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Estratégias Metodológicas e o Trabalho do Coordenador Pedagógico: uma contribuição para o processo de ensino aprendizagem. Edna Maria Andrade Miranda 1 Orientadora: Profª Ms, Klívia de C. Silva Nunes 2 Co-orientadora: Gizelda Moura Rodrigues 3 RESUMO Este relatório de aprendizagem escolar e o trabalho pedagógico: algumas contribuições para o ensino aprendizagem da Escola Estadual Manoel Estevão de Souza. ,teve como objetivo diagnosticar a real situação da aprendizagem, onde foi promovido momentos de orientação do planejamento do professor, realizou-se ações de melhoria no ensino aprendizagem para que os alunos participassem com mais assiduidade, para tanto os coordenadores acompanhavam no processo de avaliação da aprendizagem, promovia reuniões com professores para refletir e analisar os resultados de aprendizagem na Escola, este relatório tinha como quesito quais as contribuições que o coordenador pedagógico poderia promover na educação em prol da melhoria do ensino aprendizagem? Ajudando no planejamento escolar trazendo inovações com relação as metologias para que o aluno não ficassem na rotina de sempre, promovendo aulas extraclasse, visitas, debates, dramatizações jograis, entrevistas, jogos, sorteios, danças e outros, para que os alunos interessassem mais pelos estudos de forma diferenciada , fazendo com isso que O resultado fosse satisfatório visto que todos os alunos gostavam de novidades e com isso o desenvolvimento do aluno crescia em potencialidade . Palavras-chave: Aprendizagem. Orientação. Processo. Desenvolvimento. Potencialidade INTRODUÇÃO 1 Licenciatura plena em Pedagogia com habilitação em Orientação Educacional Supervisão e Administração Escolar Instituto Superior de Educação e cultura - ISECUB E.S. Professora do 1ºano na Escola Estadual Manoel Estevão de Souza EEMES. Especialização em Coordenação Pedagógica pela Universidade Federal do Tocantins em parceria com o Mec, Programa Nacional Escola de Gestores. [email protected]. 2 Mestre em Educação - PUC de Goiás. Profª do Curso de Ciências Sociais da UFT. Membro do Grupo de Pesquisa em Cultura, Educação e Política: patrimônio, ruralidades, tecnologia e gestão [email protected] 3 Especialista em Gestão Educacional UCB. Profª. de Educação Básica pela SEDUC do Tocantins. [email protected]

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Estratégias Metodológicas e o Trabalho do Coordenador Pedagógico: uma contribuição

para o processo de ensino aprendizagem.

Edna Maria Andrade Miranda1

Orientadora: Profª Ms, Klívia de C. Silva Nunes2

Co-orientadora: Gizelda Moura Rodrigues3

RESUMO

Este relatório de aprendizagem escolar e o trabalho pedagógico: algumas contribuições para o

ensino aprendizagem da Escola Estadual Manoel Estevão de Souza. ,teve como objetivo

diagnosticar a real situação da aprendizagem, onde foi promovido momentos de orientação

do planejamento do professor, realizou-se ações de melhoria no ensino aprendizagem para

que os alunos participassem com mais assiduidade, para tanto os coordenadores

acompanhavam no processo de avaliação da aprendizagem, promovia reuniões com

professores para refletir e analisar os resultados de aprendizagem na Escola, este relatório

tinha como quesito quais as contribuições que o coordenador pedagógico poderia promover

na educação em prol da melhoria do ensino aprendizagem? Ajudando no planejamento

escolar trazendo inovações com relação as metologias para que o aluno não ficassem na

rotina de sempre, promovendo aulas extraclasse, visitas, debates, dramatizações jograis,

entrevistas, jogos, sorteios, danças e outros, para que os alunos interessassem mais pelos

estudos de forma diferenciada , fazendo com isso que O resultado fosse satisfatório visto que

todos os alunos gostavam de novidades e com isso o desenvolvimento do aluno crescia em

potencialidade .

Palavras-chave: Aprendizagem. Orientação. Processo. Desenvolvimento. Potencialidade

INTRODUÇÃO

1Licenciatura plena em Pedagogia com habilitação em Orientação Educacional Supervisão e Administração

Escolar – Instituto Superior de Educação e cultura - ISECUB E.S. Professora do 1ºano na Escola Estadual

Manoel Estevão de Souza – EEMES. Especialização em Coordenação Pedagógica pela Universidade Federal do

Tocantins em parceria com o Mec, Programa Nacional Escola de Gestores. [email protected]. 2 Mestre em Educação - PUC de Goiás. Profª do Curso de Ciências Sociais da UFT. Membro do Grupo de

Pesquisa em Cultura, Educação e Política: patrimônio, ruralidades, tecnologia e gestão [email protected] 3Especialista em Gestão Educacional – UCB. Profª. de Educação Básica pela SEDUC do Tocantins.

[email protected]

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Este trabalho resultou de uma pesquisa sobre estratégias metodológica e o

trabalho pedagógico da Escola Estadual Manoel Estevão de Souza onde procurou buscar a

melhoria da qualidade do ensino, fez-se necessário que se obtivesse um profissional com

formação mais adequada, preparado para sustentar sua prática pedagógica frente a diversas

situações em sala de aula e na escola, visando acima de tudo, o sucesso do aluno com isso

fez-se o questionamento. Quais as contribuições que o Coordenador Pedagógico poderá

promover aos educadores em prol da melhoria do ensino aprendizagem em sala de aula?

Contribuir com reflexões teórico-metodológicas na ação do Coordenador

Pedagógico para o processo de ensino e aprendizagem em sala de aula para que se possa

diagnosticar a real situação de aprendizagem dos educandos em sala de aula, promovendo

momentos de orientação no planejamento do professor de forma diferenciada para atender as

necessidades dos alunos em sala de aula, realizar ações junto com os professores de melhoria

para dinamizar as aulas de forma que os alunos participem com assiduidade. Fornecendo

subsídios que permitam aos professores à melhoria do processo de ensino e aprendizagem

para isso o coordenador deve acompanhar o processo de avaliação da aprendizagem dos

alunos e a prática de sala de aula, promovendo reuniões com os professores para refletir e

analisar os resultados de aprendizagem da escola.

A educação hoje vive em um grande dilema, a necessidade de melhorar os

índices de qualidade dos conteúdos trabalhados em sala de aula. Baseado neste pressuposto

que o presente projeto tem como objetivo de relatar a importância do coordenador

pedagógico no âmbito educacional, no sentido de propor junto com os educadores

metodologias em prol de melhorar das aulas em sala de aula, pois sabemos que é de suma

importância a questão do planejar para que flua a vontade dos alunos que encantado pela aula

venha a participar.

Desse modo o objetivo da pesquisa deste projeto de intervenção, visa propor

melhoria no ensino de estratégias nas aulas trabalhadas na escola Estadual Manoel Estevão de

Souza, onde necessitamos intervir nas metodologias para que os alunos venham a querer

aprender de forma diferenciada os conteúdos empregados pelos educadores, e que sirva para

sua vida diária.

As metodologias tradicionais têm sido pouco eficientes para ajudar o aluno a

aprender a pensar, refletir e criar com autonomia soluções para os problemas que enfrenta. Os

alunos acumulam saberes, mas não conseguem aplicar seus conhecimentos em situações reais

do dia-a-dia.

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A metodologia dos trabalhos foi feita através da pesquisa bibliográfica e

documental (levantamentos, testes diagnósticos escolares, coleta de dados percentuais e

análises de resultados da aprendizagem), envolvendo participantes de modo cooperativo e

participativo. A pesquisa-ação será no estabelecimento de ensino especificamente nas salas

de 1° ao 5º ano que será objeto da pesquisa. Além disso, se promoverá reuniões com os

professores com objetivo de refletir e analisar os resultados da escola ao longo destes anos,

bem como, oferecer subsídio que permitam a melhoria do processo de ensino e

aprendizagem. Estes passos servirão para analisar se este é o melhor caminho que a

coordenação pedagógica deverá seguir para melhor contribuir com os professores na sala de

aula.

A escola tem consciência de que a formação permanente dos profissionais da

educação é um dos elementos essenciais do Projeto Político Pedagógico que forneceu a

atuação com o objetivo de compreender e aperfeiçoar a prática e obter o crescimento pessoal

e profissional em benefício do desenvolvimento dos alunos. Fez necessário, portanto, um

processo de formação permanente, dinâmico e integrador, que articulou a prática, a reflexão e

a investigação e os conhecimentos teóricos requeridos para promover uma transformação na

ação pedagógica.

Para a escola, o processo de formação continuada fez parte essencial da

estratégia de melhoria permanente, da qualidade da educação e visou a abertura de novos

horizontes na atuação profissional, pois possibilitou a atualização e o aperfeiçoamento de

todos os que trabalhavam na escola, melhorando a prática pedagógica.

Em sua metodologia, o educador que considera a idade de seus educandos

deve pensar o conteúdo de modo concreto e abstrato, sendo que em cada fase as crianças

possuem necessidades a serem supridas para que construam o conhecimento. Considerando

as que não devem ocorrer de modo condicionado, Piaget (1974, p. 51) menciona as

especificidades da aprendizagem das estruturas lógicas: “o interesse epistemológico desse

problema da aprendizagem das estruturas lógicas é, pois que ele conduz à fonte mesma das

relações entre o sujeito e os objetos”.

Reduzir a aprendizagem das estruturas lógicas às

outras variedades de aprendizagem e todas elas a um esquema único de

natureza associacionista será, naturalmente suprimir o papel do sujeito no

conhecimento, esse conhecimento se limitando, sob sua forma sintética, a

traduzir as propriedades físicas do objeto e, sob sua forma analítica, a

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combinar essas traduções sem entretanto enriquecê-las. Negar que as estruturas lógico-

matemáticas se aprendem ou evidenciar a especificidade dessa aprendizagem seria ao

contrário dissociar na constituição dos conhecimentos, a parte do objeto e as contribuições do

sujeito sob uma forma contraditória com o empirismo. Muitos dos problemas existentes no

cotidiano escolar podem ser encaminhados com práticas ativas, que desenvolvam espíritos

inventivos e criativos, mas para termos práticas mais coesas.

Ao afirmar que “formar é muito mais que puramente treinar o educando no

desempenho de destrezas” (FREIRE, 2003, p.14), Freire nos convida a repensar nossa prática

educativa. É necessário que o professor assuma-se como sujeito da produção do saber e saiba

que ensinar não é transferir conhecimento, mas criar possibilidades para a sua construção.

Portanto, formar e ser professor é uma relação de comunhão, aceitação de

valores inerentes a cada sujeito de aprendizagem envolvido nesse processo, Uma adequada

formação do professor é de fundamental importância para o exercício de sua prática, pela

postura que irá adotar no encaminhamento de suas ações. Nos últimos anos, essa formação

tem passado por uma revisão crítica substantiva, uma vez que muito se tem questionado sobre

o papel da educação na sociedade e a falta de clareza sobre a função do educador. Isso

remete à questão da formação tradicional dos educadores que acontece desvinculada da

situação político-social e cultural do país e que considera o professor como um especialista

em conteúdos, um transmissor de saberes acumulados, desvinculados da realidade do aluno e

do contexto social mais amplo.

A profissionalização do professor, entendida como um processo de constante

formação e objetivando atender aos princípios de flexibilidade, eficiência e produtividade dos

sistemas de ensino, apresenta correspondência com os aplicados pelos teóricos da eficiência

social os quais, no início do século XX, defendiam que o currículo "deveria se dirigir a

finalidades mais funcionais e utilitárias, relacionadas com o destino social e ocupacional dos

jovens americanos"(Macedo, 2000, p. 15).

A origem da educação tradicional e conseqüentemente das metodologias

clássicas da educação são embasadas em conceituações da corrente filosófica empírica, pelo

qual, supunham que o conhecimento é do exterior para o interior e que a relação de

aprendizagem que envolve a mediação entre sujeito e objeto são dadas através dos sentidos,

da percepção. Esta teoria da aprendizagem desconsidera o sujeito como ativo na construção

do conhecimento. Piaget (1976, p.140),

1- OPORTUNIDADES DE CAPACITAÇÃO NO ÂMBITO ESCOLAR.

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No âmbito escolar, os coordenadores Pedagógicos da escola dispõem na

organização de sua estrutura político-pedagógica, em se tratando de ações e princípios

pedagógicos, como: acompanhamento na elaboração execução e avaliação do planejamento

escolar; promoção em conjunto com os segmentos da U.E. planejamento, execução e

avaliação dos Projetos de aprendizagens e PPP e plano de ação para cada ano, esta contribui

diretamente para o sucesso da aprendizagem escolar, e consequentemente para a diminuição

dos índices de evasão e repetência escolar.

Ao afirmar que “formar é muito mais que puramente treinar o educando no

desempenho de destrezas” (FREIRE, 2003, p.14), Freire nos convida a repensar nossa prática

educativa. É necessário que o professor assuma-se como sujeito da produção do saber e saiba

que ensinar não é transferir conhecimentos, mas criar possibilidades para a sua construção.

Portanto, formar e ser professor é uma relação de comunhão, aceitação de valores inerentes a

cada sujeito de aprendizagem envolvido nesse processo.

Uma adequada formação do professor é de fundamental importância para o

exercício de sua prática, pela postura que irá adotar no encaminhamento de suas ações. Nos

últimos anos, essa formação tem passado por uma revisão crítica substantiva, uma vez que

muito se tem questionado sobre o papel da educação na sociedade e a falta de clareza sobre a

função do educador, portanto, a formação continuada é concebida como formação em

serviço, enfatizando o papel do professor como profissional e estimulando-o a desenvolver

novos meios de realizar seu trabalho pedagógico com base na reflexão sobre a própria

prática. Nessa perspectiva, a formação deve se estender ao longo da carreira e deve se

desenvolver, preferencialmente, na instituição escolar. Dois trabalhos dedicam-se às políticas

de formação continuada.

Os estudos sobre a prática pedagógica caminham em três direções: a) análise

de experiências de sala de aula, usando enfoques construtivistas ou investigando práticas

avaliativas; b) análise das contradições entre o discurso e as práticas docentes; e c) registro de

trajetórias autoformativas de aperfeiçoamento profissional e de construção de conhecimento

prático sobre o ensino.

A visão de que aquele que ensina aprende (ou “se forma e re-forma”) ao

ensinar está presente nas mais modernas concepções e obras sobre a formação docente. A

dialética da relação professor – aluno, interativa e recíproca, garante que a docência não seja

mero derramamento de conteúdos inertes em “receptáculos – alunos” vazios e dóceis.

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Por esta razão, tantas vezes Paulo Freire repete que “não há docência sem

discência” e vice-versa.

2-TRABALHO DO COORDENADOR NA ESCOLA: ALGUMAS REFLEXÕES

Analisando os fatores que determinam à eficácia escolar através do projeto de

intervenção, verifica-se que os processos de ensino e aprendizagem tiveram uma evolução

significante, onde se observa na dinâmica da escola, que as aulas estão cada vez mais

atrativas pois observa-se também dinâmica na relação professor e aluno. Por isso mesmo, a

nossa escola trabalha no intuito de melhorar as suas relações, de forma a tender as diferenças

individuais e em grupo, para que os mesmos tornem-se interessados por uma aprendizagem

significativa.

Grande parte das ações que contribuíram e contribuem para a melhoria dos índices

de aprovação e redução dos índices de repetência escolar e das taxas de abandono, associam-

se as formações continuadas, que trouxeram um melhor aperfeiçoamento de práticas

pedagógicas diárias por parte do professor, melhorando assim cada vez mais os processos de

ensino e de aprendizagem escolar.

É papel do coordenador pedagógico à busca de soluções para os problemas de

base coletiva, em parceria com os demais segmentos da U.E. considerando para tanto aqueles

de ordem didático-pedagógicos, o referido assume na U.E. a dinâmica de envolver os

segmentos que compõem a escola, na forma de organização de planejamentos participativos,

promovendo assim, a busca de alternativas que promovam a criatividade, a reflexão, enfim, a

inovação no cotidiano escolar que favoreçam a melhoria dos processos de ensino e de

aprendizagem.

O Coordenador Pedagógico tem como finalidade primordial na U.E. a organização

de políticas que contribuam para o sucesso da aprendizagem escolar, isso significa dizer que

o seu propósito está relacionado tanto com o aprendizado adquirido dentro quanto fora do

ambiente escolar, implementando momentos de organização e análise do currículo escolar

onde contemple as reais necessidades da comunidade escolar e local, dentro de padrões

morais de convivência, respeito mútuo e solidariedade.

O propósito da Coordenadora Pedagógica é a promoção de ações dinâmicas

eficazes que atendam as propostas educativas formais da Unidade de Ensino. Tais práticas

permeiam em critérios teóricos que subsidiam a execução formal, numa perspectiva elencada

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nos Parâmetros Curriculares Nacionais, propostas Curriculares para o Ensino Fundamental da

SEDUC-TO; Proposta de Avaliação - SEDUC-TO.

A escola pública na atualidade passa por transformações, e a Escola Estadual

Manoel Estevão de Souza-EEMES desenvolve em suas práticas momentos que refletem que

ainda está valendo à pena, como Instituição responsável pela propagação do saber construído

pela sociedade nas suas relações, e a sistematização dos conhecimentos a ponto de favorecer

o crescimento intelectual do homem.

Diante de tantas mudanças, a escola tem o compromisso de oferecer uma

educação de qualidade. E para isso é preciso recuperar o desejo pelo estudo entre os alunos

da escola de forma democrática e que esta atenda aos anseios da sociedade, que é a formação

plena do individuo apto a viver e conviver na sociedade exercendo com consciência sua

cidadania.

A influência da tecnologia na ordem social, e na maneira como vimos, requer da

educação uma postura crítica. Visto que a inovação tecnológica também possui um papel na

reformulação das nossas relações sociais e em nosso relacionamento com o mundo.

Diante dessa realidade, a equipe da Escola Estadual Manoel Estevão atua como

elo entre comunidade/ família/ aluno, procurando formar parceria com todos, pois,

acreditamos que a educação só acontece de fato, quando promovemos o crescimento dos

seres humanos, pois estamos inseridos numa sociedade que a cada dia passa por mudanças de

formas variadas; e só com a ajuda da família é que de fato podemos oferecer uma educação

de qualidade.

A referida dispõe de recursos didáticos, paradidáticos, literatura infantil, literatura

juvenil, literatura brasileira, obras de referência, mapas, atlas, globos terrestres, revistas,

datashow, televisor, retroprojetor, sala com computadores, fitas de vídeos, DVD’s, quadro-

branco, móveis para aulas de reforço, álbum seriado e material dourado, etc. Proporcionando

assim o espaço para cultura e o lazer através da leitura, despertando no alunado o prazer pela

leitura, através dos projetos “vamos ler” e “Imaginação e fantasia no Mundo da leitura”,

realizado juntamente com a equipe pedagógica e demais segmentos dessa unidade de ensino

3-A MELHORIA DO TRABALHO NA ESCOLA

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A Escola como instituição de ensino atua em várias dimensões da vivência

humana, para isso focaliza suas ações em prol dessa necessidade, e consequentemente, da

melhoria do trabalho integrado, participativo e dinâmico. E para que sua sistematização esteja

estabelecida de fato e de direito, é preciso que a mesma, no dia-a-dia desenvolva práticas

voltadas para as dimensões políticas, administrativas, financeiras, jurídicas e pedagógicas.

Logo que esta venha cumprir com essas condições. Podemos caracterizá-la sistematicamente

como uma instituição formalizada que promove a educação.

Diante da necessidade de se ter um instrumento norteador de sua prática

didático-pedagógica, a Escola Estadual Manoel Estevão de Souza, na tentativa de fazer uma

escola de qualidade, surge o projeto de intervenção Estratégias Metodológicas e o trabalho do

coordenador pedagógico: o que com o planejamento de uma linha de trabalho e contribuição

para o processo de ensino aprendizagem tem como objetivo seus projetos políticos

pedagógicos, e em todas as suas dimensões, têm o objetivo de subsidiar os processos de

ensino e de aprendizagem.

O presente projeto foi elaborado de acordo com a realidade da comunidade

escolar e local, onde procura atender as necessidades de todos; Na escola é organizado de

forma participativa, com compromisso e responsabilidade, havendo assim a participação de

toda a comunidade escolar.

Este instrumento pretende ser de cunho eficaz, e consequentemente satisfazer a

necessidade de se trabalhar com situações específicas de melhoria de ensino e de

aprendizagem escolar, além de promover uma gestão integrada e participativa, levando para

tanto, a escola a repensar sua prática de planejamento pautado nas reais necessidades do

educando, de acompanhamento do trabalho e de avaliação dos resultados alcançados.

Considera-se que o sucesso na caminhada dos processos de ensino e de

aprendizagem escolar, e consequentemente o sucesso do aluno, está na elaboração das

propostas onde o mesmo busque um rumo, uma direção, articulando os compromissos sócio-

políticos aos interesses reais e coletivos da comunidade escolar e local.

Sabe-se que a sociedade está organizada na forma que possa propiciar aos seus

indivíduos uma formação acadêmica intencionalizada, visando assim, garantir a disseminação

de valores sociais, morais e culturais. E em prol dessa necessidade, o papel da escola é pautar

suas políticas, práticas educativas, nas condições, transformações e valores sociais que

sustentam a sociedade atual. Nessa perspectiva, surge o currículo escolar como forma de

subsidiar as propostas a serem sugeridas e posteriormente disseminadas em todas as

dimensões da Unidade Escolar.

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No discurso dos documentos, o sucesso da reforma educacional brasileira é

vinculado à existência de professores que sejam mais bem preparados para “realizar o seu

trabalho pedagógico de acordo com a lei” (Mello, 1999, p. 10). Com isso, espera-se também

um compromisso por parte do professor na implementação da reforma e constitui-se uma

forma de controle da ação docente.

ANÁLISE CRÍTICA

Não estamos mais no momento de constatar o óbvio. Em outras palavras,

discutir o que as evidências nos mostram, em relação à não apreensão de leitura e escrita por

nossas crianças, na escola, visando mapear a situação encontrada, já não se constitui como

tarefa indispensável a ser realizada. Agora é hora de discutir, sim, mas para apontar

caminhos, de buscar estratégias que tentem reverter o quadro caótico em que encontra o

Ensino fundamental no Brasil, hoje, mais precisamente, a qualidade desse ensino.

É esse problema, levando em conta o trabalho realizado com a língua materna

nos anos iniciados do Ensino Fundamental, que vêm constituindo esse ensino ao longo dos

anos, no Brasil, para, em seguida, delinear três princípios que consideramos básicos na

apreensão de novas perspectivas para o trabalho político-pedagógico e epistemológico que

pode ser desenvolvido com a língua materna. No bojo da discussão, lançaremos nosso olhar

aos Parâmetros curriculares Nacionais para o Ensino Fundamental, mais especificamente

sobre a parte relacionada ao ensino da Língua Portuguesa, com o objetivo de discutir posturas

assumidas no cotidiano escolar que, de certa forma, acabam enformando? Conformando esse

trabalho, ao invés de transformá-los em uma prática dinâmica, viva em seu uso. Em seguida

momento, a discussão iniciada assumirá outro contorno, quando relacionaremos as

concepções e posturas identificadas no trabalho com a língua materna nas séries iniciais as

denominadas tendências educacionais.

Este Projeto teve o compromisso de formação de um cidadão capaz de viver

numa sociedade igualitária com consciência. Neste sentido, a escola dispôs no seu trabalho

pedagógico a definição de ações educativas ligadas às reais necessidades e características da

escola, além de cumprir seus propósitos e sua intencionalidade, visando para tanto, o

conhecimento formalizado, a aprendizagem significativa e o exercício da cidadania.

Deste modo, a escola precisou sempre estar preocupada em atender através de

suas ações as necessidades específicas da comunidade no qual esteve inserida, planejando seu

trabalho com a finalidade de construir uma identidade própria e não somente se perder ao

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longo das ações e dos anos. Sabia-se que a construção deste projeto seria coletivo, e foi pela

ação coletiva que a escola se fortaleceu, relevando sua capacidade de se organizar e produzir

um trabalho pedagógico de melhor qualidade.

O sucesso da reforma educacional brasileira é vinculado à existência de

professores que sejam mais bem preparados para “realizar o seu trabalho pedagógico de

acordo com a lei” (Mello, 1999, p. 10). Com isso, esperou-se também um compromisso por

parte do professor na implementação da reforma e constitui-se uma forma de controle da ação

docente.. Em contrapartida, o controle atualmente estabelecido diferenciou-se das formas de

controle anteriores, na medida em que precisava ser compreendido na sua vinculação com o

poder, não obrigatoriamente ou exclusivamente coercitivo e centralizado

Neste sentido, era importante que o grupo tivesse sempre em mente que o

projeto de intervenção não era apenas uma exigência legal da escola, mas sim um elemento

norteador da organização do trabalho, visando o sucesso na aprendizagem dos alunos,

finalidade maior da escola como instituição social. Pois o mesmo se baseava no diálogo e na

busca de soluções para problemas com base na ação coletiva visando a qualidade de ensino.

O dia pedagógico era um dia reservado especialmente à unidade escolar com o

objetivo de avaliar a sua prática pedagógica, a evolução do processo de ensino e

aprendizagem, os desafios seriam vencidos, somando esforços para que os objetivos e metas

planejados no Projeto Político-Pedagógico fossem plenamente alcançados.

a) As atividades realizadas ao Dia Pedagógico deveriam envolver o (a)

Diretor (a) de Unidade Escolar, Suporte Pedagógico, os Professores e todos os agentes do

processo de ensino da Unidade Escolar;

b) Nos Dias Pedagógicos letivos do 2º semestre seriam disponibilizados um

turno para as atividades escolares coletiva, garantindo participação de todos os alunos,

visando, além da continuidade do processo de ensino e aprendizagem, o cumprimento dos

200 dias letivos, das 800 horas e das quatro horas diária de efetivo trabalho escolar.

Ações que foram propostas neste ano de 2011

1 - Promover bimestralmente reuniões com todos os segmentos da U.E, com o

propósito de avaliar e auto-avaliar o processo de construção do conhecimento como forma de

medir o desempenho escolar e oferecer um ambiente favorável ao processo ensino-

aprendizagem.

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2 - Realizar O plantão Pedagógico bimestralmente para conversar com os

pais a respeito do aproveitamento dos alunos.

3 - Realizar um seminário semestralmente sobre a importância da Família na

Escola com a finalidade de convencê-la da relevância de seu papel no processo educativo.

4 - Promover quinzenalmente o monitoramento dos professores de Língua

Portuguesa, Matemática e Ciências com objetivo de repensar a prática docente, discutir

valores, crenças e mitos, visando à construção de uma aprendizagem significativa.

5 - Realizar IV Olimpíada Esportiva com os alunos do 1° ao 9° ano do

Ensino Fundamental com objetivo de integrar a comunidade educacional e local, com intuito

de contribuir para qualidade da construção da cultura, cidadania e resgatar os valores éticos.

6 - Promover palestras sobre “Sexualidade e Drogas”, Estatuto da criança e do

Adolescente - ECA, câncer de mama, com o objetivo de aprimorar os conhecimentos dos

alunos em relação aos temas trabalhados.

7 - Realizar 06 eventos como: dia das mães, festa junina, dia dos pais, dia do

professor, dia das crianças e confraternização do final do ano, estimulando a melhora na auto-

estima dos alunos e da comunidade escolar.

8 - Promover a IV semana de arte e cultura com o Projeto Dançarte no intuito

de preservar e despertar o gosto dos alunos pela cultura local e regional.

9 - Realizar o Projeto Reforço escolar na informática para os alunos de 1º ao

5º ano com o objetivo de reforçar a leitura e a escrita dos alunos com deficiência na

aprendizagem em sala de aula.

10 - Realizar o Projeto do recreio dirigido para os alunos de 1º ao 5º ano com

o objetivo de brincar de maneira prazerosa durante o recreio.

11 - Realizar o Projeto o valor de ler lendo, estimulando o desejo de ler e

aprimorar a leitura e a escrita de 1º ao 5º ano com os alunos em sala de aula.

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12 - Realizar o projeto de intervenção O Valor mágico das palavras que tem

como objetivo intervir na leitura e na escrita dos alunos do 1º ao 5º ano, apresentando no final

do ano um livro confeccionado com as produções feitas pelos alunos do Programa Circuito

Campeão.

13 - Realizar Projeto Meio Ambiente com o objetivo de trabalhar a

diversidade e a escassez dos recursos naturais, promovendo a conscientização a respeito da

importância da economia dos recursos naturais e da reciclagem.

14 - Realizar o Projeto matemática viva de forma interdisciplinar que visa

despertar o gosto por essa área de conhecimento, com alunos do 1° ao 9° ano do Ensino

Fundamental, utilizando conteúdos estudados em sala de aula.

15 - Realizar O PROJETO A CAMINHO DO SUCESSO de 6º ao 9º ano de

forma interdisciplinar a fim de desenvolver nos alunos a prática da leitura e uma melhoria na

interpretação de assuntos do cotidiano, tanto em situações pessoais quanto escolares.

16 - Realizar bimestralmente o Projeto lendo e produzindo com qualidade,

com auxilio de uma ficha de avaliação da leitura feita pelos alunos em sala de aula, onde o

aluno irá relatar o que compreendeu, objetivando assim garantir uma postura diferenciada e

mais crítica no ato de interpretar, assim como direcionando o trabalho para uma produção de

qualidade.

17 - Realizar 01 palestra anualmente sobre a importância do Patrimônio

Público Escolar e a valorização do mesmo com o intuito de preservar a instituição.

18 - Desenvolver o Projeto Saúde do trabalhador com palestras e práticas de

ginástica laboral semanalmente em grupo com orientação de profissional especializado e

realização de dias de lazer entre os funcionários.

19 - Participação no Projeto Amazônia Pedaço de Mim (Projeto desenvolvido

em parceria com outras escolas e o Centro de Defesa dos Direitos Humanos de Açailândia).

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20 - Aquisição de livros na FLIT.

RESULTADO DAS AÇÕES

Estas ações foram avanços com maior sensibilização dos pais, através dos

seminários e projeto pedagógico para a vida estudantil dos seus filhos, houve maior

integração entre alunos durante a realização da olimpíada esportiva e do recreio dirigido,

diminuindo o índice de agressividade entre os mesmos.

O projeto reforço escolar na informática funciona como uma espécie de

estimulo para o aprimoramento da leitura e escrita.

Como mecanismo para favorecer também a leitura e escrita, foram realizados

dois projetos, o valor de ler lendo e o valor mágico das palavras, com o objetivo de aprimorar

momentos prazerosos de leitura e a confecção de livros a partir de produção realizadas pelos

alunos.

Como a escola apresentava um índice alto de desrespeito ao patrimônio,

achou-se necessário trabalhar esse assunto através de palestras, o que embora contribuiu para

uma melhora, não foi suficiente para solucionar o problema.

Diante de todo aparato tecnológico sentiu-se também a necessidade de ajudar

os professores que apresentavam dificuldades no manuseio de computadores e acesso a

internet, através do projeto de informática básica para funcionários e pais.

Com o objetivo de conscientizar o corpo discente para a importância da cultura

afro e indígena será desenvolvido mais uma vez o Projeto Dançarte (dança e arte na escola)

com a referida temática.

Atualmente, o planeta terra vem passando por sérios problemas ambientais e a

escola como formadora de opinião tem se tentado para essa questão, promovendo projetos

que focam os temas como aquecimento global poluição de desmatamentos, trabalhando

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assunto dentro das salas de aula e através do projeto meio ambiente que inclui a escola no

todo.

4.1-DIAGNÓSTICO

A Escola Estadual Manoel Estevão de Souza, está localizada na Rua Piauí, Nº 1323,

Bairro Vila Araújo, no município de Sitio Novo do Tocantins, Estado do Tocantins. A

referida escola teve sua construção no mandato do Governador Irapuan Costa Júnior, na

época atual governador, tendo como lei de criação Nº 9.977/86, da Assembléia legislativa do

Estado de Goiás. A referida escola atende ao ensino fundamental de 1ª a 8ª ano do ensino

fundamental (atualmente de 1º ao 9º ano), conforme o parecer Nº 210/2000, aprovado em 31

de outubro de 2000, e portaria SEDUC Nº 4156 de 20 de dezembro de 2000 (reconhecimento

e renovação). A mesma possui como unidade executora a Associação de Apoio Escolar,

CNPJ01213534/0001-1ª-69.

A Escola Estadual Manoel Estevão de Souza atende atualmente 570 alunos, nos

níveis e modalidades de ensino de 1º ao 9º ano do ensino fundamental e o programa "Se Liga

Tocantins” do instituto Airton Senna.

Os dados estatístico referente ao levantamento sócio-econômico e cultural da

comunidade escolar da UE - Escola Estadual Manoel Estevão de Souza - fornece a

informação de que 8,71% recebem mais de um salário mínimo é 50,95% da clientela

possuem renda mensal de um salário mínimo e 40,34% da clientela ganha menos de um

salário mínimo.

Considerando os alunos resultado da comunidade escolar, entende-se ser esse

também um nível socioeconômico da comunidade de Sítio Novo do Tocantins – TO.

Essa exclusão social vem trazendo sérias consequências para o próprio

município quanto para a Escola Estadual Manoel Estevão de Souza. Onde muitas vezes os

jovens e até crianças estão evadindo da escola para outros estados como forma de

conseguirem outro meio de subsistência outros abandonam a escola para acompanhar os pais

que vão trabalhar na lavoura, segundo alguns alunos, a fome é um problema emergencial que

deve ser combatido com urgência e a educação acaba ficando em segundo plano. Outro fator

que vem contribuindo com a evasão e a repetência é a gravidez precoce, e muitos dos nossos

alunos moram em povoados onde as estradas estão em péssimo estado, o transporte na

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maioria das vezes, não é suficiente para a demanda dos alunos e/ou não atendem as

necessidades básicas.

Com o objetivo de averiguar qual a contribuição da gestão para a efetivação de

uma educação de qualidade, como seu trabalho está sendo realizado no ambiente escolar e

quais os empecilhos para a promoção de um ensino qualitativo e eficaz, realizamos uma

pesquisa qualitativa na escola Estadual Manoel Estevão de Sousa.

Durante o primeiro semestre do ano de 2011 foram feitas observações do

cotidiano nas salas de aulas, reuniões pedagógicas com os funcionários, reunião com a

comunidade e aplicados questionários aos alunos da instituição. Para tal processo utilizamos

a técnica de amostragem escolhendo um número demonstrativo de cinco alunos em diferentes

turmas, escolhido aleatoriamente.

Levando em consideração o número de alunos atendidos na EEMES, e da

necessidade de uma educação efetivamente qualitativa, buscamos saber da comunidade,

funcionários e alunos qual a visão que se tem da gestão da escola a partir da prática

vivenciada no dia-a-dia, que problemas professores, funcionários, alunos, pais e responsáveis

observam no trabalho desenvolvido pela equipe e sugestões de melhoria.

4.2-VISÃO DOS PROFESSORES

Para conhecer a visão dos professores em relação ao trabalho desenvolvido

pela equipe da EEMES, os principais problemas enfrentados pela instituição e as possíveis

ações de melhoria do ensino, além das diversas reuniões e conselhos de classe, foram

entregues questionários aos mesmos para elencar os principais problemas enfrentados no

primeiro semestre letivo e elencar sugestões de melhoria da realidade.

Entre os principais problemas ressaltados, o espaço físico das salas de aula

inadequado, a mobília insuficiente, ausência de biblioteca organizada e funcionando com

espaço para pesquisa e estudos, a indisciplina dos alunos e ausência da família na escola, são

mais urgentes.

Das sugestões por eles indicadas, aumentar o numero de reuniões e eventos

com a participação dos pais, adquirir livros didáticos e paradidáticos atualizados e de acordo

com a faixa etária dos alunos, e tomar medidas para diminuir a indisciplina dos alunos

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compõem a maioria das respostas.

4.3-VISÃO DOS ALUNOS

Com o objetivo de investigar qual a visão dos alunos em torno do trabalho

realizado na escola, foram feitas observações do andamento das aulas na primeira fase e

realizados debates em horários de aulas vagas na segunda fase, além da aplicação de

questionários a um numero demonstrativo de alunos nas diversas series oferecidas.

Entre os questionamentos levantados, procuramos saber se gostam da escola

onde estudam, se concordam com a metodologia para trabalhar os conteúdos curriculares em

consonância com a realidade, quais os problemas observados por eles e como a escola pode

melhorar o atendimento aos alunos em relação ao espaço físico, materiais e ensino.

A maioria dos alunos afirmou gostar de estudar na EEMES, porém alguns

demonstraram desmotivação em permanecer na instituição. Alegando a falta e rotatividade de

professores em determinadas disciplinas e séries, mobília e materiais escassos e a dinâmica

das aulas muitas vezes é repetitiva e ultrapassada. No entanto, os próprios alunos afirmaram

ser indisciplinado, o que dificulta o trabalho a ser realizado pelo professor.

Como sugestão para a melhoria do cotidiano da escola, grande parte dos

alunos destacou a valorização das suas opiniões enquanto parte integrante do processo

educativo da instituição afirmando ser preciso “se comunicar mais com os alunos, se

envolver, e fazer palestras para melhorar o tratamento de alguns professores e funcionários

com os alunos”, o que demonstra que se sentem excluídos dos processos decisórios da

unidade escolar e a vontade de participar ativamente do processo educativo com voz e voto.

4.4-VISÃO DOS DEMAIS SERVIDORES

Para entender como se dá a relação entre as esferas administrativa e demais

servidores da unidade escolar em questão, confrontamos as respostas dos funcionários

questionados.

Em relação ao relacionamento interpessoal, a maioria demonstrou satisfação,

salvos dois casos, que relataram a falta de ética profissional de alguns colegas e ausência de

respeito mútuo em relação à hierarquia das funções.

Já em relação ao respeito dos pelo patrimônio da escola, espaço físico e o

trabalho dos servidores, todos afirmaram que não, destacando a depredação do prédio por

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parte de alguns alunos, destroem os utensílios e desrespeitam os servidores da área de

serviços gerais. Onde o maior problema destacado foi a indisciplina dos alunos nas diversas

situações de convivência na escola, tanto na sala de aula, quanto no lanche, intervalo, entre

outros.

Como sugestão, a realização de encontro entre os servidores, alunos e família

pela valorização da escola, acompanhamento do recreio por profissionais designados para

essa função, e aproximação entre os servidores, foram as principais dicas citadas.

4.5-PONTOS POSITIVOS E NEGATIVOS LEVANTADOS

Na análise do trabalho até então desenvolvido na escola, alguns pontos foram

elencados nas reuniões pedagógicas e de pais e mestres. Entre eles se destacam:

a) Compromisso da equipe escolar;

b) Distribuição de merenda escolar;

c) Disponibilização de recursos pedagógicos;

d) Acompanhamento pedagógico;

e) Recursos financeiros disponíveis;

f) Parcerias com a comunidade;

g) Ginásio de esporte próximo da escola.

Já em relação às dificuldades, foram detectados alguns problemas que

precisam ser repensados para garantir o sucesso do trabalho realizado na instituição, que é o

aprendizado do aluno. Entre eles, destacam-se:

h) A falta de participação efetiva dois pais na educação dos filhos, o que

ocasiona indisciplina e alguns casos de evasão escolar, fator preocupante para os educadores,

pois isso dificulta o ensino aprendizagem causando assim a repetência escolar. Além da falta

de estimulo dos alunos durante a execução das aulas;

i) Na opinião dos professores, há uma grande dificuldade de tornar o PPP,

uma realidade concreta, pelo tempo disponível dos professores e pelo acesso e manuseio do

mesmo, sua discussão, a agilização das ações contidas nele e sua prática;

j) Falta de manutenção nos recursos tecnológicos;

k) Cumprimento do regimento interno da escola;

l) Espaço físico inadequado;

m) Carência de metodologias diversificadas;

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n) Grande número de alunos que apresentam necessidades educacionais

especiais e que não dispõem de acompanhamento especializado dentro e fora da escola;

o) Livros didáticos insuficientes;

p) Mobiliário em más condições de uso;

q) Prédio da escola deteriorado;

r) Grande rotatividade de professores;

s) Escassez de professores de áreas especificas.

Diante das observações e discussões constantemente realizadas pela equipe

desta unidade escolar, e pela pesquisa diagnostica realizada com as esferas da escola, os

principais problemas destacados são a questão da indisciplina dos alunos e a ausência da

família na escola, pois as diversas ações até então desenvolvidas não conseguiram ao menos

amenizar a questão. Dessa forma, faz-se necessário refletir sobre a visão que se tem da

indisciplina a partir de referenciais teóricos confrontados com o cotidiano.

PESQUISA DE CAMPO

ESCOLA ESTADUAL MANOEL ESTEVÃO DE SOUZA

APÊNDICE A: QUESTIONÁRIO APLICADO AOS PROFESSORES

Foram feitas essas perguntas a 10 professores.

1. O espaço físico da sala de aula é adequado? Por quê? 80% dos professores consideraram

satisfatório o espaço físico, pois atende às necessidades mínimas dos estudantes. 20%

entenderam que o espaço físico deixa a desejar.

2. O material didático é suficiente e atende às necessidades pedagógicas? 70% dos docentes

consideraram que o material didático é suficiente, pois atende às necessidades pedagógicas.

30% entenderam que o material didático deixa a desejar.

3. Qual o principal problema encontrado no cotidiano escolar? 95% dos professores

consideraram a indisciplina escolar como o principal problema. 5% dos docentes

consideraram questões de ordem diversa como o principal problema a ser enfrentado.

4. A família está contribuindo no processo ensino-aprendizagem? 70% dos docentes

consideraram que a família está contribuindo no processo de aprendizagem, pois auxilia

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ativamente os estudantes. 30% entenderam que os familiares estão ausentes e não ajudam

seus filhos.

5. Na sua opinião, que medidas a escola deve adotar para resolver as dificuldades

encontradas? Ministrar palestras de auto-estima e respeito aos alunos e professores. Realizar

aulas mais participativas e motivadoras.

6. Você considera que a formação que recebeu estava coerente com a realidade? Por quê?

75% dos professores entenderam que a formação dos docentes foi coerente com a realidade,

pois foi suficiente para o suprimento das necessidades discentes. 25% consideraram que as

inovações no processo pedagógico tornaram divergentes a formação docente e a realidade.

7. Quais são suas expectativas em relação ao seu trabalho? 90% estão motivados com o ano

escolar de 2012, pois a passagem das séries e a renovação dos estudantes constituem

elemento motivador. 10% não têm boa expectativa em função da indisciplina dos estudantes.

APÊNDICE B: QUESTIONÁRIO APLICADO AO SETOR

ADMINISTRATIVO E AOS AUXILIARES DE SERVIÇOS GERAIS

Foi feito essas perguntas para 10 funcionários.

1. Você está satisfeito com o relacionamento entre os colegas de trabalho? Por quê? 82% dos

servidores se mostraram satisfeitos, ao passo que 18% entenderam que faltam solidariedade e

companheirismo.

2. Os alunos respeitam, valorizam e conservam o espaço físico da escola? 78% dos

funcionários consideraram os alunos zelosos com a escola, ao passo que 22% entenderam que

a indisciplina escolar influencia na falta de zelo com a escola.

3. Qual o principal problema encontrado no cotidiano escolar? 90% dos servidores

mencionaram a desobediência dos alunos, ao passo que 10% dos servidores aludiram a

problemas diversos (baixo vencimento e outros).

4. Na sua opinião, a família tem contribuído com a escola? Por quê? 80% dos funcionários

consideraram satisfatória a presença da família, principalmente no que tange às reuniões

escolares. 20% disseram que os pais são ausentes.

5. Na opinião, que medidas a escola deve adotar para resolver as dificuldades encontradas?

Incentivo à participação dos pais nas reuniões escolares, realização de visitas aos alunos

faltosos e promoção de esforço escolar para alunos com dificuldade de aprendizagem.

APÊNDICE C: QUESTIONÁRIO APLICADO AOS ALUNOS

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Foram feitas essas perguntas a 5 alunos de cada sala: 2º 3º 4º, 5ºano.

1. Você gosta de sua escola? Por quê? 90% dos alunos disseram sim. 10% disseram não.

2. Você acha que os conteúdos estudados são de fácil compreensão e têm algo a ver com sua

vida? 78% dos alunos disseram sim. 22% disseram não.

3. Você se comporta da mesma forma em todas as aulas? Por quê? 60% dos alunos disseram

não. 40% disseram sim.

4. O espaço físico da sala de aula é adequado? 92% disseram sim. 8% disseram não.

5. O material didático disponível na escola é suficiente e atende às necessidades pedagógicas?

(Livros, biblioteca, jogos, etc.) 70% disseram sim. 30% disseram não.

6. Qual o principal problema encontrado no cotidiano escolar? A indisciplina dos alunos.

7. Seus pais ou responsáveis comparecem à escola quando solicitados ou para participar das

reuniões? Justifique em caso de resposta negativa. A maioria dos pais comparece. Aqueles

que não participam das reuniões faltam em virtude dos afazeres pessoais.

8. Na sua opinião, que medidas a escola deve adotar para resolver as dificuldades

encontradas? A indisciplina exige esforço conjunto dos pais e dos educadores e passa pela

reestruturação do núcleo familiar. A parte de infraestrutura escolar necessita de subsídio

governamental.

Aproveitamento dos alunos

Foi feito a pesquisa para saber como anda o resultado dos alunos alcançado do

1º ao 3º bimestre deste ano de 2011de acordo com o SARE Foram os seguintes:

1º ano com 19 alunos: 100% de aprovação;

2º ano com 57 alunos: 50% de aprovação; 50% reprovados

3º ano com 49 alunos: 64,44 % de aprovação;35,56% reprovados

4º ano com 55 alunos: 78,85 % de aprovação; 21,15% reprovados

5º ano com 54 alunos: 81,53 % de aprovação;18,57% reprovados

METAS

Elevar os índices de aprovação do 2º ano de 75,56% para 81,00%, do 3º ano de

90,00% para 93,00%, do 4º e 5º ano de 85,00% para 88,00%, do 6º e 7º ano de

82,65% para 85,00%, do 8º e 9º ano de 84,88% para 90,00%.

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Reduzir o abandono de 4,26% para 2% entre os alunos de 1º ao 9º ano do ensino

fundamental.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

No sentido de valorizar a formação continuada dos seus recursos humanos e

propor ações que promovam o trabalho pedagógico pautado nas propostas curriculares e de

avaliação da Secretaria de Estado da Educação do estado do Tocantins, a Escola Estadual

Manoel Estevão de Souza desenvolveu ações, como: Estudos de formação continuada

pertinentes a temáticas atuais, que contemple as necessidades da escola; reformulação das

práticas referentes ao período de avaliação escrita; acompanhamento direto ao trabalho

docente, através do planejamento semestral, mensal e quinzenal, assim como reforço escolar

para os alunos estão tendo mais dificuldades na aprendizagem entre outras atividades,

visando à melhoria em suas políticas administrativas e Pedagógicas que favoreçam o

crescimento do educando e educador numa perspectiva inovadora, crítica e dinâmica.

Assim, para concluir o relatório, é fundamental que os processos

comunicativos sejam bem estabelecidos entre os coordenadores pedagógicos e os docentes,

assim como entre os professores e os estudantes, sempre com vistas à melhor formação dos

discentes.

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PERRENOUD, Philippe. Avaliação da Excelência à Regulação das aprendizagens entre

duas lógicas. Porto Alegre. Artes Médicas Sul,1999.