ESTUDO COMPARATIVO ENTRE ARGAMASSAS...
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CAMPO MOURÃO
2016
UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ
DEPARTAMENTO ACADÊMICO DE CONSTRUÇÃO CIVIL
CURSO DE ENGENHARIA CIVIL
KARINA FERREIRA
ESTUDO COMPARATIVO ENTRE ARGAMASSAS
CONVENCIONAIS E INDUSTRIALIZADAS.
TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO
CAMPO MOURÃO
2016
KARINA FERREIRA
ESTUDO COMPARATIVO ENTRE ARGAMASSAS
CONVENCIONAIS E INDUSTRIALIZADAS
Trabalho de Conclusão de Curso de graduação, apresentado à disciplina de Trabalho de Conclusão de Curso 2, do curso superior de Engenharia Civil, do Departamento Acadêmico de Construção Civil - da Universidade Tecnológica Federal do Paraná – UTFPR, como requisito parcial para obtenção do título de bacharel em Engenharia Civil. Orientadora: Profª Drª Fabiana Goia Rosa de Oliveira Coorientador: Tecn. Fábio Rodrigo Kruger
TERMO DE APROVAÇÃO
Trabalho de Conclusão de Curso
ESTUDO COMPARATIVO ENTRE ARGAMASSAS CONVENCIONAIS E
INDUSTRIALIZADAS
por
Karina Ferreira
Este Trabalho de Conclusão de Curso foi apresentado às 19h40min do dia 23 de novembro
de 2016 como requisito parcial para a obtenção do título de ENGENHEIRO CIVIL, pela
Universidade Tecnológica Federal do Paraná. Após deliberação, a Banca Examinadora
considerou o trabalho aprovado.
Tecn. Fabio Rodrigo Kruger Prof. Me. Adalberto Luiz Rodrigues de Oliveira
(( UTFPR )
Co-orientador
( UTFPR )
Prof. Esp. Sérgio Roberto Oberhauser Quintanilha Braga
( UTFPR )
Profª. Drª. Fabiana Goia Rosa de Oliveira
(UTFPR) Orientador
Responsável pelo TCC: Prof. Me. Valdomiro Lubachevski Kurta
Coordenador do Curso de Engenharia Civil:
Prof. Dr. Ronaldo Rigobello
A Folha de Aprovação assinada encontra-se na Coordenação do Curso.
Ministério da Educação
Universidade Tecnológica Federal do Paraná
Câmpus Campo Mourão
Diretoria de Graduação e Educação Profissional
Departamento Acadêmico de Construção Civil
Coordenação de Engenharia Civil
Agradecimentos
Agradeço primeiramente a Deus por ter guiado e iluminado o meu caminho
até aqui, e por sempre me dar forças para superar todas as dificuldades impostas ao
longo do percurso. Á Nossa Senhora Aparecida e Santo Expedito pelas
intercessões.
Aos meus pais, Cristina e Sinomar, e a minha irmã Vanessa pelo amor,
incentivo e apoio que sempre demostraram, principalmente por fazerem o possível e
o impossível para que a minha graduação pudesse se concretizar.
Á minha orientadora, professora Drª. Fabiana Goia Rosa de Oliveira pela
orientação, dedicação e apoio demostrados durante o desenvolvimento deste
trabalho.
Ao meu coorientador e técnico do Laboratório de Materiais, Fábio Rodrigo
Kruger, por todo auxílio e orientação durante os ensaios realizados para o presente
trabalho.
Aos professores do DACOC por todos os ensinamentos e por
compartilharem todo seu conhecimento.
Ao meu companheiro de todas as horas, Bruno, por toda paciência, amor,
carinho e por estar ao meu lado sempre.
Às minhas amigas de infância, Bruna e Maryane por todo apoio e por
sempre estarem ao meu lado me ajudando a superar a saudade de casa.
Aos familiares que sempre me apoiaram e torceram por mim em especial
aos meus avós.
Aos meus companheiros de apartamento Heloisa, Victor e Luciana por todas
os dias de alegria, almoços de domingo, e companhia de sempre, vocês fizeram de
Campo Mourão um lar.
Á todos os amigos que durante toda a graduação, compartilharam
momentos de alegria, noites de estudo, desabafos e descontração, e que se
tornaram uma família em Campo Mourão, em especial: Tiemy, Bianca, Gabriel, Julia,
Willy, Lenita, Guilherme, Renan, Tulio, Stephanie e Eduarda.
Agradeço á todos que direta ou indiretamente contribuíram para a realização
deste trabalho.
Resumo
FERREIRA, Karina. ESTUDO COMPARATIVO ENTRE ARGAMASSAS CONVENCIONAIS E INDUSTRIALIZADAS. 2016. 62 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Bacharelado em Engenharia Civil). Universidade Tecnológica Federal do Paraná – Campus Campo Mourão. Campo Mourão, 2016.
O presente trabalho tem como objetivo comparar as argamassas convencionais e
industrializadas e analisar o desempenho de cada uma de acordo com os resultados
de ensaios laboratoriais. Utilizou-se cimento Portland CP-II –Z, cal hidratada, e
agregado miúdo fino com traço de 1:1:6 para a argamassa convencional, para
argamassa industrializada utilizou-se uma argamassa constituída de Cimento
Portland, areia quartzosa e aditivos. Com as argamassas em seu estado fresco foi
determinado o índice de consistência, executando-se três repetições para cada tipo
de argamassa, para as argamassas em estado endurecido foram realizados ensaios
de resistência à compressão e de absorção de água por capilaridade utilizando-se
quatro corpos de prova para cada argamassa em cada ensaio, totalizando vinte e
dois corpos de prova. Os resultados mostraram que a argamassa industrializada
obteve melhores resultados nos ensaios de resistência à compressão e consistência,
porém a argamassa convencional se mostrou mais eficiente quando se trata do
ensaio de absorção de água por capilaridade.
Palavras – chave: Argamassa, Convencional, Industrializada, Ensaios.
Abstract
FERREIRA, Karina. COMPARATIVE STUDY BETWEEN CONVENTIONAL MORTARS AND INDUSTRIALIZED MORTARS. 2016. 62 p. Final Paper (Bachelor of Civil Engineering).Federal Technological University of Paraná –Campo Mourão Campus.Campo Mourão, 2016.
This paper aims to compare conventional mortars to industrialized ones and analyze
the performance of each according to the results of laboratory tests. CP-II – Z
Portland cement, hydrated lime, and fine aggregate were used with an 1: 1: 6 ratio for
the conventional mortar, while for the industrialized mortar, Portland cement, quartz
sand and additives were used instead. With mortars in their fresh state, it was
possible to determine consistency rate by running three repetitions for each mortar
type. For mortars in their hardened state, compression strength and capillary water
absorption tests were conducted using four test specimens for each mortar in each
test, totaling twenty-two test specimens. The results showed that the industrialized
mortar had better results in the compression and consistency tests, but conventional
mortar was more efficient when it comes to capillary water absorption test.
Keywords: Mortar, Conventional, Industrialized, Tests.
Lista de figuras
Figura 1: Fissuração da argamassa por retração na secagem: argamassa forte x
argamassa fraca. ....................................................................................................... 24
Figura 2: Fluxograma dos processos para argamassa mista preparada em obra ..... 30
Figura 3: Fluxograma de processos para argamassa industrializada em sacos ....... 31
Figura 4: Agitador Automático e série normal de peneiras ........................................ 36
Figura 5: Argamassa industrializada utilizada nos ensaios ....................................... 38
Figura 6: Misturador mecânico .................................................................................. 39
Figura 7: Mesa de determinação do índice de consistência ...................................... 41
Figura 8: Corpo de prova para o ensaio de Consistência. ........................................ 42
Figura 9: Ferramentas utilizadas para confecção dos corpos de prova. ................... 44
Figura 10: Corpos de prova para determinação da absorção de água por
capilaridade. .............................................................................................................. 45
Figura 11: Determinação da massa inicial do corpo de prova para determinação da
absorção de água por capilaridade. .......................................................................... 46
Figura 12: Corpos de prova ensaiados segundo o ensaio de Índice de Consistência:
(a) Argamassa Convencional; (b) Argamassa Industrializada ................................... 49
Figura 13: Corpos de prova ensaiados segundo o ensaio de resistência à
compressão: (a) Argamassa Convencional; (b) Argamassa Industrializada ............. 54
Figura 14: Corpos de prova no ensaio de Absorção de água por capilaridade: (a)
Argamassa Convencional; (b) Argamassa Industrializada ........................................ 58
Lista de Tabelas
Tabela 1- Variação das propriedades das argamassas em função da variação da
proporção de utilização de cal na argamassa ........................................................... 21
Tabela 2- Influência dos parâmetros granulométricos nas principais propriedades das
argamassas ............................................................................................................... 22
Tabela 3 - Exigências mecânicas e reológicas para argamassas ............................. 27
Tabela 4 - Quantidade de agregado miúdo retida em cada peneira ......................... 37
Tabela 5 - Resultados obtidos no ensaio de índice de consistência para argamassa
convencional ............................................................................................................. 48
Tabela 6 - Resultados obtidos no ensaio de índice de consistência para a argamassa
industrializada ........................................................................................................... 49
Tabela 7 - Resultados obtidos no ensaio de resistência à compressão para a
argamassa convencional ........................................................................................... 51
Tabela 8 - Classes de resistência à compressão ...................................................... 51
Tabela 9 - Resultados obtidos no ensaio de Resistência à Compressão para a
argamassa Industrializada. ....................................................................................... 52
Tabela 10 - Resultados obtidos no ensaio de absorção de água por capilaridade
para argamassa convencional ................................................................................... 54
Tabela 11 - Resultados obtidos no ensaio de absorção de água por capilaridade
para a argamassa industrializada. ............................................................................. 55
Tabela 12 - Coeficiente de capilaridade da argamassa convencional ....................... 56
Tabela 13 - Coeficiente de Capilaridade da argamassa industrializada .................... 57
Tabela 14 - Coeficiente de Capilaridade ................................................................... 58
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO .......................................................................................................... 11
2 OBJETIVOS .............................................................................................................. 13
2.1 OBJETIVOS GERAIS ............................................................................................ 13
2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS .................................................................................. 13
3 JUSTIFICATIVA ........................................................................................................ 14
4 REFERENCIAL TEÓRICO ........................................................................................ 15
4.1 ARGAMASSAS ...................................................................................................... 15
4.2 CLASSIFICAÇÃO DAS ARGAMASSAS ................................................................ 16
4.2.1 Quanto á natureza e quantidade de aglomerantes ............................................. 16
4.2.2 Quanto ás funções do revestimento ................................................................... 16
4.2.3 Quanto ao fornecimento e preparo ..................................................................... 17
4.3 COMPONENTES DA ARGAMASSA ..................................................................... 19
4.3.1 Cimento ............................................................................................................... 19
4.3.2 Cal Hidratada ...................................................................................................... 20
4.3.3 Areia .................................................................................................................... 21
4.3.4 Aditivos ................................................................................................................ 22
4.4 PROPRIEDADES DA ARGAMASSA ..................................................................... 23
4.4.1 Argamassa em estado fresco ............................................................................. 23
4.4.2 Propriedades do revestimento em argamassa no estado endurecido ................ 25
4.5 PARÂMETROS TÉCNICOS .................................................................................. 28
4.6 PREPARO DAS ARGAMASSAS ........................................................................... 28
4.6.1 Argamassa Convencional ................................................................................... 28
4.6.1.1 Local de preparo .............................................................................................. 30
4.6.2 Argamassas industrializadas .............................................................................. 31
4.6.2.1 Local de preparo .............................................................................................. 31
4.7 CONSIDERAÇÕES A CERCA DA ARGAMASSA INDUSTRIALIZADA ................ 31
5 METODOLOGIA ....................................................................................................... 35
5.1DOSAGEM .............................................................................................................. 35
5.2 COMPONENTES DA ARGAMASSA ..................................................................... 35
5.2.1 Argamassa Convencional ................................................................................... 35
5.2.1.1 Cimento ............................................................................................................ 35
5.2.1.2 Cal .................................................................................................................... 35
5.2.1.3 Areia ................................................................................................................. 36
5.2.2 Argamassa Industrializada .................................................................................. 37
5.3 PREPARAÇÃO DAS ARGAMASSAS .................................................................... 39
5.3.1 Argamassa Convencional ................................................................................... 39
5.3.2- Argamassa industrializada ................................................................................. 40
5.4 INDICE DE CONSISTÊNCIA ................................................................................. 40
5.5 RESISTÊNCIA À COMPRESSÃO ........................................................................ 42
5.6 ABSORÇÃO DE ÁGUA POR CAPILARIDADE ..................................................... 44
6 RESULTADOS E DISCUSSÕES .............................................................................. 48
6.1 ÍNDICE DE CONSISTÊNCIA ................................................................................. 48
6.2 RESISTÊNCIA À COMPRESSÃO ......................................................................... 50
6.3 ABSORÇÃO DE ÁGUA POR CAPILARIDADE ..................................................... 54
7 CONCLUSÕES ......................................................................................................... 59
8 REFERENCIAS ......................................................................................................... 60
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INTRODUÇÃO
O setor da construção civil está em constante busca por soluções que
possibilitem o aumento da produtividade nos processos construtivos sem que haja
perda de qualidade. Desta forma, quanto mais industrializado for o produto, de
maneira em que seja empregado o mínimo de mão de obra possível e o máximo
controle de qualidade, mais próximo do aumento de produtividade estar-se-á.
Entretanto Nunes (2014) afirma que ao passo em que muitos considerem a
utilização de processos tradicionais como um retrocesso, outros a veem como uma
viável solução para os problemas enfrentados no setor tais como custos elevados
que seriam provenientes da industrialização e busca por características do produto
que atendam aos requisitos básicos. Sendo assim ainda há certo preconceito a
cerca dos processos de industrialização.
Ainda que muito usadas as argamassas ainda são evidenciadas por tal
problema de produtividade, gerando grande desperdício de materiais, elevado
tempo de mão de obra para seu preparo além de grande incidência de patologias.
Deste modo surgiu no mercado, para reversão de tal quadro o uso de argamassas
industrializadas. De acordo com Paes (2004), esse tipo de revestimento possui
funções ligadas tanto à proteção da alvenaria, regularização de superfícies,
estanqueidade e acabamento final da edificação.
De acordo com a NBR 13529 (ABNT, 1995) as argamassas industrializadas
são aquelas provenientes da dosagem controlada, em instalações próprias
(indústrias), de aglomerante(s), agregado(s),e, eventualmente, aditivos(s), em
estado seco e homogêneo, compondo uma mistura seca á qual o usuário somente
adiciona a quantidade de água requerida para proceder á mistura
Atualmente as indústrias já fornecem inúmeras opções de argamassas
industrializadas, como por exemplo a marca Ceramfix Argamassas e Rejuntes, que
oferece uma gama de opções de argamassas ensacadas que necessitam apenas da
adição de água e são especificas para cada tipo de utilização
Segundo Santos (2008) para que uma argamassa seja considerada de
qualidade a mesma deve ser elaborada e produzida de modo a obter o melhor
desempenho e durabilidade possíveis. Sempre evidenciando algumas propriedades,
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tais como: Plasticidade, aderência no estado fresco e endurecido, ausência de
fissuras, resistência a compressão, entre outras.
Pretende-se a partir deste trabalho analisar tais propriedades para ambas as
argamassas, convencional e industrializada, e comparar os resultados obtidos
através de ensaios feitos em laboratório.
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2 OBJETIVOS
2.1 OBJETIVOS GERAIS
Estudar e comparar as propriedades físicas e mecânicas das argamassas
convencionais e industrializadas.
2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Pesquisar as propriedades físicas e mecânicas das argamassas
industrializadas bem como das argamassas convencionais
Realizar ensaios de consistência, resistência à compressão e
absorção de água por capilaridade de argamassas convencionais e
industrializadas.
Avaliar e comparar os resultados obtidos através dos ensaios.
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3 JUSTIFICATIVA
Visando buscar o aumento da produtividade sem que seja perdida a
qualidade do produto foram introduzidas no mercado as argamassas
industrializadas, as quais são produzidas com maior precisão e controle de
qualidade.
Segundo Oliveira (2006) a argamassa industrializada dispõe de algumas
vantagens sobre a argamassa tradicional, tais como a homogeneidade do traço,
controle tecnológico, menor desperdício, maior rendimento, produtos específicos
para cada utilização, redução de ocorrência de patologias, produtos normalizados,
controle de estoque, rastreabilidade de produto, racionalização do canteiro, maior
produtividade, diminuição da interferência da mão de obra na qualidade do produto,
entre outras.
Entretanto apesar de possuírem tais vantagens as argamassas
industrializadas devem da mesma forma que as argamassas tradicionais atender a
parâmetros técnicos como resistência à compressão e à tração na flexão (NBR
13280); Retenção de água (NBR 13277); Módulo de elasticidade; Resistência de
aderência à tração (NBR 13528 e 13749); e Resistência de aderência à tração
superficial. (NBR 13528)
Desta forma o presente trabalho visa o ensaio em laboratório de argamassas
industrializadas e convencionais de maneira a analisar e comparar a qualidade das
mesmas.
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4 REFERENCIAL TEÓRICO
4.1 ARGAMASSAS
A argamassa usada nas construções é definida pela NBR 13281
(ABNT,2001) como uma mistura homogênea de agregados inorgânicos e água,
podendo conter ou não nessa mistura aditivos e adições contendo propriedades de
aderência e endurecimento, podendo ser dosada em obra ou instalações próprias.
Segundo Maciel et al. (1998), as funções do revestimento em argamassa
são: proteger os elementos de vedação de agentes agressivos; auxiliar os elementos
de vedação em suas funções, como isolamento térmico e acústico e estanqueidade
à água e aos gases; regularizar a superfície como base regular para os próximos
acabamentos; colaborar para a estética.
De acordo com Ceotto et al. (2005) a escolha da argamassa utilizada deve
ser feita na fase de projeto. Essa decisão deve considerar todos os fatores que irão
interferir em todo o processo de revestimentos, desde o planejamento, contratação,
até a aplicação e utilização do revestimento.
A NBR 13749 (ABNT, 1996) prescreve que o revestimento de argamassa
deve apresentar textura uniforme, sem imperfeições, tais como: cavidades, fissuras,
manchas e eflorescência, devendo ser prevista na especificação de projeto a
aceitação ou rejeição, conforme níveis de tolerâncias admitidas.
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4.2 CLASSIFICAÇÃO DAS ARGAMASSAS
4.2.1 Quanto á natureza e quantidade de aglomerantes
A NBR 13529 (ABNT, 2013) classifica as argamassas quanto à natureza e à
quantidade de aglomerantes:
Argamassa de cal: argamassa preparada com cal, como único
aglomerante;
Argamassa de cimento: argamassa preparada com cimento,
como único aglomerante;
Argamassa mista: argamassa preparada com mais de um
aglomerante;
Argamassa de cimento e cal: argamassa mista preparada com
cimento e cal como aglomerantes.
4.2.2 Quanto ás funções do revestimento
A NBR 13529 (ABNT, 2013) classifica as funções da camada de
revestimento:
Chapisco: camada de preparo da base para uniformizar a
superfície quanto à absorção e melhorar a aderência do revestimento;
Emboço: camada de revestimento executada para cobrir e
regularizar a base ou o chapisco, de forma a receber a próxima
camada ou constituir e no revestimento final;
Reboco: camada de revestimento executada para cobrir o
emboço, de forma a receber a próxima camada ou constituir-se no
revestimento final;
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Acabamento decorativo: revestimento aplicado sobre o
revestimento de argamassa, podendo ser pintura, cerâmica, papel, etc.
4.2.3 Quanto ao fornecimento e preparo
A NBR 13529 (ABNT, 2013) classifica as argamassas quanto às condições
de fornecimento ou preparo:
Argamassa dosada em central: argamassa simples ou mista,
cujos materiais são medidos em massa em central;
Argamassa dosada em obra: argamassa simples ou mista, cujos
materiais são medidos em massa ou em volume na própria obra;
Argamassa dosada industrializada: produto industrializado de
dosagem controlada, com aglomerante de origem mineral, agregado
miúdo e aditivos e adições, sendo adicionada pelo usuário apenas a
quantidade de água recomendada;
Mistura semi pronta para argamassa: mistura fornecida
ensacada ou a granel, sendo adicionada na obra aglomerante, água e
aditivos;
Ainda de acordo com a NBR 13529 (ABNT, 1995) as argamassas
industrializadas são aquelas provenientes da dosagem controlada, em instalações
próprias (indústrias), de aglomerante(s), agregado(s),e, eventualmente, aditivos(s),
em estado seco e homogêneo, compondo uma mistura seca á qual o usuário
somente adiciona a quantidade de água requerida para proceder á mistura. Já as
argamassas preparadas em obra são aquelas em que a medição e a mistura de
materiais ocorrem no próprio canteiro de obras. Seus materiais são medidos em
volume e massa; e podem ser compostas por um ou mais aglomerantes (simples ou
mistas).
As argamassas industrializadas foram introduzidas no exterior a partir do
início da década de 1950 através do conceito de fixação de componentes e
realização total ou parcial de misturas em instalações industriais.
Este conceito foi introduzido a fim de acelerar o cronograma das obras sem
que fosse perdida a qualidade do produto final.
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Já na década de 1970,na Alemanha ocidental, foi introduzida uma tecnologia
mais revolucionária, onde os materiais em consistência desejada eram fornecidos ás
obras em grandes recipientes abertos onde permaneciam imutáveis por períodos de
2 a 3 dias, prontos para utilização.
Tais misturas são produzidas em centrais dosadoras secas (isentas de
umidade), ensacadas ou ensiladas, para que seu manuseio seja exclusivamente na
obra destinada.
Quando a argamassa é fornecida em sacos o conteúdo em pó é incorporado
na quantidade especificada, seguida da adição de água. São necessários para a
mistura a argamassadeira e os recipientes para a adição de água.
Segundo Alves (2006), os ingredientes dessas argamassas podem se
apresentar na forma de um ou mais aglomerantes, material inerte além de outros
aditivos para permitir maior ancoragem mecânica e química.
Pode haver também a possibilidade de argamassas fornecidas em silos
onde a medição é mecanizada e o equipamento de mistura pode ser acoplado no
próprio silo ou em outro equipamento que se encontrará nos pavimentos da
construção onde se efetuará a mistura. Os equipamentos são especificamente para
esse sistema de mistura.
Outra alternativa são as argamassas dosadas em central nas quais são
realizados todos os controles de qualidades dos materiais usados para medição de
massa e volume, misturados e transportados em caminhão betoneira. Para tal
método são necessários laboratórios específicos, pá carregadeira, central dosadora
e o caminhão betoneira.
No Brasil já existiram, no passado, argamassas dosadas em central com
adições escória de alto forno, pozolanas, e mesmo filler calcário, com aditivos
plastificantes, incorporadores de ar, e redutores d’água, para usos específicos.
19
4.3 COMPONENTES DA ARGAMASSA
4.3.1 Cimento
Responsável pela ligação das partículas soltas da massa, e pelas
propriedades mecânicas o cimento é um dos possíveis aglomerantes usados para
fabricação de argamassas. Maccari (2010) afirma que é necessário uma data
recente de fabricação e que as qualidades do cimento estejam bem descritas na
embalagem.
O cimento Portland é caracterizado como sendo um pó fino de origem
mineral originado da calcinação de misturas de argila e calcário submetidas a alta
temperatura, denominadas “clínquer” mais adições. Sendo que as adições mais
comuns são: escória de alto-forno, matérias pozolânicos, gesso e materiais
carbonáticos.
Yazigi (2002) afirma que os constituintes fundamentais do cimento Portland
são : Cal (CaO) , Sílica (SiO2). Aluminia(Al203) ,uma determinada proporção de
magnésia (MgO) e uma pequena proporção de anidrido sulfúrico (SO3) adicionado
após a calcinação afim de retardar o tempo de pega o produto.
Segundo o Manual de Revestimentos da ABCP (2002) o cimento contribui
para a resistência mecânica do revestimento, ajuda na retenção de água , na
plasticidade o que se deve á composição for partículas finas e também melhora a
aderência á base porém quanto maior a quantidade de cimento maior será a
retração.
Ribeiro et al. (2002) listaram de acordo com a ABNT os principais tipos de
cimento Portland. São eles:
a) Cimento Portland Comum – CP I
b) Cimento Portland Composto – CP II (com adições de escória de alto-
forno,pozolana e filler)
c) Cimento Portland de Alto-Forno – CP III (com adição de escória de
alto-forno, apresentando baixo calor de hidratação)
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d) Cimento Portland Pozolânico – CP IV (com adição de pozolana,
apresentando baixo calor de hidratação).
e) Cimento Portland de Alta Resistência Inicial – CP V (com maiores
proporções de silicato tricálcico, C3S, que lhe confere alta resistência inicial e
alto calor de hidratação).
Souza et al. (1996) afirmam que a escolha do tipo de cimento depende do
que se deseja em relação ao tempo de desforma, á cura do concreto ou da
argamassa e ás necessidades de resistência mecânica e química. Em usos comuns
geralmente pode-se fazer uso dos cimentos CP I , CP II, CPIII OU CP IV.Já para o
uso dos cimentos CP III (alto forno) e CP IV (pozolânico) deve-se verificar se o
tempo de ínicio e fim de pega não afeta o serviço em questão.
“Usualmente utilizam-se para confecção de argamassas Cimento Portland
CP II Z (com adição de material pozolânico) e o CP II F (com adição de material
carbonático – filer).” (SILVA, 2006, p. 11).
4.3.2 Cal Hidratada
De acordo com a NBR 1172 (ABNT, 1990) a cal é definida como um
aglomerante constituído por óxido de cálcio ou óxido de cálcio em presença natural
de óxido de magnésio. Sendo apresentada de duas formas: a cal virgem definida
como a cal obtida através de processos de calcinação, podendo reagir com água e a
cal hidradata denominada como a cal sob a forma de pó seco, obtida pela hidratação
da cal virgem, resultando como principal componente o hidróxido de cálcio.
Segundo o Manual de Revestimentos da ABCP (2002) argamassas de cal se
destacam por possuírem boa trabalhabilidade e capacidade de absorver
deformações, porém possuem também reduzidas resistência mecânica e aderência.
Maciel et al. (1998) afirmam que os principais aspectos para a escolha da cal
são: tipo de cal e suas características, forma de produção, massa unitária,
disponibilidade e custo, comportamento da argamassa com a cal.
21
Na tabela 1,apresenta-se a variação das propriedades das argamassas em
função da variação da proporção de utilização de cal na argamassa (SABBATINI,
1981).
Tabela 1- Variação das propriedades das argamassas em função da variação da proporção de utilização de cal na argamassa
Propriedade Aumento de cal no aglomerante
Resistência à Compressão (E) DECRESCE
Resistência à Tração (E) DECRESCE
Capacidade de Aderência (E) DECRESCE
Durabilidade (E) DECRESCE
Impermeabilidade (E) DECRESCE
Resistencia á altas temperaturas (E) DECRESCE
Resistências iniciais(F) DECRESCE
Retração na secagem inicial (F) CRESCE
Retenção de Água (F) CRESCE
Plasticidade (F) CRESCE
Trabalhabilidade (E) CRESCE
Resiliência (E) CRESCE
Modulo de Elasticidade (E) DECRESCE
Retração na secagem reversível (E) DECRESCE
Custo DECRESCE
Fonte: Sabbatini (1981)
4.3.3 Areia
Segundo Carvalho Jr (2005) o principal agregado usado para fabricação de
argamassa é a areia natural, material constituído essencialmente de quartzo,
extraído do leito de rio e resultante de antiga erosão de rochas quartzosas e
posterior sedimentação de material silicoso.
Maciel et al. (1998) destacam os principais aspectos a serem considerados
na escolha da areia: composição mineralógica e granulométrica; dimensões do
agregado; forma e rugosidade superficial dos grãos; massa unitária; inchamento;
22
comportamento da argamassa com a areia; manutenção das características da
areia.
Sabbatini (1998) apresenta um resumo qualitativo da influência dos
parâmetros granulométricos nas principais propriedades das argamassas, tabela 2.
Tabela 2- Influência dos parâmetros granulométricos nas principais propriedades das argamassas
Propriedades
Características da areia
Quanto menor o
módulo de finura
Quanto mais
descontínua for a
granulometria
Quanto maior o teor de
grãos angulosos
Trabalhabilidade MELHOR PIOR PIOR
Retenção de água MELHOR VARIÁVEL MELHOR
Resiliência VARIÁVEL PIOR PIOR
Retração na Secagem AUMENTA AUMENTA VARIÁVEL
Porosidade VARIAVEL AUMENTA VARIAVEL
Aderência PIOR PIOR MELHOR
Resistências
Mecânicas VARIÁVEL PIOR VARIÁVEL
Impermeabilidade PIOR PIOR VARIÁVEL
Fonte: Sababatini (1998)
4.3.4 Aditivos
Os aditivos são definidos pela NBR 13529 (ABNT, 2013) como produto
adicionado à argamassa em pequena quantidade para melhorar uma ou mais
propriedades nos estados fresco ou endurecido.
Segundo Evangelista (2014) os principais aditivos para argamassas, são:
Redutor de água que é responsável pela redução da evaporação
e exsudação da água presente na argamassa e também por
proporcionar a capacidade de retenção de água em relação a
sucção da base
23
Incorporador de ar que por meio da formação de microbolhas de
ar na argamassa melhora a trabalhabilidade.
Retardador de pega responsável por retardar a hidratação do
cimento, proporcionando assim maior tempo de utilização.
Aumentador de aderência que é capaz de proporcionar
aderência química ao substrato
Hidrofungante que confere uma redução na absorção de água
por capilaridade.
.
4.4 PROPRIEDADES DA ARGAMASSA
4.4.1 Argamassa em estado fresco
Adesão inicial
Segundo Carasek (2007), a adesão inicial caracteriza-se pela capacidade de
união inicial da argamassa no estado fresco a uma base. Tal propriedade está
intimamente relacionada com as características reológicas da pasta aglomerante,
especificamente a sua tensão superficial.
Retenção de água
De acordo com Maciel, Barros e Sabbatini (1998), retenção de água é a
propriedade que indica a capacidade que a argamassa apresenta de reter a água
de amassamento contra a sucção da base ou contra a evaporação .Tal propriedade
promove a adequada hidratação do cimento e ganho de resistência devido ao fato
de permitir que as reações de endurecimento da argamassa se tornem mais
gradativa.
24
Trabalhabilidade
Segundo Carasek (2007), trabalhabilidade é a propriedade das argamassas
ainda em estado fresco a qual determina a facilidade com que a própria argamassa
pode ser misturada, transportada, aplicada, consolidada e acabada em uma
condição homogênea. A trabalhabilidade é uma propriedade complexa, que resulta
da união de várias outras propriedades, como: consistência, plasticidade, retenção
de água, coesão, exsudação, densidade de massa e adesão inicial.
Retração na Secagem
Segundo Maciel et al. (1998),retração na secagem acontece durante a
secagem da argamassa em decorrência da evaporação da água de amassamento e
às reações químicas dos aglomerantes, podendo ocasionar fissuras, que podem ser
prejudiciais (as quais permitem percolação de água no estado endurecido) ou não
prejudiciais. Nas argamassas consideradas fortes que são aquelas que contem um
alto teor de cimento, argamassas com espessuras superiores a 2,5 cm e
argamassas nas quais o sarrafeamento e desempeno tenham sido realizados antes
do tempo a fim de atingir a umidade adequada a essas operações, as fissuras
prejudiciais ocorrem com maior frequência.
Na figura 1 ilustra-se o fissuramento em argamassas fortes e fracas.
Figura 1: Fissuração da argamassa por retração na secagem: argamassa forte x argamassa fraca. Fonte: Maciel et al. (1998)
25
Massa especifica
De acordo com Maciel et al. (1998) massa específica se caracteriza pela
razão entre a massa de argamassa e o volume ocupado pela mesma; sendo que
esta pode ser absoluta (não considera os vazios no volume de argamassa) ou
relativa (os vazios são considerados). Uma argamassa com elevado teor de ar tem
também grande volume de vazios e, portanto, maior massa específica relativa, o que
pode melhorar a trabalhabilidade, entretanto prejudica resistência e aderência. Por
meio da massa especifica se pode converter o traço em massa para o traço em
volume, utilizados na dosagem das argamassas produzidas em obra.
4.4.2 Propriedades do revestimento em argamassa no estado endurecido
Aderência
Maciel, Barros e Sabbatini (1998) informam que a aderência é uma
propriedade que faz com que o revestimento se mantenha fixo ao substrato, através
da resistência às tensões normais e tangenciais que surgem na interface base-
revestimento. A aderência torna-se então uma resultante da resistência de aderência
à tração, da resistência de aderência ao cisalhamento e da extensão de aderência
da argamassa. E ela depende das propriedades da argamassa no estado fresco, da
maneira a qual foi executado o revestimento, da natureza e características e limpeza
superficial da base. A resistência de aderência à tração do revestimento pode ser
medida através do ensaio de arrancamento por tração.
Capacidade de absorção e deformações
De acordo com Maciel, Barros e Sabbatini (1998) é a propriedade que o
revestimento apresenta quando exposto a pequenas tensões, de suportar as
mesmas sem que sejam apresentadas rupturas ou deformações que comprometam
sua estrutura, aderência, estanqueidade e durabilidade.
26
Há propriedades que podem interferir na capacidade de absorver
deformações da argamassa. São elas
O módulo de deformação da argamassa que quanto menor for
(baixo teor de cimento) maior é a capacidade de absorver as
deformações.
A espessura das camadas que quanto maiores forem contribuem
de maneira significativa para melhorar a absorção de deformação
porém deve-se atentar para que não haja espessuras excessivas que
possam comprometer a aderência.
As juntas de trabalho do revestimento que delimitam planos com
dimensões menores, compatíveis com as deformações o que contribui
para a obtenção de um revestimento sem fissuras prejudiciais.
A técnica de execução, de modo que a compressão imposta
durante a aplicação da argamassa bem como durante o acabamento
superficial, iniciado no momento correto contribuem para a ausência de
fissuras.
O aparecimento de fissuras prejudiciais compromete a
aderência, a estanqueidade, o acabamento superficial e a durabilidade
do revestimento.
Retração
A retração é o fenômeno que ocorre em decorrência da perda rápida e
acentuada da água de amassamento e das reações de hidratação dos
aglomerantes. O que ocasiona a abertura de fissuras nos revestimentos. As
argamassas fortes (ricas em cimento) são mais propensas ao aparecimento de
fissuras durante a secagem.
De acordo com Fiorito (2003) o endurecimento da argamassa é
acompanhado por uma redução do volume devido a perda de água evaporável em
decorrência das reações de hidratação. Mesmos após a secagem são notadas
27
variações dimensionais em função do grau higrométrico do ambiente, tal fenômeno é
conhecido como “retração”.
Resistencia Mecânica
Segundo Carasek (2007), a resistência mecânica relaciona-se com a
propriedade dos revestimentos de possuírem um estado de consolidação interna
capaz de suportar esforços mecânicos de diversas origens e que se apresentam, em
geral, por tensões simultâneas de tração, compressão e cisalhamento
A NBR 13281 (ABNT, 2001) prescreve que os requisitos mecânicos e
reológicos das argamassas devem estar em conformidade com as exigências
indicadas na tabela 3.
Tabela 3 - Exigências mecânicas e reológicas para argamassas
Característica Identificação Limites Método
Resistência à
compressão aos 28
dias (MPa)
I
II
III
≥ 0,1 e < 4,0
≥ 4,1 e ≤ 8,0
> 80
NBR 13279
Capacidade na
retenção de água (%)
NORMAL
ALTA
≥ 80 e ≤ 90
> 90 NBR 13277
Teor de ar
incorporado (%)
A
B
C
< 8
≥ 8 e ≤ 18
> 18
NBR 13278
Fonte: NBR 13281/1995
Durabilidade
É a propriedade que traduz a capacidade do revestimento de resistir a meios
e agentes agressivos sem que perca suas características físicas ao longo do tempo
e utilização.
28
Ainda segundo Maciel, Barros e Sabbatini (1998), durabilidade é a
propriedade do período de uso do revestimento no estado endurecido e que reflete o
desempenho do revestimento frente às ações do meio externo ao longo do tempo.
Há alguns fatores que interferem na durabilidade dos revestimentos, tais
como: fissuração, espessura excessiva, cultura e proliferação de micro-organismos,
qualidade das argamassas e a falta de manutenção.
4.5 PARÂMETROS TÉCNICOS
Ceotto et al. (2005) recomendam que sejam considerados os parâmetros
especificados pelo projetista do revestimento, indicados pelos intervalos aceitáveis
de:
Resistência à compressão e à tração na flexão (NBR 13280);
Retenção de água (NBR 13277);
Resistência de aderência à tração (NBR 13528 e 13749);
Resistência de aderência à tração superficial (NBR 13528)
Sendo que para os casos onde não há norma vigente a ensaio deve ser
definido pelo projetista.
4.6 PREPARO DAS ARGAMASSAS
4.6.1 Argamassa Convencional
De acordo com a NBR 7200 (ABNT,1998) a medição dos materiais
constituintes da argamassa deve ser feita em volume, em recipientes de volume
previamente conhecido, identificados por cores ou símbolos, e não sendo admitido o
29
uso de instrumentos que não assegurem com precisão o volume utilizado na mistura,
como pás ou latas.
Segundo a mesma NBR depois de medidos os materiais deve-se proceder
com a mistura dos mesmo que é feita por processo mecanizado e dura entre 3 e 5m
minutos. Nos casos em que as argamassas sejam a base de cal ou mistas é
recomendado pela norma que seja feito o processo de maturação da cal, onde a
mesma é misturada com água e possivelmente com areia formando uma pasta
viscosa que deverá ficar misturada por no mínimo 16 horas. Passado esse período
deve ser adicionado o cimento.
As misturas podem ser feitas manual ou mecanicamente, quando são feitas
da segunda forma é necessário o uso de um misturador.
De acordo com Carvalho (2005) quando a mistura for feita de forma
mecânica o ideal é que se inicie a mistura com o agregado miúdo e água
adicionando posteriormente os aglomerantes.
Carvalho (2005) afirma ainda que há recomendações básicas a serem
seguidas em relação á mistura de componentes para produção de argamassa. São
elas:
a) Um tempo de mistura compreendido entre 3 e 5 minutos no caso de
processo mecanizado e volume de argamassa inferior a 0.05m³ de cada vez
nos processos manuais
b) Para o caso de obras que utilizem mistura prévia de cal e areia deve-se
misturar primeiramente tais componentes acrescentando posteriormente a
água, atingindo-se consistência seca. Essa mistura deve ser deixada em
maturação durante no mínimo 16 horas
c) Em caso de argamassas mistas o cimento deve ser adicionado
somente no momento de sua aplicação, atendido o prazo de maturação da
pasta ou da mistura de cal e areia.
d) Nos casos de argamassas mistas ou de cimento o volume de produção
deve ser controlado de modo que seja utilizado em um prazo máximo de 2
horas e 30minutos. Caso haja temperaturas acima de 30°C, forte insolação
diretamente sobre o estoque de argamassa ou umidade relativa do ar inferior
a 50% o prazo deve ser reduzido para 1hora e 30 minutos. Tais prazos podem
sofrer alterações frente a aditivos retardadores.
30
Abaixo é apresentado um fluxograma simplificado dos processos envolvidos
no uso da argamassa mista preparada em obra, de acordo com Oliveira (2006),
Figura 2.
Figura 2: Fluxograma dos processos para argamassa mista preparada em obra Fonte: Oliveira (2006)
4.6.1.1 Local de preparo
O local onde ocorrerá a mistura da argamassa influenciara no fluxo de
materiais e pessoas além do ritmo de produção em diferentes níveis de controle de
qualidade da argamassas e em perdas quantitativas de materiais.
Para o caso das argamassas dosadas e obra a mistura pode acontecer em
diversos locais o que dificulta o controle de qualidade e facilita a perda na produção
e transporte de materiais.
31
4.6.2 Argamassas industrializadas
No caso das argamassas industrializadas a NBR 7200 (ABNT, 1998)
recomenda que sejam seguidas as instruções do documento técnico do produto com
relação a quantidade de água a adicionar, tempo de mistura, etc.
A seguir é apresentado o fluxograma de acordo com Oliveira (2006) para
argamassas industrializadas, figura 3
Figura 3: Fluxograma de processos para argamassa industrializada em sacos Fonte: Oliveira (2006)
4.6.2.1 Local de preparo
Neste caso o preparo em locais variáveis é facilitado permitindo assim
menores solicitações de transporte e mão de obra.
4.7 CONSIDERAÇÕES A CERCA DA ARGAMASSA INDUSTRIALIZADA
A argamassa industrializada possui algumas potenciais vantagens sobre a
argamassa convencional, essas vantagens podem ser observadas desde o
recebimento do material até a aplicação do mesmo e vida útil da edificação, tendo
em vista a possível redução de patologias.
32
Segundo Barbosa, Borja e Soares (2010) a principal vantagem e finalidade
da utilização de argamassas industrializadas é a produção de edificações limpas,
cujo desperdício e geração de resíduos possam ser minimizados objetivando rapidez
na execução, melhoria na qualidade da obra e economia. Estima-se uma redução de
até 80% nas perdas quando comparado às argamassas convencionais.
Ainda segundo Barbosa, Borja e Soares (2010) outra vantagem a favor da
utilização das argamassas industrializadas é o grande avanço tecnológico de
equipamentos e matérias-primas que pesquisadores e produtores vêm
desenvolvendo em estudos, aprimorando sua qualidade final, especificando e
elaborando argamassas para cada tipo de utilização a que se destina. Deste modo,
as mesmas têm vasto campo de aplicação, chegando há mais de trinta diferentes
tipos e indicadas para inúmeras destinações, tais como: contra pisos, revestimentos
internos e externos, assentamentos de cerâmicas, rochas ornamentais e alvenarias,
texturas, decoração entre outros.
Ragattieri e Silva (2006) destacam o fato de que quando se compara o uso
de argamassa convencional e industrializada em etapas do processo construtivo,
percebe se um ganho de eficiência na obra na qual se utiliza a argamassa
industrializada. As vantagens comparadas em cada processo construtivas são
listadas da seguinte maneira:
Recebimento e descarga dos materiais:
Argamassa convencional: Areia recebida à granel, cimento e cal recebidos em
sacos, resultando em maior demanda de mão de obra e maiores perdas.
Argamassa Industrializada: Mistura entregue ensacada, resultando em menor
demanda de mão de obra e menores perdas.
Controle de recebimento e qualidade dos materiais
Argamassa Convencional: Necessidade de pesagem e verificação de possíveis
embalagens danificadas, controle da qualidade da areia e suscetibilidade a
contaminações.
33
Argamassa Industrializada: Necessidade apenas de pesagem e verificação de
possíveis embalagens danificadas.
Armazenamento dos materiais
Argamassa convencional: Necessidade de grande espaço de armazenamento.
Componentes ensacados e à granel
Argamassa industrializada: Estoques flexíveis com possibilidade de
remanejamento. Possibilidade de distribuição no local de aplicação.
Local de Preparo
Argamassa convencional: Dificuldade em ser preparada no pavimento em que
será aplicada e maiores perdas nas medições e no transporte de material.
Argamassa industrializada: Possiblidade de preparação no pavimento de
aplicação pois demanda menores solicitações de transporte e mão de obra.
Medição dos materiais
Argamassa convencional: Necessidade de medição de todos os componentes
da argamassa estando assim sujeita a falha do operador.
Argamassa industrializada: Propriedades asseguradas pelo fabricante
demandando apenas a quantidade de água especificada.
Mistura da argamassa
Argamassa convencional: Processo Mecanizado
Argamassa industrializada: Processo Mecanizado
Transporte dos materiais
Argamassa convencional: Utilização excedente de mão de oba e gasto maior de
energia.
34
Argamassa industrializada: Possibilidade de transporte por bombeamento.
Segundo Carvalho (2004) com a crescente utilização da argamassa
industrializada na construção civil, tem-se mostrado necessário conhecer melhor as
características e propriedades dessas argamassas e também, maneiras de realizar o
controle dos processos de produção e aplicação delas em obra, tendo em vista que
a sua utilização tem-se baseado apenas no conhecimento empírico de suas
propriedades.
Segundo Selmo (2002) argamassas industrializadas tiveram uma
especificação brasileira à parte, tanto para as aplicações em assentamento de
alvenarias como em revestimento de paredes e tetos, através da NBR 13281/95.
35
5 METODOLOGIA
5.1DOSAGEM
O traço adotado, por ser citado em diversas biografias, para as argamassas
convencionais foi de 1:1:6, representado em volume de cimento:cal:areia,
respectivamente..
Para a argamassa industrializada foi utilizada uma proporção de 300ml de
água para 2kg de massa de acordo com as instruções do fabricante.
5.2 COMPONENTES DA ARGAMASSA
5.2.1 Argamassa Convencional
5.2.1.1 Cimento
O cimento utilizado na confecção dos corpos de prova foi o cimento Portland
CP II- Z- 32.
5.2.1.2 Cal
Para a produção de argamassa convencional foi utilizada a cal hidratada.
36
5.2.1.3 Areia
Para caracterização do agregado utilizado na argamassa convencional fez-
se necessário a realização do ensaio de granulometria, que tem como objetivo
determinar a percentagem em peso, que cada faixa especificada de tamanho de
partículas representa na massa total ensaiada. Tal ensaio foi realizado segundo a
NBR 7211:2009.
Desta maneira, foi selecionada uma amostra de 1000g de agregado miúdo
seco e peneirada no agitador automático utilizando uma série normal de peneiras
durante aproximadamente 8 minutos como é ilustrado na figura 4.
Figura 4: Agitador Automático e série normal de peneiras
Após o peneiramento o material retido em cada peneira foi separado e
pesado, como mostrado na tabela 4, e então determinado o módulo de finura.
37
Tabela 4 - Quantidade de agregado miúdo retida em cada peneira
Peneira Peso Retido
(g) % Retida %Retida Acumulada
4,8mm 0 0 0
2,4mm 12,00 1,20 1,20
1,2mm 44,00 4,40 5,60
0,6mm 135,00 13,50 19,10
0,3mm 620,00 62,00 81,10
0,15mm 174,00 17,40 98,5
Fundo 15,00 1,5 -
Total 1000,00 100 -
Com os resultados da tabela 4 foi possível chegar á dimensão máxima
característica de 2,4 e Módulo de Finura de 2,05 caracterizando assim o agregado
miúdo como fino.
5.2.2 Argamassa Industrializada
Para a realização dos ensaios foi utilizou-se uma argamassa constituída por
cimento Portland, areia quartzosa e, aditivos. Teores e composições químicas dos
materiais constituintes da argamassa não são disponíveis, por se tratarem de
segredo industrial.
A argamassa é fornecida em sacos de 20kg (figura 5) e destina-se à:
Assentamento:
Alvenaria sem finalidade estrutural;
Áreas internas e externas;
Tijolos, blocos cerâmicos, concreto ou sílico-calcário;
Revestimento:
Reboco de alvenaria;
Áreas internas e externas.
38
Figura 5: Argamassa industrializada utilizada nos ensaios
Segundo o fabricante a argamassa em questão deverá atender aos
parâmetros técnicos apresentados no quadro 1.
Quadro 1 - Parâmetros técnicos indicados pelo fabricante da argamassa industrializada
Resistência à compressão P3
Densidade de massa aparente no estado
endurecido M4
Resistência à tração na flexão R4
Densidade de massa no estado fresco D3
Retenção de água U4
Resistencia potencial de aderência á tração A3
39
5.3 PREPARAÇÃO DAS ARGAMASSAS
5.3.1 Argamassa Convencional
Preparou-se com antecedência de 24h da confecção dos corpos de
prova uma mistura de cal hidratada, areia e água no misturador mecânico do
laboratório de materiais da Universidade, indicado na figura 6. Essa mistura foi então
ensacada e armazenada.
Após as 24h, a mistura foi colocada novamente no misturador e
acrescida de cimento obtendo-se assim a mistura final.
Figura 6: Misturador mecânico
40
5.3.2- Argamassa industrializada
A argamassa industrializada apresenta nas especificações técnicas a
relação de água necessária à mistura. Desta forma calculou-se então a porção de
água necessária para uma amostra de 2kg de massa e então misturou-se os dois
componentes no misturador mecânico (figura 6).
5.4 INDICE DE CONSISTÊNCIA
O índice de consistência foi determinado segundo as recomendações da
NBR 13276/05: Argamassa para assentamento e revestimento de paredes e tetos –
Preparo da mistura e determinação do índice de consistência.
Foram realizadas quatro repetições, confeccionados assim quatro corpos de
prova de cada argamassa e oito corpos de prova no total.
A mesa de determinação de consistência, indicada na figura 7, e as paredes
do molde tronco cônico foram limpos de modo a ficarem ligeiramente úmidos para
que então se iniciasse a confecção dos corpos de prova.
41
Figura 7: Mesa de determinação do índice de consistência
Após a limpeza da mesa, as argamassas preparadas de acordo com os
procedimentos descritos em 5.3 foram homogeneizadas com espátula e então
utilizadas para preencher o molde tronco cônico que foi colocado centralizado sobre
a mesa. Sendo as dimensões do molde:
• Diâmetro superior: 80 mm;
• Diâmetro inferior: 125 mm;
• Altura: 65 mm.
Enquanto o molde era apoiado firmemente sobre a mesa para que não
houvesse o deslocamento do mesmo, a argamassa foi sendo colocada em três
camadas continuas com aproximadamente um terço da altura do cone sendo então
aplicados, com o auxilio de um soquete, 15, 10 e 5 golpes, respectivamente, em
cada uma das camadas de maneira a distribuí- las uniformemente.
Fez-se então o rasamento da argamassada rente á borda do molde tronco
cônico e todas as partículas em volta do molde foram eliminadas para que então o
mesmo pudesse ser retirado obtendo-se assim o corpo de prova para o ensaio
(figura 8).
42
Figura 8: Corpo de prova para o ensaio de Consistência.
Com o molde retirado e o corpo de prova pronto foi acionada a manivela da
mesa para determinação do índice de consistência, de modo em que, a mesa subiu
e desceu 30 vezes em 30s de maneira uniforme. Imediatamente após a ultima
queda, o espalhamento do molde tronco cônico original da argamassa foi medido em
três diâmetros, tomados em pares de pontos uniformemente distribuídos ao longo do
perímetro e então registradas as medidas.
A média dos resultados obtidos expressos em milímetros correspondeu
então ao índice de consistência da amostra.
5.5 RESISTÊNCIA À COMPRESSÃO
O ensaio de resistência à compressão foi realizado de acordo com a NBR
13279/1995 – Argamassas para assentamento de paredes e tetos – Determinação
da resistência á compressão e NBR 7215/96: Cimento Portland – Determinação da
resistência à compressão.
43
Para este ensaio foram confeccionados quatro corpos de prova para cada
argamassa totalizando oito corpos de prova.
O molde para confecção dos corpos de prova apresenta forma cilíndrica com
base rosqueada, ambas de metal, composto pelas dimensões de 50 mm de diâmetro
e 100 mm de altura. Sendo estes moldes, antes da confecção do corpo de prova,
revestidos com desmoldante para que fosse facilitada a retirada dos corpos de
prova.
Após o preparo da argamassa, como descrito no item 5.3.1 iniciou-se a
confecção dos corpos de prova e então a argamassa foi colocada no molde em
quatro camadas iguais de aproximadamente um quarto da altura do molde, com o
auxílio de uma espátula. Em cada camada foram aplicados 30 golpes uniformes
usando um soquete normal, sendo estes golpes homogeneamente distribuídos. Os
mesmos foram rasados e então se obteve o corpo de prova.
Após a finalização, os corpos de prova foram armazenados em câmara
úmida para que então fosse possível o processo de cura inicial ao ar durante 24h.
Após esse período, os corpos de prova foram desmoldados e então colocados
imersos em um tanque de água saturada de cal na câmara úmida, onde permaneceu
por 28 dias.
Para a realização do ensaio, após os 28 dias limpou-se os pratos da prensa
e então posicionou-se o corpo de prova retificado diretamente no centro da mesma,
e então o corpo de prova foi submetido à força de compressão exercida pela prensa.
As ferramentas usadas para a confecção são mostradas na figura 9.
44
Figura 9: Ferramentas utilizadas para confecção dos corpos de prova.
5.6 ABSORÇÃO DE ÁGUA POR CAPILARIDADE
O ensaio de absorção de água por capilaridade foi executado de acordo com
a NBR 15259/05: Argamassa para assentamento e revestimento de paredes e tetos
– Determinação da absorção de água por capilaridade e do coeficiente de
capilaridade.
Foram ensaiados quatro corpos de prova para cada argamassa sendo então
oito corpos de prova no total.
Os corpos de prova para este ensaio foram iguais aos usados no ensaio de
Resistência à Compressão, portanto confeccionou-se da mesma maneira descritas
no item 5.5.
Após confeccionados e desmoldados, os corpos de prova foram curados
somente ao ar durante 28 dias para que então pudesse ser realizado o ensaio.
45
Para a realização do ensaio os corpos de prova foram lixados com lixa
grossa e sua superfície limpa com pincel como observado na figura 10.
Figura 10: Corpos de prova para determinação da absorção de água por capilaridade.
Logo após essa preparação foi determinada a massa inicial em gramas
(𝑚0) de cada corpo de prova, conforme a figura 11.
46
Figura 11: Determinação da massa inicial do corpo de prova para determinação da absorção de água por capilaridade.
Após a determinação da massa inicial, os corpos de provas foram colocados
no recipiente para a realização do ensaio e cuidadosamente espaçados para que
não ficassem em contato entre si, e todos em contato com a água, então adicionou-
se água ao recipiente até que fosse atingido o nível de 5mm, monitorou-se o
recipiente para que esse nível fosse sempre mantido constante.
Contados 10 minutos a partir da colocação dos corpos de prova na água, os
mesmos foram retirados e enxutos com pano úmido e então determinou-se a massa
de cada um deles em gramas (𝑚10). Imediatamente após a determinação da massa
de cada corpo de prova eles foram novamente colocados no recipiente com água.
Aguardou-se então mais 90 minutos e então o processo de determinação de
massa em gramas de cada corpo de prova foi repetido (𝑚90 ).
Determinou-se a absorção de água por capilaridade em cada tempo,
expressa em gramas por centímetro quadrado, a partir da seguinte equação:
47
𝑨𝒕 = (𝒎𝒕− 𝒎𝟎) 𝑨⁄ (1)
Sendo:
𝐴𝑡 a absorção de água por capilaridade para cada tempo,
aproximada ao centésimo mais próximo ; (𝑔 𝑐𝑚²⁄ )
𝑚𝑡 a massa do corpo de prova em cada tempo, aproximada ao
centésimo mais próximo (𝑔);
𝑚0 a massa inicial do corpo de prova (𝑔);
t correspondente a massa do corpo de prova aos 10 e 90
minutos;
A a área do corpo de prova (𝑐𝑚²).
De posse dos resultados obtidos determinou-se também o coeficiente de
capilaridade, que é definido como o coeficiente angular da reta que passa pelos
pontos representativos das determinações realizadas aos 10 minutos e aos 90
minutos, considerando-se como:
Abscissa: a raiz do tempo (𝑚𝑖𝑛);
Ordenada: a absorção de água por capilaridade (𝑔 𝑐𝑚²⁄ ) .
O resultado para cada corpo de prova foi calculado de acordo com a
seguinte equação
𝑪 = (𝒎𝟗𝟎 − 𝒎𝟏𝟎) (2)
Onde C é o coeficiente de capilaridade (𝑔 𝑑𝑚²⁄ .𝑚𝑖𝑛1/2)
48
6 RESULTADOS E DISCUSSÕES
6.1 ÍNDICE DE CONSISTÊNCIA
A partir da realização do ensaio de índice de consistência obteve-se os
seguintes resultados, apresentados nas tabelas 5 e 6.
Tabela 5 - Resultados obtidos no ensaio de índice de consistência para argamassa convencional
Corpo
de Prova
Medida1
(mm)
Medida2
(mm)
Medida3
(mm)
Média
(mm)
Índice de
Consistência
Argamassa
Convencional
CP I 221,00 227,40 232,00 226,8
224,52 CP II 222,00 227,40 221,00 223,46
CP III 197,00 200,50 201,00 199,5
CP IV 244,00 247,00 254,00 248,33
Como pode-se observar na tabela 5, os valores de índice de consistências
obtidos para a argamassa convencional apresentaram uma variação relativamente
grande em relação ao corpo de prova inicial, sendo esta de aproximadamente
79,61%.
A quantidade de água utilizada no ensaio foi adotada de maneira a obter
uma trabalhabilidade semelhante para as duas argamassas (industrializada e
convencional).
Coutinho, Pretti e Tristão (2013) em sua pesquisa determinaram, para a
argamassa convencional, o índice de consistência e obtiveram o valor de 256mm,
valor relativamente maior ao obtido no presente trabalho.
49
Tabela 6 - Resultados obtidos no ensaio de índice de consistência para a argamassa
industrializada
Corpo
de Prova
Medida1 (mm)
Medida2 (mm)
Medida3 (mm)
Média (mm)
Índice de Consistência
Argamassa
Industrializada
CP I 238,00 228,00 226,70 230,90
215,72 CP II 213,00 211,00 216,00 213,33
CP III 216,00 214,00 216,00 215,33
CP IV 208,00 207,00 200,00 203,33
Na tabela 6 observa-se que assim como na argamassa convencional, houve
uma grande variação no aumento de diâmetro em relação ao corpo de prova inicial.
Neste caso, a variação foi um pouco menos expressiva, obtendo um valor de 72,6%.
Para a argamassa industrializada, Coutinho, Pretti e Tristão (2013) obtiveram
também um resultado relativamente maior ao encontrado no presente trabalho,
alcançando um índice de consistência de 272mm.
Os corpos de prova ensaiados, das argamassas convencional e
industrializada, podem ser observados na figura 12.
(a) (b) Figura 12: Corpos de prova ensaiados segundo o ensaio de Índice de Consistência: (a) Argamassa Convencional; (b) Argamassa Industrializada
No gráfico 1 observa-se a variação do índice de consistência quando
compara-se as duas argamassas.
50
.
Gráfico 1: Comparação entre o índice de consistência de argamassas convencionais e industrializadas.
6.2 RESISTÊNCIA À COMPRESSÃO
A partir do ensaio para determinação da resistência à compressão, obteve-
se os seguintes resultados expressos nas tabelas 7 e 9.
0
50
100
150
200
250
300
CP I CP II CP III CP IV
Índ
ice
de
Co
nsi
ste
nci
a (m
m)
Corpo de prova
Convencional
Industrializada
51
Tabela 7 - Resultados obtidos no ensaio de resistência à compressão para a argamassa convencional
Corpo de Prova Força(N)
Resistência á
Compressão
(MPa)
Média das
Resistências
(MPa)
Argamassa
Convencional
CP I 5000 2,54
2,55 CP II 4800 2,42
CP III 5100 2,58
CP IV 5300 2,68
Com base nos resultados do ensaio foi possível classificar a argamassa
convencional de acordo com a NBR 13281: 2005, apresentada na tabela 8,
enquadrando então a argamassa convencional na classe P3.
Piovesan e Ungericht (2011) realizaram o ensaio de resistência à
compressão para a argamassa convencional em quatro processos de cura
diferentes, sendo eles: cura realizada ao ar livre; cura em ambiente coberto; cura
úmida e cura realizada em ambiente coberto com aspersão. Para a cura úmida,
processo semelhante ao realizado no presente trabalho, a argamassa em questão
atingiu um valor de 2,429 MPa.
Coutinho, Pretti e Tristão (2013) executaram o ensaio de resistência à
compressão para a argamassa, de modo semelhante ao presente trabalho, e
chegaram à um valor de 2,84 MPa.
Desta maneira, as argamassas avaliadas variam entre as classes de
resistência P2 e P3.
Tabela 8 - Classes de resistência à compressão
Classe Resistência à compressão
(MPa) Método de Ensaio
P1 ≤ 2
ABNT NBR 13279
P2 1,5 a 3,0
P3 2,5 a 4,5
P4 4,0 a 6,5
P5 5,5 a 9,0
P6 >8,0
Fonte: NBR 13281/2005
52
Tabela 9 - Resultados obtidos no ensaio de Resistência à Compressão para a argamassa Industrializada.
Força(N)
Resistência á
Compressão
(MPa)
Média das
Resistências
(MPa)
Argamassa
Industrializada
CP I 5100 2,57
2,59 CP II 5000 2,52
CP III 5400 2,68
CP IV 3900 1,97
Observa-se na tabela 9 que para um corpo de prova em especial (CP IV) o
valor obtido de resistência à compressão foi bastante discrepante em relação aos
demais, fazendo assim com que o desvio padrão atingisse um nível maior que 6%
que é o limite estabelecido na NBR 13279, portanto o corpo de prova foi
desconsiderado e a média das resistências calculada levando-se em conta apenas
os três primeiros corpos de prova.
Com base nos resultados do ensaio foi possível classificar a argamassas de
acordo com a NBR 13281:2005, apresentada na tabela 8, sendo que assim como a
argamassa convencional, a argamassa industrializada também enquadra-se na
classe P3. Confirmando assim o boletim técnico da mesma.
Piovesan e Ungericht (2011) em sua pesquisa, considerando a cura úmida,
obtiveram, para a argamassa industrializada, um valor de resistência à compressão
de 2,028 MPa.
Coutinho, Pretti e Tristão (2013) obtiveram um valor relativamente maior
quando comparado às demais pesquisas apresentadas, chegando a resistência à
compressão de 8,01 MPa.
Desta maneira, as argamassas industrializadas em questão variam entre P2,
P3 e P6.
O gráfico 2 relaciona o resultado de resistência à compressão das duas
argamassas (convencional e industrializada) de maneira à compará-los.
53
Gráfico 2: Relação entre a resistência â compressão de argamassas convencionais e
industrializadas.
Na figura 13 observa-se a os corpos de prova ensaiados segundo o ensaio
de resistência à compressão.
0
0,5
1
1,5
2
2,5
3
CP I CP II CP III CP IV
Re
sist
ên
cia
à C
om
pre
ssão
(M
Pa)
Corpo de Prova
Convencional
Industrializada
54
(a) (b) Figura 13: Corpos de prova ensaiados segundo o ensaio de resistência à compressão: (a) Argamassa Convencional; (b) Argamassa Industrializada
6.3 ABSORÇÃO DE ÁGUA POR CAPILARIDADE
A partir do ensaio de absorção de água por capilaridade, foram obtidos os
seguintes resultados descritos nas tabelas 10 e 11.
Tabela 10 - Resultados obtidos no ensaio de absorção de água por capilaridade para argamassa convencional
𝐴𝑡10 (𝑔 𝑐𝑚²⁄ ) Média
(10 minutos) 𝐴𝑡90 (𝑔 𝑐𝑚²⁄ )
Média
(90 minutos)
Argamassa
Convencional
CP I 0,073
0,077
0,309
0,302 CP II 0,082 0,306
CP III 0,083 0,329
CP IV 0,068 0,263
55
Verificou-se a partir dos resultados obtidos para a argamassa convencional
que a absorção de água aos 10 minutos é pouco expressiva, bem como a absorção
de água aos 90 minutos é relativamente maior comparada a absorção de água aos
10 minutos.
Tabela 11 - Resultados obtidos no ensaio de absorção de água por capilaridade para a argamassa industrializada.
𝐴𝑡10 (𝑔 𝑐𝑚²⁄ ) Media
(10 minutos) 𝐴𝑡90 (𝑔 𝑐𝑚²⁄ )
Média
(90 minutos)
Argamassa
Industrializada
0,123
0,153
0,243
0,308 0,138 0,341
0,143 0,266
0,207 0,381
Verifica-se através da tabela 11 que para a argamassa industrializada já aos
10 minutos a absorção de água tem valores mais expressivos, valores estes que não
apresentam grande variação aos 90 minutos.
No gráfico 3 é possível notar a diferença de variação aos 10 e aos 90
minutos para a argamassa convencional e para a argamassa industrializada.
56
Gráfico 3: Comparação entre a absorção de água de água da argamassa convencional e
industrializada nos tempos de 10 e 90 minutos.
Calculou-se também, a partir dos resultados, o coeficiente de capilaridade
que é apresentado nas tabelas 12 e 13.
Tabela 12 - Coeficiente de capilaridade da argamassa convencional
𝑚10(𝑔) 𝑚90(𝑔) C
(𝑔 𝑑𝑚²⁄ .𝑚𝑖𝑛1/2)
Média
(𝑔 𝑑𝑚²⁄ .𝑚𝑖𝑛1/2) Classificação
Argamassa
Convencional
CP I 388,37 392,14 1,92
2,48 C3 CP II 382,74 386,33 3,24
CP II 380,83 384,78 1,98
CP IV 382,58 385,69 2,79
Com o resultado obtido, classificou-se a argamassa segundo a NBR 13281
(2005),tabela 14. Desta forma a argamassa convencional foi classificada como C3
Para a pesquisa de Piovesan e Ungericht (2011), quando analisa-se a cura
ao ar livre, processo semelhante ao presente trabalho, a argamassa convencional
atinge um valor de coeficiente de capilaridade de 9,62 𝑔 𝑑𝑚²⁄ .𝑚𝑖𝑛1/2.
0
0,05
0,1
0,15
0,2
0,25
0,3
0,35
10 90
Ab
sorç
ão d
e á
gua
(𝑔∕𝑐𝑚
²)
Período de Medição (min)
Convencional
Industrializada
57
Para Coutinho, Pretti e Tristão (2013), a pesquisa apontou para um resultado
de 0,615 𝑔 𝑑𝑚²⁄ .𝑚𝑖𝑛1/2.
Para Bauer, Salomão e Filho (2015) valores baixos de absorção de água
podem comprovar a presença de aditivos hidrofugantes ou ainda de aditivos que
afetam a matriz porosa dessas argamassas, como é o caso dos incorporadores de
ar. Da mesma forma que valores mais elevados compravam a falta dos mesmos.
Desta maneira os três resultados analisados obtiveram valores discrepantes
quando comparados um ao outro, variando entre as classes C1, C3 e C5.
Tabela 13 - Coeficiente de Capilaridade da argamassa industrializada
𝑚10(𝑔) 𝑚90(𝑔) C
(𝑔 𝑑𝑚²⁄ .𝑚𝑖𝑛1/2)
Média
(𝑔 𝑑𝑚²⁄ .𝑚𝑖𝑛1/2) Classificação
Argamassa
Industrializada
CP I 274,33 279,25 3,77
3,61 C4 CP II 276,77 280,01 3,59
CP II 267,45 269,42 3,95
CP IV 276,49 279,28 3,11
Com os resultados obtidos, classificou-se a argamassas segundo a NBR
13281 (2005) de acordo com a tabela 1, enquadrando a argamassa industrializada
na classe C4
Para Piovesan e Ungericht (2011) a argamassa industrializada quando
submetida ao ensaio de absorção de água por capilaridade obteve um coeficiente de
capilaridade de 6,89 𝑔 𝑑𝑚²⁄ .𝑚𝑖𝑛1/2.
Na pesquisa de Coutinho, Pretti e Tristão (2013) a argamassa em questão
obteve um coeficiente de capilaridade de 5,71 𝑔 𝑑𝑚²⁄ .𝑚𝑖𝑛1/2.
Desta maneira, para todas as pesquisas analisadas a argamassa
industrializada se caracterizou como C3.
58
Tabela 14 - Coeficiente de Capilaridade
Classe Coeficiente de Capilaridade
(g/dm².𝑚𝑖𝑛1/2) Método de Ensaio
C1 ≤ 1,5
NBR 15259
C2 1,0 a 2,5
C3 2,0 a 4,0
C4 3,0 a 7,0
C5 5,0 a 12,0
C6 > 10,0
Na figura 14 observa-se os corpos de prova ensaiados segundo o ensaio de
absorção de água por capilaridade
(a) (b) Figura 14: Corpos de prova no ensaio de Absorção de água por capilaridade: (a) Argamassa Convencional; (b) Argamassa Industrializada
59
7 CONCLUSÕES
A partir dos resultados obtidos nos ensaios realizados, pode-se concluir que:
Os resultados do índice de consistência demostram que a argamassa
industrializada obteve um valor menor de índice de consistência quando comparada
à argamassa convencional. Sendo que a argamassa industrializada traz junto às
especificações a quantidade exata de água a ser usada garantindo que o produto
final permaneça dentro dos requisitos técnicos, já a argamassa convencional
apresenta maior flexibilidade na quantidade de água a ser utilizada possibilitando o
melhoramento da consistência, porém sem garantir que o produto final atenda aos
requisitos técnicos.
Para o ensaio de resistência à compressão a argamassa industrializada
obteve um maior valor de resistência, porém pouco expressivo quando comparada à
argamassa convencional. Sendo assim, quando classificadas segundo a NBR 13281
tanto a primeira quanto a segunda se estabelecem na mesma faixa de limite de
resistência.
O ensaio de Absorção de água por Capilaridade mostra que para a
argamassa convencional quanto maior o tempo do contato do corpo de prova com a
água maior a absorção de água do mesmo, já para a argamassa industrializada a
absorção mostra-se mais rápida, apresentando valores expressivos já aos 10
minutos. Sendo o coeficiente de capilaridade da argamassa industrializada
relativamente maior que o coeficiente de capilaridade da argamassa industrializada.
Os resultados mostram que, de forma geral, há queda do desempenho e
comportamento mecânico das argamassas no ensaio de absorção de água por
capilaridade, sendo esta queda mais expressiva em argamassas industrializadas.
Constatou-se, também, uma tendência de baixo desempenho do comportamento de
argamassa convencional quando se tem em vista os ensaios de resistência à
compressão e consistência. Esse fato evidencia que as possíveis modificações
ocorridas nas argamassas industrializadas, analisando os três parâmetros expostos
no presente trabalho, são modificações que beneficiam o desempenho e
comportamento mecânicos das argamassas.
60
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