Estratégia Nacional de Adaptação às Alterações Climáticas...

20
Estratégia Nacional de Adaptação às Alterações Climáticas Saúde Lisboa, 01 de outubro de 2013

Transcript of Estratégia Nacional de Adaptação às Alterações Climáticas...

Page 1: Estratégia Nacional de Adaptação às Alterações Climáticas ...apambiente.pt/_zdata/Politicas/AlteracoesClimatic... · Temperaturas Extremas Adversas Processo dinâmico 2003

Estratégia Nacional de Adaptação

às Alterações Climáticas

Saúde

Lisboa, 01 de outubro de 2013

Page 2: Estratégia Nacional de Adaptação às Alterações Climáticas ...apambiente.pt/_zdata/Politicas/AlteracoesClimatic... · Temperaturas Extremas Adversas Processo dinâmico 2003

SETOR SAÚDE

Estratégia Nacional de Adaptação às Alterações Climáticas 2

Sumário executivo

Face ao atual estado do conhecimento perspetiva-se que os efeitos das

alterações climáticas sobre a saude humana estarão relacionados com:

o Fatores que alterem distribuição geográfica e taxa de incidência de

determinadas patologias

o Aumento da severidade e frequência de eventos meteorológicos

extremos

o Novas solicitações sobre o SNS

Page 3: Estratégia Nacional de Adaptação às Alterações Climáticas ...apambiente.pt/_zdata/Politicas/AlteracoesClimatic... · Temperaturas Extremas Adversas Processo dinâmico 2003

Estratégia Nacional de Adaptação às Alterações Climáticas 3

Vulnerabilidade do Setor Saúde às Alterações Climáticas

o Ausência de levantamento profundo das principais implicações

o Efeitos na saúde das pessoas dependem:

o Da sua vulnerabilidade (idade e estado de saúde)

o Da capacidade de adaptação - relação com fatores ecológicos, sociais

económicos e culturais, edução e acesso a serviços de saúde

SETOR SAÚDE

Page 4: Estratégia Nacional de Adaptação às Alterações Climáticas ...apambiente.pt/_zdata/Politicas/AlteracoesClimatic... · Temperaturas Extremas Adversas Processo dinâmico 2003

Estratégia Nacional de Adaptação às Alterações Climáticas 4

Barreiras à Adaptação

o Desconhecimento de muitos agentes dos setor sobre este tema,

dificulta a melhor tomada de decisão do ponto de vista de uma

estratégia de adaptação

o Escassez de ferramentas que potenciem os decisores, baseadas em

estudos, modelos e evidência cientifica

o Não foi desenvolvida uma análise SWOT (Strenghts, Opportunities

and Threats) ao setor

SETOR SAÚDE

Page 5: Estratégia Nacional de Adaptação às Alterações Climáticas ...apambiente.pt/_zdata/Politicas/AlteracoesClimatic... · Temperaturas Extremas Adversas Processo dinâmico 2003

Estratégia Nacional de Adaptação às Alterações Climáticas 5

Identificação de Medidas de Adaptação

As principais medidas de adaptação estão associadas à implementação de

alguns Planos e Programas:

o Plano de Contingência para Temperaturas Extremas Adversas -

Módulo Calor

o Programa Nacional de Vigilância dos Vetores Culicídeos

SETOR SAÚDE

Page 6: Estratégia Nacional de Adaptação às Alterações Climáticas ...apambiente.pt/_zdata/Politicas/AlteracoesClimatic... · Temperaturas Extremas Adversas Processo dinâmico 2003

Estratégia Nacional de Adaptação às Alterações Climáticas 6

Plano de Contingência para Temperaturas Extremas Adversas

Módulo Calor

SETOR SAÚDE

Onda de calor com

temperaturas acima do

normal para a época

1º Plano de Contingência para Ondas

de Calor

Avaliação e gestão do risco

para a saúde responsabilidade das AS regionais e

locais

Alteração do critério T.

Máx. de 3 dias para 1

dia de temperatura observada

Plano de Contingência

para Temperaturas

Extremas Adversas

Processo dinâmico

2011 2004 2006 2010 2003

Page 7: Estratégia Nacional de Adaptação às Alterações Climáticas ...apambiente.pt/_zdata/Politicas/AlteracoesClimatic... · Temperaturas Extremas Adversas Processo dinâmico 2003

Estratégia Nacional de Adaptação às Alterações Climáticas

7

SETOR SAÚDE

• Sistema de previsão, alerta e resposta apropriada Em que se

baseia

• Minimizar os efeitos das temperaturas elevadas na saúde Objetivo

• Entre 15 de maio e 30 de setembro, podendo ser alargado em função das condições meteorológicas

Período de ativação

• Verde (temperaturas normais para a época)

• Amarelo (temperaturas elevadas podem provocar efeitos na saúde)

• Vermelho (temperaturas muito elevadas podem trazer graves problemas para a saúde)

Níveis de alerta

• Temperaturas máximas e mínimas observadas e previstas, Índice-Alerta-Ícaro, subida brusca da temperatura, incêndios, radiação UV, excedências de ozono, avisos meteorológicos

Critérios

• Escala nacional, regional e local em função do nível de alerta Intervenção

Page 8: Estratégia Nacional de Adaptação às Alterações Climáticas ...apambiente.pt/_zdata/Politicas/AlteracoesClimatic... · Temperaturas Extremas Adversas Processo dinâmico 2003

Estratégia Nacional de Adaptação às Alterações Climáticas 8

Organização

Institucional

SETOR SAÚDE

Page 9: Estratégia Nacional de Adaptação às Alterações Climáticas ...apambiente.pt/_zdata/Politicas/AlteracoesClimatic... · Temperaturas Extremas Adversas Processo dinâmico 2003

Estratégia Nacional de Adaptação às Alterações Climáticas

Programa Nacional de Vigilância dos Vetores Culicídeos

Em 2007 foi aprovado o Programa Nacional de Vigilância de Vetores Culicídeos

e assinado o protocolo entre a Direção-Geral da Saúde, as Administrações

Regionais de Saúde do Alentejo, do Algarve, do Centro, de Lisboa Vale do Tejo

e do Norte e o Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge.

9

SETOR SAÚDE

Page 10: Estratégia Nacional de Adaptação às Alterações Climáticas ...apambiente.pt/_zdata/Politicas/AlteracoesClimatic... · Temperaturas Extremas Adversas Processo dinâmico 2003

Estratégia Nacional de Adaptação às Alterações Climáticas

Programa Nacional de Vigilância dos Vetores Culicídeos

O Programa assenta no desenvolvimento de uma Rede de Vigilância de

Vetores denominada REVIVE e tem como objetivos:

• A criação de formas de campanhas de educação, informação à população e

comunidade médica

• A criação de condições para que as colheitas periódicas ou esporádicas, de

vetores culicídeos sejam realizadas pelas respetivas Administrações

Regionais de Saúde

• A vigilância da atividade dos mosquitos vetores, da caracterização das

espécies e da ocorrência sazonal em locais selecionados, assim como a

deteção atempada de introdução de mosquitos exóticos, nomeadamente o

Aedes albopictus e Aedes aegypti

• A emissão de alertas para adequação das medidas de controlo, em função

da densidade de vetores identificada

10

SETOR SAÚDE

Page 11: Estratégia Nacional de Adaptação às Alterações Climáticas ...apambiente.pt/_zdata/Politicas/AlteracoesClimatic... · Temperaturas Extremas Adversas Processo dinâmico 2003

Estratégia Nacional de Adaptação às Alterações Climáticas

Programa Nacional de Vigilância dos Vetores Culicídeos

São objetivos do REVIVE 2010-2015:

• Vigiar a atividade de artrópodes hematófagos e caracterizar as espécies e a

ocorrência sazonal em locais previamente selecionados

• Identificar agentes patogénicos importantes em saúde pública transmitidos

por estes vetores

• Emitir alertas para a adequação das medidas de controlo, em função da

densidade dos vetores e do nível de infeção

11

SETOR SAÚDE

Page 12: Estratégia Nacional de Adaptação às Alterações Climáticas ...apambiente.pt/_zdata/Politicas/AlteracoesClimatic... · Temperaturas Extremas Adversas Processo dinâmico 2003

Estratégia Nacional de Adaptação às Alterações Climáticas 12

Dado o sucesso do programa na área dos culicídeos e o

reconhecimento que atualmente os artrópodes que

constituem maior risco para a saúde pública em Portugal

e na Europa são os ixodídeos (carraças), foi proposto

que o mesmo fosse alargado e abrangesse o seu

estudo.

Efetivamente, os dados disponíveis demonstram que

estamos perante um aumento do número de casos de

doenças associadas a picada de carraça. potenciado

por, fatores tão diversificados como as alterações

climáticas, a rapidez da deslocação de pessoas e bens,

as mudanças de comportamento, o desenvolvimento

tecnológico e a alteração dos métodos de exploração

agrícola e pecuária.

SETOR SAÚDE

Page 13: Estratégia Nacional de Adaptação às Alterações Climáticas ...apambiente.pt/_zdata/Politicas/AlteracoesClimatic... · Temperaturas Extremas Adversas Processo dinâmico 2003

Estratégia Nacional de Adaptação às Alterações Climáticas 13

Processo, Organização e Funcionamento do Grupo Setorial

SETOR SAÚDE

Page 14: Estratégia Nacional de Adaptação às Alterações Climáticas ...apambiente.pt/_zdata/Politicas/AlteracoesClimatic... · Temperaturas Extremas Adversas Processo dinâmico 2003

Estratégia Nacional de Adaptação às Alterações Climáticas 14

Metodologia de Trabalho

SETOR SAÚDE

• Final 2010/Inicio 2011 convite de vários organismos do Ministério da Saúde

para participação num Grupo de Trabalho nacional

• Consulta de peritos na área da saúde para definição dos aspetos mais

importantes a abordar numa estratégia de adaptação às alterações climáticas

- Setor Saúde

• Elaboração de Guião pela Divisão de Saúde Ambiental e Ocupacional

(DSAO)

• Elaboração do documento base pela DSAO e definição dos coordenadores e

participantes dos Subgrupos de Trabalho dos vários domínios a desenvolver:

• Eventos Térmicos Extremos

• Água

• Ar

• Vetores Transmissores de Doença

• Alimentos

• Eventos Hidrológicos Extremos

• Elaboração do Relatório Alterações Climáticas e Saúde Humana – Estado da

Arte (versão preliminar)

Page 15: Estratégia Nacional de Adaptação às Alterações Climáticas ...apambiente.pt/_zdata/Politicas/AlteracoesClimatic... · Temperaturas Extremas Adversas Processo dinâmico 2003

Estratégia Nacional de Adaptação às Alterações Climáticas 15

Composição do Grupo Setorial

SETOR SAÚDE

• Direção-Geral da Saúde (Coordenação Setor Saúde)

• Divisão de Saúde Ambiental e Ocupacional

• Divisão dos Estilos de Vida Saudável

• Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge

• Administrações Regionais de Saúde – Departamentos de Saúde

Pública

• Algarve

• Alentejo

• Lisboa e Vale do Tejo

• Centro

• Norte

Page 16: Estratégia Nacional de Adaptação às Alterações Climáticas ...apambiente.pt/_zdata/Politicas/AlteracoesClimatic... · Temperaturas Extremas Adversas Processo dinâmico 2003

Estratégia Nacional de Adaptação às Alterações Climáticas 16

Consultas efetuadas

SETOR SAÚDE

• Reunião com peritos associados a organismos de investigação na

área da saúde e a universidades

• Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge (INSA);

• Centro de Estudos de Vetores e Doenças Infeciosas Dr.

Cambournac /INSA

• Instituto de Higiene e Medicina Tropical

• Universidade de Lisboa

• Universidade de Coimbra

• Universidade de Aveiro

Page 17: Estratégia Nacional de Adaptação às Alterações Climáticas ...apambiente.pt/_zdata/Politicas/AlteracoesClimatic... · Temperaturas Extremas Adversas Processo dinâmico 2003

Estratégia Nacional de Adaptação às Alterações Climáticas 17

Consultas efetuadas – Alguns Resultados da Reunião de Peritos

SETOR SAÚDE

• Programa de Contingência para as Temperaturas Extremas Adversas

– Desenvolver o Modulo Frio

• Programa REVIVE – Alargar a outros vetores, tais como flebótomos

• Qualidade do Ar – Melhorar o conhecimento entre qualidade do ar e

efeitos na saúde (ozono, COV, óxidos de azoto e partículas)

• Qualidade do Ar Interior e Energia – Avaliar a qualidade do ar interior

face às alterações das emissões atmosféricas

• Água – Reforçar os sistemas de vigilância e alerta (áreas mais

suscetíveis de ocorrência de cheias)

• Saúde Mental – Aprofundar o conhecimento no domínio saúde

mental e alterações climáticas, designadamente em matéria de

eventos meteorológicos extremos

• Alimentação – Aprofundar as relações entre alterações climáticas e

toxico – infeções alimentares

Page 18: Estratégia Nacional de Adaptação às Alterações Climáticas ...apambiente.pt/_zdata/Politicas/AlteracoesClimatic... · Temperaturas Extremas Adversas Processo dinâmico 2003

Estratégia Nacional de Adaptação às Alterações Climáticas 18

Cronologia dos trabalhos

SETOR SAÚDE

• 3 Reuniões de coordenação

• 1ª Reunião - novembro 2010

• 2ª Reunião - janeiro 2011

• 3ª Reunião – abril 2011

• Subgrupos de Trabalho realizaram outras reuniões / trocas de email

• Elaboração do Relatório “Alterações Climáticas e Saúde Humana –

Estado da Arte” (versão preliminar) – 21 de julho de 2011 (junção de

todos os contributos – DSAO)

• Contributos para o Relatório de Progresso da ENAAC

Page 19: Estratégia Nacional de Adaptação às Alterações Climáticas ...apambiente.pt/_zdata/Politicas/AlteracoesClimatic... · Temperaturas Extremas Adversas Processo dinâmico 2003

Estratégia Nacional de Adaptação às Alterações Climáticas 19

Conclusões e Recomendações para Trabalho Futuro

Importância da afetação de verbas a projetos no domínio Saúde e

Alterações Climáticas .

Aprofundar a implementação do Plano Estratégico do Baixo Carbono

relativamente a todos os edifícios do setor Saúde com ganhos

energéticos e uso sustentável da água.

Desenvolver pontes de cooperação com Instituições Científicas e

outros Organismos Públicos de modo a potenciar sinergias e Estudos

transversais no domínio da Saúde e Alterações Climáticas.

SETOR SAÚDE

Page 20: Estratégia Nacional de Adaptação às Alterações Climáticas ...apambiente.pt/_zdata/Politicas/AlteracoesClimatic... · Temperaturas Extremas Adversas Processo dinâmico 2003