Estrategias de Ensinagem

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Universidade de São Paulo Universidade de São Paulo Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto Departamento de Química Departamento de Química Adriana Vilela Adriana Vilela Amanda Lopes Amanda Lopes Fernanda Furlan Fernanda Furlan Juliana Granado Juliana Granado Luiz Carlos Ferreira Luiz Carlos Ferreira Plínio Caetano Plínio Caetano

Transcript of Estrategias de Ensinagem

Universidade de São PauloUniversidade de São PauloFaculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão PretoFaculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto

Departamento de QuímicaDepartamento de Química

Adriana VilelaAdriana Vilela

Amanda LopesAmanda Lopes

Fernanda FurlanFernanda Furlan

Juliana GranadoJuliana Granado

Luiz Carlos FerreiraLuiz Carlos Ferreira

Plínio CaetanoPlínio Caetano

AutoresAutores�� Léa das Graças Camargos ANASTASIOULéa das Graças Camargos ANASTASIOU

�� Leonir Pessate ALVESLeonir Pessate ALVES

Questão Inicial�� Com o advento de todas as novas TICs, é Com o advento de todas as novas TICs, é

possível serem dadas as mesmas aulas que possível serem dadas as mesmas aulas que eram dadas no século passado?eram dadas no século passado?

Projeto Político-Pedagógico

� Institucional – reflete os objetivos e necessidades do âmbito escolar ao qual necessidades do âmbito escolar ao qual pertence

Projeto Político Pedagógico

Visão do sujeito que se pretende

Função Social da Instituição Visão de ensinar/aprender

Visão da Ciência ConhecimentoProjeto Político PedagógicoVisão da Ciência Conhecimento

Saber Escolar Organização Escolar(Grades escolares)Objetivos Interdisciplinares

Módulos Ações Eixos Problemas Projetos

Conceituação� Termos habituais para os processos que o

Educador faz uso na sala de aula

Estratégia strategiastrategia (grego e latim)Estratégia strategiastrategia (grego e latim)

arte de aplicar ou explorar os meios e condições favoráveis e

disponíveis – consecução de objetivos específicos.

Técnica technikóstechnikós (grego) ref. arte

Arte material ou ao conjunto de processos de uma arte, maneira, jeito ou habilidade especial de executar ou fazer algo.habilidade especial de executar ou fazer algo.

Dinâmica dynamikósdynamikós (grego)

Diz respeito ao movimento e às forças, ao organismo em atividade ou, ainda, à parte da mecânica que estuda os movimentos.

Ênfase na capacidade artísticaÊnfase na capacidade artística

Papel do Educador� Construção de saberes

� Adoção ou Contradição

� Uso de processos mentais ou operações de pensamento

� Dialética – fomentar desafios ou possibilitar desenvolvimentos

�� “(...) organizam“(...) organizam--se os processos de se os processos de apreensão de tal maneira que as apreensão de tal maneira que as operações de pensamento sejam operações de pensamento sejam despertadas, exercitadas, contruídas e despertadas, exercitadas, contruídas e flexibilizadas pelas necessárias rupturas, flexibilizadas pelas necessárias rupturas, por meio da mobilização, da construção e por meio da mobilização, da construção e das sínteses, devendo ser vistas e das sínteses, devendo ser vistas e das sínteses, devendo ser vistas e das sínteses, devendo ser vistas e revistas, possibilitando ao estudante revistas, possibilitando ao estudante sensações ou estados de espírito sensações ou estados de espírito carregados de vivência pessoal e de carregados de vivência pessoal e de renovação.”renovação.”

BachelardBachelard

epistemologista das ciênciasepistemologista das ciências

Senso comumSenso comum

(experiência de mundo)(experiência de mundo)

Assim sendo,� Plano de aula: forma de estratégia do

professor

� Planejamento, seleção, organização e � Planejamento, seleção, organização e proposição de ferramentas de apropriação do conhecimento.

do aluno – essencial para a escolha daestratégia, com seu modo de ser, de agir, estar,

além de sua dinâmica pessoal.

� Vencer o programa – não garante ensino ou aprendizagem

QUANTIDADEQUANTIDADE QUALIDADEQUALIDADE≠QUANTIDADEQUANTIDADE QUALIDADEQUALIDADE

“(...) Assistir aulas como se assiste a um programa de TV e dar aulas “(...) Assistir aulas como se assiste a um programa de TV e dar aulas

como se faz numa palestra não é mais suficiente: estamos como se faz numa palestra não é mais suficiente: estamos

buscando modos de buscando modos de –– em parceria em parceria –– fazer aulas.”fazer aulas.”

Substituições PertinentesMecanicismo

Determinismo

Interpenetração, espontaneidade e auto-organização

Imprevisibilidade, irreversibilidade e evolução

Ordem

Necessidade

Eternidade

Desordem

Criatividade e o acidente

A história construída a partir da ação dos seres

Aprendizagem Colaborativa

“(...) Para romper com as formas tradicionais memorizativas,estabelecidas ao longo da história, a saída tem sido aestabelecidas ao longo da história, a saída tem sido a

criação coletiva de momentos de experimentação, vivência ereflexão sistemática, com relatos de experiências socializados

pelos colegas, em que dificuldades são objeto de estudo,visando a superação dos entraves.”

Contexto das Estratégias� Professor membro de colegiado:

Constrói coletivamente o P.P.P. Definição de estratégias + rapidamente Constrói coletivamente o P.P.P. Definição de estratégias + rapidamente ⇔

� H.T.P.C. ou T.R. – condições concretas de trabalho, postas em discussão, facilitam a superação de uma série de dificuldades em relação às condições físicas e recursos de diversas ordens.

� ANASTASIOU – foco maior em Universidade

Autonomia DocenteSegundo Anastasiou, ainda que a escola não forneça condições ou incentive a criação de estratégias, o educador – face a sua autonomia – tem condições para fazê-lo por autonomia – tem condições para fazê-lo por si. Além de ampliar o processo em número e qualidade.

Um olhar sobre as estratégias

� No trabalho de Anastasiou, as estratégias resultaram de Oficinas Pedagógicas e foram apresentadas em forma de quadros.

� Cada estratégia constitui-se por:� Análises referentes a Metodologia Dialética

� Ação de Ensinagem

� Organização Curricular

� Papel do Professor e do Aluno

Estratégias – Visão Geral1. Aula Expositiva Dialogada (x)2. Estudo de Texto (x)3. Portfólio4. Tempestade Cerebral

Mapa Conceitual (x)5. Mapa Conceitual (x)6. Estudo Dirigido7. Lista de Discussão por meios informatizados (x)8. Solução de Problemas(x)9. Philips 6610. Grupo de Verbalização e observação

(GV/GO)

11. Dramatização (x)12. Seminário (x)13. Estudo de Caso14. Júri Simulado (x)14. Júri Simulado (x)15. Simpósio16. Painel (x)17. Fórum18. Oficina (laboratório ou workshop)19. Estudo do Meio (x)20. Ensino com Pesquisa (x)

�� A utilização da estratégia sugere a passagem:A utilização da estratégia sugere a passagem:

Síncrese Síntese

Caos, visão inicial, falta Caos, visão inicial, falta

de elaboraçãode elaboração

Organização, imagem definida, Organização, imagem definida,

qualitativamente superiorqualitativamente superior

EscolhaDa

Estratégia

Realização deOperaçõesMentaisdos alunos

Processo decrescente

complexidadedo pensamento

Objetivos da Estratégia� Na mesma estratégia, podem existir

diferentes objetivos:

Tempestade CerebralTempestade Cerebral

Mobilizaçãono iníciode umaunidade

Diagnósticosno

transcorrerda unidade

Fechamentode uma aulaou unidade

Aula tradicional� Ambiente habitual – sempre sob domínio do

docente

Outras estratégias – exigem cuidados, � Outras estratégias – exigem cuidados, diretividade, conduções, não há domínio

� Estratégias – promovem a expressão verbal do educando

Mediador de ConflitosDependendo da forma que o professor receber e

acatar a contribuição do aluno

Será determinante para o clima de acolhimento, e

Construção do conhecimento

em sala de aula

Trabalhando em Grupos� Estratégias em grupo – geram a

necessidade de organização, preparo cuidadoso, comprometimento com o aluno

� Aluno como sujeito aprendiz e ativo

Trabalhoem

Grupo

InteligênciaRelacional

Bem desenvolvidoBem desenvolvido

Algumas estratégias!!

Aula Expositiva Dialogada� Proposta para superar a tradicional palestra docente.

� Participação dos estudantes.

� O domínio do quadro teórico relacional pelo professor � O domínio do quadro teórico relacional pelo professor deve ser tal que “o fio da meada” possa ser interrompido com perguntas, observações, intervenções, sem que o professor perca o controle do processo.

� Pela participação do estudante acompanham-se a compreensão e a análise dos conceitos apresentados e construídos.

Lista de discussão por meios informatizados

� Oportunidade de um grupo de pessoas poder debater à distância, um tema sobre o qual sejam especialistas ou tenham realizado um estudo prévio, ou queiram aprofundá-lo por meio eletrônico.

� Depende de algumas condições concretas para sua operacionalização,porém que responde ao hábito já existente, em uma parcela da comunidade acadêmica.

http://www.nead.unifran.br/sisfad/educacional/index.php?frm_curso=45695&frm_sala=1756

Dramatização

� É uma representação teatral, a partir de um foco, problema, tema,etc.

� Desenvolve a criatividade, desinibição, a inventividade � Desenvolve a criatividade, desinibição, a inventividade e a liberdade de expressão.

� Para avaliar leva-se em consideração: a clareza e coerência na apresentação, participação do grupo, criatividade e espontaneidade.

Seminário

� Espaço onde um grupo discuta ou debata temas que são colocados em discussão.

� Estudantes devem ter clareza prévia dos diversos � Estudantes devem ter clareza prévia dos diversos papéis que desenvolverão durante toda a dinâmica dos trabalhos.

� Os critérios de avaliação devem ser adequados aos objetivos da atividade em termos de conhecimento, habilidades e competências.

Painel

� Discussão informal de um grupo de estudantes,indicados pelo professor (que já estudaram a matériaem análise, interessados ou afetados pelo problemaem questão), em que apresentam pontos de vistaantagônicos na presença de outros.antagônicos na presença de outros.

� Pode ser aproveitado tanto para mobilização para oconhecimento como para construção ou mesmo para omomento de elaboração de sínteses.

Júri Simulado

� Simulação de um júri em que, a partir de um problema, são apresentados argumentos de defesa e de acusação.

� Pode levar o grupo à análise e avaliação de um fato proposto com objetividade e realismo, à crítica construtiva de uma situação e à dinamização do grupo para estudar profundamente um tema real.

� Química – geralmente julgamento

de Lavoisier

� Literatura – Julgamento de Capitu (Dom Casmurro)

Estudo do meio

� Possibilita aos envolvidos –professor e estudantes-uma revisão, um refletir sobre os dados da teoria que fundamentam objeto de estudo.

� Cria condições para o contato com a realidade, propicia a aquisição de conhecimentos de forma direta, por meio da experiência vivida.

Ensino com pesquisa

� Utilização dos princípios do ensino associados aos da pesquisa.

� Oferece condições para que os estudantes adquiram � Oferece condições para que os estudantes adquiram maior autonomia, assumam responsabilidades, desenvolvam disciplina, tomada como habilidade de se manter o tempo necessário em busca da solução de problemas até o esgotamento das informações, com treino de trabalho intelectual a ser supervisionado pelo professor.

� Geralmente – Universitário (Iniciação Científica)

� Ensino Médio – projetos, desenvolvidos em algumas oportunidades com várias disciplinas

� Relato 1 (2004) – ETEc Prof. Alcidio S. Prado (Orlândia)

� Relato 2 (2006) – ETEc Pedro Badran (S. J. Barra).

Interação com a sala!!!

Estudo de texto� Professor apresenta um texto aos educandos e

sonda deste texto a retirada de informações.

� Não apenas perguntas e respostas, mas exige-se o raciocínio.

Bola de Meia, Bola de GudeMilton Nascimento

Há um meninoHá um molequeMorando sempre no meu coraçãoToda vez que o adulto balançaEle vem pra me dar a mão

Há um passado no meu presenteUm sol bem quente lá no meu quintalToda vez que a bruxa me assombra

Bola de meia, bola de gudeO solidário não quer solidãoToda vez que a tristeza me alcançaO menino me dá a mãoHá um meninoHá um molequeMorando sempre no meu coraçãoToda vez que o adulto fraquejaEle vem pra me dar a mão Toda vez que a bruxa me assombra

O menino me dá a mão

E me fala de coisas bonitasQue eu acreditoQue não deixarão de existirAmizade, palavra, respeitoCaráter, bondade alegria e amorPois não possoNão devoNão queroViver como toda essa genteInsiste em viverE não posso aceitar sossegadoQualquer sacanagem ser coisa normal

Ele vem pra me dar a mão

Mapa Conceitual

� Construção de um diagrama que indica a relação de conceitos em uma perspectiva bidimensional.

� Fundamental é a identificação dos conceitos básicos e � Fundamental é a identificação dos conceitos básicos e das conexões entre esses conceito e deles derivados: construção de uma teia relacional.

� Serve para indicar formas diferentes de aprofundar os conteúdos.

ÁTOMO

Esferas rígidas

indivisíveis

Núcleo e

eletrosfera

Folha de ouro

Descobertos através do Descobertos através do

experimento comexperimento comEsfera de carga

positiva e elétrons

na sua superfície

Matéria

PositivasTeoria de

DALTON

Modelo

BOLA DE BILHAR

Folha de ouro

Partículas

alfa

RUTHERFORD

SISTEMA

SOLAR

Realizado porRealizado por

na sua superfícieCargas

Modelo

PUDIM DE

PASSAS

THOMSON

Descobriu

elétron

Tubos de raios

catódicos

AtravésAtravés

Positivas

Negativas

Iguais Diferentes

Repelem Atraem

Solução de problemas

PBL ABP (Problem Basic Learning) (Aprendizagem Baseada em Problemas)

� Se iniciou nos anos 60 no Canadá;Se iniciou nos anos 60 no Canadá;

� Atualmente cerca de 10% das escolas do

mundo utilizam esta estratégia.

� Utiliza um problema como ponto de partida para quisição de novos conhecimentos;

Vamos praticar!

Por que o ph do estômago é ácido?

As diferenças

Há uma mudanças no papel do professor Há uma mudanças no papel do professor e dos alunos, com relação a uma aula

tradicional.

Papel do Professor:

� Passa de transmissor do saber a um estimulador e parceiro do estudante na descoberta do conhecimento;

� Orienta e estimula o aprofundamento da � Orienta e estimula o aprofundamento da discussão;

� Avalia os alunos;

� Em nenhum momento pode dar informações técnicas sobre os temas discutidos.

Papel do aluno� Passa de mero espectador a participante

ativo na produção do conhecimento;

� Os saberes estão em constante continuidade e ruptura;e ruptura;

� o aluno aprende a aprender, trabalhar em equipe, ouvir outras opiniões;

� induz o aluno a assumir um papel ativo e responsável pelo seu aprendizado.

Estratégia ABP� Contempla a construção do conhecimento;

� Estimula ou amplia a significação dos elementos apreendidos em relação a realidade ou área profissional;realidade ou área profissional;

� Promove a criticidade;

� Promove a totalidade.

Obrigado!Obrigado!