suas prescrições os mesmos valores preconizados para o aparelho Straight-

Wire original. ROTH41  (1975) e ALEXANDER2  (1983) aumentaram ainda

mais esse valor, preconizando 7°  e 6

°, respectivamente. MCLAUGHLIN;

BENNETT e TREVISI31 (1997) prescreveram um valor próximo ao resultado

encontrado na pesquisa de Andrews, ou seja, 3° de angulação, salientando

que o valor por ele preconizado poderia causar protrusão dos incisivos,

dificultando a mecânica de classe I, II e III.

6.1.2.4 Pré-molares

O primeiro e o segundo pré-molares inferiores apresentaram angulação de

1,88°  e 3,43°, respectivamente e assim como os pré-molares superiores,

apresentaram-se mais angulados que o valores da pesquisa de Andrews.

Estes resultados apresentaram-se estatisticamente significantes. Entretanto,

o segundo pré-molar apresentou-se com maior angulação em relação ao

primeiro, tendência também verificada nos achados de Andrews.

Essa angulação das coroas dos pré-molares inferiores para mesial é

interessante clinicamente, pois posiciona os pré-molares mais facilmente na

obtenção da classe I, principalmente porque no arco superior a angulação foi

maior também. Essa maior angulação superior e inferior dos pré-molares

pode ter relação com a maior protrusão dentária de brasileiros, porém

devemos considerar a falta de trabalhos científicos conclusivos sobre esse

assunto.

ANDREWS3  (1970) preconizou em seus braquetes, 2° de angulação,

indicação seguida por MCLAUGHLIN; BENNETT e TREVISI31  (1997),

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105D I S C U S S O 

entretanto ROTH41 (1975) preconizou -1° de angulação, como artifício para

o preparo de ancoragem. RICKETTS38  (1976); ALEXANDER2 (1983);

HILGERS21 (1987) e VIAZIS48 (1995) preconizaram 0° de angulação para os

pré-molares inferiores, e CAPELOZZA FILHO16  (1999) indicou 2°  de

angulação, não fazendo distinção à compensação dentária.

6.1.2.5 Primeiros molares

O primeiro molar inferior apresentou-se com angulação mesial de

3,39°  e, comparado com a pesquisa de Andrews, o valor foi

significativamente maior, o que, assim como no casos dos pré-molares,

predispõe uma tendência de relação interarcos de classe II. ANDREWS3 

(1970) preconizou 2°  de angulação para o primeiro molar inferior, valor

rejeitado por RICKETTS38  (1976); ROTH41  (1975); ALEXANDER2 (1983);

HILGERS21  (1987) e VIAZIS48  (1995), que preconizaram angulações

negativas, como recurso para preparo de ancoragem. MCLAUGHLIN;

BENNETT e TREVISI31  (1997) preconizaram 0°, baseando-se nas mesmas

recomendações para os tubos dos molares superiores, ou seja,

posicionando os tubos paralelamente às cúspides vestibulares, devido à

angulação de aproximadamente 2°  dos molares inferiores, que ocorre pela

forma em que a banda é adaptada. CAPELOZZA FILHO16  (1999) também

preconizou para o molar inferior 0° de angulação.

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106D I S C U S S O 

6.1.2.6 Segundos molares

A maior diferença entre os resultados das duas pesquisas em relação à

angulação da coroa dentária ocorreu com o segundo molar inferior, que se

apresentou com angulação de 6,24°, contra 2,94°  de Andrews. A diferença

apresentada entre os dois trabalhos foi de 3,3°. Podemos sugerir que essa

diferença ocorreu em função da presença de curva de Spee, em alguns

pacientes, o que não ocorreu na amostra de ANDREWS4  (1972). Voltando

para o critério de seleção da amostra (página 61), considerando que os

pacientes deveriam apresentar, no mínimo 4 das 6 chaves. Portanto é

provável que a curva de Spee seja uma das chaves que mais esteve

ausente. Observando o trabalho realizado por BRANGELI15 em 2001, que

analisou a prevalência das seis chaves de oclusão em uma amostra de 97

brasileiros de oclusão normal, verificamos nos resultados, que nenhum dos

indivíduos da amostra apresentaram satisfatoriamente a presença das seis

chaves. Também assim foi em nossa amostra, onde alguns indivíduos

apresentaram uma curva de Spee mais acentuada. A curva de Spee

expressa maior alteração angular no segundo molar inferior, pelo fato de ser

esse o dente localizado na extremidade do arco dentário. ANDREWS3 (1970)

praticamente seguiu seus achados e indicou em sua prescrição, 2°  de

angulação. ROTH41  (1975); HILGERS21  (1987) e VIAZIS48  (1995)

preconizaram valores negativos de -1°, -5°  e -5°  respectivamente.

RICKETTS38  (1976); ALEXANDER2  (1983); MCLAUGHLIN; BENNETT;

TREVISI31  (1997) e CAPELOZZA FILHO16  (1999) preconizaram 0°  de

angulação para o segundo molar inferior, fazendo-se considerações para a

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107D I S C U S S O 

adaptação da banda, que posicionada paralelamente às cúspides

vestibulares, posicionaria o segundo molar com, aproximadamente 2°  de

angulação, conforme já mencionado anteriormente.

6.2 Inclinação vestíbulo-lingual das coroas dentárias 

6.2.1 Inclinação das coroas dentárias superiores.

A anatomia da face vestibular de todos os dentes apresenta uma

determinada inclinação para lingual, sendo muito mais acentuada nos dentes

inferiores que nos superiores. Os pré-molares e molares inferiores mostram,

com exuberância, essa inclinação. A inclinação lingual começa na união do

terço cervical, com o terço médio da face vestibular, de modo que os dois

terços incisais ou oclusais se inclinem e o terço cervical, não. Essa anatomia

tem a função de proteger a gengiva marginal. Todos os dentes apresentam

lobos de desenvolvimentos, que são centros primários de formação do dente

durante a embriogênese, porções que depois se fusionam deixando sulcos

como vestígios de sua independência. Dessa maneira, os dentes podem

apresentar variações anatômicas que obedecem a um plano de construção,

tendo um padrão morfogenético próprio e individual. Segundo MADEIRA27

em 1997, as variações anatômicas podem não ser disfuncionais, podem ser

discretas e não prejudicar a função oclusal.

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108D I S C U S S O 

FIGURA 6.2 – Foto demonstrativada medição da inclinação dentária

6.2.1.1 Incisivos centrais

O incisivo central superior apresentou-se

com inclinação vestibular, semelhante aos

resultados apresentados por Andrews,

apesar de em nossos resultados o incisivo

central ter se apresentado com inclinação

levemente mais para lingual. Clinicamente,

a inclinação mais para lingual é pouco

interessante quando se relaciona com

biomecânica ortodôntica, pois em casos onde há necessidade de retração,

há uma tendência de os incisivos perderem inclinação nesse processo, pelo

pequeno contato do fio retangular com o encaixe do braquete. Entretanto,

pode ser vantajoso para o estabelecimento de uma guia anterior eficiente.

Andrews, encontrou em sua pesquisa o valor de 6,11° de inclinação para o

incisivo central e preconizou para o aparelho Straight-Wire original, 7°  de

inclinação. Os resultados encontrados nessa pesquisa (5,28°) e na pesquisa

de Andrews, parecem estar indicados para indivíduos portadores de classe I.

Observando as prescrições de braquetes dos autores ROTH41(1975);

RICKETTS38  (1976); ALEXANDER2 (1983); HILGERS21  (1987); VIAZIS48 

(1995); MCLAUGHLIN; BENNETT; TREVISI31  (1997) e CAPELOZZA

FILHO16 (1999) para más oclusões de classe III, verificamos que a

recomendação é para um aumento significativo no valor da inclinação

superior, para diminuir a tendência dos incisivos em perder inclinação

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109D I S C U S S O 

durante a mecânica ortodôntica de retração e para a compensação das más

oclusões esqueléticas.

6.2.1.2 Incisivos laterais

O incisivo lateral superior apresentou uma inclinação positiva de 4,99°, mais

vestibularizado, quando comparado com a pesquisa de Andrews e menor

em relação ao incisivo central. O aparelho Straight-Wire original preconiza 3° 

de inclinação para o incisivo lateral. Devemos salientar entretanto que a

diferença não foi significante estatisticamente, o que mostra similaridade

entre as amostras no que diz respeito às inclinações dos incisivos

superiores. Esse valor, em algumas circunstâncias, leva o aparelho a

apresentar uma deficiência de torque na região anterior. Essa é uma

dificuldade apresentada para o tratamento de pacientes com necessidade de

retração dos incisivos. As prescrições atuais apresentam um valor maior

para a inclinação do incisivo lateral; assim, ROTH41  (1975) indicou 8°  de

inclinação, RICKETTS38 (1976) e HILGERS21  (1987) preconizaram 14°,

ALEXANDER2  (1983) preconizou 5°, VIAZIS48  (1995), MCLAUGLIN;

BENNETT; TREVISI31  (1997) e CAPELOZZA FILHO16 (1999) em sua

prescrição para compensação das más oclusões de classe III preconizaram

10°  de inclinação. Na prescrição padrão e nos tratamentos das más

oclusões de classe II, CAPELOZZA FILHO16  (1999) seguiu a mesma

preconização sugerida por ANDREWS3 (1970).

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110D I S C U S S O 

6.2.1.3 Caninos

A literatura mostra uma grande diversidade entre as prescrições atuais para

os caninos superiores. ROTH41

 (1975), ALEXANDER2

(1983) e CAPELOZZA

FILHO16  (1999) indicaram valores negativos, RICKETTS38  (1976),

HILGERS21  (1987) e VIAZIS48 (1995), indicaram valores positivos com o

propósito de promover mais liberdade entre os caninos. O aparelho MBT

(1997) prescreveu 2 braquetes para os caninos, com diferença na inclinação.

Um, segue a prescrição sugerida por ANDREWS3  (1970) com -7º e o outro

com 0º é indicado para os casos de tratamento com extrações de pré-

molares e pacientes que apresentam maxila atrésica ou que necessitam de

disjunção palatina.

A inclinação apresentada pelo canino superior em nossa pesquisa foi de -

6,7°, mostrando um valor discretamente menor em relação a pesquisa de

Andrews que foi de -7,25. Esses valores mostraram concordância com as

pesquisas revisadas.

6.2.1.4 Primeiros pré-molares

Na arcada dentária superior foi o dente que apresentou a maior diferença de

inclinação, comparando a presente pesquisa com os achados de Andrews.

O primeiro pré-molar superior mostrou uma inclinação negativa de -10,83°,

significantemente maior que o encontrado na pesquisa de Andrews (-8,47°).

Em nossos resultados, o primeiro pré-molar mostrou-se mais inclinado para

lingual que o segundo. Entretanto, na pesquisa de Andrews, foi o segundo

pré-molar que demonstrou maior inclinação negativa em relação ao primeiro.

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111D I S C U S S O 

ANDREWS3 (1970) preconizou para o aparelho Straight-Wire original -7° de

inclinação para o primeiro pré-molar, idêntico à inclinação do canino, devido

à relação de estética entre os dois dentes. Há uma unanimidade entre os

autores pesquisados2,16,21,31,41  em seguir a prescrição de ANDREWS3 

(1970). Segundo ZACHRISSON52 (2000), quando os pré-molares superiores

são visíveis no sorriso, o torque deve ser diminuído para que não haja

impressão de corredor bucal aumentado pela inclinação lingual excessiva.

Somente VIAZIS48  (1995) alterou para -5°, alegando que seus braquetes

foram planejados para sobrecorrigir más oclusões.

6.2.1.5 Segundos pré-molares

O segundo pré-molar apresenta, na prescrição original de ANDREWS3 

(1970) -7° de inclinação, valor menor do que o encontrado nesta pesquisa.

ANDREWS3 (1970) subcorrigiu o valor por finalidade estética permitindo aos

pré-molares superiores posicionarem-se de maneira clinicamente

satisfatória. O valor encontrado para o segundo pré-molar superior foi de

-9,95°, apresentando um aumento na inclinação negativa em relação ao

resultado da pesquisa de Andrews que foi de -8,78°, embora com menor

intensidade que o primeiro pré-molar. Entretanto, vale notar que os valores

de inclinação dos pré-molares superiores foram maiores que os de Andrews.

Como na discussão do primeiro pré-molar, somente VIAZIS48  (1995)

preconizou -5°  de inclinação e os demais autores2,16,21,31,41  seguiram a

prescrição de ANDREWS3 (1970).

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112D I S C U S S O 

6.2.1.6 Primeiros molares

Quanto ao primeiro molar superior, encontramos que não houve diferença

estatisticamente significante quando comparados nossos resultados com os

de Andrews. O resultado encontrado foi de -10,99° e o de Andrews -11,53°,

uma diferença suavemente menor. Das diferenças de inclinação das coroas

dentárias superiores entre as pesquisas, a do primeiro molar superior foi a

menor, de somente 0,54°.

ANDREWS3  (1970) preconizou para o tubo do primeiro molar -9° de

inclinação, ou seja, o autor subcorrigiu o valor encontrado. É interessante

comentar que essa diminuição da inclinação lingual preconizada pode

posicionar os primeiros molares superiores com a cúspide palatina baixa,

provocando interferências oclusais durante os movimentos mandibulares em

alguns tratamentos. Quando em 1975, ROTH41 propôs uma modificação no

aparelho Straight-Wire original, motivado por problemas funcionais, alterou a

prescrição do braquete do primeiro molar de -9° para -14° de inclinação, com

o objetivo de promover um movimento de torque palatino da coroa, e assim

promover a intrusão da cúspide palatina do primeiro molar superior,

prevenindo interferências oclusais. A prescrição do aparelho MBT (1997)

seguiu a mesma indicação sugerida por ROTH41 (1975). As prescrições de

ALEXANDER2  (1983), HILGERS21  (1987), VIAZIS48  (1995) e CAPELOZZA

FILHO16  (1999) alteraram para -10°  a inclinação do primeiro molar, valor

muito semelhante ao desta pesquisa.

6.2.1.7 Segundos molares

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113D I S C U S S O 

O segundo molar superior apresentou inclinação negativa

significativamente maior em relação ao encontrado na pesquisa de Andrews.

Encontramos o valor de -9,88°  e Andrews, em sua pesquisa, -8,1

°.

Entretanto, observamos que ambos os trabalhos obtiveram os primeiros

molares mais inclinados para lingual em relação ao segundo. A prescrição

do aparelho Straight-Wire original preconizou para o segundo molar -9°  de

inclinação, valor muito próximo do encontrado nesta pesquisa. Clinicamente,

em virtude da possibilidade de posicionamento mais baixo da cúspide

palatina, provocando interferências oclusais em alguns tratamentos, ROTH41 

(1975) preconizou para o segundo molar superior, -14°  de inclinação,

baseado nos mesmos conceitos utilizados para a alteração sugerida na

inclinação do primeiro molar superior. A prescrição do aparelho MBT (1997)

seguiu a indicação de ROTH41  (1975). As prescrições de ALEXANDER2 

(1983); HILGERS21 (1987); VIAZIS48  (1995) e CAPELOZZA FILHO16 (1999)

alteraram para -10°  a inclinação do segundo molar, seguindo a mesma

prescrição para o primeiro molar superior e novamente apresentando um

valor mais próximo dos nossos resultados.

6.2.2 Inclinação das coroas dentárias inferiores

6.2.2.1 Incisivos centrais

O incisivo central inferior, foi o único dente inferior pesquisado, que

apresentou inclinação positiva. Na pesquisa de Andrews todos os dentes

inferiores apresentaram inclinação negativa, apresentando, supostamente

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114D I S C U S S O 

um resultado bastante divergente. Entretanto, apesar da diferença ter

alcançado nível estatístico a inclinação positiva foi de somente 0,1°  e, no

trabalho de Andrews o valor foi de -1,71°  de inclinação. A prescrição,

entretanto, foi de -1º, mais próximo do valor por nós encontrado.

Clinicamente, poderíamos considerar torque neutro para os incisivos

inferiores e destacar que esses dentes são mais vestibularizados na amostra

de brasileiros, o que vem ao encontro do trabalho de MARTINS29 em 1982,

que encontrou em uma amostra de jovens brasileiros, leucodermas, de

oclusão normal, um valor médio do IMPA (ângulo do incisivo inferior com o

plano mandibular) de 93,85°.

Analisando a literatura, notamos uma tendência de as prescrições

apresentarem os incisivos inferiores com valores mais negativos que o

prescrito por ANDREWS3  (1970). Exemplo disso são as prescrições

idealizadas pelos autores ALEXANDER2  (1983); VIAZIS48  (1995);

MCLAUGLIN; BENNETT e TREVISI31  (1997) que indicaram para os seus

braquetes, o valor de -5°, -5°  e -6°, respectivamente. ROTH41  (1975) e

HILGERS21  (1987) não alteraram o valor preconizado por ANDREWS3

(1970). CAPELOZZA FILHO16  (1999) idealizou três prescrições para o

incisivo central inferior, de acordo com a relação intermaxilar. O braquete

padrão de CAPELOZZA FILHO16 (1999) é prescrito com o mesmo valor de

ANDREWS3  (1970). Para a compensação dos tratamentos das más

oclusões de classe II, preconizou 4°, sendo o único autor consultado a

preconizar um valor positivo para o incisivo inferior, com o propósito de

compensação da má oclusão esquelética. Para a compensação das más

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115D I S C U S S O 

oclusões de classe III, o autor indicou -6°, valor próximo ao indicado pela

maioria dos autores pesquisados.

6.2.2.2 Incisivos laterais

A inclinação do incisivo lateral inferior foi de -2,03°, menor que o valor

encontrado por Andrews que foi de -3,24°, assim como ocorreu com o

incisivo central. Suspeitamos que o menor valor encontrado na pesquisa

seja creditado a tendência dos indivíduos brasileiros, apresentar-se mais

protrusão dentária. A prescrição do aparelho Straight-Wire original para os

incisivos inferiores é de -1°  de inclinação. As prescrições segundo

ALEXANDER2  (1983); VIAZIS48  (1995); MCLAUGHLIN; BENNETT e

TREVISI31 (1997), indicam uma quantidade de torque negativo maior para os

incisivos laterais, assim como para os centrais, com a finalidade de resistir

aos efeitos colaterais da mecânica ortodôntica, como, por exemplo, a

protrusão dos incisivos, durante a fase de alinhamento e nivelamento, além

da perda de parte do torque causado pela relação entre o tamanho da

canaleta do braquete e o calibre do fio retangular. Outro argumento dos

autores2,32,48  para as modificações propostas consiste na relação entre o

incisivo lateral e o canino. ANDREWS3 (1970) indicou para o canino inferior -

11º deixando uma diferença de 10º entre os dois dentes, algo que tende a

provocar um degrau no ponto de contato. ROTH41  (1975) e HILGERS21 

(1987) mantiveram a mesma prescrição indicada por ANDREWS3  (1970).

CAPELOZZA FILHO16  (1999) preconizou três prescrições de braquetes,

sendo -1° para o braquete padrão, 4° para o tratamento compensatório das

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116D I S C U S S O 

más oclusões de classe II e -6°  para o tratamento compensatório das más

oclusões de classe III.

6.2.2.3 Caninos

O aparelho Straight-Wire original preconizou -11° de inclinação para o canino

inferior, apesar de Andrews ter encontrado em sua pesquisa, o valor de -

12,73°. Em nossa pesquisa, encontramos os caninos inferiores com -

10,13°, ou seja, mais verticalizados e a diferença foi significativa do ponto de

vista estatístico. ZACHRISSON52, em 2000, descreveu que durante a

mecânica ortodôntica, há a tendência de os caninos inferiores apresentarem

lingualização, e os aparelhos pré-ajustados apresentam torque lingual

definido, o que pode servir para aumentar a tendência de lingualização,

comprometendo os objetivos estéticos e funcionais. Revendo a literatura,

ROTH41  (1975) e CAPELOZZA FILHO16  (1999) seguiram a mesma

prescrição original de ANDREWS3 (1970). Os autores ALEXANDRE2 (1983),

VIAZIS48  (1995) e MCLAUGHLIN; BENNETT e TREVISI31  (1997)

preconizaram valores menores de inclinação para o canino inferior, sendo

-7°, -5°  e -6°  respectivamente. Contrariamente, RICKETTS38  (1976) e

HILGERS21  (1987) preconizaram um valor positivo de 7°  para a inclinação

do canino inferior, com o propósito de que o torque lingual da raiz é mais

vantajoso mecanicamente e, além de que toda mecânica ortodôntica

apresenta uma tendência de inclinação para lingual.

6.2.2.4 Primeiros pré-molares

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117D I S C U S S O 

Observamos nos dentes posteriores, em ambas as pesquisas, a

presença de um torque lingual progressivo. Os pré-molares apresentaram

uma inclinação lingual significativamente maior que os valores propostos por

Andrews, e nas duas pesquisas, o segundo pré-molar esteve mais inclinado

para lingual que o primeiro. Andrews encontrou em sua pesquisa o valor de

-18,95°  e o presente estudo encontrou -20,74°. Acreditamos que a maior

inclinação lingual dos pré-molares inferiores, dessa pesquisa seja devido à

relação desses dentes com os seus antagonistas, que também

apresentaram um aumento na inclinação para lingual.

O aparelho Straight-Wire original preconizou -17° de inclinação para o

primeiro pré-molar. ROTH41 (1975) e CAPELOZZA FILHO16  (1999)

mantiveram em suas prescrições o mesmo valor preconizado por

ANDREWS3  (1970), que foi muito próximo do valor por nós encontrado. Os

demais autores como ALEXANDER2  (1983); HILGERS21  (1987); VIAZIS48 

(1995); MCLAUGHLIN; BENNETT e TREVISI31  (1997) indicaram em suas

prescrições -11°, -11°, -15°, -12°, respectivamente, ou seja, valores

menores, que proporciona um posicionamento do primeiro pré-molar mais

verticalizado, pois em alguns tratamentos, essa conduta pode diminuir

interferências oclusais e no caso de fechamento de espaços essas

prescrições promoverão um torque resistente à tendência de lingualização

provocada pela mecânica ortodôntica.

6.2.2.5 Segundos pré-molares

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118D I S C U S S O 

O comportamento do segundo pré-molar inferior mostrou uma

diferença estatisticamente não significante, comparado com o valor

apresentado por Andrews que foi de -23,63°. Entretanto, novamente, a

inclinação foi ligeiramente maior para lingual (-24,38°). Entretanto,

ANDREWS3  (1970) preconizou -22° para o segundo pré-molar, valor menor

que o encontrado, mostrando novamente uma preocupação em manter a

verticalização dos dentes posteriores. ROTH41  (1975) e CAPELOZZA

FILHO16  (1999) seguiram a mesma prescrição de ANDREWS3  (1970). Os

autores ALEXANDER2  (1983); HILGERS21  (1987); MCLAUGHLIN;

BENNETT e TREVISI31 (1997) preconizaram -17° e VIAZIS48 (1995) -20° de

inclinação para o segundo pré-molar inferior, ressaltando os mesmos

comentários realizados para o primeiro pré-molar.

Mais uma vez salientamos que os pré-molares superiores

apresentaram uma maior inclinação lingual e, portanto, os inferiores

seguiram o mesmo comportamento para a correta intercúspidação.

6.2.2.6 Primeiros molares

A inclinação do primeiro molar inferior para a mostra estudada foi

negativa de -28,66°, valor estatisticamente menor que o encontrado na

pesquisa de Andrews. Por outro lado, nossos resultados estão de acordo

com a tendência dos trabalhos atuais, como ALEXANDER2  (1983);

HILGERS21  (1987); VIAZIS48  (1995); MCLAUGHLIN; BENNETT; TREVISI31 

(1997) e CAPELOZZA FILHO16 (1999) de prescreverem valores menores de

inclinação para esses dentes que o originalmente preconizado por

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119D I S C U S S O 

ANDREWS3  em 1970, ou seja, de -30°, mantido na prescrição de ROTH41 

(1975).

Clinicamente, o menor torque dado ao primeiro molar parece

interessante, pois propicia o aplainamento da curva de Wilson, com

abaixamento das cúspides vestibulares, diminuindo o risco de interferências

na oclusão no lado de balanceio, em várias más oclusões. Além disso,

muitas más oclusões apresentam o arco mandibular estreito e diminuindo o

valor da inclinação, permitimos um aumento transversal do arco dentário

inferior. ZACHRISSON52  (2000) salientou que nos primeiros e segundos

molares inferiores não deveriam ser utilizados braquetes pré-torqueados,

pois durante a mecânica, já existe a tendência de inclinação lingual desses

dentes.

6.2.2.7 Segundos molares

O segundo molar inferior foi o dente analisado que apresentou a

maior diferença entre as duas pesquisas, no que concerne à inclinação

dentária inferior. A diferença foi de 3,93°  estatisticamente significante.

Encontramos -32,1°  de inclinação e Andrews encontrou -36,03°.

Clinicamente, essa diferença é considerável, pois como já descrevemos, as

prescrições atuais mostram tendência de posicionar os dentes posteriores

inferiores com maior inclinação vestibular, em relação ao preconizado pelo

aparelho Straight-Wire original que foi de -35°. Comparativamente, a

inclinação dos segundos molares inferiores desta pesquisa foi ainda menor

que a prescrita pelo aparelho Straight-Wire original. Podemos supor que

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120D I S C U S S O 

esse achado demonstra uma compensação de ordem funcional, em resposta

ao aumento da inclinação negativa dos molares superiores, ou seja, a

cúspide palatina dos molares superiores estando mais alta e a vestibular

mais baixa, as cúspides vestibulares dos molares inferiores ficariam mais

baixas e as linguais mais altas. Conseqüentemente, as interferências

oclusais são eliminadas no lado de balanceio. Consultando a literatura,

notou-se, novamente, que os autores2,16,21,31,41,48  prescreveram uma

inclinação menor para esses dentes, porém, a prescrição recomendada pela

técnica MBT (1997) foi a mais discrepante, com indicação de -10°  de

inclinação. Segundo os autores, o segundo molar inferior tende a inclinar-se

para lingual com maior intensidade durante a mecânica, portanto, o menor

torque lingual funcionaria como um torque resistente.

A prescrição de ALEXANDER2 (1983) mostrou dois valores de

inclinação para o segundo molar inferior, e a explicação está na mecânica

ortodôntica. Comentou que é comum o uso de ômega na mesial do segundo

molar. Para que essa dobra não se posicione com possibilidade de ferir a

mucosa ou reter alimentos, recomendou um torque no arco de forma a

afastar o ômega do rebordo alveolar. Teremos então, automaticamente

introduzido torque negativo no segundo molar. Quando esta manobra não for

necessária aconselhou usar tubo com -27º de inclinação. Entretanto, quando

o ômega for empregado, considerou conveniente o uso de tubos com 0º de

inclinação.

6.3 Considerações finais

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121D I S C U S S O 

Comparando-se nossa pesquisa com o trabalho executado por Andrews,

verificamos que o resultado de angulação e inclinação de alguns dentes são

bem semelhantes, porém, algumas diferenças são estatisticamente

significantes. Tal fato deve-se, provavelmente ao grande tamanho das

amostras utilizados em ambos estudos. Sabemos que algumas destas

diferenças, clinicamente, não apresentariam diferenças significantes.

Se fizermos esta mesma comparação aos trabalhos que originaram

várias prescrições de braquetes, baseadas na experiência clínica dos

autores como ROTH41 (1975), RICKETS38 (1976), ALEXANDER2  (1983),

HILGERS21 (1987), VIAZIS48 (1995), MCLAUGHLIN; BENNETT e TREVISI31 

(1997), CAPELLOZZA FILHO16 (1999), e outros, verificamos que em alguns

dentes, a diferença dos resultados é grande. O motivo é bastante simples,

pois quando um aparelho é desenvolvido, baseado em experiências clínicas,

o que os autores pensam em colocar na prescrição dos braquetes é uma

mistura do comportamento morfológico das más oclusões com a tentativa

dos braquetes de neutralizarem os efeitos colaterais causados pela

mecânica ortodôntica.

Por exemplo, quando se trata uma má oclusão de classe II, divisão 2,

onde temos os incisivos centrais superiores verticalizados, com pouca

inclinação vestibular, temos que trabalhar com um braquete que apresenta

uma inclinação maior que o encontrado em nossa pesquisa e maior também

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122D I S C U S S O 

que a inclinação encontrada por Andrews. Devido ao efeito da mecânica de

classe II que tende a verticalizar os incisivos superiores na fase de retração,

o braquete com excesso de inclinação proporciona um torque resistente. Já

no arco inferior, o efeito dos elásticos de classe II, tendem a proclinar os

incisivos, por isso, necessitamos de braquetes para os incisivos inferiores,

com maior inclinação negativa que o encontrado em ambas as pesquisas,

para que este efeito seja controlado.

No tratamento da má oclusão de classe III, a idealização de uma

prescrição de braquetes deve-se mais à morfologia da má oclusão. Por

exemplo, os braquetes dos incisivos superiores devem apresentar uma

inclinação e angulação maiores, que o valor encontrado em ambas as

pesquisas. Já os braquetes dos incisivos inferiores deveriam apresentar

maior inclinação negativa e menos angulação. Desta maneira, temos

condições de compensar os incisivos afim de tratar uma má oclusão

esquelética.

A dificuldade de não encontrarmos trabalhos que realizaram a

medição da angulação e inclinação das coroas dentárias em brasileiros,

trouxe-nos dificuldades de comparação. Assim, comparando nossos

resultados com uma amostra norte-americana, onde possivelmente deve

existir diferenças anatômicas entre as amostras, as diferenças algumas

vezes, apresentaram-se estatisticamente significante.

A pesquisa mostrou uma tendência de apresentar os dentes

anteriores com menor angulação; já os dentes posteriores, mostraram-se

com uma angulação maior, quando comparado com os resultados

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123D I S C U S S O 

apresentados por Andrews. Julgamos ser um achado interessante e é

importante que novas pesquisas sejam desenvolvidas para confirmar esses

resultados.

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124D I S C U S S Ã O 

77  CCOONNCCLLUUSSÃOO 

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125C O N C L U S O 

7 Conclusão

De acordo com a metodologia empregada e após a obtenção dos

resultados, parece-nos lícito concluir que:

7.1 Em relação à angulação das coroas dentárias, os valores encontradosforam:

Angulação das Coroas DentáriasDentes Superior Inferior

1 2,21°  0,03° 2 6,19°  -0,58° 3 7,13°  2,43° 4 3,43°  1,88° 5 4,33°  3,43° 6 5,55°  3,39° 7 -0,24°  6,24° 

7.2 Em relação à inclinação das coroas dentárias, os valores encontrados

foram:

Inclinação das Coroas DentáriasDentes Superior Inferior

1 5,28°  0,10° 2 4,99°  -2,03° 3 -6,70°  -10,13° 4 -10,83°  -20,74° 5 -9,95°  -24,38° 6 -10,99°  -28,66° 7 -9,88°  -32,10° 

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 126C O N C L U S O 

7.3 Em relação à comparação com os valores encontrados por Andrews:

As angulações e as inclinações dentárias superiores e inferiores,

apresentaram-se, em sua maioria, discordes dos valores descritos por

Andrews, sendo que, em relação à angulação das coroas dentárias

superiores, os incisivos e o canino apresentaram valores menores e

estatisticamente significantes. Os pré-molares apresentaram valores maiores

e também estatisticamente significantes. Os molares apresentaram valores

menores, porém não significantes estatisticamente.

A angulação das coroas dentárias inferiores, apresentou o seguinte

comportamento: os incisivos apresentaram valores menores e

estatisticamente significantes. Os pré-molares e molares apresentaram

valores estatisticamente maiores. O canino foi o único dente a apresentar

angulação sem diferença significante

Em relação à inclinação das coroas dentárias superiores, o incisivo

central e o canino apresentaram valores suavemente menores, os pré-

molares e o segundo molar valores estatisticamente maiores e o incisivo

lateral e o primeiro molar, apresentaram valores maiores e menores,

respectivamente, porém sem diferença estatisticamente significante.

A inclinação das coroas dentárias inferiores, apresentou o seguinte

comportamento: os dentes anteriores apresentaram valores estatisticamentemenores. O primeiro pré-molar apresentou valor estatisticamente maior. Os

molares apresentaram valores estatisticamente menores e o segundo pré-

molares apresentou valor maior, sem significância estatística.

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125C O N C L U S O 

RREEFFEERR NNCCIIAASS BBIIBBLLIIOOGGRR FFIICCAASS 

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SSUUMMMMAARRYY 

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 137S U M M A R Y 

ZANELATO, ADRIANO C. T. Study of the dental crown tipping and angulationin leukoderm Brazilian individuals.

SUMMARY

This research paper aims at studying the numerical values of the

angulation and tipping of dental crowns in leukoderm Brazilian

individuals, comparing these values with the ones presented by Andrews.

The sample comprised 60 individuals, from both sexes, between 12 and

21 years of age, presenting normal occlusion and who had never undergone

orthodontic treatment previously.

Angulation (mesiodistal) and tipping (buccolingual) measurements were

taken by means of a device specially manufactured for this research study.

After data gathering and application of the statistic treatment, it wasverified that, in its majority, dental crowns presented positive angulation for both

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 138S U M M A R Y 

upper and lower arches, e.g., the cervical portion was more distal oriented thanthe incisal/occlusal portion. Second upper molars and lower lateral incisors werethe only teeth to present negative angulation. The amount of angulation varied

for each one of the teeth.

As for the inclination, the great majority of dental crowns presented

negative inclination, e.g., the cervical portion was more buccal oriented than the

incisal/occlusal portion, except upper incisors and lower lateral incisors. The

amount of inclination varied for each one of the teeth.

Significative statistic differences have been found in some dental crowns

regarding teeth angulation and tipping, comparing the values found in this

research study with the ones presented by Andrews.

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 139S U M M A R Y 

AANNEEXXOOSS 

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  140A N E X O S 

ANEXO A

FICHA DE AVALIAÇÃO CLÍNICA

Data: ____/____/____

Nome:__________________________________________________________

Idade:______________ D.N. ____/____/____ Gênero [ ]

Endereço Residencial______________________________________________

Fone Resid.: (___)______-_______ Fone Referência.: (___)______-_______

Celular: (___)______-_______

Filiação: Nome do Pai___________________________________________

Fone: (___)______-_______

Nome da Mãe__________________________________________

Fone: (___)______-_______

Ascendência:

Pai _____________________ Avô Pat.___________________

Avó Pat.___________________

Mãe ____________________ Avô Mat.___________________Avó Mat.___________________

Curso:_________________________ Período/Ano ________________

Colégio _________________________________________________________

Dados Clínicos

Chave1 Sim[ ] Não [ ] Chave4 Sim[ ] Não [ ]

(Relação molar) (Rotação)

Chave2 Sim[ ] Não [ ] Chave5 Sim[ ] Não [ ]

(Angulação da coroa (inclinação)) (Contatos justos)

Chave3 Sim[ ] Não [ ] Chave6 Sim[ ] Não [ ]

(Inclinação da coroa(Torque)) (Plano oclusal)

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  141A N E X O S 

Relação Molar.  A superfície distal da cúspide disto-vestibular do primeiro molarpermanente superior faz contato e ocluí com a superfície mesial da cúspide mésio-vestibular do segundo molar inferior. A cúspide mésio-vestibular do primeiro molarpermanente superior cai dentro do sulco entre as cúspides mesial e medial do primeiro

inferior.Angulação da coroa. Refere-se inclinação mésio – distal.Inclinação da coroa. Refere-se inclinação mésio-lingual do longo eixo da coroa.Rotações. Ausências de rotações.Contato Justo. Ausência de espaço; ponto de contato fechado.Plano Oclusal. O plano da oclusão para uma suave curva de spee.

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  142A N E X O S 

ANEXO B

TERMO DE CONSENTIMENTO

TERMO DE CONSENTIMENTO

Eu, _________________________ portador do R.G. nº ___________________

Residente à ___________________________________________ nº ________

cidade_______________________________ no Estado de São Paulo

responsável pelo (a) menor__________________________________________

de uma seleção realizada para pesquisa científica de análise oclusal, facial e

cefalométrica desenvolvida pelos alunos do Curso de Mestrado em Ortodontia

da Universidade Metodista de São Paulo. Permito que o menos supra referido,

uma vez selecionado para a pesquisa, seja submetido aos exames

complementares, dentre os seguintes: radiografias, fotografias faciais e

moldagem das arcadas dentárias, de acordo com as normas preconizadas pela

Vigilância Sanitária.Concedo à UMESP totais direitos quanto ao uso do material coletado com afinalidade de ensino e divulgação, dentro das normas vigentes, bem comopublicação em jornais e/ou revistas científicas do país e do exterior.

São Bernardo do Campo, ____ de _____________________ de 200___.

 ____________________________________

Responsável

ANEXO C

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  143A N E X O S 

CARTA INFORMATIVA AOS PAIS

São Bernardo do Campo, de novembro de 2001.

Prezados pais,

Tem esta a finalidade de vir à presença dos senhores, a fim de informa-

los sobre o teor da pesquisa científica que está sendo realizada na

Universidade Metodista de São Paulo, através de seu Centro de Pós-

Graduação.

Os alunos do curso de Mestrado em Ortodontia deste Centro, sendo

todos profissionais qualificados, estão desenvolvendo uma pesquisa para

avaliar a freqüência de casos de oclusão normal (mordida correta) em

estudantes de 12 a 21 anos de idade da região do Grande ABC.

Para tanto, estamos entrando em contato com algumas escolas

selecionadas e solicitando a colaboração de alunos, professores e pais, no

sentido de permitirem uma rápida e simples avaliação bucal dos estudantes.

Aqueles que se enquadram nos critérios de seleção (mordida perfeita e

que não tenham usado qualquer dispositivo ortodôntico) serão solicitados para

uma avaliação mais apurada, com realização de estudos complementares.

Tais estudos serão realizados na Universidade Metodista de São Paulo,

setor de Ortodontia, sem qualquer custo.

Esclarecemos ainda, que o transporte para o local referido, quando

necessário, dar-se-á por conta dos profissionais envolvidos.

No momento, aguardamos somente a autorização necessária dos

senhores, enviada em anexo, que deverá ser assinada para darmos

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  144A N E X O S 

continuidade aos trabalhos; e de posse dela, entraremos em contato telefônico

para agendarmos a realização dos exames mencionados.

Aproveitamos o ensejo para agradecermos a atenção e a colaboração detodos, comprometendo-nos a enviar posteriormente o relatório conclusivo das

informações colhidas ao longo do trabalho.

Atenciosamente,

 ____________________________Dr. Marco Antônio ScanaviniCoordenador do Curso de MestradoEm Ortodontia da UMESP

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  145A N E X O S 

AAPPÊNNDDIICCEE 

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 146A P N D I C E 

Apêndice

No apêndice, são apresentados as medidas de todos os 60 indivíduos

que participaram da amostra. Ainda apresenta o valor da média, desvio padrão,

valor máximo e o valor mínimo.

Observa-se que para a realização do teste estatístico foi utilizado como

contagem o valor de 120 dentes, ou seja, contou-se a medição do lado direito e

o lado esquerdo. Isto foi necessário para se conseguir obter o valor máximo e

mínimo, pois se houve-se medido o lado direito e o esquerdo e fizesse uma

média, os valor encontrados seriam menores.

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 147A P N D I C E 

APÊNDICE 1

Dados dos Resultados das Medidas dos 60 Modelos de Oclusão NormalNatural

Angulação do Arco Superior  Angulação do Arco Inferior

Paciente  1 2 3 4 5 6 7 1 2 3 4 5 6 7

1 Esquerdo 0 11 4 5 5 5 0 -3 -3 3 1 1 3 3Direito  -7 7 10 1 2 6 -1 3 1 6 4 3 3 7

2 Esquerdo  5 6 3 0 0 6 -3 1 0 2 0 2 4 5Direito  0 3 7 5 4 3 -12.5 3 -1 4 2 2 5 3

3 Esquerdo  5 10 15 3 2 4 -3 -4 -5 -3 2 2 2 4Direito  2 6 11 0 3 3 1 5 2 2 4 4 2 2

4 Esquerdo  0 0 1 4 2 5 2 -3 0 -4 -3 0 3 5Direito  7 12 6 4 5 6 3 -2 -2 -5 0 0 0 2

5Esquerdo

  3 6 11 7 8 6 0 0 -3 -3 0 3 3 3Direito  2 2 8 7 2 5 2 0 -4 2 4 3 2 5

6 Esquerdo  6 4 8 8 3 4 -8 1 -6 1 0 0 0 3Direito  0 -2 4 4 6 6 -12 0 -3 2 2 2 2 2

7 Esquerdo  8 8 6 5 5 4 -6 0 0 0 -3 5 0 0Direito  0 4 0 -2 -2 2 -9 4 1 5 0 2 3 8

8 Esquerdo  3 7 7 2 3 4 5 0 0 4 0 2 3 6Direito  3 4 -1 -1 1 2 1 0 2 13 2 3 2 2

9 Esquerdo  3 7 10 8 9 6 1 0 -2 8 5 3 2 8Direito  0 5 8 6 3 6 2 3 5 -2 6 3 3 6

10 Esquerdo  0 4 9 3 4 6 3 -5 -9 4 4 3 4 4Direito  -5 3 1 3 3 7 -3 4 -4 0 5 6 4 6

11 Esquerdo  2 7 21 2 5 7 4 3 2 1 0 3 2 5Direito  -5 4 10 4 3 5 2 -3 -1 0 0 -4 0 4

12 Esquerdo  2 0 4 6 4 8 3 0 2 0 1 3 5 8Direito  5 5 5 5 10 5 1 0 3 1 2 5 7 9

13 Esquerdo  3 5 3 1 4 9 2 3 -3 0 0 3 4 10Direito  -5 16 1 0 0 1 -6 3 2 4 -2 5 10 7

14 Esquerdo  3 6 6 5 5 5 5 0 0 3 4 3 4 5Direito  1 3 5 1 2 5 1 4 1 6 5 7 5 5

15 Esquerdo  9 8 7.5 1 3 7 2 -5 3 8 6 5 6 5Direito  0 2 5 3 3 5 2 0 4 9 1 3 3 5

16 Esquerdo  4 11 8 2 4 4 3 0 0 0 3 1 3 6Direito  3 3 5 3 5 6 0 0 -2 0 5 3 4 5

17 Esquerdo  -2 11 5 1 2 3 -1 -1 -2 2 2 6 6 8Direito  -4 7 14 3 6 6 -1 4 -1 -1 6 6 4 9

18 Esquerdo  0 7 7 3 1 4 -6 0 -8 0 0 0 3 8Direito  0 0 6 0 -1 2 -8 0 0 6 0 -4 1 8

19 Esquerdo  0 2 3 3 4 9 4 0 -3 3 -5 3 4 7Direito  3 6 5 5 8 6 -2 0 0 5 3 1 3 6

20 Esquerdo  6 12 8 5 10 8 6 -1 0 7 3 4 1 1Direito  6 8 15 5 5 8 8 -1 -1 0 -3 1 3 5

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 148A P N D I C E 

Angulação do Arco Superior(continuação)  Angulação do Arco Inferior(continuação)

Paciente  1 2 3 4 5 6 7 1 2 3 4 5 6 7

21 Esquerdo  6 11 6 3 3 5 1 2 1 5 6 4 2 4Direito  1 9 7 4 6 5 -2 1 1 11 6 8 2 5

22 Esquerdo  5 8 10 5 9 8 6 0 -2 0 3 2 2 1Direito  2 3 3 1 5 7 5 2 -1 -2 1 3 3 3

23 Esquerdo  2 3 4 4 3 5 3 0 0 0 0 4 4 5Direito  0 2 2 2 3 4 -2 0 0 -3 2 5 3 10

24 Esquerdo  0 0 4 5 6 7 5 0 0 -2 1 3 2 5Direito  0 3 2 2 3 6 3 0 0 -1 0 0 0 -2

25 Esquerdo  3 6 7 5 3 4 4 -4 -5 -9 -9 5 2 6Direito  -4 3 1 0 2 4 -2 2 -2 -3 -1 10 8 6

26 Esquerdo  2 10 15 5 7 8 2 -5 -2 0 0 4 4 3Direito  0 12 11 5 7 5 -5 0 -4 0 0 5 4 5

27Esquerdo  0 9 8 4 7 7 1 3 1 -2 1 0 2 9Direito  3 7 6 3 4 5 -2 0 4 8 2 2 2 7

28 Esquerdo  2 9 15 2 6 7 5 0 0 7 1 9 3 7Direito  2 2 1 1 5 4 3 3 0 9 1 5 5 9

29 Esquerdo  3 15 11 3 8 6 3 0 -5 5 6 4 5 7Direito  3 9 5 4 6 6 2 0 0 0 5 5 5 5

30 Esquerdo  7 10 9 2 5 5 3 -2 -5 3 1 1 1 8Direito  -1 3 8 2 1 1 -8 2 1 9 3 5 3 4

31 Esquerdo  1 8 7 3 8 4 2 -4 -1 0 6 1 -4 0Direito  2 1 2 1 -2 1 -3 -10 2 4 2 3 2 6

32 Esquerdo  2 7 11 6 8 10 2 -2 -4 3 3 6 3 8Direito  0 0 -3 4 5 5 3 4 8 8 3 8 6 5

33 Esquerdo  8 11 12 2 4 8 7 -3 -6 -3 -2 3 2 5Direito  1 8 8 2 5 5 7 2 -2 3 3 3 3 4

34 Esquerdo  0 19 7 3 4 5 -8 0 4 2 2 3 3 2Direito  0 4 10 3 3 4 -6 -2 0 9 3 2 3 5

35 Esquerdo  3 8 1 3 7 11 3 -3 -5 1 0 0 4 3Direito  0 5 2 0 5 7 3 2 0 3 4 2 2 3

36 Esquerdo  5 10 13 3 2 3 -4 -2 -2 3 0 0 5 12Direito  1 4 11 1 5 5 1 0 0 13 9 10 6 16

37 Esquerdo  0 15 12 3 4 7 2 0 -7 -3 -4 3 2 9Direito  2 5 5 3 3 7 -1 0 0 0 -4 0 3 8

38 Esquerdo  8 13 8 4 7 5 6 0 1 8 5 3 9 8Direito  3 8 7 2 5 5 3 0 0 3 5 4 8 9

39 Esquerdo  0 5 8 5 3 3 -5 -2 -2 -1 0 4 4 7Direito  3 6 14 0 2 3 -7 0 1 -2 1 3 5 6

40 Esquerdo  6 8 9 5 -2 6 -12 3 -2 -4 2 10 8 4Direito  0 2 11 4 6 6 0 -3 -3 -3 1 6 4 9

41 Esquerdo  2 0 -3 1 1 3 -11 0 -3 2 -3 4 6 8Direito  5 6 4 3 -1 5 -11 0 -3 -1 -3 0 4 8

42 Esquerdo  -4 10 10 7 12 6 -3 3 -5 3 3 6 6 13Direito  3 9 13 12 14 8 0 0 0 4 5 7 6 7

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 149A P N D I C E 

Angulação do Arco Superior(continuação)  Angulação do Arco Inferior(continuação)

Paciente  1 2 3 4 5 6 7 1 2 3 4 5 6 7

43 Esquerdo  5 9 9 7 10 12 -4 3 3 10 7 7 4 6Direito  2 6 5 1 9 6 1 0 -6 6 8 9 5 7

44 Esquerdo  6 9 7 4 6 7 -5 0 0 5 1 2 5 11Direito  4 1 11 6 8 4 -3 -2 5 5 3 6 6 14

45 Esquerdo  6 9 12 5 7 10 5 0 0 2 1 7 5 10Direito  0 6 8 3 7 7 3 2 2 8 6 12 5 10

46 Esquerdo  7 9 3 6 5 5 -4 3 3 5 1 -4 0 13Direito  5 8 8 5 4 4 -4 4 3 15 6 5 2 12

47 Esquerdo  3 11 6 -1 4 5 -11 -8 0 0 -1 4 1 6Direito  2 2 2 1 1 2 2 6 6 7 5 8 5 8

48 Esquerdo  3 6 9 4 3 10 3 -5 -5 3 0 0 0 7Direito  0 6 3 3 2 9 3 4 4 4 3 0 1 5

49Esquerdo  7 10 11 6 5 10 9 0 3 2 1 3 7 7Direito  5 1 9 4 5 6 9 -9 0 -4 -3 3 3 7

50 Esquerdo  5 13 9 6 3 8 1 -2 -10 -4 -1 0 2 5Direito  3 9 7 4 3 5 1 0 0 2 5 5 4 5

51 Esquerdo  6 9 6 6 6 7 1 -4 -6 -4 -5 0 3 10Direito  0 0 5 2 -1 3 -5 3 2 0 0 2 7 13

52 Esquerdo  2 5 13 3 2 4 1 -7 -5 3 0 0 2 12Direito  0 0 1 3 1 4 0 0 5 7 7 10 1 8

53 Esquerdo  2 4 9 5 8 13 -4 6 -4 4 3 4 3 3Direito  -3 4 8 3 5 10 1 2 1 8 9 8 1 0

54 Esquerdo  0 4 8 4 4 2 4 0 0 0 3 3 0 0Direito  0 7 5 0 3 4 1 0 3 7 5 5 3 3

55 Esquerdo  5 7 16 12 11 4 3 2 0 7 5 7 3 7Direito  0 3 3 0 2 3 -5 0 9 12 13 6 10 17

56 Esquerdo  7 12 16 8 3 5 2 0 -2 -4 -4 0 0 10Direito  0 5 10 6 5 4 -4 3 2 -2 2 2 3 11

57 Esquerdo  4 2 13 6 4 5 5 -2 -2 0 0 0 0 0Direito  5 5 11 3 4 4 2 4 2 0 0 1 3 3

58 Esquerdo  7 9 6 5 3 8 -6 -3 -1 -3 0 4 6 7Direito  0 5 4 2 5 2 -8 6 2 4 3 1 3 6

59 Esquerdo  2 4 3 1 4 5 3 -1 -1 1 0 2 0 2Direito  2 3 6 1 2 3 -4 3 0 0 2 2 6 8

60 Esquerdo  5 4 8 5 5 9 3 0 0 0 0 3 3 9Direito  5 0 0 0 4 7 1 -4 0 5 5 7 5 5

Contagem 120 120 120 120 120 120 120 120 120 120 120 120 120 120Média 2,21 6,19 7,13 3,43 4,33 5,55 -0,24 0,03 -0,58 2,43 1,88 3,43 3,39 6,24

Desvio Padrão 3,05 3,91 4,28 2,39 2,84 2,28 4,73 2,92 3,24 4,33 3,25 2,91 2,24 3,39Valor Máximo 9 19 21 12 14 13 9 6 9 15 13 12 10 17Valor Mínimo -7 -2 -3 -2 -2 1 -12,5 -10 -10 -9 -9 -4 -4 -2

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8/19/2019 Estudo Das Angulações e Inclinações Dentárias Em Brasileiros

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 150A P N D I C E 

APÊNDICE 2 

Inclinação do Arco Superior Inclinação do Arco InferiorPaciente  1 2 3 4 5 6 7 1 2 3 4 5 6 7

1 Esquerdo  18 16 -4 0 -3 -7 -10 3 4 -7 -12 -19 -27 -34Direito  17 17 1 1 -1 -5 -11 2 -1 -7 -13 -23 -24 -37

2 Esquerdo  8 9 -15 -18 -18 -19 -12,5 2 -1 -17 -22 -25 -30 -26Direito  6 4 -13 -18 -14 -19 -8 -2 -1 -11 -17 -23 -25 -21

3 Esquerdo  9 8 -4 -7 -6 -6 -7 -1 -5 -13 -20 -23 -30 -35Direito  9 4 -18 -12 -8 -10 -10 -4 -5 -8 -19 -22 -29 -35

4 Esquerdo  4 8 -11 -2 -7 -8 -8 -8 -11 -9 -17 -24 -30 -35Direito  5 7 -6 0 -7 -11 -9 -8 -8 -13 -22 -23 -27 -32

5 Esquerdo  9 7 3 -8 -8 -15 -6 -6 -11 -15 -25 -30 -35 -33,5Direito  8 9 -1,5 -15 -14 -17 -15 -10 -9 -11 -23 -26 -30 -31

6 Esquerdo  5 3 -3 -15 -11 -16 -11 5 -14 -15 -24 -32 -26 -31Direito  2 3 -8 -13 -12 -17 -17 7 -12 -11 -27 -33 -33 -38

7 Esquerdo  7 3 -9 -12 -9 -13 -13 -7 -5 -14 -20 -20 -27 -35Direito  7 2 -7 -5 -6 -9 -13 -5 -5 -21 -26 -24 -29 -36

8 Esquerdo  4 5 -5 -8 -8 -13 -15 6 5 -3 -11 -21 -21 -29Direito  5 3 -6 -8 -7 -7 -9 5 3 -8 -15 -24 -20 -29

9 Esquerdo  5 10 -7 -13 -6 -14 -6 10 8 -5 -10 -13 -22 -22Direito  6 6 -8 -8 -3 -16 -4 5 6 1 -7 -12 -22 -31

10 Esquerdo  -4 1 -11 -18 -10 -9 -13 -16 -13 -15 -32 -28 -35 -37Direito  -4 -4 -13 -18 -16 -9 -15 -9 -7 -12 -32 -35 -33 -29

11 Esquerdo  -2 -2 -2 -12 -15 -14 -17 1 0 -7 -19 -30 -18 -30Direito  2 -4 -9 -18 -16 -13 -18 0 0 -11 -23 -23 -23 -30

12 Esquerdo  5 16 -2 0 0 -6 -2 -2 -6 -16 -23 -23 -36 -38Direito  5 3 -6 -10 3 -6 -2 0 -2 -10 -18 -14 -29 -34

13 Esquerdo  7 -2 -6 -18 -23 -21 -21 1 -4 -10 -30 -36 -38 -38Direito  7 1 -2 -11 -21 -13 -25 0 -4 -14 -28 -37 -44 -53

14 Esquerdo  8 7 -2 -6 0 -9 -14 6 5 -4 -21 -18 -26 -30Direito  9 8 -4 -3 -3 -6 -10 9 6 -2 -15 -13 -21 -29

15 Esquerdo  5 4 -10 -6 -8 -13 -15 4 0 -12 -20 -28 -33 -38Direito  7 4 -12 -7.5 -10 -15 -14 -2 -2 -10 -19 -25 -31 -38

16 Esquerdo  -2 -1 -6 -10 -9 -8 -10 3 0 -5 -20 -23 -28 -36Direito  -4 3 -8 -8 -10 -9 -7 1 -2 -3 -15 -23 -24 -31

17 Esquerdo  7 5 -7 -11 -12 -8 -8 -1 -1 -6 -19 -21 -18 -28Direito  6 10 -12 -8 -11 -14 -8 -2 3 -7 -23 -25 -21 -32

18 Esquerdo  2 5 -7 -12 -9 -15 -3 -3 1 -10 -23 -30 -38 -27Direito  0 5 -4 -15 -15 -15 -12 2 -2 -9 -22 -30 -39 -41

19 Esquerdo  1 5 -3 -14 -13 -17 -27 1 2 -1 -17 -29 -37 -38Direito  -2 3 -4 -12 -10 -7 -11 3 4 -1 -14 -25 -30 -33

20 Esquerdo  5 -1 -17 -14 -16 -15 -12 -5 -8 -17 -26 -28 -32 -36Direito  7 1 -14 -10 -12 -15 -13 -5 -4 -10 -24 -32 -25 -34

21 Esquerdo  9 7 -6 -7 -8 -9 -6 15 14 -6 -14 -22 -33 -36Direito  9 3 -5 -2 -4 -6 0 19 9 -8 -14 -20 -24 -24

22 Esquerdo  6 8 0 -7 -8 -14 -19 -1 -4 -11 -23 -26 -30 -36Direito  4 5 -2 -6 -4 -15 -9 1 -2 -9 -20 -29 -32 -37

Page 165: Estudo Das Angulações e Inclinações Dentárias Em Brasileiros

8/19/2019 Estudo Das Angulações e Inclinações Dentárias Em Brasileiros

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 151A P N D I C E 

Inclinação do Arco Superior(continuação) Inclinação do Arco Inferior(continuação)

Paciente  1 2 3 4 5 6 7 1 2 3 4 5 6 7

23 Esquerdo  -5 2 -12 -8 -9 -15 -9 2 3 -8 -22 -20 -26 -35Direito  -3 5 -7 -6 -8 -17 -11 3 2 -7 -18 -24 -30 -37

24 Esquerdo  7 4 3 -8 -9 -7 -10 0 -2 -13 -21 -27 -21 -36Direito  3 5 -1 -9 -8 -4 -5 -2 -2 -7 -17 -19 -19 -36

25 Esquerdo  -1 9 -4 -15 -15 -3 1 -4 -6 -15 -21 -26 -18 -24Direito  3 8 -1 -12 -9 1 -1 -8 -2 -15 -27 -33 -21 -37

26 Esquerdo  12 7 -6 -11 -11 -7 -2 -1 1 -7 -21 -33 -37 -37Direito  10 7 -6 -14 -12 -8 -6 1 -1 -8 -21 -31 -34 -37

27 Esquerdo  0 3 -6 -12 -9 -11 -15 -2 0 -14 -21 -24 -30 -35Direito  -2 2 -1 -10 -7 -13 -18 -2 -2 -8 -16 -23 -27 -35

28 Esquerdo  -1 -5 -13 -20 -15 -15 -11 2 1 -17 -25 -29 -34 -44Direito  -1 1 -11 -11 -9 -11 -11 3 3 -8 -20 -25 -28 -35

29 Esquerdo  -2 -4 -11 -15 -10 -9 -4 5 1 -9 -17 -16 -26 -24Direito  -3.5 2 6 -8 -8 -15 -8 2 2 -5 -16 -13 -15 -21

30 Esquerdo  12 6 -8 -5 -5 -13 -3 3 -2 -11 -24 -25 -39 -36Direito  12 6 -7 -11 -10 -12 -7 1 -3 -15 -23 -26 -43 -37

31 Esquerdo  3 1 -5,5 -17 -21 -16 -13 0 -4 -10 -21 -20 -25 -22Direito  2 -3 -8 -25 -16 -18 -16 0 -2 -6 -17 -20 -30 -35

32 Esquerdo  5 4 -5 -7 -4 -10 0 -9 -11 -14 -24 -26 -35 -41Direito  9 16 4 -4 4 -5 3 -6 -9 -13 -28 -22 -39 -45

33 Esquerdo  5 3 -10 -6 -13 -13 -10 -1 0 -9 -21 -24 -31 -37Direito  4 -2 -10 -14 -10 -6 -10 -2 -2 -17 -27 -29 -31 -41

34 Esquerdo  11 3 -11 -14 -17 -11 -6 -4 -5 -14 -28 -30 -37 -29Direito  6 7 -12 -16 -13 -16 -13 -2 -8 -22 -26 -31 -36 -33

35 Esquerdo  -4 0 -6 -16 -11 -14 -8 -3 1 -8 -19 -25 -23 -29Direito  -2 -2 -7 -15 -12 -9 -5 -1 -2 -8 -25 -30 -32 -35

36 Esquerdo  5 10 -10 -11 -5 -8 -12 -1 -3 -11 -23 -19 -21 -29Direito  8 10 -3 -8 -2 -6 -8 1 -4 -18 -27 -29 -31 -28

37 Esquerdo  8 5 -21 -18 -14 -12 -12 -5 -5 -10 -25 -30 -33 -31Direito  8 4 -14 -18 -15 -16 -16 -2 -5 -13 -25 -27 -34 -29

38 Esquerdo  5 6 -3 -4 -9 -5 -5 -6 -6 -3 -14 -11 -23 -25Direito  5 8 -3 -2 -3 -11 -13 -4 -6 -7 -19 -17 -30 -30

39 Esquerdo  15 10 -2 -10 -9 -6 -9 -1 -3 -9 -22 -29 -29 -35Direito  11 7 -1 -8 -3 -6 -9 -3 -4 -8 -21 -23 -24 -24

40 Esquerdo  6 8 -5 -5 -8 -12 -12 -7 -7 -15 -25 -31 -31 -34Direito  4 5 -6 -11 -11 -12 -20 -7 0 -4 -21 -29 -29 -34

41 Esquerdo  9 0 -18 -27 -19 -16 -15 7 5 -16 -31 -25 -23 -23Direito  9 1 -13 -27 -23 -18 -18 5 5 -16 -25 -25 -25 -23

42 Esquerdo  6 9 -9 -18 -11 -15 -2 -1 -3 -12 -21 -16 -29 -29Direito  6 10 -5 -14 -9 -14 -14 1 -1 -11 -20 -23 -28 -27

43 Esquerdo  9 5 -7 -18 -12 -9 -5 1 -7 -13 -26 -26 -33 -26Direito  9 5 -8 -8 -12 -10 -4 1 3 -6 -19 -26 -31 -33

44 Esquerdo  4 0 -6 -12 -9 -9 -6 -5 -7 -18 -24 -26 -28 -24Direito  3 2 -5 -9 -7 -10 -7 -4 -7 -15 -22 -25 -36 -32

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8/19/2019 Estudo Das Angulações e Inclinações Dentárias Em Brasileiros

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 152A P N D I C E 

Inclinação do Arco Superior(continuação) Inclinação do Arco Inferior(continuação)

Paciente  1 2 3 4 5 6 7 1 2 3 4 5 6 7

45 Esquerdo  -4 -3 -14 -15 -20 -13 -9 2 -3 -12 -24 -26 -27 -37Direito  -1 3 -11 -15 -12 -10 -6 1 -1 -19 -26 -35 -29 -38

46 Esquerdo  6 8 -5 -17 -17 -9 -9 6 -1 -11 -20 -28 -22 -31Direito  6 7 -8 -16 -16 -6 -8 2 -1 -12 -20 -26 -26 -35

47 Esquerdo  11 13 0 -3 0 -3 4 14 8 -4 -15 -26 -27 -33Direito  10 10 -6 -6 -3 -6 -11 12 5 -8 -17 -25 -22 -29

48 Esquerdo  12 -3 -3 -27 -17 -21 -15 0 -4 -8 -18 -25 -28 -37Direito  9 -1 -10 -19 -20 -19 -15 -1 -6 -7 -21 -25 -29 -40

49 Esquerdo  7 9 -5 0 -4 -3 -7 0 -6 -14 -22 -27 -31 -27Direito  11 7 -5 0 -2 -7 -11 1 -4 -11 -20 -20 -31 -27

50 Esquerdo  7 5 -10 -8 -10 -6 -9 -5 -10 -18 -27 -27 -36 -30Direito  6 5 -10 -6 -6 -6 -6 -5 -10 -15 -24 -28 -34 -30

51 Esquerdo  0 0 -1 -3 2 -6 -9 -8 -4 -9 -18 -20 -28 -37Direito  0 2 -4 -9 -9 -13 -13 -10 -10 -12 -29 -27 -33 -38

52 Esquerdo  2 3 -13 -22 -24 -18 -17 6 3 -10 -20 -20 -25 -19Direito  2 5 -9 -19 -19 -15 -12 7 0 -14 -25 -28 -28 -28

53 Esquerdo  15 11 -3 -8 -4 -8 -5 4 2 0 -10 -19 -23 -15Direito  13 11 2 -6 -4 -4 -8 8 4 -2 -9 -22 -30 -34

54 Esquerdo  4 4 -17 -12 -14 -19 -16 4 2 -6 -19 -26 -31 -27