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Dissertação de Mestrado ESTUDO COMPARATIVO ENTRE ENERGIAS DE COMPACTAÇÃO DO SUBLEITO PARA SUBSIDIAR PROJETOS DE PAVIMENTAÇÃO AUTOR: ELIZEU DA SILVA ZICA ORIENTADOR: Prof. Dr. Flávio Renato de Góes Padula MESTRADO PROFISSIONAL EM ENGENHARIA GEOTÉCNICA DA UFOP OURO PRETO - MARÇO DE 2010

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Dissertação de Mestrado

ESTUDO COMPARATIVO ENTRE ENERGIAS DE COMPACTAÇÃO DO

SUBLEITO PARA SUBSIDIAR PROJETOS DE PAVIMENTAÇÃO

AUTOR: ELIZEU DA SILVA ZICA

ORIENTADOR: Prof. Dr. Flávio Renato de Góes Padula

MESTRADO PROFISSIONAL EM ENGENHARIA GEOTÉCNICA DA UFOP

OURO PRETO - MARÇO DE 2010

Catalogação: [email protected]

Z64e Zica, Elizeu da Silva.

Estudo comparativo entre energias de compactação do subleito para subsidiar projetos de pavimentação. [manuscrito] / Elizeu da Silva Zica - 2010.

xxi, 168f.: il., color.; grafs.; tabs.; mapas. Orientador: Prof. Dr. Flávio Renato de Góes Padula. Dissertação (Mestrado) - Universidade Federal de Ouro Preto. Escola de Minas. NUGEO. Área de concentração: Geotecnia de pavimentos.

1. Geotecnia - Pavimentos - Teses. 2. Pavimentos de asfalto – Teses. 3. Mecânica do solo - Teses. 4. Solos – Compactação - Teses. I. Universidade Federal de Ouro Preto. II. Título.

CDU: 624.138

iii

O aprendizado é constante e por mais tardio que pareça vir, é

sempre jovem aos olhos de quem o detém. Elizeu Zica.

iv

DEDICATÓRIA

Dedico este trabalho a minha esposa Sãozinha e as minhas filhas Laurita e Áurea, pela paciência e dedicação.

.

v

AGRADECIMENTOS

AGRADEÇO aos meus pais pela perseverança em cobrar a dissertação apresentada.

Agradeço a Engenheira do DER-MG Selma Schwab pela oportunidade e

orientações.

Agradeço a indicação ao curso pelo colega Engenheiro Getúlio Carlos de Salles.

Agradeço ao Dr. Prof. da USP José Leomar Fernandes Júnior pela indicação

através da USP, apresentando-me a UFOP e ministrando as aulas com

profissionalismo incomum nos dias atuais.

Ao coordenador do Programa de Pós Graduação em Geotecnia da UFOP, Dr. Prof.

Romero César Gomes, pela paciência e elucidações sobre a função da Universidade.

Ao Orientador deste trabalho Dr. Prof. Flávio Renato de Góes Padula, cujas

sugestões e acompanhamento foram fundamentais para o enriquecimento deste

trabalho.

Aos DERs da Bahia, AGETOP de Goiás, DER de São Paulo,DERTINS de

Tocantins pelas informações constantes sobre as consultas realizadas.

Em especial ao DER-MG através da Diretoria de Projetos a qual forneceu os

elementos necessários a complementação dos estudos aqui apresentados.

Aos colegas, Antônio Fontana, Sávio, Rogério, César Augusto, Luiz Henrique, que

em todo momento, não cochilavam em cobrar a apresentação desta dissertação.

Ao Prof. Maurício Rios de Almeida , que fomentou de informações durante o curso.

Aos Professores João Batista de Carvalho Mendes e Cláudio Albernas que muito

contribuíram através de suas experiências rodoviárias.

Ao Eng. Célio Santos de Castro do DER-MG, que muito contribuiu para as análises

e sugestões sobre o desenvolvimento destas energias de compactação .

Ao Prof. Gastão Coelho de Aquino Filho que não mediu esforços em fornecer sua

dissertação para consulta.

Agradeço aqueles que julgarem este trabalho digno de acréscimo aos meios

acadêmicos e profissionais.

Meu muito obrigado.

vi

RESUMO

As possíveis soluções através do acréscimo de suporte do solo de fundação (subleito)

auxiliam no dimensionamento das camadas do pavimento e, conseqüentemente,

minimizam a utilização de materiais para construção.Para contribuir de forma

econômica e, especialmente, evitar intervenções ambientais em obras de pavimentação,

propõe-se nessa dissertação, a adoção de uma energia de compactação denominada

energia do Proctor Internormal (PIN). Esta energia equivale a 1,5 vezes a energia do

Proctor Normal (PN). Não é uma energia de compactação utilizada oficialmente nos

meios rodoviários brasileiros, porém apresentou bons resultados que podem contribuir

para sua utilização. O Estado de Minas Gerais é bastante extenso e possui uma

diversidade grande de tipos de solos. Para a realização deste trabalho foram estudados

três trechos rodoviários em três regiões distintas, objetivando coletar amostras de solos

para utilização em subleito de rodovias. Essas amostras foram submetidas a ensaios de

caracterização física, compactação, CBR e expansão. Foi realizado, também, uma ampla

pesquisa nos arquivos do DER-MG, buscando materiais com a mesma classificação dos

solos ensaiados,de forma a confrontar possíveis estudos existentes com esta energia

alternativa. Os resultados, obtidos em laboratório, mostraram que nos solos de subleito,

ensaiados com a utilização do Proctor Internormal (PIN), houve acréscimo da

densidade máxima, aumento nos valores de CBR e diminuição da permeabilidade do

solo. Para os solos de classificação TRB A-2-4, houve acréscimo de CBR de mais de

100%, indicando que esta energia, do Proctor Internormal, é adequada para

utilização. Este acréscimo na capacidade de suporte, resultou em economia no

dimensionamento de todos os pavimentos projetados.

Palavras chaves: Proctor Internormal (PIN), subleito, energia de compactação,

acréscimo de suporte, dimensionamento.

vii

ABTRACT

Feasible solutions adopted to increase the bearing ratio of sub-grade soils will help to

design thinner or less robust pavement layers which, consequently, in both cases, will

widen the availability of materials and diminish the necessary quantities involved for

the same support. With the aim to contribute economically and, specially,

environmentally wise towards paving works, this dissertation proposes the adoption of a

level of compacting energy named “Proctor Internormal (PIN)” equivalent to 1.5 times

the energy of the Proctor test (AASHTO test). It is not a level of energy regularly used

by the official Brazilian highway authorities, although it has shown good practical

results as to be used in the Brazilian Highways. The State of Minas Gerais is very large

and presents a great diversity of different kinds of soils. Sub-grade specimens of three

different road stretches situated in three different regions of the State were collected for

testing as to evaluate them for State highways sub-grade use. These specimens were

tested for physical properties, compaction, California Bearing Ratio (CBR) and swelling

or shrinkage. Also, a wide research effort to find soils with the same characteristics as

those found in the collected soil specimens was carried in the Minas Gerais Highway

Department (DER-MG) files, which may allow the comparison of their test results with

those obtained with the materials tested with the alternative energy. The laboratory tests

performed with the sub-grade materials subjected to the “Proctor Internormal (PIN)”

energy showed that there was an increase on the maximum density values, on the CBR

values and a decrease on the permeability of the soils. For the soils classified as A-2-4

according to TRB classification there was a greater than 100% increase in CBR values,

which leads to the conclusion that this "Proctor Internormal” energy is adequate

generating this bearing capacity increase which results in substantial economy on the

design of pavements.

Key words: Proctor Internormal (PIN), sub-grade, compaction energy, bearing capacity

increase, design.

viii

LISTA DE FIGURAS

Figura 2.1 – Gráfico de classificação MCT e dados diversos dos grupos de solos integrantes da mesma.................................................................................................

16

Figura 3.1 – Exemplo de curva de distribuição granulométrica do solo.................... 20

Figura 4.1 – Curva de Compactação.......................................................................... 25

Figura 4.2 – Curvas de Compactação de Solo com Energias Diferentes................... 28

Figura 4.3 – Equipamento de Compactação............................................................... 30

Figura 4.4 – Curva de compactação obtida em ensaio.............................................. 31

Figura 4.5 – Curvas de compactação para diferentes tipos de solos.......................... 32

Figura 5.1 - Sessão transversal do pavimento flexível............................................. 40

Figura 5.2 - Curvas de ensaio de penetração p/ determinação do CBR – amostras compactadas e embebidas..........................................................................................

42 Figura 5.3 – Ábaco de Dimensionamento – Método DNER...................................... 48 Figura 6.1 – Mapa de Localização do trecho 1.......................................................... 51

Figura 6.2 – Mapa de Vegetação Nativa ................................................................... 52

Figura 6.3 – Plantação de Cana de Açúcar................................................................. 53

Figura 6.4 – Mapa de Bacia Hidrográfica.................................................................. 53

Figura 6.5 – Rio São Domingos ................................................................................ 54

Figura 6.6 – Mapa de solos do trecho 1.................................................................... 55

Figura 6.7 – Mapa de Localização do trecho 2.......................................................... 56

Figura 6.8 – Mapa de Bacia Hidrográfica ................................................................. 57

Figura 6.9 – Ocorrências plantações de cana de açúcar ............................................ 57

Figura 6.10 – Mapa de Solos do trecho 2................................................................... 58

Figura 6.11 – Mapa de Localização do trecho 2........................................................ 59

Figura 6.12 – Mapa de Bacia Hidrográfica................................................................ 60

Figura 6.13 – Travessia sobre o Rio Jequitinhonha................................................... 61

Figura 6.14 – Travessia sobre o rio do Peixe............................................................. 61

Figura 6.15 – Campo Rupestre................................................................................... 61

Figura 6.16 – Mapa de Solos do trecho 3................................................................... 62

Figura 6.17 - Solos areno-argiloso, trecho 3.............................................................. 63

Figura 6.18 – Coleta de amostras trecho.................................................................... 64

ix

Figura 6.19 - Solos areno-argiloso, trecho1............................................................... 66

Figura 6.20 – Solos preparados. Ensaio de caracterização, trecho 1......................... 66

Figura 6.21 – Ensaio de granulometria...................................................................... 66

Figura 6.22 – Ensaio de Limites Físicos.................................................................... 66

Figura 6.23 – Corpos de Prova submersos em tanque de saturação.......................... 68

Figura. 6.24- Exploração de jazida de material granular........................................... 71

Figura 7.1 – Curva granulométrica dos solos trecho 1............................................... 76

Figura 7.2 – Curva granulométrica dos solos do trecho 2.......................................... 77

Figura 7.3 – Curva granulométrica do solos do trecho 3 .......................................... 78

Figura 7.4 – Curva granulométrica dos solos do trecho 3 (solos argilo arenosos).... 78

Figura 7.5 – Gráfico de umidade x densidade-Trecho 1............................................ 83

Figura 7.6 – Gráfico de umidade x densidade-Trecho 2............................................ 84

Figura 7.7 – Gráfico de umidade x densidade-Trecho 3 – solos siltosos .................. 84

Figura 7.8 – Gráfico de umidade x densidade-Trecho 3 – solos argilo arenosos...... 85

Figura 7.9 – Energia de Compactação x Densidade Máxima – Trecho 1.................. 85

Figura 7.10 – Energia de Compactação x Densidade Máxima – Trecho 2............... 86

Figura 7.11 – Energia de compactação x Densidade Máxima – Trecho 3 (solos siltosos).......................................................................................................................

87

Figura 7.12 – Energia de Compactação x Densidade Máxima – Trecho 3 (solos

argilo arenosos)..........................................................................................................

87

Figura 7.13 – Gráfico Energia de Compactação x Umidade Ótima - Trecho 1........ 88

Figura 7.14 – Gráfico Energia de Compactação x Umidade Ótima - Trecho 2......... 88

Figura 7.15 – Gráfico Energia de Compactação x Umidade Ótima - Trecho 3

(solos siltosos)............................................................................................................

89

Figura 7.16 – Gráfico Energia de Compactação x Umidade Ótima - Trecho 3

(solos argilo arenosos)................................................................................................

89

Figura 7.17 – Gráfico Energia de Compactação x CBR – Trecho 1.......................... 92

Figura 7.18 – Gráfico Energia de Compactação x CBR – Trecho 2.......................... 93

Figura 7.19 – Gráfico Energia de Compactação x CBR – Trecho 3 – solos siltosos. 93

Figura 7.20 – Gráfico Energia de Compactação x CBR – Trecho 3 – solos argilo

arenosos......................................................................................................................

94

x

Figura 7.21 – Energia de Compactação x Média de CBR dos Solos A-2-4

Pesquisados no DER-MG...........................................................................................

102

Figura 7.22 – Energia de Compactação x Média de CBR dos Solos A-7-5 e A-7- 6

, #200 ≥80%............................................................................................................

102

Figura 7.23 – Energia de Compactação x Média de CBR dos Solos A-7-5 e A-7-

6, # 200 < 80%...........................................................................................................

103

xi

LISTA DE TABELAS

Tabela 2.1 – Sistema Unificado de Classificação de Solos....................................... 12

Tabela 2.2 – Classificação dos Solos (TRB)............................................................. 13

Tabela 3.1 – Granulometria ...................................................................................... 19

Tabela 4.1 – Características dos Cilindros e Soquetes Utilizados nos Ensaios de

Compactação AASHTO.............................................................................................

30

Tabela 5.1 – Coeficiente de Equivalência Estrutural................................................. 46

Tabela 5.2 – Espessura Mínima de Revestimento Betuminoso................................. 47

Tabela 6.1 – Localização dos trechos estudados....................................................... 49

Tabela 6.2 – Localização, posição e profundidade das amostras coletadas.............. 64

Tabela 6.3 – Localização posição e profundidade das amostras coletadas............... 65

Tabela 6.4 – Localização, posição e profundidade das amostras coletadas.............. 65

Tabela 6.5 – Energias de Compactação.................................................................... 67

Tabela 6.6 – Trechos pesquisados no DER.............................................................. 74

Tabela 7.1 – Localização dos Trechos Coletados...................................................... 75

Tabela 7.2 – Resultado de Ensaios de Limites de Atterberg..................................... 79

Tabela 7.3 – Resultado de Ensaios de Limites de Atterberg..................................... 79

Tabela 7.4 – Resultado de Ensaios de Limites de Atterberg (solos siltosos

expansivos). ..............................................................................................................

80

Tabela 7.5 – Resultado de Ensaios de Limites de Atterberg (solos finos argilo

arenosos )...................................................................................................................

80

Tabela 7.6 –Resultados de CBR com Variadas Energias de Compactação–

Trecho1......................................................................................................................

90

Tabela 7.7 – Resultados de CBR com Variadas Energias de Compactação –

Trecho 3 (solos argilo arenosos) ...............................................................................

91

Tabela 7.8 – Resultados de CBR com Variadas Energias de Compactação-

Tercho2 .....................................................................................................................

91

Tabela 7.9 – Resultados de CBR com Variadas Energias de Compactação –

Trecho 3 (solos siltosos) ...........................................................................................

91

Tabela 7.10 – Energia de Compactação x Expansão –Trecho1................................. 95

xii

Tabela 7.11 – Energia de Compactação x Expansão – Trecho2................................ 96

Tabela 7.12 – Energia de Compactação x Expansão – Trecho3................................ 96

Tabela 7.13 – Energia de Compactação x Expansão – Trecho3 (2º)......................... 97

Tabela 7.14 – Dimensionamento de Pavimento – Trecho 1...................................... 98

Tabela 7.15 – Dimensionamento de Pavimento – Trecho 2...................................... 99

Tabela 7.16 – Dimensionamento de Pavimento – Trecho 3 – (solos argilo arenosos.....................................................................................................................

100

Tabela 7.17 – Características Técnicas dos Trechos Estudados................................ 105

Tabela 7.18 – Preço de Execução de Energias de Compactação ............................. 106

xiii

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS AASHTO – American Association of State Highway and Transportation Officials

ABDER – Associação Brasileira dos DER’s

ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas

AGETOP- Agência Goiana de Transportes e Obras

ANA – Agência Nacional de Águas

APP – Área de Preservação Permanente

ASCE – American Society of Civil Engineers

ASTM – American Society for Testing and Materials

CBR – Califórnia Bearing Ratio

CETEC – Centro Tecnológico de Minas Gerais

DER – Departamento de Estradas de Rodagem

DERBA – Departamento de Estradas de Rodagem do Estado da Bahia

DERTINS – Departamento de Estradas de Rodagem do Estado de Tocantin

DER-MG – Departamento de Estradas de Rodagem do Estado de Minas Gerais

DERT-CE – Departamento de Edificações Rodovias e Transporte do Estado do Ceará

DERT-ES-P – Departamento de Edificações Rodovias e Transporte –Especificações de

Serviço

DNER – Departamento Nacional de Estradas de Rodagem

DNER-ME – Departamento Nacional de Estradas de Rodagem - Método de Ensaio

DNPM – Departamento Nacional de Produção Mineral

DNIT – Departamento Nacional de Infra Estrutura de Transporte

HRB – Highway Research Board

IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística

IG – Índice de Grupo

IGAM – Instituto Mineiro de Gestão das Águas

IP – Índice de Plasticidade

IPR – Instituto de Pesquisas Rodoviários

IS – Índice Suporte

ISC – Índice Suporte Califórnia

xiv

LL – Limite de Liquidez

LP – Limite de Plasticidade

MCT – Miniatura, Compactado, Tropical (designação de uma metodologia de ensaio)

MIT – Massachusetts Institute of Technology

NBR – Norma Brasileira

PI – Proctor Intermediário

PIN – Proctor Internormal

PN – Proctor Normal

PRAD – Plano de Recuperação de Área Degradada

PTRF – Projeto Técnico de Recuperação Ambiental

SEIA-BA – Sistema Estadual de Informações Ambientais da Bahia

SUCS – Sistema Unificado de Classificação de Textos

TR – Recomendação Técnica

TRB – Transportation Research Board

TRRL – \transportation and Road Research Laboratory

TSD – Tratamento Superficial Duplo

USA – Estados Unidos da América

USACE – United States Army Corps of Enginners

UTM – Universal Transversa de Mercator – sistema de coordenadas

xv

LISTA DE SIMBOLOS Ec = Energia de compactação

m = Massa do soquete empregado

g = aceleração da gravidade = 9,81/m/s2

h = altura de queda do soquete

N = numero de camadas em que o solo é compactado

n = número de golpes

v = volume de corpo de prova compactado

ϑ = velocidade

γ= peso específico

w = umidade

hot = umidade ótima

Ø= diâmetro

% = porcentagem

< = menor que

> = maior que

≤ = menor ou igual a

≥ = maior ou igual a

xvi

LISTA DE ANEXOS

Anexo I – Resultado de Ensaios

Anexo II – Calibração dos Equipamentos

Anexo III – Mapas dos Trechos Pesquisados

Anexo IV – Pesquisas Realizadas no DER-MG

Anexo V – Planilha de Custos

Anexo VI – Preços Unitários DER-MG

INDICE

CAPITULO 1 – INTRODUÇÃO.......................................................................... 01

1.1 – OBJETIVO GERAL.......................................................................................

1.1.1 – Objetivos Específicos............................................................................

1.2 – JUSTIFICATIVA...........................................................................................

1.3 – METODOLOGIA DO TRABALHO.............................................................

1.4 – DISTRIBUIÇÃO DOS ASSUNTOS NA DISSERTAÇÃO..........................

04

04

04

05

06

CAPITULO 2 – SOLOS .......................................................................................

2.1 – INTRODUÇÃO..............................................................................................

2.2 – CONCEITO DE SOLO..................................................................................

2.3 – NATUREZA DOS SOLOS............................................................................

2.4 – CONSTITUIÇÃO DOS SOLOS....................................................................

2.5 – CLASSIFICAÇÃO DOS SOLOS..................................................................

2.5.1 – Classificação Genérica...........................................................................

2.5.2 – Classificação Granulométrica................................................................

2.5.3 – Classificações Geotécnicas Convencionais...........................................

2.5.3.1 – Sistema Unificado de Classificação dos Solos (SUCS)................

2.5.3.2 – Classificação Transportation Research Board (TRB) Antiga

HRB (Highway Research Board)……..…...………………………………

2.5.4 – Classificações Geotécnicas Não Convencionais....................................

2.5.4.1 – Classificação MCT........................................................................

08

08

08

08

09

09

10

11

11

12

13

14

14

2.5.5 – Considerações........................................................................................ 17

CAPITULO 3 – ENSAIOS DE CARACTERIZAÇÃO......................................

3.1 – INTRODUÇÃO..............................................................................................

3.2 – ENSAIOS DE GRANULOMETRIA.............................................................

3.2.1 – Ensaio de Granulometria por Peneiramento..........................................

3.2.2 – Ensaios de Granulometria por Sedimentação........................................

3.3 – LIMITES DE ATTERBERG..........................................................................

3.3.1 – Limite de Liquidez LL...........................................................................

3.3.2 – Limite de Plasticidade LP......................................................................

3.3.3 – Indice de Plasticidade............................................................................

3.3.4 – Indice de Grupo.....................................................................................

3.3.5 – Considerações Finais.............................................................................

18

18

18

18

19

20

21

21

22

22

23

CAPITULO 4 – COMPACTAÇÃO DE SOLOS.................................................

4.1 – INTRODUÇÃO..............................................................................................

4.2 – CONCEITO DE COMPACTAÇÃO..............................................................

4.3 – CURVA DE COMPACTAÇÃO....................................................................

4.4 – INFLUÊNCIA DA COMPACTAÇÃO NA ESTRUTURA DOS SOLOS....

4.5 – ENERGIA DE COMPACTAÇÃO.................................................................

4.6 – MÉTODOS DE COMPACTAÇÃO...............................................................

4.7 – INFLUÊNCIAS DAS CARACTERÍSTICAS DO SOLO NO

COMPORTAMENTO DESTE, APÓS O ESFORÇO DE COMPACTAÇÃO......

24

24

24

25

26

27

29

32

4.8 – CONSIDERAÇÕES SOBRE A ENERGIA DE COMPACTAÇÃO............. 33

CAPITULO 5 – DIMENSIONAMENTO DE PAVIMENTOS

FLEXIVEIS...............................................................................................................

5.1 – INTRODUÇÃO..............................................................................................

5.2 – CONCEITO DE PAVIMENTO.....................................................................

5.3 – ESTRUTURA DO PAVIMENTO.................................................................

5.3.1 – Nomenclatura da Seção Transversal......................................................

5.4 – MÉTODO DE DIMENSIONAMENTO DO DNER......................................

5.4.1 – Cálculo do CBR/ISC..............................................................................

5.4.2 – Parâmetros do Subleito..........................................................................

5.4.2.1 – Cálculo do ISmin..........................................................................................................................

5.4.3 – Classificação dos Materiais Empregados no Pavimento (DNIT, 2006)

5.4.4 – Tráfego (DNIT, 2006)............................................................................

5.4.5 – Coeficiente de Equivalência Estrutural..................................................

37

37

38

39

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41

41

43

43

44

44

45

CAPITULO 6 – MATERIAIS E METODOS........................................................

6.1– INTRODUÇÃO...............................................................................................

6.2 – CARACTERIZAÇÃO DAS ÁREAS DE INSERÇÃO DOS TRECHOS

ENSAIADOS...........................................................................................................

6.2.1 – Introdução..............................................................................................

6.2.2 – Trecho 1 – Limeira do Oeste – Rio São Domingos...............................

6.2.3 – Trecho 2 – Entroncamento BR – 262 – Almeida Campos – LMG

798.....................................................................................................................

6.2.4 – Trecho 3 – Milho Verde – Serro............................................................

49

49

50

50

50

55

59

6.3 – COLETA, ENSAIOS DE CARACTERIZAÇÃO E CLASSIFICAÇÃO

DOS SOLOS (TRB)................................................................................................

6.3.1 – Coleta de Amostras................................................................................

6.3.2 – Ensaios de Caracterização.....................................................................

6.3.3 – Classificação dos Solos TRB.................................................................

6.4 – ENSAIOS DE COMPACTAÇÃO, CBR E EXPANSÃO..............................

6.5 – CALIBRAÇÃO DOS EQUIPAMENTOS.....................................................

6.6 – MÉTODO DE DIMENSIONAMENTO DE PAVIMENTO

FLEXÍVEL..............................................................................................................

6.7 – CONSIDERAÇÕES AMBIENTAIS PARA MATERIAIS DE

PAVIMENTAÇÃO.................................................................................................

6.8 – CONSULTA/PESQUISAS.............................................................................

6.8.1– Consultas nos DER s do Brasil...............................................................

6.8.2 – Pesquisas dos Solos de Subleito Estradal Estudados no DER-MG.......

63

63

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67

67

68

68

68

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72

73

CAPITULO 7 – RESULTADOS E DISCUSSÕES..............................................

7.1 – INTRODUÇÃO..............................................................................................

7.2 – ENSAIOS DE CARACTERIZAÇÃO............................................................

7.2.1 – Análise Granulométrica.........................................................................

7.2.2 – Limites de Atterberg..............................................................................

7.3 – ÍNDICE DE GRUPO......................................................................................

7.4 – CLASSIFICAÇÃO DOS SOLOS SEGUNDO TRB.....................................

7.5 – RESULTADOS DOS ENSAIOS DE COMPACTAÇÃO.............................

7.6 – ÍNDICE DE SUPORTE CALIFÓRNIA (CBR).............................................

75

75

76

76

79

81

82

82

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7.7 – EXPANSÃO...................................................................................................

7.8 – DIMENSIONAMENTO DO PAVIMENTO NOS TRECHOS ENAIADOS

7.9 – ANÁLISE DA PESQUISA NO DER-MG.....................................................

7.9.1 – Resultado das Pesquisas Realizadas no DER-MG................................

7.9.2 – Resultado das Consultas a Outros DERs...............................................

7.10 – CUSTO / BENEFÍCIO.................................................................................

7.11 – CONSIDERAÇÕES FINAIS.......................................................................

95

98

101

101

104

105

108

CAPITULO 8 – CONCLUSÕES E SUGESTÕES PARA PESQUISAS

FUTURAS..................................................................................................................

8.1 – CONCLUSÕES..............................................................................................

8.2 – SUGESTÕES PARA FUTURAS PESQUISAS............................................

110

110

113

REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS................................................................... 115

ANEXOS – RESULTADOS DE ENSAIOS........................................................... 118

1

CAPÍTULO 1

INTRODUÇÃO

A crescente escassez de ocorrências de materiais utilizados em camadas de pavimentos

rodoviários no Brasil está gerando, atualmente, estudos alternativos de pesquisas

necessárias para suprir essas poucas ocorrências.

A intervenção ambiental na exploração de jazidas de materiais granulares com

características para serem utilizadas em camadas de pavimento rodoviário também

direciona pesquisas alternativas de substituição desses materiais.

Uma dessas alternativas/pesquisas que venha atender essa demanda de forma a não

agredir o meio ambiente, evitando utilização de materiais escassos, traduz-se no estudo

de acréscimo de energia de compactação em solos.

A implantação de uma estrada requer vários estudos alternativos possíveis. Atualmente

são implantadas estradas sobre as vias já preexistentes, caracterizando-as na fase de

projeto como melhoramentos e pavimentação. Raros são os trechos considerados

virgens, a serem totalmente implantados.

As vias atuais a serem pavimentadas, já muito exploradas pelas diversas manutenções

rodoviárias ocorridas, requerem a indicação de materiais para pavimentação muitas

vezes já esgotados na região.

Esses materiais de pavimentação são provenientes de jazidas, que são constituídas de

solos a serem utilizados na confecção de base e sub-base dos pavimentos e empregados

em substituição de solos de subleito com baixo suporte.

A intervenção ambiental tal como o desmatamento com a remoção da camada vegetal

para a exploração de jazidas vem cada vez mais sendo dificultada. Essa operação de

2

desmatamento em muito agride o meio ambiente, requer estudos específicos para

recuperação de áreas degradadas.

A distância de transporte cada vez maior, face à escassez de materiais, é outro fator que

onera demasiadamente as obras rodoviárias.

As negociações com proprietários para liberação das jazidas, já escassas, a licença junto

ao Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM) para a exploração do material

granular e a execução de caminhos de serviços para acesso às jazidas, dentre outros

fatores, somam-se às diversas dificuldades econômicas e ambientais na exploração e

utilização desses materiais nas camadas de pavimento.

Conjuga-se também uma possível ocorrência de Área de Preservação Permanente

(APP), nas jazidas e mediações, as quais necessitam de autorização para serem

transpostas.

Buscando fontes de pesquisas e/ou alternativas, de forma a evitar uma possível

exploração de jazidas, verifica-se que um estudo de acréscimo de energia de

compactação pode vir a suprir parte dessa intervenção ambiental de forma econômica.

De acordo com Vargas (1977), a técnica de lançar os aterros em camadas horizontais e a

passagem de rolos compressores pesados, que evitam a terra fofa e a formação de vazios

entre prováveis torrões, chama-se de compactação.

A evolução da compactação deve-se aos trabalhos de O.J. Porter, seguindo-se o de R. R.

Proctor em 1933.

Ralph Proctor publicou suas observações sobre a compactação de aterros mostrando

que, aplicando-se uma determinada energia de compactação que é o “ato de

artificialmente aumentar o peso específico do solo por manipulação agindo-se sob

forma de pressão ou apiloamento ou vibração das partículas de solo de modo que elas

3

fiquem em estado de contato íntimo” (Baptista, 1974), a massa específica resultante é

em função da umidade em que o solo estiver.

Define-se a energia de compactação como sendo a energia empregada por umidade de

volume de solo compactado, em um método dinâmico de compactação qualquer (Pinto,

2006).

No Brasil, as energias de compactação utilizadas normalmente seguem as

especificações do Departamento Nacional de Estradas de Rodagem (DNER), atual

Departamento Nacional de Infra–Estrutura de Transporte (DNIT), para obras de

pavimentação rodoviária. De acordo com a norma técnica DNER-ME 129/94, foram

estabelecidas as energias de compactação Normal, Intermediária e Modificada para se

determinar a correlação entre o teor de umidade e a massa específica aparente do solo

seco.

Atualmente, alguns Departamentos Estaduais da área rodoviária estão aplicando novas

energias de compactação nos materiais que integram as camadas dos pavimentos

rodoviários. Essas novas energias são aplicadas àqueles materiais que possuem

características geotécnicas que não atendem à norma DNER-ME129/94,

particularmente no que se refere aos valores do ISC (Índice Suporte Califórnia) ou CBR

(Califórnia Bearing Ratio).

O ensaio do CBR foi concebido pelo Departamento de Estradas de Rodagem da

Califórnia (USA) para avaliar a capacidade de suporte dos solos. No ensaio de CBR é

medida a resistência, à penetração de uma amostra saturada, compactada segundo o

método Proctor.

Não se objetiva aqui criar uma nova tecnologia de compactação como, por exemplo,

mudança de pesos de soquetes ou alteração em alturas de compactação, mas sim

verificar uma metodologia prática que vem sendo utilizada por alguns Departamentos

Estaduais.

4

A premissa básica e as vantagens do presente estudo podem assegurar a minimização de

intervenção ambiental evitando explorar um volume maior de matéria prima para

utilização em camadas de pavimento rodoviário.

1.1 – OBJETIVO GERAL

Este trabalho tem por objetivo mostrar que o uso de energia de compactação adequada

para certo tipo de solo do subleito pode contribuir para a construção de pavimentos mais

econômicos e com menor impacto ambiental.

1.1.1 – Objetivos Específicos:

a) Avaliar o comportamento das energias de compactação do Proctor Normal,

Internormal e Intermediário nos solos do leito estradal nos trechos pesquisados.

b) Classificar os solos do leito estradal nos trechos pesquisados, possibilitando

agrupar a variedade de solos existentes em classes, auxiliando os estudos de

caracterização.

c) Verificar a interferência das energias do Proctor Normal, Internormal e

Intermediário nos ensaios de compactação, densidade, CBR e Expansão.

d) Apresentar estudos sobre energias diferenciadas para camadas de pavimento,

e) Avaliar a economia proporcionada após resultados adquiridos.

f) Elucidar a importância ambiental dos estudos realizados.

1.2 - JUSTIFICATIVA

Tendo em vista a crescente escassez de ocorrências de materiais para execução das

camadas de pavimentos rodoviários, torna-se bastante oportuno a elaboração de novos

estudos que busquem alternativas que venham suprir de forma eficiente e, ao mesmo

tempo, econômica e ambientalmente viável.

5

Mendes (1973) já havia afirmado que é da maior importância que estudemos as

características de nossos solos para melhor adaptarmos as experiências estrangeiras à

nossa técnica.

O estudo de uma energia de compactação mais adequado para determinado tipo de solo

permitirá um aproveitamento mais eficiente das características do solo, de maneira a

influenciar consideravelmente o dimensionamento do pavimento, permitindo um maior

aproveitamento do material encontrado “in loco”, ou seja, no leito estradal.

O presente estudo poderá orientar outros Departamentos Estaduais da área rodoviária,

trazendo economia e menor intervenção no meio ambiente, através de bons estudos

geotécnicos.

1.3 – METODOLOGIA DO TRABALHO

Objetivando fornecer elementos que facilitem a compreensão deste trabalho, foi

inicialmente elaborada uma revisão bibliográfica na qual foram apresentados conceitos

fundamentais dos temas e termos de maior relevância empregados neste trabalho.

Concomitantemente foram relacionados três trechos de rodovias a serem implantados

no estado de Minas Gerais para coleta de amostras e realização dos ensaios

laboratoriais.

Após realização dos ensaios, os dados foram compilados e processados e serão aqui

representados sobre forma de tabelas e gráficos.

Foi realizada uma coleta de resultado de ensaios, junto aos arquivos do DER-MG,

Departamento de Estradas de Rodagem do Estado de Minas Gerais, objetivando

adquirir dados de projetos rodoviários, já elaborados, adotando essa variação de energia

de compactação.

6

Realizou-se uma consulta em outros DERs dos estados brasileiros de forma a fomentar

as pesquisas e, ao mesmo tempo, suprir de informações o andamento de pesquisas com

mesmo objetivo, enriquecendo a presente dissertação.

Utiliza-se aqui o Referencial de Preços para Obras Rodoviárias do DER-MG para

ilustrar a economia que pode ser gerada caso sejam executadas as alternativas

apresentadas.

Finalizando o trabalho, encontra-se uma análise dos resultados, fundamentada na

literatura pesquizada.

1.4 – DISTRIBUIÇÃO DOS ASSUNTOS NA DISSERTAÇÃO

Esta dissertação constitui-se de oito capítulos distribuídos da seguinte maneira:

a) Capítulo 1 – Introdução: relata, de forma sintética, a importância econômica e

ambiental dos estudos de variação de energia de compactação. Apresenta o objetivo e a

justificativa deste trabalho.

b) Capítulos 2, 3, 4 e 5 – Estes capítulos constam de uma revisão bibliográfica de forma

a apresentar todas as bases técnicas pesquisadas, enfocando principalmente os assuntos

inerentes aos estudos geotécnicos necessários à segurança e ao emprego em obras

rodoviárias.

c) Capitulo 6 – Materiais e Métodos: relaciona todos os materiais pesquisados utilizados

nos ensaios e lista os métodos para obtenção dos resultados dos ensaios apresentados.

Neste capítulo, é apresentada a caracterização das áreas de inserção dos trechos

relacionados para realização dos ensaios.

d) Capitulo 7 – Resultados e Discussões: Apresenta os resultados de uma pesquisa

realizada junto ao DER-MG, particulariza cada ensaio, conclui previamente os

7

resultados e, em alguns casos, confronta as opiniões de alguns autores cujos artigos já

foram publicados.

e) Capitulo 8 – Conclusões e Sugestões para Pesquisas Futuras: avalia o resultado e

propõe sugestões para estudos futuros.

f) Referências Bibliográficas

g) Anexos – Resultados de Ensaios

8

CAPITULO 2

SOLOS

2.1- INTRODUÇÃO

Para se ter um solo como objeto de uma pesquisa é necessário identificá-lo. Os cálculos

de qualquer projeto de engenharia envolvendo solos serão baseados nas propriedades

específicas da classe a que pertencem o solo.

A utilização do solo como material de construção em rodovias, constituindo aterros,

base, sub-base e reforço do subleito dos pavimentos requer sua classificação cujo

objetivo é inferir preliminarmente suas capacidades geotécnicas.

2.2 – CONCEITO DE SOLO

Com a finalidade específica de engenharia civil, para Vargas (1977), o termo solo é

considerado como todo material da crosta terrestre que não ofereça resistência

intransponível à escavação mecânica e que perde totalmente toda resistência quando em

contato prolongado com a água. Estes materiais reagem sob fundações, deformam-se e

resistem a esforços influenciando as obras segundo suas propriedades e

comportamentos.

2.3 – NATUREZA DOS SOLOS

Todo solo tem sua origem remota ou imediata na decomposição das rochas por ação de

intempéries tais como expansão e contração térmica, levando ao fraturamento mecânico,

e à alteração química transformando-os em areias e argilas.

De acordo com Craig (2007), se os produtos da exposição ao tempo permanecem no

local de origem, eles constituem um solo residual. A composição mineralógica e

9

granulométrica, a estrutura e espessura dos solos residuais dependem do clima, relevo,

tempo e tipo de rocha de origem. No entanto, quando os produtos da exposição ao

tempo são transportados por algum agente e depositados em um local diferente ao da

origem, eles constituem um solo transportado.

Os agentes de transporte podem ser a gravidade, o vento, a água e as geleiras e outros.

Estes processos podem ser bem mais atuantes em climas quentes, levando a formação

de solos constituídos de partículas pequenas que se diferenciam pelo tamanho e pela

composição química conforme a rocha de origem. Assim sendo, os termos pedregulhos,

areia, silte e argila têm três significados diferentes. Segundo Vargas (1977), esses

termos denotam “espécies mineralógicas diferentes”; “frações de solos com tamanhos

de grãos diferentes” e "camadas de solos”.

2.4 – CONSTITUIÇÃO DOS SOLOS

Um solo é qualquer reunião de partículas minerais soltas, ou fracamente unidas (Craig,

2007). A primeira característica levada em conta na diferenciação de um solo refere-se

ao tamanho de suas partículas. Num solo convivem partículas de diversos tamanhos e

formas. Os grãos dos solos acham-se reunidos de modo a se tocarem entre si, deixando

espaços vazios denominados poros. Esses poros são preenchidos por água ou ar. Os

solos constituem-se de três fases: sólida, líquida e gasosa.

2.5 - CLASSIFICAÇÃO DOS SOLOS

Com o objetivo de facilitar os estudos de caracterização e prever o comportamento

diante das solicitações a que serão submetidos, os solos são agrupados em classes e é

fundamental que exista uma linguagem padrão para a descrição dos mesmos.

A descrição dos solos é feita destacando-se principalmente cor, a textura, a estrutura e a

plasticidade.

10

2.5.1 – Classificação Genética

Essa classificação leva em conta tão somente a formação originária do solo.

Constituem-se em ferramentas de grande utilidade, uma vez que ajudam a interpretar a

distribuição e o comportamento das diferentes camadas de solo de uma determinada

área, estando a sua validade restrita a circunstâncias particulares de um meio ambiente.

Entretanto, necessitam ser bem interpretadas, pois não permitem prever diretamente as

propriedades mecânicas e hidráulicas dos solos de interesse para obras de engenharia.

As classificações genéticas mais utilizadas são a geológica e a pedológica.

De acordo com Pastore e Fontes (2007), a classificação geológica interpreta a gênese do

solo com base na análise tátil-visual e em observações de campo acerca da forma de

ocorrência e das relações estratigráficas com outras ocorrências, interpretando-se os

processos responsáveis pela gênese e a rocha de origem

Apesar de fundamental, pois através desta classificação se estabelece a correlação entre

os diversos horizontes ou camadas de solos que ocorrem em uma determinada região, a

classificação geológica não fornece as propriedades mecânicas e hidráulicas dos solos.

Sendo assim, há a necessidade de se utilizar em conjunto, classificações geotécnicas.

A classificação pedológica concentra seu interesse na parte mais superficial do solo

onde, segundo Pastore e Fontes (2007), é mais evidente a atuação de fatores

pedogenéticos diferenciando esse perfil em horizontes denominados A, B e C. Os

processos pedogenéticos promovem a adição, perda, transformação e transporte do

material do solo. De acordo com Vaz (1996), durante a evolução pedogênica, os grãos

minerais são fragmentados, decompostos e mobilizados, destruindo completamente seu

imbricamento original, acelerando a formação de novos minerais, iniciada na fase de

alteração intempérica e acarretando a homogeneização do solo, para o que contribui a

ampla fauna de insetos e de microorganismos das regiões tropicais.

Os principais processos são o de eluviação e iluviação, respectivamente processos de

perda e adição de material; a lixiviação, que remove os sais solúveis e a podzolização e

11

a laterização, respectivamente, processos que levam à concentração de sílica e ferro. O

agente principal dos processos pedogenéticos é a movimentação da água no solo,

através de infiltração no período de chuvas e evaporação nas secas, razão pela qual

esses processos são particularmente ativos nas regiões tropicais.

A classificação pedológica tem grande valor pela riqueza de conteúdo e informações,

porém existem limitações na sua utilização, principalmente no que se refere ao fato das

informações estarem limitadas aos horizontes A e B, os quais, em muitas obras civis

são, parcialmente ou totalmente removidos, e também em razão de grupos pedológicos

distintos apresentarem o mesmo comportamento geotécnico e ainda um mesmo grupo

pedológico apresentar diferentes propriedades geotécnicas.

2.5.2 – Classificação Granulométrica

A classificação granulométrica consiste em agrupar os solos de acordo com sua textura,

ou seja, com o tamanho de suas partículas. Para isso, estabelece-se uma escala

granulométrica, isto é, uma escala das grandezas dos diâmetros entre os quais se

encontram os tamanhos dos grãos das diversas frações constituintes do solo.

De acordo com Pastore e Fontes (2007), as escalas granulométricas mais utilizadas para

a classificação textural são as elaboradas pela AASHTO, ASTM, MIT e pela ABNT.

Vargas (1977) ressalta que, para fins geotécnicos, as classificações granulométricas só

são eficientes no caso de solos grossos, porém falham no caso dos solos que têm

plasticidade.

2.5.3 – Classificações Geotécnicas Convencionais

As classificações geotécnicas convencionais correspondem àquelas que se baseiam nos

ensaios granulométricos e limites de Atterberg para classificar e determinar o estado dos

solos.

12

Os Limites de Atterberg referem-se aos limites de liquidez e plasticidade do solo.

2.5.3.1 – Sistema unificado de classificação dos solos (SUCS)

De acordo com Vargas (1977), esta classificação é derivada do sistema de classificação

elaborado por A. Casagrande em 1948, inicialmente denominado Sistema de

Classificação de Aeroportos, adaptado pelo Bureau of Reclamation e U.S. Corps of

Engineers em 1953, e teve seu emprego generalizado normatizado pela ASTM D2487

em 1983.

Nesta classificação cada solo é representado por duas letras: um prefixo, ligado ao tipo e

um sufixo ligado às características granulométricas e à plasticidade, (Bueno e Viar,

1984) (Tabela 2.1).

Tabela 2.1 – Sistema Unificado de Classificação de Solos

GW Pedregulhos bem graduados ou misturas de areia e ped com pouco ou nenhum fino

Pedregulho sem finos

GP Pedregulho mal graduado ou misturas de areia e ped. com pouco ou nenhum fino

Pedreg. Com finos

GM

Pedregulhos siltosos ou misturas de ped areia e silte

Pedregulhos: 50% ou mais da fração graúda

retida na peneira nº 4

GC Pedregulhos argilosos, ou misturas de ped.

areia e argila Areias sem

finos SW Areias bem graduadas, ou areias pedregulhosas, com pouco ou nenhum fino

SP Areias mal graduadas, ou areias pedregulhosas com pouco ou nenhum fino

Areias com finos SM Areias siltosas – misturas de areia e silte

SOLOS DE GRADUAÇÃO

GROSSA Mais de 50% retido na

peneira nº 200

Areias: mais de 50% da fração

graúda passando na peneira nº 4

SC Areias argilosas – misturas de areia e argila

ML Siltes inorgânicos – areias muito finas – areias finas siltosas e argilosas

CL Argilas inorgânicas de baixa e média plasticidade argilas pedregulhosas,

arenosas e siltosas

SILTES e ARGILAS Com LL ≤ 50

OL Siltes orgânicos – argilas siltosas orgânicas

de baixa plasticidade

MH Siltes – areias finas ou siltes micáceos – siltes elásticos

CH Argilas inorgânicas de alta plasticidade

SILTES e ARGILAS

Com LL > 50 OH Argilas orgânicas de alta e média

plasticidade

SOLO DE GRADUAÇÃO FINA:

50% ou mais passando pela peneira

nº 200

Solos altamente Orgânicos PT Turfas e outros solos altamente orgânicos

Fonte: Manual de Pavimentação DNIT – 2006

13

2.5.3.2 – Classificação do TRB (Transportation Research Board), antiga HRB

(Highway Research Board)

Também conhecida como Classificação AASHTO, essa classificação teve origem nos

sistemas do Bureau of Public Roads e Public Roads Administration. Foi elaborada

principalmente para uso de engenheiros rodoviários e classifica, subleitos em rodovias.

Segundo Pastore e Fontes (2007), esse sistema sofreu revisão entre 1943 e 1945 pelo

Highway Research Board, quando foi introduzido o Índice de Grupo. Nesta

classificação os solos são reunidos em grupos e subgrupos.

Tabela 2.2 – Classificação dos Solos (TRB)

CLASSIFICAÇÃ

O GERAL

MATERIAIS GRANULARES

35% (ou menos) passando na peneira nº 200

MATERIAIS SILTO-

ARGILOSOS Mais de 35% passando na peneira nº 200

A-1

A-3

A-2

A-4

A-5

A-6

A-7

A-7-5 A-7-6

CLASSIFICAÇÃ

O EM GRUPO A-1-A A-1-B A-2-4 A-2-5 A-2-6 A-2-7 Granulometria - %

passando na

peneira

Nº 10 ...................

Nº 40 ...................

Nº 200 .................

50 máx

30 máx

15 máx

30 máx

25 máx

51 min

10 máx

35 máx

35 máx

35 máx

35

máx

36

min

36

min

36

min

36 min

Características da

fração passando

na peneira nº 40

Limite de

Liquidez....

ÍP

6 máx

6 máx

NP

40 máx

10 máx

41 min

10 máx

40 máx

11 min

41

min

11

min

40

máx

10

máx

41

min

10

máx

40

máx

11

min

41 min

11 min *

Índice de Grupo 0 0 0 0 0 4 máx 4 máx 8 máx 12

máx

16

máx 20 máx

Materiais

constituintes

Fragmentos de pedra,

pedregulho fino e areia

Pedregulho ou areias siltosas ou

argilosas Solos siltosos Solos argilosos

Comportamento

como subleito Excelente a bom Sofrível a mau

* O IP do grupo A-7-5 é igual ou menor do que o LL menos 30 Fonte: Manual de Pavimentação DNIT – 2006

14

Os “solos granulares” compreendem os grupos A-1; A-2 e A-3, os “solos finos” os

grupos A-4; A-5; A-6 e A-7 dos quais três são subdivididos em subgrupos. Determina-

se o grupo do solo por processo de eliminação da esquerda para a direita, no quadro de

classificação (Tabela 2.2.). O primeiro grupo a partir da esquerda com o qual os valores

do solo ensaiado irá coincidir, será a classificação correta.

2.5.4 – Classificações Geotécnicas não Convencionais

As classificações tradicionais foram desenvolvidas para solos de países de clima

temperado, não sendo geralmente apropriadas para solos tropicais. Em razão disso,

vários estudos têm sido realizados com intuito de desenvolver um método rápido e

simples, capaz de identificar as diferenças entre os vários tipos de solos tropicais e

estimar suas propriedades de interesse como material integrante de um pavimento.

No Brasil, temos a proposta de Medina e Preussler (1980) que apresenta uma

classificação a qual permite a obtenção do módulo resiliente do solo a partir de índices

classificatórios tradicionais e o sistema de classificação MCT (Miniatura, Compactado,

Tropical), desenvolvido por Nogami e Villibor (1995), com a finalidade básica de

melhor caracterizar os solos tropicais através da determinação das propriedades

mecânicas e hidráulicas de solos tropicais compactados para uso em obras viárias. A

técnica permite avaliar propriedades fundamentais dos solos associados à contração,

permeabilidade, expansão, coeficiente de penetração d’água, coesão, capacidade de

suporte e famílias de curvas de compactação, utilizando corpos de prova de dimensões

reduzidas (50x50 mm).

2.5.4.1 – Classificação MCT

A metodologia para classificação MCT se baseia em ensaios de compactação e perda de

massa por imersão de corpo de prova, proposta por Nogami e Villibor (1981). No

ensaio de compactação Mini-MCV, determina-se os coeficientes c’(parâmetro utilizado

conjuntamente com outros para classificar o solo) e d’ (coeficiente angular da curva de

12 golpes).

15

Por Mini-MCV entende-se uma propriedade empírica do solo determinada no ensaio em

função do teor de umidade. No ensaio pode-se obter famílias de curva de compactação

obtidas com a energia variável e a relação de Mini-MCV com o teor de umidade, que

permite determinar, no campo, o teor de umidade de compactação (Nogami e Villibor,

1981).

No ensaio de perda de massa por imersão obtém-se o parâmetro Pi ( expresso em %)

que é também utilizado com os parâmetros c’ e d’ na classificação do solo.

De posse dos resultados dos ensaios de compactação mini-MCV e de perda de massa

por imersão, os solos são dispostos em sete grupos de classificação MCT, que agrupa os

solos tropicais em duas grandes classes quanto aos comportamentos lateríticos e não-

lateríticos (L e N). Estas classes são subdivididas em grupos, de acordo com seu

comportamento e suas granulometrias:

a) LG’: argilas lateríticas e argilas lateríticas arenosas;

b) LA’: areias argilosas lateríticas;

c) LA: areias com pouca argila laterítica;

d) NG’: argilas, argilas siltosas e argilas arenosas não lateríticas;

e) NS’: siltes caolínicos e micáceos, siltes arenosos e siltes argilosos não lateríticos;

f) NA’: areias siltosas e areias argilosas não- lateríticas;

g) NA: areias siltosas com siltes quartzosos e siltes argilosos não-lateríticos.

A classificação é gerada através da utilização do gráfico da Figura 2.1, classificação

MCT, que é composta de eixos cartesianos em cuja abscissa encontram-se os valores de

c’ e, nas ordenadas, os valores do índice e’(coeficiente classificatório, expresso em

centésimos) obtido utilizando-se os parâmetros Pi e d’ citados anteriormente. O índice

e’ foi concebido para indicar o comportamento laterítico ou não laterítico.

16

Figura 2.1 – Gráfico da classificação MCT e dados diversos dos grupos de solos integrantes da mesma

17

2.5.5 – Considerações

Após pesquisas realizadas em todo o Brasil, especificamente nos DERs, foi constatado

que em sua maioria é empregado a classificação TRB. Esta classificação é utilizada no

presente trabalho, pois vem subsidiar os métodos de dimensionamento de pavimentos

flexíveis, adotados pelo DER-MG e praticamente em quase todo meio rodoviário do

Brasil, que fazem uso da Classificação TRB.

18

CAPÍTULO 3

ENSAIOS DE CARACTERIZAÇÃO

3.1 – INTRODUÇÃO

Para a identificação dos solos a partir das partículas que os constituem, são

empregados correntemente dois tipos de ensaio, a análise granulométrica e os

índices de consistência.

3.2 – ANÁLISE GRANULOMÉTRICA

Na análise granulométrica, os solos são agrupados de acordo com a sua textura, ou

seja, com o tamanho de suas partículas, através do ensaio de granulometria.

A análise granulométrica consiste na determinação das porcentagens, em peso, das

diferentes frações constituintes da fase sólida do solo e, em geral, é realizado em

duas fases: peneiramento e sedimentação.

3.2.1 – Ensaio de Granulometria por Peneiramento

O ensaio de granulometria por peneiramento é realizado para as partículas de solos

maiores do que 0,075mm (peneira nº200 da ASTM) . Esse ensaio é feito passando

uma amostra do solo por uma série de peneiras de malhas quadradas de dimensões

padronizadas. Pesam-se as quantidades retiradas em cada peneira e calculam-se as

porcentagens que passam em cada peneira. A análise granulométrica tem como

limitação a abertura da malha das peneiras, que não pode ser tão pequena quanto a o

diâmetro de interesse.

Para a realização dos ensaios deste estudo, seguiremos o método do DNIT (2006),

DNER – ME080/94.

19

A Tabela 3.1 indica as aberturas das malhas das peneiras normais da ASTM,

adotadas pelo método do DNIT (2006).

Tabela 3.1 - Granulometria Nº ABERTURA (mm)

200 0,075

100 0,15

40 0,42

10 2,09

4 4,8

Fonte: DNIT, 2006

3.2.2 – Ensaios de Granulometria por Sedimentação

Quando há interesse no conhecimento da distribuição granulométrica da porção

mais fina dos solos, emprega-se a técnica da sedimentação, que se baseia na lei de

Stokes: a velocidade (ϑ) de queda de partículas esféricas num fluído atinge um

valor limite que depende do peso específico do material da esfera (γs), do peso

específico do fluido (γw), da viscosidade do fluido (µ) e do diâmetro da esfera(D)

conforme a expressão 3.1 (Pinto, 2006).

(Expressão 3.1) ϑ = (γs- γw x D2)/ 18. µ

Para a realização dos ensaios deste estudo, seguiremos o método do DNIT (2006),

DNER – ME051/94.

Com os resultados obtidos nos ensaios de granulometria, traça-se a curva

granulométrica em um diagrama semi-logarítmico (Figura 3.1), que tem como

20

abscissa os logaritmos das dimensões das partículas e, como ordenadas as

porcentagens, em peso, de material que tem dimensão média menor que a dimensão

considerada (porcentagem do material que passa)

Figura 3.1 – Exemplo de curva de distribuição granulométrica do solo Fonte: PINTO, 2006

Deve-se notar que as mesmas designações usadas para expressar as frações

granulométricas de um solo são empregadas para denominar os próprios solos. Um

solo é uma argila quando o seu comportamento é o de um solo argiloso, ainda que

contenha partículas com diâmetros correspondentes às frações silte e areia. Da

mesma forma, uma areia é um solo cujo comportamento é ditado pelos grãos

arenosos que ele possui, embora partículas de outras frações possam estar presentes

(Pinto, 2006).

3.3 – LIMITES DE ATTERBERG

Só a distribuição granulométrica não caracteriza bem o comportamento dos solos

sob o ponto de vista da engenharia. A fração fina dos solos tem grande importância

neste comportamento. Quanto menores as partículas, maior a superfície específica

(Pinto, 2006).

21

O comportamento de partículas com superfícies específicas tão distintas perante a

água é muito diferenciado. Por outro lado, as partículas de minerais argila diferem

acentuadamente pela estrutura mineralógica, bem como pelos cátions adsorvidos,

(Pinto, 2006).

Todos esses fatores interferem no comportamento do solo. A procura de uma forma

prática de identificar a influência das partículas argilosas, a engenharia optou por

uma análise indireta, baseada no comportamento do solo na presença de água.

Generalizou-se o emprego de ensaios e índices propostos pelo engenheiro químico

Atterberg, adaptados e padronizados pelo professor de Mecânica dos Solos Arthur

Casagrande (Pinto, 2006).

Esses limites permitem avaliar a plasticidade dos solos. Essa propriedade dos solos

argilosos consiste na maior ou menor capacidade de serem eles moldados sem

variação de volume, sob certas condições de umidade (DNIT, 2006). Quando muito

úmido os solos argilosos se comportam como um líquido; quando perde parte de sua

água, fica plástico; e quando seco, torna-se quebradiço (Pinto, 2006).

3.3.1 – Limite de Liquidez (LL)

O Limite de Liquidez (LL) é definido como o teor de umidade do solo com o qual

uma ranhura nele feita requer 25 golpes para se fechar. São realizadas várias

tentativas com o solo em diferentes umidade, anotando-se o número de golpes para

fechar a ranhura, obtendo-se o limite pela interpolação dos resultados. O

procedimento de ensaio é padronizado no Brasil pela ABNT (NBR 6459) (Pinto,

2006). Neste trabalho seguiremos o método do DNIT (2006), DNER-ME 122/94.

3.3.2 – Limite de Plasticidade (LP)

O Limite de Plasticidade (LP) é definido como o menor teor de umidade com o qual

se consegue moldar um cilindro com 3 mm de diâmetro, rolando-se o solo com a

palma da mão. O procedimento é padronizado no Brasil pelo Método NBR 7180,

22

(Pinto, 2006). Neste trabalho seguiremos o método do DNIT (2006), DNER-ME

082/94.

3.3.3 – Índice de Plasticidade

A diferença numérica entre o LL e o LP fornece o Índice de Plasticidade (IP)

(Expressão 3.2). Esse índice define a zona em que o terreno se acha no estado

plástico e, por ser máximo para as argilas e mínimo para as areias, fornece um

valioso critério para se avaliar o caráter argiloso de um solo. Quanto maior o IP,

tanto mais plástico será o solo. O IP é função da quantidade de argila presente no

solo, enquanto o LL e o LP são funções da quantidade e do tipo de argila (DNIT,

2006).

(Expressão 3.2) LL – LP = IP

3.3.4 – Índice de Grupo

Para classificação de um solo no sistema TRB é necessário, além dos ensaios de

caracterização, a definição do Índice de Grupo.

Chama-se Índice de Grupo (IG) a um valor numérico, variando de 0 a 20, que retrata

o duplo aspecto de plasticidade e graduação das partículas do solo. O IG é calculado

pela Expressão 3.3 (DNIT, 2006).

(Expressão 3.3) IG = 0,2a + 0,005ac + 0,01bd

sendo:

a = porcentagem de material que passa na peneira nº 200, menos 35. Se a

porcentagem obtida nesta diferença for maior que 75, adota-se 75; se for menor que

35, adota-se 35.

23

b = porcentagem de material que passa na peneira nº 200, menos 15. Se a

porcentagem obtida nesta diferença for maior que 55, adota-se 55; se for menor que

15, adota-se 15.

c = Valor do LL menos 40. Se o LL for maior que 60, adota-se 60; se for menor que

40 adota-se 40.

d = Valor de IP menos 10. Se IP for maior que 30, adota-se 30; se for menor que 10;

adota-se 10.

3.4 – CONSIDERAÇÕES FINAIS

Os índices de consistência tem se mostrado muito úteis para a identificação dos

solos e sua classificação. Terzaghi, citado por Pinto (2006), observou que os solos

são tanto mais compressíveis (sujeitos a recalques) quanto maior for o seu LL.

24

CAPITULO 4

COMPACTAÇÃO DE SOLOS

4.1 – INTRODUÇÃO

Neste capítulo será apresentada uma revisão bibliográfica sobre as principais teorias e

os ensaios de compactação utilizados em laboratórios, dando ênfase ao método de

ensaio por impacto que é o aplicado pelo DER- MG.

4.2 – CONCEITO DE COMPACTAÇÃO

Compactação é a densificação do solo por meio de equipamento mecânico, geralmente

rolo compactador, soquetes, sapos, etc. (Pinto, 2006), acarretando a redução do volume

de vazios, aumento da resistência, diminuição da permeabilidade e da variação

volumétrica por umedecimento e secagem.

Em 1993, o engenheiro Ralph Proctor estabeleceu os parâmetros que influem

definitivamente na relação índice de vazios, ou seja, o aumento da massa especifica. De

acordo com Pinto (2006), para Proctor, a densidade com que um solo é compactado, sob

uma determinada energia de compactação, depende da umidade do solo no momento da

compactação. Ainda conforme Pinto (2006), Proctor verificou que para umidades mais

elevadas, a água provoca um determinado efeito de lubrificação entre as partículas, que

deslizam entre si, acomodando-se em um arranjo mais compacto. Porém quando se

compacta com baixa umidade, o atrito entre as partículas é muito alto e não se consegue

uma significativa redução de vazios.

Há, portanto, para uma dada energia, uma densidade máxima que é obtida para um

determinado teor de umidade denominado ótimo, onde se configura uma relação ideal

entre ar, água e solo no processo de compactação (Souza Junior, 2005).

25

Além de Proctor, outros pesquisadores apresentaram teorias, em função da capilaridade,

lubrificação, viscosidade da água, interação físico-química e tensões efetivas que

buscam explicar o comportamento da curva de compactação.

4.3 – CURVA DE COMPACTAÇÃO

Ao realizar-se a compactação de um solo sob diferentes umidades, e para uma

determinada energia de compactação, obtém-se uma curva de variação do peso

específico aparente seco (γd) em função do teor de umidade (w) (Figura 4.1).

Figura 4.1 – Curva de Compactação Fonte: Trindade et al, 2008 - UFV

Os princípios gerais que regem a compactação, de acordo com Manual de Pavimentação

do DNIT (2006) são os seguintes:

a) a massa específica aparente seca (γs) de um solo, obtido após a compactação,

depende da natureza do solo, de sua granulometria e da massa específica dos grãos (γg);

varia, aproximadamente, entre os valores 1400 kg/m3 e 2300 kg/m3;

26

b) para um dado solo e para uma determinada energia de compactação, variando-se o

teor de umidade do solo, pode-se traçar uma curva de compactação: há um teor de

umidade denominado ótima (hot), ao qual corresponde uma massa específica aparente

seca máxima (γs max);

c) para um dado solo quanto maior for a energia de compactação, tanto maior será o γs

e tanto menor será hot;

d) para um dado solo e para um determinado teor de umidade h, quanto maior for a

energia de compactação, tanto maior será o γs obtido;

e) há uma chamada linha dos ótimos, que é o lugar geométrico dos vértices das curvas

obtidas com diferentes energias de compactação; a linha de ótimos separa os chamados

ramos secos e ramos úmidos das curvas de compactação;

f) para um dado solo, a massa específica aparente seca máxima varia linearmente com o

logaritmo da energia de compactação;

4.4 – INFLUÊNCIA DA COMPACTAÇÃO NA ESTRUTURA DOS SOLOS

De acordo com Pinto (2006), os solos compactados com umidades abaixo da ótima

adquirem um arranjo de grãos semelhantes aos das estruturas floculadas. Existem forças

atrativas entre as partículas que as ligam entre si, cantos ou arestas contra faces,

formando flocos que são indestrutíveis pelas forças comumente utilizadas na

compactação. Contudo, o aumento no teor de umidade desfaz essas forças atrativas e os

grãos começam a atuar como partículas dispersas em água (carregadas negativamente),

tendendo a se dispersarem. Quanto maior o teor de água no solo, maior a dispersão.

Assim, de acordo com esse autor, os solos compactados teriam, no ramo seco, uma

estrutura floculada, tanto mais pronunciada quanto menor fosse a energia de

compactação. No ramo úmido, a estrutura seria tanto mais dispersa quanto maior fosse a

energia de compactação.

Conforme descreve Pinto (2006), as curvas tensão-deformação de corpos de prova,

moldados com umidades abaixo da ótima, são semelhantes, qualquer que seja o método

27

de compactação e é sempre uma estrutura floculada. Por outro lado, para os corpos de

prova compactados acima da umidade ótima, estarão como que envoltos em água. Se

antes da compactação eles estiverem sem orientação privilegiada, uma compactação

estática manterá essa falta de orientação, levando a uma estrutura desorganizada

próxima à floculada. No entanto, um pisoteamento ou impacto sobre as partículas

tenderá a orientá-las no sentido de se aproximarem de uma estrutura dispersa.

Em termos de resistência, observa-se um comportamento distinto de um solo

compactado do lado seco e do lado úmido, sendo que, o solo compactado do lado seco,

apresenta uma maior resistência ao corte no fim da compactação.

Silva et al (1986), estudando os efeitos da compactação nas propriedades do solo,

observou que com o aumento do nível de compactação houve um aumento dos poros

com diâmetro menor que 0,05mm à custa da diminuição dos poros com diâmetro maior

que 0,05mm, logo, o autor relata a destruição do macroporos para formação de novos

microporos, com diminuição da porosidade total do solo.

4.5 – ENERGIA DE COMPACTAÇÃO

Tomando uma massa de solo úmido Ph, com um dado volume inicial num cilindro e

aplicando-lhe um número n de golpes através da queda de altura H, de um soquete de

peso P, resulta, após a compactação, um volume V, chama-se energia de compactação

ao trabalho executado, referido a unidade de volume de solo após a compactação

(DNIT, 2006). A energia Ec é dada pela Expressão 4.1.

(Expressão 4.1) Ec = nxPxH

x N V

Onde:

n = número de golpes;

P = peso do soquete;

H = altura de queda;

28

V = volume do solo compactado;

N = número de camadas

Quanto às unidades mais usuais para energia de compactação, no Brasil, utiliza-se o Kgf

xcm/cm3 (DNER, 1996), sendo comum também o emprego das seguintes unidades:

Kj/m3, MN/m2 e MNm/m3 e pés.lbs/pés3.

De acordo com Pinto (2006), a energia aplicada no ensaio de compactação, influencia

diretamente a massa específica seca máxima e a umidade ótima a serem determinadas.

Quando o solo é compactado com teores de umidade abaixo do teor ótimo, a aplicação

de uma maior energia implica em aumento da massa específica seca do solo. Quando a

umidade está acima da umidade ótima, esse aumento pouco influencia no acréscimo de

massa, em conseqüência da expulsão do ar dos vazios. Para Pinto (2006), o aumento do

esforço de compactação conduz a uma massa específica seca máxima maior e a uma

umidade ótima menor, proporcionando um deslocamento da curva de compactação para

esquerda e para o alto (Figura 4.2).

Figura 4.2 – Curvas de umidade x densidade para energias de compactação diferentes

Fonte: Senço, 1997

29

4.6 – MÉTODOS DE COMPACTAÇÃO

De acordo com Essigmann Jr. et al (1978), citado por Souza Junior (2005), os

resultados de um processo de compactação dependem de fatores como a natureza do

solo, o método de compactação a ser utilizado, a energia e o teor de umidade.

Neste trabalho será apresentado o Método de Compactação por Impacto, uma vez que

este é o método adotado pelo DER-MG.

O ensaio de compactação por impacto surgiu a partir dos trabalhos de Proctor e ficou

conhecido como Ensaio de Proctor.

De acordo com Souza Junior (2005), o ensaio AASHTO Normal, sempre faz uso do

soquete pequeno, com o qual o solo é compactado em 3 camadas iguais, utilizando–se

dois tipos de cilindro: o cilindro Califórnia e o cilindro Proctor. No cilindro Proctor,

aplicam-se 25 golpes em cada camada, e no cilindro Califórnia, 56 golpes. Ainda

conforme Souza Junior a AASHTO estabelece 4 métodos para realização desse ensaio:

a) Ensaio A: utiliza cilindro Proctor e material passando na peneira nº 4;

b) Ensaio B: utiliza cilindro Califórnia e material passando na peneira nº 4;

c) Ensaio C: utiliza cilindro Proctor e material passando na peneira ¾;

d) Ensaio D: utiliza cilindro Califórnia e material passando na peneira ¾.

Já o Ensaio AASHTO Modificado, conforme Souza Junior (2005), sempre usa o

soquete grande, podendo-se utilizar também o cilindro Proctor ou Califórnia. Esse

ensaio é sempre executado compactando-se o solo em 5 camadas iguais. No cilindro

Proctor, aplicam-se 25 golpes em cada camada e no Califórnia, 56 golpes. Os métodos

estabelecidos para realização desse ensaio são os mesmos utilizados no ensaio normal.

A Tabela 4.1 mostra as dimensões dos cilindros e soquetes utilizados pela AASHTO.

30

Tabela 4.1 – Características dos Cilindros e Soquetes Utilizados nos Ensaios de Compactação AASHTO

Ensaios da AASHTO --- Nº de Camadas Soquete Nº de Golpes

Cilindro Proctor 25 Normal 3 camadas Pequeno Cilindro California 56 Cilindro Proctor 25 Modificado 5 camadas Grande Cilindro Califórnia 56

Características dos cilindros e soquetes (AASHTO) Cilidros Califórnia Proctor Diâmetro interno (cm) 15,24 10,16 Altura útil (cm) 11,64 11,64 Volume (cm³) 2.139,00 944 Soquetes Grande Pequeno Peso (kg) 4,536 2,495 Altura de quedas (cm) 45,72 30,48

Fonte: Souza, 1976

O Ensaio ASSHTO Normal foi padronizado no Brasil pela ABNT (NBR 1782/86),

utiliza um cilindro metálico de volume igual a 1000 cm3, no qual uma amostra de solo é

compactada em três camadas, sob a ação de 25 golpes, com um soquete pesando 2,5 kg,

caindo de uma altura de 30 cm de altura (DNIT, 2006).

A Figura 4.3 mostra o equipamento de compactação. As espessuras finais das camadas

compactadas devem ser aproximadamente iguais e a energia de compactação deverá ser

uniformemente distribuída de forma a resultar um plano superior quase horizontal.

Figura 4.3 – Equipamento de Compactação

Fonte: Trindade et al , 2008 - UFV

31

Como citado por Pinto (2006), a amostra de solo deve ser previamente seca ao ar e

destorroada. Inicia-se o ensaio, acrescentando-se água até que o solo fique com cerca de

5% de umidade abaixo da umidade ótima. Após uniformizar bem a umidade, coloca-se

uma porção de solo no cilindro padrão para que seja submetida aos golpes do soquete.

A porção do solo compactada deve ocupar cerca de um terço da altura do cilindro.

O ensaio é repetido para diferentes teores de umidade, determinando-se, para cada um

deles, a massa específica aparente seca. A partir dos pares de valores obtidos (massa

específica aparente seca – teor de umidade), traça-se a curva. Os pontos devem estar

distribuídos de forma que dois deles se encontrem no ramo seco, um próximo à umidade

ótima e outros dois no ramo úmido (Figura 4.4).

Figura 4.4 – Curva de Compactação obtida em ensaio

Fonte: Pinto, 2006

Com os valores da massa específica do solo e o teor de umidade, pode-se calcular a

massa especifica aparente seca mediante a fórmula de correlação (Expressão 4.2):

(Expressão 4.2) γs = γ

(1+w)

32

4.7 – INFLUÊNCIA DAS CARACTERÍSTICAS DO SOLO EM SEU

COMPORTAMENTO, APÓS O ESFORÇO DE COMPACTAÇÃO.

O comportamento de um solo, após receber o esforço de compactação, está diretamente

relacionado à natureza do solo. De acordo com Godoy et al (1996), os solos lateríticos,

quando compactados, podem adquirir boa resistência e baixa permeabilidade, sem perda

significativa de capacidade de suporte ao serem imersos em água.

Para Vargas (1978), ao tentar compactar-se um solo, o esforço de compactação será

mais ou menos efetivo conforme sua granulometria e plasticidade (Figura 4.5). Para as

areias puras, a compactação será totalmente ineficiente tornando necessária a utilização

de outras técnicas.

Figura 4.5 – Curvas de compactação para diferentes tipos de solos Fonte: Pinto, 2006.

33

No caso de um solo arenoso, com uma pequena porcentagem de argila, a eficiência da

compactação é grande. Já para uma argila muito plástica, o esforço de compactação fará

com que a argila reflua, devido as suas propriedades plásticas, não havendo

compactação eficiente. Segundo Vargas (1978), de um modo geral, para o mesmo

esforço de compactação, atingem-se nos solos arenosos maiores valores de γsmax sob

menores hot, do que nos solos argilosos.

Cernica (1995) relata que argilas compactadas no ramo seco da curva de compactação

desenvolvem um arranjo de partículas que não exibem influência marcante do tipo de

compactação empregado, ao passo que, quando compactadas no ramo úmido, têm

significativamente afetadas a orientação das partículas, a resistência, a permeabilidade e

a compressibilidade.

Ainda conforme Cernica (1995), o comportamento e as características de siltes e argilas

quando compactados, têm seu comportamento e suas características muito mais difíceis

de serem definidas em uma determinada categoria do que o comportamento e as

características dos solos granulares. Conforme esse autor, os solos granulares ganham

resistência através da compactação e do subseqüente aumento de densidade, já os siltes

e as argilas podem, em certas condições (método de compactação, teor de umidade,

etc.), apresentar uma redução após um dado aumento de densidade.

4.8 – CONSIDERAÇÕES SOBRE ENERGIA DE COMPACTAÇÃO Ao se especificar uma determinada energia de compactação, deve ser levado em conta o

tipo de solo a ser compactado.

34

Desde 1973 foi feito por Mendes, no DER-MG, um estudo com o objetivo de apresentar

algumas observações e sugestões sobre o problema da energia de compactação, adotada

para os nossos solos nos projetos de pavimento.

De acordo com Mendes (1973), o excesso de energia de compactação, nos estudos de

laboratório, pode trazer sérios problemas na execução da compactação ou condenar

materiais para a sub-base e base de pavimento. Para esse mesmo autor, a baixa energia

de compactação, por sua vez, impedirá o aproveitamento conveniente das características

dos solos, prejudicando o fator econômico no dimensionamento do pavimento.

Logicamente o acréscimo da energia aumenta a resistência ao cisalhamento, mas pode

interferir em sua expansibilidade ou contração, quando em contato com a água.

Inicialmente o DNER estipulou dois ensaios de compactação de solo que correspondiam

ao ensaio de Proctor Normal para os solos de fundação dos pavimentos e a energia do

ensaio Proctor Intermediário para os materiais de sub-base e base (Mendes, 1973).

Tendo como objetivo manter uma correta correlação com o esforço de compactação no

campo, posteriormente, o DNER criou o ensaio modificado de Proctor (DNER, 1996).

Assim, o método de dimensionamento de pavimentos flexíveis, atualmente em vigor no

Brasil, especifica os ensaios de compactação para os 3 níveis de energia (normal,

intermediária e modificada) nas normas do DNER (DNER-ME 129/94 e DNER –ME

162/94). Contudo, em alguns órgãos estaduais, novas energias têm sido utilizadas.

No estado do Ceará, desde o ano de 1991, conforme Souza Junior (2005), vem sendo

aplicada nas obras de construção rodoviária uma energia de compactação diferente das

35

energias estabelecidas pelas DNER, definida como energia intermodificada. Essa

energia é obtida através da aplicação de 39 golpes por camada, compactadas no cilindro

Califórnia. Essa prática é aplicada em camadas de base de pavimentos, em razão da

dificuldade de se conseguir materiais que satisfaçam as condições geotécnicas exigidas

pelo DNER, quando compactadas na energia intermediária, bem como pelo fator

econômico associado à execução das obras.

Em 1994, o DERT-CE regulamentou esta energia de compactação nas suas

especificações gerais para serviços e obras rodoviárias (DERT-ES-P03/94 e DERT-ES-

P04/94).

Corriqueiramente o DER-MG sempre adotou para a compactação do subleito, subbase e

base, as energias preconizadas pelo DNIT. Em 2006, no Programa de Pro Acesso do

Estado de Minas Gerais, o DER-MG lançou a recomendação técnica RT- 01.46 que

recomenda estudos alternativos de energias de compactação para solos de subleito, sub-

base e base de pavimentos rodoviários.

Objetiva assim adquirir um suporte maior de CBR para suprir as deficiências de

capacidade dos solos.

Neste trabalho, são apresentados estudos alternativos de energias para solos de subleito

em três trechos, sendo que um destes trechos pertence ao Programa do Pro Acesso,

adotando-se a energia de compactação do Proctor Internormal (PIN).

A energia de compactação do Proctor Internormal (PIN) corresponde a 1,5 vezes a

energia do Proctor Normal (PN).

36

Essa energia é obtida através da aplicação de 18 golpes por camada, compactadas no

cilindro grande.

Mendes (1973) apresentou no primeiro simpósio sobre pesquisas rodoviárias,

promovido pelo IPR, trechos estudados que utilizaram a energia do PIN para alguns

solos mineiros. Constatou-se que, os trechos de pavimentação, executados com a

energia do PIN, apresentaram um dimensionamento econômico, sem nenhum problema

executivo. Cita, ainda, o exemplo do trecho de Lima Duarte, em Juiz de Fora, que

apresentou um dimensionamento de pavimento para a energia do Proctor Normal onde

obteve a espessura média de pavimento de 40 cm e para a energia do PIN, a espessura

média encontrada foi de 34 cm. Houve, portanto, a redução de 15% na espessura média

do pavimento.

Ressalta-se que os solos escolhidos para ensaios pertencem aos grupos de solos segundo

classificação TRB (A4, A5, A-2-4, A-7-5 e A-7-6).

37

CAPITULO 5

DIMENSIONAMENTO DE PAVIMENTOS FLEXIVEIS

5.1- INTRODUÇÃO

É atribuída ao povo romano, há cerca de mais de 2000 anos, a arte maior de

planejamento e da construção viária. Chevallier (1976), citado por Bernucci et al

(2006), aponta que não havia uma construção padrão para as estradas romanas, embora

características comuns sejam encontradas. Semelhante aos dias de hoje, as vias eram

compostas por uma fundação e uma camada de superfície, que variavam de acordo com

os materiais disponíveis e a qualidade do terreno natural

A partir da queda do Império Romano, os franceses foram os primeiros a reconhecer o

efeito do transporte no comércio. Mascarenhas Neto (1790), citado por Bernucci et al

(2006), aponta que os ingleses, observando a forma como eram calçados os caminhos da

França, conseguiram construir vias mais cômodas, duráveis e velozes na Europa.

Segundo Bernucci et al (2006), esse autor apresenta um Tratado para Construção de

Estradas no qual se destaca a facilidade de encontrar em todas as províncias do reino

de Portugal, na superfície ou em minas, o saibro, o tufo, terras cálcareas e arenosas,

podendo ser construídas em Portugal estradas com menos despesas do que na Inglaterra

e na França.

O alemão Alexander Von Humboldt, combinação de cientista e viajante, que durante os

anos de 1799 e 1804 realizou expedições científicas por várias partes da América do

Sul, qualifica as estradas dos incas como “os mais úteis e estupendos trabalhos

realizados pelo homem”.

O registro dos primeiros métodos de dimensionamento de pavimentos flexíveis deu-se

na década de trinta do século XX. Esses métodos caracterizam–se por estimar

empiricamente a espessura das camadas do pavimento em função de características do

38

subleito. A partir dos anos 50, outros métodos de dimensionamento, ainda empíricos,

incorporaram as solicitações acumuladas do tráfego (Barbosa, 1984).

A utilização de novos materiais na construção rodoviária, o tráfego mais intenso e o

aumento de cargas levaram ao surgimento de novos métodos de dimensionamento do

tipo racional, baseados na análise estrutural. Esses métodos utilizam modelos de

comportamento estrutural levando em conta a geometria, as características mecânicas

dos materiais constituintes das camadas e o tipo de carga aplicada à superfície

(Chembeze, 2006).

O método de dimensionamento mais conhecido dos USA é o da ASSHTO, que de

acordo com Medina e Motta (2005), teve sua primeira versão em 1962 e depois outras

em 1972 e 1986. Ainda de acordo com esse autor, em 1993, foi lançado o “AASHTO

GUIDE, que estabeleceu padrões válidos para todo os USA de projetos de pavimentos

flexíveis e rígidos, novos e reforçados, de rodovias principais e de baixo volume de

tráfego. Em 2002, foi lançado o AASHTO 2002, que é um método de dimensionamento

mecanístico ou teórico-experimental.

No Brasil, as estruturas de pavimentos flexíveis de rodovias têm sido dimensionadas

pelo método do DNER, com base no ensaio de CBR e nas curvas de dimensionamento

do Corpo de Engenheiros Militares dos USA.

5.2 – CONCEITO DE PAVIMENTO

De acordo com Benucci et al, 2006, o pavimento é uma estrutura de múltiplas camadas

de espessuras finitas, construída sobre a superfície final de terraplenagem. Dependendo

do tráfego e dos materiais disponíveis, pode-se ter ausência de algumas camadas. As

camadas da estrutura repousam sobre o subleito, ou seja, a plataforma da estrada

terminada após a conclusão dos cortes e aterros.

39

A NBR 7207/82 da ABNT define pavimento como uma estrutura construída após

terraplenagem e destinada, econômica e simultaneamente, em seu conjunto a:

a) resistir e distribuir ao subleito os esforços verticais produzidos pelo tráfego;

b) melhorar as condições de rolamento quanto à comodidade e segurança;

resistir aos esforços horizontais que nela atuam, tornando mais durável a

superfície de rolamento.

5.3 – ESTRUTURA DO PAVIMENTO

Como dito anteriormente, as estruturas de pavimentos são sistemas de camadas assentes

sobre uma fundação chamada subleito. O comportamento estrutural está relacionado à

espessura de cada uma das camadas, à rigidez destas e do subleito, bem como à

interação entre as diferentes camadas do pavimento.

De acordo com o Manual Técnico do DNIT (2006), os pavimentos são classificados em

flexíveis, semi-rígidos e rígidos. Pavimento rígido é aquele em que o revestimento tem

uma elevada rigidez em relação às camadas inferiores e, portanto, absorve praticamente

todas as tensões provenientes do carregamento aplicado.

Caracteriza-se como pavimento semi-rígido o pavimento composto por uma base

cimentada por algum aglutinante com propriedades cimentícias, como por exemplo, por

uma camada de solo cimento revestida por uma camada asfáltica.

Os pavimentos flexíveis, em geral, associados aos pavimentos asfálticos, são aqueles

em que todas as camadas sofrem deformação elástica significativa sob o carregamento

aplicado e, portanto, absorvem praticamente todas as tensões provenientes do

carregamento aplicado. São compostos por camada superficial asfáltica, apoiada sobre

camadas de base, de sub-base e de reforço do subleito, constituídas por materiais

granulares, solos ou misturas de solos sem adição de agentes cimentantes (Figura 5.1).

40

Figura 5.1 - Sessão Transversal do pavimento flexível

Fonte: Castro, 2009

5.3.1 – Nomenclatura da Seção Transversal

De acordo com a NBR 7207/82 tem-se:

a) Subleito –“è o terreno de fundação do pavimento ou do revestimento”.

b) Sub-Base – “é a camada corretiva do subleito, ou complementar à base,

quando por qualquer circunstância não seja aconselhável construir o pavimento

diretamente sobre o leito, obtido pela terraplenagem”.

c) Base – “é uma camada destinada a resistir e distribuir os esforços verticais

oriundos dos veículos sobre a qual se constrói um revestimento”.

d) Revestimento – “é a camada, tanto quanto possível impermeável, que recebe

diretamente a ação do rolamento dos veículos, que se destina, econômica e

simultaneamente, a melhorar as condições do rolamento quanto à comodidade e

segurança e a resistir aos esforços horizontais que nele atuam, tornando mais

durável a superfície de rolamento”.

41

Admite-se, ainda, uma camada de reforço de subleito, entre esse e a sub-base, para

melhorar o solo da fundação do pavimento (Medina e Motta, 2005).

5.4 – MÉTODO DE DIMENSIONAMENTO DNER.

O método de dimensionamento de pavimento flexíveis do DNER foi elaborado pelo

Engenheiro Murillo Lopes de Souza, no início da década de 1960. Esse método é regido

pelos seguintes princípios:

a) Método empírico baseado em critério de resistência/ruptura por cisalhamento.

b) Solos/Materiais: ISC/CBR.

c) Tráfego (USACE).

d) Coeficientes de equivalência estrutural.

5.4.1 – Cálculo do CBR/ISC

O ensaio de CBR foi desenvolvido por O.J.Porter em 1929, para avaliar a capacidade de

suporte relativa dos subleitos, comparada à da brita (Medina e Motta, 2005). A

resistência no ensaio CBR é uma resposta que combina indiretamente a coesão com o

ângulo de atrito do material. O CBR é expresso em porcentagem, sendo definido como

a relação entre a pressão necessária para produzir uma penetração de um pistão num

corpo de prova de solo ou material granular e a pressão necessária para produzir a

mesma penetração no material referencial (Bernucci et al, 2006).

O ensaio CBR é regido no Brasil pela norma DNER-ME 049/94 e, conforme Bernucci

et al (2006), consiste nas seguintes etapas:

42

a) moldagem do corpo de prova, solo ou material passado na peneira ¾”,

compactado na massa específica e umidade de projeto, em um molde cilíndrico

de 150mm de diâmetro e 125mm de altura, provido de um anel complementar de

extensão com 50mm de altura;

b) imersão do corpo de prova: imerge-se o cilindro com a amostra compactada

dentro de um depósito cheio d’água, durante quatro dias. Durante todo o período

de imersão é empregada uma sobrecarga de 1lbs sobre o corpo de prova, que

corresponde a 2,5 polegadas de espessura de pavimento sobre o material. Fazem-

se as leituras por meio de um extensômetro, a cada 24 horas, calculando-se a

expansão axial do material em relação à altura inicial do corpo de prova;

c) penetração do corpo de prova: faz-se a penetração de um pistão de 49,6mm²,

na amostra compactada de solo à razão de 1,25mm/min até 12,7mm. Anotam-se

as pressões do pistão e os deslocamentos correspondentes, de forma a

possibilitar a plotagem de uma curva de pressão-penetração (Figura 5.2) na qual

se definem os valores de pressão correspondente a 2,54mm (P0,1”) e

5,08mm(P0,2”).

Figura 5.2 - Curvas de ensaio de penetração p/ determinação do CBR – amostras compactadas e embebidas. Fonte: ASCE, 1950 citado por Medina e Motta, 2006.

43

O CBR é calculado para as penetrações de 2,54mm e 5,08mm seguindo as Expressões

5.1 e 5.2:

(Expressão 5.1) CBR0,1” = P0,1” x 100 70

(Expressão 5.2) CBR021” = P0,2” x 100 105 Sendo que:

P0,1” = pressão correspondente a penetração de 2,54mm em Kgf/cm2

P0,2” = pressão correspondente a penetração de 5,08mm em Kgf/cm2

O CBR é o maior dos dois valores calculados.

5.4.2 – Parâmetros do Subleito

Para a avaliação das propriedades dos solos que comporão o subleito do pavimento a ser

projetado, o presente método adota o Índice de Suporte.

5.4.2.1 - Cálculo do ISmin

O ISCBR (Índice de Suporte derivado do CBR) corresponde numericamente ao valor do

CBR. Para fins de dimensionamento de um determinado trecho de características

44

homogêneas, o valor do IS a ser utilizado é o ISmin, obtido pelo tratamento estatístico,

mostrado pelas expressões 5.3;5.4;5.5 e5.6.

(Expressão 5.3) Xmed = ∑Xi Xmed - IS (CBR) médio da amostra

n n - número de determinações

(Expressão 5.4) s = ∑(Xi-Xmed)2 1/2 s – desvio padrão

(n-1) Xi - valores individuais de CBR

(Expressão 5.5) ISmin = Xmed – Ks K – coeficiente de risco (Expressão 5.6) K = ( ( 1,29/n1/2 ) + 0,68 ) 5.4.3 – Classificação dos Materiais Empregados no Pavimento (DNIT, 2006)

Os materiais do subleito devem apresentar uma expansão menor ou igual a 2% e um

CBR ≥ 2%. Para o reforço do subleito, serão aceitos os materiais que apresentem CBR

maior que o do subleito e expansão ≤ 1% (medida com sobrecarga de 10lb). Materiais

para a sub-base devem apresentar CBR ≥ 20%, IG=0 e expansão ≤ 1% (medida com

sobrecarga de 10lb). Para camada de base, serão aceitos materiais com CBR ≥ 80% e

expansão ≤ 0,5% (medida com sobrecarga de 10lb), Limite de Liquidez ≤ 25% e índice

de plasticidade ≤ 6%.

5.4.4 – Tráfego (DNIT, 2006)

45

O pavimento é dimensionado em função do número equivalente (N) de operações de um

eixo tomado como padrão durante o período de projeto escolhido. O N é sempre escrito

em potência de 10. No seu cálculo, são considerados o volume do tráfego, as cargas, os

eixos e o clima. O número N pode ser calculado pela Expressão 5.7.

(Expressão 5.7) N= Vt x Fv x Fr

Sendo:

Vt = volume total de veículos num determinado sentido para determinado período “P”;

Fv = é o fator de veículo: número que converte todos os tipos de veículos em eixos

padrões;

Fr = é um fator climático regional relacionado ao regime de chuvas de determinado local

5.4.5 – Coeficientes de Equivalência Estrutural

Para o dimensionamento do pavimento, ou seja, a definição das espessuras e dos

materiais de cada uma das camadas, esse método adota os coeficientes de equivalência

estrutural (Tabela 5.1), definidos pela pesquisa da AASHTO Road Test.

Tal como proposto, a hierarquia dos materiais que vão compor tais camadas é

determinado adotando-se um material padrão – base granular – e comparando-se os

outros materiais com esse padrão em termos de comportamento estrutural. Assim,

chama-se coeficiente de equivalência estrutural, um número que relaciona a espessura

necessária da camada a ser construída com a espessura equivalente de uma camada com

o mesmo comportamento estrutural e construída com o material padrão (Expressão 5.8)

(Castro, 2009).

46

Tabela 5.1 – Coeficiente de Equivalência Estrutural

Componentes do Pavimento Coeficiente K

Base ou revestimento de concreto betuminoso

Base ou revestimento pré-misturado a quente, de graduação densa

Base ou revestimento pré-misturado a frio, de graduação densa

Base ou revestimento betuminoso por penetração

2,00

1,70

1,40

1,20

Camadas Granulares 1,00

Solo cimento com resistência a compressão a 7 dias, superior a 45kg/cm

Idem, com resistência à compressão a 7 dias , entre 45kg/cm e 28 kg/cm

Idem, com resistência à compressão a 7 dias , entre 28kg/cm e 21 kg/cm

1,70

1,40

1,20

Fonte: DNIT, 2006

(Expressão 5.8) hp = Ki x hi

Sendo:

hp = a espessura equivalente a hi, de material padrão;

Ki = coeficiente de equivalência estrutural do material i;

hi = espessura do material que vai compor a camada.

Adotados os parâmetros de dimensionamento, descritos acima, o processo do

dimensionamento consiste na determinação das espessuras da base, sub-base, e reforço.

Isso é feito conjuntamente pela obtenção das espessuras no ábaco (Figura 5.3) e através

das expressões 5.9; 5.10 e 5.11.

(Expressão 5.9) RKR + BKB ≥ H20

47

(Expressão 5.10) RKR + BKB + h20 KS ≥ Hn

(Expressão 5.11) RKR + BKB + h20 KS + hn KREF ≥ Hm

Sendo que:

Hm – Espessura total, necessária para

proteger um material com ISC = m;

Hn – Espessura da camada de

pavimento com ISC = n;

H20 – Espessura de pavimento sobre a

sub-base;

h20 – Espessura da sub-base;

B – Espessura da base;

R – Espessura do revestimento;

KR – Coeficiente do revestimento;

KB – Coeficiente da Base;

KS – Coeficiente da subbase;

KREF – Coeficiente do reforço.

A fixação da espessura mínima a ser adotada nos revestimentos betuminosos é um dos

pontos ainda em aberto na engenharia rodoviária, quer se trate de proteger a camada de

base dos esforços impostos pelo tráfego, quer se trate de evitar a ruptura do próprio

revestimento por esforços repetidos de tração na flexão (DNIT, 2006). As espessuras da

Tabela 5.2 visam especialmente as bases de comportamento puramente granular.

Tabela 5.2 – Espessura Mínima de Revestimento Betuminoso

N Espessura Mínima de Revestimento Betuminoso

N <= 106 Tratamentos Superficiais

106 < N < 5 x 106 Revestimentos betuminosos com 5,0 cm de espessura

5 x 106 < N < 107 Revestimentos betuminosos com 7,5 cm de espessura

107 < N < 5 x 107 Revestimentos betuminosos com 10,0 cm de espessura

N > 107 Revestimentos betuminosos com 12,5 cm de espessura

Fonte: DNIT, 2006

48

Figura 5.3 – Ábaco de Dimensionamento – Método DNIT Fonte: Manual do DNIT, 1996

49

CAPÍTULO 6

MATERIAIS E MÉTODOS

6.1 – INTRODUÇÃO

Este capítulo aborda os materiais e a metodologia utilizados para seleção e realização

dos ensaios físicos e mecânicos, sobre as amostras coletadas dos trechos específicos

deste estudo, selecionados para caracterizar e estudar o comportamento de alguns tipos

de solos em função das energias de compactação Normal, Internormal (RT 01.46, DER-

MG, 2007) e Intermediária.

Tendo em vista a grande extensão e a variabilidade de tipos de solos existentes, torna-se

inviável, em uma pesquisa de mestrado, em razão de tempo e custo, um estudo

completo do estado de Minas Gerais. Sendo assim, o estudo foi realizado para alguns

tipos de solos em algumas regiões do estado.

A escolha dos trechos específicos deste estudo (Tabela 6.1) foi realizada levando-se em

conta a probabilidade de serem encontrados solos com características diferentes.

Características essas que, de certa forma, interferem nos resultados dos ensaios de

energia de compactação.

Tabela 6.1 – Localização dos Trechos Estudados

Rodovia Trecho

Trecho 1 Ligação Limeira do Oeste- Rio São Domingos

Trecho 2 MG-190 Entrº BR 262 – Almeida Campos – Entrº LMG-798

Trecho 3 Municipal Milho Verde - Serro

50

Todos os ensaios, objetos deste estudo, foram realizados no laboratório de solos da

Empresa Engemaster Engenharia e Projetos Ltda, localizada à Rua Itajubá, número

1709, Belo Horizonte, Minas Gerais, Brasil.

6.2 – CARACTERIZAÇÃO DAS ÁREAS DE INSERÇÃO DOS TRECHOS

ENSAIADOS

6.2.1 – Introdução

Para um bom estudo dos solos, é indispensável um conhecimento mínimo sobre as

características e distribuição pedológica da região em que a área de estudo se insere,

bem como dos fatores que influenciam nos processos de formação desses solos, tais

como clima, relevo, material de origem e tempo.

Diante do exposto, torna-se de fundamental importância, na elaboração deste estudo,

caracterizar as áreas de inserção dos trechos aqui estudados.

A caracterização geral dos trechos, aqui apresentada foi elaborada com base em dados e

mapas obtidos de órgãos federais, estaduais e municipais, tais como IBGE, IGAM,

ANA, CETEC, SEIA-BA entre outros.

6.2.2 – Trecho 1 – Limeira do Oeste – Rio São Domingos

O trecho 1 localiza-se na mesorregião do Triângulo Mineiro/Alto do Paranaíba,

microrregião de Frutal, no estado de Minas Gerais, Brasil e está compreendido entre as

coordenadas UTM 7838592 N e 536400 L no início do trecho, e 7857177 N e 536786 L

no final do trecho, com aproximadamente 36,3 km de extensão (Figura 6.1)

O balanço hídrico e o clima da mesorregião do Triângulo Mineiro são representativos

das condições hidroclimáticas da vasta superfície situada na Bacia do Rio Paranaíba.

Conforme informações obtidas no site do (IGAM,2009), o clima da região é

51

caracterizado como tropical mesotérmico brando úmido com um ou dois meses secos. A

temperatura média anual oscila entre 20,2ºC e 24,7ºC.

A altura média de precipitação no mês mais seco não ultrapassa 10,5mm (junho) e a

temperatura média do mês mais quente se mantém na ordem de 23,9ºC. A precipitação

total média anual é de 1495,9mm, sendo os meses de maior pluviosidade de novembro a

janeiro e os de menor pluviosidade de maio a agosto, com média anual de 119,5 dias de

chuva.

Figura 6.1 – Mapa de Localização do trecho 1. (DER-MG,2006)

52

No conceito de vegetação nativa, a região está incluída no domínio de atuação do

Cerrado (Figura 6.2), com uma formação vegetal constituída das gradações de mata de

galeria, mata ciliar, mata seca e cerradão.

A vegetação atual, em sua maioria, cedeu espaço a ação antrópica visando

principalmente à cultura da cana-de-açucar (Figura 6.3). As áreas remanescentes da

Biota original estão representadas em algumas manchas de campo de cerrado.

Figura 6.2 – Mapa de Vegetação Nativa Fonte: CETEC/ MG, 1983

.

53

Figura 6.3 – Plantação de Cana de Açúcar

A região em questão pertence à bacia hidrográfica Paraná (Figura 6.4), drenada pelo rio

Paranaíba, um dos formadores do rio Paraná, que corre no extremo sudeste da área do

projeto, com direção geral ENE – SSE.

Figura 6.4 – Mapa de Bacia Hidrográfica. Fonte: CETEC/ MG, 1983

54

O trecho é transposto pelos seguintes cursos d’água: Ribeirão da Reserva, Córrego

Bebedouro, Córrego da Divisa; Córrego Formoso; Córrego da Barroca e Córrego Lagoa

Rica, Córrego do Amarrado e Rio São Domingos (Figura 6.5).

Figura 6.5 – Rio São Domingos

Geomorfologicamente o trecho está inserido na unidade Planalto da Bacia Sedimentar

do Paraná. De acordo com Nyshiyama (1989), essa unidade morfológica é representada

por litogias da idade Mesozóica.

Uma dessas litogias corresponde às Rochas do Grupo Bauru, compreendida entre os

vales do Rio Paranaíba e Rio Grande. Seus litossomas são representados por arenitos

cineríticos, conglomerados, ás vezes calcíferos, lentes de calcáreos, silitos e argilitos

(CETEC, 1983).

Na região ocorrem predominantemente os seguintes tipos de solos:

a) Latossolo Vermelho Escuro Álico A moderado, textura média, fase cerrado, relevo

plano e suave ondulado;

b) Latossolo Roxo Distrófico A moderado, textura argilosa, fase cerrado, relevo plano e

suave ondulado (CETEC, 1983) (Figura 6.6)

55

Figura 6.6 – Mapa de solos do trecho 1. Fonte: CETEC/ MG, 1983

6.2.3 – Trecho 2 – Entroncamento BR/262 – Almeida Campos – LMG/798

O trecho localiza-se na Mesorregião do Triângulo Mineiro/Alto do Paranaíba,

microrregião de Uberaba, no estado de Minas Gerais, Brasil, e está compreendido entre

as coordenadas UTM E = 236.757,948 e N = 7.826.259,000 no início do trecho, e E

=216.709,400 e N = 7.849.063,000. no final do trecho, com extensão total aproximada

de 34,0 km , (Figura 6.7).

Assim como no trecho 1, o balanço hídrico e o clima do trecho 2 são representativos das

condições hidroclimáticas da vasta superfície, situada na Bacia do Rio Paranaíba.

56

O Clima na região é considerado semi-úmido, com um período seco entre quatro e

cinco meses por ano, situando-se a disponibilidade hídrica acima de 20 litros por

quilômetro quadrado (ANA, 2009).

Figura 6.7 – Mapa de Localização do trecho 2. (DER-MG,2006)

O trecho se desenvolve tendo a sua direita os afluentes do rio Araguari, que por sua vez

é afluente do rio Paranaíba. A bacia hidrográfica do rio Araguari abrange um total de 13

municípios e apresenta uma área de drenagem de 21.566 km2 (IGAM, 2009) (Figura

6.8).

57

Figura 6.8 – Mapa de Bacia Hidrográfica Fonte: CETEC/ MG, 1983 .

A vegetação natural, o cerrado, foi substituída por pastagens e plantações, sendo

marcante a atuação antrópica, constituída por plantações de cana-de-açúcar (Figura 6.9).

Figura 6.9 – Ocorrências de plantações de cana-de-açúcar

58

Geomorfologicamente o trecho está inserido na unidade Planalto da Bacia Sedimentar

do Paraná, cujas características foram apresentadas para o trecho anterior.

Na região de estudo são encontrados solos do tipo:

a) Latossolo Vermelho Amarelo Álico A moderado, textura argilosa, fase cerrado relevo

ondulado plano e suave ondulado;

b) Latossolo Vermelho Escuro Álico A moderado, textura média, fase cerrado, relevo

plano e suave ondulado (CETEC, 1983) (Figura 6.10).

Figura 6.10 – Mapa de Solos do trecho 2. Fonte: CETEC/ MG, 1983

59

6.2.4 – Trecho 3 - Milho Verde – Serro

O trecho localiza-se na Mesorregião do Vale do Jequitinhonha, Unidade Alto do

Jequitinhonha, microrregião de Diamantina, no estado de Minas Gerais, Brasil (IBGE,

2009) (Figura 6.11) e está compreendido entre as coordenadas UTM E = 659.490,948 e

N = 7.958.282,076 no início do trecho, e E =668.513,406 e N = 7.944.031,194. no final

do trecho, com extensão total aproximada de 20,76 km.

Figura 6.11 – Mapa de Localização do trecho 2. (DER-MG,2006)

O clima da região está sob a influência do regime continental tropical, apresentando

índice pluviométrico anual, médio da ordem de 1060 mm. O clima é quente e úmido,

com maior concentração de chuvas nos meses de novembro a janeiro e totais mensais de

precipitação frequentemente nulos no período de junho a agosto (SEIA-BA, 2009).

60

O trecho em estudo apresenta sua maior extensão inserido na bacia hidrográfica do Rio

Jequitinhonha e uma pequena extensão pertencendo a bacia do Rio Doce (Figura 6.12).

Figura 6.12 – Mapa de Bacia Hidrográfica. Fonte: CETEC/ MG, 1983

Além dos Jequitinhonha (Figura 6.13) e Rio do Peixe (Figura 6.14), os outros cursos

d’água que interceptam o trecho são: o Córrego Carijós, o Córrego da Pedreira, o

Córrego João Jackson, Córrego José André e Córrego Fundo.

61

Figura 6.13 – Travessia sobre o Rio Jequitinhonha Figura 6.14 – Travessia sobre o rio do Peixe

O Alto do Jequitinhonha é formado por zonas de extensas chapadas e suas vertentes

possuem cobertura predominantemente constituída pelo cerrado e campo cerrado, além

de campo rupestre de altitude (Figura 6.15). A atuação antrópica fica caracterizada pela

agricultura familiar.

Figura 6.15 – Campo Rupestre. Fonte: CETEC/ MG, 1983

62

A unidade geomorfológica da região corresponde à Associação Charnockitica. Dentro

do conjunto destaca-se uma sequência quartzosa, responsável pela morfologia da Serra

do Espinhaço (CETEC, 1983). Estruturalmente o conjunto acha-se dobrado e falhado.

As áreas aplainadas alternam-se com picos e cristas elaborados em quartzitos e com

grandes escarpamentos orientados por fraturas (CETEC, 1983).

O intemperismo produz na região um solo argiloso avermelhado sobre as rochas

vulcânicas e filíticas e um solo arenoso nas rochas quartzosas. No trecho em questão

podem ser encontrados solos do tipo Latossolos Vermelho Escuro Distrófico textura

argilosa, fase floresta subperenifólia e Cambissolo Álico, textura argilosa cascalhenta,

fase cerrado, ambos A moderado, relevo forte ondulado (CETEC, 1983) (Figura 6.16).

Figura 6.16 – Mapa de Solos do trecho 3. Fonte: CETEC/ MG, 1983

63

6.3 – COLETA, ENSAIOS DE CARACTERIZAÇÃO E CLASSIFICAÇÃO DOS

SOLOS (TRB)

6.3.1 – Coleta de Amostras

As amostras dos trechos foram coletadas de forma a representar uma extensão média de

2,0km. O plano de sondagem do subleito foi elaborado de acordo com a Recomendação

Técnica RT 01.46 do (DER-MG,2009), baseado no greide a ser implantado em cada

rodovia.

As coletas das amostras dos trechos 1, 2 e 3 foram realizadas baseadas no greide do

projeto geométrico, verificando os intervalos de corte e aterro de forma a atender o

traçado dos perfis longitudinal e transversal dos solos.

Em particular para o trecho 3, além da norma acima especificada, foram coletadas

amostras em seguimentos de trechos rodoviários que apresentassem expeditamente

solos com características siltosas e expansivas e segmentos com solos areno-argilosos

(Figura 6.17). Foi coletado um total de 35 amostras para os três trechos.

Figura 6.17 – Solos areno-argiloso, trecho 3

As amostras foram coletadas com utilização de trado manual elicoidal de 2”, pás e

picaretas (Figura 6.18) devidamente etiquetadas, ensacadas em sacos plásticos e

encaminhadas ao laboratório para fins de preparação e início dos ensaios.

64

Figura 6.18 – Coleta de amostras

Constavam nas etiquetas de cada amostra a seguinte identificação:

a - rodovia d - posição g - classificação expedita

b - trecho e - estaca h - natureza da obra

c - número do furo f - profundidade i - origem: subleito

Cada amostra continha aproximadamente um peso total de 60 kg.

A coleta de amostras foi executada conforme plano de sondagem apresentados nas

Tabelas 6.2; 6.3 e 6.4

Tabela 6.2 – Localização, Posição e Profundidade das Amostras Coletadas – Trecho 1

.TRECHO 1

Furo Estaca Posição Profundidade (m)

31 298 Eixo 1,032 308 Eixo 1,033 318 Eixo 1,034 328 Eixo 1,8035 338 Eixo 1,8036 348 LE 1,8037 358 LE 1,8038 368 Eixo 1,8039 378 Eixo 1,040 388 Eixo 1,0

65

Tabela 6.3 – Localização, Posição e Profundidade das Amostras Coletadas – Trecho 2

TRECHO 2

Furo Estaca Posição Profundidade (m)

24 310 LD 2,424ª 322 Eixo 1,525 345 Eixo 1,026 355 Eixo 1,027 405 Eixo 1,028 415 Eixo 1,0

Tabela 6.4 – Localização, Posição e Profundidade das Amostras Coletadas – Trecho 3

TRECHO 3

Furo Estaca Posição Profundidade (m)

* 46 260 LD 2,30* 156 844 LE 3,50* 159 861 LD 1,50*165 891 LD 3,80* 182 978 LE 5,20* 183 983 LE 3,90* 185 995 LE 1,50* 186 1000 LD 2,60* 187 1005 LE 4,50* 192 1031 LE 1,5030 165 LD 1,6064 357 LD 2,4088 485 LD 2,10144 777 LE 5,80157 851 LD 1,50159 861 LD 1,50163 881 LD 1,50164 888 LD 2,90193 1036 LE 2,50

*Solos siltosos

Durante a coleta foi também elaborado um boletim único de sondagem que continha os

dados apresentados nas etiquetas.

66

Figura 6.19 – Solos areno-argiloso, trecho 1

6.3.2 – Ensaios de Caracterização

As amostras foram preparadas conforme método DNER-ME 041/94 – Preparação de

Amostra para Ensaios de Caracterização (Figuras 6.19 e 6.20).

Para cada amostra foram executados os ensaios de caracterização granulometria

(peneiramento e sedimentação, Figura 6.21) e limites de Atterberg (limites de liquidez e

plasticidade, Figura 6.22).

Os ensaios de caracterização foram executados de acordo com os seguintes métodos:

a) DNER ME 080/94 – análise granulométrica por peneiramento

b) DNER ME 051/94 – análise granulométrica

c) DNER ME 122/94 – determinação de limite de liquidez

d) DNER ME 082/94 – determinação de limite de plasticidade

Figura 6.20 – Solos preparados. Ensaio de caracterização, trecho 1

Figura 6.21 – Ensaio de granulometria

Figura 6.22 – Ensaio de Limites Físicos

67

6.3.3 – Classificação dos Solos TRB

Para classificação de um solo no sistema TRB é necessário, além dos ensaios de

caracterização, a definição do Índice de Grupo. Essa definição é baseada nos limites de

liquidez, índice de plasticidade dos solos ensaiados e a porcentagem que passa na

peneira nº 200 (0,075mm).

De posse dos resultados dos ensaios de caracterização e dos valores dos índices de

grupo, efetuou-se a classificação dos solos segundo a TRB, conforme demonstrado no

capítulo 2, item 2.5.3.2, Tabela 2.2.

6.4 – ENSAIOS DE COMPACTAÇÃO, CBR E EXPANSÃO

Os ensaios de compactação, CBR e expansão (Figura 6.23), foram executados em três

energias diferentes de compactação conforme Tabela 6.5. O método de ensaio foi

preconizado pelo DNER ME 129/94.

Tabela 6.5 – Energias de Compactação Energia Nº de Golpes

PN 13

PIN 18

PI 26

Para os demais ensaios utilizou-se, também, as normas/métodos de ensaios do DNIT

listados a seguir.

a) DNER ME 093/94 – determinação da densidade real

b) DNER ME 049/94 – determinação de Índice de Suporte Califórnia utilizando

amostras não trabalhadas.

68

Figura 6.23 – Corpos de Prova submersos em tanque de saturação

6.5 – CALIBRAÇÃO DOS EQUIPAMENTOS

Todos os equipamentos utilizados foram submetidos à calibração e estão relacionados

no Anexo II, contendo o número do certificado de calibração.

6.6 – MÉTODO DE DIMENSIONAMENTO DE PAVIMENTO FLEXÍVEL

Após realizados os ensaios para as três energias (PN, PIN, PI) no solo do subleito,

dimensionou-se o pavimento utilizando-se o Método do DNIT/DNER do Engº Murilo

Lopes de Souza (método de dimensionamento para pavimentos flexíveis).

6.7 – CONSIDERAÇÕES AMBIENTAIS PARA MATERIAIS DE PAVIMENTAÇÃO

Para utilização nas camadas de base e sub-base dos pavimentos rodoviários e,

especialmente para empréstimos destinados à substituição de material de subleito, há a

necessidade de serem executados os estudos de jazidas que visam identificar,

determinar as características e selecionar os materiais a serem utilizados.

Essas ocorrências de solos naturais com características que atendam aos projetos

rodoviários estão cada vez mais escassas.

Quando identificadas, estão localizados geralmente a grandes distâncias do eixo estradal

a ser implantado, exigindo grandes distâncias de transporte.

69

Na fase de projeto depois de identificada a ocorrência, há as prospecções. Toda a área

de jazida é delimitada e procede-se a execução de furos de sondagem ditos

representativos da área. A profundidade geralmente é aquela em que ocorre material

granular explorável ou com volume suficiente requerido pelo projeto rodoviário.

As fases de exploração de uma jazida obedecem genericamente o seguinte

procedimento:

a) Licença ambiental

b) Elaboração de Plano de recuperação de Área degradada (PRAD)

c) Elaboração de Projeto técnico de Recuperação Ambiental (PTRF)

d) Negociação com o proprietário

e) A exploração da jazida (escavação, carga e transporte)

f) Recuperação da área explorada

Essas etapas de exploração geram grandes custos rodoviários. Os custos médios de

recuperação ambiental de uma jazida é de cerca de R$ 10,00 (dez reais) por m2

explorado (DER-MG, 2009).

Uma das possíveis providências seria o estudo de alternativa de energia de

compactação que geraria uma economia fundamental nas vias a serem implantadas,

evitando ou minimizando a utilização desses materiais no pavimento.

É importante avaliar a viabilidade econômica e ambiental de exploração de jazidas, pois

um dos principais e mais significativos potenciais de impacto ambiental em obras desta

natureza referem-se aos aspectos relacionados aos riscos geológico e biológico.

Os principais efeitos sobre tais componentes estão relacionados à exploração de jazidas

de cascalho para obtenção de materiais de construção da rodovia que pode acarretar os

seguintes impactos:

70

Risco Geológico:

a) alteração das características físicas e químicas do solo;

b) empobrecimento do solo pela retirada de material orgânico;

c) contaminação do solo por substâncias tóxicas como óleo, graxas e combustíveis;

d) exposição do solo a precipitações diretas, ocasionando aumento do escoamento

superficial;

e) assoreamento e carreamento de solo para cursos d’água. As áreas exploradas

apresentam potencialidade de impacto sobre as áreas de jusante. Tais impactos

relacionam-se à alteração topográfica, à instalação de processos erosivos e ao

carreamento de sólidos, resultando em aspecto visual desagradável, áreas de

instabilidade geotécnica e assoreamento das redes de drenagens. Caso não sejam

tomadas medidas eficientes de drenagem e contenção de materiais particulados

advindos das obras poderá haver abertura de processos erosivos e conseqüentemente

carreamento de partículas para os cursos d’água e demais áreas a jusante.

Risco Biológico:

a) perda da cobertura vegetal em decorrência da exploração. A vegetação exerce função

de proteção do solo, atuando como indicadora das suas condições e proporcionando

também suporte para o estabelecimento da fauna;

b) intervenções em áreas se preservação permanente, áreas prioritárias de proteção;

c) extração de madeiras nativas para retirada do material;

d) redução de habitat e fonte de alimentos para a fauna;

e) impacto visual da área diretamente afetada, provocando alterações estéticas na

paisagem e empobrecimento cênico;

f) diminuição da dispersão de sementes;

g) a fauna silvestre sofre impactos diretos da fragmentação florestal, pois qualquer

alteração na vegetação repercute na oferta de abrigo, alimento e refúgio para os animais.

A capacidade suporte de um ecossistema é diretamente afetada pelo seu grau de

perturbação, originando – com sua degradação ou fragmentação – uma concentração

71

excessiva de indivíduos em determinados locais, aumentando a competição entre eles e

resultando daí a morte dos menos habilitados;

h) interferências na dinâmica e distribuição da fauna associada e transitória aos

remanescentes florestais locais;

i) destruição e redução de alguns habitats e nichos com conseqüente afungentação da

fauna implantada. A movimentação de máquinas, veículos e o ruído inerente ao

funcionamento das mesmas afugentarão a fauna ocorrente nas proximidades da obra;

j) nos trabalhos que resultam em revolvimento de solos é freqüente o aparecimento de

uma série de animais menores, dentre aqueles visíveis, são freqüentes os artrópodes

(aranhas, besouros), anfíbios (sapos, pererecas) e répteis (cobras, lagartos), que perdem

seus nichos;

l) impacto na biodiversidade de espécies endêmicas, raras e ameaçadas de extinção.

Figura. 6.24 – Exploração de jazida de material granular

A figura 6.24 mostra a exploração de uma jazida de material granular, a poucos metros

do rio, observa-se a retirada da vegetação natural da área, com grande probabilidade de

carreamento de material para o curso d’água a juzante do local explorado, causando

assoreamento e outras conseqüências danosas ao meio ambiente.

72

6.8 – CONSULTAS/PESQUISAS

6.8.1 – Consultas nos DER’s do Brasil

Foi realizada uma consulta em alguns DER’s dos Estados Brasileiros, via telefone,

entrevistando os diretores de projetos e/ou coordenadores de projetos de cada órgão,

Essa consulta, cujos resultados são apresentados no capítulo 7, foi realizada nos

seguintes órgãos:

a) ABDER – Associação Brasileira dos DER’s

b) DER do Estado do Paraná

c) DERBA do Estado da Bahia

d) AGETOP do Estado de Goiás

e) DER de São Paulo

f) DERTINS do Estado de Tocantins

g) DER da Paraíba

h) DERT do Ceará

No decorrer da consulta, os entrevistados foram perguntados sobre a adoção e ou

existência de algum estudo sobre a adoção de energia alternativa de compactação nos

solos do subleito e em solos granulares para utilização em camadas de base e sub-base.

Também foi levantada a quilometragem estimada de estradas a implantar em cada

estado, objetivando demonstrar a necessidade de novos estudos que viessem a contribuir

para a economia na construção destas estradas.

O modelo de mensagem encaminhada foi:

Prezados Senhores,

Estou desenvolvendo uma dissertação de mestrado sobre a energia de compactação em

solos para subsidiar projetos de pavimentação.

73

Gostaria de saber se a DERBA possui normas sobre este assunto e se está empregando

estes estudos alternativos de energia em algum projeto rodoviário.

Os estudos prevêem a utilização das energias de 1,5 vezes o proctor normal e 1,5 vezes

o proctor intermediário para serem utilizados nos solos do subleito e nas camadas de

subbase e base do pavimento.

Caso o órgão possua norma de utilização destas energias, solicito favor de encaminhar

para que possam constar dos trabalhos que estão sendo desenvolvidos.

Caso o órgão adote as especificações do DNIT sem alteração das energias solicito

também esta confirmação.

Atenciosamente, obrigado.

Elizeu Zica

Mestrando UFOP

6.8.2 – Pesquisas dos Solos de Subleito Estudados no DER-MG

De posse da classificação TRB dos solos dos três trechos estudados realizou-se, junto

aos arquivos do DER-MG, uma pesquisa objetivando adquirir resultados de ensaios

realizados em solos com a mesma classificação TRB dos trechos desta dissertação

(Tabela 6.6).

Concentrou-se também na identificação dos trechos próximos aos mesmos, para evitar

materiais de regiões distantes das estudadas. A finalidade era compará-los com

resultados dos ensaios obtidos neste estudo.

74

Tabela 6.6 – Trechos Pesquisados no DER Rodovia Trecho

Contorno

Ligação

MGC-154

MG-752

MG-010

Municipal

Municipal

Contorno de Pirajuba

Limeira do Oeste – MGT-497 (Carneirinho)

Itapagipe- Entroncamento BR 364(Campina Verde)

Materlândia – Rio Vermelho

Santo Antonio do Itambé – Serra Azul de Minas

Congonhas do Norte – Conceição do Mato Dentro

Frei Lagonegro- Entroncamento MG-117

O mapa rodoviário, Anexo III ilustra os trechos estudados e pesquisados.

Os dados obtidos com esta pesquisa foram compilados e estão apresentados no capítulo

7 – Resultados e Discussões - em forma de tabelas e gráficos.

75

CAPITULO 7

RESULTADOS E DISCUSSÕES

7.1 - INTRODUÇÃO

No presente capítulo é apresentado:

a) Os resultados dos ensaios executados;

b) O resultado das consultas/pesquisas;

c) Custo/benefício gerado quando da adoção do proctor internormal para

dimensionamento de pavimentos flexíveis.

A Tabela 7.1 discrimina os trechos onde foram coletadas as amostras e submetidas aos

ensaios citados no capítulo 6.

Tabela 7.1 – Localização dos Trechos Estudados

Rodovia Trecho Região 1 Ligação Limeira do Oeste – Rio São Domingos Triangulo Mineiro

2 MG-190 Entrº BR-262 - Almeida Campos – Entrº LMG-798 Alto Paranaíba

3 Municipal Milho Verde - Serro Jequitinhonha

Os solos pertencentes ao trecho 1, como será demonstrado, apresentaram bons

resultados em relação ao acréscimo de energia de compactação. No estudo com os

materiais do trecho 2, os resultados já não apresentaram grandes variações com o

acréscimo de energia.

Para o trecho 3, os ensaios objetivaram identificar uma região de solos de subleito com

características siltosas e expansivas e em outro segmento, neste mesmo trecho, solos

finos que possam vir a apresentar bons resultados com o acréscimo de energia. Os

quadros apresentados no Anexo I contém os ensaios executados nos três trechos.

76

7.2 – ENSAIOS DE CARACTERIZAÇÃO

7.2.1 – Análise granulométrica

Neste item são apresentadas as curvas granulométricas de todos os solos ensaiados,

trechos 1, 2 e 3.

Figura 7.1 – Curva granulométrica dos solos do trecho 1

Pela composição granulométrica da Figura 7.1, verifica-se que o solo contém um grande

percentual de areia fina. Através do ensaio de sedimentação, para determinação de

partículas com Ø < 0,074mm, o resultado demonstra um material com percentual maior

de argila em relação ao silte.

O ensaio granulométrico pós-compactação, apresentado no quadro resumo do Anexo I,

objetivou verificar a granulometria do solo, após o acréscimo de energia. Este ensaio

laboratorial demonstrou que praticamente não houve alterações na granulometria do

77

material ensaiado, subsidiando em possíveis questionamentos futuros sobre o excesso

de energia aplicada no solo.

Figura 7.2 – Curva granulométrica dos solos do trecho 2.

Verifica-se que os solos ensaiados do trecho 2, constantes da figura 7.2, são solos de

características finas, predominantemente argilosos, porém com o percentual de finos

maior que 90% (% passada na peneira 200), portanto, porcentagem bem maior que os

solos da figura 7.1 (solos arenosos).

As Figuras 7.3 e 7.4 caracterizam dois tipos de solos distintos, representativos do trecho

3.

Na Figura 7.3, observa-se um solo siltoso caracterizado pela existência de uma fração

maior de silte (40% do material ensaiado está compreendido entre os diâmetros de

0,074mm e 0,005mm) e uma fração menor de argila (18% do material ensaiado com

partículas menores que 0,005mm), identificado nos ensaios de sedimentação.

78

Figura 7.3 – Curva granulométrica dos solos do trecho 3 (solo siltoso)

Os resultados obtidos para o tipo de solo constante da Figura 7.4 correspondem a um

solo argilo arenoso, apresentando um percentual de aproximadamente 30% do material

ensaiado, retido no intervalo compreendido entre as peneiras de número #10 e #200 e,

aproximadamente, 60% do restante do material ensaiado passados na peneira #200.

Figura 7.4 – Curva granulométrica dos solos do trecho 3 (solo argilo arenoso).

79

Os percentuais apresentados nos ensaios de sedimentação e transcritos para a Figura 7.4

confirmam o grande teor de argila.

7.2.2 – Limites de Atterberg

Trecho 01 (Tabela 7.2): Os resultados dos Limites de Atterberg, obtidos para as

amostras de solo deste trecho, indicam que os solos possuem características arenosas,

uma vez que os valores de LL e IP apresentaram NL e NP, respectivamente,

confirmando os ensaios granulométricos. Tais características permitem a utilização

destes solos em camadas do pavimento ou do subleito. De acordo com Nogami (1995),

para a finalidade considerada, a maioria das normas tradicionais adotam um máximo de

25% para LL e 6% para IP.

Tabela 7.2 – Resultados de Ensaios de Limites de Atterberg

TRECHO 1

Estacas 298 308 318 328 338 348 358 367 378 388

LL NL NL NL NL NL NL NL NL NL NL

IP NP NP NP NP NP NP NP NP NP NP

Trecho 2 (Tabela 7.3): Os valores de LL e IP são extremamente altos, caracterizando

material fora de norma rodoviária para emprego em camadas de pavimento, conforme

Manual do DNIT (2006). De acordo com Craig (2007), a plasticidade dos solos se deve

à presença de um conteúdo significativo de partículas de argila (ou de material

orgânico). Craig (2007) afirma ainda que a água de adsorção, devida às forças de

superfície nas partículas de argila, pode contribuir para o comportamento plástico.

Tabela 7.3 – Resultado de Ensaios de Limites de Atterberg

TRECHO 2

Estacas 310 322 345 355 405 415

LL 55,0 48,9 52,2 51,7 54,8 53,7

IP 22,4 20,3 21,8 21,2 20,4 22,1

80

Trecho 3 : Assim, como nos ensaios de granulometria, os ensaios de caracterização

também evidenciaram valores variáveis para os dois tipos de solos analisados nesse

trecho. Os solos que apresentam resultados de limites de liquidez e que não apresentam

plasticidade são solos que possuem baixo percentual de argila, conforme resultados

apresentados na tabela 7.4.

Tabela 7.4 – Resultado dos Ensaios de Limites de Atterberg (solos siltosos).

TRECHO 3

Estacas 260 844 861 891 978 983 995 1000 1005 1031

LL NL 49,0 48,0 NL 38,9 38,3 NL 59,0 41,6 43,1

IP NP NP NP NP NP NP NP NP NP NP

A Tabela 7.5 apresenta solos com características semelhantes aos solos do trecho 2 no

que se refere aos resultados dos ensaios de Limites de Atterberg, ou seja, altos índices

de liquidez e plasticidade, podendo, portanto, serem caracterizados como solos com

grande conteúdo de argila.

Tabela 7.5 – Resultado de Ensaios de Limites de Atterberg (solos finos argilo arenosos).

TRECHO 3

Estacas 165 357 485 777 851 861 881 886 1036

LL 50,7 41,3 51,4 32,5 60,2 58,5 56,0 57,2 49,1

IP 21,9 14,4 21,0 15,0 22,4 24,5 25,8 26,3 20,2

Esses materiais normalmente são utilizados em corpo de aterro, camadas finais de

terraplenagem. Não são utilizados em camadas de base/sub-base de pavimento.

Esses índices de limites são apenas indícios da indicação ou não de tais solos para a

pavimentação. Subsidiam, assim, a tomada de decisão após o estudo da energia de

compactação.

81

Conforme Pinto (2006), os índices físicos encontrados no trecho 02 e 03 (solos finos

argilo arenosos) constituem-se de solos com valores típicos de argilas variegadas de São

Paulo.

7.3 – ÍNDICE DE GRUPO

Baseado nos limites de liquidez, índice de plasticidade dos solos ensaiados e a

porcentagem que passa na peneira nº 200 (0,075mm), foi definido o índice de grupo.

O índice de grupo é um numero inteiro, adimensional, variando de zero a vinte, que

fornece uma idéia da capacidade de suporte dos solos e é definido pela fórmula:

Expressão 7.1 IG= 0,2.a + 0,005.a.c + 0,01.b.d sendo:

a = porcentagem de solo que passa na peneira 200 menos 35. Se a porcentagem for <

que 35, adota-se 35 e se for > que 75, adota-se 75. Dessa forma, estabelece-se um

número inteiro de variação 0 a 40.

b = porcentagem do solo que passa na peneira 200 menos 15. Se a porcentagem for <

que 15, adota-se 15 e se for > do que 55, adota-se 55. Dessa forma, estabelece-se um

número inteiro de variação de 0 a 40.

c = Valor do limite de liquidez do material menos 40. Se LL for > do que 60, adota-se

60 e se for < que 40, adota-se 40. Assim, cria-se um número inteiro de intervalo 0 a 20.

d = Valor do IP do material menos 10. Se o valor do IP for > do que 30, adota-se 30 e se

for < que 10, adota-se 10. Assim, cria-se um número inteiro de intervalo 0 a 20.

Solos ditos bons para pavimentação apresentam valores baixo de índice de grupo

(graúdos e pouco plásticos). Os solos finos e muito plásticos apresentam valores altos

de índice de grupo e são ditos ruins para pavimentação.

Segundo Nogami 1995, a correlação entre o IG e o CBR, considerando solos tropicais, é

muito precária. Isso sugere o abandono do índice considerado para avaliação da

capacidade de suporte. Para solos de mesmo tipo que possuem constituições similares,

82

contudo, poderá ser utilizado com certa confiabilidade. A dificuldade prática é saber

quando tal similaridade ocorre efetivamente.

No caso do trecho 1, comparado com outros trechos pesquisados no DER, localizados

na região do Triângulo Mineiro, onde ocorrem os solos A-2-4, segundo classificação

TRB, podemos afirmar essa similaridade, pois os solos apresentam índice de grupo

igual a zero e CBR maior que 20 quando aplicada a energia do PIN.

Os ensaios apresentaram os seguintes resultados médios de índice de grupo: Trecho 1

IG=0; Trecho 2 IG=15; Trecho 3 segmento 1 IG=7 e Trecho 3 segmento 2 IG=14.

Com exceção do Trecho 1, os valores dos índice de grupo obtidos caracterizaram

materiais silto argilosos, conforme Tabela de Classificação de Solos da TRB.

7.4 – CLASSIFICAÇÃO DOS SOLOS SEGUNDO TRB

A classificação dos solos, utilizada corriqueiramente no meio rodoviário, é a TRB. De

acordo com a Tabela de Classificação de Solos da TRB, as amostras ensaiadas

apresentaram a seguinte classificação:

Trecho 1* – Solos A-2-4

Trecho 2 – solos A-7-5 e A-7-6

Trecho 3 – solos A-7-6, A-7-5, A-4 e A-5

* Após o ensaio de compactação, verificou-se que a classificação do solo alterou de A-

2-4 para A4 apenas nas amostras 35 e 38.

7.5 – RESULTADOS DOS ENSAIOS DE COMPACTAÇÃO

De acordo com Craig (2007), a massa específica seca de um determinado solo, depois

da compactação, depende do teor de umidade (princípio de Proctor) e da energia de

compactação.

83

Pelos ensaios executados, verificou-se que o acréscimo de energia de compactação

manual ou mecânica proporciona maior densidade ao solo compactado.

As Figuras 7.5, 7.6, 7.7 e 7.8 ilustram as energias de compactação, PN, PIN e PI,

utilizadas nos solos, confirmando a teoria de Proctor de que com o acréscimo de

energia, a densidade do solo aumenta e a umidade diminui.

1740

1760

1780

1800

1820

1840

1860

1880

1900

1920

1940

1960

1980

2000

2020

7 7,5 8 8,5 9 9,5 10 10,5 11 11,5 12 12,5

Umidade %

Den

sida

de S

eca

(kg/

cm³)

Golpes 12 Golpes 18 Golpes 26 Golpes 55 Figura 7.5 – Gráfico de umidade x densidade-Trecho 1

Os resultados apresentados pelos ensaios das amostras pertencentes ao Trecho1 (A-2-4),

Figura 7.5, demonstram que para a energia do PIN há um acréscimo significativo na

densidade do solo em relação a energia do PN.

Para os solos do trecho 2 (A-7-5 e A-7-6), Figura 7.6, solos relativamente mais finos

que os solos do trecho 1, a energia aplicada de compactação de PIN, apresenta uma

melhoria na densidade do solo com uma pequena variação na diminuição da umidade.

O detalhe característico, apresentado por este solo, é que, com a utilização da energia do

PI e um pequeno acréscimo na umidade, o solo poderá vir a sofrer uma diminuição

drástica na densidade. Talvez caracterizado por ser um solo mais fino, o ramo úmido do

84

gráfico diminui já que a proporção crescente do volume do solo vai sendo ocupada pela

água.

1240

1260

1280

1300

1320

1340

1360

1380

1400

1420

1440

1460

1480

1500

24 24,5 25 25,5 26 26,5 27 27,5 28 28,5 29 29,5 30 30,5 31

Umidade%

Den

sida

de S

eca

(kg/

cm³)

Golpes 12 Golpes 18 Golpes 26 Figura 7.6 – Gráfico de umidade x densidade-Trecho 2

No trecho 3, foram obtidas curvas de compactação com a energia do Proctor

Internormal. Para as outras energias (PN e PI) foi estudado somente um corpo de prova

na umidade ótima. Houve perda de material, não tendo sido suficiente para a execução

dos outros ensaios com os demais corpos de prova. Dessa forma, os pontos ilustrados

nas figuras 7.7 e 7.8 representam o corpo de prova ensaiado na umidade ótima.

Figura 7.7 – Gráfico de umidade x densidade- Trecho 3 –Solos Siltosos

1540

1560

1580

1600

1620

1640

1660

1680

18 19 20 21 22 23 24 25 26 27

Umidade%

Den

sida

de S

eca

(kg/

cm³)

Golpes 12 Golpes 18 Golpes 26

85

Os gráficos das Figuras 7.7 e 7.8 retratam as curvas de compactação dos solos com a

energia diferenciada de PIN. A relação da densidade máxima e a umidade ótima

também é característica, como nos demais solos, ou seja, a densidade aumenta e a

umidade ótima diminui com o acréscimo de energia.

Figura 7.8 – Gráfico de umidade x densidade-Trecho 3 solos argilo arenosos

Os resultados do acréscimo de energia de compactação para as amostras ensaiadas são

ilustrados nas Figuras 7.9, 7.10, 7.11 e 7.12.

Figura 7.9 – Energia de Compactação x Densidade máxima – Trecho 1

1580

1600

1620

1640

1660

1680

14 15 16 17 18 19 20 21 22 23

Umidade%

Den

sida

de S

eca

(kg/

cm³)

Golpes 12 Golpes 18 Golpes 26

1840

1890

1940

1990

ENERGIA DE COM PACTAÇÃO

Den

sida

de S

eca

(kg/

cm³)

Amostra 01Amostra 02Amostra 03Amostra 04Amostra 05Amostra 06Amostra 07Amostra 08Amostra 09Amostra 10

12(PN) 18(PIN) 26(PI) 55(PM)

86

Nota-se que este solo (Figura 7.9) possui uma boa resposta ao acréscimo de energia de

compactação em relação ao acréscimo de densidade. Responde quase que linearmente e

sem grandes variações em relação às demais energias. As variações no acréscimo de

densidade são menores que 5% entre as energias adotadas. Cernica (1995), verificou

que os acréscimos de densidade raramente excedem 10% quando se compara os

resultados da energia modificada com a energia normal.

Figura 7.10 – Energia de Compactação x Densidade máxima – Trecho 2

As amostras ensaiadas para o trecho 2 (Figura 7.10) apresentaram variações distintas na

densidade do solo em relação ao acréscimo de energia. Há um acréscimo na densidade

do solo detectada na variação do PN para a energia de PIN, porém os solos

apresentaram variações diferenciadas quando aplicada a energia do PI.

Estas variações podem ser confrontadas também com as curvas da figura 7.6, que já

evidenciam diferenças de umidade ótima em relação à densidade do solo na energia do

proctor intermediário.

Para os solos constantes das Figuras 7.11, pertencentes ao trecho 3, verifica-se que há

um acréscimo médio de 3%, na densidade das amostras, quando aplicada a energia de

PIN. A densidade praticamente não se altera quando há o acréscimo de energia para o PI

(média de 1%).

1320

1370

1420

1470

1520

ENERGIA DE COMPACTAÇÃO

18(PIN) 26(PI)

Amostra 01Amostra 02Amostra 03Amostra 04Amostra 05Amostra 06

Den

sida

de S

eca

(kg/

cm³)

12(PN)

87

Figura 7.11 – Energia de compactação x densidade máxima – Trecho 3 (solos argilo arenosos)

No caso do trecho 3 solos siltosos (Figura 7.12), observa-se que com o acréscimo da

energia houve uma variação não superior a 8% (ver Anexo I) na densidade dos solos,

considerada pequena, segundo Cernica (1995), quando da variação do acréscimo de

energia.

Figura 7.12 – Energia de compactação x densidade máxima – Trecho 3 (solos siltosos)

As maiores densidades encontradas foram as das amostras do trecho 1, solos do

subgrupo A-2-4, solos considerados granulares segundo a classificação TRB, e as

1410

1460

1510

1560

1610

1660

1710

1760

1810

ENERGIA DE COMPACTAÇÃO

Den

sida

de S

eca

(kg/

cm³)

Amostra 01Amostra 02Amostra 03Amostra 04Amostra 05Amostra 06Amostra 07Amostra 08Amostra 09

12 (PN) 18 (PIN) 26 (PI)

1410

1460

1510

1560

1610

1660

1710

1760

1810

ENERGIA DE COMPACTAÇÃO

Den

sida

de S

eca

(kg/

cm³)

Amostra 01Amostra 02Amostra 03Amostra 04Amostra 05Amostra 06Amostra 07Amostra 08Amostra 09Amostra 10

12 (PN) 18 (PIN) 26 (PI)

88

menores densidades foram as dos solos de materiais finos do subgrupo A-7-5, do trecho

2, que possuem uma média de 90% de material passado na peneira 200.

As Figuras 7.13, 7.14, 7.15 e 7.16 ilustram as pequenas variações de umidade, baseada

nas energias estudadas. Este decréscimo contribui para a diminuição de caminhões pipa,

durante a execução da obra.

Figura 7.13 – Gráfico Energia de Compactação x Umidade Ótima - Trecho 1

25

26

27

28

29

30

ENERGIA DE COMPACTAÇÃO

HO

T. %

Amostra 01Amostra 02Amostra 03Amostra 04Amostra 05Amostra 06

12 (PN) 18 (1,5PN) 26 (PI)

Figura 7.14 – Gráfico Energia de Compactação x Umidade Ótima - Trecho 2

7

8

9

10

11

12

ENERGIA DE COMPACTAÇÃO

HO

T.%

Amostra 01Amostra 02Amostra 03Amostra 04Amostra 05Amostra 06Amostra 07Amostra 08Amostra 09Amostra 10

12 (PN) 18 (PIN) 26 (PI) 55 (PM)

89

Verificou-se que os solos arenosos (Figura 7.13) são mais sensíveis as variações de

energia de compactação do que os solos argilosos (Figuras 7.14 e 7.16) para o teor de

umidade ótimo, embora as diferenças sejam no máximo de 3%.

Figura 7.15 – Gráfico Energia de Compactação x Umidade Ótima - Trecho 3 (solos siltosos)

Para o trecho 3, Figuras 7.15 e 7.16, nota-se que praticamente não houve variação de

umidade em relação ao acréscimo de energia de compactação.

Figura 7.16 – Gráfico Energia de Compactação x Umidade Ótima - Trecho 3 (solos argilo arenosos)

14

17

20

23

26

29

ENERGIA DE COMPACTAÇÃO

HO

T. %

Amostra 01Amostra 02Amostra 03Amostra 04Amostra 05Amostra 06Amostra 07Amostra 08Amostra 09

12 (PN) 18 (PIN) 26 (PI)

14

17

20

23

26

29

ENERGIA DE COMPACTAÇÃO

HO

T. %

Amostra 10Amostra 02Amostra 03Amostra 04Amostra 05Amostra 06Amostra 07Amostra 08Amostra 09Amostra 10

12 (PN) 18 (PIN) 26 (PI)

90

Medina e Motta (2005) citam que, em pavimentos com uma boa drenagem verifica-se

que a umidade de equilíbrio pode ser considerada, no máximo, igual ao teor de umidade

ótima de ensaios do Proctor Normal de compactação baseado na experiência brasileira

em rodovias federais e estaduais.

Ricci et al, (1983), citado por Medina (2005), estudou a sazonalidade das deflexões,

medidas em provas de cargas com rodas pneumáticas de caminhão, em 53 trechos

experimentais de estradas, concluindo que o efeito da sazonalidade foi verificado

insignificante quanto às variações de umidade refletidas na deflexão.

Medina e Motta (2005) retratam que experiência inglesa nos trópicos, traduzido no

Road Note 31 do TRRL (1977) é de que: “na maioria dos países tropicais, se a

drenagem for adequada do ponto de vista da engenharia, raramente o teor de umidade

do subleito é superior ao teor de umidade de compactação. Na verdade, os subleitos são

em geral mais secos e mais resistentes do que os de países temperados”.

7.6 – ÍNDICE DE SUPORTE CALIFÓRNIA (CBR)

Os ensaios de CBR avaliam a capacidade de suporte relativas dos solos do subleito,

comparada a de uma brita. Os resultados evidenciaram a grande variação de suporte do

solo em função do acréscimo de energia de compactação para o trecho 1 (Tabela 7.6) e

para o trecho 3 (Tabela 7.7) .

Tabela 7.6 – Resultados de CBRs com variadas Energias de Compactação - Trecho 1

Estacas % PN PIN PI PM 298 CBR 15 28 38 45 308 CBR 14 34 35 48 318 CBR 14 31 38 47 328 CBR 15 27 35 45 338 CBR 15 29 38 50 348 CBR 15 25 29 38 358 CBR 15 30 33 42 367 CBR 13 28 37 42 378 CBR 13 25 35 40 388 CBR 15 24 33 38

91

Tabela 7.7 – Resultados de CBRs com variadas Energias de Compactação – Trecho 3 (solos argilo arenosos)

Estacas % PN PIN PI 165 CBR 10 17 16 357 CBR 9 16 15 485 CBR 9 17 17 777 CBR 12 21 26 851 CBR 9 14 16 861 CBR 7 14 13 881 CBR 8 14 13 886 CBR 10 16 17

1036 CBR 10 18 19

Para os demais trechos, o acréscimo de energia não resultou em grandes acréscimos de

suporte do solo (Tabelas 7.8 e 7.9).

Tabela 7.8 – Resultados de CBRs com variadas Energias de Compactação –Trecho 2

Estacas % PN PIN PI 310 CBR 8 10 10 322 CBR 8 8 8 345 CBR 7 10 11 355 CBR 9 9 10 405 CBR 8 8 9 415 CBR 8 10 10

Para os seguimentos de solos siltosos do trecho3 (Tabela 7.9), o acréscimo de energia

basicamente não alterou os valores de CBR.

Tabela 7.9 – Resultados de CBRs com variadas Energias de Compactação-Trecho 3 (solos siltosos)

Estacas % PN PIN PI 260 CBR 3 4 3 844 CBR 1 1 2 861 CBR 1 1 1 891 CBR 4 5 4 978 CBR 1 2 2 983 CBR 2 2 2 995 CBR 2 2 2

1000 CBR 4 6 6 1005 CBR 1 2 1 1031 CBR 2 3 2

92

Verifica-se para o trecho 1 (Figura 7.17), solos classificados como A-2-4, o acréscimo

de energia de compactação do Proctor Normal para o Proctor Internormal, eleva em

quase 100% a capacidade de carga do solo.

Para as demais energias, neste mesmo trecho, verifica-se também um acréscimo do

suporte, porém com tendência à elevação de um percentual menor dos valores

crescentes obtidos de CBR.

Figura 7.17 – Gráfico Energia de Compactação x CBR – Trecho 1

Para os solos do trecho 2, solos classificados com A-7-5 e A-7-6, com acréscimo de

energia de compactação, praticamente não houve acréscimo de CBR, conforme Figura

7.18.

13

18

23

28

33

38

43

48

ENERGIA DE COMPACTAÇÃO

CB

R

%

Amostra 01Amostra 02Amostra 03Amostra 04Amostra 05Amostra 06Amostra 07Amostra 08Amostra 09Amostra 10

12 (PN) 18 (PIN) 26 (PI) 55 (PM)

93

Figura 7.18 – Gráfico Energia de Compactação x CBR – Trecho 2

Os solos siltosos (Figuras 7.19), pertencentes ao trecho 3, não respondem ao acréscimo

de energia. São solos que não devem ter acrescida a energia de compactação, pois,

tendem a perder capacidade de suporte.

Figura 7.19 – Gráfico Energia de Compactação x CBR – Trecho 3 – solos siltosos

Já os solos argilo arenosos (Figura 7.20) do trecho 3, apresentaram um bom acréscimo

de CBR, obtido através do acréscimo de energia de compactação (solos A-7-5, A-7-6 e

A6).

7

8

9

10

11

12

ENERGIA DE COMPACTAÇÃO

CB

R %

Amostra 01Amostra 02Amostra 03Amostra 04Amostra 05Amostra 06

12 (PN) 18 (PIN) 26 (PI)

0

1

2

3

4

5

6

7

8

ENERGIA DE COMPACTAÇÃO

CB

R %

Amostra 01Amostra 02Amostra 03Amostra 04Amostra 05Amostra 06Amostra 07Amostra 08Amostra 09Amostra 10

12 (PN) 18 (PIN) 26 (PI)

94

Figura 7.20 – Gráfico Energia de Compactação x CBR – Trecho 3 – solos argilo arenosos

A figura 7.20 demonstra que a energia máxima a ser aplicada para os solos argilo

arenosos do Trecho 3, deverá ser a do PIN, pois os valores de CBR praticamente

permanecem constantes com a energia do Proctor Intermediário.

Conforme Souza Junior (2005), pode-se verificar que a classificação TRB, para as

amostras estudadas, sugere uma tendência de respostas positivas ou negativas através da

utilização de acréscimo de energia para obtenção de CBR maiores. A elevação da

capacidade de suporte obviamente levará à diminuição nas espessuras de camadas de

pavimentos rodoviários.

Pelas normas rodoviárias, atualmente utilizadas, especialmente as citadas na

recomendação técnica RT.01.46 do DER-MG, para valores de CBR abaixo de 8,0, o

material constituinte de camada de subleito deverá ser substituído ou proposta uma

camada de reforço.

Isto posto, justifica-se o estudo de acréscimo de energia, objetivando uma maior

estabilidade do solo através do acréscimo de suporte, evitando substituição e/ou

5

7

9

11

13

15

17

19

21

23

25

27

ENERGIA DE COMPACTAÇÃO

CB

R %

Amostra 01Amostra 02Amostra 03Amostra 04Amostra 05Amostra 06Amostra 07Amostra 08Amostra 09

12 (PN) 18 (PIN) 26 (PI)

95

contribuindo para diminuição de espessuras de camadas de pavimento ou supressão

dessas camadas.

A importância do acréscimo de energia no subleito é tão significativa que atualmente ,

em alguns projetos rodoviários do DER-MG,verifica-se que estão sendo suprimidas,

após o dimensionamento do pavimento, as camadas de sub-base que possivelmente

seriam indicadas em pavimento rodoviário.

7.7 – EXPANSÃO

As Tabelas 7.10, 7.11, 7.12 e 7.13 ilustram, para os três trechos, o resultado da

expansão medido rotineiramente e utilizado nos meios rodoviários. O método utilizado

foi o procedimento do ensaio de CBR (ou ISC), segundo a metodologia adotada pelo

DNIT.

Tabela 7.10 Energia de Compactação x Expansão – Trecho 1

TRECHO 1 ENERGIA DE COMPACTAÇÃO

Estacas PN PIN PI PM 298 0,07 0,04 0,02 0,00 308 0,04 0,00 0,00 0,00 318 0,04 0,04 0,02 0,00 328 0,03 0,01 0,00 0,02 338 0,10 0,07 0,04 0,01 348 0,08 0,04 0,03 0,01 358 0,08 0,05 0,02 0,01 367 0,04 0,01 0,00 0,02 378 0,10 0,08 0,04 0,01 388

E X P A N S Ã O

(%)

0,07 0,06 0,04 0,00

Com o acréscimo de energia (Tabela 7.10), nota-se que há uma tendência para o

decréscimo de expansão. As amostras desse trecho (corpo de prova) ficaram expostas ao

sol durante uma semana e não apresentaram trincas indicativas de contração.

Nogami (1995) cita que no caso de solos argilosos, quanto mais argilosos, mais

contráteis são, apresentando, contudo, expansibilidade baixa. Cita ainda que de uma

96

maneira geral, os solos lateritícos, mesmo que sejam argilosos ou muito argilosos,

possuem pequena expansão quando compactados na umidade ótima correspondente a

massa específica aparente seca máxima da energia adotada e, em seguida, imersos em

água.

Tabela 7.11 – Energia de Compactação x Expansão – Trecho 2

TRECHO 2

ENERGIA DE COMPACTAÇÃO

Estacas PN PIN PI 310 0,20 0,14 0,12 322 0,03 0,19 0,14 345 0,29 0,18 0,12 355 0,33 0,21 0,17 405 0,35 0,18 0,13 415

E X P A N S Ã O

(%) 0,34 0,25 0,15

A Tabela 7.11 dos solos ensaiados do trecho 2, solos argilo arenosos, também

apresentaram baixos valores de expansão e uma diminuição em seus valores quando da

adoção da energia de PIN e PI.

Tabela 7.12 – Energia de Compactação x Expansão – Trecho 3

TRECHO 3 (SOLOS SILTOSOS EXPANSIVOS)

ENERGIA DE COMPACTAÇÃO

Estacas PN PIN PI

260 1,92 1,88 3,25

844 6,92 7,34 8,36

861 9,29 9,34 9,38

891 3,08 3,15 3,84

978 8,03 7,33 7,73

983 5,61 6,50 6,28

995 6,73 7,40 7,40

1000 2,31 2,28 2,28

1005 6,40 4,60 6,19

1031

E X P A N S Ã O

(%)

6,70 6,60 6,40

97

Os solos do primeiro segmento, estudado do trecho 3 (Tabela 7.12), apresentaram

valores altos de expansão, fora de norma rodoviária para utilização em aterros e/ou

acabamento de terraplenagem. O acréscimo da energia de compactação resulta em um

acréscimo de expansão do solo. Observa-se também que esse tipo de solo apresenta

valores de CBR baixo, não respondendo ao acréscimo de energia de compactação.

Tabela 7.13 – Energia de Compactação x Expansão – Trecho 3 (2º)

TRECHO 3 (SOLOS Argilo Arenosos)

ENERGIA DE COMPACTAÇÃO

Estacas PN PIN PI 165 0,32 0,35 0,16 357 0,20 0,30 0,20 485 0,22 0,15 0,14 777 0,27 0,13 0,29 851 0,49 0,43 0,12 861 0,86 0,60 0,58 881 0,29 0,13 0,43 886 0,31 0,20 0,20 1036

E X P A N S Ã O

(%)

0,55 0,45 0,42

No segundo segmento ensaiado do trecho 3, solos argilo arenosos tabela 7.13, verifica-

se um decréscimo, para algumas amostras, da expansão com a utilização do acréscimo

de energia do PIN.

Segundo Nogami (1995), verificam-se exemplos da inaplicabilidade dos Limites das

normas tradicionais (LL máximo de 25% e IP máximo de 6%). Podem ocorrer casos

com LL maior que 50% e tratar-se de solos que não se expandem ou expandem muito

pouco, quando compactados nas condições exigidas pelas normas rodoviárias.Trata-se

do caso dos solos do trecho 2 e 3(segundo segmento). Cita ainda solos que possuem

baixo LL e baixo IP, isto é, dentro dos limites tradicionais e expandem-se bastante,

quando compactados segundo as normas rodoviárias,como no caso dos solos siltosos do

trecho 3 (Tabela 7.4 e 7.12).

98

7.8 – DIMENSIONAMENTO DO PAVIMENTO NOS TRECHOS ENSAIADOS

Para o dimensionamento das camadas do pavimento do trecho 1, onde o número N para

o ano de 2010, previsto em projeto, é de N = 9,86 x 106, utilizando-se o método do

DNIT do Engº Murilo Lopes de Souza e o número máximo de 10 amostras estudadas

nessa dissertação, obteve-se os resultados apresentados na Tabela 7.14.

Os coeficientes de equivalência estrutural utilizados para o dimensionamento foram os

constantes na Tabela 5.1. Para o revestimento de concreto betuminoso (CBUQ)

KR=2,00 e camadas granulares KB e KS=1,00, a espessura mínima de revestimento

betuminoso, baseado no tráfego e na Tabela 5.2, é de R= 7,5cm.

Na determinação das espessuras Hm, Hn e H20, conforme expressões 5.9, 5.10 e 5.11, foi

utilizado o gráfico constante na Figura 5.3, cujos resultados foram transcritos para a

Tabela 7.14.

Tabela 7.14 – Dimensionamento de Pavimento – Trecho 1

Inequações

Energia

CBR

de

Projeto

ISmin

Ábaco

Fig.

5.3

RKR+BKB≥H20 RKR+BKB+h20KS≥Hn

Camadas

Dimensionadas

(cm)

PN 14 Hn=36

H20=26

7,5x2+Bx1≥26

B ≥11 adotar

15

7,5x2+15x1+h20x1≥36

h 20≥6 adotar 15

Sub-base – 15

Base – 15

PIN 25 Hn=36

H20=26

7,5x2+Bx1≥26

B ≥11 adotar

15

7,5x2+15x1+h20x1≥26

h 20≥-4

Sub-base - 0

Base – 15

PI 32 Hn=36

H20=26

7,5x2+Bx1≥26

B ≥11 adotar

15

7,5x2+15x1+h20x1≥26

h 20≥-4

Sub-base – 0

Base – 15

PM 39 Hn=36

H20=26

7,5x2+Bx1≥26

B ≥11 adotar

15

7,5x2+15x1+h20x1≥26

h 20≥-4

Sub-base – 0

Base – 15

99

Verificou-se que utilizando ISmin de projeto do subleito ≥ 25%, obtido com a energia de

compactação do1,5PN, não há necessidade de sub-base.

Para o trecho 2, solos finos argilosos, com o tráfego previsto de projeto de N = 4,77 x

106, também foi utilizado o método de dimensionamento do DNIT. Foram adotados os

coeficientes estruturais constantes da Tabela 5.1 e a espessura mínima de revestimento

betuminoso foi de 5cm, conforme Tabela 5.2.

Conforme demonstrado nos cálculos apresentados na Tabela 7.15, não houve a

supressão da camada de sub-base.

O acréscimo de energia, para este tipo de solo, não resultou em um aumento

significativo de CBR que viesse a contribuir para a não indicação da camada de sub-

base.

Tabela 7.15 – Dimensionamento de Pavimento – Trecho 2 Inequações

Energia

CBR

de

Projeto

ISmin

Ábaco

Fig. 5.3 RKR+BKB≥H20 RKR+BKB+h20KS≥Hn

Camadas

Dimensionadas

(cm)

PN 7,0 Hn=52

H20=25

5,0x2+Bx1≥25

B≥15

5,0x2+15x1+h20x1≥52

h20≥27

Sub-base – 27

Base – 15

PIN 8,0 Hn=48

H20=25

5,0x2+Bx1≥25

B≥15

5,0x2+15x1+h20x1≥48

h20≥23

Sub-base - 23

Base – 15

PI 8,0 Hn=48

H20=25

5,0x2+Bx1≥25

B≥15

5,0x2+15x1+h20x1≥48

h20≥23

Sub-base – 23

Base – 15

Mesmo não ocorrendo a supressão da camada de sub-base, o acréscimo de energia de

compactação culminou com a viabilização de não ser indicada em projeto a substituição

100

do material do subleito, ou a indicação de reforço do subleito. Houve a redução da

espessura total da camada granular da sub-base em 4cm.

No trecho 3, solos siltosos, como já mencionado, o material de subleito deverá ser

substituído por se tratar de solos expansivos, uma vez que o acréscimo de energia não

resultou em acréscimo de CBR.

Já os solos finos argilo arenosos, do trecho 3, responderam bem ao acréscimo de

energia de compactação. Os solos obtiveram um acréscimo de CBR em média de 75%.

O número N, previsto para esse trecho, é de 2,85 x 105. Foram adotados os coeficientes

estruturais constantes da Tabela 5.1, e a espessura mínima de revestimento betuminoso

foi de 2,5cm, utilizando-se neste caso o Tratamento Superficial Duplo (TSD), conforme

Tabela 5.2.

O dimensionamento encontrado está demonstrado na Tabela 7.16.

Tabela 7.16 – Dimensionamento de Pavimento – Trecho 3 (solos argilo arenosos)

Inequações

Energia

CBR

de

Projeto

ISmin

Ábaco

Fig.

5.3

RKR+BKB≥H20 RKR+BKB+h20KS≥Hn

Camadas

Dimensionadas

(cm)

PN 7 Hn=43

H20=21

2,5x1,2+Bx1≥21

B≥18

2,5x1,2+18x1+h20x1≥43

h20≥22

Sub-base – 22

Base – 18

PIN 14 Hn=29

H20=21

2,5x1,2+Bx1≥21

B≥18

2,5x1,2+18x1+h20x1≥29

h20≥8 adota 15

Sub-base - 15

Base – 18

PI 12 Hn=31

H20=21

2,5x1,2+Bx1≥21

B≥18

2,5x1,2+18x1+h20x1≥31

h20≥10 adota 15

Sub-base – 15

Base – 18

101

Nota-se, pelo método do dimensionamento do pavimento, que não há necessidade de

aumentar demasiadamente a energia de compactação, objetivando diminuir/suprimir

camadas do pavimento. Apenas a energia do Proctor Internormal foi eficaz para reduzir

a espessura da camada de sub-base em 32%.

Os resultados de CBR, obtidos com o acréscimo da energia de compactação, são

fundamentais no dimensionamento do pavimento. Poderá ser adotada uma energia de

compactação objetivando um valor de CBR mínimo, o suficiente para atender ao

dimensionamento, evitando atropelos em relação ao excesso de energia com possível

desestabilização do solo, alterando, assim, suas propriedade geotécnicas.

7.9 – ANÁLISE DA PESQUISA REALIZADA

7.9.1 – Resultados das Pesquisas Realizadas no DER-MG

Os resultados dos ensaios de CBR dos solos coletados nas pesquisas realizadas são

apresentados no Anexo IV.

As figuras 7.21, 7.22 e 7.23 apresentam a média dos CBRs dos trechos que contêm

solos A-2-4, A-7-5 e A-7-6, pesquisados no DER-MG. Para os solos A-7-5 e A-7-6

procurou-se demonstrar a resposta ao acréscimo de energia separadamente para

amostras com percentual maior ou igual a 80% passado na peneira #200 (solos mais

argilosos) e para amostras com percentual menor que 80% passado na peneira #200.

Foram analisados dados de 130 amostras, referentes a três trechos rodoviários, inseridos

dentro da região do Triângulo Mineiro, cujas amostras de solos do subleito foram

classificadas como A-2-4, totalizando 130 ensaios de CBR. A Figura 7.21 demonstra a

variação de CBR quando da adoção de energias diferentes de compactação.

O resultado dos ensaios pesquisados confirma a boa resposta do solo ao acréscimo da

energia de compactação, proposta nesta dissertação. A energia de 1,5 vezes o Proctor

102

Normal varia em média de 24% a 79% o acréscimo do CBR em relação ao Proctor

Normal, baseado nos trechos pesquisados de solos A-2-4 nessa região.

Figura 7.21 – Energia de Compactação x Média de CBR dos Solos A-2-4 Pesquisados no DER-MG

Para os trechos contidos na Figura 7.22, foram analisados 17 ensaios de CBR, cujos

solos são classificados como A-7-5 e A-7-6.

Figura 7.22 – Energia de Compactação x Média de CBR dos Solos A-7-5 e A-7- 6, #200 ≥ 80%

9

14

19

24

29

34

39

ENERGIA DE COM PACTAÇÃO

CB

R %

TRECHO: Contorno de Pirajuba - NÚMERO DE AMOSTRAS: 16

TRECHO: Limeira do Oeste - MGT-497 (Carneirinho) - NÚMERO DE AMOSTRAS: 62

TRECHO: Itapagipe - Entrº BR-364 (Campina Verde) - NÚMERO DE AMOSTRAS: 52

12 (PN) 18 (PIN) 26 (PI)

0

2

4

6

8

10

12

14

16

18

20

ENERGIA DE COM PACTAÇÃO

CB

R %

TRECHO: Congonhas do Norte - Conceição do Mato Dentro - NÚMERO DE AMOSTRAS: 7

TRECHO: Santo Antônio do Itambé - Serra Azul de Minas - NÚMERO DE AMOSTRAS: 8

TRECHO: Frei Lagonegro - Entrº MG-117 - NÚMERO DE AMOSTRAS: 2

12 (PN) 18 (PIN) 26 (PI)

103

Os ensaios desses solos não apresentaram variações significativas no suporte de CBR,

de forma a atender aos pré- requisitos mínimos, necessários ao dimensionamento de

pavimento esperado. Mesmo assim, os valores do acréscimo do PIN contribuem para

evitar uma possível substituição de material de subleito e/ou reforço.

A pesquisa confirma, ainda, os ensaios realizados no trecho 2 , ratificando que a energia

necessária é apenas a do PIN, pois a energia do PI não acrescenta uma resposta

significativa de suporte de CBR.

Verificou-se que os solos classificados como A-7-5 e A-7-6, baseado em suas

granulometrias, com percentuais ≤ 80%, passados na peneira #200, apresentam um bom

resultado de acréscimo de CBR, quando aumentada a energia de compactação. Foram

pesquisados 107 resultados de solos, ensaiados nos trechos fornecidos pelo DER-MG.

Os resultados médios desses CBRs são apresentados na Figura 7.23 e demonstram um

acréscimo médio de 33% de melhoria no suporte, quando há o acréscimo da energia do

PN para o PIN. Dependendo do tráfego de veículos da região, esse acréscimo pode

proporcionar um bom subsídio para o projeto de pavimentação.

Figura 7.23 – Energia de Compactação x Média de CBR dos Solos A-7-5 e A-7- 6, #200 ≤ 80%

0

2

4

6

8

10

12

14

16

18

20

ENERGIA DE COM PACTAÇÃO

CB

R %

TRECHO: Congonhas do Norte - Conceição do Mato Dentro - NÚMERO DE AMOSTRAS: 39

TRECHO: Santo Antônio do Itambé - Serra Azul de Minas - NÚMERO DE AMOSTRAS: 21

TRECHO: Frei Lagonegro - Entrº MG-117 - NÚMERO DE AMOSTRAS: 37

TRECHO: Materlândia de Minas - Rio Vermelho - NÚMERO DE AMOSTRAS: 10

12 (PN) 18 (PIN) 26 (PI)

104

Durante pesquisa realizada no DER-MG, verificou-se a ocorrência constante e uniforme

de solos na região do Triângulo Mineiro com classificação TRB A-2-4. Na região do

Alto Paranaíba, ocorrem solos finos com classificação TRB A-7-5 e A-7-6 e na região

do Jequitinhonha, solos bastante heterogêneos, compostos de várias classificações.

7.9.2 – Resultado das Consultas a Outros DERs

Inicialmente foi procurada a Associação dos DERs ( ABDER), objetivando verificar se

o órgão dispunha de informações técnicas sobre o assunto de energia de compactação.

Constatou-se que havia necessidade de procurar cada DER, pois a associação não

dispunha das informações solicitadas.

As consultas realizadas individualmente aos DERs trouxeram várias informações

valiosas que contribuíram para as justificativas apresentadas nesta dissertação .

Notou-se a ausência de pesquisas sobre o tema de energia de compactação e até mesmo

surpresas quando mencionado sobre uma energia alternativa de compactação.

Nos DERs consultados, verificou-se que não é empregada a energia de compactação

proposta do Proctor Internormal para utilização nos dimensionamentos dos projetos de

pavimentação rodoviários .

Os DERs empregam as normas do DNIT, ou seja, na utilização de estudos de subleito

estradal, adota-se a energia do Proctor Normal.

Em alguns casos, durante a consulta, fui questionado sobre a adoção de uma energia

maior de compactação nos solos de fundação, ou seja, se a mesma contribuiria para a

não formação de trilhas de rodas em pavimentos rodoviários

.

O DER de SP ,quando utiliza as energias, adota também as energias preconizadas pelo

DNIT ou a metodologia MCT.

105

O DERT do Ceará (Departamento de Edificações, Rodovias e Transporte do Estado do

Ceará) regulamentou em 1994, mais uma energia de compactação, além das três

especificadas pelo DNIT, para materiais de base e sub-base de pavimentos. São as

normas DERT-ES-P 03/94 e DERT-ES-P 04/94, que tratam a respeito a energia

“intermodificada” (1,5 vezes o proctor intermediário). Objetiva-se, assim, adquirir

maior capacidade de suporte nos materiais granulares a serem utilizados nas camadas do

pavimento.

Só a AGETOP de Goiás possui mais de 12000 km de vias a serem pavimentadas, as

quais podem ser beneficiadas pela adoção da energia proposta.

A malha rodoviária brasileira a ser implantada é demasiadamente grande e carece de

informações técnicas necessárias, objetivando reduzir custos sem perda de qualidade e

técnica.

7.10 – CUSTO/BENEFÍCIO

De posse dos dimensionamentos dos pavimentos apresentados no item 7.8, verificou-se

que através do acréscimo de energia obtém-se a eliminação da camada de sub-base do

trecho 1. Para os trechos 2 e 3, mantiveram-se as camadas do pavimento com pequena

redução na sub-base do trecho 2 e uma redução significativa para o trecho 3.

Objetivando apresentar os custos diretos comparativos de implantação da rodovia,

adotaram-se alguns parâmetros necessários conforme Tabela 7.17.

Tabela 7.17-Características Técnicas dos Trechos Estudados Dimensionamento DMT km

Proctor normal Proctor internormal

Trechos

Plataforma

metros

Extensão

metros Subbase

cm

Base

cm

Subbase

cm

Base

cm

Material

granular

1 9,40 1000 15 15 - 15 20

2 9,40 1000 27 15 23 15 20

3 8,60 1000 22 18 15 18 20

106

Foi utilizada a planilha de custos do DER-MG (Anexo VI), mês base 02/09, para

apresentação dos custos previstos da obra. O preço de execução é diferenciado de

acordo com as energias de compactação, conforme demonstrado na Tabela 7.18.

Tabela 7.18 – Preço de execução de energias de compactação

Discriminação U R$

Regularização do Subleito PN m² 1,48

Regularização do Subleito PIN m² 1,52

Execução de base/subbase PI m³ 12,44

Distância de transporte 20km m3xkm 0,69

Baseado nesses resultados e nos dados das Tabelas 7.17 e 7.18 estão sendo apresentadas

no Anexo V, as planilhas de quantidades e preços unitários calculadas para os trechos

estudados. Contém os preços da execução da regularização do subleito, base e sub-base

projetados, bem como uma distância de transporte médio de utilização de material para

camada de sub-base, adotada de 20 km.

O trecho 1, com extensão total de 36,34 km, possui solos em toda sua extensão

totalmente homogêneos, de classificação TRB A-2-4. Conforme demonstrado no anexo

V.1 a economia foi de R$ 36 622,00(trinta e seis mil seiscentos e vinte e dois reais) por

quilômetro de rodovia adotando-se PIN.

A economia total, adotando-se o Proctor Internormal, foi de R$ 1.330.843,48 (Hum

milhão trezentos e trinta e três mil oitocentos e quarenta e três reais e quarenta e oito

centavos).

Para o trecho 3, com extensão de 20,76 km, ocorrendo a substituição dos solos

expansivos do subleito por solos que atendam ao CBR mínimo de projeto, adotando-se

a energia do Proctor Internormal, geraria uma economia de R$ 320.783,52 (trezentos e

vinte mil setecentos e oitenta e três reais e cinqüenta dois centavos),conforme dados

107

demonstrados no anexo V.3. Salienta-se que o trecho 3 apresenta segmentos com outros

tipos de solos, com grande ocorrência de rochas no subleito estradal, gerando outros

fatores que possam vir a interferir nos custos aqui apresentados.

Para o trecho 2, conforme verificado, os solos não apresentaram grandes melhorias na

capacidade de suporte. Porém apresentaram valores viáveis que evitaram possíveis

substituições do material do subleito e, consequentemente, melhoria de estabilidade do

solo. O valor do acréscimo, referente ao custo do aumento de energia, justifica qualquer

argumento sobre a substituição do material. A diferença de R$ 9.490,00 (nove mil

quatrocentos e noventa reais), por quilômetro de via (anexo V.2), é significativa tendo

como referência os aspectos técnicos para o subleito do solo local.

Sabe-se que atualmente está em fase de projeto mais de 300 km de rodovias, só no

Triângulo Mineiro, onde há grande ocorrência de solos A-2-4, conforme pesquisa

realizada no DER/MG.

O acréscimo de energia de compactação no subleito pode gerar uma economia média de

R$ 10.986.596,00 (dez milhões novecentos e oitenta e seis mil quinhentos e noventa e

seis reais) apenas na região do Triângulo Mineiro.

A recuperação ambiental de uma jazida é da ordem de R$ 10,00 (dez reais) por metro

quadrado. Esse valor fornecido prevê o custo em termos médios para plantio de árvores.

Poderá sempre ocorrer maiores intervenções, dependendo da área a ser explorada e das

condicionantes ambientais locais. Em média, uma área de uma jazida de material

granular para sub-base é da ordem de 20.000 m2

Outro aspecto, já mencionado, e que não foi incluído nos custos citados, devido à difícil

mensuração de valores, é o beneficio direto da não degradação ambiental evitando

qualquer alteração das qualidades físicas, químicas ou biológicas do meio ambiente que

possam:

a) prejudicar a saúde ou bem estar da população;

108

b) criar condições adversas às atividades sociais e econômicas;

c) ocasionar danos relevantes à flora, à fauna e a qualquer recurso natural;

d) ocasionar danos relevantes aos acervos históricos, culturais e paisagísticos.

Esses tópicos são citados no manual de pavimentação/2006, DNIT

7.11 – CONSIDERAÇÕES FINAIS

Durante a elaboração destes estudos foram verificados vários vetores que vieram a

contribuir e geram discussões sobre o tema.

Técnicos do DER/MG, consultados, julgaram ser de extrema contribuição para a

engenharia rodoviária o estudo alternativo de energia de compactação. Especialmente a

contribuição desta energia, como forma econômica e eficaz na diminuição ou até na

supressão das camadas de pavimento.

O meio ambiente foi outro fator que pesou na escolha deste assunto, pois haverá uma

concentração de obras no corpo estradal, minimizando a intervenção em jazidas.

Outro aspecto que deverá ser verificado é a adoção de equipamentos de construção, que

venham atender ao acréscimo de energia a ser especificado.

A ampla malha rodoviária do Estado de Minas Gerais, conjugada com a diversidade dos

solos, foi um fator dificultador da pesquisa apresentada.

Houve a necessidade de repetição de vários ensaios devido aos erros humanos de

execução e/ou período de chuvas intensas que adiaram por vezes as coletas de amostras.

Confrontando os ensaios realizados verifica-se claramente a influência desse acréscimo

de energia nos solos de subleito estradal.

109

Há solos nos quais, quando se efetua o acréscimo de energia, conseguem-se bons

resultados de suporte (CBR). Há solos em que não há necessidade de efetuar o

acréscimo de energia, pois não influem no CBR.

No capitulo 8 apresentam-se as conclusões dessa dissertação.

110

CAPITULO 8

CONCLUSÕES E SUGESTÕES PARA PESQUISAS FUTURAS

8.1 – CONCLUSÕES

A metodologia utilizada na determinação dos resultados dos ensaios foi autilizada no meio

rodoviário. Para a presente dissertação, a partir dos ensaios, pesquisas e consultas pode-se

concluir:

Para os solos do trecho 1 (solos A-2-4)

a) A utilização da energia na compactação do Proctor Internormal (PIN), proposto

nesta dissertação, pode gerar economias significativas, em rodovias a serem

implantadas e, consequentemente, contribuir demasiadamente para preservação

ambiental.

b) Os ensaios de pós compactação na energia do Proctor Internormal demonstraram,

pelos ensaios de granulometria por peneirameto, praticamente não houve quebra da

estrutura do solo. Estes resultados granulométricos pós compactação, são

demonstrados no quadro resumo de ensaios apresentados nos anexos I.7 a I.16

c) Houve alterações na densidade do solo, quando do acréscimo das energias, em

média de 3,5%,da energia Proctor Normal para o Internormal. Para as demais

energias, Proctor Intermediário e Proctor Modificado, o acréscimo na densidade foi

em média 1%.

111

d) Verificou-se que no dimensionamento do pavimento, houve a eliminação da

camada de sub-base do pavimento a ser implantado, confirmando ser vantajosa a

adoção da energia do Proctor Internormal.

Para solos do trecho 2 (solos A-7-5, A-7-6):

a) O acréscimo de energia (PIN) resultou em uma economia de 8% por quilômetro

de via a ser implantada, provocado pelo acréscimo de capacidade de suporte do solo.

Através do acréscimo da capacidade de suporte do solo, podemos minimizar uma

possível substituição do material do subleito.

b) Houve alterações variáveis na densidade dos solos quando do acréscimo das

energias, porém não causou aumento significativo no suporte do subleito.

c) Por tratar-se de solo muito fino, mais de 90% passados na peneira 200, esse fator

pode ter sido fundamental para a ausência de acréscimo do suporte de CBR. Não é

um solo predominante de subleito, mas ocorre em várias regiões do Estado de Minas

Gerais.

Para solos do trecho 3, seguimento siltosos (solos A-4, A-5):

a) O acréscimo de energia não resultou em acréscimo de suporte do subleito.

b) A expansão do solo já comprometia sua utilização em subleito, pois solos com

expansão > 2% não podem ser utilizados em camadas de pavimento rodoviário.

c) O acréscimo de energia aumenta a expansão destes tipos de solos, conforme

citado por vários outros pesquisadores.

112

d) O acréscimo de energia não é recomendado para este tipo de solo.

Para solos do trecho 3, segmentos argilo arenosos (solos A-7-5, A-7-6).

a) O acréscimo de energia resultou em um acréscimo na capacidade de suporte do

solo, melhorando sua capacidade de suporte. Esse acréscimo poderá gerar até 14,5%

de economia por quilômetro de via a ser implantada.

b) Por ser um solo fino, da ordem de 60% passados na peneira 200, respondem

melhor ao acréscimo de energia que o solo do trecho 2.

c) Não se deve aumentar demasiadamente a energia deste tipo de solo: a resistência

não sofre significativa alteração.

Genericamente podemos citar que os solos do grupo A-2-4, conforme classificação TRB,

localizados em sua maioria no Triangulo Mineiro, respondem bem ao acréscimo de energia,

podendo ser utilizado para a supressão de camada de pavimento, o que pode gerar grande

economia para as estruturas aqui estudadas.

Os solos A-7-5 e A-7-6, conforme classificação TRB, com percentual passado na peneira

200 na ordem de 60%, também respondem bem ao acréscimo de energia, porém com fator

limitador de energia.

Os solos de características expansivas não sofreram alterações com o aumento de energia

quanto à resistência e expansão.

Para os tipos de solos de subleito estudados (exceto solos siltosos), verificou-se que a

energia do Proctor Internormal (PIN) é suficiente para atender a um dimensionamento de

113

pavimento, não havendo necessidade de aumentar demasiadamente a energia de

compactação, gerando um custo desnecessário em obras rodoviárias. Essa ultima conclusão

também está sendo vivenciada pelos técnicos no DER-MG, através de implantações

recentes pelo Governo do Estado de Minas do Programa Proacesso.

A energia de compactação PIN, se mostrou adequada para subsidiar projetos de

pavimentação. Genericamente essa energia poderá vir a substituir a energia do Proctor

Normal, comumentemente utilizada no meio rodoviário.

Os resultados dos ensaios das pesquisas realizadas no DER-MG confirmam também a

tendência de utilização desta energia de compactação, do Proctor Internormal. Resta

normatizar.

Para os solos constantes de outras classificações TRB, para utilização em subleito, deverão

ser realizados estes mesmos estudos, objetivando reunir elementos que venham somar as

conclusões aqui apresentadas.

8.2 – SUGESTÕES PARA FUTURAS PESQUISAS

Objetivando sugerir futuras pesquisas pode-se propor:

a) Reunir todos os estudos/ensaios já realizados pelo DER e acompanhar seu emprego

no campo, medindo a vida útil do pavimento através de acompanhamento rotineiro

com coletas, ensaios de amostras e monitoramento do tráfego.

b) Mapear o Estado de Minas Gerais com seus trechos sobre solos ocorrentes em cada

região, conseguindo, assim, orientar os futuros estudos de energia de compactação.

c) Catalogar e divulgar esses históricos e estudos através de publicações, subsidiando,

assim, futuros profissionais ligados à área de geotecnia e pavimentação.

114

d) Desenvolver um estudo baseado na economia e preservação ambiental, objetivando

o acréscimo da energia de compactação, não somente para subleito estradal, mas

também para materiais granulares a serem empregados na camada dos pavimentos

rodoviários e urbanos (base e sub-base).

e) Efetuar esses estudos para as jazidas ainda existentes e com potencial para serem

indicadas em projetos rodoviários.

f) Efetuar estudos de módulos de resiliência, verificando sua influência através das

três energias de compactação (PN, 1,5PN, PI).

g) Verificar a modificação que o aumento de energia traz para o módulo de

resiliência, que é o principal parâmetro utilizado pelos Métodos Mecanísticos.

115

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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116

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ANEXOS

ANEXO I – RESULTADO DE ENSAIOS

RODOVIA: Ligação TRECHO: Limeira do Oeste - Rio São Domingos TRECHO: 01OCORRÊNCIA: SUBLEITO

DE A 2" 1" 3/8" # 4 # 10 # 40 # 200 Nº GOLP. HÓT. Dmáx. EXP. CBR SILTE ARGILA31 298 Eixo 0,00 1,00 NL NP 100 100 100 100 100 98,8 26,2 0 A-2-4 12 10,1 1860 0,07 15 8 19

12 8,1 175112 9,1 1815 0,10 1112 10,1 1859 0,07 1512 11,1 1826 0,05 712 12,1 1781

31 298 Eixo 0,00 1,00 NL NP 100 100 100 100 100 98,8 26,2 0 A-2-4 18 9,5 1916 0,04 2818 7,6 185818 8,7 1904 0,06 21

Pós Compactação 100 100 100 100 100 100 27,7 0 A-2-4 18 9,7 1914 0,04 2718 10,7 1889 0,03 2518 11,8 1854

31 298 Eixo 0,00 1,00 NL NP 100 100 100 100 100 98,8 26,2 0 A-2-4 26 9,0 1958 0,02 3826 7,0 189126 8,0 1937 0,03 2826 9,0 1957 0,02 3826 10,0 1933 0,01 2326 11,0 1897

31 298 Eixo 0,00 1,00 NL NP 100 100 100 100 100 98,8 26,2 0 A-2-4 55 8,4 1990 0,00 4555 6,2 184555 7,2 1924 0,01 2555 8,2 1984 0,00 4355 9,3 1961 0,00 3355 10,3 1924

OBS:

SEDIMENTAÇÃOIG

CLASS.

TRB

CBR

QUADRO RESUMO DE ENSAIOS

FUROCOMPACTAÇÃO

ESTACA POSIÇÃOPROFUNDIDADE

LL IPGRANULOMETRIA

RODOVIA: Ligação TRECHO: Limeira do Oeste - Rio São Domingos TRECHO: 01OCORRÊNCIA: SUBLEITO

DE A 2" 1" 3/8" # 4 # 10 # 40 # 200 Nº GOLP. HÓT. Dmáx. EXP. CBR SILTE ARGILA32 308 EIXO 0,00 1,00 NL NP 100 100 100 100 100 99,6 18,8 0 A-2-4 12 9,6 1848 0,04 14 6 13

12 7,0 175412 8,0 1811 0,05 812 9,0 1838 0,03 1312 10,1 1840 0,01 912 11,1 1802

32 308 EIXO 0,00 1,00 NL NP 100 100 100 100 100 99,6 18,8 0 A-2-4 18 9,2 1910 0,00 3418 6,7 176418 7,7 1842 0,07 19

Pós Compactação 100 100 100 100 100 100 20 0 A-2-4 18 8,8 1900 0,00 3018 9,8 1891 0,00 2518 10,8 1830

32 308 EIXO 0,00 1,00 NL NP 100 100 100 100 100 99,6 18,8 0 A-2-4 26 8,7 1955 0,00 3526 7,0 188126 8,0 1932 0,01 3026 9,0 1953 0,00 3326 10,0 1904 0,00 2526 11,1 1841

32 308 EIXO 0,00 1,00 NL NP 100 100 100 100 100 99,6 18,8 0 A-2-4 55 8,0 2008 0,00 4855 6,5 195955 7,5 2001 0,01 3455 8,5 2000 0,00 4655 9,6 1968 0,00 3055 10,6 1929

SEDIMENTAÇÃO

OBS:

QUADRO RESUMO DE ENSAIOS

IGCLASS.

TRBFURO

COMPACTAÇÃOESTACA POSIÇÃO

PROFUNDIDADE CBRLL IP

GRANULOMETRIA

RODOVIA: Ligação TRECHO: Limeira do Oeste - Rio São Domingos TRECHO: 01OCORRÊNCIA: SUBLEITO

DE A 2" 1" 3/8" # 4 # 10 # 40 # 200 Nº GOLP. HÓT. Dmáx. EXP. CBR SILTE ARGILA33 318 EIXO 0,00 1,00 NL NP 100 100 100 100 100 99,5 17 0 A-2-4 12 10,8 1878 0,04 14 8 10

12 8,5 174512 9,5 1824 0,09 912 10,5 1874 0,05 1312 11,5 1856 0,03 1012 12,5 1784

33 318 EIXO 0,00 1,00 NL NP 100 100 100 100 100 99,5 17 0 A-2-4 18 10,1 1950 0,04 3118 7,5 177818 8,5 1865 0,05 14

Pós Compactação 100 100 100 100 100 100 19,4 0 A-2-4 18 9,6 1939 0,04 3018 10,6 1943 0,04 2718 11,6 1907

33 318 EIXO 0,00 1,00 NL NP 100 100 100 100 100 99,5 17 0 A-2-4 26 9,7 1978 0,02 3826 7,5 188126 8,5 1937 0,04 2126 9,5 1975 0,03 3726 10,5 1960 0,01 2926 11,6 1918

33 318 EIXO 0,00 1,00 NL NP 100 100 100 100 100 99,5 17 0 A-2-4 55 9,0 2008 0,00 4755 6,9 188055 7,9 1945 0,01 3255 9,0 2008 0,00 4755 10,0 1932 0,00 2755 11,1 1830

OBS:

SEDIMENTAÇÃOIG

CLASS.

TRB

CBR

QUADRO RESUMO DE ENSAIOS

FUROCOMPACTAÇÃO

ESTACA POSIÇÃOPROFUNDIDADE

LL IPGRANULOMETRIA

RODOVIA: Ligação TRECHO: Limeira do Oeste - Rio São Domingos TRECHO: 01OCORRÊNCIA: SUBLEITO

DE A 2" 1" 3/8" # 4 # 10 # 40 # 200 Nº GOLP. HÓT. Dmáx. EXP. CBR SILTE ARGILA34 328 EIXO 0,00 1,80 NL NP 100 100 100 100 100 99,6 25,9 0 A-2-4 12 9,6 1880 0,03 15 6,7 18

12 6,9 169612 7,9 1776 0,07 812 8,9 1860 0,04 1412 9,9 1872 0,02 1212 10,9 1815

34 328 EIXO 0,00 1,80 NL NP 100 100 100 100 100 99,6 25,9 0 A-2-4 18 9,0 1962 0,01 2718 7,2 188718 8,2 1940 0,07 24

Pós Compactação 100 100 100 100 100 27,1 0 A-2-4 18 9,3 1959 0,01 2518 10,3 1918 0,01 1618 11,3 1863

34 328 EIXO 0,00 1,80 NL NP 100 100 100 100 100 99,6 25,9 0 A-2-4 26 8,5 1990 0,00 3526 7,1 190426 8,2 1983 0,00 2826 9,2 1980 0,00 3126 10,2 1950 0,00 1926 11,2 1914

34 328 EIXO 0,00 1,80 NL NP 100 100 100 100 100 99,6 25,9 0 A-2-4 55 8,1 2020 0,02 4555 6,2 191555 7,2 1985 0,03 2955 8,2 2019 0,02 4355 9,2 1983 0,01 4255 10,3 1941

OBS:

SEDIMENTAÇÃOPOSIÇÃO

PROFUNDIDADE CBRLL IP

GRANULOMETRIAIG

CLASS.

TRB

QUADRO RESUMO DE ENSAIOS

FUROCOMPACTAÇÃO

ESTACA

RODOVIA: Ligação TRECHO: Limeira do Oeste - Rio São Domingos TRECHO: 01OCORRÊNCIA: SUBLEITO

DE A 2" 1" 3/8" # 4 # 10 # 40 # 200 Nº GOLP. HÓT. Dmáx. EXP. CBR SILTE ARGILA35 338 EIXO 0,00 1,80 NL NP 100 100 100 100 100 99,4 35 0 A-2-4 12 9,4 1874 0,10 15 8 23

12 7,5 183012 8,6 1868 0,13 1112 9,6 1874 0,09 1412 10,6 1857 0,06 712 11,6 1833

35 338 EIXO 0,00 1,80 NL NP 100 100 100 100 100 99,4 35 0 A-2-4 18 9,0 1960 0,07 2918 6,9 187418 7,9 1918 0,11 28

Pós Compactação 100 100 100 100 100 36,4 0 A-4 18 9,0 1960 0,07 2918 10,0 1902 0,05 1918 11,0 1843

35 338 EIXO 0,00 1,80 NL NP 100 100 100 100 100 99,4 35 0 A-2-4 26 8,6 1971 0,04 3826 6,3 182026 7,3 1901 0,06 2326 8,3 1963 0,05 3526 9,4 1957 0,03 2826 10,4 1918

35 338 EIXO 0,00 1,80 NL NP 100 100 100 100 100 99,4 35 0 A-2-4 55 8,0 2004 0,01 5055 6,2 191755 7,2 1975 0,01 2555 8,2 2001 0,01 5055 9,2 1970 0,00 4855 10,3 1920

SEDIMENTAÇÃO

OBS:

POSIÇÃOPROFUNDIDADE CBR

LL IPGRANULOMETRIA

IGCLASS.

TRB

QUADRO RESUMO DE ENSAIOS

FUROCOMPACTAÇÃO

ESTACA

RODOVIA: Ligação TRECHO: Limeira do Oeste - Rio São Domingos TRECHO: 01OCORRÊNCIA: SUBLEITO

DE A 2" 1" 3/8" # 4 # 10 # 40 # 200 Nº GOLP. HÓT. Dmáx. EXP. CBR SILTE ARGILA36 348 LE 0,00 1,80 NL NP 100 100 100 100 100 99,6 19,9 0 A-2-4 12 10,5 1855 0,08 15

12 7,9 168512 9,0 1773 0,10 1112 10,0 1840 0,09 1312 11,0 1850 0,07 812 12,0 1812

36 348 LE 0,00 1,80 NL NP 100 100 100 100 100 99,6 19,9 0 A-2-4 18 9,9 1911 0,04 2518 7,3 172018 8,3 1808 0,07 18

Pós Compactação 100 100 100 100 100 100 21,4 0 A-2-4 18 9,3 1886 0,05 2418 10,3 1913 0,03 2218 11,3 1861

36 348 LE 0,00 1,80 NL NP 100 100 100 100 100 99,6 19,9 0 A-2-4 26 9,0 1943 0,03 2926 7,0 180026 8,0 1873 0,04 2226 9,0 1944 0,03 2926 10,0 1892 0,02 2526 11,0 1829

36 348 LE 0,00 1,80 NL NP 100 100 100 100 100 99,6 19,9 0 A-2-4 55 8,9 1977 0,01 3855 6,9 191555 7,9 1955 0,02 2355 8,9 1977 0,01 3855 10,0 1958 0,00 2455 11,0 1929

QUADRO RESUMO DE ENSAIOS

FUROCOMPACTAÇÃO

ESTACASEDIMENTAÇÃO

OBS:

POSIÇÃOPROFUNDIDADE CBR

LL IPGRANULOMETRIA

IGCLASS.

TRB

RODOVIA: Ligação TRECHO: Limeira do Oeste - Rio São Domingos TRECHO: 01OCORRÊNCIA: SUBLEITO

DE A 2" 1" 3/8" # 4 # 10 # 40 # 200 Nº GOLP. HÓT. Dmáx. EXP. CBR SILTE ARGILA37 358 LE 0,00 1,80 NL NP 100 100 100 100 100 99,4 24,2 0 A-2-4 12 10,0 1844 0,08 15 7 17

12 7,7 173012 8,7 1791 0,10 912 9,7 1837 0,09 1512 10,7 1826 0,07 1212 11,7 1792

37 358 LE 0,00 1,80 NL NP 100 100 100 100 100 99,4 24,2 0 A-2-4 18 9,4 1925 0,05 3018 6,7 175518 7,7 1839 0,07 11

Pós Compactação 100 100 100 100 100 100 26,4 0 A-2-4 18 8,8 1912 0,04 2818 9,8 1916 0,02 1818 10,9 1882

37 358 LE 0,00 1,80 NL NP 100 100 100 100 100 99,4 24,2 0 A-2-4 26 9,0 1958 0,02 3326 7,6 188026 8,6 1949 0,03 2226 9,6 1951 0,01 3226 10,6 1916 0,00 2026 11,6 1880

37 358 LE 0,00 1,80 NL NP 100 100 100 100 100 99,4 24,2 0 A-2-4 55 8,6 1994 0,01 4255 6,6 184855 7,6 1936 0,02 3255 8,6 1994 0,01 4255 9,7 1950 0,01 3255 10,7 1939

SEDIMENTAÇÃO

OBS:

IGCLASS.

TRB

CBR

QUADRO RESUMO DE ENSAIOS

FUROCOMPACTAÇÃO

ESTACA POSIÇÃOPROFUNDIDADE

LL IPGRANULOMETRIA

RODOVIA: Ligação TRECHO: Limeira do Oeste - Rio São Domingos TRECHO: 01OCORRÊNCIA: SUBLEITO

DE A 2" 1" 3/8" # 4 # 10 # 40 # 200 Nº GOLP. HÓT. Dmáx. EXP. CBR SILTE ARGILA38 367 EIXO 0,00 1,80 NL NP 100 100 100 100 100 99,2 34,2 0 A-2-4 12 11,1 1860 0,04 13

12 9,0 173912 10,1 1808 0,05 812 11,1 1860 0,04 1312 12,1 1819 0,02 1012 13,1 1764

38 367 EIXO 0,00 1,80 NL NP 100 100 100 100 100 99,2 34,2 0 A-2-4 18 10,4 1922 0,01 2818 8,6 183118 9,6 1896 0,03 24

Pós Compactação 100 100 100 100 100 100 35,5 0 A-4 18 10,6 1912 0,01 2518 11,7 1872 0,00 1118 12,7 1812

38 367 EIXO 0,00 1,80 NL NP 100 100 100 100 100 99,2 34,2 0 A-2-4 26 9,8 1965 0,00 3726 7,2 180626 8,3 1885 0,01 1826 9,3 1957 0,00 3526 10,3 1953 0,00 2926 11,3 1889

38 367 EIXO 0,00 1,80 NL NP 100 100 100 100 100 99,2 34,2 0 A-2-4 55 9,2 1980 0,02 4255 7,0 183255 8,1 1923 0,03 2255 9,1 1977 0,02 4255 10,1 1959 0,01 1855 11,1 1908

QUADRO RESUMO DE ENSAIOS

FUROCOMPACTAÇÃO

ESTACASEDIMENTAÇÃO

OBS:

POSIÇÃOPROFUNDIDADE CBR

LL IPGRANULOMETRIA

IGCLASS.

TRB

RODOVIA: Ligação TRECHO: Limeira do Oeste - Rio São Domingos TRECHO: 01OCORRÊNCIA: SUBLEITO

DE A 2" 1" 3/8" # 4 # 10 # 40 # 200 Nº GOLP. HÓT. Dmáx. EXP. CBR SILTE ARGILA39 378 EIXO 0,00 1,00 NL NP 100 100 100 100 100 99,2 29,9 0 A-2-4 12 10,8 1872 0,10 13

12 9,0 178112 10,0 1842 0,13 812 11,0 1871 0,09 1312 12,1 1849 0,07 1012 13,1 1820

39 378 EIXO 0,00 1,00 NL NP 100 100 100 100 100 99,2 29,9 0 A-2-4 18 10,0 1928 0,08 2518 8,7 188218 9,9 1927 0,10 22

Pós Compactação 100 100 100 100 100 100 31,5 0 A-2-4 18 10,9 1921 0,07 2518 11,9 1892 0,05 1618 13,0 1858

39 378 EIXO 0,00 1,00 NL NP 100 100 100 100 100 99,2 29,9 0 A-2-4 26 9,6 1946 0,04 3526 7,4 184326 8,4 1904 0,05 1626 9,5 1943 0,04 3226 10,5 1921 0,03 1826 11,5 1881

39 378 EIXO 0,00 1,00 NL NP 100 100 100 100 100 99,2 29,9 0 A-2-4 55 9,0 2009 -0,01 4055 7,0 191655 8,0 1976 -0,02 2055 9,1 2007 -0,01 3855 10,1 1975 -0,01 1655 11,1 1933

SEDIMENTAÇÃO

OBS:

POSIÇÃOPROFUNDIDADE CBR

LL IPGRANULOMETRIA

IGCLASS.

TRB

QUADRO RESUMO DE ENSAIOS

FUROCOMPACTAÇÃO

ESTACA

RODOVIA: Ligação TRECHO: Limeira do Oeste - Rio São Domingos TRECHO: 01OCORRÊNCIA: SUBLEITO

DE A 2" 1" 3/8" # 4 # 10 # 40 # 200 Nº GOLP. HÓT. Dmáx. EXP. CBR SILTE ARGILA40 388 EIXO 0,00 1,00 NL NP 100 100 100 100 100 99,0 24,7 0 A-2-4 12 10,2 1875 0,07 15

12 7,8 181412 8,8 1899 0,08 912 9,8 1966 0,07 1512 10,8 1969 0,06 1112 11,8 1935

40 388 EIXO 0,00 1,00 NL NP 100 100 100 100 100 99,0 24,7 0 A-2-4 18 9,4 1960 0,06 2418 7,9 189518 8,9 1953 0,07 22

Pós Compactação 100 100 100 100 100 100 26,5 0 A-2-4 18 9,9 1951 0,04 2318 10,9 1920 0,02 2018 11,9 1888

40 388 EIXO 0,00 1,00 NL NP 100 100 100 100 100 99,0 24,7 0 A-2-4 26 9,0 1972 0,04 3326 7,5 189326 8,5 1958 0,05 2326 9,5 1965 0,03 3226 10,6 1930 0,02 2626 11,6 1891

40 388 EIXO 0,00 1,00 NL NP 100 100 100 100 100 99,0 24,7 0 A-2-4 55 8,6 1995 0,00 3855 6,6 187155 7,6 1935 0,01 2555 8,6 1994 0,00 3855 9,6 1950 0,00 2655 10,7 1890

QUADRO RESUMO DE ENSAIOS

FUROCOMPACTAÇÃO

ESTACASEDIMENTAÇÃO

OBS:

POSIÇÃOPROFUNDIDADE CBR

LL IPGRANULOMETRIA

IGCLASS.

TRB

RODOVIA: MG 190 TRECHO: Entr° BR 262 - Alemida Campos - Entr° LMG 798OCORRÊNCIA: SUBLEITO TRECHO: 02

DE A 2" 1" 3/8" # 4 # 10 # 40 # 200 Nº GOLP. HÓT. Dmáx. EXP. CBR SILTE ARGILA24 310 BD 0,00 2,40 55,0 22,4 100 100 100 100 100 98,0 94,4 16 A-7-5 12 29,5 1340 0,17 8 18 52

12 27,0 122212 28,2 1282 0,32 612 29,4 1333 0,18 812 30,5 1329 0,15 412 31,7 1298

24 310 BD 0,00 2,40 55,0 22,4 100 100 100 100 100 98,0 94,4 16 A-7-5 18 28,8 1385 0,14 1018 23,2 127418 25,6 1322 0,20 318 28,0 1377 0,16 918 30,4 1366 0,10 718 32,8 1309

24 310 BD 0,00 2,40 55,0 22,4 100 100 100 100 100 98,0 94,4 16 A-7-5 26 27,7 1418 0,12 1026 24,8 132126 26,0 1372 0,10 726 27,2 1412 0,12 826 28,3 1406 0,18 826 29,5 1330

OBS:

FUROCOMPACTAÇÃO

ESTACA POSIÇÃOPROFUNDIDADE CBR

LL IPGRANULOMETRIA SEDIMENTAÇÃO

IGCLASS.

TRB

QUADRO RESUMO DE ENSAIOS

RODOVIA: MG 190 TRECHO: Entr° BR 262 - Alemida Campos - Entr° LMG 798OCORRÊNCIA: SUBLEITO TRECHO: 02

DE A 2" 1" 3/8" # 4 # 10 # 40 # 200 Nº GOLP. HÓT. Dmáx. EXP. CBR SILTE ARGILA24A 322 eixo 0,00 1,50 48,9 20,3 100 100 100 99,2 98,5 95,5 90,3 14 A-7-6 12 28,6 1325 0,33 8 16 52

12 26,3 123512 27,5 1297 0,42 512 28,6 1325 0,33 812 29,8 1306 0,29 712 31,0 1273

24A 322 eixo 0,00 1,50 48,9 20,3 100 100 100 99,2 98,5 95,5 90,3 14 A-7-6 18 28,1 1335 0,19 818 22,9 124918 25,4 1293 0,16 618 27,8 1333 0,20 818 30,3 1302 0,26 518 32,7 1244

24A 322 eixo 0,00 1,50 48,9 20,3 100 100 100 99,2 98,5 95,5 90,3 14 A-7-6 26 27,6 1378 0,14 826 25,3 132926 26,4 1361 0,19 526 27,6 1378 0,14 826 28,8 1351 0,11 726 29,9 1309

LL IPGRANULOMETRIA

IG

QUADRO RESUMO DE ENSAIOS

OBS:

SEDIMENTAÇÃOCLASS.

TRBFURO

COMPACTAÇÃOESTACA POSIÇÃO

PROFUNDIDADE CBR

RODOVIA: MG 190 TRECHO: Entr° BR 262 - Alemida Campos - Entr° LMG 798OCORRÊNCIA: SUBLEITO TRECHO: 02

DE A 2" 1" 3/8" # 4 # 10 # 40 # 200 Nº GOLP. HÓT. Dmáx. EXP. CBR SILTE ARGILA25 345 eixo 0,00 1,00 52,2 21,8 100 100 100 100 100 97,3 92,8 15 A-7-5 12 29,1 1355 0,29 7 18 41

12 26,4 128112 27,6 1317 0,38 412 28,7 1350 0,32 712 29,9 1337 0,25 512 31,1 1303

25 345 eixo 0,00 1,00 52,2 21,8 100 100 100 100 100 97,3 92,8 15 A-7-5 18 28,2 1400 0,18 1018 25,4 132218 26,6 1370 0,32 718 27,8 1396 0,21 1018 29,0 1391 0,13 818 30,2 1356

25 345 eixo 0,00 1,00 52,2 21,8 100 100 100 100 100 97,3 92,8 15 A-7-5 26 27,7 1455 0,12 1126 25,3 129426 26,5 1379 0,19 726 27,7 1452 0,12 1026 28,8 1653 0,10 926 30,0 1342

SEDIMENTAÇÃO

OBS:

QUADRO RESUMO DE ENSAIOS

CBRLL IP

GRANULOMETRIAIG

CLASS.

TRBFURO

COMPACTAÇÃOESTACA POSIÇÃO

PROFUNDIDADE

RODOVIA: MG 190 TRECHO: Entr° BR 262 - Alemida Campos - Entr° LMG 798OCORRÊNCIA: SUBLEITO TRECHO: 02

DE A 2" 1" 3/8" # 4 # 10 # 40 # 200 Nº GOLP. HÓT. Dmáx. EXP. CBR SILTE ARGILA26 355 eixo 0,00 1,00 51,7 21,2 100 100 100 100 99,8 97,5 92,6 15 A-7-5 12 29,2 1420 0,33 9 15 52

12 26,3 123112 27,5 1327 0,35 612 28,7 1409 0,33 912 29,8 1414 0,25 612 31,0 1380

26 355 eixo 0,00 1,00 51,7 21,2 100 100 100 100 99,8 97,5 92,6 15 A-7-5 18 28,1 1440 0,21 918 25,2 124818 26,4 1342 0,38 618 27,6 1429 0,22 918 28,8 1427 0,17 718 30,0 1385

26 355 eixo 0,00 1,00 51,7 21,2 100 100 100 100 99,8 97,5 92,6 15 A-7-5 26 27,7 1472 0,17 1026 25,3 136226 26,5 1421 0,27 926 27,6 1473 0,18 1026 28,8 1445 0,16 726 29,9 1371

QUADRO RESUMO DE ENSAIOS

CBRLL IP

GRANULOMETRIAIG

OBS:

SEDIMENTAÇÃOCLASS.

TRBFURO

COMPACTAÇÃOESTACA POSIÇÃO

PROFUNDIDADE

RODOVIA: MG 190 TRECHO: Entr° BR 262 - Alemida Campos - Entr° LMG 798OCORRÊNCIA: SUBLEITO TRECHO: 02

DE A 2" 1" 3/8" # 4 # 10 # 40 # 200 Nº GOLP. HÓT. Dmáx. EXP. CBR SILTE ARGILA27 405 eixo 0,00 1,00 54,6 20,4 100 100 100 100 99,1 95,8 89,8 15 A-7-5 12 27,7 1330 0,35 8 14 60

12 25,4 128312 26,6 1312 0,38 612 27,7 1330 0,35 812 28,9 1301 0,25 412 30,0 1263

27 405 eixo 0,00 1,00 54,6 20,4 100 100 100 100 99,1 95,8 89,8 15 A-7-5 18 27,2 1428 0,18 818 24,7 133718 25,9 1392 0,46 818 27,2 1428 0,18 818 28,4 1403 0,16 518 29,6 1355

27 405 eixo 0,00 1,00 54,6 20,4 100 100 100 100 99,1 95,8 89,8 15 A-7-5 26 26,7 1483 0,13 926 24,4 129426 25,5 1393 0,19 726 26,7 1483 0,13 926 27,8 1448 0,07 626 29,0 1408

COMPACTAÇÃOESTACA POSIÇÃO

PROFUNDIDADE SEDIMENTAÇÃO

OBS:

QUADRO RESUMO DE ENSAIOS

CBRLL IP

GRANULOMETRIAIG

CLASS.

TRBFURO

RODOVIA: MG 190 TRECHO: Entr° BR 262 - Alemida Campos - Entr° LMG 798OCORRÊNCIA: SUBLEITO TRECHO: 02

DE A 2" 1" 3/8" # 4 # 10 # 40 # 200 Nº GOLP. HÓT. Dmáx. EXP. CBR SILTE ARGILA28 415 eixo 0,00 1,00 53,7 22,1 100 100 100 100 100 96,9 92,6 16 A-7-5 12 28,1 1389 0,34 8 19 54

12 25,3 129512 26,5 1342 0,41 412 27,7 1381 0,36 712 28,8 1380 0,24 612 30,0 1346

28 415 eixo 0,00 1,00 53,7 22,1 100 100 100 100 100 96,9 92,6 16 A-7-5 18 27,2 1406 0,25 1018 22,8 118118 24,5 1299 0,54 718 26,2 1396 0,31 918 27,9 1399 0,21 518 29,6 1319

28 415 eixo 0,00 1,00 53,7 22,1 100 100 100 100 100 96,9 92,6 16 A-7-5 26 26,3 1437 0,15 1026 24,3 135226 25,5 1415 0,26 726 26,6 1431 0,14 926 27,8 1396 0,12 526 29,0 1353

COMPACTAÇÃOESTACA POSIÇÃO

PROFUNDIDADE SEDIMENTAÇÃO

OBS:

QUADRO RESUMO DE ENSAIOS

CBRLL IP

GRANULOMETRIAIG

CLASS.

TRBFURO

RODOVIA: Municipal TRECHO: Milho Verde - Serro TRECHO: 03OCORRÊNCIA: SUBLEITO

DE A 2" 1" 3/8" # 4 # 10 # 40 # 200 Nº GOLP. HÓT. Dmáx. EXP. CBR SILTE ARGILA30 165 BD 0,00 1,60 50,7 21,9 100 100 97,9 97,7 96,8 95,3 70,5 14 A-7-6 18 23,0 1688 0,35 17 9 60

18 17,8 158618 20,0 1631 0,65 918 22,1 1679 0,35 1718 24,2 1675 0,35 1018 26,4 1632

12 23,7 1635 0,32 1026 22,6 1691 0,16 16

64 357 BD 0,00 2,40 48,3 21,4 100 100 100 98,4 93,9 89,6 72,4 14 A-7-6 18 20,4 1661 0,30 16 9 5418 16,2 157818 18,3 1629 0,70 718 20,4 1661 0,30 1618 22,5 1630 0,20 1218 24,6 1585

12 20,9 1575 0,20 926 19,4 1660 0,20 15

88 485 BD 0,00 2,10 51,4 21,0 100 100 100 99,5 98,7 96,9 73,5 14 A-7-5 18 21,2 1680 0,15 17 6 6718 16,3 156418 18,5 1620 0,43 1118 20,7 1676 0,19 1818 23,0 1654 0,15 1218 25,2 1632

12 21,7 1584 0,22 926 20,2 1689 0,14 17

144 777 BE 0,00 5,80 32,5 15,0 100 100 89,4 84,4 78,3 66,8 38,9 18 A-7-5 18 15,0 1788 0,13 21 7 16

IGCLASS.

TRB

COMPACTAÇÃOIP

OBS:

QUADRO RESUMO DE ENSAIOS

LLCBR SEDIMENTAÇÃOGRANULOMETRIA

FURO ESTACA POSIÇÃOPROFUNDIDADE

RODOVIA: Municipal TRECHO: Milho Verde - Serro TRECHO: 03OCORRÊNCIA: SUBLEITO

DE A 2" 1" 3/8" # 4 # 10 # 40 # 200 Nº GOLP. HÓT. Dmáx. EXP. CBR SILTE ARGILA18 10,7 163818 12,2 1708 0,30 1218 13,8 1773 0,17 2118 15,4 1782 0,13 1618 17,0 1754

12 15,5 1695 0,27 1226 14,2 1850 0,14 26

157 851 BD 0,00 1,50 60,2 22,4 100 100 100 100 98,8 82,8 68,5 15 A-7-5 18 27,7 1503 0,43 1418 22,5 141118 24,6 1457 1,90 718 26,7 1497 0,63 1318 28,9 1494 0,23 1018 31,0 1456

12 27,3 1426 0,49 926 26,7 1515 0,12 16

159 861 BD 0,00 1,50 58,5 24,5 100 100 98,4 95,9 92,3 86,3 66,6 15 A-7-5 18 25,2 1675 0,20 14 7 5818 19,9 157718 22,1 1627 0,42 1018 24,3 1668 0,25 1318 26,5 1662 0,13 818 28,7 1623

12 25,7 1571 0,32 726 24,4 1692 0,18 13

163 881 BD 0,00 1,50 56,0 25,8 100 100 100 99,7 99,1 95,3 64,8 15 A-7-5 18 24,0 1640 0,13 14 6 5918 20,1 1535

OBS:

SEDIMENTAÇÃOGRANULOMETRIAFURO ESTACA POSIÇÃO

PROFUNDIDADEIG

CLASS.

TRB

COMPACTAÇÃOIPLL

CBR

QUADRO RESUMO DE ENSAIOS

RODOVIA: Municipal TRECHO: Milho Verde - Serro TRECHO: 03OCORRÊNCIA: SUBLEITO

DE A 2" 1" 3/8" # 4 # 10 # 40 # 200 Nº GOLP. HÓT. Dmáx. EXP. CBR SILTE ARGILA46 260 BD 0,00 2,30 NL NP 100 100 100 100 99,9 99,4 63,4 6 A-4 18 9,2 1687 1,68 4 26 16

18 7,0 164218 8,1 1673 1,72 318 9,1 1682 1,68 418 10,1 1675 1,52 318 11,1 1647

12 9,2 1641 1,92 326 9,0 1691 3,25 3

156 844 BE 0,00 3,50 49,0 NP 100 100 100 100 99,1 96,6 73,7 9 A-5 18 22,2 1570 7,34 1 40 1818 15,7 151918 18,9 1551 9,13 118 22,2 1570 7,34 118 25,5 1551 3,30 218 28,8 1522

12 22,7 1531 6,92 126 21,7 1591 8,36 2

159 861 BD 1,50 3,70 48,0 NP 100 100 100 99,2 98,7 95,6 72,3 9 A-5 18 20,2 1593 9,34 1 49 1518 15,1 154718 17,2 1574 0,34 118 19,2 1591 9,34 118 21,3 1590 8,96 118 23,3 1575

12 20,7 1546 9,29 126 19,7 1596 9,38 1

IPLL

OBS:

IGCLASS.

TRB

EQUIV.

AREIA

COMPACTAÇÃO SEDIMENTAÇÃO

QUADRO RESUMO DE ENSAIOS

CBRGRANULOMETRIAFURO ESTACA POSIÇÃO

PROFUNDIDADE

RODOVIA: Municipal TRECHO: Milho Verde - Serro TRECHO: 03OCORRÊNCIA: SUBLEITO

DE A 2" 1" 3/8" # 4 # 10 # 40 # 200 Nº GOLP. HÓT. Dmáx. EXP. CBR SILTE ARGILAIPLL IG

CLASS.

TRB

EQUIV.

AREIA

COMPACTAÇÃO SEDIMENTAÇÃO

QUADRO RESUMO DE ENSAIOS

CBRGRANULOMETRIAFURO ESTACA POSIÇÃO

PROFUNDIDADE

165 891 BD 0,00 3,80 NL NP 100 100 96,6 94,2 90,4 85,1 59 5 A-4 18 17,1 1708 3,15 5 46 1318 13,1 166018 15,1 1684 3,39 318 17,2 1707 3,15 418 19,3 1690 3,03 418 21,3 1674

12 17,7 1646 3,06 426 16,8 1728 3,84 4

182 978 BE 0,00 5,20 39,9 NP 100 100 100 99,8 99,1 97,0 71,5 7 A-4 18 17,3 1656 7,33 2 50 1418 13,1 163718 15,2 1648 8,38 118 17,3 1656 7,33 218 19,4 1652 6,50 218 21,5 1645

12 18,3 1571 8,03 126 16,7 1688 7,73 2

183 983 BE 0,00 3,90 38,3 NP 100 100 93,6 91,7 89,7 81,3 57,5 5 A-4 18 18,4 1700 6,50 2 44 1318 12,7 164218 14,8 1672 7,32 118 16,8 1694 6,67 218 18,9 1695 6,57 218 21,0 1674

12 19,0 1632 5,61 226 17,4 1734 6,28 2

OBS:

RODOVIA: Municipal TRECHO: Milho Verde - Serro TRECHO: 03OCORRÊNCIA: SUBLEITO

DE A 2" 1" 3/8" # 4 # 10 # 40 # 200 Nº GOLP. HÓT. Dmáx. EXP. CBR SILTE ARGILAIPLL IG

CLASS.

TRB

EQUIV.

AREIA

COMPACTAÇÃO SEDIMENTAÇÃO

QUADRO RESUMO DE ENSAIOS

CBRGRANULOMETRIAFURO ESTACA POSIÇÃO

PROFUNDIDADE

185 995 BE 0,00 1,50 NL NP 100 100 100 99,9 99,5 95,3 59,3 5 A-4 18 18,7 1668 7,40 2 27 2318 14,6 163218 16,6 1656 7,40 118 18,7 1668 7,40 218 20,7 1654 5,79 118 22,7 1632

12 19,2 1615 6,73 226 18,1 1682 7,40 2

186 1000 BD 0,00 2,60 59,0 NP 100 100 100 100 99,4 96,8 80,4 12 A-5 18 25,2 1515 3,20 6 43 1418 21,0 145718 23,2 1498 3,75 418 25,4 1514 3,18 618 27,6 1495 3,00 418 29,8 1458

12 25,9 1496 3,51 426 24,8 1575 2,80 6

187 1005 BE 0,00 4,50 41,6 NP 100 100 90,2 88,8 85,9 80,1 60,2 5 A-5 18 18,0 1672 6,27 2 34 1018 14,4 164118 16,5 1665 6,46 118 18,6 1672 6,20 218 20,6 1662 6,16 218 22,7 1649

12 18,5 1621 6,40 126 17,4 1691 6,19 1

OBS:

RODOVIA: Municipal TRECHO: Milho Verde - Serro TRECHO: 03OCORRÊNCIA: SUBLEITO

DE A 2" 1" 3/8" # 4 # 10 # 40 # 200 Nº GOLP. HÓT. Dmáx. EXP. CBR SILTE ARGILAIPLL IG

CLASS.

TRB

EQUIV.

AREIA

COMPACTAÇÃO SEDIMENTAÇÃO

QUADRO RESUMO DE ENSAIOS

CBRGRANULOMETRIAFURO ESTACA POSIÇÃO

PROFUNDIDADE

192 1031 BE 0,00 1,50 43,1 NP 100 100 99 98,6 97,8 95,6 71,6 8 A-5 18 20,0 1650 6,50 3 17 2618 16,9 161618 19,0 1643 7,20 218 21,2 1644 5,80 418 23,4 1627 3,60 218 25,5 1608

12 20,8 1615 6,70 226 19,5 1672 6,40 2

OBS:

RODOVIA: Municipal TRECHO: Milho Verde - Serro TRECHO: 03OCORRÊNCIA: SUBLEITO

DE A 2" 1" 3/8" # 4 # 10 # 40 # 200 Nº GOLP. HÓT. Dmáx. EXP. CBR SILTE ARGILA18 22,3 1602 0,22 1018 24,5 1625 0,10 1318 26,8 1606 0,09 818 29,0 1574

12 24,6 1536 0,29 826 23,6 1664 0,12 13

164 886 BD 0,00 2,90 57,2 26,3 100 100 100 99,6 98,4 94,3 75,9 18 A-7-5 18 24,4 1560 0,20 16 6 6218 20,5 151018 22,8 1529 0,50 1018 25,2 1549 0,20 1618 27,5 1494 0,10 718 29,9 1438

12 24,9 1493 0,31 1026 23,8 1572 0,20 17

193 1036 BE 0,00 2,50 49,1 20,2 100 93,2 90,9 89,7 88,4 84,9 61,4 11 A-7-6 18 24,5 1642 0,25 18 6 5018 22,4 156118 23,5 1616 0,32 1318 24,7 1642 0,25 1818 25,8 1632 0,22 1118 26,9 1614

12 25,0 1530 0,30 1026 24,0 1694 0,18 19

QUADRO RESUMO DE ENSAIOS

CBRGRANULOMETRIAFURO ESTACA POSIÇÃO

PROFUNDIDADEIG

CLASS.

TRB

COMPACTAÇÃO

OBS:

IPLLSEDIMENTAÇÃO

VARIAÇÃO DAS DENSIDADES

Trecho 1 - Limeira do Oeste – Rio São Domingos

ESTACA 298 ESTACA 308 ESTACA 318 ESTACA 328 ESTACA 338 Energia de

compactação dens. Variação

%

dens. Variação

%

dens. Variação

%

dens. Variação

%

dens. Variação

%

PN 1860 - 1848 - 1878 - 1880 - 1874 -

PIN 1916 3,01 1910 3,35 1950 3,83 1962 4,36 1960 4,58

PI 1958 2,19 1955 2,35 1978 1,43 1990 1,42 1971 0,56

PM 1990 1,63 2008 1,51 2008 1,51 2020 1,50 2004 1,67

Trecho 1 - Limeira do Oeste – Rio São Domingos

Energia de ESTACA 348 ESTACA 358 ESTACA 367 ESTACA 378 ESTACA 388

compactação dens. Variação

%

dens. Variação

%

dens. Variação

%

dens. Variação

%

dens. Variação

%

PN 1855 - 1844 - 1860 - 1872 - 1875 -

PIN 1911 3,01 1925 4,39 1922 3,33 1928 2,99 1960 4,53

PI 1943 1,67 1958 1,71 1965 2,23 1946 0,93 1972 0,61

PM 1977 1,74 1994 1,83 1980 0,76 2009 3,23 1995 1,16

VARIAÇÃO DAS DENSIDADES

Trecho 2 -

ESTACA 310 ESTACA 322 ESTACA 345 ESTACA 355 ESTACA 405 ESTACA 415 Energia de

compactação dens. Variação

%

dens. Variação

%

dens. Variação

%

dens. Variação

%

dens. Variação

%

dens. Variação

%

PN 1340 - 1325 - 1355 - 1420 - 1330 - 1389 -

PIN 1385 3,35 1335 0,75 1400 3,32 1440 1,40 1428 7,36 1406 1,22

PI 1492 7,72 1519 13,78 1455 3,92 1472 2,22 1483 3,85 1437 2,20

Trecho 3 (solos siltosos expansivos)

ESTACA 260 ESTACA 844 ESTACA 861 ESTACA 891 ESTACA 978 ESTACA 983 ESTACA 995 ESTACA 1000 ESTACA 1005 ESTACA 1031 Energia de

compactação dens. Variação

%

dens. Variação

%

dens. Variação

%

dens. Variação

%

dens. Variação

%

dens. Variação

%

dens. Variação

%

dens. Variação

%

dens. Variação

%

dens. Variação

%

PN 1641 - 1531 - 1546 - 1646 - 1571 - 1632 - 1615 - 1496 - 1621 - 1615 -

PIN 1687 2,80 1570 2,54 1593 3,04 1708 3,76 1656 5,41 1700 4,16 1668 3,28 1515 1,27 1672 3,14 1650 2,16

PI 1691 0,23 1591 1,33 1596 0,18 1728 1,17 1688 1,93 1734 2,00 1682 0,83 1575 3,96 1691 1,13 1672 1,33

Trecho 3 (solos areno argilosos)

ESTACA 155 ESTACA 357 ESTACA 485 ESTACA 777 ESTACA 851 ESTACA 861 ESTACA 881 ESTACA 886 ESTACA 1036 Energia de

compactação dens. Variação

%

dens. Variação

%

dens. Variação

%

dens. Variação

%

dens. Variação

%

dens. Variação

%

dens. Variação

%

dens. Variação

%

dens. Variação

%

PN 1635 - 1575 - 1584 - 1695 - 1426 - 1571 - 1536 - 1493 - 1530 -

PIN 1688 3,24 1661 5,46 1680 6,06 1788 5,48 1503 5,39 1675 6,61 1640 6,77 1560 4,48 1642 7,32

PI 1691 0,17 1660 - 1689 0,53 1850 3,46 1515 0,79 1692 1,01 1664 1,46 1572 0,76 1694 3,16

ANEXO II – CALIBRAÇÃO DOS EQUIPAMENTOS

CALIBRAÇÃO DOS EQUIPAMENTOS EMPREGADOS NOS ENSAIOS

LABORATÓRIO RESPONSÁVEL PELA CALIBRAÇÃO : Mettrocal

Setor: Granulometria e Ensaios Especiais

ITEM DESCRIÇÃO PRÓXIMA CALIB. CERTIFICADO NO.

001 Peneira Granulométrica - ABNT 1/2" 10/9/2010 MC65403/09

002 Peneira Granulométrica - ABNT 1.1/2" 10/9/2010 MC65410/09

003 Peneira Granulométrica - ABNT 3" 10/9/2010 MC65358/09

004 Peneira Granulométrica - ABNT 1/4" 10/9/2010 MC65362/09

005 Peneira Granulométrica - ABNT 10 10/9/2010 MC65361/09

006 Peneira Granulométrica - ABNT 3/8" 10/9/2010 MC65335/09

007 Peneira Granulométrica - ABNT 8 10/9/2010 MC65359/09

008 Peneira Granulométrica - ABNT 4 10/9/2010 MC65363/09

009 Peneira Granulométrica - ABNT 1" 10/9/2010 MC65393/09

II.1

CALIBRAÇÃO DOS EQUIPAMENTOS EMPREGADOS NOS ENSAIOS LABORATÓRIO RESPONSÁVEL PELA CALIBRAÇÃO : Mettrocal

Setor: Granulometria e Ensaios Especiais (continuação)

ITEM DESCRIÇÃO PRÓXIMA CALIB. CERTIFICADO NO.

010 Peneira Granulométrica - ABNT ¾" 10/9/2010 MC65443/09

011 Peneira Granulométrica - ABNT 4 10/9/2010 MC65330/09

012 Peneira Granulométrica - ABNT 16 10/9/2010 MC65311/09

013 Peneira Granulométrica - ABNT 200 10/9/2010 MC65307/09

014 Peneira Granulométrica - ABNT 30 10/9/2010 MC65305/09

015 Peneira Granulométrica - ABNT 80 10/9/2010 MC65300/09

016 Peneira Granulométrica - ABNT 40 10/9/2010 MC65303/09

017 Peneira Granulométrica - ABNT 40 10/9/2010 MC65308/09

018 Peneira Granulométrica - ABNT 40 10/9/2010 MC65313/09

019 Peneira Granulométrica - ABNT 100 10/9/2010 MC65304/09

020 Peneira Granulométrica - ABNT 50 10/9/2010 MC65309/09

021 Peneira Granulométrica - ABNT 10 10/9/2010 MC65455/09

022 Proveta de vidro 15/09/10 MC65468/09

023 Proveta de vidro 15/09/10 MC65467/09

024 Escala de aço 10/09/10 MC65099/09

025 Termômetro de vidro 10/09/10 MC65088/09

026 Picnômetro de vidro 15/09/10 MC65463/09

027 Densímetro 15/09/10 MC65462/09

028 Paquímetro analógico 10/09/10 MC65079/09

II.2

CALIBRAÇÃO DOS EQUIPAMENTOS EMPREGADORES NOS ENSAIOS

LABORATÓRIO RESPONSÁVEL PELA CALIBRAÇÃO : Mettrocal

Setor: Rompimento

029 Prensa de CBR 10/09/2010 MC65457/09

030 Prensa de CBR 10/09/2010 MC65458/09

031 Relógio Comparador 10/09/2010 MC65084/09

032 Relógio Comparador 10/09/2010 MC65086/09

Setor: Limite

033 Balança digital - AS 2000 C 10/09/10 MC65097/09

Setor: Preparação

034 Peneira Granulométrica ABNT 4 10/09/02010 MC65400/09

035 Peneira Granulométrica ABNT 4 10/09/02010 MC65430/09

036 Peneira Granulométrica ABNT 4 10/09/02010 MC65456/09

Setor: Geral

037 Estufa 10/09/02010 MC65089/09

038 Estufa 10/09/02010 MC65373/09

II.3

ANEXO III – MAPAS DOS TRECHOS PESQUISADOS

Contorno de Pirajuba

Limeira do Oeste - MGT-497(Carneirinho)

Almeida Campo - Entrº BR-262

Materlândia - Rio Vermelho

Congonhas do Norte -Conceição do Mato Dentro

Santo Antônio do Itambé -Serra Azul de MinasLimeira do Oeste - Rio São Domingos

Itapagipe - Entrº BR-364(Campina Florido)

Frei Lagonegro -Entrº MG-117Milho Verde - Serro

ANEXO IV – PESQUISAS REALIZADAS NO DER-MG

Pesquisas realizadas no DER-MG – Resultados Médios de CBR e Resultados dos

ensaios por amostra.

RESULTADOS MÉDIOS DE CBR-SUBLEITO TRECHOS PESQUISADOS

DER-MG SOLOS A-2-4 PN 1,5PN PI NUMERO DE

AMOSTRAS

Contorno de Pirajuba 21,1 32,0 - 16

Limeira do Oeste-MGT497 (Carneirinho) 18,7 23,2 30,7 62

Itapagipe-Ent. BR-364(Campina Verde) 14,8 26,6 38,5 52

RESULTADOS MÉDIOS DE CBR-SUBLEITO TRECHOS PESQUISADOS

DER-MG SOLOS A-7-5 E A-7-6-

% #200≥ 80%

PN 1,5PN PI NUMERO DE

AMOSTRAS

Congonhas do Norte-Conceição do Mato

Dentro

8,5 10,1 10,8 7

Santo Antônio do Itambé- Serra Azul de

Minas

9,4 12 14,3 8

Frei Lagonegro- Ent. MG 117 6,6 12,9 13,8 2

RESULTADOS MÉDIOS DE CBR-SUBLEITO TRECHOS PESQUISADOS

DER-MG SOLOS A-7-5 E A-7-6-

% #200< 80%

PN 1,5PN PI NUMERO DE

AMOSTRAS

Congonhas do Norte-Conceição do Mato

Dentro

9,6 13,0 13,7 39

Santo Antônio do Itambé- Serra Azul de

Minas

8,6 12,2 14,5 21

Frei Lagonegro- Ent. MG 117 12,5 15,6 18,9 37

Materlândia de Minas-Rio Vermelho 12,3 16,11 20,8 10

IV.1

Rodovia: MGC-154 Trecho: Itapagipe – Entroncamento BR 364 (Campina Verde)

SOLOS A-2-4

Sequência Estaca

Num.

PN

CBR

1,5PN

CBR

PI

CBR

Sequência Estaca

Num.

PN

CBR

1,5PN

CBR

PI

CBR

1

2

3

4

5

6

7

8

9

10

11

12

13

14

15

16

17

18

19

20

21

22

23

24

25

26

41

46

51

56

61

71+18

80+18

115

120

130

135

140

144+18

149+18

154+17

159+17

194+17

199+16

204+16

209+16

214+16

219+16

225+16

260+16

274+14

289+16

13

16

12

14

13

13

17

14

15

16

17

14

18

11

13

14

15

17

12

16

15

17

15

13

15

22

24

34

28

25

20

24

34

27

20

29

32

24

24

26

23

26

24

27

20

25

29

29

22

26

35

31

35

47

36

33

33

35

48

35

29

36

42

39

38

38

41

40

36

41

36

30

40

45

35

41

52

46

27

28

29

30

31

32

33

34

35

36

37

38

39

40

41

42

43

44

45

46

47

48

49

50

51

52

297+13

302+13

307+13

312+13

317+13

322+13

327+13

333+13

361+13

426+13

432+13

437+13

442+13

561+13

603+13

611+13

616+13

624+13

659+13

667+13

677+13

687+13

697+13

707+13

713+13

734+13

17

19

16

18

12

14

16

18

21

23

10

13

12

13

10

11

12

14

14

16

13

17

13

17

14

12

17

19

16

18

27

31

29

25

34

43

23

25

25

20

20

22

19

25

29

21

19

26

23

35

33

19

38

44

48

42

41

45

37

31

41

52

37

31

37

30

28

27

25

37

49

38

26

37

39

50

48

35

IV.2

Rodovia: Ligação Trecho: Limeira do Oeste- MGT 497 (Carneirinho)

SOLOS A-2-4

Sequência Estaca

Num.

PN

CBR

1,5PN

CBR

PI

CBR

Sequência Estaca

Num.

PN

CBR

1,5PN

CBR

PI

CBR

1

2

3

4

5

6

7

8

9

10

11

12

13

14

15

16

17

18

19

20

21

22

23

24

25

26

27

28

29

30

31

3

2

21

40

60

79

98

117

137

157

175

175

175

191

205

220

241

261

280

300

304

310

315

320+10

325

340

345

355

394

414

433+10

20

17

15

24

20

19

16

20

18

18

18

22

18

16

16

19

12

17

17

18

26

18

24

18

15

20

18

16

20

19

18

29

24

21

28

21

31

28

21

27

25

30

28

23

22

27

24

20

22

22

23

35

27

32

27

21

27

26

25

26

26

28

44

36

22

36

28

39

35

31

39

33

42

34

36

28

31

35

28

32

32

38

43

36

41

40

30

34

34

31

31

32

37

32

33

34

35

36

37

38

39

40

41

42

43

44

45

46

47

48

49

50

51

52

53

54

55

56

57

58

59

60

61

62

453

470

489

506+10

528+10

550

569+10

589

609

628

648

667+10

677+10

687

696

705

722+10

744

764

783

801

821

840

860

880

900

920

941

978

3+10

37+10

17

13

27

18

19

13

23

16

19

16

17

13

18

24

25

19

32

15

13

18

30

13

17

16

20

21

24

17

21

21

16

22

25

38

20

23

21

32

20

25

23

23

20

25

34

36

24

36

22

20

21

35

26

22

26

24

32

36

23

24

30

24

34

33

29

26

29

28

41

28

38

25

27

24

36

46

46

30

43

33

34

28

42

31

30

39

31

46

44

28

30

40

34

IV.3

Rodovia: Contorno Trecho: Contorno de Pirajuba

SOLOS A-2-4

Sequência Estaca

Num.

PN

CBR

1,5PN

CBR

PI

CBR

Sequência Estaca

Num.

PN

CBR

1,5PN

CBR PI

CBR 1

2

3

4

5

6

7

8

64+5

74+15

85+10

106+5

117

128

138

148

21,6

22,5

21,3

17,9

25,6

21,1

17,9

17,3

46

41,2

40,0

25,0

29,3

30,4

20,0

25,9

9

10

11

12

13

14

15

16

179+15

190

209

23

43

64

85

169

18,9

20,8

23,9

26,8

19,9

20,6

25,3

17,4

25,0

23,8

42,0

39,8

37,8

25,8

38,0

23,2

IV.4

Rodovia: Municipal Trecho: Congonhas do Norte – Conceição do Mato Dentro

SOLOS: A-7-5 e A-7-6 < 80% passado # 200

Sequência Estaca

Num.

PN

CBR

1,5PN

CBR

PI

CBR

Sequência Estaca

Num.

PN

CBR

1,5PN

CBR

PI

CBR

1

2

*3

4

*5

*6

*7

*8

*9

*10

11

12

13

14

*15

16

*17

18

19

20

21

22

23

24

*25

26

27

5

13

13

21

118

148

153

175

255

271

315

340

345

432

445

560

579

587

607

639

652

672

712

734

754

775

800

12

7

5

6

13

5

6

3

7

3

10

9

8

9

3

14

7

10

11

7

7

8

9

7

8

12

14

17

10

5

8

10

4

5

3

4

3

11

13

11

13

3

18

6

14

15

11

11

14

13

11

9

13

21

17

14

5

7

16

5

6

3

6

2

14

14

12

14

4

18

7

16

19

12

12

18

12

14

10

16

17

28

29

*30

31

32

33

*34

*35

36

*37

38

39

40

41

*42

43

44

45

46

47

48

49

50

51

52

*53

54

55

816

820

846

860

871

883

894

950

999

1065

1385

1385

1426

1436

1469

1480

1532

1548

1568

1640

1712

1740

1809

1866

1887

2049

2074

2079

13

9

5

11

10

10

5

4

7

2

8

12

12

14

1

8

8

9

10

9

9

13

12

9

6

3

8

7

14

12

6

19

14

11

7

7

12

1

11

17

13

15

2

11

11

13

14

10

12

15

14

13

9

3

11

10

16

13

7

11

15

12

7

8

9

1

10

18

17

20

4

13

12

14

14

12

11

15

16

10

10

2

11

8

*SOLOS SILTOSOS

IV.5

Rodovia: Municipal Trecho: Congonhas do Norte – Conceição do Mato Dentro

SOLOS: A-7-5 e A-7-6 ≥ 80% passado # 200

Sequência Estaca

Num.

PN

CBR

1,5PN

CBR

PI

CBR

Sequência Estaca

Num.

PN

CBR

1,5PN

CBR

PI

CBR

1

2

3

*4

5

6

86

766

910

938

1532

1645

6

8

9

3

8

9

9

9

12

3

11

9

9

10

12

4

12

10

7

*8

*9

10

*11

1818

1951

1950

2069

2069

14

4

1

6

2

14

3

1

7

2

14

3

1

7

2

*SOLOS SILTOSOS

Rodovia: MG- 010 Trecho: Santo Antônio do Itambé - Serra Azul de Minas

SOLOS: A-7-5 e A-7-6 ≥ 80% passado # 200

Sequência Estaca

Num.

PN

CBR

1,5PN

CBR

PI

CBR

Sequência Estaca

Num.

PN

CBR

1,5PN

CBR

PI

CBR

1

2

3

4

935

940

950

330

6

9

7

13

10

11

9

16

15

17

8

17

5

6

7

8

200

220

250

252+10

4

13

16

7

10

13

18

9

8

20

22

8

IV.6

Rodovia: MG - 010 Trecho: Santo Antônio do Itambé - Serra Azul de Minas

SOLOS: A-7-5 e A-7-6 < 80% passado # 200

Sequência Estaca

Num.

PN

CBR

1,5PN

CBR

PI

CBR

Sequência Estaca

Num.

PN

CBR

1,5PN

CBR

PI

CBR

1

2

*3

4

5

6

*7

8

9

10

11

12

5+11

40

50

60

70

109+10

110

260

265

265

270

270

12

16

6

10

8

14

3

4

9

9

5

-

13

17

9

17

10

17

3

9

16

11

9

9

13

26

8

24

12

17

4

10

15

10

11

16

13

14

15

16

17

18

19

20

21

22

23

275

280

290

291+15

304+8

309+10

314+19

315

315

329+2

330

5

2

9

11

6

12

8

9

10

6

10

8

7

10

14

12

17

10

10

12

14

15

9

9

17

19

12

22

14

14

13

8

13

* solos siltosos

Rodovia: MG- 752 Trecho: Materlândia – Rio Vermelho

SOLOS: A-7-5 e A-7-6 < 80% passado # 200

Sequência Estaca

Num.

PN

CBR

1,5PN

CBR

PI

CBR

Sequência Estaca

Num.

PN

CBR

1,5PN

CBR

PI

CBR

1

2

3

4

5

10+2

39+8

59+12

148+4

305+18

13,7

10,2

10,3

6,8

11

16,2

15,9

12,5

11,0

14,1

18,6

19,2

18,0

19,9

19,7

6

7

8

9

*10

11

455+10

465+12

615

694+15

764+15

1132+18

15,5

22,5

16,7

7,4

3,6

8,9

16,4

28,3

19,9

13,2

4,6

18,9

24,7

29,9

26,8

12,4

4,6

18,9

* solos siltosos

IV.7

Rodovia: Municipal Trecho: Frei Lagonegro – Entroncamento MG - 117

SOLOS: A-7-5 e A-7-6 < 80% passado # 200

Sequência Estaca

Num.

PN

CBR

1,5PN

CBR

PI

CBR

Sequência Estaca

Num.

PN

CBR

1,5PN

CBR

PI

CBR

1

2

3

4

5

6

7

8

9

10

11

12

13

14

15

16

17

18

49+5

54+5

59+5

79+5

84+5

89+5

99+5

114+5

114+5

139+5

139+5

189+15

218+15

218+15

223+15

255+5

260+5

265+5

11,6

8,3

11,4

11,2

12,9

13

13,9

12,5

12,9

13,7

18,6

24,3

20,7

18,2

16,3

13,5

16,1

26

12,7

19,8

10,4

10,7

12,4

15,3

17,7

20,1

14,2

20,2

21,3

24,3

27,9

22,7

20,5

14,3

17,3

29,1

19

20,3

14,7

12,7

17,6

16,0

30,6

19

20

21

22

23

24

25

26

27

28

29

30

31

32

33

34

35

36

37

291+10

297+10

302+10

307+10

307+10

312+5

312+5

317+5

343

363+10

364+15

367+10

387+10

396+15

406+15

416+15

437+5

497+10

497+10

17,9

18,9

18,1

17,4

13,0

11,4

18,0

20,7

13,3

13,6

11,8

8,1

15,2

15,2

9,9

20,4

9,6

18,9

13,2

18,8

18,9

18,9

21,5

14,2

13,8

28,7

25,3

15,9

13,9

15,1

8,8

18,9

20,1

11,8

22,3

13,0

21,1

14,1

20,8

Rodovia: Municipal Trecho: Frei Lagonegro – Entroncamento MG - 117

SOLOS: A-7-5 e A-7-6 ≥ 80% passado # 200

Sequência Estaca

Num.

PN

CBR

1,5PN

CBR

PI

CBR

Sequência Estaca

Num.

PN

CBR

1,5PN

CBR

PI

CBR

1 22+15 6,6 12,3 13,6 2 184+15 - 13,6 14,1

IV.8

ANEXO V – PLANILHA DE CUSTOS

UFOP POCT0R NORMAL (PN) E PROCTOR INTERNORMAL (1,5PN)

Data: MESTRADO 2009BASE DMT MOMENTO

ITEM SERVIÇOS PN 1,5PN SUBBASE (km) DE

INICIAL FINAL (R$) (R$) (R$) TRANSPORTE

1 REGULARIZAÇÃO DO SUBLEITO

SEGUIMENTO MESTRADO 0 50 1.000 9,4 9.400m2 9.400

VALOR EM REAIS COM PN 0 50 1.000 9.400 1,48 R$ 13.912VALOR EM REAIS COM 1,5PN 0 50 1.000 9.400 1,52 R$ 14.288

2 SUBBASE DE SOLO ESTABILIZADO GRANULOMETRICAMENTE SEM MISTURASEGMENTO MESTRADO 0 50 1.000 9,4 9.400 0,15 1.410

3 BASE DE SOLO ESTABILIZADOGRANULOMETRICAMENTE SEM MISTURASEGMENTO MESTRADO 0 50 1.000 9,4 9.400 0,15 1.410

m³ 2.820VALOR EM REAIS DE EXECUÇÃO DE SUBASE 1.410 12,44 R$ 17.540

4 TRANSPORTE DE MATERIAL DE SUB BASE

SEGMENTO MESTRADO 0 50 1.000 9,4 9.400 0,15 1.410 20,0 28.200 m³ x km 28.200

VALOR EM REAIS DE TRANSPORTE DE SUBBASE 0,69 28.200 R$ 19.458

5 TOTAL EM REAIS COM SUBBASE R$ 50.910

6 TOTAL EM REAIS SEM SUBBASE R$ 14.288

7 ECONOMIA POR QUILÔMETRO DE RODOVIA R$ 36.622

UNENTRE ESTACAS EXTENSÃO (m) LARGURA (m)

MÊS E ANO BASE 02/09

QUANTITATIVOS DE PAVIMENTAÇÃO

SEGMENTOS RESUMO FINAL

ESPESSURA (m) VOLUME (m3)

LIMEIRA DO OESTE - TRECHO 1SUBLEITO

QUANTID.ÁREA (m²)

UFOP POCT0R NORMAL (PN) E PROCTOR INTERNORMAL (1,5PN)

Data: MESTRADO 2009BASE DMT MOMENTO

ITEM SERVIÇOS PN 1,5PN SUBBASE (km) DE

INICIAL FINAL (R$) (R$) (R$) TRANSPORTE

1 REGULARIZAÇÃO DO SUBLEITO

SEGUIMENTO MESTRADO 0 50 1.000 9,4 9.400m2 9.400

VALOR EM REAIS COM PN 0 50 1.000 9.400 1,48 R$ 13.912VALOR EM REAIS COM 1,5PN 0 50 1.000 9.400 1,52 R$ 14.288

2 SUBBASE DE SOLO ESTABILIZADO GRANULOMETRICAMENTE SEM MISTURASEGMENTO MESTRADO (PN) 0 50 1.000 9,4 9.400 0,27 2.538SEGMENTO MESTRADO (1,5PN) 0 50 1.000 9,4 9.400 0,23 2.162

3 BASE DE SOLO ESTABILIZADOGRANULOMETRICAMENTE SEM MISTURASEGMENTO MESTRADO (PN) 0 50 1.000 9,4 9.400 0,15 1.410SEGMENTO MESTRADO(1,5PN) 0 50 1.000 9,4 9.400 0,15 1.410

m³ 7.5204 VALOR EM REAIS DE EXECUÇÃO

DE SUBASE e BASE PN 3.948 12,44 R$ 49.113

5 VALOR EM REAIS DE EXECUÇÃODE SUBABSE E BASE 1,5PN 3.572 12,44 R$ 44435,68

4 TRANSPORTE DE MATERIAL DE SUB BASEE BASESEGMENTO MESTRADO (PN) 0 50 1.000 9,4 9.400 3.948 20,0 78.960 m³ x km 78.960SEGMENTO MESTRADO ( 1,5PN) 0 50 1.000 9,4 9.400 3.572 20,0 71.440 m³ x km 71.440

5 VALOR EM REAIS DE TRANSPORTE DE SUBBASE E BASE PN 0,69 78.960 R$ 54.482DE SUBBASE E BASE 1,5 PN 0,69 71.440 R$ 49.294

6 TOTAL EM REAIS COM :SUBABASE E BASE PN R$ 117.508SUBABASE E BASE1,5 PN R$ 108.017

DIFERENÇA PRO 1,5PN POR QUILOMETRO R$ 9.490

MÊS E ANO BASE 02/09

QUANTITATIVOS DE PAVIMENTAÇÃO

SEGMENTOS RESUMO FINAL

ESPESSURA (m) VOLUME (m3)

Almeida Campos - TRECHO 2SUBLEITO

QUANTIDADE

ÁREA (m²) UN

ENTRE ESTACAS EXTENSÃO (m) LARGURA (m)

UFOP POCT0R NORMAL (PN) E PROCTOR INTERNORMAL (1,5PN)

Data: MESTRADO 2009BASE DMT MOMENTO

ITEM SERVIÇOS PN 1,5PN SUBBASE (km) DE

INICIAL FINAL (R$) (R$) (R$) TRANSPORTE

1 REGULARIZAÇÃO DO SUBLEITO

SEGUIMENTO MESTRADO 0 50 1.000 8,6 8.600m2 8.600

VALOR EM REAIS COM PN 0 50 1.000 8.600 1,48 R$ 12.728VALOR EM REAIS COM 1,5PN 0 50 1.000 8.600 1,52 R$ 13.072

2 SUBBASE DE SOLO ESTABILIZADO GRANULOMETRICAMENTE SEM MISTURASEGMENTO MESTRADO (PN) 0 50 1.000 8,6 8.600 0,22 1.892SEGMENTO MESTRADO (1,5PN) 0 50 1.000 8,6 8.600 0,15 1.290

3 BASE DE SOLO ESTABILIZADOGRANULOMETRICAMENTE SEM MISTURASEGMENTO MESTRADO (PN) 0 50 1.000 9,4 9.400 0,18 1.692SEGMENTO MESTRADO(1,5PN) 0 50 1.000 9,4 9.400 0,18 1.692

m³ 6.5664 VALOR EM REAIS DE EXECUÇÃO

DE SUBASE e BASE PN 3.584 12,44 R$ 44.585

5 VALOR EM REAIS DE EXECUÇÃODE SUBABSE E BASE 1,5PN 2.982 12,44 R$ 37096,08

4 TRANSPORTE DE MATERIAL DE SUB BASEE BASESEGMENTO MESTRADO (PN) 0 50 1.000 8,6 8.600 3.584 20,0 71.680 m³ x km 71.680SEGMENTO MESTRADO ( 1,5PN) 0 50 1.000 8,6 8.600 2.982 20,0 59.640 m³ x km 59.640

5 VALOR EM REAIS DE TRANSPORTE DE SUBBASE E BASE PN 0,69 71.680 R$ 49.459DE SUBBASE E BASE 1,5 PN 0,69 59.640 R$ 41.152

6 TOTAL EM REAIS COM :SUBABASE E BASE PN R$ 106.772SUBABASE E BASE1,5 PN R$ 91.320

DIFERENÇA PRO 1,5PN POR QUILOMETRO R$ 15.452

MÊS E ANO BASE 02/09

QUANTITATIVOS DE PAVIMENTAÇÃO

SEGMENTOS RESUMO FINAL

ESPESSURA (m)VOLUME

(m3)

MILHO VERDE - TRECHO 3SUBLEITO

QUANTIDADEÁREA (m²)

UNENTRE ESTACAS EXTENSÃO (m) LARGURA

(m)

ANEXO VI – PREÇOS UNITÁRIOS DER-MG

ESTADO DE MINAS GERAIS Página 37 DEPARTAMENTO DE ESTRADAS DE RODAGEM

REFERENCIAL DE PREÇOS PARA OBRAS RODOVIÁRIAS Nº 01/09 - Vigência a partir de 1 /2 /2009 BDI = 38,35%

3000000000 Pavimentação Código Discriminação Unid. Preço unit.

3600040000 FRESAGEM DE PAVIMENTO ASFÁLTICO m² 6,63

3600050000 RECICLAGEM DO PAVIMENTO m³ 20,78 (Execução,exclui a reconfecção)

3600051000 RECICLAGEM E RECONFECÇÃO DO PAVIMENTO m³ 30,74 (Execução, com reaproveitamento do material)

3600052000 RECICLAGEM E RECONFECÇÃO DO PAVIMENTO COM ADIÇÃO DE 2% DE CIMENTO m³ 50,71 (Execução, com reaproveitamento do material, incluindo o fornecimento do cimento)

3600053000 RECICLAGEM E RECONFECÇÃO DO PAVIMENTO COM ADIÇÃO DE 3% DE CIMENTO m³ 60,00 (Execução, com reaproveitamento do material, incluindo o fornecimento do cimento)

3600200020 REGULARIZAÇÃO DO SUBLEITO (PROCTOR NORMAL) m² 1,48

3600200030 REGULARIZAÇÃO DO SUBLEITO (PROCTOR INTERNORMAL) m² 1,52

3600200040 REGULARIZAÇÃO DO SUBLEITO (PROCTOR INTERMEDIÁRIO) m² 1,56

3600330000 CARGA DE ESCORIA m³ 2,56

3600340000 ESCAVAÇÃO DE MATERIAL DE JAZIDA m³ 2,86

3600350000 CARGA DE MATERIAL DE JAZIDA m³ 2,56

3600360000 ESCAVAÇÃO E CARGA DE MATERIAL DE JAZIDA m³ 5,42

3600370000 ESCAVAÇÃO E CARGA DE MINÉRIO m³ 5,42

3600380000 ESCAVAÇÃO E CARGA DE ESCÓRIA m³ 5,42

3620620000 REFORÇO DO SUB-LEITO m³ 9,30 (Execução , incluindo escavação, carga, descarga, homogenização, umidecimento, espalhamento e compactação do material) (PROCTOR INTERMEDIÁRIO)

ASSESSORIA DE CUSTOS

Engº José César Del Gaudio Engª Cláudia B. Pacífico Homem Chefe do Núcleo de Orçamento Assessora Chefe da ASC

VI.1

ESTADO DE MINAS GERAIS Página 38 DEPARTAMENTO DE ESTRADAS DE RODAGEM

REFERENCIAL DE PREÇOS PARA OBRAS RODOVIÁRIAS Nº 01/09 - Vigência a partir de 1 /2 /2009 BDI = 38,35%

3000000000 Pavimentação Código Discriminação Unid. Preço unit.

3620630000 REFORÇO DO SUB-LEITO COM ADIÇÃO DE 3% DE CAL m³ 25,37 (Execução , incluindo fornecimento da cal, escavação, carga, descarga, homogenização, umidecimento, espalhamento e compactação do material) (PROCTOR INTERMEDIÁRIO)

3630620100 SUB-BASE DE SOLO ESTABILIZADO GRANULOMETRICAMENTE SEM MISTURA m³ 12,44 (Execução , incluindo escavação, carga, descarga, espalhamento e compactação do material; exclui aquisição do material) (PROCTOR INTERMEDIÁRIO)

3641220001 SUB-BASE DE SOLO ESTABILIZADO GRANULOMETRICAMENTE SEM MISTURA m³ 12,74 (Execução , incluindo escavação, carga, descarga, espalhamento e compactação do material; exclui aquisição do material) (PROCTOR INTERMODIFICADO)

3641220002 SUB-BASE DE SOLO ESTABILIZADO GRANULOMETRICAMENTE SEM MISTURA m³ 13,06 (Execução , incluindo escavação, carga, descarga, espalhamento e compactação do material; exclui aquisição do material) (PROCTOR MODIFICADO)

3631220000 SUB-BASE DE SOLO ESTABILIZADO GRANULOMETRICAMENTE COM MISTURA NA m³ 13,34 PISTA (Execução , incluindo escavação, carga, descarga, espalhamento e compactação do material; exclui aquisição do material) (PROCTOR INTERMEDIÁRIO)

3641220003 SUB-BASE DE SOLO ESTABILIZADO GRANULOMETRICAMENTE COM MISTURA NA m³ 13,68 PISTA (Execução , incluindo escavação, carga, descarga, espalhamento e compactação do material; exclui aquisição do material) (PROCTOR INTERMODIFICADO)

3630631502 SUB-BASE COM 85% DE MATERIAL PROVENIENTE DE RECICLAGEM E 15% DE m³ 31,14 PÓ DE PEDRA, COM ADIÇÃO DE 2 % DE CIMENTO (PROCTOR INTERMEDIÁRIO)

3630631503 SUB-BASE COM 50% DE SAIBRO, 25% DE BICA CORRIDA E 25% DE ARGILA, m³ 18,26 COM MISTURA EM USINA (PROCTOR INTERMEDIÁRIO)

3630620101 RECONFECÇÃO DE SUB-BASE OU BASE COM REAPROVEITAMENTO DO MATERIAL m³ 10,18 (PROCTOR INTERMEDIÁRIO)

3640620100 BASE DE SOLO ESTABILIZADO GRANULOMETRICAMENTE SEM MISTURA m³ 12,44 (Execução ,incluindo escavação,carga,descarga,espalhamento e compactação do material; exclui aquisição do material) (PROCTOR INTERMEDIÁRIO)

ASSESSORIA DE CUSTOS

Engº José César Del Gaudio Engª Cláudia B. Pacífico Homem Assessora Chefe da ASC Chefe do Núcleo de Orçamento

VI.2

ESTADO DE MINAS GERAIS Página 57 DEPARTAMENTO DE ESTRADAS DE RODAGEM

REFERENCIAL DE PREÇOS PARA OBRAS RODOVIÁRIAS Nº 01/09 - Vigência a partir de 1 /2 /2009 BDI = 38,35%

7000000000 Conservação Código Discriminação Unidade Preço unit.

7080010000 HORA DE SERVENTE h 8,52

7090500000 TRANSPORTE DE MATERIAL DE JAZIDA PARA CONSERVAÇÃO 7090500010 DMT DE 0 A 10 KM m³xkm 1,04 7090501015 DMT DE 10 A 15 KM m³xkm 0,77 7090501520 DMT DE 15 A 20 KM m³xkm 0,73 7090502025 DMT DE 20 A 25 KM m³xkm 0,71 7090502530 DMT DE 25 A 30 KM m³xkm 0,71 7090503040 DMT DE 30 A 40 KM m³xkm 0,69 7090504050 DMT DE 40 A 50 KM m³xkm 0,69 7090505000 DMT ACIMA DE 50 KM m³xkm 0,69

7090510000 TRANSPORTE DE AGREGADOS 7090510010 DMT DE 0 A 10 KM m³xkm 0,98 7090511015 DMT DE 10 A 15 KM m³xkm 0,73 7090511520 DMT DE 15 A 20 KM m³xkm 0,69 7090512025 DMT DE 20 A 25 KM m³xkm 0,66 7090512530 DMT DE 25 A 30 KM m³xkm 0,66 7090513040 DMT DE 30 A 40 KM m³xkm 0,65 7090514050 DMT DE 40 A 50 KM m³xkm 0,65 7090515000 DMT ACIMA DE 50 KM m³xkm 0,65

7090520000 TRANSPORTE DE PMF PARA CONSERVAÇÃO 7090520010 DMT DE 0 A 10 KM m³xkm 1,11 7090521015 DMT DE 10 A 15 KM m³xkm 0,83 7090521520 DMT DE 15 A 20 KM m³xkm 0,77 7090522025 DMT DE 20 A 25 KM m³xkm 0,75 7090522530 DMT DE 25 A 30 KM m³xkm 0,75 7090523040 DMT DE 30 A 40 KM m³xkm 0,73 7090524050 DMT DE 40 A 50 KM m³xkm 0,73 7090525000 DMT ACIMA DE 50 KM m³xkm 0,73

7090530000 TRANSPORTE DE CBUQ PARA CONSERVAÇÃO 7090530010 DMT DE 0 A 10 KM m³xkm 1,11 7090531015 DMT DE 10 A 15 KM m³xkm 0,83 7090531520 DMT DE 15 A 20 KM m³xkm 0,77

ASSESSORIA DE CUSTOS

Engº José César Del Gaudio Engª Cláudia B. Pacífico Homem Chefe do Núcleo de Orçamento Assessora Chefe da ASC

VI.3