Estoque de Proteção

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INTRODUO Os gerentes de produo usualmente tm atitude ambivalente em relao a estoques. Por um lado, eles so custosos, e algumas vezes empatam considervel quantidade de capital. Mant-los tambm representa risco porque itens em estoque podem deteriorar, tornar-se obsoletos ou perder-se, e, alm disso, ocupam espao valioso. Por outro lado, proporcionam certo nvel de segurana em ambientes complexos e incertos. Sabendo disso, mantm-se itens em estoque, para o caso de consumidores ou programas de Fornecimento de produo os demandarem; so uma espcie de garantia contra o inesperado. Certamente, quando um cliente procura um fornecedor concorrente s porque um item est em falta no estoque, ou quando um grande projeto est parado esperando por uma pequena pea, o valor dos estoques parece inquestionvel. Esse o dilema do gerenciamento de estoques: apesar dos custos e de outras desvantagens associadas a sua manuteno, eles facilitam a conciliao entre fornecimento e demanda. De fato, eles somente existem porque o fornecimento e a demanda no esto em harmonia um com o outro (veja a Figura 12.1).

QUE ESTOQUE? Estoque definido aqui como a acumulao armazenada de recursos materiais em um sistema de transformao. Algumas vezes, estoque tambm usado para descrever qualquer recurso armazenado. Assim, um banco teria um "estoque" de pessoal, um "estoque" de caixas eletrnicos (Automatic Teller Machines - ATMs) , e mesmo um "estoque" de agncias de varejo. Todavia, apesar de esses recursos de transformao serem tecnicamente considerados "estoques", porque no so obtidos sempre que um consumidor faz uma solicitao ao banco, eles no so o que normalmente se quer dizer com o termo estoque. Normalmente, usamos o termo para fazer referncia a recursos de entrada transformados. Assim, uma empresa de manufatura manter estoques de materiais, um escritrio de assessoria tributria manter estoques de informaes e um parque temtico manter estoques de consumidores (quando so consumidores que esto sendo processados, referimo-nos a "estoques" deles como "filas" - a idia a mesma, mas "filas" considerado um termo mais delicado). Neste captulo, vamos lidar particularmente com estoques de materiais. Os estoques de consumidores sero tratados no Captulo 11. Todavia, isso no implica que este captulo seja somente relevante para o exame de operaes de processamento de material, como as operaes de manufatura. Todas as operaes mantm algum tipo de estoque fsico de material.Por que existe estoque? No importa o que est sendo armazenado como estoque, ou onde ele est posicionado na operao; ele existir porque existe uma diferena de ritmo (ou de taxa) entre fornecimento e demanda. Se o fornecimento de qualquer item ocorresse exatamente quando fosse demandado, o item nunca necessitaria ser estocado. Uma analogia comum a do tanque de gua, mostrado na Figura 12.2. Se, no tempo, a taxa de fornecimento de gua ao tanque difere da taxa de demanda, um tanque de gua (estoque) ser necessrio, se se pretende que o consumidor seja atendido sem interrupo. (Mais genericamente, usamos os smbolos dos grficos de processo [veja o Captulo 5], que tambm mostrado na Figura 12.2.) Quando a taxa de fornecimento excede a taxa de demanda, o estoque aumenta; quando a taxa de demanda excede a taxa de fornecimento, o estoque diminui. O ponto bvio a ressaltar que, se uma operao pode fazer esforos para casar as taxas de fornecimento e de demanda, acontecer uma reduo em seus nveis de estoque. Esse ponto importante a base da abordagem just in time para estoque, que vamos explorar com mais detalhes no Captulo 15.Estoque de proteo O estoque de proteo tambm chamado de estoque isolador. Seu propsito compensar as incertezas inerentes a fornecimento e demanda. Por exemplo, uma operao de varejo nunca pode prever perfeitamente a demanda, mesmo quando tenha boa ideia de qual seu nvel mais provvel. Ela vai encomendar bens de seus fornecedores de modo que sempre haja pelo menos certa quantidade da maioria dos itens em estoque. Esse nvel mnimo de estoque est l para cobrir a possibilidade de a demanda vir a ser maior do que a esperada durante o tempo decorrido na entrega (ressuprimento) dos bens. Esse o estoque de proteo, ou estoque isolador. Ele compensa as incertezas no processo de fornecimento de bens para a loja e da demanda de bens para fora da loja. De maneira similar, dois estgios em um processo de produo podem produzir exatamente mesma taxa, em mdia, mas o tempo de processamento individual pode variar em relao mdia.RESUMOEstoques so quantidades armazenadas ou em processo de produo tendo como funo, participar dos vrios estgios da cadeia produtiva que no final desta, criar valor para o consumidor final.Para uma eficaz administrao de estoques necessrio identificar as suas importncias, definindo tamanhos de lotes de reposio, estoques de segurana, ponto de pedido, bem como tambm identificar os custos relacionados aos estoques.As empresas procuram melhorias de forma constante, que de uma forma ou de outra retratam a obteno de uma vantagem competitiva em relao a seus concorrentes, facilitada com a administrao eficaz dos estoques.Palavras-chave:produo, aquisio, estoque.1. INTRODUOA gesto de estoques no marketing devarejofoi, durante muito tempo, relegada a um segundo plano nas preocupaes dos gestores das organizaes varejistas, conforme comentaLeny(2000 p.223), que:(...) a maioria das lojas era gerenciada por seus proprietrios e estes executavam a gesto de seus negcios utilizando sua experincia prtica e faziam reposio de mercadorias ou compra dos itens "da moda" quando visitados por representantes dos fornecedores, definindo quantidades a comprar de maneira emprica.Muito se lapidou o controle de estoques para chegar da dimenso dos dias de hoje.Durante o tempo em que a inflao moldou a prtica de gesto no varejo, apesar de comearem a aparecer grandes lojas individuais e algumas redes, a questo dos estoques no era uma preocupao muito grande pelo fato que ter estoque era garantia de valorizao do dinheiro investido (Leny2000).Porm, conforme concepo deCorra et al. (2001 p.49),em meados dos anos 80 muitas empresas tiveram srios problemas levados a uma leitura equivocada a gesto japonesa por acharem que deveriam baixar a zero seus estoques.Atualmente, as organizaes entendem o que se deve buscar constantemente no ter uma gama a mais de estoques do que a quantidade estritamente necessria estrategicamente enfatizaCorra et al. (2001 p. 49).A complexidade de lanamentos de produtos, a evoluo globalizada da tecnologia de varejo, em paralelo necessidade de competir pela preferncia de consumidores cada vez mais exigentes, tornou a gesto dos estoques essencial para a sobrevivncia das organizaes.2. FUNO DE ESTOQUESNa descrio de Arnold (1999 p.268), o objetivo bsico dos estoques separar o suprimento da demanda, o qual serve de intermdio entre a oferta e demanda, demanda e produto acabado, produto acabado e disponibilidade de suprimentos, exigncias de uma operao e seus respectivos resultados e tambm peas, materiais e fornecedores de materiais para a produo.Bertaglia (2005), enfatiza que a compreenso dos objetivos estratgicos da existncia e do gerenciamento dos estoques fundamental para se definir metas, funes, tipos de estoques e forma como eles afetam as organizaes em suas atividades produtivas e de relacionamento com o mercado.Medir o desempenho dos estoques instrutivo para a organizao, sendo um dos aspectos fundamentais da administrao moderna ao foco de reduo de estoques, (BERTAGLIA, 2005).Perante o impacto dos estoques no indicador de finanas, segue indicadores de desempenho que segundo Bertaglia (2005), visam a monitorao de itens:Giro de estoques:conforme Bertaglia (2005 p. 317), o giro de estoques corresponde ao nmero de vezes em que o estoque consumido totalmente durante um determinado perodo (normalmente um ano).Ainda complementa Bertaglia (2005), que o indicador com alto ndice de giro de estoque pode demonstrar um alto retorno de capital, apesar de no refletir os benefcios de se manter o estoque.Cobertura de estoque:Bertaglia (2005 p. 318), descreve que a cobertura de estoque est relacionada taxa de uso do item e baseia-se no clculo da quantidade de tempo de reduo do estoque, caso este no sofra um ressuprimento.A formao do estoque est diretamente interligada ao desequilbrio existente entre a demanda e o fornecimento, pois quando a demanda maior que o fornecimento, o estoque diminui; quando o fornecimento superior a demanda o estoque aumenta, (BERTAGLIA 2005).Com isso, os estoques podem ser classificados de acordo com as funes que desempenham:Estoque de antecipao:Conforme Arnold (1999), esses estoques so feitos para aplicar a produtos de caractersticas sazonais de uma demanda futura, que envolvem por exemplo produtos para pscoa, natal, vero e diversas outras ; nivelando a produo e reduzindo custos de mudanas das taxas de produo.Estoque de flutuao ou de segurana:a funo do estoque de segurana prevenir a empresa imprevistos na demanda e no suprimento, evitando atrasos na entrega de suprimentos e produtos ou aumento inesperado no consumo causando muitas vezes perdas reais de vendas, principalmente quando se referem a produtos de alto consumo (BERTAGLIA 2005).Estoque por tamanho do lote ou estoque de ciclo:conforme Arnold (1999), estoque do tamanho do lote feito a fim de se ter vantagens de descontos sobre a quantidade. Complementa Bertaglia (2005 p. 323),sobre o exemplo de que(...) normalmente quando o custo do produto em relao ao frete a ser pago baixo compensa a formao de estoque. O transporte de tijolos, por exemplo, baseia-se em custo fixo de frete. Na maioria das vezes, o custo de transportar cinco mil tijolos idntico ao transportar mil. Portanto conveniente avaliar a possibilidade de se comprar mais, prevendo vendas futuras.Estoque de proteo (hedge):Bertaglia (2005 p. 323), descreve que o objetivo proteger contra eventualidades que envolvem especulaes de mercado relacionadas s greves, aumento de preos, situaes econmicas e poltica instveis, ambiente inflacionrio e imprevisvel.Bertaglia (2005), relata tambm que o estoque de proteo similar ao estoque de segurana, no entanto tem uma durao transitria, enquanto o estoque de segurana atender as oscilaes de consumo de modo ininterrupto.Estoque em transito ou estoque no canal de distribuio:Bertaglia (2005), nos relata que se caracteriza este estoque movimentao fsica de materiais e produtos, existindo trs estgios como:Suprimento:onde todos os materiais programados, em trnsito e j pagos so considerados como estoque no canal, porm ainda no esto disponveis a serem utilizados.Processamento interno:os estoques em uma fbrica que exigem movimentao e esto em processo caracterizam-se como estoque em trnsito.Entrega de produto:so aqueles produtos ou materiais que esto disponveis para uso, ou que esto em transporte, porm ainda no foram pagos pelo cliente.3. FATORES QUE AFETAM O ESTOQUEBertaglia (2005), relata que alm de produtos sazonais, existem tambm componentes, os quais a matria-prima est disponvel uma vez por ano; o que acontece normalmente com produtos agrcolas, onde os estoques de produtos de entressafra suprem a falta do restante do perodo, onde no se dispe da matria-prima principal.Quando os estoques se referem a variedades de produtos, h uma formao maior de itens bem como um tempo necessrio para a produo; principalmente em decorrncia do tamanho dos lotes. Fatores extremamente importantes para a decisoquanto ao controle e formao de estoque.Bertaglia (2005), comenta tambm que o tempo de validade do produto uma caracterstica preponderante ao nvel de formao de estoque, pois os produtos com perodo de validade curto no podem ter estoque elevado, afim de no se tornar obsoleto.4. CATEGORIA DE ESTOQUEConforme descrio de Bertaglia (2005), as categorias de estoques esto institudas ao fluxo de material e so encontrados na etapa do processo, sendo:Matria-prima:Garcia et al. (2005)descreve que matria-prima considerado todos os itens utilizados no processo de fabricao do produto acabado; incluindo tambm materiais auxiliares, ou seja itens utilizados na empresa que indiretamente esto relacionados com o processo produtivo, como materiais de expediente.Produto em processo:refere-se ao produto em diferentes estgios nos processos de fabricao (BERTAGLIA 2005 p. 325).ParaGarcia et al. (2005), estoques de produto em processo correspondem aos itens que esto em processo de transformao, porm, ainda no so produtos acabados, esto em modificao.Produto semi acabado:comentaBertaglia (2005), que so estoques de produtos que no esto finalizados. Ficam armazenados aguardando seu destino final.Produto acabado:ParaArnold (1999), descrimina-se estoque de produto acabado quando esto prontos para serem vendidos. Bem como descrio de Bertaglia (2005),(...) so os produtos em que todas as operaes de manufatura foram realizadas e completadas, incluindo os testes finais e a respectiva aprovao pelo controle de qualidade. Uma vez considerado disposto nessa categoria, estar disponvel para ser transportado para o cliente como produto final de consumo ou pea de reparo em caso de itens de manuteno.Estoque de distribuio:Bertaglia (2005), relata que corresponde ao produto acabado disponvel no sistema de distribuio e pronto a ser destinado ao cliente final.Estoque de consignao:Bertaglia (2005 p. 326), descreve que so estoques tanto de produto acabado ou peas de reposio que com acordo mtuo so de propriedade do fornecedor, porm se mantm armazenados nos clientes, at que seja consumido.Proviso de materiais para manuteno, reparos e operaes produtivas MRO:ParaArnold (1999), so itens utilizados na fabricao do produto, porm no torna-se parte do mesmo, sendo os equipamentos, peas sobressalentes, lubrificantes, materiais de limpeza, entre outros.Bertaglia (2005 p. 326), complementa que tudo que de certa forma consumido ou usado nas operaes de processo e que no compe o produto final est associado ao conceito de MRO, incluindo os sistemas de manufatura.5. DEMANDA INDEPENDENTEConforme descrio de Corra et al. 2001 p. 57,(...) os sistemas olhavam individualmente os diversos itens acompanhando a quantidade remanescente em estoque medida que a demanda os consumia e, ento, com base em alguma lgica predefinida, determinavam momento e quantidade e quantidade a ressuprir.Desta forma,ento a mercadoria era reposta, incorporando ao estoque.6. DEMANDA DEPENDENTE determinada pela necessidade da produo estando vinculada a uma demanda independente (BERTAGLIA 2005).7. CUSTO DE ESTOQUEConforme Bertaglia (2005), principalmente empresas com alto volume de estoque, o conveniente gerenci-los baseando em mtodos analticos para que suportem a tomada de deciso. Pela importncia da identificao de custos para anlise dos estoques, abaixo ser mencionado o principal para esta anlise:7.1 Custo de aquisio:esto diretamente relacionados a pedir e obter, dividindo-se em custo fixo (associados aos salrios dos funcionrios), e variveis (custo que aumenta na proporo do nmero de pedido), tendo como clculo o custo unitrio do pedido X quantidade de pedidos por perodo.7.2 Custo de manuteno de estoque:este custo se refere desde a existncia do estoque at seu consumo, referindo-se a itens fsicos. Sendo que o custo de manuteno abrange conforme comenta o autor (BERTAGLIA 2005):7.2.1 Custo de espao para armazenagem:corresponde literalmente ao espao fsico utilizado para armazenar o material, incluindo tambm aluguel, equipamentos, funcionrios e outros.7.2.2 Custo de capital:custo complexo e bastante subjetivo representando um valor extremamente alto aos custos totais de estoque.7.2.3 Custo de servio:est diretamente associado ao volume de estoque, integrado ao custo de manuteno; relacionando-se tambm a proteo dos estoques.7.2.4 Custo por falta de estoque:quanto aos fatores externos, refletem a atrasos de pedidos e perdas de vendas. Quanto a fatores internos, impacta a perda de produo, reprogramaes, bem como atrasos no atendimento de datas.7.2.5 Custo total de estoques:representa a soma pelos custos de aquisio e os custos de manuteno de estoques.8. MTODO DO LOTE ECONMICO (EOQ)Conforme descrio de Bertaglia (2005 p 331),(...) esse modelo tem o objetivo de determinar o tamanho de um lote a ser comprado ou produzido. A inteno minimizar os custos de aquisio e os custos anuais de ter estoque, buscando o equilbrio entre vantagens e desvantagens de se ter estoque.O autor ainda descreve algumas premissas para a utilizao do mtodo do lote econmico, sendo que, o consumo do item deve ser constante, produzido e comprado em lotes, incidir os custos de manuteno e da produo e certezas quanto a demanda e tempo de entrega, sendo que no so permitidas faltas.Bertaglia (2005 p 331), descreve tambm que o lote econmico pode ser obtido pelo processo de tentativa e erro, em que a quantidade do ponto do pedido varia e aquele que gerar o menor custo total escolhida.9. CONTROLE DE ESTOQUES POR REVISES PERIDICASConforme Tubino (2000), o modelo de revises peridicas trabalha no eixo dos tempos, estabelecendo as datas que sero analisadas a demanda a fim de verificar a necessidade pela reposio do estoque.Como complemento, Bertaglia (2005), atenta sobre os cuidados quanto utilizao deste mtodo, pois como est relacionado a fixao de perodo; se a demanda oscilar e o perodo se mantiver fixo, pode ter rupturas de estoque.10. MTODO DE REVISO CONTNUA (PONTO DE PEDIDO)Baseia-se na avaliao de quantidades do estoque de determinado item a fim de identificar se o momento de efetuar a reposio do mesmo (BERTAGLIA 2005).Complementa Bertaglia (2005), que as verificaes para avaliao podem ser efetuadas dirio ou semanal, sendo que cada reviso determina a reposio dependendo da quantidade do item presente no estoque o que se resume em um pedido de unidades que ser reposto quando o consumo atingir um nvel mnimo permitido; sendo que a demanda mdia durante o prazo de entrega + estoque de segurana determina o ponto de pedido.11.TCNICAS DE ADMINISTRAO DE ESTOQUESCLASSIFICAO ABC DOS ESTOQUES:ConformeBertaglia (2005), a classificao por ABC consiste em administrar por exceo, separando os itens em trs classes de acordo com o valor total consumido.Tubino (2000 p 109) descreve que(...) o importante para a administraodos estoques que, na maioria das empresas, ao ordenar-se os itens segundo sua demanda valorizada, nota-se que uma pequena quantidade de itens, chamada classe A, representa uma grande parcela dos recursos investidos, enquanto, por outro lado, a grande maioria dos itens, chamada classe C, tem pouca representatividade nestes recursos.Tubino (2000), complementa, que entre a classe A e C esto os itens de importncia medianos, chamados de classe B.Bertaglia (2005), refora a descrio colocando que o objetivo da classificao ABC restringir o foco. A administrao estoques reflete diretamente no custo final do produto; sendo assim fundamental uma boa gesto dos estoques.ESTOQUES DE SEGURANA:Tubino (2000), descreve que comocomplemento da administrao de estoques, os nveis de estoque de segurana so para absorver variaes de demanda ou no tempo de entrega, evitando problemas ao fluxo produtivo. Tubino (2000), complementa que:(...) a determinao dos estoques de segurana leva em considerao dois fatores que devem ser equilibrados: os custos decorrentes do esgotamento do item e os custos de manuteno dos estoques de segurana. Quanto maiores forem os custos de falta atribudos ao item, maiores sero os nveis de estoques de segurana que nos dispomos a manter, e vice e versa. necessrio aplicar um mtodo que se possa dar certa segurana ao bom andamento dos processos produtivos, de modo que no sejam interrompidos por falta de insumos que deveriam estar nos estoques.12. MTODOS DE VALORIZAO DE ESTOQUES:PEPS -Este mtodo compreende a valorizao dos itens de estoques com base no estoque mais antigo, (BERTAGLIA 2005 p 345).Ento, fisicamente, o primeiro lote a entrar deve ser o primeiro a sair.ComplementaBertaglia (2005), que este processo deve ser levado em conta principalmente para itens que apresentam curto perodo de vencimento, como por exemplo, ingredientes alimentcios.KANBANConforme enfatiza a empresa CEV, o mtodoKanban orientado para a produo em srie, sendo que a produo efetuada a partir da procura; assim, o ritmo de produo determinado pelo ritmo de circulao deKanbans, o qual, por sua vez, determinado pelo ritmo de consumo dos produtos, no sentido jusante do fluxo de produo.Os principais objetivos do sistema Kanban so:Regular internamente as flutuaes da procura e o volume de produo dos postos de trabalho a fim de evitar a transmisso e ampliao dessas flutuaes,minimizar as flutuaes do estoque de fabricao com o objetivo de melhorar a gesto sendo sua meta o estoque zero,descentralizar a gesto da fbrica por forma a melhorar o nvel de gesto, criando condies para que as chefias diretas desempenhem um papel de gesto efetiva da produo e dos estoques em curso de produo,regular as flutuaes dos estoques de fabricao entre os postos de trabalho devido a diferenas de capacidade entre estes,produzir a quantidade solicitada no momento em que solicitado.13. APRESENTAO DE DADOSPerante a fundamentao da teoria, fica explcita que organizaes, com nfase as de bens de consumo; devem ter uma preocupao especial quando se trata de volume de estoques, as quantidades a serem adquiridas e os recursos para administr-los. Os estoques devem funcionar como regulador do fluxo de produo nas empresas, sendo que na medida em que chegam empresa diferente da velocidade com que saem, assim h necessidade de certa quantidade de materiais para suportar estas variaes. A manuteno dos estoques tanto traz vantagens s empresas, como desvantagens. Vantagens quando se refere ao pronto atendimento aos clientes e desvantagens no que se refere aos custos de manuteno. Assim, compete ao administrador estar ciente e gerir de forma adequada. Sendo que analisar de forma detalhada os estoques uma exigncia, que no s pelo capital envolvido, mas principalmente pelas vantagens competitivas que a empresa pode obter, pela eficincia quanto ao atendimento de clientes.Na busca destes objetivos, as empresas dispem de vrios indicadores para auxiliar na gesto de estoques; como giro de estoques, da cobertura, da acurcia e da anlise ABC. A criticidade cada vez mais importante, visto que a falta de um item de baixssimo custo e pequena rotatividade pode parar o processo de produo, e assumir altos prejuzos.Vrios modelos desta gesto foram consagrados, sendo um dos mais conhecidos; o do ponto de reposio ou do lote econmico; onde se supe trabalhar com estoques em duas gavetas. Procede-se utilizando primeiramente os itens da primeira gaveta, at consumi-lo. A partir do momento em que se passa a utilizar os itens da segunda gaveta, um novo pedido emitido. Assim, a quantidade de itens disponveis na segunda gaveta, nada mais do que uma espcie de estoque de segurana do item.As hipteses levantadas, como por exemplo, de demanda invarivel, entrega instantnea, prazo de atendimento fixo, e outras, so dificilmente encontradas em um trabalho habitual. Por isso necessrio idealizar uma forma que possa dar certa segurana ao bom andamento dos processos produtivos, de forma que no sejam interrompidos decorrentes de falta de matria prima que deveria estar nos estoques.Assim necessrio idealizar uma forma para garantir a segurana ao atendimento das produes planejadas.Os lotes econmicos, apesar de estar perdendo importncia no meio industrial, onde o foco produo em lotes cada vez menores, mantm sua importncia pelo objetivo de minimizao de custos. Pois sua aplicao de forma adequada, com a utilizao dos recursos disponveis dossoftwarede gesto de estoques, mantm base de dados a serem monitoradas, permitindo o clculo das quantidades econmicas de compra e de fabricao, que dependendo do caso, trazem somente benefcios s empresas.Os sistemas de gesto das empresas so altamente capacitados para dominar as demandas nesta rea, sendo desde os mais simples at os aplicativos mais complexos.Na definio da poltica de estoques a ser seguida pela empresa, a escolha do modelo de estoque adequado muito importante tanto para um eficiente atendimento ao cliente, como tambm na minimizao de custos da organizao.14. CONCLUSOGesto de estoques estabelecer modelos de controle que permitam uma gesto sustentvel organizao.Uma empresa no poder trabalhar sem estoque, pois, sua funo amortecedora entre vrios estgios de produo vai at a venda final do produto. A gesto do fluxo de materiais, servios e informaes desde o fornecedor inicial at o consumidor final, constituem a essncia da logstica.Os objetivos dos departamentos de compras, de produo, de vendas e financeiro, dever ser conciliado pela administrao de controle de estoques, sem prejudicar a operacionalidade da empresa.A administrao do controle de estoque tambm deve minimizar o capital total investido em estoques, pois ele caro e aumenta continuamente, uma vez que, o custo financeiro tambm se eleva.O controle de estoque de suma importncia para a empresa, sendo que se controla o desperdcio, desvios, apuram-se valores para fins de anlise, bem como, apura o demasiado investimento, o qual prejudica o capital de giro. Quanto maior o investimento, tambm maior a capacidade e a responsabilidade de cada setor da empresa.O eficiente atendimento ao cliente; tem sido o objetivo da maioria das empresas. Assim, a rapidez e presteza na distribuio das mercadorias assumem cada vez mais um papel predominante na obteno de uma vantagem competitiva duradoura.Para tanto, alm de habilidades de negociador, necessita-se tambm de elevado nvel de treinamento em aspectos financeiros da gesto de estoque e vendas, completo domnio das diversas tcnicas de gesto dos estoques de acordo com os perfis de demanda dos itens que negocia e estar disposto a adotar a filosofia de colaborao que hoje fundamental no processo de criao e manuteno de cadeias de suprimento lucrativas.No mais possvel para uma rede de varejo ou mesmo para uma grande loja, gerir estoques e compras com base unicamente na experincia, essencial a aplicao de uma metodologia concreta, baseada em dados.Obter uma viso ampla dos processos da organizao um agente facilitador na gesto de estoques, pois compreender os objetivos de se manter estoques sem comprometer a qualidade dos servios, fazem parte da competitividade entre as organizaes.A importncia dos estoques na Empresa1 IntroduoDesde a antiguidade as civilizaes vm estudando os estoques em suas comunidades, seja para uso em suas atividades militares, de abastecimento em alimentos, onde os egpcios armazenavam os cereais para se protegerem na vazante do rio Nilo ou com relao precauo das profecias conhecidas. Mais adiante, os romanos tambm se preocuparam com o abastecimento de suas tropas, que ocupavam todo o mediterrneo e parte da atual Europa.Passado os tempos, surgem as navegaes, onde o tempo de viagem debatia-se com a conservao e o volume de itens destinados a sobrevivncia de suas tripulaes. Na poca, todos os viveres eram armazenados em barris de madeira, o que gerava rapidamente a deteriorizao dos produtos, pois no se dispunha de conservantes ou geladeira para refrigerao dos alimentos.Dada importncia, com o passar dos tempos foi sendo desenvolvida gesto do fluxo de materiais, servios e informaes, chegando ao processo desde o fornecedor inicial at o consumidor final, constituindo a essncia da logstica (forma de se fazer melhor).2 Tipo de estoquesOs estoques funcionam como reguladores do fluxo de negcios. Quanto velocidade com que as mercadorias so recebidas versus velocidade com que so consumidas, definir o custo que a empresa est despendendo a administrao de seus estoques.Quer dizer, normalmente as empresas esto adquirindo mais estoques e consumido menos, isto versa ao acumulo de capital estocado em forma de material, ficando assim paralisado valores em dinheiro que poderiam estar circulando e dando lucro a empresa.Tais estoques paralisados esto distribudos em grandes categorias:Estoques de matrias-primas: so todos os materiais utilizados nos processos de transformao em produtos acabados, as matrias primas, o que consideramos o insumo da indstria.oEncontram-se entre: carvo, minrio de ferro, madeira in-natura (eucalipto, petrleo,.)Normalmente os insumos abrangem a faixa de at 80% do valor total dos estoques, em termos de capital empregado.Estoques de produtos em processo: correspondem a todos os itens que j entraram no processo produtivo, mas que no so produtos acabados. So os materiais que comearam a sofrer alteraes, sem contudo, estar alterados.oEncontram-se entre: as peas de reposio, como materiais que esto no processo e sofrem desgaste na produo. Citam-se os sobressalentes, leos,...3 Relao de custoA relao de custo entre o capital empregado nos estoques e as vendas, est diretamente ligada ao lucro, o que quer dizer, todo cuidado deve ser dado ao comprar e estocar, pois todo o sistema est envolvido, entrelaando os custos de aquisio/manuteno/operao e administrativo, para se ter uma idia, temos:O problema de um dimensionamento de estoques est residente na relao entre:Capital investido;Disponibilidade de estoques;Custos incorridos; eConsumo ou demanda.Analisando o problema de dimensionamento de estoques sob o enfoque financeiro, podemos utilizar um ndice de Retorno de Capital (RC):Em pequena analogia, vemos que quanto mais capital aplicado menor o retorno de capital, o que deve o Administrador sempre visualizar o lucro da empresa para o investimento de capital.4 Cuidados para obteno de Retorno de Capital.Vrios cuidados devem ser tomados entre os quais sobressaem:Melhorar o servio ao cliente: dando suporte a rea de marketing, que ao criar demanda precisa de material disponvel para concretizar vendas;Economia de escala: os custos so tipicamente menores quando o produto fabricado continuamente e em quantidades constantes;Proteo contra mudanas de preos em tempo de inflao alta: um alto volume de compras minimiza o impacto do aumento de preos pelos fornecedores;Proteo contra incertezas na demanda e no tempo de entrega: considera o problema que advm aos sistemas logsticos quando tanto o comportamento de demanda dos clientes quanto o tempo de entrega dos fornecedores no so perfeitamente conhecidos, ou seja, para atender os clientes so necessrios estoques de segurana;Proteo contra contingncias: proteger a empresa contra greves, incndios, inundaes, instabilidades polticas e outras variveis exgenas que podem criar problemas. O risco diminuiria com a manuteno de estoques.Atender aos clientes na hora certa, com a quantidade certa e requerida, tem sido objetivo da maioria das empresas.5 Princpios bsicos para o controle de estoques.Para organizar um setor de controle de estoques, inicialmente deveremos descrever suas funes principais, como:1.determinar o que deve permanecer em estoque.Nmero de itens;2.determinar quando se devem reabastecer os estoques.Periodicidade;3.determinar quanto de estoque ser necessrio para um perodo predeterminado;4.acionar o Departamento de Compras para executar aquisio de estoques;5.receber, armazenar e atender os materiais estocados de acordo com as necessidades;6.controlar os estoques em termos de quantidade e valor e fornecer informaes sobre a posio do estoque;7.manter inventrios peridicos para avaliao das quantidades e estados dos materiais estocados; e8.identificar e retirar os itens obsoletos e danificados.