ESTUDO DA ALTERAçAO INTEMPÉRICA DAS

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UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO INSTITUTO DE GEOCIÊNCIAS ESTUDO DA ALTERAçAO INTEMPÉRICA DAS ROCHAS RICAS EM APATITA DA MINA GONZAGA DE CAMPOS, ASSOCTADAS AO MAC|çO ALCALINO.CARBONATíTICO DE IPANEMA, SP Raquel Valério de Sousa Florêncio Orientadora: Profa. Dra, Maria Cristina Motta de Toledo DISSERTAÇAO DE MESTRADO COMISSÃO JULGADORA nome Presidente: Ptrcträ.fra. Maria Cristina M. de Toledo E r ami na do r es: Prof . Dr. Erorn-ldo Bonfim Rocha São Paulo 199õ Prof.Dr. Henrique Kahn

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Page 1: ESTUDO DA ALTERAçAO INTEMPÉRICA DAS

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULOINSTITUTO DE GEOCIÊNCIAS

ESTUDO DA ALTERAçAO INTEMPÉRICA DASROCHAS RICAS EM APATITA DA MINA GONZAGA

DE CAMPOS, ASSOCTADAS AO MAC|çOALCALINO.CARBONATíTICO DE IPANEMA, SP

Raquel Valério de Sousa Florêncio

Orientadora: Profa. Dra, Maria Cristina Motta de Toledo

DISSERTAÇAO DE MESTRADO

COMISSÃO JULGADORA

nome

Presidente: Ptrcträ.fra. Maria Cristina M. de Toledo

E r ami na do r es: Prof . Dr. Erorn-ldo Bonfim Rocha

São Paulo199õ

Prof.Dr. Henrique Kahn

Page 2: ESTUDO DA ALTERAçAO INTEMPÉRICA DAS

ESTUDo DA ALTERAçÃo tNTEMpÉntcA DASROCHAS RICAS EM APATITA DA MINA GONZAGA

DE CAMPOS, ASSOCTADAS AO MAC|çOALcALTNo-cARBonnrínco DE TpANEMA, sp

Raquel Valério de Sousa Florêncio

Orientadora: Profa. Dra. Maria Cristina Motta de Toledo

UNIVERSIDADEINSTITUTO DE

DrssERTnÇÃo oE

Programa de Pós-Graduação em

DE SÃO PAULOGEOCIÊNCIAS

DEDALUS-Acervo-lGC

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MESTRADO

Geoquímica e Geotectônica

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São Paulo1995

Page 3: ESTUDO DA ALTERAçAO INTEMPÉRICA DAS

A Terra, nós não a herdamos de nossos antepassados e sr1n, aemprestamos de nossos filhos.

(De um filósofo holandês)

Aos meus filhinhos queridos At¡la e Leonardo.

Page 4: ESTUDO DA ALTERAçAO INTEMPÉRICA DAS

SUMÁRþ

fruolce oe FtcuRAs

lrr¡olce oe rABEusfruorce oe ForosAGRADECIMENTOS

RESUMO

ABSTRACT

cnpfrulo r - TNTRoDUçÃo

r.1. oBJETtvos, MATERIAIS E MÉToDo

1.2. ASPECTOS GERATS DOS MACIçOS ALCALINO-CARBONATÍÏCOS

t.3. MAcrços ALcALTNo-cAReoNRrír¡cos No BRASIL

I.4. BENS MINERAIS ASSOCIADOS AOS COMPLEXOS ALCALINO-CRRgOÌ.¡RT|T|COS

1.4.1. Mantos de alteraçåo estudados recentemente no Brasil

1.4.2. D¡nåmica do fósforo nas jazidas lateríticas sobre os Complexos Alcâlino-

Carbonatíticos

capfrulo il - o coMPLExo AlcAL|No-cnneoNnrír¡co DE IPANEMA

il.1. SITUAÇAO GERAL

ll 1 .1. Localização

ll 1 .2. Acessos

ll 1.3. Relevo

ll 1.4. Vegetação

ll 1.5. Clima

11.1.6. ldade

II.2. HISTÓRICO DA ÁREA

ll.2.l. Histórico das pesquisas geológicas e at¡vidades mineiras.

II.3. GEOLOGIA REGIONAL

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II 4. GEOLOGIA LOCAL, PETROGRAFIA E MINERALOGIA

11.4.1. As rochas da intrusåo

11.4.2. A apatita de lpanema

il s. REV|SÃO BTBLTOGRÁF|CA SOBRE A ALTERAçÃO INTEMPÉRICA NO MACIçO E

A JAZIDA FOSFÁT|CA SUPÉRGENA

CAPíTULO III

CAMPOS

CARACTERIZAçÃO DOS MATERIAIS DA MINA GONZAGA DE

III.1. AS ROCHAS SÃS

lll.1.1 A rocha apatítica bandada

lll.1.2 A rocha glimerítica

lll. 1.3. Caracterizaçäo dos minerais primários

a. Apat¡ta

b. Biotita

c. Anfibólio

d. Feldspato potássico

e. Magnetita

f. Outros minerais primários

ilt.2. ALTERAç¡O OOS TIPOS LITOLÓGICOS: ASPECTOS MORFOLÓGICOS

lll.2.'1 A rocha apatítica bandada alterada

lll.2.2 A rocha glimerÍtica alterada

ilr.3. ALTERAÇÃO OOS MINERAIS PRIMÁRIOS: ASPECTOS MORFOLÓGICOS,

MINERALOGICOS E GEOQUÍMICOS

111.3.1. Apatita

111.3.2. B¡otita

111.3.3. Anfibólio

111.3.4. Outros minerais

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ilr.4. os PLASMAS SECUNDÁRIOS E AS FEIçÖES lLUVlAls

CAPÍTULO IV - CONCLUSOES

FOTOMICROGRAFIAS

REFERÊNCIAS BIBLIOGR.ÁFICAS

ANEXO I

ANEXO 2

56

61

64

a7

76

81

Page 7: ESTUDO DA ALTERAçAO INTEMPÉRICA DAS

íruo¡ce DE FtcuRAs

Figura 1 - Principais complexos Alcalino-Carbonatíticos do Brasil (Fonte:

Berbert 1984 complementado de Ulbrich & Gomes 1981 ).

Figura 2 - Localizaçäo e mapa geológico regional do Maciço Alcalino-Carbonatítico de lpanema, e localização da Mina Gonzaga deCampos (Fonte: Serrana 19764 e b ).

Figura 3 - Desenho esquemático do perfil de alteração exposto na Mina

Gonzaga de CamPos.

Figura 4 - Espectro de absorção no infravermelho para a amostra GC.A.3'de apatita primária, da Mina Gonzaga de Campos.

Figura 5 - Esquema morfológico e mineralógico da evolução da rocha

apatít¡ca bandada, tal como verificado no perfil de intemperismoda Mina Gonzaga de CamPos.

Figura 6 - Esquema morfológico e mineralógico da evoluçäo da rochaglimerítica, tal como verificado no perfil de intemperismo da Mina

Gonzaga de CamPos.

Figura 7 - Espectros EDS da apatita sã, apatita em alteração (com traçosde Al) e wavelita, obtidos ao MEV, sobre amostras da Mina

Gonzaga de Campos.

Figura 8 - Espectros EDS da biotita e seus produtos de alteraçãopseudomórfica, obtidos ao MEV sobre amostras da Mina Gonzaga

de Campos.

Figura 9 - Diagramas triangulares mostrando a evoluçäo química na

alteração das biotitas, segundo os dados da tabela 6.

Figura 10 - Espectros EDS dos anfibólios e seus produtos de alteração,

obtidos ao MEV sobre amostras da Mina Gonzaga de Campos.

Figura 11 - Diagrama triangular (CalMg/Fe) mostrando a evoluçãoquímica na alteraçáo dos anfibólios, conforme os dados da tabela7

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fHO¡CE DE TABELAS

Tabela 1 - Tipos petrográficos ex¡stentes no Maciço Alcalino-

Carbonatítico de lpanema e sua composiçäo mineral' em

porcentagem, segundo Leinz (1 940).

Tabela 2 - Composição quÍmica média, em porcentagem, dos tipos

de minério definidos pela Serrana S' A'' em lpanema(Serrana, 1976b).

Tabela 3 - Composição mineralógica média, em porcentagem, dos

tipos de'minério definidos pela Serrana S' A', em lpanema(Serrana, 1976b).

Tabela 4 - Reservas do minério fosfático de lpanema, segundo

Serrana (1975).

Tabela 5 - Composição química das apatitas das rochas da Mina

Gonzaga de Campos, obtida por análises pontuais ao MEV

com E-DS, sobre låminas delgadas de amostras da Mina

Gonzaga de CamPos.

Tabela 6 - Composiçäo química das biotitas das rochas da Mina

Gonzaga de Campos, obtida por análises pontuais ao MEV

com E-DS, sobre låminas delgadas de amostras da Mina

Gonzaga de CamPos.

Tabela 7 - Composiçáo química dos anfibólios das rochas da Mina

Gonzaga de Campos, obtida por análises pontuais ao MEV

com E-DS, sobre lâminas delgadas de amostras da Mina

Gonzaga de CamPos.

Tabela I - Composiçáo química dos feldspatos potáss¡cos das

rochas da Mina Gonzaga de Campos' obtida por análisespontuais ao MEV com EDS, sobre låminas delgadas de

amostras da Mina Gonzaga de Campos.

Tabela 9 - Composição química das magnetitas das rochas da Mina

Gonzaga de Campos, obtida por análises pontuais ao MEV

com E-DS, sobre lâminas delgadas de amostras da Mina

Gonzaga de CamPos.

Tabela 10 - Composição química média da apatita primária (tabela 5)

e análises pontuais ao MEV com EDS de seus produtos de

alteração (wavelita), na Mina Gonzaga de Campos'

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Tabela 11 - Composiçáo química média da biotita (tabela 6) eanálises pontuais ao MEV com EDS sobre seus produtos dealteraçäo em pseudomorfoses, em mater¡ais da Mina

50Gonzaga de Campos.

Tabela 12 - Composiçåo química média do anfibólio (tabela 7) eanálises pontuais ao MEV com EDS sobre seus produtos dealteração em pseudomorfoses, em materiais da Mina

54Gonzaga de Campos.

Tabela 13 - Composição química dos plasmas secundários 59 e

ocorrentes no perfil da Mina Gonzaga de Campos (a, b' c e d: 60vide texto).

Tabela 14 - Composição química das apatitas das rochas da MinaGonzaga de Campos, obtida por análises pontuais ao MEVcom EDS, sobre låminas delgadas de amostras da Mina a.)Gonzaga de Campos (dados da tabela 5 não corrigidos)

Tabela 15 - Composição química das biot¡tas das rochas da MinaGonzaga de Campos, obtida por análises pontuais ao MEVcom EDS, sobre låminas delgadas de amostras da Mina aãGonzaga de Campos (dados da tabela 6 náo corrigidos)

Tabela 16 - Composição química dos anfibólios das rochas da MinaGonzaga de Campos, obtida por análises pontuais ao MEVcom EDS, sobre låminas delgadas de amostras da Mina A^Gonzaga de Campos (dados da tabela 7 não corrigidos)

Tabela 17 - Composiçâo química dos feldspatos potássicos dasrochas da Mina Gonzaga de Campos, obtida por análisespontuais ao MEV com EDS, sobre lâminas delgadas de aÃamostras da Mina Gonzaga de Campos (dados da tabela I ew'

não corrigidos).

Tabela l8 - Composiçäo química das magnetitas das rochas da MinaGonzaga de Campos, obtida por análises pontuais ao MEVcom EDS, sobre låminas delgadas de amostras da Mina n^Gonzaga de Campos (dados da tabela 9 não corrigidos)

Tabela 19 - Composiçåo química média da apatita primár¡a (tabela 5)

e análises pontuais ao MEV com EDS de seus produtos dealteraçáo (wavelita), na Mina Gonzaga de Campos (dados da g7tabela 10 não corrigidos).

Tabela 20 - Composição química média da biotita (tabela 6) eanálises pontuais ao MEV com EDS sobre seus produtos dealteraçáo em pseudomorfoses, em materiais da Mina aeGonzaga de Campos (dados da tabela 1 I não corrigidos).

Page 10: ESTUDO DA ALTERAçAO INTEMPÉRICA DAS

Tabela 2l - Composição química média do anfibólio (tabela 7) eanálises pontuais ao MEV com EDS sobre seus produtos dealteração em pseudomorfoses, em materiais da Mina aoGonzaga de Campos (dados da labela 12 não corrigidos)

Tabela 22 - Composiçäo química dos plasmas secundáriosocorrentes no perfil da Mina Gonzaga de Campos (a' b' c e d: 90vide texto) (dados da tabela 13 não corrigidos)'

Page 11: ESTUDO DA ALTERAçAO INTEMPÉRICA DAS

it¡olce DE ForoulcRoGRAFlAs

Página

Foto 1 - Apatita primária em alteração, com formação de wavelita (MO) 65

Foto 2 - Apatita primária em alteraçáo, com desenvolvimento de poros

de dissolução (MEV). Os espectros EDS dos locais mais

atingidos pela dissolução já apresentam algum Al, além de P eCa, mostrando o aporte necessário à neoformação de wavelita,produto da alteração da apatita na Mina Gonzaga de Campos' 65

Foto 3 - Wavelita, produto da alteração da apat¡ta' Note-se a película

ferruginosa em rede, sublinhando os contatos originais entre os 65grãos apatíticos (MO).

Foto 4 - Wavelita neoformada, em geodo (MEV). 65

Foto 5 - Biotita alterada em interestratificados biotita-vermiculita e

vermiculita (MEV). 66

Foto 6 - Alteração do anfibólio em padrão finamente denticulado("pênte") e resÍduo ferruginoso, formando paredes 66pseudomórficas (MEV).

Foto 7 - Fissura na rocha apatítica bandada alterada com materiais

fenuginosos iluviais responsáveis pelo deslocamento relativo 66entre os fragmentos de rocha isoalterada (MO).

Page 12: ESTUDO DA ALTERAçAO INTEMPÉRICA DAS

AGRADECIMENTOS

É com muita alegria e satisfação que chego ao final deste árduo trabalho.

Árduo por todã ordem de dificuldades encontradas no decorrer de seu

percurso, que em um momento muito sério em minha vida, achei que dêveria

interrompê-ío por nåo ter mais condiçöes de prosseguir' Entretanto, continuei lutando,

e nem sei mesmo como aqui cheguei, nåo fosse o carinho a colaboração e a

prestatividade de diversas pêssoas, entre professores, func¡onários, amigos e

iamiliares, às quais gostaria de deixar registrado os meus mais sinceros

agradecimentos:Em primeiro lugar, à profa' Dra Maria Cristina Motta de Toledo, minha

orientadora, que acompanhou-me em todas as fases desta dissertaÉo, dando apoio

técnico, cieniífico e bibliográfico, direcionando-mè de forma altamentê crítica e

profissional, fazendo-me tomar gosto pela pesqu¡sa científica e, em especial, agradeço

þelo seu companheirismo e amitade que tomou a realizaçáo deste trabalho muito mais

prazeirosa.Ao professor Helmut Born pelas crÍticas e sugestöes que mê fiaercm

compreende; ainda ma¡s algumas questöês específic€ls de minha årea de pesquisa,

além do fomecimento de material bibliográf¡co.Ao professor José Vicente Vallareli pela obtençåo da análise ao ¡nfra-

vermelho, nä lnstituto de Química/USP, bem como pelo auxílio na interpretação do

resultado obtido.Aos professores Joel sígolo e sÔnia Maria Barros de oliveira, quando da

leitura de meu exame de qualificação, pelas críticas e sugestões que tanto

enriqueceram este trabalho.' À Sara Lenhâro pela atenciosidade dispensada em ajudar-me a dissipar

dúvidas com relação aos cálculos de paråmetros de cela unitáfia da apatita.

Ao profeisor Armand Boujo, quando do início deste trabalho, auxiliou-me na

¡nterpretaçäo de artigos pesquisados.Aó Laboratório de Microscopia Eletrônica da Orstom (Bondy, França), pela

possibilidade de uso de seus equipamentos.' À Universidade de Aix-íVlarselle lll pela anál¡se de difração de raios X sobre

lâminas delgadas, feita pelo Dr. René Flicoteaux,À Fazenda lpanema pelo apoio logístico.À Mineração serrana s/A pela cessão de amostras e relatórios, em especial ao

geólogo Richard Margutti e ao seu funcionário "Chiquinho"'A todos os funcionários dos laboratórios do lnstituto de Geociências como

samuel e Mário, do laboratório de preparaçåo de amostras, cleide e suely' do

laboratório de Geoquímica, walter, sr. Gouveia, João Antunes do laboratório da

Geocron, Sr. Jaime pela confecçãO de fotos e slides, ao sr. Dalto pela encâdernação,

ao Cláudio e Luíz pela preparãçáo de Låminas delgadas, e em especial, a amiga

Verônica do laboraiório de análises mineralógicas sempre tão prestativa, pontual e

solícita, que nem dá para enumerar todo auxílio que me tem prestado'

Ao funcionário Helder do NUPEGEL (Núcleo de Pesquisa em Geoquímica e

Geofísica da Litosfera) pelo apoio na obtenção de difratogramas de raios x, b_em como

pelo auxílio na operação dos ãquipamentos de MEV com EDS do IAG e do FRANZ' do

laboratório de análises mineralógicas

Page 13: ESTUDO DA ALTERAçAO INTEMPÉRICA DAS

Aos amigos Joåo e Flávio, do laboratór¡o de raios-x, pela apoio na obtenção

de difratogramaJde raios-x, e ainda ao Flávio, pelo apoio na obtenção e compreensão

dos paråmetros para o cálculo de cela unitária da apatita'Aos desenhistas: Francisco (pelo mapa geológico), aluno ldeval de sousa

(pelos desenhos das figuras 5 e 6) e Eduardo (pelos desenhos das demais figuras).

Aos amigos Amaldo e Délcio pelo carinho, prestatividade e solicitude com que

leram este trabãtho, dando-me sugestões tão preciosas, e ainda ao amigo Arnaldopelo fomecimento de material bibliográfico.'

Às amigas Rosely e Cleide por toda força que sempre têm me dado,

auxiliando-me sempre em momentos difíceis.À amiga Maria Luiza pelo auxílio na impressão final, especialmente pela

melhoria na estética do quadro 1 e figura 3'Ao colega Eronaldo pelo apoio na impressão final, auxiliando-me na montagem

de figuras quando do uso da máquina xérox.- Ao tolega Vitor paulo Pereira, pelo apoio prestado na primeira campanha de

campo.' À lvone pelo seu coleguismo e quem, de um relance, depositou êm mim,

grande amizade. A todos os funcionários da biblioteca, em especial à Estela pelo

ãuxílio na uniformização de minhas referências bibliográficas'À cApES peio auxílio à bolsa e FAPESP e CNPQ pelo auxílio à pesquisa.

AoJefferson,meuesposo'pormeterfornecidocondiçöesdetrabalho.E finalmente, agradeço com carinho muito especial à minha mãe e ao meu pai,

por tudo que têm feito, pois-sem o seu apoio, a finalizaçâo deste trabalho teria sido

mesmo impossÍvel.E a todos aqueles que de uma maneira indireta me apoiaram, confiando e

torcendo por mim.

Page 14: ESTUDO DA ALTERAçAO INTEMPÉRICA DAS

RESUMO

Este trabalho trata dos materiais intemperizados expostos na Mina

Gonzaga de Campos, formados a partir de rochas ricas em apatita associadas ao

Complexo Alcalino Carbonatítico de lpanema (SP), e visou ao reconhecimento das

modificações morfológicas, filiações minerais e evolução química geral causadas pelo

proc€sso intempérico. Esta área corresponde a um dos locais pesquisados pela

Serrana S.A. de Mineraçåo, visando à lavra experimental do depósito fosfát¡co de

lpanema, associado ao Complexo.

Os estudos realizados (morfológicos, mineralógicos e geoquímicos

pontuais) evidenciaram a presença de dois tipos litológicos básicos no local,

interrelacionados espacialmente de maneira complexa, sendo que um deles apresenta

características de dique, cortando o outro, anterior. São eles, respectivamente, rocha

apatítica bandada (biotita. hastinqsita. apatita, magnetita) e rocha glimerítica (biotita.

apatita, hast¡ngsita).

Os minerais primários apresêntaram uma evoluçáo química e mineral em

direção a materiais secundários típicos do intemperismo em clima tropical, sendo que

as fases filossilicáticas apresentaram estágio intermediário importante. Assim, os

anfibólios (hastingsita) mostraram alteração para oxihidróxidos de ferro (goethita) em

pseudomorfoses. As biotitas, passando por estágio importante de interestratificados

biotita-vermiculita e vermiculita, mostraram evoluçáo para caulinita somente nas partes

mais evoluídas do perfil. A magnetita mostrou dissoluçáo parcial e, finalmente, aapatita evoluiu para wavel¡ta. Apatita secundária teve formação muito restrita e ligada

à mobilização de fósforo e cálcio fora dos pontos com apatita primária.

A maior parte do perfil é de isalterita, sustentada pelos produtos

ferruginosos e apatita, mais resistente. A aloterização ocorre tanto pela

desestabilizaçáo progressiva das pseudomorfoses, como pela invasåo de produtos

iluviais (com presença de Fe, Si, Al, P e Ti, formando goethita, caulinita e wavelita) ao

longo de fissuras em sucessivas gerações de cutás que ajudaram a destruir o caráter

isalterítico.

Enquanto que na isalterita ainda há elementos potenc¡almente lixiviáveis

nestas condições de intemperismo laterítico, tanto pela mais tardia alteraçäo das

apatitas (no caso do Ca) como pela lenta evolução das biotitas (no caso do K e Mg e,

em menor escala, do Si), na aloterita ocorrem somente os elementos residuais (Fe, Al

e, em parte, Si). O fósforo quase não ocorre na aloterita, demonstrando que sofreu

Page 15: ESTUDO DA ALTERAçAO INTEMPÉRICA DAS

lixiviação após a formaçåo dos fosfatos secundários, embora nåo tenha sido verificada

diretamente a desestab¡l¡zação da wavelita.

Dois pontos a serem ressaltados neste estudo com respeito a

peculiaridades deste setor do manto de alteraçåo sobre o Complexo de lpanema são

os seguintes: a) a alteraçáo da apatita forma diretamente um fosfato de alumínio

(wavelita) sem estágios intermediários existentes em outros locais (fosfatos da família

da crandalita), promovendo, portanto, uma lixiv¡açáo imediata do cálcio mesmo em

micromeios aparentemente mal drenados (espaços ¡nter e intracr¡stalinos fechados) e

b) o papel do intemperismo na gênese do depósito mineral fosfático de lpanema foi no

sentido de friabilizar a rocha e näo de promover um enr¡quecimento relativo em fósforo

apatítico, já que a grande quantidade de micas primárias sofreram lenta evoluçåo com

pouca perda de matéria na maior parte do perfil, ao contrário do que ocorre em outros

maciços com menor abundåncia de minerais micáceos em suas rochas primárias, onde

a alteraçäo com perda importante de massa aumênta relativamente os teores em

apatita.

Page 16: ESTUDO DA ALTERAçAO INTEMPÉRICA DAS

ABSTRACTThis work treats on the weathered material from the Gonzaga de Campos Mine,

originated from apatitê rich rocks associated to lpanema Alkaline Complex. lts aim wasrecognizing morphological, mineral and chemical changes through weatheringprocesses. This area corresponds to an experimental local for explotation of thelpanema phosphatic depos¡t, associated to the Complex.

Two litholog¡cal types was shown by the materials in that mine: one, an apatiticbanded rock lbiotite. hastingsite. eps!!!g, magnetite), with dyke character¡stics, andother, a glimêrite (biotite, apatite, hastingsite).

Primary minerals present a chemical and mineralogical evolution towardsecondary materials typic of tropical weathering, although phyllosilicates had shown an¡mportant intermediate stage. So, amphibole (hastingsite) has weathered to iron

oxyhidroxydes (goethite), forming pseudomorphs. Biot¡te, that has passed by an

important earlier stage of interstratified biotite-vermiculite and vermiculite, finallyevolved to kaolinite, in the upper parts of the profile. Magnetite has shown partial

dissolution, and apatite, more resistent, evolved to wavelite, without intermediate

minerals. Secondary apatite was formed in very restrict points, linked to theremobilization of Ca and P out of the apatite domaines.

Most of the profile is isalteritic, kept by ferruginous products and apatite.

Alloteritization occurs either by progressive desestabilization of pseudomorphs, or by

invasion of illuvial products (with Fe, (T¡), S¡, Al, and P, forming goethite, kaolinite, and

wavelite, respectively) along fissures in successive generations of cutans, which allowsdestroying isalteritic characteristics.

ln the isalterite, mobile elements cen be still found, both because the lateweathering of apatite (in the case of calcium), and because the slow evolution ofphylossilicates (in the case of K and Mg and, in minor scale, Si). Phosphour is almost

absent in the alloterite, which shows its lixiviation after later evolution of secondaryphosphates, although this fact had not been directly observed.

Two points about the particularities of the Gonzaga de Campos M¡ne stand out:

a) apatite weathering forms directly a secondary aluminous phosphate without

intermed¡ate stages of calcium-aluminous phosphates, like crandallite family, forinstance, which is common over other complexes, and b) weathering role in thegeneration of the apatitic ore seems to have been making the rocks friables withoutpromoting a relative enrichment in apatitic phosphate, because the most important

mineral, biotite, has undergone slow evolution without important loss of mass through

most part of the profile, the oppos¡te of which normally occurs over the other

complexes, where other silicate minerals are also important, but whose weathering

evolution promotes more important loss of mass, causing a relative enrichment ofphosphate.

Page 17: ESTUDO DA ALTERAçAO INTEMPÉRICA DAS

I. rNTRODUçÃO

O intemperismo sobre complexos alcalino-carbonatlticos primariamente

enriquecidos em apat¡ta gera jazidas importantes de fosfatos, essencialmente por

enriquecimento res¡dual. Outros elementos químicos concentrados nestes complexos

também podem, por mecanismos variados, sofrer enriquecimento durante o intemperismo'

Assim, existe grande número de ocorrências e jazidas de Nb, Ti, ETR' U' Th' Fe' e outros,

além de fqsfatos, associados aos mantos de alteraçåo destes complexos, com vários

exemplos no Brasil.

o caso do complexo de lpanema, no estado de são Paulo, tem sido estudado

desde há muito tempo, já que lá situa-se uma das primeiras ocorrências de minério de ferro

descobertas no Brasil, tendo sido instalados neste local os primeiros fornos para o seu

beneficiamento, por volta de 1560. Posteriormente, foram verificadas na área a presença de

micas expansivas e fosfatos. Contudo, os processos de intemperismo ainda não haviam

sido abordados como nesta pesquisa, que faz parte de um trabalho bem mais amplo que

pretende caracterizar, sob o ponto de vista da geoquímica de superffcie, os materiais

produzidos pelo intemperismo sobre as rochas associadas aos complexos alcalino-

carbonatíticos próximos à borda da bacia do Paraná.

Neste contexto, podem ser citados algumas referências mais significativas:

Flicoteaux et al (1990), Alcover Neto (1991), Walter (1991), Alcover Neto e Toledo (1993) e

Almeida et al (1994) para o complexo de Juquiá; lmbernon (1993) para o de Cataläo l; Melfi

et al (1991 ), Soubiés ef a/ (1991a) e Soubiés et al (1992) para o de Tapira; Soubiés ef a/

(1991b) para o de Salitre e Toledo-Groke & Sousa (1991) para o de lpanema'

Page 18: ESTUDO DA ALTERAçAO INTEMPÉRICA DAS

I.1. OBJETIVOS, MATERIAIS E MÉTODO

Este trabalho visou à investigação dos mecanismos de evolução intempérica

pelos quais passaram as rochas na á¡ea da Mina Gonzaga de Campos, associadas ao

Maciço Alcalino Carbonatítico de lpanema, procurando explicar as suas modificaçöes

morfológicas, textura¡s, mineralógicas e geoquímicas.

Para tal, foi realizada a caracterização dos materiais lá expostos, em suas

diferentes fases evolutivas, através de trabalhos de campo e de laboratório, com

análises morfológicas, físicas, mineralógicas, petrográficas e geoquÍmicas.

O método empregado aqui seguiu a tendência atual nesta área do

conhecimento, na medida da disponibilidade das técnicas analíticas adequadas, e

privilegiando as análises sobre amostras indeformadas, visando a uma compreensão

das relações espaciais entre as diversas fases primárias e secundárias que constituem

cada fácies e que informam sobre a cronologia relativa dos eventos que as originaram.

Assim, foram feitas três campanhas de campo, onde, em primeira instância,

procedeu-se à visita a diversas minas (frentês experimentais de lavra) visando aescolha de um ou mais perfis de alteraçáo.

A mina escolhida (Gonzaga de Campos) é, na verdade, uma das diversas

frentes experimentais de lavra abertas pela Serrana S. 4., estando fora dos limites da

intrusåo principal segundo o mapa geológico daquela companhia. Contudo, algumas

razöes se apresentaram para esta escolha: a mina Gonzaga de Campos é constituída

pelo material de interesse para este trabalho, ou seja, material que permitia o estudo

da evoluçåo dos fosfatos apatíticos primários predominantemente em meio a minerais

filossilicáticos (glimerito), o que possibilitaria uma comparação com outros locais; além

disto, a heterogeneidade das rochas (glimerítica e bandada, descritas nos próximos s),

as dimensões da exposiçáo, a possibilidade de acesso seguro, a presença de fosfatosprimários e secundários aluminosos bem como de argilominerais, caracterizando um

bom exemplo de materiais bem evoluídos do ponto de vista do intemperismo químico

também contribuíram para esta escolha.

A exposiçáo foi subdividida em três partes segundo a variaçåo de suas

características macroscópicas, como coloração, estrutura, textura, granulometria e

concentração dos minerais presentes. A partir dessa caracterizaçäo procedeu-se à

amostragem dos diferentes setores para as etapas analíticas posteriores.

Outros materiais foram ainda observados e amostrados nos primeiros

trabalhos de campo, em outras minas, sondagens e afloramentos diversos, mas não

foram incluídos neste trabalho, que teve unicamente na Mina Gonzaga de Campos o

seu objeto de estudo. Estes materiais serviram para fornecer uma idéia da variedade

Page 19: ESTUDO DA ALTERAçAO INTEMPÉRICA DAS

de características das alteritas sobre diversas partes do Maciço, as quais deveräo ser

estudadas no futuro.

Em síntese, os trabalhos de campo constaram de:

¡ reconhecimento dos materiais,e escolha e descrição detalhada dos perfis,

. definição dos locais para amostragem,

. coleta de amostras indeformadas e orientadas e amostras deformadas.

As etapas dos trabalhos de laboratório foram:

a. Fase de Preparação com:

. nova descrição das amostras e reconhecimento de fases separáveis

manualmente ou com broca (preenchimento de poros e fissuras, nódulos,

etc.) - IG-USPo separação de alíquotas de amostra total e/ou das fases separadas para

análises ou outras separações (granulométrica, densimétrica, magnética) -

IG-USP. moagem das amostras totais e/ou frações para Difraçáo de raios X (DRX)

- IG-USP

. impregnação de fragmentos indeformados e orientados para confecçáo de

låminas delgadas e polidas para utilizaçåo em Microscopia Óptica (MO),

Microscopia Eletrônica de Varredura (MEV) - IG-USP

b. Fase de análises propriamente ditas:

o Análises sobre amostras com estrutura destruída:

DRX (identificação mineralógica e cálculo dos parâmetros de cela unitária

da apatita) - lG e NUPEGEL - USO e ORSTOM (Bondy)

espectrofotometria no infra-vermelho (caracterização da apatita)- IQUSP.

. Análises sobre fragmentos naturais indeformados:

descriçáo morfológica à lupa binocular

microscopia eletrônica de varredura com EDS (análise micromorfológica

e análises quÍmicas pontuais qualitativas) NUPEGEL - USP e ORSTOM

(Bondy)

o Análises sobre amostras indeformadas endurecidas com resina e

laminadas:

microscopia óptica (análise micromorfológica e petrográfica) - lG-USP

microscopia eletrônica de Varredura (EDS) (análises químicas pontuais

qualitativas e quantitat¡vas) ORSTOM (Bondy)

Page 20: ESTUDO DA ALTERAçAO INTEMPÉRICA DAS

Com relação às análises químicas, cabe aqui ressaltar que as análises

pontuais realizadas ao MEV com EDS apresentaram sempre um fechamento ruim para

os materiais alterados, o que é explicado pela natureza dos minerais, com graus

variados e altos de hidratação, muitas vezes com baixa cristalinidade e ainda alta

porosidade. Por outro lado, havendo nas låminas delgadas de materiais

intemperizados, sempre uma dificuldade adicional ao polimento pela presença de

resina de impregnaçåo e pelo caráter altamente poroso das amostras, a utilizaçåo do

EDS é preferível à do WDS já que para este último a imperfeição do WDS é mais

crítica.

Já que o programa utilizado no EDS já considerava todas as características e

fenômenos físicos envolvidos nas análises, de modo a fornêcer as relações de

quantidade entre os óxidos considerados, mesmo com fechamento ruim (devido aos

fatores já mencionados, intrínsecos ao material intemperizado) as análises foram

encaradas como resultados relativos e utilizadas para definir as tendências

geoquímicas evolutivas nas filiações minerais consideradas, através de diagramas

triangulares, em cuja confecção, através do programa "Minfile", os dados foram

corrigidos a 1OO% apenas para tornar possível as comparaçóes. Desta forma, ao longo

do trabalho encontram-se as tabelas corrigidas, sendo que as originais encontram-se

no anexo corrqspondente.

r.2. ASPECTOS GERAIS DOS MACIçOS ALCALINO-CARBONAT¡T¡COS

Todas as acumulações endógenas de calcita, dolomita e outros carbonatos

em estreita relaçäo espacial ê genética com rochas ultrabásicas alcalinas diversas

podem ter a denominação genérica de maciços alcalino-carbonatíticos (Smirnov 1976).

Os complexos alcalino-carbonatíticos situam-se em todos os continentes, com vários

exemplos conhecidos.

De um modo geral, os complexos alcalino-carbonatíticos estáo associados às

zonas anorogênicas e às bordas cratônicas intraplacas (Heinrich 1 966; Kapustin

1971), relacionando-se a feições como ntls, falhas profundas, lineamentos e bacias

intracratônicas sendo que 90% dos complexos alcalino-carbonatíticos conhecidos no

mundo encaixam-se em granitos e gnaisses, rochas típicas de plataformas

continentais evoluídas (Biondi 1986). No Brasil meridional, podem ser lembrados os

exemplos dos maciços de Barra do ltapirapuá, Jacupiranga e lpanema, encaixados em

granitos e o de Juquiá, em gnaisses.

Page 21: ESTUDO DA ALTERAçAO INTEMPÉRICA DAS

Os carbonatitos em geral ¡ntegram complexos intrusivos do tipo ovalados ou

circulares decorrentes de uma evolução magmática que segue a partir de rochas

ultrabásicas até félsicas alcalinas. Ocorrem como pequenos p/ugs ou sfocks, cones-

sheets, ring4¡ke,s, sfockworks e vêios que cortam as rochas encaixantes (Heinrich

1966). Todavia, såo ainda conhêcidos carbonatitos vulcånicos corno alguns do leste

africano (Kerimasi, Oldoinyo Lengai, Kizingiri, Kalyango), configurando um caso raro

(Kapustin 1971).

As rochas alcalino-carbonatíticas distribuem-se ao longo de toda história

geológica, desde o Mesoprotêrozóico até o recente. O carbonatito ma¡s antigo

conhecido é o de Palabora na Áfr¡ca do Sul, com 2060 Ma (Palabora Mining Company

1976), idade determinada pelo método U/Pb. Entretanto, såo bem conhecidas

atividades recentes de vulcões carbonatíticos africanos como o Ondoinyo Lengai, na

Tanzânia, que entrou em erupçåo em 1966 (Le Bas 1977).

Um outro fator comum entre praticamente todos os complexos conhecidos é a

grande variedade petrográfica e mineralógica, devido aos processos de cristalização

fracionada e imiscibilidade dos líquidos magmáticos, além de inúmeras transformações

químicas posteriores (fenitização) que normalmente afetam as rochas encaixantes nas

proximidades das intrusões (Eckerman 1948 apud Biondi 1986).

1.3. MACIçOS ALCALINO-CARBONAT¡ÏCOS NO BRASIL

No Brasil, a maioria dos complexos alcalino-carbonatíticos conhecidos situa-

se na Região Sudeste. Alguns estão no Brasil Central e menor número nas Regiões

Norte e Nordeste, onde recentemente foram descobertas novos corpos: Angico dos

Dias, no norte da Bahia (S/va ef a/. 1988), e Maicuru, no Pará e Mutum, no Amazonas

(Lemos & Costa 1987 e 1989) (figura 1). Estas novas ocorrências, ao contrário da

maioria dos demais complexos, de idade mesozóica, sáo bem mais antigas, segundo

os autores citados, representando idades pré-cambrianas de 2A11 + 6 Ma para Angico

dos Dias (U/Pb) (Silva ef a/. op. cit.) e 1026 f 28 Ma para Mutum (l(Ar)(Ulbrich &

Gomes 1981 ). Além destas, há ainda uma outra nova descoberta: o complexo de Seis

Lagos, situado na porçåo noroeste do Estado do Amazonas, com grandes

potencialidades econômicas para manganês, nióbio e terras-raras (lssler ef a/.1975).

A localizaçáo destes complexos em bordas cratônicas, em bordas de bacias e

em regiões litorâneas, é condicionada a regimes tectônicos regionais (Reativaçáo

Waldeniana), que já tinham sido evidenciados por Almeida (1971, 1972).

Page 22: ESTUDO DA ALTERAçAO INTEMPÉRICA DAS

Flg_ura 1- Principais complexos alcalino-carbonatíticos do Brasil (Fonte: Berbert1.984 complementado de Ulbrich & Gomes 198.1 )._(1. ssls Lagos, 2. catrimanr, g. cachorra, 4. Mutum, 5. Erepecuru, 6. Maicuru, 7. Maraconaf, g. Mepari, 9.Pelxe, 1.o ltaçaré, 11. rraju da corônis, 12 porkaguá, 13. öuarapá ¡¡¡¡., r¡. ririrìtirn li. ii"¡"iå, roLages' 't7. Anrtápor¡s, 19. Mato preto- 19, rtapirapuã, 20. Jacupirariga, 2r, iuquia, zz. rfài

"r",-ãã. ïãprr",24. Arexá,

-25. São Gotardo, 26. saritre (r e ti¡, 27, éena Negia, 2sl cataråo i, zs. catårao rt, io. ¡¡orio ¿oEngenho, 3l canamá, 32. sucundur¡, sà. poriareza, 34. flhaie Fãinan¿o dê Noronha, ss. llhä ¿; f;n¿"d",36 Angico dos Dias, 37. catapó, BB. santo Antônio da Barra, gg. Þl"d"d", qo. ltanhaém, 4i. plratini, 42.Morro do säo Joáo, 43. Cabo Frio, 44. sobrinho, nlo eonito, f"nguá, as. öàn"ã, '+ò. i¡iöüä, qz

Mendanha, 48. Barra do piraf, 49. MorÌo Redondo, sci. rtatt"¡a, st.'prr.a euatro, 52. poços d€ cardas, 5g.Jabotlcabal). 6

Page 23: ESTUDO DA ALTERAçAO INTEMPÉRICA DAS

Ulbrich & Gomes (1981) propuseram uma classificaçäo com oito tipos de

associações petrográficas distribuídas por dez províncias alcalinas para os complexos

brasileiros. Posteriormente, Almeida (1983) complementou a classificação acima com

novas consideraçõês tectônic€¡s, além de incluir as ¡ntrusões näo brasileiras da borda

da Bacia do Paraná a leste do Paraguai e Uruguai, bem como as da Bolívia Oriental,

no interior do Cráton Amazônico, elevando para doze o número de províncias alcalinas

conhecidas, onde, entre elas, destaca-se a Província lpanema.

O mac¡ço alcalino-carbonatítico de lpanema enquadra-se no t¡po lll da

classificaçäo de Ulbrich & Gomes (1981 ), onde as rochas mais importantes såo

glimeritos, dunitos, peridotitos, tipos mais félsicos (álcali-sienitos, malignitos eshonkinitos) e também rochas fortementê subsaturadas e espécies peralcal¡nas

(ijolitos e melteijitos).

Devido à complexidade petrográfica desse tipo de associaçäo, os mesmos

autores (Ulbrich & Gomes 1981) fizeram uma subdivisão no tipo lll, na qual lpanema

enquadra-se no grupo dos maciços com glimeritos como rochas silicatadas principais,

e carbonatitos na forma de diques e p/ugs.

A fenitização varia em grau de intensidade de lugar para lugar, chegando as

auréolas fenitizadas a atingir 2,5km de extensão ao redor de alguns maciços (Araxá,

Catalão I e Tapira, segundo Gomes ef a/. 1990). Nos estágios iniciais do processo de

fenitização, há formação de zonas fissuradas e/ou fraturadas preenchidas por

minerais alcalinos de cristalização tardia (álcali-feldspatos, Na-piroxênios e Na-

anfibólios) como ocorreu em Barreiro, Araxá, Catalão I e ll, Salitre, Serra Negra e

Tapira, e haveria também um decréscimo em quartzo, característica esta presente na

maioria dos complexos (Biondi 1986).

Alguns casos particulares de fenitizaçåo encontrados são anfibolitização,

feldspatização e aegirinização. O melhor exemplo conhecido de fenitização no Brasil

ainda é o complexo de Jacupiranga (anfibolitização e flogopitizaçåo) devido ao seu

grau de extensão e intensidade. Os maciços de Anitápolis, Araxá, Catalão le ll,

lpanema, Salitre e Tapira apresentam ainda nítida flogopitização, ocorrida quando da

intrusão de magmas carbonatíticos nas rochas piroxeníticas.

Page 24: ESTUDO DA ALTERAçAO INTEMPÉRICA DAS

I.4. BENS MINERAIS ASSOCIADOS AOS COMPLEXOS ALCALINO.

CARBONATíTICOS - A INFLUÊNCN DO INTEMPER¡SMO

Os complexos alcalino-carbonatíticos concentram certos elementos que

normalmente possuem clarke muito baixo. O enriquecimento está diretamente ligado åatividade magmática, sendo representado principalmente por óxidos, silicatos,fosfatos, sulfatos e outros compostos de elementos como Nb, ETR, Ni, Ti, Zr, Al, Be,

Na, Ba, Sr e ainda outros. A alteraçáo supérgena aumenta a importåncia econômica

destas rochas, uma vez que é capaz de aumentar sobremaneira os teores primários, já

elevados.

O intemperismo atuante sobre complexos alcalino-carbonatíticos resultou na

formação de várias ocorrências minerais de grande interesse científico e econômico.

Muito antes de serem reconhecidos como tal, alguns já eram explorados no passado

como fonte de cal e, principalmente, de minério de ferro

. Como exemplo, podem ser citados o complexo de Palabora na Áfr¡ca do Sul,

explorado desde a idade antiga para minério de ferro e, posteriomente, cobre; ocomplexo de Fen, no sudeste da Noruega, de onde extraíram-se cerca de 1.000.000t

de hematita entre 1652 e 1927, e o complexo de Alnö, na Suécia, com mina de ferro

desenvolvida desde 1754 até 1884 (Notholt ef a/.1990); no Brasil, o complexo de

lpanema, segundo Heinrich (1966), já supria, no final de 1600, as necessidades da

América do Sul em ferro fundido.

Estas operaçöes foram, entretanto, limitadas em termos de recursos, advindo

o grande interesse por estas rochas somente após a descoberta de pirocloro como

fonte de nióbio, no complexo de Fen, por Goldschmidt, em 1918 (Notholt et al. op. cit.).

Posteriormente, a descoberta de outros usos para o nióbio, notadamente na

siderurgia, motivou o aumento do interesse comercial em relação aos carbonatitos do

leste e sul africanos, do Brasil e do Canadá.

A importância econômica dos maciços alcalino-carbonatiticos tem sido

discutida em detalhe por diversos autores como Deans (1978), Berbert (1984), Méloux

(1985), Venvoerd (1986) e Mariano (1989) apud Notholth ef a/ (1989).

Os mantos de alteração desenvolvidos sobre estes complexos têm espessura

variando de dezenas a centenas de melros, já tendo sido observado, no sudeste de

Goiás e em Minas Gerais, mantos de alteração com mais de 200m de espessura

(Gomes ef a/. 1990).

Page 25: ESTUDO DA ALTERAçAO INTEMPÉRICA DAS

A grande variedade litológica inicial, bem como a variação na intensidade do

intemperismo e a diversidade de fatores e mecanismos atuantes sobre os complexos

alcalino-carbonatíticos definiram a grande heterogeneidade dos mantos de alteração

êxistêntes (Kapustin 1 981 ).

O clima quentê e úmido, aliado a um longo tempo de atuação do processo

intempérico são os fatores diretamente responsáveis pela formação dos mais

espessos mantos de intempêr¡smo sobre os complexos alcalino-carbonatfticos.

Atualmente, a grande maioria desses complexos situa-se na faixa tropical, havendo

entretanto, êspessos mantos de alteração em corpos situados em regióes de clima

temperado, mas que foram desenvolvidos sob outras condiçöes climáticas (Bardossy,

1981). Assim säo o Complexo de Sokli na Finlândia (Vartiainen & Paarma 1979), o

complexo de Cargill-Ontário, no Canadá (Sage & Watkinson 1991 ) e os complexos de

Khibiny & Lovozero, na península de Kola (Rússia) (Slukin ef a/ & Lapin 1989).

Mediante estudos paleoclimáticos em diversas regiöes do globo, Kapustin

(1973) concluiu que os mantos de intemperismo tiveram o seu melhor período de

formaçäo durante o Fanerozóico, sendo bem expressivos nos limites Devoniano/

Carbonífero ou Carbonífero/Permiano e e)dremamente desenvolvidos no Cretáceo

Superior/Eoceno.

Zanin (1989) ressalta a dificuldade em datar os mantos de intemperismo em

geral e os fosfáticos em particular e aprêsenta algumas conclusões sobre o tema,

conforme as informaçöes disponíveis. Assim, aponta que a idade das principais

formações de acumulações intempéricas de fosfatos (excluídos os relacionados a

guanos) é mesozóica e cenozóica e parcialmênte paleozóica e précambriana superior.

Estas idades concordam, em alguns aspectos, com os períodos de fosfatogênese

marinha mais intensa, como apontado por Cook & McElhinny (1979 apud Zanin 1989).

O fósforo liberado pela alteraçáo das rochas apatíticas nos periodos de intemperismo

mais intenso contribuiria, em parte, para o aumento do teor em fósforo na água do mar,

posteriormente depositados como fosforitos marinhos.

Ainda segundo Zanin (1989), a distribuição temporal e espacial dos depósitos

fosfáticos relacionados ao intemperismo mostra que aqueles de latitudes mais altas

são anteriores ao Eoceno e os perfis fosfáticos do Quaternário e Neógeno estão

apenas na faixa tropical e subtropical.

Page 26: ESTUDO DA ALTERAçAO INTEMPÉRICA DAS

t.4.1. ALTERAÇÃO DAS ROCHAS ASSOCIADAS A COMPLEXOS

ALCALINO-CARBONATÍTICOS BRASILEIROS - ESTUDOS RECENTES.

No Brasil, a evolução supérgena das rochas associadas aos complexos

alcalino-carbonatíticos tem sido estudada através de trabalhos com objetivos

diferenciados, contemplando aspectos acadêmicos e aplicados (Born 1976, Silva et al.

1979, Costa et al. 1980, Costa & Sá 1980, Lucas et al. 1980, Oliveira & Schwab 1980,

Siqueira & Lima 1982, Berbert 1984, Costa 1984, Costa & Reymão 1984, Lemos &

Costa 1987, Braga & Born 1988, Kahn 1988, Walter et al. 1989, Schwab & Herold

1989, Alcover Neto 1991 , Walter 1991, Soubiés et al. 1991, Pereira 1991 , Alcover

Neto & Toledo 1993 e lmbernon 1993, entre outros). Além destes podemos citar

trabalhos semelhantes realizados em localidades fora do Brasil como os de Slansky et

al (1964), Flicoteaux et al. (1977), Flicoteaux (1982) e Flicoteaux & Lucas (1984)'

Considerando os objetivos acadêmicos do presente trabalho e sua ênfase na alteração

intempérica, foi feita uma síntese dos trabalhos disponíveis na literatura sobre alguns

maciços alcalino-carbonatíticos brasileiros da regiäo sudeste e da Província Alto

Paranaíba de Almeida (1967), retratada através do quadro l.

Dentre estes, destaca-se o Maciço de Juquiá, estudado em seus aspectos

geológicos, petrográficos e petrológicos por Born (1971 a e b) e Maciotta et al. (1988)

e em seus aspectos de evolução supérgena por Alcover Neto (1991 ), Walter (1991) e

Alcover Neto & Toledo (1993). Em comparação com outros maciços similares

brasileiros, Juquiá constitui um exemplo extremo de enriquecimento em fósforo

residual apatítico, devido ao caráter contínuo da ocorrência dos carbonatitos. Esta

situação diverge dos outros maciços similares brasileiros, onde as rochas

carbonatíticas portadoras de apatita primária ocorrem sob a forma de diques e veios

associados às rochas alcalinas silicáticas, havendo participação significativa, nos

perfis de alteração, de outras fases minerais além dos carbonatos e fosfatos. A única

exceção é Jacupiranga onde, no entanto, o manto de alteração já não existe para

estudos, tendo sido esgotado pela lavra.

Segundo os autores acima citados, os altos teores em apatita encontrados no

perfil de alteração sobre o carbonatito em Juquiá såo devidos à sua acumulação

residual, a partir da desestabilizaçäo dos carbonatos primários. Contudo, a apatita

acaba também por desestabilizar-se, mas somente a partir dos níveis intermediários

do perfil, promovendo uma reciclagem do fósforo, com a formaçáo de fosfatos

secundários ainda apatíticos, já que náo há disponibilidade geoquímica para a

Page 27: ESTUDO DA ALTERAçAO INTEMPÉRICA DAS

Mactco I tstaoolL¡tolog¡a eOconência

,erilotfiG, Proxen[c.¡lcal¡-!¡abros,acufir¿nEuit6, ijdilos,nelteigitG, nefelinas¡enit€,rulaskito6 e caröonatilos. 14fif -stocr( zonado ¡ntrud¡do)m gna¡ss€s e quarÞitosrré-cambrianos.

,JUqUta {ù}'t

lqaoe'.¡ô,ÂÃ^;ã\r/trâ

M¡nerais emineralizações I

(teores -tonelagem)

27 (K-40 (Amaral €t 8l!J67 , apud Hetz 19m

laq.pir¿nguitq, biotita-,¡roxenito, álcal¡-s¡enito,onolito e carbonatito.3sÍn2-stock enca¡xa6 emparÞilos e xisl6 Prêambrian6

r¡dróxi-núor{pãtrta com st,)arbonato€patfü com Fl e,la, barila, magnebla .

irocloro, dobmita, ankerita,menit¿, rabdofanita,ncylitá, ãtront¡anit¿ e

,alena

r aprr¡r tMþt

Manto deintemper¡smo

(M¡nerais em¡neralizaÇões)

'u 0\-Ar, (ñasu ú uoaoanrlW apud Hetz 19Tn

Jacup¡ranEa{SP}teddotitos, piroxenilos,plit6, iacupiranguitos,ärboratito6, neþlina-¡¡enitos, fenitos e d¡ques de

ârbonato€pat/ta co Sr elg, goeth¡ta, barila,|of ceixita e caulinitaP2oti.j6 e æ%. com 3 m,T

NelerenctaS

alcrta, ddomna,nogopta,6rita, cãÞirtih, diopsld¡o-ugita, forsterita, melanita,

'iotita, drih, apatih,,e.o¡rskta, pirccloro.nãtásio. vemiculita,nagnebla,Th,Ueterrasaras.T¡O2 - 16.31 % com125.5 m.T.P2O5 - 9.04%!ôñ qq1 m f Nh?Ôs -

! t¡ngualto.complexo ovalÐm 65lm'. encaiËdos emdstos e granodioritG prê

Bom (1 971 ), Alcover Neto &Toledo Groke (1989),Alcover Ndo (199f ), AlcoverNeto & Toledo (1993),Wa[el(1 991 ), Lênharo(í994).

I 3(l (K-Af) (Amaral of at.

I 967 apr¡d Hetz 1 97I)

QUADRO 1 - Maciços alcalino-carbonatít¡cos da região sudeste do Brasil, recentemente estudados sob o ponto de vista da

alteração intempérica.

catalão I lGOltfi¡efl¡G, Pefioolrrcterpentinizadc, piroxenitG,¡enË6 e €arbonalitos;orllico6. domo circular com17 kn2. efìcaiËdos emparÈitG e mica-ridc prêåmbriãn6.

f¡¡entta, Peß¡rslcl¿,hatás¡o, titanita, l€ucoxên¡o,ùtilo, b6rita, pirocloro,patita, ggrc€ixita, f, orencit¿,noria¿la. crarÉalita, alémte kolb€chta, um fosfato deF a^.li^ ñ' ritô Erô

lolomih, ap6tita, magn€ù'ta,ors{erib, cl¡nohumita,logopih, pirita, pirotita,

¡alena, ¡lfli€nita, 6pinél¡o,)iræloro, badeleita, barita etero,rskita.

ta¿¡o ú I ores (r9r r),;obrinho (1974), cnE &)h€ney (1976), vaz de Mdo1943), Berbert19E4),Ouash (19E4,;oübiés et al (1 sl ),.enharo (1994).

ß (K-Aù (Has¡¡& Cordan¡1968 ap¡rd Her¿ 19m

:gÍrf l.r-5lenlros, rurc¡rsù,

acupirangqito6,arbonatitos, Faquit6,inguaft6.t¡rE circühr con 40 hn',ntrudido em rocñasrclass€dimentar6.

fqud. ãpatita, badelefb.trodoro

ì'atllfe {Mþl

logopita, calc¡ta, ftlom a,lmenih, magnetita. FÍb, ,

patita, serpøtina.rl¡nohumia, tlanita, barita,>andinita, perov/slita-

'2o5 >f0'ß: 130m-T.nO, - æ%: Ê'.9 m.T.!ÞO5 - 2.6s: 21 m. T.:eO, +Lâ2O3 >2rÉ:2f m. T

,eþher (l 965, I 966), Hetz197¡), Amardl1978),Gãspar & WYlieI 984, H¡rano ef sf (1 987),lom (19E9), Morbidell¡ ef at-

I 991 ), Ruberli 6f år. (l æl ),-eal F¡lho (1gEE, 1991,

rì [Á-Af, (næl{ ú r,sEfn968apud Her¿ 1974

{ca¡-$enÍos, neftr-arcaûiþnit6, nefel¡na€ienitc,rÉlignitos, slþrikinitc,ft16, folitc. mdteþi16,

Anftâpolrs (ttc]

If@tofo¡ an6t¿¡5tor

nagndih, fl úor-apølita,

)afþonaro, apatfa,pro¿vslola,

nagnetita,ilmenih,anatásio, t anitd.eucoxenito, n¡tiþ.Tio2 -¡7.5s,com 3Eg m- T.

le feno,plumbogumit¿,lorencita,$¡arto,b6ritâ,lem¡culita e mineraís de

)M'ùÎc, magn€dta dunn6,ãôonatitG (so/tic6).locr(|olË-do em foma de per¿, ê

:arvalho (f 97,ta e b), Arâú1.t Gaspar (1992), lmbemon'I 9gl). LenlÌaro (1994).

æ (K-40 (AÍ¡ar¿lofd67 aqu.lHeø1gm

nat&b (como Fodt{o derltefação è perowskita)

elosp6t('s, Dr@E-r¡ogoFË,iroxêflios, anfbdios,äóonat6{caþitâ),|eHinaPro. - 8.5*, corn 60n. T- (r6ftlual)Pro5 - 6.0S,þm 260 m. T. (ria rDcha),

M¡rrEfñ, o lvEff,frt¡c {rwU

úor+¡tróxÍ{FaË,aföonãtc€Þatita, f6fato

pr.Êyrita, go¡a¿ib.

1€5eÍìef ú Ãann (r eöur./ergara (l g8o),Ulbrith &¡om€s fgEf), B€rbertI S4),Rodrtgu€s (lSs),:urhd,o ef åt (l S), Futado:19E9), Coda (198Ð, Kahn

:19E8), Perera (1991).

Page 28: ESTUDO DA ALTERAçAO INTEMPÉRICA DAS

formaçåo de fosfatos aluminosos e de ferro, comuns no ambiente laterítico. Fosfatos

secundários contendo alumínio e bário (gorceixita) podem ocorrer localizadamêntê e

nas partes superiores do perfil devido à influência de minerais alumino-silicáticos

existentes em variedades de rochas alcalinas silicáticas do complexo'

I.4.2. DINAMICA DO FÓSFORO NOS MANTOS DE ALTERAçÃO SOBRE OS

COMPLEXOS ALCALI NO.CARBONATÍ TICOS

A fixação ou lixiviação do fósforo em perfis de alteração é controlada pelas

condições locais, que incluem aspectos climáticos o topográficos além das

características texturais, estruturais e mineralógicas da rocha original, que determinam

as condiçöes físico-químicas dos meios e, conseqüentemente, o comportamento

dinâmico do fósforo.

De um modo geral, a acumulaçáo do fósforo como apatita residual se faz em

ambientes alcalinos e substancialmente ácidos (lateríticos), podendo haver ainda, no

segundo caso, fosfatos neoformados de Fe e Al, indicando reciclagem daquele

elemento, enquanto a lixiviaçáo do fósforo se faz em condições moderadamente

ácidas (Zanin 1989).

Segundo The British Sulfur Corporation Limited (1980), o comportamento do

fósforo em depósitos sedimentares associados a calcários e margas, que pode ser

adaptado para o fósforo associado a carbonatitos, seria: num estágio inicial de

alteração, soluções levemente ácidas permitiriam a dissolução dos carbonatos,

originando um meio ligeiramente alcalino. A apatita, pouco solúvel neste meio, seria

mant¡da estável. Nos níveis onde os carbonatos já foram totalmente solubilizados, um

meio mais ácido favoreceria a dissoluçåo da apatita. O fósforo assim solubilizado seria

em parte fixado com outros cátions em fases secundárias (fosfatos de alumínio com

Ba, Fe, Sr, ETR e outros), e em parte migraria para niveis inferiores do perfil,

evêntualmente formando apatita secundária ao atingir horizontes levemente alcalinos.

Dessa forma seria explicado o ciclo do fósforo no perfil, elemento considerado residual

em escala de perfil, mas com sucessivas reciclagens e mudanças de nível

determinadas pelas variações das condiçöes físico-químicas dos meios.

Zanin (1989) distinguiu duas situações de intemperismo em relação ao

comportamento do fósforo no ambiente intempérico: intemperismo pré-laterítico e

intemperismo laterítico. No primeiro caso, a concentraçäo em fósforo no manto de

12

Page 29: ESTUDO DA ALTERAçAO INTEMPÉRICA DAS

intemperismo está principalmente relacionada à apatita residual, sendo a apatita

secundária rarâmente formada diretamente nos perfis de intemperismo e usualmente

formada fora do perfil (por exemplo, em cavidades cársticas). No segundo caso, novos

minerais fosfáticos, aluminosos,e ferruginosos såo usualmente formados diretamente

nos perfis.

No intemperismo pré-laterítico, algumas situaçöes distintas foram apontadaspor Zanin (1989), refletindo as peculiaridades dos controles da alteraçáo:

1 . Lixiviação total do fósforo, sem acumulação, podendo talvez ser

parcialmente adsorvido por argilominerais e oxihidróxidos de ferro; é característica de

rochas ácidas, mas também pode ocorrer com rochas básicas, como no gabro da

Ucrânia;

2. Concentração do fósforo nas partes inferiores do perfil, relacionadaprincipalmente com a apat¡ta residual, de concentração relativa portanto, devida à

dissolução e lixiviaçåo dos carbonatos, com possibilidade de neoformação de apatita

secundária a partir do fósforo proveniente das partes superiores do manto de

alteração;

3. Enriquecimento máximo do fósforo nas partes intermediárias do perfil,

decrescendo nas porçöes basais e superiores. Ocorre nos perfis sobre carbonatitos

com enriquecimento relativo do fósforo na parte inferior pela dissolução dos

carbonatos, processo que atinge seu máximo na parte média do perfil. Nas partes

superiores, a perda se dá pela dissolução da apatita até entåo resistente.

4. Enriquecimento máximo do fósforo na parte superior do perfil, que mais

parece representar um perfil truncado, onde a parte superior original foi perdida.

Representaria, então, um caso part¡cular do item anterior, Ocorre em rochas

carbonatadas, maciço carbonatíticos e depósitos fosforíticos rêlativamente

carbonatados. Ocorre mais raramente nas partes superiores de perfis sobre rochas

aluminossilicatadas e também por evolução com influência de guano.

5. Distribuição homogênea do fósforo em todo o perfil, em casos em que os

carbonatos foram completamente lixiviados e nenhuma migração do fósforo foi

observada.

Seguindo a distinção de Zanin (1989), o processo de intemperismo laterítico

conduz à formação dos fosfatos de alumínio e em alguns casos, de fosfatos de ferro, apartir do fósforo liberado pela lenta desestabilização da apatita. Esta retençåo do

fósforo nos perfis lateríticos tem uma grande influência na dinâmica de diversos

elementos, já que os minerais fosfáticos, em particular os minerais da família alunita-jarosita (Kato & Radoslovish 1968, Bottinelly 1976 e Scott 1987 apud Schwab ef a/.

13

Page 30: ESTUDO DA ALTERAçAO INTEMPÉRICA DAS

1990) , são estruturas favoráveis à fixação de elementos variados como u, Th, v, sr,

Ba, ETR, etc. Além disso, a presença dos íons POos- no perfil inibe a cristalização da

gibbsita, já que o alumínio tende a participar da estrutura dos fosfatos secundários.

Fosfatos de ferro såo mais raros na natureza que os fosfatos de alumínio, e isto sêfia

explicado pelo fato de que as reações dos íons fosfatos com hidróxidos de ferro såo

muito mais lentas e ocorrem somente em ausência de material arg¡loso ou em

condiçöes muito redutoras; assim, o ferro permanece predominantemente como

oxih¡dróxidos livres, ao contrário do alumínio, que forma g¡bbsita quando está em

excesso em relaçäo ao fósforo. Nestes meios, carbonatos e silicatos vão sendo

desestabilizados com lixiviaçáo total ou parc¡al de seus elementos const¡tu¡ntes,

resultando em enriquecimento relat¡vo do fósforo'

Ainda de acordo com zanin (1989), podem ocorrer situações diferenciadas

em têrmos de zonalidade da distribuiçäo do fósforo nos perfis desenvolvidos sob o

intemperismo por ele class¡ficado de laterítico:

1. o teor em fósforo na zona de ocorrência dos fosfatos de alumínio é muito

menor que o teor na zona dos fosfatos de cálcio primários (por exemplo, os

depósitos de B6lka, na Sibéria e Christmas lsland, no Oceano índico);

2. o teor em fósforo na zona de ocorrência dos fosfatos de alumínio é muito

maior do que nas partes inferiores do perfil com fosfatos de cálcio (maciço de

Essey, no norte da Sibéria);

3. distribuição equilibrada do teor em fósforo ao longo do perfil, composto por

fosfatos de alumínio (depósito de Thiès, no Senegal)

os estudos de perfis de alteraçåo lateríticos em materiais com fosfatos

(Altschuler I 973) mostram que estes são progressivamente desestab¡lizados e

reprecipitados, com mudanças na sua composiçáo química, que responde às

condições físico-químicas do meio em cada etapa, causando uma zonalidade vertical

no perfil, normalmente na seguinte ordem, da base para o topo:

FosflCal + Fosf2Call c) Fosf3Ca,Al,Fe+ Fosf4Al,Fe4Fosf5Al +Fosf6Fe

Onde:

fosfl ç¿¡ e fosf2ç¿¡¡: apatita, respectivamente (primária e secundária)

fosf3Ca, Al e Fe palita, crandalita e wardita

fosf4Al e Fe: leucofilita e barrandita

fosf5Al: variscita, wavelita, augel¡ta e senegalita

fosf6Fe: strengita.

Page 31: ESTUDO DA ALTERAçAO INTEMPÉRICA DAS

O cálcio, que é um elemento normalmente solúvel, vai sendo fixado na

estrutura de fosfatos secundários, o que retarda a sua lixiviação. À medida que vai

sendo lentamente lixiviado, são possíveis substituições deste elemento por outros

disponíveis, como ETR, Pb, Sr e outros.

Condições específicas de intemperismo e as disponibilidades geoquímicas

particulares podem omitir algumas fases intermediárias nesta seqüência, como é ocaso dos depósitos da região de Altay-Sayan, estudada por Zanin (1968), onde a

wavelita é encontrada com frequência diretamente sobre a fase rica em

f luorcarbonatoapat¡ta.

As principais tendências químicas evolutivas observadas nesta paragênese

são:

a) na alteraçáo da apatita (modificaçöes progressivas por dissoluçåo

incongruente):

Segundo Gusev ef a/. (1976 apud Zanin 1989), fluorapatitas primárias sofrem

inicialmente perda de fluor, depois de cálcio e depois de fósforo; Flicoteaux & Lucas

(1984) mostraram que, durante o intemperismo, a carbonatoapatita sofre

descarbonatação e modifica sua composiçåo para fluorapatita; McArthur (1985 apud

Zanin 1989) remarcou que a carbonatoapatita (francolita) muda para fluorapatita

durante recristalização/alteraçáo sob condições intempéricas; amostras

intemperizadas de apatita contêm teores menores em Sr, Na e SO42- em relaçåo a

PzQs'

b) na neoformação dos fosfatos secundários, segundo Zan¡n (1989), Vieillard

et al. (1979), Lucas et al. (1980) e Flicoteaux & Lucas (1984):

. decréscimo em álcalis e hidrataçáo,

. acréscimo da 'azão Al+FelP,

. aumento no grau de oxidação do ferro.

Page 32: ESTUDO DA ALTERAçAO INTEMPÉRICA DAS

II. O COMPLEXO ALCAL¡NO-CARBONAT¡T¡CO DE IPANEMA

ll.l. Situação Geral

11.1.1. Localização

O Complexo alcalino carbonatítico de lpanema situa-se na Fazenda de

mesmo nome, na parte central da Serra de Araçoiaba, no centro leste do Estado de

São Paulo, a 143km da capital.

ll. 1 .2. Acessos

O acesso à Fazenda é feito a partir da cidade de São Paulo, percorrendo-se

11Skm pela Rodovia Castelo Branco e 28km por estrada secundária via lperó.

A Fazenda lpanema tem ligação com a Rodovia Raposo Tavares, através de

12km de estrada de terra ou, ainda, por uma terceira estrada, também sem

pav¡mentação, a partir de Sorocaba.

Chega-se à área em questão a partir da vila residencial da Fazenda lpanema,

por estrada de terra com cerca de 4km de extensão, mantida até recentemente em

condiçöes de tráfego pela própria Fazenda.

A Fazenda lpanema é também cortada por via férrea (FEPASA), além da

existência de um campo de pouso, utilizado até há pouco tempo por aviöes agrícolas

de treinamento do já ext¡nto CENEA - Centro Nacional de Engenharia Agrícola do

Ministério da Agricultura e Reforma Agrária.

Desdê 1992 a fazenda é administrada pela secretar¡a do Meio Ambiente e

sua reserva florestal tem fiscalização feita pelo IBAMA, denominando-se Floresta

Nacional de lpanema (FLONA).

ll.1 .3. Relevo

A região sorocabana apresenta relevo suave com cotas da ordem de 600 m,

destacando-se a Serra de Araçoiaba que constitui acidente notável de forma

semicircular, com cota superior ultrapassando 950m

A Serra de Araçoiaba tem seu cume arqueado em "V" e em seu interior

localiza-se a intrusåo alcalina.

Page 33: ESTUDO DA ALTERAçAO INTEMPÉRICA DAS

11.1.4. Vegetação

Originalmente a área era recoberta por densa floresta tropical caracterizada

pela mata atlântica de planalto. Atualmente, a vegetação é escassa nos flancos da

Serre, const¡tuída por campos de pastagens ou por plantaçöes, sendo um pouco mais

densa no flanco noroeste do Ribeirão do Ferro. No interior da Serra encontra-se mata

de difÍcil penetraçåo em alguns locais.

11.1.5. Clima

o clima atual da regiáo caracteriza-se como sendo sub-úmido, mesotermal,

com temperaturas médias anuais de 22oC. Fo¡am reg¡stradas precipitações anuais

que variam de 600 a I 700mm, sendo que a média anual é de cerca de 1200mm.

ll.1 .6. ldade

Em amostras tomadas de diques de skonkinitos que cortam rochas

metassedimentares do Grupo Tubarão e de uma amostra de um fenito s¡enítico'

Amaral ef al. (1967) obteve a idade de 123 Ma através de datações pelo método K-Ar.

ulbrich & Gomes (1981) consideraram este valor como sendo o mínimo, uma vez que

estudos no núcleo glimerítico principal são ainda bastante escassos. Baseando-se em

sua idade e litologia, o maciço alcalino de lpanema tem sido agrupado com diversos

outros tipos de rochas alcalinas, que tiveram sua formação por volta de 130 Ma, idade

esta compatível com um dos quatro ciclos magmáticos alcalinos mais importantes

ocorridos no sudeste do Brasil (Herz 1977 e ULbrich & Gomes 1981 ).

II. 2. HISTÓRICO DA ÁREA

A área da Fazenda lpanema hoje faz parte do patr¡mônio histórico nacional,

uma vez que abriga importantes sítios arqueológicos e monumentos históricos,

representantes dos primórdios da Siderurgia Brasileira. As sucessivas tentativas para

a implantaçáo da indústria siderúrgica em lpanema, na época do Brasil colônia,

falharam totalmente devido à própria natureza do minério de ferro lá existente (alto

teor em titânio e fósforo, seu modo de ocorrência e quantidade, além de falhas

administrativas e dificuldades de explotação e transporte). Com o deslocamento da

17

Page 34: ESTUDO DA ALTERAçAO INTEMPÉRICA DAS

Siderurgia Nacional para o centro de Minas, estas jaz¡dâs perderam a importância quesê lhê atribuía antigamente. Posteriormente, com a descoberta da existência de rochasalcalinas e carbonatíticas, um novo aspecto se fez importante na região: a ocorrênciade fosfatos para a indústria de fertil¡zantes.

11.2.1. Histórico das pesquisas geológicas e atividades mineiras

Tendo em vista a importância histórica da área, segue uma breve sfntese dasatividades m¡neiras e de pesquisa lá desenvolvidas:

1589 - primeira notícia de mineralizaçåo no maciço alcalino de lpanema, coma descoberta do minério de ferro por Afonso Sardinha.

1591 - montagem do primeiro estabelecimento siderúrgico do país, com do¡s

fornos rústicos e uma forja.

1680 e 1766 - tentativa de instalação de fornos, que fracassaram em pouco

tempo.

início do séc..XlX (18,l8) até meados do século: instalaçåo e apogeu da 1e

Siderurgia Nacional (administração de L. W. Vernhagem)1870 - descoberta da ocorrência de martita como produto pseudomórfico de

magnetita.

1884 - descoberta do ácido fosfórico em quantidade apreciável, no solo,

associado à magnetita.

1891 - primeiras descrições geológicas e descoberta da apatita, associada

às rochas alcalinas, Derby (1891) apudBorn (1989).

1895 - fim das ativ¡dades da Fábrica de Ferro de lpanema.

19'l 1 - estudos detalhados sobre os recursos de magnetita de lpanema -Gonzaga de Campos.

1930 -'l'seção geológica da Serra de Araçoiaba e estudos comparativos dajazida de ferro e apâtita (Knecht 1930).

1938 - síntese de todas as pesquisas geológicas até então realizadas e

sugestões para instalar a fábrica de superfosfatos (Moraes 1938).

Estudos para o aproveitamento da apatita (Moraes Rego 1938).

1939 - estudos para o aproveitamento da apatita (Araújo 1 939).

1940 - estudos petrogenéticos sobre as rochas alcalinas, com destaquespara as ocorrências de apatita (Leinz 1940).

1942 - instalaçáo da usina experimental de beneficiamento de apatita, sem

muito sucesso, pela Serrana S.A. de Mineração.

Page 35: ESTUDO DA ALTERAçAO INTEMPÉRICA DAS

1955 - Maciel & Guimaräes (1955), fazem menção a um dique de shonkinito-pórfiro ocorrendo fora da intrusåo alcalina, no bairro de Congonhal,

em Tatuí, como uma rocha semelhante a que ocorre em lpanema e

discutem sua origem e comPosição.

1960 - Knecht (1960) também descreve uma ocorrência de rocha alcalina

semelhante aos skonkinitos-pórfiros de lpanema, no bairro de

Soares, em Piedade.

1966 - definição dos limites da intrusão, de aspecto circular, detecção da

existência de profundo manto de intemperismo, elaboraçåo de mapa

geológico e geofísico, além de algumas descrições petrográficas, por

Davino (1966).

1968 - realização de sondagens constatando a prêsença de díques

carbonatíticos pelo lnstituto Geográfico e Geológico (descritos por

Felicíssimo Junior em "Os carbonatitos do Estado de Såo Paulo")

sem, no entanto, conseguir localizar reservas de minério.

1972 - retomada das pesquisas em lpanema pela Serrana, com evolução da

técnica de beneficiamento, novas consideraçöes geológicas e

econômicas.

1975 - estudo geológico da Serra de Araçoiaba por Davino (1975). Nesta

época, a área chamada Fgzenda lpanema, onde ocorre o complexo

alcalino, incluía, além da reserva florestal, o CENEA.

II.3. GEOLOGIA REGIONAL

Na região de Sorocaba predominam as rochas sedimentarespermocarboníferas do Grupo Tubarão (Bacia do Paraná) (Mendes 1961 apud Davino

1975). Segundo Serrana (1976a), as variedades litológicas encontradas nessa

unidade compreendem arenitos, siltitos e, mais restritamente, folhelhos, tilitos eritmitos; sua espessura varia de 100 a 200m e têm mergulho regional suave, da ordem

de 1 ' a 3", para NW, embora nas proximidades da Serra estejam e)dremamente

perturbadas, refletindo o comportamento do embasamento.

Ocorrem, na região, diabásios associados ao vulcanismo mesozóico do sul

do Brasil (Leinz 1949 apud Davino 1975), cortando ou intercalando as camadas do

Grupo Tubarão

Sob esta unidade encontra-se o embasamento cristalino (Grupo São Roque),

que teria sofrido soerguimento, provocado pela intrusäo alcalina, podendo aflorar a

altitudes superiores a 850m na Serra de Araçoiaba (Davino 1975). O embasamento

Page 36: ESTUDO DA ALTERAçAO INTEMPÉRICA DAS

compreende rochas como granitos, anfibol¡tos e f¡l¡tos que compõem a ma¡or parte da

Serra, sendo que localizadamente pode-se encontrar calcários, micaxistos e

quartzitos, com atitudes praticamente verticalizadas. Såo ainda encontrados diques

radiais de shonkinitos, fora da intrusäo principal, cortando as encaixantes regionais

(Serrana, 1976a).

No centro da Serra de Araçoiaba, drenada pelo Ribeirão do Ferro, ocorre a

intrusåo alcalina, na direção NE-SW, com uma área de 13 km2 e dimensöes da ordem

de 1000 por400 m, circundada poruma auréola defenitização de largura aproximada

de 3km (Nogueira et al. 1976),

II.4. GEOLOGIA LOCAL, PETROGRAFIA E MINERALOGIA

11.4.1. As rochas da intrusão

Os trabalhos mais antigos (Leinz 1940; Knecht 1940) citam as seguintes

rochas alcalinas constituindo a intrusão: ortoclásio-aegirinito (lusitanito rico em egirina-

augita), ortoclásio-lusitanito (álcali-sienito melanocrático, com alto teor em máficos),

umptequito (álcali-sienito, rico em anfibólio sódico), nordmarquito (álcali-feldspato

sienito, com quartzo) e shonquinito-pórfiro.

Davino (1975) também cita estas rochas, além de fazer menção aos diques

de carbonatito que já tinham sido revelados por sondagens do IGG (lnstituto

Geográfico e Geológico do Estado de Såo Paulo), em 1968.

(o/o) dos

m¡nerais

piroxênio

+anf¡bólio

luartzc apet¡ta magnetits nefeline biot¡ta

unoctaSto-

aegirinito

14 82 3 I

Ortoclás¡o-

lusitanito

47 48 5

Umptequ¡lo 60 17 3

Shonkinito

(fenocrista¡s

+matriz)

2A 27 J 3 2

Nordmafl(¡to 85 2 12 1

TABELA 1 - Tipos petrográficos e porcentagens dos minerais, segundo Leinz

(1s40).

Page 37: ESTUDO DA ALTERAçAO INTEMPÉRICA DAS

Segundo a descriçáo de Leinz (op. cit.) as quatro primeiras rochas da tabela

1 não possuem quartzo, såo ricas em feldspatos alcalinos (ortoclásio) e não possuem

nefelina. Podem ser denominadas então, genericamênte, de sienitos alcalinos' O

nordmarkito, a única rocha alcalina com quartzo, mereceu atenção especial, tendo-se

admitido, teoricamente, que este mineral, que normalmente aparece acumulado em

leitos ou agregados alongados, representaria rêstos de um arenito nåo completamente

assimilado pelo magma. Leinz chegou a esta conclusáo baseando-se na morfologia

dos cristais, que se apresentavam muitas vezes com aspecto arredondado de

sedimentos clásticos, contrariamente ao que seria de se esperar em uma cristalizaçåo

magmática primária (forma homogênea dos grãos e denteaçáo nas juntas). Além disto,

observou, raras vezes, uma certa idiomorfia do ortoclásio em contato com o quartzo.

Nenhum dos autores anteriores fÌzeram referência aos glimeritos, nem aos

biotita-piroxenitos (alcalinos). Segundo os levantamentos da Serrana S/A (Serrana

1976a, 1976b), os mais completos e atualizados, que utilizaram um grande número de

sondagens, são os glimeritos as rochas principais, sendo os sienitos rochas de

importância quantitativa secundária, que ocorrem como transições locais do corpo

glimerítico principal. A Serrana também faz cilaeþo aos diques de shonkinitos e

carbonatitos (praticamente isentos de apatita e mais comuns sob a forma de

venulaçöes). De qualquer modo, antes da Serrana, ninguém havia descrito a presença

de rochas essencialmente micáceas e nem no ortoclásio aegirinito (única rocha mais

máfica descrita por Leinz, uma vez que as demais eram leuco a mesocráticas) havia

sido descrita a presença de biotita.

Ainda segundo os relatórios da Serrana S. A., envolvendo o núcleo

glimerítico ocorrem rochas fenitizadas, constituídas por extensa gama de rochas

metassomat¡zadas, caracterizados pela formação de egirina-augita, hastingsita e

feldspato alcalino. A concentraçåo apatítica está associada ao núcleo alcalino principal

e às venulaçöes micáceas no fenito circundante. Segundo Serrana (1976a), o intenso

grau de alteração intempérica apresentado por todas as rochas que compõem o

maciço alcalino de lpanema näo permitiu uma rigorosa delimitação de contatos em

superfície. A figura 2 mostra o mapa e perfil geológico elaborados pela Serrana.

11.4.2. A apatita de lpanema

Nos glimeritos, a apatita associa-se freqüentemente às aegirinas-augitas e

micas, podendo também ocorrer dispersamente entre feldspatos alcalinos,

hastingsitas, calcitas e magnetitas. Nos fenitos circundantes, a apatita restringe-se aos

veioS micáceos que os recortam. Aqui apresenta-se com granulometria mais fina

21

Page 38: ESTUDO DA ALTERAçAO INTEMPÉRICA DAS

19N

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Figura 2 -Localização e mapa geológico regional do Maciço Alcalino-Carbonatítico de

lpanema, e localização da Mina Gonzaga de Campos (Fonte: Senana 1976a e b ).

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800

700

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500

Page 39: ESTUDO DA ALTERAçAO INTEMPÉRICA DAS

(0,2mm ou menos) em relaçåo àquela dos glimeritos (0,2 a 0,6mm). A apatita pode

formar pequenas lentes ("schlieren"l no centro daqueles veios, associando-se com

calcita, magnet¡ta e piroxênio. Born (1989) já havia definido a apatita de lpanema como

sendo fluorapatita, o único fosfato importante identificado na rocha fresca; de acordo

com este autor, na rocha fracamente alterada, alguma carbonatoapatita poderia

ocorrer. No depósito residual, a fluorapatita ainda seria o fosfato predominante,

enquanto que os fosfatos não apatíticos estariam concentrados na cobertura

superficial.

Lenharo (1994) apresentou um estudo para a caracterizaçåo mineralógica e

tecnológica das apatitas de alguns depósitos brasileiros de fosfato, entre eles, o de

lpanema. Várias técnicas foram utilizadas pela autora (microscopia óptica, análises

químicas, difração de raios-x, espectrofotometria no infra-vermelho,

catodoluminescência, microscopia eletrônica de varredura, microflotação em tubo de

Hallimond e ensaios de ponto de carga zero) e sua integraçáo possibilitou caracterizar

com bastante detalhe as referidas apat¡tas. As apatitas primárias definidas por

Lenharo são predominantes, apresentam hábito granular ou prismático, de superfície

lisa ou irregular, com cantos arredondados. Aprêsêntam feiçöes de alteração

incipientes, com fraturas conchoidais e sulcos de dissolução, o que as tornam

ocasionalmente com superfície rugosa, e comumente apresentam inclusões.

As análises que detêrminaram as dimensóes da cela unitária onde foi

observada uma maior expansão para o eixo cristalográfico c, aliadas às análises

químicas e espectroscópicas no infra vermelho corroboraram a hipótese da existência

do íon OH-. Dessa forma caracterizou-se mais precisamente a apatita primária como

sendo uma hidróxi-flúor-apatita com algum estrôncio em sua estrutura.

As apatitas supérgenas observadas sáo do tipo microcristalinas ecriptocristalinas, tendo, normalmente, estas últimas, recobrimento superficial por

oxihidróxidos de ferro. Nas amostras ricas em apatitas supérgenas estudadas, apresença do radical CO.z- 5 marcante, estando ausente o íon OH-. Com a integração

de todos os rêsultados, aquela autora as definiu como carbonato-flúor-apatita.

As apatitas microcristalinas estudadas têm aspecto rugoso, sem extinçäo

óptica, e foram repreciþitadas com certa orientação, normalmente de forma paralela

aos oxi-hidróxidos de ferro. As criptocristalinas apresentam aspecto nebuloso,

desfocado e estáo subordinadas às primeiras.

A distribuição de elementos TR nas apat¡tas de lpanema é muito baixa, em

contraste a mu¡tas ouiras ocorrências de rochas alcalinas e carbonatitos relacionados

com depósitos de apaiita, onde o valor total obtido por Lenharo (op. c¡t.) está na ordem

de 300 ppm. Segundo Born (op.crL), nenhuma concentraçåo significativa de TiO2,

NbzOs, BaO, SrO e ETR foi encontrada.

Page 40: ESTUDO DA ALTERAçAO INTEMPÉRICA DAS

Segundo Hogarth (1989), a tendência geral seria que os teores de ETR

encontrados nas apatitas de carbonatitos indicâssem o estágio evolutivo do processo

de cristalização magmática, ou seja, quanto maiores os teorês, mais tardia acristalização e teores baixos denotariam fases iniciais. Ainda segundo Hogarth(op,c¡t.), as razões entre os óxidos SrO/MnO também seguem as mesmas tendênciasque os ETR, Nas apatitas secundárias os teores em ETR e razões SrO/MnOgeralmente sáo baixos.

Os baixos valores em ETR e as baixas razões SrO/MnO (aproximadamente

0,4%) obtidas por Lenharo (op.cit.), que normalmente indicariam estágios iniciais de

cristalização, aqui, diferentemente, permitiram associar as apatitas a veios tardiosexistentes em rochas glimeríticas e fenitos, uma vez que se admite uma origemdiferente para estas rochas em relação aos glimeritos das outras localidades, ou seja,poderiam constituir a cúpula externa de um possível corpo carbonatítico maior.

II.5. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA SOBRE A ALTERAÇÃO INTEMPÉRICA NO

MACIÇO E A JAZIDA FOSFATICA SUPÉRGENA

O conhecimento anterior sobre o intemperismo das rochas associadas ao

maciço deveu-se às pesquisas para o aproveitamento de fosfatos e,

subordinadamente, das micas expansivas (Leinz 1940, Knecht 1972 e 1973 apudSerrana 1975, 1976 a e 1976 b e Serrana 1975, 1976a e 1976b). Os resultadosobtidos, embora adequados a esse fim, foram insuficientes para a compreensão da

evolução superficial propriâmente dita, em seus vários aspectos, como composiçãoquímica, mineralógica e filiações entre os diversos tipos de minerais.

Leinz (1940) observou que o minério decomposto é, macroscopicamente,

uma massa amarelo-marrom-friável, apresentando blocos cuneiformes de xistos

metamórficos intercalados na massa do minério e contendo muitas vezes octaedros

milimétricos de martita. A apatita é dificilmente perceptível a olho nu.

Além disso, também observou textura fluidal do minério primário e a seguintecomposição mineralógica quantitativa: apatita (teor muito variável), biotita (37%),

hematita e limonita (460lo), egirina e hastingsita (12o/o), caulim (5%) e clorita.

Em análise granulométrica por peneiramento, Leinz concluiu que a apatitaestava nas frações de 0,35 a 0,1mm. A fração mais fina é praticamente estéril.

Leinz (1 940) fez pouca mençáo ao processo de alteração superficial. Do

minério não alterado para o minério decomposto, fez algumas observaçöes relativas às

transformações mineralógicas. Assim, no inÍcio, a magnetita passaria para martita e aegirina bem como a hastingsita começariam a dissolver-se fibrosamente, em direçöes

24

Page 41: ESTUDO DA ALTERAçAO INTEMPÉRICA DAS

paralelas às clivagens, formando-se l¡mon¡ta, um outro material, possivelmente de

caráter argiloso (incompreensivelmente denominado de biotita pelo autor) e caulim.

Esse material argiloso é muito comum, parecendo corroer pelas clivagens o ¡nterior

dos piroxênios, formando-se finalmente uma pseudomorfose fibrosa. Raras vezes

encontra-se clorita como produto secundário. A apatita permanece completamente

intacta, onde âpenas nos cristais aciculares haveria infiltração de óxidohidróxidos de

ferro.

Leinz (op clf) também usa a decomposiçáo superficial das rochas apatíticas

como um dos argumentos para explicar a ocorrência de blocos de sílex em camadas

superficiais da jazida, embora exista outro argumento, o mais provável, de que a sílica

seria o produto final da diferenciação magmática. A presença de barita seria um sinal

de processos hidrotermais de baixa temperatura. Em não se tendo constatado

nenhuma prova positiva da existência deste processo, lançou aquela outra hipótese.

Assim, pela decomposição da apatita das rochas, libera-se o ácido fosfórico, o que

causaria uma destruição intensa dos silicatos, liberando, portanto, a sílica, que

migraria em soluçáo aquosa, precipitando-se na zona superficial em forma de

concreçóes e infiltrando-se parcialmente nas rochas ainda frescas, silicificando-as.

O modo como a rocha fresca passaria Parc a rocha decomposta era

conhecido de uma forma sumária, uma vez que existia até então apenas uma única

análise química completa do minério decomposto. O resultado desta análise

demonstrou um forte enr¡quecimento em SiO2 e Al2O3 e um leve enriquecimento em

Fe2O3, além de empobrecimento em elementos alcalinos. Estes dados revelaram apresença de Al2O3 e Fe2O3 (hidratado), que são nocivos aos processos de

beneficiamento e aproveitamento do minério fosfático.

Estes resultados devem ser considerados com bastante cautela, em vista da

insuficiência de dados ex¡stentes naquela época. Além disto, existe uma

heterogeneidade litológica no maciço que não foi relacionada aos materiais

intemperizados. Leinz não fez menção à formação de fosfatos secundários de Al e Fe.

Os estudos efetuados pela Serrana (1975, 1976a e 1976b) mostram aseguinte constituiçâo do manto de alteração sobre o maciço: capeamênto médio de 0 a

5 m de material estéril, seguido por minério até os 20 a 50 m, onde atinge-se a rocha.

Segundo a Serrana, o minério apatítico corresponde ao simples resultado do

intemperismo sobre as rochas mineralizadas primariamente. A composição

mineralógica determinada no manto de alteração foi:

. minerais magnéticos: magnetita, nas fraçöes mais grossas.

o óxi-hidróxidos de ferro supérgenos: minerais de ganga (hematita, goeth¡ta,

"limonita").o piroxênios e anfibólios: pouco freqüentes, devido à facilidade de alteração.

Page 42: ESTUDO DA ALTERAçAO INTEMPÉRICA DAS

. apatita: fluorapatita granular (diâmetro 0,2 a 2,0mm), tendo às vezesrêcobrimento pelicular de "limonita".¡ fosfatos secundários: presença detectada através de anál¡ses químicasque demonstraram baixo teor em CaO em relação ao P2Os contido,considerando-se a composição teórica da fluorapatita.. micáceos: ocorrem em proporçóes muito var¡adas, chegando a 30% nominério derivado do glimerito.

Em função do grau de alteração intempérica e da qualidade econômica,foram reconhecidos três tipos de minério: A, B, e C.

. Minério tipo A: alteração incipiente dos minerais primários:

. pobreza em argilo minerais,

. presença de vermiculita verde (granulaçáo grossa),

. apatita liberada nas frações finas.

o Minério tipo B: alteração mais acentuada dos minerais primários:

. aumento da fração argila (20 a 50%),

. presença de vermiculita (mais fina),

. apatita parcialmente recoberta por película ferruginosa,dificultando a flotação.

. Minério tipo C: alteração praticamente completa dos minerais primários:

. evoluçåo mais acentuada das vermiculitas,

. apatita de recuperação ainda mais difícil,

. presença de fosfatos aluminosos supérgenos.

Foram analisados os teores de P2O5, AlzO¡, FezO¡ e CaO, além de outrosóxidos, de onde se concluiu que houve enr¡quecimento em FezOs, perda de CaO eAl2O3 (tabelas 2 e 3). No minério totalmente alterado houve um acréscimo residual emP2O5, cujos teores são por vêzes bastante altos, porém, preponderantemente sob aforma de fosfatos secundár¡os. De um modo geral náo houve enriquecimento residualem apatita (cujos teores são semelhantes na rocha sã e alterada). Os teores em Nb, Tie ETR em análises semi-quantitativas, foram muito baixos. Bário ocorre em proporçöes

mais elevadas em algumas áreas isoladas dentro ou fora da área mineralizada, embora

no geral, também sejam baixos. A magnetita de lpanema apresenta teor médio de VzOs

de O,4o/o.

Page 43: ESTUDO DA ALTERAçAO INTEMPÉRICA DAS

npos de minério

lArÍAr^^t^ ^rÃa.^ø^|a

CaO Pzos Fez

Oa

Al203

Minério tiDo A ll.3 8.6 18.3 e¿

Minério tioo B 88 6.0 20.6 9.0

Minério l¡bo c 5.7 6.9 >3îolo 3.4

TABELA 2 - Composição químic€r média (o/o) dos t¡pos de minério definidos pela

Serrana S. A. (Serrana, 1976b)

Ti0p,s cle minério

(alteração

ctescente)

Apatita Magnetita Micas (þlofif a

ou

Srricafos

(feldspatos.

plroxênios,

ft1ilññ¡nêrâí.1

Fosfafos

secundáños

M¡nério tioo A 20 lo 30 40

Minério tiDo B 15 15 30 40 oouco

Minério tioo C 10 20 65 5

TABELA 3 - Composição mineralógica média (%) dos tipos de minério definidospela Serrana S. A. (Serrana, 1976 b)

O exame das tabelas 2 e 3 pode suscitar dúvidas com relação à evoluçãoquímica e mineralógica destes tipos de minério. Considerando que pelo menos parte

do alumínio liberado pela alteração dos minerais primários com estê elemento (biotita

e feldspatos) é fixado nos fosfatos secundários aluminosos e, considerando também,que não há grande perda dos argilominerais (o que ocorre é transformaçåo devermiculita em caulinita) é difícil aceitar a diminuição dos teores em AlzOs da tabela 2,

de 9,4 e 9,0 (minério A e B) para sómente 3,4olo (minério C). De qualquer forma, foramestes os resultados registrados nos relatórios da Serrana.

Knecht (1972, 1973) apud Serrana (1975, 1976 a, 1976 b) descreveu três tipos de

minério fosfático:

a. Apatita, com cristais milimétricos de magnetita, encaixada entre as segregações

de magnet¡ta compacta pura e aegirinito de baixo teor em apat¡ta.

b. Aegiapito (egirina com apatita), de teor elevado em apatita e pouca magnetita(martita), ocorrendo como massas lenticulares no aegirinito, com pouca ou nenhuma

magnetita purâ.

Page 44: ESTUDO DA ALTERAçAO INTEMPÉRICA DAS

c. Fosforita terrosa, pouco coerente e com teor elevado em limonita, proveniente

da alteração da rocha apatítica subjacente.

Os ítens a e b corresponderiam ao proto-minério e o Ítem c aos tipos A, B, e C da

classificação de minério alterado feita pela Serrana.

Segundo a Serrana S. A. (Serrana,1975), a vermiculita ocorre em á¡ea de2

350.000 m , nas zonas de glimerito. Trata-se de material com teor médio de 20% de

mica expansiva. As reservas de vermiculita até 15 m de profundidade são: 4.725.000 t

(medida) e4.725.0OO t (indicada).

Quanto aos fosfatos, no cálculo de reservas, foi considerado minério o

material com teor superior a 4%o em PzOs, Que pode por vezes ocorrer intercalado entre

camadas com teores abaixo do teor de corte determinado (Aps & Born 1975). Assim,

na pesquisa do minério fosfático de lpanema, a Serrana S. A. obteve 5 categorias de

materiais, com reserva medida de 10.672.000 a 6,8% de PzOs (teor médio) conforme

mostra a tabele 4, com os respectivos dados quantitativos: 6.980.000t de reserva

indicada, 32.987.000t de reserva inferida e 50.639.000t de reserva total.

Categoria Espessurc média

lntlVolume

/m3t

Tonelagem

I

1. Capeamento Esítéril 2,3 1.771 .000 3.188.000

2. Meterial acima do m¡nério -

P2O5enlre3e4o/o

1,3 1 .001 .000 1.802.000

3. Minério propriamente dito -

P20g>4o/o

7,7 5.929.000 10.672.000

4. Material abaixo do minério -

P2OSentre3e4o/o

0,4 308.000 554.440

5. Estéril - P2O5<3o/o 0.7 539.000 702.000

IABELA 4 - Reservas do minério fosfático de lpanema, segundo Serrana (1975).

Page 45: ESTUDO DA ALTERAçAO INTEMPÉRICA DAS

ilr. CARACTERIZAçÃO DOS MATER|ATS DA M|NA GONZAGA DECAMPOS

A Mina Gonzaga de Campos corresponde a um corte vertical feito pelacompanhia de mineraçåo Serrana S.4., que fez estudos para testes de beneficiamentodo minério fosfático. Sua localização pode ser vista no mapa geológico da f¡gura 2.

Neste corte, de expressão circular em planta, com aproximadamente 5m dealtura e 10m de largura, foram reconhecidos macroscopicamente e amostradosmateriais diferenciáveis entre s¡ por seu caráter predominantemênte micáceo,apatítico, ferruginoso ou argiloso, com asp€cto bendado ou não (figura 3).

Estes materiais apresentam dois tipos litológicos básicos, reconhecidospreliminarmente por Toledo & Sousa (1991 ), e såo encontrados já em início dealteraçåo: a rocha glimerÍtica e a rocha apatítica bandada. Esta última tem ascaracterísticas petrográficas de uma rocha de dique; alterna-se de modo irregular coma rocha glimerítica no afloramento, com limites mais ou menos nítidos preservados naalterita. Foram coletadas cerca de sessenta amostras no total incluindo os diferentesestágios dê alteração encontrados. A localizaçâo das principais amostras está nafigura 3.

llt. t. As RocHAs sÃs

III.1.1 A ROCHAAPATíTIC¡ SR¡IOROR

A rocha apatítica bandada é formada pela alternância de bandas deespessura milimétrica a submilimétrica, lenticulares, descontínuas, podendo haverpassagem gradual de uma banda para outra. As bandas possuem a seguintecomposiçåo mineralógica:

a. essencialmente apatítica, com pouca biotita e/ou anfibólio, orientados,formando camadas brancas,

ö. bandas com mistura de anfibólios e biotitas orientados, mais ou menosricas em âpatita e com raros feldspatos potáss¡cos, formando camadas cinza-esverdeadas,

c. bandas muito ricas em biotitas orientadas, com anfibólios e apatita, comraros feldspatos, formando camadas castanhas, cinzas ou pretas.

Page 46: ESTUDO DA ALTERAçAO INTEMPÉRICA DAS

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RocTIA APATfncA BANDADA

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-

ol l- --là tl'/l¿l ferru grnizaçðo gencralizada

PONTOS DE COLETA OE AT,IOSTRAS1(OCAST) 2(GCAS2) 3(GCAS:¡OURA) 1(CCAS3)5(OcÂS¡) 6(GCAS7-2)7(GCAS5) 8(OCAsTn)g(GCAS8)10(GCBS6) 1!(GCB,) 12(CCBS¿)

13(GCBS5)11(CcBsl) 15(6CBS2) 16(GCCS1)17(GCCS2) 18(GCA38) !9(OCCS4) æ(OCAS8)

F&t¡¡¡

CLIMERJTO

glimc¡ito vordc ou c¡.st$ho.grossciro, cotado por fissums

@Vffi

aooho arcnos¿. f¡iÁvol, b¡a¡o¡, oomfrÂgm€ntos de rochô ba¡rd¡da m¡is sàoscon¿da por pcd¡ços de dloterita

matcrirl iluvial, bastartc evoluido(fo.ruginoso, srgiloso o{¡ fosfático), oom

cutÀs o pspoulcs, englobando pedaçosisaltorlticos de rocha band¡de

rocha bandoda com fragmcntos dom¡teri¡l arcnoso frióvel. br¡rc,o. todÁcortada por fissuras prcøchidas pormrærial argiloso verde c vc¡melho

¡ooha band¿d¡ do coloração mais cscurae m¡is friÁvcl

xcnólito de glim€rito dcntro da rochaba¡dada

materislde trônsiçÃo, onde sc fsz umcontsto grodu¡l entr€ a roch¿ bùdade o oglimerito (é de composição argilo.ârc¡osaft;;;i: ;À;h-;;;rr'JÀi"à. i'"g-""to.do glimcrito verde ou castånho e do materiûlbrs¡co, å.enoso, friÁvel, rpetítico

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ffiffi

EIGURA 3: Desenho esquemático do perfil dealteração exposto na MinaGonzaga de Campos

Page 47: ESTUDO DA ALTERAçAO INTEMPÉRICA DAS

III.1.2. A ROCHA GLIMERÍTICA

A rocha glimerítica e seus produtos de alteração ocupam a maior parte doafloramento. A mineralogia da rocha sã é constituída por biotita, anfibólio (hastings¡ta),opacos (magnetita) e pouc€t âpatita. Apresenta textura fanerítica fina a grossa. Emalguns locais, a rocha exibe uma certa orientação dos cristais de anfibólios e/ou micas,concentrados em pequenas lentes ou venulaçóes.

I r t.'r . 3. CARACTERTZAçÃO DOS M|NERA|S pRtMÁRtOS

a. APATITA

As apatitas säs aparecem como grãos equigranulares, finos a médios,variando de 0,002 a 0,3mm na sua maior dimensão. Existem grãos de formas variadasdesde hipidiomórficos hexagonais a alotr¡omórficos. Ocorrem disseminadas entre asbiotitas, mas em muito pouca quantidade.

As apatitas presentes na Mina GC foram analisadas com o objetivo decomparar os resultados obtidos ao trabalho de Lenharo (1994). Assim, foi realizado ocálculo dos parámetros da cela unitária a partir dos difratogramas de raios-X e tambémforam efetuadas algumas análises por espectrometria de absorção no infra vermelho.Para tanto foi utilizada apenas uma amostra (GCA3) coletada no setor A da referidamina.

Os seguintes parámetros foram obtidos empregando-se o software LCLSQ,versão 8,4 (Burnham 1991 ):

ao=9,393t0,001 cO = 6,883 t0,001

Esses valores não indicam presença de CO32- segundo critério deGulbrandsen (1970) nem de Mcclellan & Lehr (1969). Por outro lado, esses valoresacham-se entre aqueles de fluorapatita sintética e hidróxi-flúor-apatita, segundopadróes do ASTM, plotados por Lenharo (op cit). As dimensões dos parâmetros podemsugerir substituição do ânion Ca por elementos maiores como Sr e Ba que promovem

aumento do parâmetro ag (McConnel 1974).

O espectro de absorçáo de infravermelho (figura 4), mostra além dasvibrações do eO43-, um pico longo de umidade e pequenos picos de CO32- (dubletosa 1,474 e 1415 cm-1 ) e picos dlscretos de OH- a 717,7cm-1 e mais discreto ainda a1,5'lScm-1 .

Page 48: ESTUDO DA ALTERAçAO INTEMPÉRICA DAS

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509.

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Page 49: ESTUDO DA ALTERAçAO INTEMPÉRICA DAS

A presença destes picos poderia ser atribuída seja à pequena substituição doflúor em processo primário ou supérgeno bem como å presença de impurezas deapatita secundária na amostra (nåo detectada pêlas outras análises realizadas), comteor pequeno, porém mais alto que o OH- e CO3-.

Combinando-se êstes resultados pode-sê concluir que parte substancial daamostra era constituída de fluorapatita (primária) com pequena porcentagem deapatitas secundárias ou mesmo películas de fosfato secundário (o que foi observadoem ampla escala neste trabalho).

Análises químicas pontuais efetuadas neste trabalho, em EDS, constataram apresença desses elementos, embora em pequena quantidade.

A tabela 5 mostra análises pontuais de grãos apatíticos destas rochas.

b. BIOTITA

As micas (biotitas) podem chegar a 9Oo/o da rocha glimerítica e são osminerais predominantes em algumas bandas da rocha apatítica bandada. Os cristaistendem ao idiomorfismo e à luz natural têm coloração verde intensa para os mais sãose/ou câstanha, demonstrando já uma certa alteração. A granulometria varia de fina agrossa, sendo observados cristais que vão de 0,002 mm para os glimeritos mais finosa 0,4 mm para os grãos equigranulares em glimeritos de textura média. Em algunslocais chegavam a 2,5 mm de comprimento das lamelas, para os mais grosseiros,podendo excepcionalmente em alguns pontos da galeria da Mina GC chegar a 2cm nasua maior dimensão. As biotitas formam pilhas de lamelas hexagonais imperfeitas,justapostas entrê si, chegando até a 0,5 cm de altura.

As análises químicas pontuais sobre os cristais de biotita säo mostradas natabela 6.

C. ANFIBÓLIO

O anfibólio presente é a hastingsita, que ocorre em cristais com coloraçãoverde e euhédricos. As formas alongadas, prismáticas, sáo abundantes, tendo sidoobservado também em alguns locais, um aspecto fibroso deste mineral. Suagranulometria é bastante variável, podendo ter em média, 0,002 mm para os cristaismais finos e 0,1 ou 0,2 mm para os de granulometria média e até megacristaisisolados. Ocorrem concentrados e orientados em alguns locais da rocha glimerítica em

Page 50: ESTUDO DA ALTERAçAO INTEMPÉRICA DAS

16 49 54 ¡3 161 164 179 180 181 182 183 MêdIA

(J,(¡(J 1,24 o,l9 (),¡tt 0,00 0,44 0,51 l.É 1.55 0,¿15 t ,{¡, o,ö4

Mso lJ,UJ 0,32 0,19 0,16 0,27 0,t5 0,20 o.1t o,(x) 0,07 0,04 (¡,t4

AlzOc 0,64 2,62 0,55 0,t 8 0,(þ o.t9 o.66 0.39 o,27 0,49

o,03 3.19 0,03 't 0,00 o.oo o.00 o,00 o.o1 o,00 0,4fÞ.ô. 4.72 4t.3t 42.W 41.94 Att,4z 4t,¡tð 37.96 41.94 42,ß

,4 o,4t o.t o o,oo o.oo o,oo o.oo 0,08

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K,O 0,19 0,(þ 0,01 0,t t 0,00 o.t õ o,t 9 0,00 0,oE

CâO 54,33 ¡6.31 5¡1,65 55-08 55,26 52.44 56,76 54,r 6

T¡O, 0,0r 0,00 0,01 0,00 0,00 0,00 0,(þ o.17 0,03 o,27 0,10 0,05

u,r¡J 0,t0 0,02 0,00 o.l3 0,05 0,2. 0,00 u.o/o.00 o.oo o,00 0.00 o.l4 o,q) 0,16 o,24 o,27 0,13 o,00 o.oao,24 O,¡19 o,oo o.50 o.t a o.zo o,o3 2,ö6 2,öZ 3,53 o.65 1,O4

ôO o.03 o.00 o,ot o,(x) o.o{J g,zt o,30 o.04 o.0a

0.oo o,q) o,(x o,o9 tt,12 u,qJ o,ol o.03 o.o4o.03 o,05 o,q) o,or u,w u,l / o,ot o.09 o.o5

o.o7 0.03 o.00 o,06 u.w u,00 o,l3 o.00 o.o4

ao o,oo 0.34 o,0o o.ül o.00 o,04 o,l6 o.(xl g,tz o,Û5 0,06

Pbo 0,13 0,00 o,0o o,14 0.46 o.00 t,13 0,(xt o,17

Total !00,0 r 00,00 't00,00 r 00,00 t 00,00 100,00 t 00,00 I OO.00 t 00,00 t 00,00 100,00 100,(x)

Tabela 5- Composição química das apatitas das rochas da Mina Gonzaga deCampos, obtida por análises pontuais ao MEV com EDS, sobre lâm¡nas delgadasde amostras da Mona Gonzaga de Campos.

Page 51: ESTUDO DA ALTERAçAO INTEMPÉRICA DAS

154 't 55 't 56 147 'lÆ t5t 153 M&¡.

N¡"O 0,30 0,o2 o.6¡t 0,56 0,w o,1z q,Þ9 o32

Mãô 11 a7 122ð 11,69 to,ÞÞ 8,õa lo.zo E.O4 1l¡.72

ÄLô. 13,19 12,3ð lz,ð€ 12,€:t 12.2é 1l,tö I Z,Þt

SIô" ¡{¡,s7 42.êZ 41,11 gõ,{l ¡t9,ð l at.tt:¡ al,3s ao,sõ

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cr o,06 0.qt 0,07 0,10 o,oÕ o,qz 0.3õ 0.10

K"O 1,62 7,55 f,t¿7 0.3i¡ 6,79 r,a2 6.0Ð 8.02

0,16 o.07 0,36 0.86 u.Jz

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Tabela 6. Composição química das biotitas das rochas da Mina Gonzagade Campos, obtida por análises pontuais ao MEV com EDS, sobre lâminasdelgadas de amostras da Mina Gonzaga de Campos.

Page 52: ESTUDO DA ALTERAçAO INTEMPÉRICA DAS

pequenas venulaçõês ou lentes, ou mesmo disseminados no meio da matriz micácea.São os minerais principais em algumas bandas da rocha apatítica bandada.

As análises químicas pontuais ao MEV com EDS sobre os gråos de anfibólioeståo na labela 7 .

d. FELDSPATO POTÁSSICO

Os feldspatos potássicos, do tipo ortoclásio, são raros e foram identificadosao microscópio óptico, numa única amostra.de rocha bandada. Grãos deste mineralpuderam ser analisados também ao MEV com EDS, conforme mostra a tabela B.

e. MAGNETITA

São os únicos minerais opacos identificados na rocha glimerítica da Mina GC.Os cristais apresentam-se em gråos irregulares, disseminados, raramenteapresentando formas octaédricas. Foram também analisados ao MEV com EDS,conforme mostra a tabela 9.

Considerando-se os teores médios em TiOe (2,05) e FezOg (91,34), asmagnetitas de lpanema mais se aproximam das magnetitas titaníferas da classificaçãode Deer et al (1962).

f. OUTROS MINERAIS PRIMÁRIOS

Apenas em duas amostras da mina GC (GCBS7 e GC2.2) foi evidenciada apresença de carbonato, provavelmente calcita, mineral mais comum dos veioscarbonatíticos, mas raro nesta locaiidade. Estes grãos náo foram analisadosquimicamente.

Com o objetivo de detectar a presença de minerais pr¡mários acessóriosresiduais, sobre sete amostras foram realizados ensaios de separação magnética (imåde mäo e separador Frantz) e separação densimétrica com líqü¡dos pesados(bromofórmio e iodeto de metileno), a partir de frações granulométricas convenientes(areia fina). As frações obtidas foram observadas à lupa binocular e analisadas porDRX. Em nenhuma amostra fo¡ detectada a presença de outros minerais primáriosalém dos descritos acima. No entanto, numa única lâmina delgada foi observada apresença de um gråo de zircão, confirmada ao MEV com EDS.

Page 53: ESTUDO DA ALTERAçAO INTEMPÉRICA DAS

Tabela 7 - Composição química dos anfibólios das rochas da Mina Gonzaga de Campos, obtida por análises pontuais aoMEV com EDS, sobre lâminas delgadas de amostras da Mina Gonzaga de Campos.

Page 54: ESTUDO DA ALTERAçAO INTEMPÉRICA DAS

1 I 5 111 120 Méd¡e

Na'o o.9¿ 0.t 6 o.32 0.00 1 .57 0,60MoO 0.1¡t 0.1 1 0,00 0_06 0.00 o.06ALO. 16.12 17,17 17.36 1E.6¡t 17.06 17.73

SIO¡ al.12 6¿1.00 67.O7 64,39 64,8O

P"O. 0-5¡t o.47 0.o0 o.3¡t 0.¿13 0.36

s- 0.00 0,10 0.05cr' 0,28 o.12 0,20K"O 1¡t.63 16.07 t,24 12,73 ß.74 15.09

ao 0.00 0,00 0.05 0.02 0.13 o4r¡o, 0,00 o.12 0.04 0.10 o.1 o,o7er"O. 0,00 0,00 0,00MnO 0.00 0.06 0.00 0,07 0.00 0-o3

Fe'O. 0.60 0.43 0,95 o.28 0.s1 ì7CoO )0 0.1 ¡6Nio )5 0,00 o,o3CUO O- 1¿t 0.10 o.12ZnO 0.00 0.16 0.06Bao 0,45 I .01 0.03 0.00 0,00 0,30Pbo 0,23 0,00 0,12fotal 100.00 100.00 100,00 100,00 100.00 100.00

Tabela 8 - Composição química dos feldspatos potássicos das rochasda Mina Gonzaga de Campos, obtida por análises pontuais ao MEVcom EDS, sobre lâminas delgadas de amostras da Mina Gonzaga deCampos.

Page 55: ESTUDO DA ALTERAçAO INTEMPÉRICA DAS

121 122 123 124 125 126 127 12E 134 137 Média

o,o2 o,o9 o,o0 o,27 0,00 o,o0 o,ð3 u,00 o,o3 1,1 0,36Mdo 0.43 0.32 0.12 0.uo u.55 0.18 0.24 0,34 0.93 0,53 o,36

0,45 0,64 0,48 0,19 0,49 0,40 1,14 o,tz 1,19 0,66 0.64s¡o. u,öt t,otj 0,81 1,04 13.6ð 2.15 3.29 1.71 1,þZ 3,78)oO. 0,08 o,20 o.25 0.00 0.1s 0.00 0,5E 0,51 o,74 0,67 0,32

s- o,04 o,oo 0,00 0,00 0,06 0,00 o,o5 0,05 0,15 0,36 0.07cr' 0,1 o,ftt 0,00 o,10 o,05 0,o0 0,03 0,00 0,11 0,40 o,o9K,O 0.00 0.o2 0,00 0.06 0,o2 0.00 0,06 0.03 0.06 0,00 0,03CâO 0,15 o,27 0.19 0.04 0.13 0,05 o,z9 0,26 0,09 0.11 0,16T¡O 1,53 1,31 1 ,56 1,06 I A',t 0,78 1,35 1,50 1,41 I 2.05

o,00 o,12 o,24 o,26 o,oz 0,04 0,u0 u,02 0,10 o,oo 0,08Mno u.1ð o,1o u,12 o,ot 0,bu 0,05 o,28 0.29 0,30 u,31 o,22Fe,o. 95,22 95.32 95.54 85.79 87.81 84,03 9?',44 92,46 91.62 s2.73 91.34;oo 0,19 o,16 0,oo 0,16 0,08 o,37 o,00 u,o9 o,21 o,22 0,15

N¡O 0.00 0,00 0,17 0,05 0,00 0.00 0,12 0,00 0.13 0.00 o,05CUO 0,00 0,00 o,22 o.o2 0,09 0.00 0,00 0,08 0,44 0.02 0,08zno 0,00 0,00 0,10 0,00 0,1 0,06 0.00 0,35 o,oo 0,09 0.08

BaO 0,00 0,00 0,00 0.00 0,00 0,16 o,00 0,00 {J,10 0,00 0,03Pbo 0,18 0.26 0,19 0,19 o.o2 o,17 0,00 0.00 0,00 0,1ô o,12Totel 100,00 '100.00 100.00 100,00 100,00 100.00 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00

Tabela 9 - Composiçåo qufmica das magnetitas das rochas da Mina Gonzagade Campos, obtida por análises pontuais ao MEV com EDS, sobre låminasdelgadas.

Page 56: ESTUDO DA ALTERAçAO INTEMPÉRICA DAS

m.2. ALTERAçÄo Dos lPos LtroLóc¡cos DA MINA GoNzAGA DE

CAMPOS

III.2.1. A ROCHA RP¡TftlC¡ BANDADA ALTERADA

morfológicos

aspectos

A partir da base do perfil, em direção ao topo, a friabilidade da rocha apatítica

bandada aumenta, ao mesmo tempo em que as cores våo se tornando avermelhadas.

Assim, passa-se a uma rocha friável ainda bandada (isalterítica), onde se alternam

bandas brancas, com maior ou menor grau de ferruginizaçåo, e bandas avermelhadas(alteração das partes ricas em anfibólios e/ou micas). O aumento de friabilidade

acompanha um aumento na quantidade de fraturas cruzando a rocha em todas âs

direções, preenchidas por finas pelÍculas de material vermelho, argiloferruginoso.

O material argiloferruginoso, constituído por caulinita, goethita, wavelita eeventualmente vermiculita, instala-se nas fissuras entre os fragmentos de rocha

bandada, e, aumentando de espessura pelo contínuo aporte, desloca mecanicamente

estes fragmentos, tirando-os de sua posição original. Os fragmentos passam a

apresentar bandamento em direçÕes variadas entre si, demonstrando este

deslocamento relativo e caracterizando formas "brechadas" (figura 5). Existem ainda

manchas pretas disseminadas por toda a rocha, constituída por impregnaçöes de

produtos manganesíferos secundários. Os fragmentos bandados tornam-se menores e

a partê superior da isalterita grada para um material aloterítico predominantemente

vermelho, const¡tuído essencialmente por caulin¡ta e goethita, contendo eventualmente

wavelita e vermiculita, bem como nódulos ferruginosos milimétricos, duros, em

pequena quantidade.

Para fins de descriçáo, amostragem e análises posteriores, o material

alterado proveniente do intemperismo da rocha apatítica bandada foi dividido nas

seguintes fácies, cujas transiçöes também foram consideradas:

lsalterita:

. fácies bandada pouco alterada com apatita, anfibólio e mica (brancolcinza-

esverdeado/preto-cinza),

. fácies brechada (fragmentos isalteríticos).

Aloterita:

. fácies vermelha iluvial do material brechado,

. fácies vermelha friável (parte superior do perfil)

Page 57: ESTUDO DA ALTERAçAO INTEMPÉRICA DAS

ruÐw,LEGENDA:

H FtssuRAsFERRUGrNIZADAs

l4] DEpóslros FERRUGrNosos curÂNtcos zoNADos

ø RocHA BANDADA sà ou poucoALTERADA

lØ1 RESTOS DE ROCHAS BANDADAS

lGYl MATERIAL ILUVIAL EVOLUiDO(femrginoso,argiloso e

- fosfático)(cutäs e papoules)

l---:_lI (@ I GEODO DE wAvELITA EM CUTA FERRUGINOSO

Figura 5 - Esquema morforógico e minerarógico da evorução da rocha apatítica

!:ït;i"T tal como veriricadõ no p"i¡i-0"-¡i'täiärismo da Mina Gonzasa de

Page 58: ESTUDO DA ALTERAçAO INTEMPÉRICA DAS

111.2.2. A ROCHA GLIMERIÏCA ALTERADA: aspectos morfológicos

A evoluçåo do processo de alteração, evidenciada no perfil, tanto vort¡calcomo horizontalmente, demonstra uma grande variaçáo nas cores, granulometria,

estruturas e na friabilidade da rocha glimerítica.

Materiais mais evoluídos, já sem estruturas primárias, våo aparecendo mais

em direção ao topo, caracterizando porçóes aloteríticas diferenciadas com relação às

isalteritas das rochas basais e medianas pela crescente presença de material arg¡loso

muito fino e vermelho. Dessa forma, as biotitas já totalmente alteradas teriam dadoorigem aos matêriâis avermelhados e esverdeados, argilosos e plásticos das porções

superiores do perfil. Ocorrem magnetitas de cor cinza a preta formando manchas

disseminadas por todo o perfil. A figura 6 esquematiza a evolução morfológica destetipo litológico.

Raramente, pode-se observar, nas partes intermediár¡as, a presença degrãos brancos, arenosos, de hábito sacaróide, formando pequenos geodos dentro da

massa aloterítica.Trata-se, provavelmentê, de produto da remobilização do fósforoformando apatita secundária.

Numa tentativa de visualizar melhor o perfil de alteraçáo da rocha glimerítica,

com finalidades descritivas, de amostragem e análises posteriores, tomando-se por

base o exposto acima, e levando-se em conta a transição dos diversos materiais,

foram identificadas as diferentes fácies:

a. fácies micácea, verde, isalterítica, com granulometria variando de

fina a grosseira.

b. fácies micácea de cor castanha,

c. fácies verde argilosa,

d. fácies vermelha argilosa.

Nesta sequência de fácies a mineralogia evolui, e a presença de

argilominerais 2:1 (interestratificados biotita-vermiculita e vermiculita) e 1:1 (caulinita)

e oxihidróxidos de ferro é crescente de a para d.

Page 59: ESTUDO DA ALTERAçAO INTEMPÉRICA DAS

Perda de K

ffiÐm,m,ffi wBi(Go)

.3-------------- b c- +FAC¡ESISM ffiLEGENDA:

lFl nssuamFERRuGtNtzADAs

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Lñ4 vEMrcuLtTA + ¡NTEREsrRATtFtcADos (BtortrA-vERMtcuLtrAl , (rác¡es grosse¡raf

ffi roer'a (fác¡es ma¡s f¡ne)

D,-(l cnuunrm

@ reaaucu¡zAçÃo cENERAL¡ZADA

F¡GURA 6. Esquema morfológico e mineralógico da evolução da rocha glimerítica, tal como verificado no perfil de intemperismoda Mina Gonzaga de Campos.

I B+V (GollB+V(Go)

(caulinitafcaulinitagoethita

caulinitagoethita

Page 60: ESTUDO DA ALTERAçAO INTEMPÉRICA DAS

ilt.3. ALTERAçÃO DOS MtNERA|S pRtMÁRtOS: MORFOLOGTA,MINERALOGIA E GEOQUíMICA

O estudo dos produtos de alteração presentes na Mina Gonzaga de Campospermitiu reconhecer as seguintes filiações minerais, que ocorrem para ambos os tiposlitológicos:

BIOTITA Ð INTERESTRATIFICADO B-V+ Ð CAULINITA +GOETHITA

VERMICULITA + GOETHITAANFIBÓL|O Ð GOETHITA (eventuatmente apatita secundáris a pertir do p e ca etóctones)

APATITA Ð WAVELITA (com goethite e partir do feno atóctone)

A seguir, os minerais primários sêrão tratados um a um, em termos demorfologia, mineralogia e evoluçåo geoquímica no intemperismo tal como registradopelos materiais da Mina Gonzaga de Campos.

III,3.1. APATITA

Ao M.O., as apatitas apresentam padrão de alteraçáo predominantemente

linear irregular a partir dos contatos intercristalinos e das fissuras intracristalinas. É

comum a presença de uma película ferruginosa sublinhando os contatos entre osgrãos de apatita. Após ou simultaneamente a formação desta película, a apatitacomeça a se alterar, dissolvendo-se. Logo no início, com a liberaçåo de íons eformação de espaços já pode haver wavelita nestes loca¡s que, aparentemente, nåotem porosidade, ou seja, são descontinuidades muito fechadas dando a impressåo deque a passagem da fase primária para a fase secundár¡a é mais ou menos abrupta(foto 1). Ao M.E.V., observa-se que, em seus estágios iniciais de alteração há umdesenvolvimento de porosidades com localizaçåo aparentemente aleatória (padrãogeométrico pontuado) (foto 2) e/ou dissoluções a partir das bordas (padrão linearirregular ou pelicular). Outras feiçôes de alteração, bastante evidentes e encontradasgeneralizadamente, são fissuras e fraturas com ou sem ferruginizações, denotadaspela coloração amarelada na superfície de alguns cristais e detectadas nas análisesao MEV com EDS.

Com a total dissolução dos grãos, resta a rede ferruginosa onde a wavelitareveste a superfície interna de cada célula do retículo ferruginoso. Assim, o espaçodeixado pêla dissolução da apatita pode estar total ou parcialmente preenchido por

Page 61: ESTUDO DA ALTERAçAO INTEMPÉRICA DAS

cristais de wavel¡ta, formando vários pequenos "geodos" ou cutãs, quando opreenchimento não é total (foto 3).

A wavelita constitui o único produto residual de alteração da apatita (foto 4).

Apresenta-se em cristais finos a aciculares, incolores e com birrefringência média aalta. Pode ainda ocorrer preenchendo feiçóes de descontinuidades e/ou porosidades

do material ferruginoso, também formando cutãs, ou ainda disseminada no plasma

secundário fosfático ou argiloso.

A tabela 10 mostra a média das análises químicas pontuais realizadas sobreos grãos de apatita (tabela 5) e seus produtos de alteraçåo (wavelita, eventualmenteimpregnada por produtos ferruginosos). A figura 7 mostra espectros EDS, sobrefragmentos indeformados, moslrando a composição química qualitativa da apatita sã,

apatita com evidências morfológicas de alteração e wavelita.

A apatita é muito resistente. Quando começa a se alterar, há dissolução, com

liberação de cálcio e fósforo. O cálcio, normalmente, é prontamente lixiviado e ofósforo é retido na neoformação "in situ" de fosfato secundário (wavelita), que usa,

certamente, o alumínio das soluçöes. O alumínio liberado da alteraçäo de outrosminerais primários, pode ser parcialmente aprisionado pelo fósforo, dando origem aeste mineral alumino-fosfático, que náo mostra nenhum outro elemento êm suacomposição, a nåo ser traços de cálcio em alguns pontos de análise pontual, o que foiconsiderado influência da apatita vizinha.

, Excepcionalmente, observa-se apatita secundária, formada possivelmente,

onde não houve aporte de alumínio, em ambientes extremamente confinantes, sendo ocálcio então, retido, caracterizando a formaçåo de micro-geodos.

ilt.3.2. B|OTITA

As feições de alteração presentes nas biotitas são as comumente descritasna literatura: padrão de alteraçåo linear paralelo com aumento de volume e expansãolateral na direção do eixo c, perda de sua coloraçáo inicial (os cristais passam de um

verde oliva para um amarelo pálido), diminuiçäo da birrefringência, deformação daslamelas (com encurvamento e eventual ruptura), fragmentação e ferruginização, com

entrada de oxihidróxidos de ferro nos espaços interlamelares e nas descontinuidades

dos cristais representadas pelas fissuras, clivagens ou contornos. Estas observaçöes

estão de acordo com o estudo micromorfológico da alteração de biotitas e seus

45

Page 62: ESTUDO DA ALTERAçAO INTEMPÉRICA DAS

FIGURAT.EspectrosEDSdaapatitasã,apatitaemalteração(comtraçosdeAl)ewavelita'obtidosaoMEV'sobreamostrasda Mina Gonzaga de CamPos'

Page 63: ESTUDO DA ALTERAçAO INTEMPÉRICA DAS

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12

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55.1

Tabela 10 - Composição quím¡ca média da apatita pr¡már¡a (tabela 5) e análises pontuais ao MEV com EDSde seus produtos de alteração (wavelita), na Mina Gonzaga de Campos.

55.2

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Page 64: ESTUDO DA ALTERAçAO INTEMPÉRICA DAS

produtos secundários feito por Bisdom et al (1982), bem como inúmeros outrosautores.

Os produtos secundários relacionados à alteração das biotitas säo, em suasfases intermediárias, os interestratificados biotita-vermiculita e, nas fases mais

evoluídas, vermiculita, estas duas fases podem coexistir, pois como a transformaçãoda biotita em verm¡culita é um processo lento, há locais em que se encontram folhetosabertos (o potássio já teria sido lixiv¡ado ou substituído) e folhetos ainda fechados,mantendo-se ainda alguma estrutura or¡ginal dos cristais. Em alguns espaçosinterlamelares destas pseudomorfoses foram também observadas as presenças de

fosfatos secundários alóctones incolores. Estas pseudomorfoses evoluem para

material de composição caulinítica, gêralmente com destruição total da pseudomorfose

anterior (foto 5).

A goethita, outro produto de alteração das biotitas, concêntra-seprimariamente nas descontinuidades e/ou nas bordas daqueles minerais. Em estágios

mais avançados também formam pseudomorfoses por emparedamento.

Nos espaços interlamelares das micas, bem como nas porosidades dagoethita pode haver preenchimento por fosfatos secundários neoformados.

A evolução mineralógica da biotita é a seguinte:

B¡ Ð lB-V+V+GO ) CAUL + GO

A figura I mostra espectros EDS obtidos ao MEV, sobre fragmentosindeformados, mostrando a composição química qualitativa da biotita sã, biotitaalterada e plasma ferruginoso caulinítico.

As análises químicas pontuais dos materiais correspondentes (biotitas e suaspseudomorfoses em vários estágios de desenvolvimento) säo mostradas na tabela 1 Ie foram utilizadas para a confecção dos gráficos da figura 9.

Nas fases iniciais, isalteríticas, o potássio é lixiviado. Na sequência doprocesso de alteraçåo, há remobilizaçäo e individualizaçáo do ferro (autóctone e talveztambém alóctone), que se coloca nas descontinuidades dos cr¡stais.

Concomitantemente a esta deferruginização, há alguma modificaçåo nos teores em Si

e Al, correspondendo ao estágio de vermiculita e de interestratif icado biotita-vermiculita.

Posteriormente, há remobilizaçáo e perdas parciais em S¡ e Al,

correspondendo ao estágio de caulinitizaçáo. Estas modificações, quando não hápreservação das pseudomofoses, dáo origem a um plasma secundário

argiloferruginoso.

Page 65: ESTUDO DA ALTERAçAO INTEMPÉRICA DAS

Figura 8. Especlros EDS da biotita e seus produlos de alteração pseudomórfica, obtidos ao MEV sobre amostras da MinaGonzaga de_Campos (t. Aiotita sã,2. BiotÍta em alteraçáo, já sem potássio, dando I B-V r', 3. Ptasma feruginoso caulínít¡co como produto deelteraçáo cfe l-BM.

Page 66: ESTUDO DA ALTERAçAO INTEMPÉRICA DAS

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Tabela 1l - Composição quím¡ca média da biotita (tabela 6) e análises pontua¡s ao MEV com EDS sobre seusprodutos de alteração em pseudomorfoses, em mater¡ais da Mina Gonzagade Campos.

Page 67: ESTUDO DA ALTERAçAO INTEMPÉRICA DAS

o oo#ü,r,

Biotitas sãs (B) e seus produtos de alteração (demais pontos), mostrando a evolução química daqueles minerais:

a. perda de potåssio a. perda de potássiob. individualização do ferro b. formação de argilominerais menosc. formação do plasma argilo-femrginoso (argilominerais) aluminosos do que a caulinita (Ka)

c. formação de caulinita

Figura 9. Diagramas triangulares mostrando a evolução química na alteraÉo das biotitas, segundo os dados daTabela 6.

Page 68: ESTUDO DA ALTERAçAO INTEMPÉRICA DAS

ilr.3.3. ANFrBÓLrOS

Os anfibólios apresentam padrão de alteração linear cruzado a inegular naescala dê crista¡s e padrão pelicular na escala de fragmentos de cristais. Ao M.O., os

anfibólios alterados apresentam uma coloração menos intensa do que os mais sãos,passando de um verde intenso a um castanho amarelado. Possuem birrefringência

menor à luz polarizada.

A dissolução a partir das descontinuidades (clivagens e fraturas) produz

volumes com superfície finamente denticulada (similar a um pente) e resíduo

ferruginoso e, finalmente, pseudomorfoses ferruginosas por emparedamento, que våose desenvolvendo à medida que o mineral primário se desestabiliza. Estruturas do tipo"box-work", comumente derivadas da alteraçåo destes minerais, podem estarpreenchidas por wavelita ou, mais raramente, por apatita secundária. O produto diretoda alteração destes minerais é a goethita. Não foi observada a ocorrência de

argilominerais na alteração destes anfibólios (foto 6).

A figura 10 mostra os espectros EDS a partir dos anfibólios e seus produtos

de alteração.

As análises químicas pontuais efetuadas sobre estes materiais såomostradas na tabela 12 e resultaram no gráfico da figura 1 1 .

Os elementos químicos deste mineral sofrem comportamênto semelhante ao

das micas, com perda, inicialmente, das bases (Ca2* e Mgz*) e posteriormente do

silício. O ferro individualiza-se como produto de alteraçåo destes minerais, compermanência de traços de silício e alumínio.

III.3.4. OUTROS MINERAIS

A. FELDSPATO POTÁSSICO

Não foram detectados, nos materiais alterados, produtos diretamente

relacionados à alteração dos feldspatos potássicos, provavelmente, estes minerais

alteraram-se em caulinita com impregnação por produtos ferruginosos, que náo formoupseudomorfoses evidentes, misturando-se logo ao plasma secundário, constituindo

assim porções aloteríticas das amostras estudadas. Contudo, análises pontuais

qualitativas ao MEV com EDS mostraram alguma modificaçâo na sua composiçåoquímica devida à alteração, indicando lixiviaçáo parcial do potássio e do alumínio.

Page 69: ESTUDO DA ALTERAçAO INTEMPÉRICA DAS

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Figura 10. Espectros EDS dos anfibólios e seus produtos de alteração, obtidos ao MEV sobre amostras da Mina Gonzaga deCampos (1. enf¡bólio são. 2, anf¡bólio em alteraçâo, 3. produtos secundários derivados da alteração do anf¡ból¡o).

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Page 70: ESTUDO DA ALTERAçAO INTEMPÉRICA DAS

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CUO 0,61 0,00 0,00 o,12 o,z1 o.¡to q,0ð

7¿no 0,20 0,00 0,14 0,10 0,15 o,t5 o,9õ

BeO 1,tt 11.9t 5,tt I,3õ o,zE Ít,zt u,t6

Pbo 0.05

Total rü).00 1m,(þ 1m.00 tü),(þ t(þ,oo t00,oo lql,ql

Tabela 12 - Composição química média do anfibólio (tabela 7) eanál¡ses pontuais ao MEV com EDS sobre seus produtos dealteraçåo em pseudomorfoses, em materiais da Mina Gonzaga deCampos.

Page 71: ESTUDO DA ALTERAçAO INTEMPÉRICA DAS

Figura ll. Diagrama triangular (Ca/Mg/Fe) mostrando a evolução quÍmica naalteração dos anfibólios, conforme os dados da Tabela 7.

Page 72: ESTUDO DA ALTERAçAO INTEMPÉRICA DAS

b. MAGNETITA

As magnetitas apresentam pequena reação ao intemperismo nos níveisisalteríticos, fraturando-se e dissolvendo-se parcialmente ao longo dasdescontinuidades, causando ferruginizações ao seu redor (oxidação). Podem recebernestas fraturas materiais alóctones e fosfáticos.

lll.4. PLASMAS SECUNDÁRIOS (materiais reorganizados e feiçõesiluvrais - formaçåo da aloterita)

Os materiais constituintes do plasma (sem preservação das estruturas etexturas primárias) ocorrem em toda a alterita, naturalmente de forma incipiente nabase do perfil, como porções aloteríticas dentro da isalterita, aumentandogradativamente, ocorrendo de forma general¡zada nas partes superiores, ondeacentua-se a natureza aloterítica dos materiais. Estes materiais testemunham astransferências e reorganizações e foram analisados para complementar a

caracterização dos materiais da Mina Gonzaga de Campos. Embora a parte aloteríticado perfil nåo tenha sido detalhada neste trabalho, sua formação pode seracompanhada pela evolução do plasma secundário na isalterita.

Sobre a rocha apatítica bandada, estes materiais do plasma secundárioocorrem sob a forma de preenchimento das fissuras que cortam a rocha desde a basedo perfil de alteração (preenchimentos cutånicos observados também

macroscopicamente) e também sob a forma de reorganizaçöes nos vários tipos de

descontinuidades.

No primeiro caso (feiçöes iluviais), os depósitos desenvolvem feiçõescutânicas típicas, com zoneamento regular ou irregular e formação de papoules (foto

7). Sua composição química é muito variável (tabela 13a), refletindo na variedade de

aspecto ao M. O., sendo constituído pelos elementos retidos no perfil (Si, Al, P e Fe),

formando misturas de fases argilosas (caulinita), ferruginosas (goethita) e fosfáticas(wavelita) em diversas proporções. Esta mistura é, em geral, suficientemente íntimapara a não diferenciação óptica das fases; contudo, há locais em que houve uma nítidaprecipitação de wavelita pura posterior.

Page 73: ESTUDO DA ALTERAçAO INTEMPÉRICA DAS

No segundo caso (feições de reorganização), os mesmos minerais eståopresentes (caulinita, goethita e wavelita, além de restos dos minerais primários em viasde alteração). Estas feições caracterizam volumes inegulares ao longo dasdescontinuidades, indicando zonas de ma¡or circulaçäo e, portanto, de mais rápida

evolução morfológica, com destruição das heranças geométricas. Os materiais aípresentes provêm da evolução tanto das bandas apatíticas (formando plasmas mais

ricos em fósforo e menos ferruginizados) como das bandas mais silicáticas (biotitas eanfibólios), mas têm certamênte uma contribuição alóclone, já que representam zonas

de maior circulaçåo, e que pode ser verif¡cada pelas composições químicas

apresentadas nas análises pontuais (tabela 13b).

O material fissural mostra que sofreu um gradativo aumento em seu

volume, forçando o deslocamento relativo dos volumes isalteríticos delimitados pela

rede fissural, conforme documentado na foto 7. Assim, a aloterita sobre a rocha

bandada forma-se, aqui, por uma via centrípeta, com as fissuras crescendo de

importância em espessura e quantidade, invadindo os fragmentos, substituindo-os, epor uma via centrífuga, com reorganizaçåo progressiva dos materia¡s de dentro dos

fragmentos, caminhando para uma progressiva homogeneizaçäo entre os dois tipos de

plasma secundário citados, apagando as feições do bandamento original.

Sobre a rocha glimerítica, a distinção entre feições iluviais e de

remobilizaçåo nåo é tão simples; parece que a composição e estrutura da rocha

glimerítica (filossilicatos não orientados), condiciona a circulação mais homogênea,

dificultando o estabelecimento de zonas preferenciais de circulaçáo, e o resultado égue o processo de aloterização é difuso por todo material, e, muitas vezes, as f¡ssuras

transminerais se confundem com os espaços intracristalinos por onde se dá aalteração das micas.

Os materiais das fissuras são principalmente ferruginosos mas também

apresentam Si, P e Al em sua composiçäo (tabela 13c), sendo constituídos

basicâmente por goethita e caulinita (wavelita é apenas suposta presente através da

existência de P e Al nas análises pontuais). Estes materiais têm um caráter diferente

daquele descrito para a rocha apatítica bandada, ou seja, com importância mais

restrita. Apatita secundåria preenchendo os vazios das pseudomorfoses ferruginosas

de anfibólios sáo também enquadradas neste tipo de material. Quanto aos materiais

reorganizados, formam volumes irregulares, nitidamente provenientes da evoluçåo

morfológica dos filossilicatos e apresentam composição argiloferruginosa, onde a fase

argilosa predomina (caulinita e vermiculita) e onde também ocorrem traços de P e de

Al (tabela 13d). O cálcio presente em algumas análises foi relacionado à existência de

Page 74: ESTUDO DA ALTERAçAO INTEMPÉRICA DAS

apatita ainda em vias de alteraçåo. Os dados da tabela 13 como um todo mostram a

grande variedade de composiçäo e, portanto, de proporçôes entre as fases

mineralógicas principais misturadas nestes plasmas (wavêlita, caulinita e goethita), e

também a ocorrência localizada de fases mais puras detectadas por análises mais

próximas dos pólos fosfático, aluminoso, silicático e ferruginoso.

Page 75: ESTUDO DA ALTERAçAO INTEMPÉRICA DAS

Parte a 4 45 46 47 48 95 96 97 98 Média

ÂLCL 35,õ4 4ß2 4õ.t 3 3'.IJ

sto, u.6{, ö.tË 0,m IT o-m lö.ð4

t¡.4ð ß.37 51.ô:' tl 1.12 4l,.43 itö.rJ1l U.U¡' u.u,15 u.ul

o.24 u.J l 0.15 0.37 o.l,l 'tÞ.tu

l.ig, o,a9 0,oa o.z3 t.æ o,{x 0.(x, 0.13 o,53

0,50 o.lt øao,6 o.'t1

o.(x.t u.(¡t 0.17 0,(x) ¡ t(, o.t o o-tx,

I l.lu 0.3€ ?,61 å t{ ¡ð

ll Þ u.q, i,o.oo u.uJ ¿

u.(x, U.IJ 0.05o.(I¡ 0.00 0.00 0.00

2-12 0,æ 0,04 0,17 o-14 u,lJ 0.31

o.(x, u,ul 0,1¿

100,00 1tþ,00 100,00 l txr.ul 100,00 r00,00

Parte b 7 7.1 7.2 0.1 0.2 2.2 8.1 Média0,57 0,16 0,07 9.32 0,00 0,03 0,2, 0,20

0,58 0,38 t.07 11 o.6/ 93,¡{3 0,76 13,94

Ât"(), 3/,r I 34,89 u,æ 4,90 8.57 2d) 4ö,IZ 24,39

s¡o, 21,41 16,24 21,37 3,æ 1T.34 o.4:t t.93

PaO¡ æ,75 25,00 z0.tð 3,72 5,42 o,76 46.79 19,æ

0,3€ 0.30 0.06 0,00 0,02 0,00 0,13

0,84 0,59 26 0,2. 0,00 0,33 0.37

,o g,z4 0.06 0,25 0,02 0.01 o,04 0,38 0,14

Câô 2,23 2,78 2,44 0,43 0.93 o.0ð u.lt4 1,32

ô. o,5/ 1,06 2,4 l.t9 o,09 U,(JO {.1,9ö

(:r"ô. o,q) 0,(þ 0,00 o.15 o.ot o,'t4 0,05

MnO o.00 o,o4 0,06 0,56 0,00 o.oo o,(x, o,09

FeaOr 4,14 5.52 f ,11 80,14 63,63 o,44 1.06 æ,æ

Coo 0,oo to 0.o/ 0,00 0,00 0,05 o.o2

004 o.oo 0.00

uO 0,05 0.15 o,1t 0.05 0,00 0,10 0,09

0,18 0,26 0,1E o,7¿ 0,00 0,24 0, tE

8,65 't2,u 0,o5 0,94 0.20 0,00 4,55

Pbo 0,b4 0,55 0,17 0,35 0,oo o,4it 0,34

TOtal 100.00 t 00,oo I (x),00 100.00 100,00 100.00 00,ü) 100,q)

Page 76: ESTUDO DA ALTERAçAO INTEMPÉRICA DAS

Tabela 13 - Composição química dos plasmas secundários ocorrentes no perfil daMina Gonzaga de Campos (a, b, c e d: vide texto).

Page 77: ESTUDO DA ALTERAçAO INTEMPÉRICA DAS

rv. coNCLUsÕEs

O manto de alteraçäo exposto na Mina Gonzaga de Campos é muito

heterogêneo, refletindo a variação litológica original. A frente de lavra experimental,local utilizado para esta pesquisa, cuja base constitui aproximadamente um arco decerca de dez metros de extensåo e chega a cinco metros de altura, exibe três setoresacessíveis. Todos eles mostram fácies isalteríticas e aloterfticas, bem como a rochaem estágio inicial de alteraçåo, e permitiram reconhecer os t¡pos litológicos originais ea sua evoluçåo durante o intemperismo.

Os estudos realizados indicaram a presença de dois tipos de rocha no

local:

- rocha micácea (glimerito com textura fanerítica fina a grosseira,

constituído por biotita, pouco anfibólio, pouca apat¡ta e rarâ magnet¡ta); esta rocha eseus produtos de alteração ocupam a maior parte da frente de exposição;

- rocha apatítica bandada (orientada, com textura fanerítica fina a média,

constituída por bandas lenticulares, descontínuas, de espessura milimétrica asubmilimétrica); as bandas possuem as seguintes composições: a) essencialmente

apatítica, com pouca biotita e/ou anfibólio, orientados, formando bandas brancas, b)

bandas com mistura de anfibólio e biotita orientados, mais ou menos ricas em apatita ecom raro feldspato potássico, formando bandas cinza-esverdeadas e c) bandas muito

ricas em biotita orientada, com anfibólio e apatita, com pouca magnetita e rarofeldspato potássico, formando bandas castanhas, cinzas ou pretas.

A biotita presente é uma biotita medianamente ferruginosa; o anfibólio édo tipo hastings¡ta, a magnetita é titanífera e a apatita, do tipo fluorapatita. Nåo foram

detectadas diferenças composicionais entre os minerais primários presentes nos dois

tipos litológicos.

Separaçöes granulométricas, densimétricas e magnéticas nos materiaisfriáveis foram fêitas com o objetivo de encontrar possíveis minerias acessórios. No

entanto, apenas zircâo'foi encontrado, numa única amostra, durante observação ao

MEV-EDS.

O estudo sobre a alteraçáo destas rochas mostrou uma evoluçáo dos

minerais primários em direçáo a minerais secundários típicos do intemperismo em

clima tropical, sendo que as fases filossilicáticas apresentaram estágio intermediário

importante. Assim, os anfibólios mostraram alteração para oxihidróxidos de ferro(goethita) em pseudomorfoses. As biotitas, passando por estágio importante de

Page 78: ESTUDO DA ALTERAçAO INTEMPÉRICA DAS

interestratificados biotita-vermiculita e verm¡cul¡ta, mostraram evolução para caulinitasomente nas partes mais evoluídas do perfil. A magnetita mostrou dissoluçåo parcial e,

finalmente, a apatita evoluiu para wavelita. Apatita secundária teve formação muitorestrita e ligada à mobilização de fósforo e cálcio fora dos pontos com apatita primária,

tendo sido verificada sua prêsençâ na porosidade dê pseudomorfoses de anfibólios.

Estas filiaçöes minerais indicam o itinerário geoquímico geral dos

elementos principais. Assim, na alteraçäo da biotita e do anfibólio, há inicialmente alixiviação dos alcalinos e alcalino-terrosos (potássio e magnésio), com aportes de

alumínio e ferro resultando nos argilominerais e nos produtos ferruginosos. No caso da

alteraçåo da apatita, com a formaçåo imediata da wavelita, verifica-se a lixiviação totaldo cálcio e aporte de alumínio, proveniente de porções a montante; os vazios muitasvezes formados são ¡ndicativos da migraçáo parcial do íon POa-.

A maior parte do perfil é formada por isalterita, sustentada pelosprodutos ferruginosos (essencialmente goethita), nas pseudomorfoses e no

revestimento das descontinuidades originais, e pela apatita, que é o mineral primário

mais resistente.

A aloterita que se superpõe à isalterita, faz com ela uma transiçäoatravés de materiais onde uma rede de descontinuidades encontra-se preenchida por

materiais iluviais e separa fragmentos de isalterita que sofrem uma desorganizaçãoprogressiva por uma via centrípeta (acumulação de produtos iluviais -com presença

de Fe, Si, Al, P e Ti, formando goethita, caulinita e wavelita- ao longo de fissuras em

sucessivas gerações de cutås que aumentam progressivamente seu volume,

crescendo e forçando o deslocamento relativo dos fragmentos de isalterita, além de

invadí-los, causando subdivisäo destes fragmentos) e por uma via centrífuga(desestabilizaçáo progressiva das pseudomorfoses destes fragmentos isalteríticos)

Enquanto que na isalterita ainda há elementos potencialmente lixiviáveisnestas condições de intemperismo laterítico, tanto pela mais tardia alteração das

apatitas (no caso do Ca) como pela lenta evoluçåo das biotitas (no caso do K e Mg e,

em menor escala, do Si), na aloterita ocorrem essencialmente os elementos residuais(Fe, Al e, em parte, Si). O fósforo quase não ocorre na aloterita, demonstrando que

sofreu lixiviaçäo após a formaçáo dos fosfatos secundários, embora não tenha sido

verificada diretamente a desestabilização da wavelita.

Dois pontos a serem ressaltados neste estudo com rêspeito a

peculiaridades deste setor do manto de alteração sobre o Complexo de lpanema são

os seguintes: a) a alteração da apatita forma diretamente um fosfato de alumínio(wavelita) sem estágios intermediários existentes em outros locais (fosfatos da família

Page 79: ESTUDO DA ALTERAçAO INTEMPÉRICA DAS

da crandalita), promovendo, portanto, uma lixiviaçáo imediata do cálcio mesmo em

micromeios aparentemente mal drenados (espaços inter e intracristalinos fechados) e

b) o papel do intemperismo na gênese do depósito minêral fosfático de lpanema foi no

sentido de friabilizar a rocha e não de promover um enriquecimento relativo em fósforo

apatítico, já que a grande quantidade de micas primárias sofreram lenta evoluçåo com

pouca perda de matéria na mâior parte do perfil, ao contrário do que ocorre êm outros

maciços com menor abundância de minerais micáceos em suas rochas primárias, onde

a âltêração com perda importante de massa aumenta relativamente os têores em

apatita.

Page 80: ESTUDO DA ALTERAçAO INTEMPÉRICA DAS

FOTOMICROGRAFIAS

Page 81: ESTUDO DA ALTERAçAO INTEMPÉRICA DAS

Foto I - Apatita primária em alteraçáo, comformação de wavelita (MO)

Foto 3 - Wavelita, produto da alteração da apatita.Note-se a película fenuginosa em rede,

sublinhando os contatos originais entre os gräosapatíticos (MO).

Foto 2 - Apatita primária em alteração, comdesenvolvimento de poros de dissoluçäo (MEV). Os

espectros EDS dos locais mais atingidos peladissolução já apresentam algum Al, além de P e

Ca, mostrando o aporte necessário à neoformaçãode wavelita, produto da alteração da apatita na

Mina Gonzaga de Campos.

Foto 4 - Wavelita neoformada, em geodo (MEV)

Page 82: ESTUDO DA ALTERAçAO INTEMPÉRICA DAS

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Page 83: ESTUDO DA ALTERAçAO INTEMPÉRICA DAS

Foto 5 - Biotita alterada em interestratificados biotita-vermiculita e vermiculita (MEV).

Foto 7 - Fissura na rocha apatítica bandada alteradacom materiais ferruginosos iluviais responsáveis pelodeslocamento relativo entre os fragmentos de rocha

isoalterada (MO).

Foto 6 - Alteração do anfibólio em padrão finamentedenticulado ("pente") e resíduo fenuginoso, formando

paredes pseudomórficas (MEV).

Page 84: ESTUDO DA ALTERAçAO INTEMPÉRICA DAS

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Page 94: ESTUDO DA ALTERAçAO INTEMPÉRICA DAS

Anexo !

rÉcucRs aruauírtcas

Page 95: ESTUDO DA ALTERAçAO INTEMPÉRICA DAS

ANEXO 1

TÉcNICAS ANALINCAS

1. DTFRAçÃO DE RA|OS-X (DRX)

Foram utilizados Difratðmetros de Raios-X dos laboratórios do lnstituto de

Geociências e do NUPEGEL (USP) e da ORSTOM (lnstitut Français pour leDévelopement en Coopération, em Bondy, França). Os difratogramas obtidos

permitiram identificar as fases minerais presentes, tanto em amostras totais como êm

frações granulométricas, densimétr¡cas e magnéticas separadas. Para a identificaçáo

dos argilominerais foram necessários os tratamentos normais de glicolagem eaquecimento. Além disso, permitiram também calcular os parámêtros a e c das

apatitas, empregando-se o programa LCLSQ versão 8.4 (Burnham 1991) no

Laboratório de Difração de Raios-X do Departamento de Mineralogia e Petrologia do

IG. USP.

A maior parte dos difratogramas obtidos foi tratada em computador com a

utilização dos programas APD da Phillips (lG - USP) e da Siemens (ORSTOM).

Os minerais supérgenos muitas vezes têm sua identificaçäo ao microscópio

óptico dificultada, seja pela presença de oxihidróxidos provocando alterações nas

colorações, seja pela fina granulometria, pela fraca cristalinidade ou ainda pela

variação composicional que modifica as propriedades ópticas típicas. A possibilidade

de DRX dlretamente sobre a låmina delgada pode auxiliar muito nesta questão. Assim,

foram realizadas análises no Laboratório de Geociências dos Ambientes Tropicais na

Universidade de Aix-Marseille, França, confirmando a ocorrência de wavelita como

produto de alteração da apat¡ta.

2. SEPARAçÖES GRANULOMÉTRTCAS, DENSIMÉTRCAS E MAGNÉÏCAS

a - Granulométrica

A fraçäo menor que 2 mm das amostras friáveis foi separada por

peneiramento e sofreu separaçäo granulométrica por sifonagem e centrifugação (argila

Page 96: ESTUDO DA ALTERAçAO INTEMPÉRICA DAS

fina e grossa) e peneiramento (siltes e areias), segundo procedimento de rotina do

Laboratório de Geoquímica do lG.

b - Magnética

Das amostras da granulometria areia fina, foram retiradas as frações entre

100 e 250 mesh, lavadas e secas em estufa. Foram então submetidas às separaçöes

magnéticas inicialmente com imã de mão, e posteriormente com separador magnético

Franz, regulando-se o aparelho às diversas intensidades de campo magnético, até que

se obtivesse frações puras isentas de minerais magnéticos.

c - Densimétrica

As frações não magnéticas obtidas das separações com o Franz foram

submetidas às separações densimétricas para a identificação de possíveis minerais

pesados como por exemplo o zircão. Utilizou-se para tanto o bromofórmio, cuja

densidade é de 2,87. Desta separaçåo resultou duas frações: minerais mais leves e

minerais mais pesados que o bromofórmio. A fração pesada foi recolhida, seca, e

tratada com iodeto de metileno, cuja densidade varia de 3,1 a 3,4. Os minerais

pesados obtidos desta separação seriam levados novamente ao Franz, näo se

encontrando, entretanto, minerais mais pesados que o ¡odeto de metileno.

As fraçöes assim separadas foram levadas à análise difratométrica para

pesquisa da possível presença de minerais acessórios, não detectados nas análises

difratométricas em amostras totais e nos estudos ao MO.

3. ESPECTROFOTOMETRTA DE ABSORçÃO NO INFRA-VERMELHO

Foi utilizado um equipamento do laboratório do IQ/USP marca Perkin-Elmer. A amostra

foi preparada em pastilha com KBr, segundo procedimento rotineiro neste laboratório.

4. ESTUDOS MTCROMORFOLÓG¡COS AO MICROSCÓpIO ÓprlCO (lr¡O)

Foram confeccionadas lâminas delgadas de todas as fácies sãs e alteradas

amostradas para estudos ao Microscópio Óptico e complementaçäo aos dados de

DRX. Nestes trabalhos foram utilizados os laboratórios do lnstituto de Geociências da

USP e foi adotada a terminologia apresentada por Delvigne (1986).

Page 97: ESTUDO DA ALTERAçAO INTEMPÉRICA DAS

5. MICROSCOP¡A ELETRÔNICA DE VARREDURA (MEV) E GEOQU¡MrcA

PONTUAL QUALITAT]VA E SEM¡QUANTITATIVA (EDS)

Foram utilizados os equipamentos do Laboratório de Microscopia

Eletrônica da oRSToM, em Bondy (França) e do NUPEGEL, localizado no IAG (usP),

respectivamente de marca Cambridge e JEOL. Os sistemas EDS são respectivamente,

e NORAM -TRACOR.

A - Fragmentos

o trabalho ao MEV com fragmentos naturais permite a visualizaçäo, em três

dimensões, das feições observadas ao MO. A aplicaçäo simultånea do EDS possibilita

a identificação das fases morfológicas através da sua análise química qualitativa

(espêctros EDS). Assim, os dados aqui obtidos são complementação ¡mportante dos

anteriores.

Foram selecionados fragmentos de amostras representat¡vas, que sofreram

a preparaçäo necessária: montagem em suportes adequados e recobrimento com

película de carbono ou de ouro.

B - Låminas Delgadas

As mesmas låminas estudadas ao MO foram selecionadas para e estudos

ao MEV - EDS, sofrendo, para tal, polimento e recobrimento prévio com carbono.

Durante seu exame ao MO, foram marcados os pontos de interesse para análise

pontual semi quantitativa.

com relação às análises químicas, cabe aqui ressaltar que as análises

pontuais realizadas ao MEV com EDS apresentaram sempre um fechamento ruim para

os materiais alterados, o que é explicado pela natureza dOs minerais, com graus

variados e altos de hidrataçåo, alta poros¡dade e pequena dimensão dos cristais. O

mesmo problema foi enfrentado em vários outros trabalhos utilizando wDS

(Microssonda Eletrônica) sobre materiais intemperizados. Por outro lado, havendo, nas

låminas delgadas de materiais intemperizados, sempre uma dificuldade adicional ao

polimento pela presença de resina de impregnaçáo e pelo caráter altamente poroso

das amostras, a utilização do EDS é preferível à do wDS já que para este último a

imperfeição do polimento é mais crítica na exatidáo dos resultados.

Já que o programa utilizado no EDS considerava todas as características e

fenômenos físicos envolvidos nas análises, de modo a fornecer as relações de

quantidade entre os óxidos considerados, mesmo com fechamento ruim (devido aos

Page 98: ESTUDO DA ALTERAçAO INTEMPÉRICA DAS

fatores já mencionados, intrínsecos ao material intemperizado) as análises, que

poderiam ser tomadas como quantitativas, foram encaradas como análises

sêmiquantitat¡vas, como resultados relativos, e utilizadas para definir as tendências

geoqufmicas evolut¡vas nas filiações m¡nerais consideradas, através de diagramas

triangulares, em cuja confecção, através do programa 'M¡nfile", os dados foram

corrig¡dos a l}Oo/o apenas para tornar possível as comparações. Desta forma, ao longo

do trabalho encontram-se as tabelas corrigidas, que perm¡tem comparação entre os

diferentes pontos dê análise, sendo que as or¡ginais são apresentadas no Anexo 2'

Pelos mesmos motivos, nåo foram real¡zados os cálculos para determinaçáo da

fórmula estrutural dos minerais analisados.

Page 99: ESTUDO DA ALTERAçAO INTEMPÉRICA DAS

Aruexo 2

TReeLns oRrc¡runs o¡s nNÁuses Quírú¡c¡spoNrunrs ne¡Lrz¡ons no MEV-EDS. soene LÂnrlNns

DELGADAS

Page 100: ESTUDO DA ALTERAçAO INTEMPÉRICA DAS

Na20 0 . 00 0. 63Hso 0-03 0.16À1203 0.57 1.35sio2 0 .02 1.63P205 39.95 23.24

ct-1K20 - 0.10cao 4a.52 23.'15Tio 0.01 0.00CE2o3Hno 0.00 0.00?e2o3 O.2l O.25coONioCuo

Bao 0.00 o.L1Pbol0raI 89.32 5r .29

49

0.16 0.250.16 0.130.45 0.150 .o2 0.58

36. 48 35-04- 0.03- 0.00

0.00 0.0145 . 81 44.4'l0.01 0.00

- 0.000.00 0.000.00 0.49

- 0.02- 0,00- o.o2- 0.06

0.00 0.00- 0.11

83.10 81.36

Tabela 14 - Composiçáo química das apatitas das rochas da Mina Gonzaga de Campos, obtida por análises

, pontuais ao MEV com EDS, sobre lâminas delgadas de amostras da Mina Gonzaga de Campos (dados da tabela 5

' não conigidos).

73 L6r

0.00 0.40 0.47o.23 0.13 0.180.08 0.18 0.050.00 0.50 0.00

36.33 39.22 38.650.34 0.09 0.000.19 0.00 0.000 . 09 0. 00 0.08

46.2L 50.42 52.230.00 0.00 0 .000.09 0.02 0.000 . 11 0.00 0. 050.15 0.19 0.030.00 0.01 0.000.00 0.04 0.080.04 0.00 0.01o,o2 0.00 0.060,00 0 . 04 0. 140.00 0.00 0.13

83 . 89 97 .25 92.!7

L64 r79 180

0.97 L.22 0.11o , 08 0.00 0 .020.50 0.31 0.000.00 0.00 0.00

31 . 09 32.78 9. 360.00 0.00 0.00o.04 0.02 0.080.13 0.15 0.00

41.02 4L.76 L3.66o . 13 0 .02 0.070 . 10 0.04 0.050.19 0.21 0.032.20 2.07 0.870.00 0.22 0.070.09 0.00 0.00o.0o 0.14 0.00o . oo 0. 00 0.03o.oo 0.09 0.010.36 0.00 0.28

76.92 79.04 24.66

181 LA2 183

0.000.04o.250.00

37 .'170.050.000 .00

51.130.090.000.000.580.040.020.080.000.000.00

90.07

Page 101: ESTUDO DA ALTERAçAO INTEMPÉRICA DAS

Na2O O.25 0.01-¡{9O 9 .73 IO .44À1203 11.18 10.53sio2 34.64 36 -4rP205 0.00 0.2?s-2 0.04 0.04cl_-l 0.05 0.04K20 6.46 6.42CaO O.23 0.62TiO 3.30 3.08Cr2O3 0.08 0.09MnO 0,1,4 0.09Fe2o3 18.50 16.76CoO 0. OO 0.09NiO 0.04 0.00CUO O.O? O.l1ZnO 0.00 0.00BaO o.05 0.00Pbo 0.00 0.02TOTÀI. 84.77 A5 -O2

L54 155 156 L47 148

0.54 0.53 0. o09 .73 9.A7 8.80

10.70 tI .82 11.3534.20 15.94 35.60

o -24 0.53 0.13o.o2 0.05 0.140.06 0.09 0. 046.63 7.78 7.460.20 0.15 0. 063. 06 3.94 3.800.00 0.05 0. 01o.22 0.09 0.23

17.3L 22.27 20.970.00 0.09 0.090.16 0. 03 0.080. 03 0.00 0.140.00 0.11 0. oo0.07 0.13 0.L2o.02 0.08 0.00

a3.20 93.57 89.43

Tabela 15 - Gomposiçao química das biotitas das rochas da Mina Gonzaga de Campos, obtida por

análises pontuais ao MEV com EDS, sobre lâminas delgadas de amostras da Mina Gonzaga de

Campos (dados da tabela 6 não conigidos).

151 153

0. 10 0 .47a.76 7.2A

LO.52 9.3135.75 33.330.00 0.270.10 0.19o.02 0.296.72 6.52o.31 0.693.45 3.160.00 0,09o.20 0.08

19.61 18.150.08 0.00o.L2 0.000.00 0. oo0.11 0.06o.oo o.46o. oo 0.16

85.88 AO.52

Page 102: ESTUDO DA ALTERAçAO INTEMPÉRICA DAS

tlâ2o 0.9 5 5. 10HcO 8.98 19.01À¡203 3.0 3 0, 51slo2 1t.06 52.t2P205 0 ,29 0,21

cl-1¡(20 5.?5 2.49CaO 0. 13 6. 10Tfo 0.19 0,41Cr203Hno 0.13 0,0 4r€203 7.76 5,6 ?

CoONIOCr.¡o¿¡luBaO 0.00 0 ,00Pbo10TÀL 7 t.51 92,16

Nâ 2OHsoÀt203slo2P205

cl-1t( 20CôOTtOct203MnOPeOCoONiOcuoznoBaOPbolota I

5,55 4,99 6.00 6.1118.61 18, 34 20,25 20.67

t .01 0.67 0.68 L.L251 ,03 50. 50 55 , 81 55 . 87o.:o o.L-7 o.:o o.o_,

2.8S 2,85 3,07 2,835.93 5,82 6,30 6.010.42 0,37 0,42 0.58

{.78 6.5318.06 17.950.6 9 0.24

19,88 52.780. 19 0 .00

- 0.03- 0.07

2.83 2,715, 79 4.150.51 0. 31

- 0,060.05 0.005.65 8.87

- 0.00- 0.03- 0.11- 0.09

0,00 0 .00- 0,02

8S..t3 94,63

5.11 5.3615.{8 12.410.99 1.15

{ 7.11 tt.010.06 1.6 t0.0 3 0.060.01 0.132.65 1 . 961.92 5.3¿0.30 0,270.0 2 0.010.05 0. 149.41 6.600 .00 0. 000.00 0.060,04 0.000.00 0.20o ,02 0.070.00 0.00

85.58 79. 38

3 ,02 4.1910.0 5 14.091.06 0.92

3 6.24 45.8{0. 8s 0. 680.00 0.080,18 0.001 . 96 2.573 .8S 5 ,25o .23 0. 380.02 0.000 ,22 0. 155.75 1.920 . 12 0.000 .00 0.0 7

0. 19 0.080.13 0.000.03 0. 130.06 0.00

64.02 82.96

5.4916 .00

0 .6s18. 99

0 .000.040.112.675.090 .2s0.000.118,,130.110.00o,240.000.000.04

88.31

o. ã, o. õ. o.tz o. its.70 5,t2 6.25 5,41

0,00 0.0 3 0.00 0.00

91.18 88.89 99.21 99,?5

178r69t67

5.6{16, {00.06

5t.630.160,030.013.414,180,360,000,09

10.J90 ,000.070.060.060.000,09

92.72

176 t7?

5.33 7.06 5,7L16.95 17.1{ 17.060, 59 0. 32 0. 23

52.{8 53.{9 53.080.00 0,25 0 ,250.0 2 0.00 0.010 ,02 0.0 2 0,003. 14 2.76 3,215,{3 4,29 5.0{0. {0 0,3{ 0,470.00 0.00 0.080.16 0,42 0.008, 56 9 .22 9.050.00 0.00 0.070,13 0.1{ 0.040 .20 0.00 0 .270. 00 0.00 0 .000.05 0 ,20 0. 080, 08 0.00 0 .00

93, 53 95. 97 9{ . 60

3.83 5.80 6.{3 1.63 1,7L 4,19L4.9L 15.72 17,67 74.92 11.88 16.520.84 0.33 0,60 0.24 0.18 0.00

{6.58 {6.62 51,19 46.92 16,32 5t,t50,13 0,32 0,36 0.45 0.71 0,210.24 0.09 0 .32 0. 25 0 ,23 0 ,030.28 0.03 0,15 0.39 0,12 0,002.67 2.23 2.60 2 .65 2. 69 3. 395.13 3.53 4.86 4,12 5.13 5,220.39 0,35 0.{5 0.39 0,{6 0.310, 00 0 , 00 0.00 0.1? 0,08 0.080,08 0.09 0.03 0 ,04 0,05 0. 147 ,lB 5. ?5 1 ,25 7 ,L7 L 12 8.680.00 0.00 0.06 0.02 0,11 0.000.00 0.00 0.01 0,00 0,00 0.000,00 0.00 0.01 0,00 0,00 0,000,08 0 , 00 0.23 0.05 0 .21 0,060.09 0 , 00 0.00 0 ,22 0 ,27 0.000.00 0 .00 0,00 0 ,2L 0.00 0.10

82.44 80.85 92.83 83.13 83.56 90,77

Tabela 16 - Composição química dos anfibólios das rochas da Mina Gonzaga deCampos, obtida por análises pontuais ao MEV com EDS, sobre låminas delgadas deamostras da Mina Gonzaga de Campos (dados da tabela 7 náo corrigidos).

Page 103: ESTUDO DA ALTERAçAO INTEMPÉRICA DAS

LIt 1.20

Na2OMsoÀ1203slo2P205s-2c1- 1K20CaOTi9zCr2O3MnoFe2O3CoONioCuoZnoBaoPboTOTÀL

0,80 0.140,L2 0.10

15.38 1,6,2154. 65 59. 49o.n_u o.n_o

12.42 14. 910.00 0.000.00 0.11

0.00 0. 05o.:. o. lt

---0.38 0.93

84.88 92.79

0,22 0.00 1.430.00 0.04 0.00

tt,82 L2.81. 15 . 4843. 56 46.09 58.440.00 0.23 0.39

- 0.00 0.09- 0.19 0.11

11.73 8.75 13.410.03 0.o2 0.t20. 03 0.07 0.10

- 0.00 0.000.00 0.05 0.000. 65 0. L8 0.83

- 0.00 0.10- 0.03 0.00- 0.10 0.09- 0.00 0.15

o .02 0.00 0.00- 0.16 0.00

68.06 68.72 90. 76

Tabela l7 - Composição química dos feldspatos potássicos das rochas daMina Gonzaga de Campos, obtida por análises pontuais ao MEV com EDS,sobre lâminas delgadas de amostras da Mina Gonzaga de Campos (dadosda tabela I nåo corrigidos).

Page 104: ESTUDO DA ALTERAçAO INTEMPÉRICA DAS

Na2O 0.59 0. 08Mgo o.42 0.30À1203 0.43 0.61sio2 0.78 L.02P205 0. 07 0 . 19s-2 0.04 0.00ct-1 0.10 0.05K20 0.00 0.02cao o.I4 0.26TiO 1.46 1-31Cr2o3 0.00 0 .12HnO O.17 0.09Fe2o3 91 .15 91 .50coo 0.19 0.I7Nio 0.00 0.00cuo 0.00 0.00ZnO 0.00 0.00Bao 0.00 0.00Pbo o,77 0 .25lotal 95 -'12 95.99

L2L L22 L23

o. 00 0.280.11 0.000.45 0.20o.76 L2.L9o.24 0.000.00 0.000.00 0.100.00 0.060.18 0.041.46 1.10o.22 0.270.11 0.07

89 . 49 89. 100.00 0.190.16 0.05o.2L 0.o20.09 0.000.00 0.000.18 0.19

93. 66 103.87

L24 t25

0.00 0.00 0.74 0. 000.51 0.18 0.2L 0.310.45 0.39 L.02 0.650.96 L1.22 1.95 2.980.14 0.00 0.51 0.460.05 0.00 0.04 0.040.04 0.00 0.03 0.00o.02 0.00 0.05 0.03o.L2 0.05 0.26 0.238. 18 0.76 L,20 1.360 -o2 0.04 0.00 0.02o.47 0.05 0.25 0.2'l

al .52 81.20 A2.57 A3.800.07 0.36 0.00 0.080.00 0.00 0.10 0.000.08 0.00 0.00 0.080.18 0.06 0.00 0.320. 00 0.16 0.00 0.000.02 0.16 0.00 0.00

92.AA 96.53 88.94 90.63

Tabela 18 - Composiçåo química das magnetitas das rochas da Mina Gonzaga de Campos, obtidapor análises pontuais ao MEV com EDS, sobre lâminas delgadas de amostras da Mina Gonzagade Campos (dados da tabela 9 näo conigidos).

L26 72'l r2a 134 L3'l

0. 52 0. 96o.'16 0.460.98 0.571. 40 L.320.61 0.58o.12 0.310.09 0.340.05 0.000.07 0.09!.27 0.960.08 0.00o.25 0.26't5.02 80.26o.L'l 0.190.11 0.000. 36 0. 010.00 0.080 .08 0. 000.00 0.13

81 .88 86.55

Page 105: ESTUDO DA ALTERAçAO INTEMPÉRICA DAS

ùa2OrsoÀI20 3si02P 205s- 2

K20caOÌio2CE203XnOPê203CooÌt ioCUOLnoBaoPbo

72 13 \4

0. 05 0.00 0. 360. 14 0.05 0.13

29.19 21.56 25.O20.00 9-{t t.7r

33.OA 23.8L 2t.62

0.00 0-10 0.080.06 0.32 0,130. 00 0. 96 0. 00

0.01 0.01 0.002. 50 10 - 0? ,.:,

____12 -___!1_-__120.06 0,52 0.030. 30 0. 00 0 .00

24.17 27 .A6 30.L50-53 0.89 0_00

31.58 30.77 12.68- 0. 06

0.03 0.08 0.04o.06 0. 51 0 .o20.16 0.00 0.00

o.o2 0.00 0.04,.!, t.:r o.:t

0.11 0-00 0.22

65.16 69.33 57.45

Tabela 19 - Composiçáo química média da apatita primária (tabela 5) e análises pontuais ao MEV

com EDS de seus proãutos de alteração (wavelita), na Mina Gonzaga de Campos (dados da tabela

10 näo conigidos).

50 55

0. 48 0. 000.38 0.00

22.!B 24 _O311 .83 0.15!'l .40 2a,50

o-32 0.o20. 95 0. 05o . 41 0.01

0.00 0.05t .:r 0 .7_7

0.00 0.10 0.00 2.37

64.16 62.69 63.04 63.77

_;:;;0.00

27 -700.s2

22.5?o.000.110. 1to -240.000.000.060. 280.00o.o20.100.000,000.00

45.78

-;. ¡;0.68

30-575-15

30. 9{0.00o -L4o .77o .230. 310.000.001-290.00o.770 .220.180.000. 10

73.70

113 114

o.00 0.860 , 09 0.24

22.40 25.150,78 6.62

25.73 26 -560.0 5 0.000. 03 0.110. 25 0. 76o.0{ o.570.09 0.180. 00 0.040.00 0 . 003.04 3. 510.03 0. 110.00 0 . 060. 00 0.070. 04 0. 050. 05 0. 930.00 0.00

52.63 65 -92

o.õo

53-61

Page 106: ESTUDO DA ALTERAçAO INTEMPÉRICA DAS

lla 2OH9oÀ1203sio2P205

cI-1K20CaolioCt203Hno?e2O3CoOIiOCr¡oZ^oBaoPbolOTÀL

19 82 83 7A 79 81

9-19 1.1{ o.o0 o.09 1.30 1.68.9 9: 1.oo 0.36 2-1s i.:: 3.76lg !2 s.13 5.20 s.s8 s.26 4-25ig.1! 3?.!! 13.88 25.6{ 32.46 32.42f,-rl ?-58 1.76 1.85 L.18 2.O3- 9.00 0.04 o.o{ 0.13 O.O1

^:- 9.21 0.05 0.33 0.43 0.61: Y: g lg 0.13 o.4e 1.1{ o.eoy.J9 1.?s o.?e 1.3e 2.46 3.tBu.¿6 0.68 L.74 0.56 0.56 0.22-:^ 9.03 0.05 o.o0 o.oo o-o2

,i:33 ,3.!î ,3.íå ,î.31 B:31 B:3i- 0.00 0.00 o.2g 0.14 o.O2- 9.00 0.01 o.o2 o. o0 0.14- 0.10 0.00 o.o1 0.06 0.18^ I o.22 0.09 O.O2 O.O2 0.06o.19 0.L2 0.06 0.16 0.16 0.2a

-. - 0.02 0.00 o.05 o.oo o.o9t4.23 J3.86 77.52 6L.28 6¡.80 58.21

tla2orsoÀ¡203s io2P205

ct-1K20CaOlioC¡20 3HnoFe2O3CoOÌioCUOznoBâOPbo10?ÀL

74

0 .272 .205. 30

21.961.,t50.000.330.{51.340-600-000. 01

17. 300.080.130. 090.050.000.00

5{. 50

26 21

0.6 5 0.00L.57 1.40

L2.21 L3.6939.2A 32.|Lt :r ,.:,

15 76 77

o-23 0,12 0.4 52.27 1.38 7.615. 56 4.64 5. 59

26 .62 39.59 2s.3LL.7 6 7 .82 1. 570.06 0.06 0.020. 37 0. 19 o.8l0. 36 0. 33 1. 961.48 2.27 1.590.63 0.43 0.42o .L7 0. 05 0 .020. 00 0.00 o. oo23-70 r7.29 9.980. 08 0. 14 0 .080.00 0.11 o. 090. 01 0, 0{ o. oo0.09 0.05 o.050.¡6 0.15 o.0o0.00 0.17 o, 0763-59 6A.71 59.64

29 30

0. 46 0.22 0 -230. 9? 0. 68 0. ?10.33 0.41 0.35

0 _ 00 0.00 0. 0410.80 12.83 1.9.23

o-20r -266 -32

32 ,002.O5

1{0 L4L

0.81 0. 060. 98 0. 665-59 t.26

11.39 33. {80 .52 0. 660-05 0.01o.2a 0.140.21 0,067 -20 0. 98o.20 0. 100. 00 0. 050.01 0. 00

23.01 20. LAo-22 0.100 . 08 0,000 .20 0. 000. 11 0.030.00 0. 000.05 0.13

71.92 60.A9

0. 665. 65

12. 80t0.59t'

1t

o. 391.790.46

0.05

':'

56 5'l

0. 49 0. 002.24 1 .81

19.25 22.O531 .9A 37 .242-25 2.320_05 0.05o.2t 0.000.0 9 0.130.6 3 0.34o.a1 0.880. 00 0. 060.00 0.007.25 7 .970, 03 0.000. 00 0.000.00 0.060 .06 0.000.09 0. 06o.2a 0-00

68 - 14 72.92

0.07 0.00 0.oo o-oo

6A.31 61-2L 62.39 7L.53

742 143 \44 2L

1.48 0.74 0.35 2.3s2-26 0.75 1.02 10.30

10. 56 5 . 06 L.32 73 .6959 .12 40 .91 53. 71 5 5 . 162.46 0.55 0.35 2.990_10 0.12 0_3{0.7 9 0.10 0-332.17 0.19 0.00 0.491,19 0.78 1.99 3. 94o.23 0.03 0. 13 1 . 390.00 0.00 0.080.00 0.00 0.00 0.o'l

t7.64 22,51 8.86 9.270.07 0.01 0.1{0. 00 0.00 0 . 030.00 0.00 0.000.02 0.00 0-000. 03 0 -o2 0.00 0. 000.00 0. 00 0. 00

99.91 71.8{ 68.65 99.66

Tabela 20 - Composição quÍmica média da b¡ot¡ta (tabela 6) e análises pontuais ao MEV com EDS sobreseus produtos de alteração em pseudomorfoses, em materiais da Mina Gonzaga de Campos (dados databela 11 não conigidos).

58 59

0. 00 0. 608.67 11.28

15. 3? 11. 3036. 52 36 . 362.19 1.750-00 0,00o -L2 0.100.07 0. 360.38 0.951.04 0.970. 00 0.030.20 0.088.11 9.11o.L7 0.030 .02 0.030.18 0.2A0. 13 0. 05o .I? 0.000.22 0.O2

73.59 73.28

-;.;; -;.;; --..;;L2.49 11.09 9.26L4.13 t2.79 17 -9237. 47 35. 98 35. 351.50 3.L2 2.330.00 0.02 0 -2r0. 0? 0. 100.17 0. 14 0.160,83 1. 81 0. 580.91 t.26 !.O70.08 0 .02 0,000.11 0,20 0 -o78.83 A.22 10 . 940.24 0.00 0.300. 05 0.00 0. 050 .7? 0.08 0 , 190.06 0.01 0.04o.02 0.00 0.000.1r 0.23 0,08

7A.29 75 -33 72.65

62

7.67 0.27 0.r26 . 53 9.84 8. 69

1{ . 95 15 .08 16. 6l39.87 31,.t0 31.282.91 3-56 3.490 .09 0.09 0. 070. 07 0. 00 0.000.33 0.2r 0.16L.28 0.41 0.ll0.68 0.39 0.280. 13 0.01 0 . 010.00 0.00 0.115 .80 6 .A2 4.080.00 0.0{ 0.020. 00 0. 00 0.000. 14 0. 07 0.1.00.06 0.00 0. 000.00 0. 36 0 . 180. 00 0.00 0 .00

71.50 72.52 65 -65

0. 16 0.13 0.77 0.24r.02 0.42 1,28 0.690.50 0.91 0-15 0 98

o.tz o-io o.ão o.in6 -61 t7.48

".?t r.:t

o. õo o. io o.i, o. ão

70.94 99.78 62.12 79 A4

0. 30 0. 019. 68 6.55

21.06 19.0940.96 32.322.52 2.46o.09 0.r20.06 0. 06o.23 0.200. 59 0 .26o.77 0.3 60.00 0.00o.L2 0. o87 .15 3. 950.00 0.0{0.06 0.000.01 0.720.00 0. 100.00 0. 090.03 0.00

a4 .79 66.22

77a 18 80 2A

o.44 0-05 2.640.23 2.Lr 1.8?

19.65 8.86 3.1516.46 L7.22 22.2519.06 18.73 15.62

- 0.03- 0. 31

o.o2 0-rl 0.480.21 L.20 r7.82o.23 0.24 0.22

- 0.000,oz 0.08 0.008.95 16.44 3.10

- 0-00- 0.00- 0.00- 0.00

0.00 0.02 0.00- 0.0,{

65.31 65.76 67.16

Page 107: ESTUDO DA ALTERAçAO INTEMPÉRICA DAS

Na2O¡tSO41203sio2P205

c1-1K20CaoTiO2cr203MnoFe2o3CoONiOCUOZnOBaoPboTotaI

108 109 110

0.00 0. 59 0.610.35 0.03 0.003.50 8.L7 4.048.9s 7.94 2.5L4,76 11. 59 10.860.03 0.06 0.000.19 0.L4 0.05o.27 0.46 0.060.48 0 .77 0.452.L2 I.27 2.890.00 0.00 0.000.00 0,L2 0.46

30. 25 15.06 39.080.01 0.00 0.000.00 0.08 0 .L20 ,32 0 .00 0. 000.11 0.00 0.090.92 6.26 3.750.00 0.00 0.08

52.26 52,54 65.06

tr2 165 166

1. 57 0. 40 0 .t2o.L4 t.77 0.403,2I 3.52 3.495.84 27.85 25.445.23 0.96 0.980.00 0. 11 0.00o .2L 0.15 0. 430.06 0. 50 0.200.49 t.20 1.3s2,7e 0.29 0.190.14 0.00 0.140.15 0.00 0.05

4L .32 11 . 10 L2.570.00 0.10 0.000.08 0.10 0.090.08 0.13 0.180.06 0.07 0.260.85 0.13 0.130. 17 0.05 0.11

62.35 48.43 46 .t4

Tabela 2l - Composição qufmica média do anfibólio (tabela 7) e análisespontuais ao MEV com EDS sobre seus produtos de alteração empseudomorfoses, em maleriais da Mina Gonzaga de Campos (dados da tabela12 não corrigidos).

Page 108: ESTUDO DA ALTERAçAO INTEMPÉRICA DAS

h ? ?.1 7.2 O-1 0.2 Z.Z E.lu ------

rr20 0.33 0.13 0.06 0.20 0.00 0-27 0.!ln90 0.33 0.32 0.92 o.3o O.6t ta7.8E 9.1tÀ¡2o3 21.¡r 29.0t 29.55 3.08 6.82 ¡?.5¡ 23.5t3to2 !.2.26 t¡.51 lE.al 2.51 13.7t 21.ót 0.21iios 13.6t 20.oo 1?.r¡ t.60 a'31 6-01 22.65s-2 - 0.31 0.26 o.oa 0.00 0-15 0.00c¡-r - 0.70 o.5t 0.16 0.17 0-00 0-16120 o.l3 o.o5 0.22 o.ot 0'00 0'36 0-r9c¡o 1.28 z.to 2. r¡ 0.27 0.74 0.53 0. t7tto2 o.?l o.¡8 0.92 1,56 0.91 0.71 0.00Cr2Ol - O. OO 0.00 0.00 0 ' ¡2 0.05 0 ' 0?H¡o o. oo 0.01 0.05 0. !6 0.00 0.00 0.001.2c3 2.J7 a.6O 6.6! 50.4¡ 50.6! 3.lt 0.51coo - o.oo o.0o o.o3 0.00 0.00 0.02t10 - o.ol o.oo o.o0 0.07 0.00 0-00cao - o. Ol 0.13 o. !¡ 0.01 0 ' 01 0.09¡ú - 0.r5 0.22 0.11 0.1? 0.00 0.11E¡o ..96 10.2t â.3a 0.03 0.78 ¡.56 0.00PX) - O-al o.at 0.11 0.28 0.00 0.2110r¡l 57.29 83.21 85.26 62.97 ?9.57 800.5t aE.al

l7z L73

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1E.0a 12.7523.5! 13.316.12 9.360.0t 0.060.15 0.1.0.29 0.320.51 1.911.0! 0.710.10 0.050.07 0.72

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90 91 s2 9! 9t 99 100 101 102 tO3 loa lo! 106 107 170 l1l

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r.io o.oo o.o2 o.oE o.oo o.1o o.l0 o'00 0't'5- o - oo o. oo 0.01 0.3ó

¡c.ã. :a.s¡ 56.53 19.20 5{.0? 7a.9! ?3-37 9l'62 66'07

Tabela 22 - Compos¡çåo quím¡ca dos plasmas secundários ocorrentes no perf¡l da Mina Gonzaga de Campos (a, b, c e d: vide

texto) (dados da tabela 13 não conigidos).

1{9 150 132 157 !18 15' t60

0.t5 0.17 0.08 0.t5 1.50 0.00 0.22t.l6 1.2a t.ll l-at 0.r1 ,.28 t.st

13.55 9.a3 9.76 t.¡t ¡,0.9r r0.21 t.22{! .89 2t. 19 ¡5. 71 3? .66 r0. .3 ¡0.0t ¡¡. 37t. rs 0. 7l 0. 76 l.st 0.20 0. ¡2 0. t20.!2 0.0{ 0.03 0.0{ 0.26 0.05 0.080.09 0.30 0.13 0.¡2 o.tl 0.05 0.¡70.5¡ 0.81 0.50 0.!? 7-12 1.57 0.83t.lr 1.36 t.r8 l.l3 0.33 0.r8 1.050.32 0.79 0.3r 0.a6 0.1¡ :.38 0.!l0.16 0.0t 0.00 0.00 0.00 0.00 0.0a0.00 0.0a 0.11 0.00 0.00 0. t0 0.00

:.a.32 10.5E 1a.91 25.31 0.63 12.5t a.960.0r 0.0a 0.00 0.00 0.0? 0.1t 0.0a0.00 0.06 0.08 0.13 0.11 0.00 0.160.03 0.t0 0.00 0.13 0.0E 0.00 0.000.15 0.00 0.00 0.00 0.21 0.00 0,000.!6 0.00 0.11 0.1t 0.29 o.at 0.250.00 0.02 0.00 o.t3 o.lt 0.15 0.00

7t.?1 5t,00 65.15 7t.3a óa.22 ?t,.36 52.86

ð-

l¡20xgoÀ12033102P205a-2cl-1r20cro1102cr2O3rûoP.2O3CoOt1()CUOZaOBroPbolot.¡

l1 33 1t 35 36 38 51 52

0.28 0.00 0.5a 0.00 0.61 0.r5 0.a9 1.890.33 0.29 0.3a 0-26 0.9? 0.09 0.tE 1,25

r9.69 16.7t 2L.82 23.30 6.89 ¡9.71 10.a2 13.3618.30 15.?9 15.6¡ 1!.08 2.7? l!.56 36.05 ¡¡.Eta.22 t.87 11.56 ¡2.87 30.26 12.3E 9.6' 5.03

0-16 0.25 0.531.02 6.68 2.L80.71 0.67 0.92

0-00 0.07 0.099.6a ¡.¡.{? 11.60

:::5_62 0-.6 0.{3

ó3-08 ?6-93 69-14

dl¡2Ox90À12033t02P2058-2cl.- 1

¡20C!Ot!02C¡2o3x!o1.2o3CoorloCUOZDOBro?bolotù¡

:::_:0.17 0-11 o.¡7 0.30 0.21o.65 0.a7 0.a1 1.00 2- a80.8ó 0.t6 0-82 0.60 0.2a

0.0a 0.00 0.00 0.05 0-00

" i' ':' ':' 'i ':'t.60 2-79 6.20 {.98 0.82

...r, .r.lo ...ãt tt.lt .r.ãt

cl.2OItæÀ¡203r!102P205a-2cl-1r20C.Otlo2Cr203HDOt.2o3CoOt10CUO¿BolroPDOtot¡l

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