ESTRATÉGIAS NUTRICIONAIS NA ALTA HOSPITALAR E EM...

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ESTRATÉGIAS NUTRICIONAIS NA ALTA HOSPITALAR E EM CASA: DIFICULDADES E SOLUÇOES NO HOSPITAL PRIVADO ANNA CAROLINA SARA FONSECA NUTRICIONISTA EMTN HSC

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ESTRATÉGIAS NUTRICIONAIS NA ALTA

HOSPITALAR E EM CASA: DIFICULDADES E

SOLUÇOES NO HOSPITAL PRIVADO

ANNA CAROLINA SARA FONSECANUTRICIONISTA EMTN HSC

Orientação de Alta

Quanto?

Como?

Quando?

Pó ou líquida?

Industrializada ou

Artesanal?

Forma de infusão?

Sistema aberto ou fechado?

O QUE É NUTRIÇÃO ENTERAL?

“Alimento para fins especiais, na forma isolada ou combinada, de composição definida ou estimada, especialmente formulada e elaborada para uso por

sondas ou via oral, industrializado ou não, utilizada exclusiva ou parcialmente para

substituir ou complementar a alimentação oral em pacientes desnutridos ou não,

conforme suas necessidades nutricionais, em regime hospitalar, ambulatorial ou

domiciliar, visando a síntese ou manutenção dos tecidos, órgãos ou

sistemas”

(ANVISA, RDC nº63, 2000)

INDICAÇÃO TNE

INDICAÇÃO DE TNE NO HSC 2016

INDICAÇÕES %

Doença neurológica 52,3

Baixa IVO 19,7

Insuficiência Respiratória 17,7

Intubação 15,5

Rebaixamento do nível de consciência15,1

Disfagia 10,0

Câncer TGI9,3

Desnutrição 7,8

Broncoaspiração 4,5

Pós operatório 3,34

Contínua

MÉTODOS DE INFUSÃO

Infusão lenta Em BIC

Bolus

Posição gástrica

15 a 30 min

MÉTODOS DE INFUSÃO

Gravitacional

MÉTODOS DE INFUSÃO

Infusão lenta Sem o uso de equipamentos

Dificuldade em contabilizar!

1gota/segundo

SISTEMA ABERTO X FECHADONE Sistema Aberto – manipulação, uso imediato / orientação do fabricante.

NE Sistema Fechado – industrializada, estéril, recipiente hermeticamente fechado,apropriada conexão ao equipo.

SISTEMA ABERTO SISTEMA FECHADO

Ambiente: Domiciliar Hospitalar

Custo acessível Valor superior a S.A.

Necessário: produto + equipo + frasco

Produto + equipo + BIC (energia)

Permite administração intermitente

Fracionamento mais difícil em BIC

Administração simples Necessário treinamento para uso da BIC

(ANVISA, RDC nº63, 2000)

DIETA ENTERAL: CASEIRA/ ARTESANAL

(ANVISA, RDC nº63, 2000)

Formuladas a partir de alimentos in natura, ou

mescla de alimentos com módulos nutricionais ou

formulações industrializadas – mistas

VANTAGENS

AcessoAlimentos In Natura

DESVANTAGENS

Instabilidade bromatológicaConservação

Risco de contaminaçãoTempo e dificuldade de preparo

Necessidade de acrescentar suplementosNão adequação dos macro e micro

nutrientesVALIDADE!

x

Composição / Custo

DIETA ENTERAL – CARACTERÍSTICAS - Caseira / Artesanal

- Industrializada

São formulas que atendem aos requisitos

de composição para macro e micro

nutrientes, com base nas recomendações para a população.

• Sistema abertoPÓ

• Sistema abertoLÍQUIDA

Semi pronta

• Sistema fechadoLÍQUIDA

Pronta p/ uso

(ANVISA, RDC nº63, 2000)

Vantagens • Individualização de fórmula – diferentes diluições• Menor manipulação do que as dietas caseiras• Composição definida• Armazenamento facilitado

Desvantagens • Manipulação – diluição

LÍQUIDA Semi pronta

Vantagens • Composição definida• Armazenamento facilitado • Menor manipulação que as em pó

Desvantagens • Manipulação• Não favorece a individualização

LÍQUIDA Pronta para o uso

Vantagens • Composição definida• Armazenamento facilitado• Nenhuma manipulação

Desvantagens • Uso em BIC• Não favorece a individualização

COMPLICAÇÕES EM TNE

ProbióticoPausa de NE/

redução gotejamento

O que é NUTRIÇÃO PARENTERAL?

“Solução ou emulsão, composta basicamente de

carboidratos, aminoácidos, lipídios, vitaminas e minerais, estéril e

apirogênica, acondicionada em recipiente de vidro ou plástico,

destinada àadministração intravenosa em

pacientes desnutridos ou não, em regime

hospitalar, ambulatorial ou domiciliar, visando a síntese ou

manutenção dostecidos, órgãos ou sistemas”

(ANVISA, RDC nº272, 1998)

Indicação de NUTRIÇÃO PARENTERAL

Desnutridos severos

TGI não funcionante

NP

Alimentação inadequada / insegura VO ou enteral

Indicação de TNPD

(SBNPE, 2012)

Patologias mais comuns na TNPD

Síndrome do intestino curto

Hiperemese gravídica

Câncer

Pancreatite grave necrosante

FÍstula digestiva

Síndrome de má absorção

Doença de Crohn grave.

Terapia Nutricional Parenteral e Enteral Domiciliar

A indicação de TNPD e TNED é similar à indicação hospitalar, jáque no domicílio dá-se continuidade ao atendimento já iniciadono hospital.

Rev Assoc Med Bras 2012

NECESSIDADE ENERGÉTICA / PROTEICA

Necessidade Kcal/Kg/dia

IMC

25 - 30 18,5 a 30 Kg/m²

22 – 25 (peso ideal) > 50 Kg/m²

11 – 14 30 a 50 Kg/m²

Fonte: adaptado ASPEN, 2016

Necessidade protéica g/Kg/dia

1,2 a 2,0

NECESSIDADE HÍDRICAFAIXA-ETARIA

Jovem ativo 40ml/kg/dia

Adulto (18-55 anos) 35ml/kg/dia

Idosos até 75 anos 30ml/kg/dia

Idosos >75 anos 25 ml/kg/dia

Densidade CalóricaKcal/ml

Quantidade de água ml/1000ml de

fórmula

Quantidade de água %

1 – 1,2 800 – 860 80 - 86

1,5 760 – 780 76 - 80

2,0 690 – 710 69 - 71

fonte: Adaptado de ASPEN, 1997 E WAITZBERG, 2009

DIETA ENTERAL X SUS

Solicitação de medicamento ou nutrição enteral por paciente (deinstituição de saúde pública ou privada)

A solicitação para SES/SP (secretaria de estado e saúde) consiste norequerimento de medicamento ou nutrição enteral não disponibilizadopelo SUS, em caráter de excepcionalidade, esgotadas todas asalternativas terapêuticas disponibilizadas, sendo importante apresentarna literatura científica forte nível de evidência para sua utilização.

Disponível em: < ww.saude.sp.gov.br/ses/perfil/gestor/comissao-de-farmacologia/solicitacao-de-medicamento-ou-nutricao-enteral-por-paciente-de-instituicao-de-saude-publica-ou-privada Acesso em 20 de agosto de 2016

• Educação de orientação de altacomeça na internação;

• Familiares ou cuidadores, papelvital;

• Orientação (educação) adequada.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Planejamento pelo Nutricionista: oferta adequada de nutrientes.