Estímulo à tecnologia

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Revista Fecomércio DF 1 PIRATARIA NAS RUAS Ousadia dos camelôs e fiscalização tímida impõem desordem e perdas ao comércio. Contrabando de produtos falsificados dá prejuízo de R$ 700 milhões por ano à economia local Entrevista // Pág. 8 Revista do Sistema Fecomércio-DF: Sesc, Senac e Instituto Fecomércio Ano XVIII nº 205 Junho de 2015 Paulo Salles Secretário de Ciência, Tecnologia e Inovação do DF

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Entrevista do secretário de Ciência, Tecnologia e Inovação, Paulo Salles, à revista Fecomércio - DF.

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PB Revista Fecomércio DF Revista Fecomércio DF 1

PIRATARIA NAS RUAS

Ousadia dos camelôs e fiscalização tímida impõem desordem e perdas ao comércio.

Contrabando de produtos falsificados dá prejuízo de R$ 700 milhões por ano à economia local

Entrevista // Pág. 8

Revista do SistemaFecomércio-DF: Sesc, Senac e Instituto FecomércioAno XVIII nº 205Junho de 2015

Paulo SallesSecretário de Ciência, Tecnologia

e Inovação do DF

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4 Revista Fecomércio DF Revista Fecomércio DF 5

registradora

[email protected]

COORDENADOR DE COMUNICAÇÃO DO SISTEMA FECOMÉRCIO-DFDiego Recena

REVISTA FECOMÉRCIO

Diretor de Redação: Diego Recena

Editora-Chefe: Taís Rocha

Editora Senac: Ana Paula Gontijo

Editor Sesc: Marcus César Alencar

Fotógrafo: Raphael Carmona

Repórteres: Andrea Ventura, Daniel Alcântara, Fabíola Souza, Luciana Corrêa, Liliam Rezende, Sacha Bourdette e Sílvia Melo

Projeto Gráfico Gustavo Pinto eAnderson Ribeiro

Diagramação: Gustavo Pinto

Capa: Gustavo Pinto

Revisora: Fátima Loppi

Impressão: Coronário

Tiragem: 60 mil exemplares

CONTATO COMERCIAL Joaquim Barroncas – (61) [email protected]

REDAÇÃOSCS, Quadra 6, bl. A, Ed. Jessé Freire,5º andar - Brasília - DF - 70.306-908(61) 3038-7527

@fecomerciodf /fecomerciodf fecomerciodf.com.br

Ao contrário do que foi publicado na última edição, a foto que ilustra a coluna Direito no Trabalho não é da colunista Raquel Corazza, mas de Cely Soares.

Errata

O presidente da Fecomércio-DF, Adelmir Santana, recebeu no dia 19 de maio, na sede da Fecomércio-DF, a visita de cortesia da embaixadora da Áustria no Brasil, Marianne Feldmann. No encontro, a diplomata propôs uma parceria com o Sesc para divulgar a cultura austríaca nas unidades do Sesc no DF. “Sempre gostamos de estimular a difusão da cultura internacional sem fins lucrativos e será um prazer receber essa rica experiência aqui na capital”, comentou Adelmir.

Laços estreitados com a Áustria

O setor produtivo do DF está apreensivo com relação às mudanças no Pró-DF, por meio do decreto nº 36.494. Em reunião na sede na sede da Fecomércio-DF na última semana de maio, os empresários afirmaram que há vários pontos contrários aos anseios do setor. Entre as questões vistas como negativas está o artigo 28, que suspende as resoluções registradas pelo Conselho de Gestão do Programa de Apoio ao Empreendimento Produtivo do DF (Copep-DF). O artigo 24 também foi motivo de debate – segundo ele, as empresas que têm contrato de concessão de direito real de uso com opção de compra, assinados até 31/12/2010 com a Terracap, deverão se implantar definitivamente no prazo de 12 meses, improrrogáveis, sob pena de terem os ajustes rescindidos e os benefícios cancelados. Eles decidiram solicitar ao Executivo a revogação do decreto ou aperfeiçoamento com ampla discussão.

Nova regulamentação do Pró-DF

A partir de setembro, os bancos terão de pagar mais imposto sobre lucros. Uma Medida Provisória (MP) publicada no Diário Oficial da União em maio eleva a Contribuição Social Sobre Lucro Líquido (CSLL) de 15% para 20%. Por se tratar de MP, a decisão terá de ser aprovada pelo Congresso para não perder a validade. Além dos bancos, serão afetados corretoras, distribuidores, seguradoras, empresas de capitalização e cartão de crédito.

Governo eleva CSLL

Raphael Carmona

revista

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4 Revista Fecomércio DF Revista Fecomércio DF 5

junho 2015

Abaixo a pirataria34

28 Trabalho é lugar para ginástica

Cada vez mais empresas aderem a programas de laboral para os funcionários

Artigos

Colunas

Seções

EconomiaRaul Velloso

EntrevistaPaulo Salles

GastronomixRodrigo Caetano

GenteSílvia Melo, José do Egitoe Gabriela Vieira

VitrineTaís Rocha

Direito no TrabalhoRaquel Corazza

TecnologiaRenato Carvalho e Jens Schriver

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Agenda FiscalAdriano Marrocos46

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Empresário do Mês55

Caso de Sucesso52

Indicadores do Comércio48

33

Doses EconômicasCésar Augusto Moreira Bergo20

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Pesquisa Conjuntural62Pesquisa Relâmpago66

Comércio ilegal de produtos invade as ruas do DF e traz prejuízos para empresários e para a sociedade

24 Financiamento salgado

Compra de imóveis tem novas regras e afeta setor imobiliário de forma negativa

Raphael Carmona

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6 Revista Fecomércio DF Revista Fecomércio DF 7

SCS Qd. 6, Bl. A, Ed. Newton Rossi – 5º e 6º andares – Brasília -DF – 70306-911 – (61) 3038-7500

CONSELHO CONSULTIVOConselheiro PresidenteAlberto Salvatore Giovani Vilardo ConselheirosAntônio José Matias de SousaJose Djalma Silva BandeiraLaudenor de Souza LimeiraLuiz Carlos Garcia Mitri MoufarregeRogerio Torkaski

DIRETORIA (TITULARES)PresidenteAdelmir Araujo Santana1º Vice-presidenteMiguel Setembrino Emery de Carvalho2º Vice-presidenteFrancisco Maia Farias 3º Vice-presidenteFábio de Carvalho

VICE-PRESIDENTES Antonio Tadeu PeronCarlos Hiram Bentes DavidEdy Elly Bender Kohnert SeidlerFrancisco das Chagas AlmeidaJosé Geraldo Dias PimentelGlauco Oliveira SantanaTallal Ahmad Ismail Abu Allan DIRETORES-SECRETÁRIOSVice-Presidente-AdministrativoJosé Aparecido da Costa Freire2º Diretor-SecretárioHamilton Cesar Junqueira Guimarães3º Diretor-SecretárioRoger Benac

DIRETORES-TESOUREIROSVice-Presidente-FinanceiroPaolo Orlando Piacesi2º Diretor-TesoureiroJoaquim Pereira dos Santos3º Diretor-TesoureiroCharles Dickens Azara Amaral

DIRETORES ADJUNTOS: Hélio Queiroz da SilvaDiocesmar Felipe de FariaFrancisco Valdenir Machado Elias

DIRETOR DE ÁREADE COMBUSTÍVEISJosé Carlos Ulhôa Fonseca

DIRETOR DA ÁREA DE HOTÉIS, BARES, RESTAURANTES E SIMILARES Jael Antônio da Silva

DIRETORES SUPLENTES: Alexandre Augusto BitencourtAna Alice de SouzaAntonio Carlos AguiarClarice Valente AragãoEdson de CastroElaine FurtadoErico Cagali Fernando BezerraFrancisco Messias VasconcelosFrancisco Sávio de OliveiraGeraldo Cesar de AraújoJó Rufino AlvesJose Fagundes MaiaJose Fernando Ferreira da SilvaLuiz Alberto Cruz de MoraesMilton Carlos da SilvaMiguel Soares NetoRoberto Gomide CastanheiraSérgio Lúcio Silva AndradeSulivan Pedro Covre

CONSELHO FISCAL:Titulares:Alexandre Machado Costa Benjamin Rodrigues dos SantosRaul Carlos da Cunha NetoSuplentes: Antônio Fernandes de Sousa FilhoMaria Auxiliadora Montandon de MacedoHenrique Pizzolante Cartaxo

DELEGADOS REPRESENTANTESJUNTO À CNC

Delegados Titulares1- Adelmir Araujo Santana2- Rogerio Torkaski

Delegados Suplentes:1 - Antônio José Matias de Sousa2 - Mitri Moufarrege

DIRETOR REGIONAL DO SESCJosé Roberto Sfair Macedo

DIRETOR REGIONAL DO SENACLuiz Otávio da Justa Neves

SUPERINTENDENTEDA FECOMÉRCIOJoão Vicente Feijão Neto

DIRETORA-EXECUTIVA DOINSTITUTO FECOMÉRCIOElizabet Garcia Campos

SINDICATOS FILIADOSSindicato do Comércio Atacadista de Álcool e Bebidas em Geral do DF (Scaab) • Sindicato das Empresas de Compra, Venda, Locação e Administração de Imóveis Residenciais e Comerciais do DF (Secovi) • Sindicato dos Salões de Barbeiros, Cabeleireiros, Profissionais Autônomos na Área de Beleza e Institutos de Beleza para Homens e Senhoras do DF (Sincaab) • Sindicato do Comércio Varejista de Produtos Farmacêuticos do DF (Sincofarma) • Sindicato das Auto e Moto Escolas e Centros de Formação de Condutores Classes “A”, “B” e “AB” do DF (Sindauto) • Sindicato das Empresas de Representações, dos Agentes Comerciais Distribuidores, Representantes e Agentes Comerciais Autônomos do DF (Sindercom) • Sindicato das Empresas de Serviços de Informática do DF (Sindesei) • Sindicato das Empresas de Promoção, Organização, Produção e Montagem de Feiras, Congressos e Eventos do DF (Sindeventos) • Sindicato das Empresas Videolocadoras do DF (Sindevídeo) • Sindicato do Comércio Atacadista do DF (Sindiatacadista) • Sindicato do Comércio Varejista de Automóveis e Acessórios do DF (Sindiauto) • Sindicato de Condomínios Residenciais e Comerciais do DF (Sindicondomínio) • Sindicato do Comércio Varejista dos Feirantes do DF (Sindifeira) • Sindicato do Comércio Varejista de Carnes Frescas, Gêneros Alimentícios, Frutas, Verduras, Flores e Plantas de Brasília (Sindigêneros) • Sindicato dos Laboratórios de Pesquisas e Análises Clínicas do DF (Sindilab) • Sindicato das Empresas Locadoras de Veículos Automotores do DF (Sindiloc) • Sindicato das Empresas de Loterias, Comissários e Consignatários e de Produtos Assemelhados do DF (Sindiloterias) • Sindicato do Comércio Varejista de Materiais de Construção do DF (Sindmac) • Sindicato do Comércio de Material Óptico e Fotográfico do DF (Sindióptica)• Sindicato do Comércio Varejista de Material de Escritório, Papelaria e Livraria do DF (Sindpel) • Sindicato dos Supermercados do DF (Sindsuper) • Sindicato do Comércio de Vendedores Ambulantes do DF (Sindvamb) • Sindicato do Comércio Varejista do DF (Sindivarejista) • Sindicato dos Fotógrafos e Cinegrafistas Profissionais Autônomos do DF (Sinfoc) • Sindicato das Empresas Locadoras de Veículos Automotores do DF (Sindloc) • Sindicato das Empresas de Sistemas Eletrônicos de Segurança do Distrito Federal (Siese)

SINDICATO ASSOCIADOSSindicato de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares de Brasília (Sindhobar) • Sindicato do Comércio Varejista de Combustíveis e de Lubrificantes do DF (Sindicombustíveis)

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6 Revista Fecomércio DF Revista Fecomércio DF 7

editorial

O ditado aponta que “o que os olhos não veem, o coração não sen-te”. Ao trazer o dito popular para o cenário econômico do comércio do DF, nos deparamos com um grande problema. O que a fiscali-zação não pune, a economia sente. A pirataria, os camelôs, o abuso que deteriora o comércio instituído estão a olhos vistos, crescendo na capital federal e nada tem sido fei-to a respeito.

Com uma fiscalização tímida e pontual, muito raramente os am-bulantes irregulares são contidos. Com efetivo pequeno dos órgãos fiscalizadores, em pouco tempo, as calçadas voltam a ser tomadas pela irregularidade. Aumentar a repressão e punir os envolvidos de maneira exemplar podem ser duas saídas. De acordo com uma delegada ouvida por nossa repor-tagem, o processo de eliminar de vez a pirataria é mais difícil quan-do ainda não existe uma pena fixa ou uma legislação específica para esse tipo de crime no Brasil.

O consumidor pode achar que está levando vantagem ao comprar um produto pirateado, mas se en-gana. O argumento de que o pro-duto pirata é mais barato cai por terra quando pensamos nos riscos que o comprador está assumindo ao consumir algo sem qualidade. É o barato que sai caro.

Sem regulamentação e teste de qualidade feito por órgãos respon-sáveis fica difícil saber os riscos que um calçado ou um brinquedo podem oferecer. Por isso, é preciso romper o elo que une essa cadeia de compra-venda. Se os ambulan-

tes ilegais vendem, é porque exis-tem compradores.

De janeiro a abril deste ano, a delegacia que combate os Crimes contra a Propriedade Imaterial no DF (DCPIM), da Polícia Civil, já apreendeu 90,8 mil DVDs; 35,6 mil peças de vestuário; 25,9 mil CDs; 24,6 mil programas e jogos. Tam-bém estão na lista produtos que podem afetar diretamente a saúde de crianças e adultos, como: brin-quedos (2,9 mil); bebidas (2,6 mil); medicamentos (2,5 mil); e cigarros (2,5 mil).

Apesar de parecer inofensivo para alguns, o comércio ilegal di-minui a arrecadação do Estado, corrói empregos e incentiva a prá-tica de outros crimes. A pirataria é uma concorrência predatória. O DF perde por ano com o contrabando de produtos falsificados cerca de R$ 700 milhões. Na sua quase totalidade, são vendidos produtos falsificados, produzidos em fábri-cas clandestinas ao redor do mun-do a partir do uso de mão de obra escrava. Não podemos fechar os olhos para isso.

Adelmir SantanaPresidente do Sistema

Fecomércio-DF: Fecomércio, Sesc, Senac

e Instituto Fecomércio

O que os olhosnão veem...

“Com uma

fiscalização

tímida e pontual,

muito raramente

os ambulantes

irregulares são

contidos”

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//Por Taís Rocha Fotos: Raphael Carmona

entrevista

Paulo Salles, secretário de Ciência, Tecnologia e Inovação do DF, tem

passagem pela Fundação de Apoio à Pesquisa (FAP-DF), Finatec, pelo Comitê de Bacia Hidrográfica do Rio Paranoá, mas foi no meio acadêmico que fez sua carreira mais duradoura. Lecionou por 42 anos, tem doutorado em ecologia pela Universidade de Edimburgo,

pós-doutorado na Universidade de Amsterdam e aposentou-se como

professor Associado da UnB. Nesta entrevista fala de que modo sua pasta pode impulsionar o desenvolvimento tecnológico no DF.

Estímulo à

tecnologia

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Revista Fecomércio DF 9

“Temos

condições de dar

à economia do

DF uma cara

mais moderna -

dotar os sistemas

econômicos

de comércio,

indústria,

agricultura,

serviços de modo

geral, de uma

base tecnológica”

O senhor tem um perfil bem acadêmico. Como é participar de um governo, como secretário?Digo que eu fui, sou e serei professor. Foi como eu comecei minha vida profissional. Aposentei-me depois de 42 anos de magistério. Sou um cientista, com pós-doutorado. Representei a UnB na gestão de recursos hídricos, como presidente das bacias hidrográficas dos rios Paranoá e Paranaíba. Outra passagem que tive na área de gestão foi na Fundação de Apoio à Pesquisa (FAP), como presidente. Fui ainda diretor da Finatec, da Universidade de Brasília (UnB). Com relação à minha participação política, tenho afinidade com o governador e tenho uma visão consolidada do que essa secretaria deve fazer. Farei o que o governador nos passou como missão, que a ciência e a tecnologia sejam transversais, com interface com todas as áreas do governo e que venham se tornar um dos pilares de uma nova economia, que mudará o perfil de Brasília. Temos uma condição ímpar no País, pois em uma população relativamente pequena, a base de pessoas com formação científico-tecnológica com doutorado, mestrado, pós-graduação é grande. Temos condições de dar à economia do DF uma cara mais moderna. Claro que isso não se faz em quatro anos, mas é importante que lancemos a base dessa nova economia - dotar os sistemas econômicos de comércio, indústria, agricultura, serviços de modo geral, de uma base tecnológica. Fazer com que eles fiquem mais fortes, possam ser beneficiados das inovações que aumentarão a competitividade, a eficiência.

Nesse cenário que o senhor está desenhando, existe no DF hoje um grande movimento de startups. Como o senhor vê isso?Vejo com bons olhos. Mas vamos olhar a base disso tudo. O que significa o nome da nossa

secretaria – ciência, tecnologia e inovação? Ciência é a produção de novos conhecimentos, com métodos, regras definidas, apoio de uma bibliografia acumulada ao longo dos séculos, uma comunidade científica que fiscaliza o que está sendo feito e novos conhecimentos sendo gerados. Às vezes esses novos conhecimentos não têm aplicação imediata, e não podemos cobrar do cientista a aplicação imediata desses conhecimentos, porque muitas vezes, essa aplicação só ocorre em anos. Alguns são aplicados naturalmente no cotidiano das pessoas. Quando você consegue realizar essa aplicação, esse conhecimento passa a ser do campo tecnológico. Tecnologia é a aplicação da ciência. No código de barras, em que números e funções matemáticas formam códigos - isso é do século 17. Por 300 anos elas ficaram guardadas. Até que em um ambiente em que a tecnologia já tinha produzido outras coisas, foi possível que esse conhecimento tivesse outras utilidades, como o leitor de código e o computador. A tecnologia é usada na aplicação da ciência resolvendo problemas. As empresas tinham um estoque e não conseguiam controlar entrada e saída dos produtos. O código de barras foi uma forma de automatizar estoques, compras, vendas, enfim. Foi um salto que a tecnologia proporcionou ao comércio, serviços, a partir de conhecimentos científicos. E continuamos a fazer novos usos do código de barras a cada dia. O QR code já é uma evolução do código de barras. Quem conseguiu colocá-lo na praça teve um grande ganho de produtividade.

São conhecimentos muito amplos, certo? Como resumir o papel da secretaria em poucas palavras?O papel da secretaria é ciência (lidamos com a geração de novos conhecimentos), tecnologia (lidamos com a aplicação de novos

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conhecimentos científicos para novos produtos e processos) e inovação (o estímulo para que essas tecnologias que já estão aí gerem novos produtos e processos que vão se tornar novos produtos para serem consumidos, que vão gerar novos produtos em escala industrial, que podem melhorar a vida das empresas e da população, que vão gerar mais empregos, impostos, enfim, mais riquezas). Nossa secretaria olha para tudo o que o governo está fazendo e pensa em ciência, o que está sendo feito em conhecimentos científicos que pode melhorar a mobilidade, saúde, educação. As startups já são, digamos, um requinte desse processo de inovação. Tenho uma boa ideia e quero criar uma empresa para pegar essa boa ideia e transformar em um produto ou um processo. Ou seja, é uma empresa nova. Falamos em empreendedorismo, novas empresas pequenas, feitas por jovens, que estão tendo ideias. Mas há outras áreas por meio das quais se faz inovação e as empresas empreendedoras não são chamadas de startups. A cadeira na qual sentamos certamente é produto de estudos que têm uma interface científica. Tem inovações na cadeira, nas roupas, na agricultura. É conhecimento científico que vai além das startups. Nosso trabalho é propiciar e disseminar novas tecnologias, criar meios para os setores produtivos adquirirem essas novidades, incorporarem à sua linha de produção, à cadeia produtiva, enquanto estamos incentivando jovens e empresas que se dedicam à inovação, incentivando universidades e institutos de pesquisas, para que continuem gerando conhecimento e ciência. Produzir conhecimento sem aplicação imediata não é um problema. Senão daqui a um tempo, onde estará o estoque de conhecimento? Nosso futuro está no conhecimento.

Como está o novo projeto do Parque Tecnológico? O que fazer para ele sair do papel de uma vez?O nosso parque nasceu com uma confusão conceitual. Na justificativa da legislação de criação há indústrias que irão construir mobiliário, relógio, instrumentos, enfim. Há muita gente que pensa que ele é um novo polo industrial de alta tecnologia. Não é um novo Pró-DF para empresas. Por definição, ele é um ambiente de inovação, com gente que faz inovação. Tem que ter ligação com as universidades, com a Embrapa, com os ministérios. Nosso primeiro investimento tem que ser em gente, daqui e de fora. Uma de nossas funções é oferecer bolsas para que possam trazer conhecimento novo, trocar experiências.

O que funciona dentro de um parque como esse?Temos usado o exemplo do parque tecnológico de São José dos Campos. Alguns anos atrás, foi criado o Centro Tecnológico da Aeronáutica (CTA). Depois o Instituto Tecnológico da Aeronáutica (ITA), que até hoje é uma referência em Engenharia. Mais adiante, esse ambiente criou uma empresa inovadora, a Embraer, que foi capaz de entrar em um ambiente competitivo e ter sucesso nele, porque inovou e investiu em tecnologia. Esse parque tecnológico tem uma âncora, que é a Embraer. O avião não é fabricado lá. O que tem lá? Salas com pessoas trabalhando, no máximo com laboratórios de testes, outras empresas, enfim. Nesse ambiente de inovação as pessoas estão resolvendo problemas, buscando soluções. Muitas vezes a empresa nem está lá, tem somente um escritório com pessoas que fazem negócios no parque, com outro escritório que está longe. Ericsson e Boeing, por exemplo, têm escritório lá. O prédio que fabrica está em outro

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10 Revista Fecomércio DF Revista Fecomércio DF 11

país, a parte de pesquisa em outro lugar, em uma universidade talvez. Isso tudo dá muita dinâmica para o parque, para a economia, para as indústrias. Queremos aqui um parque com essas características, com um ambiente de inovação e desenvolvimento tecnológico, apoiado por indústrias também. Será que existe espaço para novos polos de desenvolvimento tecnológico, para novos distritos industriais? Às vezes, esses distritos podem ficar no Entorno e desenvolver essa região. O parque tem um valor simbólico, um valor agregado muito maior. Não é um conjunto de prédios, mas um conjunto de pessoas pensando.

A Fundação de Apoio à Pesquisa terá neste ano uma verba de R$ 23 milhões. Como serão divididos os projetos, para que áreas, como será?A FAP segue o modelo da FAPESP, que é maior e principal, com orçamento para lá de R$ 5 bilhões. Investiram em ciência e desenvolvimento tecnológico, reforçaram a USP. Colocavam dinheiro pois sabiam que iam obter resultado. Tornou-se necessário um ator que fosse capaz de pegar o dinheiro, colocá-lo nas mãos de quem faz ciência, com seriedade, com foco e com resultados. O CNPQ é outro desses agentes de financiamento e atende o Brasil inteiro. Nosso trabalho é este, o de distribuir dinheiro para quem faz ciência e desenvolvimento tecnológico e inovação. De acordo com a Lei Orgânica do DF, a FAP tem direito a 0,8% da Receita Líquida do DF. Neste ano, já recebeu R$ 23 milhões, mas ainda virá muito mais por aí.

E como será a distribuição desse montante?O dinheiro é distribuído por editais públicos para quem tem competência para fazer o que se propõe. São instituições sérias que têm como fazer pesquisa científica, com estrutura montada.

Os projetos são recebidos e para cada edital é formado um corpo de especialistas com gabarito que irão julgar os projetos apresentados. Atualmente, esses R$ 23 milhões serão distribuídos em três editais. Um deles é de Participação em Eventos Científicos. Outra é a Realização de Eventos. O terceiro edital é o Universal: é preciso que o interessado apresente bons projetos em qualquer área que apoiaremos. Para essa modalidade, é preciso de vários comitês de avaliação. Esses projetos atenderão a diversas áreas. Nesse tipo de edital, eu não induzo a demanda. Na verdade, a comunidade acadêmica traz o que considera importante dentro do que estão fazendo.

Há editais para o comércio?Temos mais que esses R$ 23 milhões, pois há vários convênios com o CNPQ, por exemplo. Já começamos a preparar editais que serão lançados em breve, em parceria com o Sebrae, que tem ideia do que é crucial no empreendedorismo. Para isso, dispomos de outro instrumento que é o edital feito por demanda induzida. Existem problemas que precisamos resolver com o governo ou com o setor econômico. Esse edital pode convocar interessados em participar de pesquisas científicas ou de desenvolvimento tecnológico. Uma pesquisa sobre avaliação de programas de políticas públicas de comércio, de incentivo fiscal, de doação de lotes, avaliação do Pró-DF, por exemplo. Com o aparecimento dos interessados, realizamos o julgamento, da mesma forma como já expliquei. A partir daí, o governo coloca dinheiro em um produto que será benéfico para o que ele está fazendo, fortalecendo os vários setores da economia local. O comércio é um exemplo emblemático

“Queremos aqui um

parque tecnológico

com um ambiente

de inovação e

desenvolvimento

tecnológico,

apoiado por

indústrias também”

disso. Faremos editais voltados para a solução de problemas tecnológicos. Precisamos identificar os problemas relevantes que possuem um desdobramento, como controlar o estoque com eficiência, refrigeração, ventilação, embalagem, conservação, controle da distribuição, atendimento rápido, comunicação, softwares, problemas que levantamos. Outra maneira relevante do ponto de vista das empresas é uma linha de financiamentos de projetos da Finep, chamado TecInova, que é para apoio a micro e pequena empresa que tenham um problema tecnológico tratado por quem entende de tecnologia. O sujeito ou empresa terá apoio de uma universidade, de um institutode pesquisa.

Page 12: Estímulo à tecnologia

12 Revista Fecomércio DF Revista Fecomércio DF 13

mercado

//Por Luciana Corrêa Fotos: Raphael Carmona

Eles fazema diferença

Cinco profissionais do comércio que se destacam pela atenção e bom atendimento contam quais as dicas para conquistar os clientes

T er um profissional que faz um excelente trabalho é o sonho de todo empresário, no ramo do co-

mércio ou na prestação de um serviço. O reflexo é uma clientela cativa e satisfeita. Em Brasília, alguns desses profissionais, como garçons, vendedores, professores, entre outros, vêm se destacando. O que eles têm em comum: fazem seu trabalho com carinho, atenção e profissionalismo. Para a professora do curso de Recursos Humanos da Faculdade Senac, Aline Branquinho, normalmente quem se des-taca em uma área é um profissional apai-xonado pelo que faz. “É preciso identificar e reconhecer quando se tem um profis-sional diferente dos demais. Eles nem sempre precisam de valorização salarial. Basta se sentirem em um bom clima no ambiente de trabalho, se sentirem aco-lhidos, que terão um reflexo automático com o público. O investimento em uma pessoa que está mostrando resultado trará um ótimo retorno financeiro e de imagem para o empresário”, explicou.

Page 13: Estímulo à tecnologia

12 Revista Fecomércio DF Revista Fecomércio DF 13

SER EXEMPLOCícero já é bem conhecido na cidade. Garçom há 38 anos no res-

taurante Beirute, Cícero Rodrigues Santos, de 65 anos, fala de seu segredo para o sucesso: o sorriso. “O garçom precisa ter um sorriso que uma criança dá para um pai ou uma mãe: encantador. Com isso, ele conquista o cliente e então pode atendê-lo melhor”, conta. Com tantos anos de trabalho, o garçom fez diversas amizades e conquis-tou o respeito de muitos. Trabalhava no restaurante da Asa Sul e foi chamado para a unidade da Asa Norte para treinar os garçons. Ele conta que gosta de ensinar fazendo, e, em vez de aplicar um trei-namento, pegou sua bandeja e foi servir. “Comecei a servir, mostrei como se faz e eles aprendem me olhando. Eu gosto de ensinar dando o exemplo. Quando vejo algo errado, seja na montagem ou no jeito de servir, eu dou dicas, ajudo”, explicou. Na hora de falar de reclama-ções que já ouviu, Cícero se mostra experiente. “O garçom tem que saber que em uma mesa, sempre vai ter um cliente que não será agradado. Agradeça e saiba se desculpar com a pessoa, e garanta que de uma próxima vez poderá fazer melhor”, conclui.

Dicas do Cícero:- Primeiro tem que conquistar o cliente com boas maneiras.

- Ser muito atento não só aos clientes que atendeu, mas ter uma visão geral.

- Conviver bem com os colegas e ser parceiro.

- Ser sempre comunicativo.

TER CARISMAO cabeleireiro Ricardo Brito tem

32 anos e uma experiência com pú-blico infantil que já vem de mais de 15 anos. Já trabalhou como palha-ço, animador de eventos, decorador, modelo, mas seu destaque profis-sional surgiu depois que fez o curso de Cabeleireiro do Senac. “Quando

comecei, fazia cortes para adultos, mas sempre conquistava as crian-ças que iam lá. Meu chefe me indi-cou para um salão infantil e já estou no ramo há 10 anos”, conta. Hoje, Ricardo trabalha no Little Star, na 407 Sul. Para ele, o diferencial está em conquistar e fazer o seu traba-lho sem estressar a criança. “É um cliente delicado e difícil de lidar”, explica. O carisma e a segurança no atendimento são pontos que o pro-fissional diz fazer parte do dia-a-dia. “A criança é muito sensitiva. É pre-ciso ser divertido, atencioso, mas a paciência é um dos principais pon-tos que precisamos ter, além da agi-lidade. Os pequenos têm um limite de tempo e os barulhos da tesoura e máquina de cabelo incomodam”, destaca. Para lidar com reclama-ções, ele conta que é preciso saber ouvir, analisar bem tudo que vai fa-zer e pensar antes de falar. “Tudo se resolve com conversa. E é preciso buscar a maturidade, mas ela só vem com o tempo”, conclui.

Dicas do Ricardo:- O profissional tem que saber

tudo sobre o ambiente em que

trabalha, não só o seu trabalho.

- Não trazer seus problemas

pessoais para o local de trabalho.

- Ter diálogo entre os

profissionais e os proprietários

também faz diferença.

Page 14: Estímulo à tecnologia

14 Revista Fecomércio DF Revista Fecomércio DF 15

mercado

TER AMORLeilah Gondim tem 41 anos e é professora de na-

tação e psicomotricidade de bebês e crianças a partir das seis semanas de vida. Seu encantamento pelo pú-blico com que trabalha surgiu quando estava no ensino médio e sua irmã e uma sobrinha nasceram na mesma época. “Eu ajudei a cuidar das duas. Decidi então que iria fazer Educação Física, para trabalhar com crianças e bebês”. A profissional destaca que em primeiro lugar é preciso amar, gostar do público escolhido. Enten-der a necessidade de cada criança naquele momento, colocar-se no lugar dela e da família. “É preciso criar uma relação emocional e afetiva. O resultado vindo dessa relação é o diferencial”, explica. A professora se mostra orgulhosa de seu trabalho e diz que cada dia de aula é como se fosse o primeiro dia de trabalho. “É excelente ver no dia a dia o crescimento, o desenvolvi-mento das crianças. Leilah destaca que reclamações são sempre bem-vindas, que tira delas a motivação para ser cada vez melhor. “Tanto as críticas quanto as sugestões vêm por ter alguma falha a ser sanada. De-vemos saber lidar com cada uma delas”, conclui.

Dicas da Leilah

- Ter sinceridade, clareza, estar à

disposição para ouvir e falar.

- É preciso escolher a área pela qual

mais tem paixão.

- Estudar sempre, não achar que

sabe tudo pela experiência que tem.

- A vida ensina coisas novas

todos os dias.

Page 15: Estímulo à tecnologia

14 Revista Fecomércio DF Revista Fecomércio DF 15

SER DEDICADOPara Laurindo Feitosa de Alencar, de 42 anos, ser vendedor

não é uma profissão difícil. É preciso gostar, mas para se destacar tem que ter o dom. “Eu faço aquilo com que eu me identifico. Ao longo do tempo que venho trabalhando no comércio, há 20 anos, percebo que há muita gente que não tem muita afinidade. Eu faço com prazer”, conta. Quem passa pela Drogaria Rosário, no Con-junto Nacional, se depara com vendedor animado e sempre bem disposto. Ricardo diz que o segredo do atendimento em qualquer ramo é ter cordialidade e gentileza. “Eu estou sempre preparado para qualquer pergunta do cliente, consigo orientar melhor as-sim. Em qualquer profissão tem que estar antenado e, quando se gosta do que faz, tudo fica mais fácil”, explica. Quanto a reclama-ções, Laurindo já aprendeu a lidar. “Procuro sempre meu melhor, procuro me policiar, ver onde estou falhando e tento consertar o quanto antes”, conclui.

Dicas do Laurindo:- Ter rapidez e saber orientar.

- Ser verdadeiro e humilde.

- Procurar dar o melhor de si.

- Ter coleguismo e colaborar.

SER EDUCADACom o sonho de trabalhar na capital, Luzia

Ribeiro Bezerra, de 35 anos, veio de Tocantins e começou há sete anos como atendente de lanchonete. Há cinco anos, está no restauran-te Koni Store, no Guará II, e com pouco tempo, se destaca por sua forma de atender. “Procu-ro me colocar no lugar do cliente. Quem paga meu salário é o cliente, então tem que tratar bem para ter retorno certo”, conta. Para a primeira abordagem às pessoas, Luzia desta-ca que a base é a educação. “É o principal de tudo. Sou muito comunicativa e para mim tem que ter dom. Se não tiver, não adianta”, expli-ca. Além de servir, a funcionária é também supervisora de atendimento do restaurante e está sempre em busca de uma equipe entro-sada. “Tudo depende do carinho. Não adianta você escolher uma profissão e não ter dedica-ção naquilo que está fazendo. É preciso gostar e ter dedicação ao cliente”. Luzia conta que, quando surgem reclamações, procura pedir desculpas, ser educada e acalmar o cliente da melhor forma possível. “Fico muito chateada quando acontece algum desgaste. Com o tem-po que possuo aqui, já conheço a maioria das pessoas, algumas me chamam e falam da for-ma que foram atendidos. Chamo o funcionário e tento ajudar, ensinar”, diz.

Dicas da Luzia:- Ter carinho e amor pelo que faz.

- Se dedicar. Não adianta colocar uniforme e não se entregar.

- Nunca faça nada com dúvida. A melhor opção é sempre perguntar.

Page 16: Estímulo à tecnologia

16 Revista Fecomércio DF Revista Fecomércio DF 17

gastronomix

Rodrigo CaetanoJornalistae blogueiro

http://bloggastronomix.blogspot.com

[email protected]

www.facebook.com/sitegastronomix

Ernesto abrepadariaartesanalHistoriadora, empresária, barista... e agora, padeira. Juliana Pedro, dona do Ernesto Café, começou a fazer pães em casa, de brincadeira, para “competir” com o marido – um cozinheiro de mão cheia. ”Queria impressioná-lo de alguma forma”, diz Juliana. O que era hobby virou negócio depois de mais de dois anos de qualificação e investimento. Nesse período, ela fez cursos em São Paulo com Rogério Shimura, uma das maiores autoridades de panificação do País, proprietário de uma escola na capital paulista e autor de livros sobre o assunto, e fez estágio na Miolo Padaria Orgânica, próxima à Serra da Cantareira (SP).

Voltou com a ideia de fabricar pães para o Ernesto Café – que já tem produção de bolos e doces e torra grande parte de seus grãos

servidos nos mais variados tipos de café. Para a empreitada, contratou dois padeiros com bom currículo, comprou máquinas, investiu na qualidade da matéria-prima (farinha bagatelle) e teve consultoria do especialista Jacques Paulin, da France Panificação. Algumas noites de sono investidas, Juliana anuncia seu cardápio.

A banquinha de pães fica nos fundos do Ernesto Café. Além dos produtos da panificação, o café também está

vendendo cervejas artesanais, doce de leite, goiabada cascão. Entraram sanduíches, omeletes, tapiocas, tortas e quiches, sucos e opções de café da manhã como o Combinado (cesta de pães da casa, manteiga, geleia, mexido de ovos, fatia de bacon, salada de fruta com granola caseira, iogurte, suco de laranja), por R$ 30.

Ernesto Café

115 Sul, bloco C, Loja 14

(61) 3345-4182

Daniel Bitar

Pílulas gastronômicas

A marca Wine, especializada em venda e distribuição de vinhos selecionados pelo Brasil, lança nova aposta. É a Wbeer.com, focada nos amantes das cervejas especiais. São mais de 300 rótulos diferentes. “Os rótulos, das mais diferentes origens, estarão disponíveis para qualquer

consumidor que as aprecie e que contará sempre com uma equipe de profissionais para auxiliar nas escolhas, harmonizações e quaisquer dúvidas”, afirma Rogerio Salume, CEO da Wine.com.br e da WBeer.com.br.Acesse e confira: www.wbeer.com

Wbeer

Page 17: Estímulo à tecnologia

16 Revista Fecomércio DF Revista Fecomércio DF 17

Rogério Gomes

Mixed Grill (Bife de chorizo, baby pork, frango caipira da fazenda Rubaiyat, linguiça de lombo, costela suína e legumes na grelha), com arroz ou farofa - R$ 190

Paella Valenciana (camarão, lula, frango e lombo suíno) - R$ 210

Bacalhau ao forno com cebolas, brócolis, batata, tomate-cereja confitado e azeitonas, servido com arroz com passas - R$ 190

Pratosde famíliaO Rubaiyat Brasília lança criações em seu menu para servir famílias ou grupos de três a quatro pessoas. A criação dos pratos foi do espanhol Carlos Valentí, chef executivo do Grupo Rubaiyat, radicado em Madri, na Espanha.

Carne da Fazenda Rubaiyat lentamente guisada com vinho do porto, macia e suculenta com polenta cremosa ou arroz branco - R$ 160

Festival de Sobremesas (doces sortidos e frutas) - R$ 35

Baby Beef Rubaiyat - Brasília

SCES – Setor de Clubes

Esportivos Sul, Trecho 1, lote 1 A

(61) 3443-5000

Viagens gastronômicas Tiradentes

Virada’s do LargoComida mineira de raiz com todo o sabor a que você tem direito. A chef-proprietária Beth Brandão tem um dos restaurantes mais tradicionais e premiados de Tiradentes. Sua comida tem propriedade. O virado da cozinheira e o tutu com lombo e costelinha estão entre os preferidos. Beth tem muito orgulho de sua horta, onde colhe os ingredientes.

Rua do Moinho 11 (32) 3355-1111

viradasdolargo.com.br

Estalagem do SaborNa chegada à cidade, você já encontra as boas-vindas: o restaurante Estalagem do Sabor. O chef Vicente Teixeira trabalha com produtos regionais e gosta de dar nomes divertidos aos pratos como o Mané sem Jaleco (mexido de arroz, feijão, ovo, couve, banana e lombo de porco).

Rua Ministro Gabriel Passos, 280 (32) 3355-1144

uma culinária criativa autoral e cria pratos como filé suíno, molho de cachaça, farofinha de milho, alho assado, ora-pro-nobis e ovos de codorna tostados.

Rua Santíssima Trindade, 81

(32) 3355-1391 angatutiradentes.com

AngatuA cidade também vive de modernidades sem perder o pé nas origens. A proposta desse restaurante - que significa “bem-estar, felicidade e alma boa”, em Tupi Guarani, é valorizar os ingredientes brasileiros. Com a cozinha exposta para a rua e para o salão, o chef Rodolfo Mayer desenvolve

Page 18: Estímulo à tecnologia

18 Revista Fecomércio DF

artigo economia

Raul VellosoDoutor em Economia pela

Universidade de Yale (EE.UU). Atualmente é consultor econômico em Brasília

O Brasil vive uma complicada situação em sua economia, ao se deparar, na passagem do primeiro para o segundo mandato do atual governo, com uma nova crise fis-cal de grandes proporções. Não há mais a auditoria do FMI, mas existe o risco de o País perder a classifi-cação de “grau de investimento”, ou de “bom pagador”, nas agências de risco internacionais mais conhe-cidas. Isso provocaria uma fuga de capitais do País em larga escala, e um desarranjo da economia bra-sileira mais intenso ainda do que está ocorrendo no momento atual, a exemplo de crises já ocorridas e cuja repetição esperávamos não mais presenciar. Por isso, é fun-damental ter o diagnóstico correto dos fatores que levaram à crise e das soluções cabíveis.

O fato é que, em face da queda da taxa de investimento nos últimos anos, o Brasil se vê hoje diante da queda do potencial de crescimento de sua economia, e, portanto, da redução de sua capacidade de ge-rar impostos. Com gastos públicos muito rígidos, e diante de um pro-grama de desonerações expressi-vas de tributos, a tendência à queda da taxa de crescimento da arre-cadação tem levado à diminuição progressiva dos resultados fiscais primários e à subida tanto da dívi-da bruta como, mais recentemente, da própria dívida pública líquida de ativos financeiros. Foi esse desem-penho desfavorável da economia brasileira que motivou avaliações pessimistas tanto interna como ex-ternamente.

A tarefa à frente das autorida-des econômicas se mostra muito árdua, pois, mesmo tendo o gover-no decidido apoiar a implementa-ção de um importante programa de ajuste fiscal, e mesmo sendo possível demonstrar que, sob cer-tas condições, o programa é factível no seu primeiro ano de execução, a alta rigidez do gasto impede que se faça um ajuste efetivo, duradouro e expressivo das despesas públicas.

Isso mostra que a solução que acalmará os ânimos dos investido-res em títulos públicos brasileiros só tenderá a se materializar, se for possível promover uma expressiva recuperação dos investimentos pri-vados e, portanto, da taxa de cres-cimento do PIB potencial e, na se- quência, da arrecadação de im-postos, em tempo hábil para con-trabalançar o desrepresamento de gastos que tenderá a ocorrer em seguida aos momentos iniciais críticos do período de ajuste. Isso conduz à necessidade de uma mu-dança de atitude do governo, que deveria tomar todas as providên-cias capazes de estimular o cres-cimento do investimento privado, especialmente em infraestrutura, em que a prioridade é mais do que óbvia.

“Foi esse

desempenho

desfavorável

da economia

brasileira

que motivou

avaliações

pessimistas tanto

interna como

externamente”

Cri

stia

no C

osta

Retomada do crescimentoe ajuste fiscal

Page 19: Estímulo à tecnologia

Com o cenário econômico dando sinais inequívocos de continuidade de inflação e instabilidade cambial os indica-dores principais medidos pelo sindicato da habitação e apresentados no mês de abril são negativos. Cabe salientar a queda nos índices imobiliários de locação e de comerciali-zação. Índices que apresentaram resistência ao longo de vários meses sofreram com o desgaste da economia.

Outro viés que deve ser contemplado é a limitação de crédi-to oferecido pelas instituições públicas. Um sinal preocu-pante em relação ao movimento do PIB do Distrito Federal.

Avalie com mais detalhes os resultados de todos os índices que afetam o setor imobiliário no boletim disponível em nosso site

VEJA O BOLETIM COMPLETO NO SITE:www.secovidf.com.br

BOLETIM DA CONJUNTURA IMOBILIÁRIA

A economia não sofreu alterações significativas desde o último mês. Os indicadores de forma geral refletem o alto impacto inflacionário do início do ano, em referência aos preços administrados.

A região de Águas Claras apresenta a melhor relação de rentabilidade em salas comerciais, comparado com as demais regiões.

Veja mais no Boletim Completo em nosso site.

O Índice imobiliário SECOVI DF reflete o comportamento geral dos preços de aluguel e de venda dos imóveis ofertados no DF.Demonstra as tendências do mercado imobi-liário auxiliando nas tomadas de decisão.

S Í N T E S EAbril

0,90%

0,00%

Março

IGP - M IGP - DI IPC IPCA INCC

ÍNDICE DE PREÇOS

Abril

0,98%

1,17%

1,21%

0,92%

0,70%

1,10%

1,32%

0,71%

0,62%

0,46%

Variação Mensal

Águas Claras

Sala comercialÍNDICE DE RENTABILIDADE IMOBILIÁRIA

Brasília

Setor de indústrias

Taguatinga

0,60%

0,46%

0,45%

0,44%

Comercial

110,000

116,000

ÍNDICE IMOBILIÁRIO SECOVI - DFLocação

110,320

113,409

122,000

127,000

124,000

ÍNDICE IMOBILIÁRIO SECOVI - DFComercialização

Leve sua imobiliária para o SECOVI-DF: 3321 4444

126,387

SINDICATO DA HABITAÇÃO

abril14 mai14 jul14 set14 nov14 jan14 mar15 abril15 abril14 mai14 jul14 set14 nov14 jan14 mar15 abril15

124,370

Page 20: Estímulo à tecnologia

20 Revista Fecomércio DF

Com certeza você já ouviu fa-lar que toda crise representa uma oportunidade. Mas não é simples enxergar as oportunidades quando o improviso e a emoção interferem em nossas decisões de investimen-to, que deveriam ser tomadas com base em análises e informações devidamente checadas e fundamen-tadas, para não cairmos na situação descrita por Kant: “quem não sabe o que procura, não percebe o que encontra”. O uso de uma boa estra-tégia (como conjunto de operações intelectuais e físicas requeridas para que se conceba, prepare e conduza uma atividade com objetivo bem determinado) além de propiciar o aproveitamento das oportunidades é uma vigorosa ferramenta para ven-cer a crise e auxiliar no estabeleci-mento das prioridades presentes no binômio urgência e importância.

Devemos considerar que não nascemos com ideias e concei-tos prontos e toda ideia ou teoria pode ser desafiada. Mas, no que diz respeito ao superávit doméstico, existem apenas duas maneiras de aumentá-lo: ganhar mais e gastar menos. Mas, na hora de pensar em poupar ou investir, muitas vezes nos cercamos de objetivos vagos, como: “ter uma aposentadoria tranquila” e desconhecemos o valor do esforço financeiro para alcançar tal objetivo. Por esse motivo, vale expor as três

artigo doses econômicas

Parceria:

Rap

hael

Car

mon

a

fases que são necessárias para a elaboração de uma estratégia capaz de eliminar a subjetividade e estabe-lecer objetivos concretos, a saber: a) cenário (levantamento de situações capazes de antecipar os riscos); b) estratégia (caminho a ser seguido); e c) implementação (consistência, acompanhamento e controle).

Esses conceitos são relativamen-te simples, mas a fase de implemen-tação é a que apresenta maior grau de dificuldade. Não raro o investidor descuida-se de compreender a natu-reza e as características básicas dos investimentos. A disciplina e a paciên-cia são atributos fundamentais para atingir o sucesso no mercado finan-ceiro. É importante evitar modismos e não mudar de estratégia a cada instante. O investidor deve assumir consigo mesmo o firme compromisso de buscar conhecimento para pensar por si mesmo. A precisão na alocação de ativos em uma carteira de inves-timento é, também, fator importante e não permite improvisos, que inva-riavelmente são punidos com perdas que atingem parcela significativa do capital investido. Portanto, não é ra-zoável depender exclusivamente da intuição ou da sorte na elaboração de uma estratégia de alocação de ativos. Nesse sentido ecoa no mercado a emblemática frase de Max Gunther, autor do livro Axiomas de Zurique: “se astrologia funcionasse, todos os as-trólogos seriam ricos”.

Um investidor para elaborar sua estratégia precisa desenvolver uma boa visão de longo prazo, pois a pro-

babilidade é inerente ao ato de inves-tir que envolve, ainda, outros fatores, como: liquidez, rentabilidade, hori-zonte de investimento e diversificação. Todos eles servem para diluir risco e maximizar ganhos. Lembre-se de que maior o risco maior o retorno, e o ob-jetivo de retorno tem de ser maior ou pelo menos igual à possível perda. Sa-bemos que a psicologia do mercado também desempenha um importante papel na criação de momentos eco-nômicos positivos e negativos e que a “crise”, longe de ser um flagelo noci-vo, é uma oportunidade de colocar em prática uma estratégia que deve ser rigorosamente observada nos bons e maus momentos do mercado. Caso os pontos aqui mencionados sejam observados com afinco, tenho a cer-teza de que esta atitude fará o merca-do financeiro ter mais um investidor bem-sucedido: VOCÊ.

César Augusto Moreira Bergo,economista

Estratégia comoferramenta de investimento

Page 21: Estímulo à tecnologia

A Família Sesc

já está pronta para receber a sua.

Dona Alice cozinhou o milho e o trem tá bonito.

para receber a sua.para receber a sua.

Datas e unidades:Taguatinga Sul - 30 de maio913 Sul - 12 de junhoGama - 12 e 13 de junhoTaguatinga Norte - 3 e 4 de julhoGuará - 11 de julhoSamambaia - 11 de julhoCeilândia - 7 e 8 de agosto

Entrada:R$ 5,00 Comerciário / Dependente / Convênio / GerontologiaR$ 7,00 Usuário (Exceto Sesc Ler Samambaia: Entrada Franca)

Programação:Comidas típicas; Apresentação de quadrilhas;Brinquedos infláveis;Jogos típicos; Música ao vivo e Djs.Horário: 18h

[email protected] / sescdistritofederalwww.sescdf.com.br 0800 617 617PARA MAIS INFORMAÇÕES, ACESSE NOSSO SITE, REDES SOCIAIS OU LIGUE PARA NOSSA CENTRAL:

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22 Revista Fecomércio DF Revista Fecomércio DF 23

gente

Força de vontade para superar as dificuldades, dedicação e incentivo foram fatores decisivos que levaram Noilde Maria de Jesus, de 45 anos, a ganhar o Troféu Ouro, na categoria Produtora Rural, do Prê-mio Sebrae Mulher de Negócios. Única do DF a ser premiada, a mineira de Montalvânia veio para Brasília quando tinha 18 anos para acompanhar os pais, agri-cultores que conseguiram trabalho em uma chácara em Brazlândia. Há 16 anos, adquiriu uma propriedade no assentamento Betinho, onde passou a morar com a família. Separada e mãe de nove filhos, com idades que variam entre cinco e 25 anos, ela passou a sus-tentar a família trabalhando em chácaras e recebendo por diárias em lavouras. “Recebia pouco e percebi que tinha que mudar. Saía de casa às 6h e voltava às 18h. Passava muito tempo longe dos meus filhos”. Há seis anos, ela conseguiu um empréstimo pelo Pronaf e co-meçou a plantar morango na própria chácara. “Passei a vender o que produzia, mas sentia que podia fazer mais”. Com apoio da Emater e consultoria do Sebrae, Noilde passou dos 5 mil pés de morangos para 40 mil. Planta também vagem, beterraba e abóbora. Toda a produção é vendida na Ceasa e para o governo. Além disso, comercializa na Festa do Morango. “Meu sonho agora é ter uma agroindústria para produzir polpa da fruta e vender”, destaca.

Nascido em Brasília, Ricardo Pipo, 42 anos, é ator, humorista e um dos integrantes da Compa-nhia Os Melhores do Mundo, que segue há 20 anos arrancando risadas da plateia no Brasil e exterior. Pipo se destacou no cenário cultural da cidade como apresentador do Jogo de Cena, ao lado de Welder Ro-drigues durante 14 anos. Casado e pai de três filhos, revela que o sucesso da companhia se deve à perse-verança e autenticidade dos integrantes. “Não existia uma cena antes em Brasília. O que ficamos felizes é de criar esse momento e depois aparecerem diversos grupos com o nosso estilo, como é o caso da compa-nhia teatral Setebelos. A persistência e a dedicação é o que nos faz continuar”, destaca. Pipo interpreta “Hermanoteu” no teatro e também é o narrador da saga do imbatível Joseph Climber. Para comemorar os 20 anos de carreira, a Cia de Comédia Os Melhores do Mundo cumpre o ano de 2015 apresentando seu repertório por todo o Brasil. Entre as comemorações, 20 artistas gráficos de Brasília estão transformando a saga de Hermanoteu na Terra de Godah em histórias em quadrinhos. O humorista explica que a companhia também planeja gravar um DVD em julho deste ano sobre Misticismo, um dos espetáculos de grande su-cesso apresentados em Brasília. “Vamos reproduzir um pouco de cada religião”, conta.

//Por Sílvia Melo Foto: Daniella Bizerra

//Por José do Egito Foto: Divulgação

Luta diária naagricultura

Duas décadasde sucesso

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22 Revista Fecomércio DF Revista Fecomércio DF 23

Arte inspiradaem Brasília

Nascida e criada em Brasília, Ana Siqueira, de 28 anos, se formou em Psicologia pela Universidade de Brasília (UnB), mas ao atuar na profissão per-cebeu que faltava algo que a impulsionasse. Nesse mesmo período, entrou em contato com o mundo da maquiagem e desde então se viu apaixonada pelo trabalho de maquiadores como Alex Box, Kabuki, Topolino e o brasileiro Daniel Hernandez. Aos 24 anos, mudou-se para Nova Iorque com o objetivo de explorar seu lado artístico de forma profissional. “Achei que o trabalho de maquiadora equilibrava bem o escape criativo e potencial de ganho finan-ceiro. Fiz cursos e me joguei na indústria da moda e publicidade. Comecei autodidata e depois cursei a Escola Make-up Designory”, conta. Com a ideia de incorporar o corpo e a maquiagem em suas cria-ções, a Body Paiting, arte que consiste na pintura corporal, chamou atenção de Ana. Em uma de suas vindas a Brasília, seu fotógrafo lhe apresentou a “Living Art”, arte que esconde o corpo ao fundo por meio da pintura. Dessa iniciativa nasceu o projeto Habitathos, inspirado no trabalho de Athos Bulcão. “O trabalho dele é perfeito para o projeto por ser ge-ométrico, colorido e por refletir um dos pilares que sustentam minha identidade artística: a influência da experiência urbana chamada Brasília”, explica.

//Por Gabriela Vieira Foto: Celso Júnior

Cincoperguntaspara Jurema Sousa

//Por Silvia Melo

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Car

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a

Sócia-proprietária do Martinica Café (303 Norte), que em 2015 comemora 25 anos, a jornalista Jurema Sousa foi a idealizadora do empreendimento considerado o primeiro café noturno da cidade.

Como surgiu a ideia de abrir o Martinica?Eu exercia a profissão de jornalista há dez anos, mas sonhava em ter o próprio negócio. Começou bem familiar. Hoje somos quatro sócios.

Por que decidiu por uma cafeteria?Em Paris vi muitos cafés charmosos, com cadeiras nas ruas e percebi que em Brasília, naquela época, não tinha nada parecido.

Qual o diferencial do Martinica?O bom atendimento. Conhecemos o cliente pelo nome, conversamos, temos uma relação amistosa. É importante fazer ele se sentir em casa.

O que diria para quem está começando o próprio negócio?Ter persistência e organização. Não dar um passo maior que as pernas.

O que uma em-presa precisa ter para ser bem-sucedida hoje em dia?Uma das coisas principais é a honestidade com o cliente, ou seja, ter um produto em que ele pode confiar.

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24 Revista Fecomércio DF Revista Fecomércio DF 25

setor imobiliário

//Por Andrea Ventura Fotos: Raphael Carmona

Mudanças nas regras de financiamento de imóveis freou o mercado. Categoria pretende pressionar governo para rever medida

Sonho adiado

O sonho de comprar a casa própria está agora mais distante. A Caixa, principal financiador bancário, alterou as regras para quem quer comprar imóveis novos, com alteração de cotas de financiamento e

de juros. O motivo, segundo a Caixa, é que o banco sofreu impacto da redução da captação da poupança e da elevação da taxa Selic. Para imóveis novos, nas operações do chamado Sistema Financeiro de Habitação (SFH), a cota de financiamento foi reduzida de 90% para 80%, e nas operações do Sistema Financeiro Imobiliário (SFI), a cota foi reduzida de 80% para 70%, pelo Sistema de Amortização Constante (SAC).

Para os imóveis usados, a cota de financiamento passou, desde o dia 4 de maio, de 80% para 50%, nas operações do Sistema Financeiro de Habitação (SFH) e de 70% para 40% para imóveis no Sistema Financeiro Imobiliário (SFI), pelo Sistema de Amortização Constante (SAC). Já em relação aos juros, a Cai-xa fez um ajuste de 0,3% nas taxas de juros das operações para financiamento de imóveis residenciais, novos ou usados, contratados com recursos da pou-pança, com operação dentro do Sistema Financeiro de Habitação.

Em 2014, a Caixa liberou R$ 128,8 bilhões em empréstimos para a casa

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24 Revista Fecomércio DF Revista Fecomércio DF 25

própria. Para este ano a principal fonte de recurso para crédito imobi-liário será o FGTS e as operações do Programa Minha Casa Minha Vida, que não tiveram alterações nas con-dições de financiamento.

“Hoje há uma visão global de que o crédito está mais caro. Aliado a isso há a expectativa da alta de ju-ros e a captação de crédito no mun-do está mais cara. A tendência é ter mais restrição a crédito. E o crédito ficar mais caro”, explica o professor do Departamento de Economia da Universidade de Brasília (UnB), Vic-tor Gomes. Para o professor é preci-so cautela na hora de contrair novos empréstimos. “Tem que ter cuidado com as condições antes de contrair um empréstimo – a nossa perspec-tiva é pior do que em outros países. Restringir para imóveis é o começo de um quadro mais negativo. Mas depende também do mercado inter-

não conseguem vender. O presidente do Sindicato das

Empresas de Compra, Venda, Loca-ção e Administração de Imóveis Re-sidenciais e Comerciais do Distrito Federal (Secovi/DF), Carlos Hiram Bentes David, afirma que recebeu negativamente a notícia. “A Caixa corresponde a 70% dos financia-mentos bancários no Brasil. É um desestímulo a novos investimentos”, aponta. Hiram acredita que Brasília tem diferenças em relação a outras cidades, já que possui renda maior e cresce pelo menos o dobro em rela-ção a outras regiões. “Brasília sente menos, porque a maioria dos traba-lhadores é formada por funcionários públicos. Mesmo assim, o mercado vai sentir. E repudiamos essa ati-tude, pois acredito que a equipe econômica deveria, antes de tomar essa atitude, fomentar a poupança, diminuir o compulsório dos bancos,

Assim ficou o Sistema Financeiro de Habitação (SFH)

Assim ficou o Sistema Financeiro de Habitação (SFH)

IMÓVEIS NOVOS IMÓVEIS USADOS

90%

80%

80%

50%

nacional - o Brasil é um País em que falta crédito – não temos um meca-nismo forte, a poupança interna é fraca. Hoje estamos em uma situa-ção de incerteza da política econô-mica”, avalia.

E quem já sente com as medi-das é o consumidor que pretende comprar ou vender um imóvel. A turismóloga Débora Paes colocou sua casa à venda há cerca de cinco meses. Localizado no Guará, Dé-bora conta que o imóvel teve muita procura, mas com a mudança do financiamento da Caixa, os interes-sados sumiram. “Tinha uma pessoa interessada, que eu já estava prati-camente com a venda fechada. Mas com a mudança, o valor do sinal fi-cou muito maior e a pessoa acabou desistindo”, conta. Para Débora, a alteração da Caixa deve beneficiar as construtoras já que estão com muitos imóveis novos prontos que

COTA DE FINANCIAMENTO

Page 26: Estímulo à tecnologia

26 Revista Fecomércio DF

entre outras medidas”, explica. Para ele, a cidade tem ainda ou-

tra peculiaridade. “Em 2012, chega-mos com 17 mil imóveis novos. Os anos de 2013 e 2014 foram ruins para lançamentos, já que o Governo do Distrito Federal à época conce-deu poucos alvarás, o que acabou equilibrando o estoque, e em 2015 estamos com oferta de 10 mil imó-veis”, explicou. Mas a categoria não vai ficar de braços cruzados. “Esta-mos nos mobilizando com outros segmentos para que seja produzido um manifesto buscando sensibilizar a equipe econômica para que a me-dida seja reconsiderada”, adianta.

Já para o empresário Arcênio Santos o mercado imobiliário está com muita oferta, com muitos imó-veis à venda. “O mercado estava bom e crescendo. Subindo o valor dessa entrada, quem está comprando não tem esse valor, atinge também para

construtoras e o mercado começa a parar. É uma reação em cadeia e o dinheiro para de circular”, conta Arcênio, que é proprietário da ACT empreendimentos imobiliários.

Para ele, as pessoas recuam na compra e reaplicam o dinheiro em outras coisas, como a quitação de dívidas. “Mas o mercado deve vol-tar atrás. O problema é que estava tendo muito financiamento e muita inadimplência. Aí os bancos têm que segurar novos financiamentos, bar-rar a compra”, acredita. Ele conta que os últimos três meses o merca-do já estava em queda. “A compra de imóveis caiu 80%. As construtoras podem falir também. Mas acredito que daqui a dois meses a Caixa deve mudar as regras. O mercado toma medidas para frear a compra. A ina-dimplência está muito alta, é geral. Já o preço dos imóveis deve cair de 15% a 20%”, afirma o empresário.

“A Caixa corresponde a 70% dos financiamentos

bancários no Brasil. É um

desestímulo a novos investimentos”

Carlos Hiram Bentes David, presidente do Sindicato das

Empresas de Compra, Venda, Locação e Administração de Imóveis Residenciais e

Comerciais do Distrito Federal (Secovi/DF)

Cri

stia

no C

osta

Page 27: Estímulo à tecnologia

Um produto da Brasilveículos Cia. de Seguros CNPJ: 01.356.570/0001-81 Comercializado pela BB Corretora de Seguros e Administradora de Bens S.A. CNPJ: 27.833.136/0001-39. Processo SUSEP nº 15414.901053/2013-88. O registro deste plano na SUSEP não implica, por parte da Autarquia, incentivo ou recomendação à sua comercialização. SAC – Serviço de Atendimento ao Consumidor: 0800 570 7042 - Deficiente Auditivo ou de Fala: 0800 775 5045 24 horas, sete dias da semana. Ouvidoria: 0800 775 1079 - Deficiente Auditivo ou de Fala: 0800 962 7373 Das 8h às 18h, de 2º a 6º feira, exceto feriado ou pelo site www.bbseguros.com.br. A Ouvidoria tem como objetivo atuar na defesa dos direitos dos consumidores, esclarecendo, prevenindo e solucionando conflitos. Deverá solucionar, de forma ágil e imparcial, as insatisfações que, por algum motivo não foram esclarecidas pelos canais de atendimento habituais, como, por exemplo, o SAC.

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Page 28: Estímulo à tecnologia

28 Revista Fecomércio DF Revista Fecomércio DF 29

//Por Fabíola Souza Fotos: Raphael Carmona

tendência

Ginásticaé coisa séria

Funcionários do Hospital Santa Luzia

se exercitam no horário de

trabalho

Além de diminuir o número de funcionários afastados, a laboral promove socialização e entrosamento da equipe

No mundo atual, onde os equipamentos eletrônicos são os principais meios de

trabalho, as doenças relacionadas com o uso contínuo de computado-res estão cada vez mais presentes nos escritórios. São problemas de posturas inadequadas, estresse e Lesões por Esforços Repetitivos (LER), comuns em tendões, mús-culos e articulações, principal-mente dos membros superiores, ombros e pescoço.

Para minimizar esses efeitos maléficos, a técnica da ginástica laboral (atividade realizada no am-

biente de trabalho) é a mais indica-da por especialistas, pois se baseia em alongamentos de diversas par-tes do corpo, passando pelo tron-co, cabeça, membros superiores e inferiores. Além de diminuir a por-centagem de lesionados e conse-quentemente afastados, a laboral ainda promove a socialização dos funcionários.

O Hospital Santa Luzia é uma das empresas no DF que ade-riram a essa prática. De acordo com a analista sênior do departa-mento de Recursos Humanos do hospital, Nephertity Prateat Pe-

Page 29: Estímulo à tecnologia

28 Revista Fecomércio DF Revista Fecomércio DF 29

reira, faz mais de dois anos que a empresa utiliza o recurso da gi-nástica laboral. “Aqui na empresa nós fazemos três dias por semana e é um momento agradável, pois o professor deixa a gente à vonta-de. Além do alongamento também tem o momento de lazer”, comen-ta Nephertity.

Segundo ela, o hospital con-tratou este serviço porque sentiu a necessidade de inserir esse pro-grama dentro da empresa por cau-sa da rotina de trabalho dos fun-cionários. “Trabalhamos sentados durante oito horas e muitas vezes sentimos algumas dores em de-corrência da atividade. A ginástica laboral ajuda muito nesse proces-so. Eu, por exemplo, sentia mui-ta dor no pescoço e depois que o professor de Educação Física che-gou, ele me explicou sobre como me acomodar melhor na cadeira e me ensinou alguns alongamentos rápidos que aliviam a dor na hora. Acredito que a ginástica realmen-te traz benefícios”, diz a analista. Para atender a todos os setores, os horários são adaptados pela demanda do departamento. A ati-vidade dura em média de oito a 15 minutos.

A educadora física Verônica Coutinho Ribeiro trabalha no pro-grama de Ginástica Laboral no Hospital Santa Luzia desde o co-meço do projeto e alerta sobre a importância da atividade física no ambiente de trabalho. “Ela provoca o aumento da circulação sanguí-nea em nível da estrutura muscu-lar, melhorando a oxigenação dos músculos e tendões e diminuindo o acúmulo do ácido lático, além da melhora da mobilidade e flexibili-dade músculo-articular, dessa for-ma, diminui o esforço na execução das tarefas diárias dos funcioná-rios”, afirma Ribeiro. Outro ponto que a especialista cita é a questão da socialização entre os compa-nheiros de trabalho, pois na hora do treino há uma integração entre eles, o que auxilia em algumas ati-vidades em equipe que o trabalho necessita.

Verônica Ribeiroeducadora física

“Ela provoca o aumento

da circulação sanguínea

em nível da estrutura muscular,

diminuindo o acúmulo do ácido lático”

Page 30: Estímulo à tecnologia

INÍCIO DA PRÁTICAA conselheira do Conselho Regional de Educação Física do Distrito Fe-

deral, Márcia Carneiro, conta que a primeira notícia que se sabe sobre gi-nástica laboral é uma pequena brochura editada na Polônia em 1925, onde foi chamada também de Ginástica de Pausa, e era destinada a operários. Alguns anos depois também surgiu na Holanda e Rússia. Na década de 1960, o Japão instituiu a obrigatoriedade da Ginástica Laboral Compensa-tória. No Brasil, o esforço pioneiro residiu em uma proposta de exercícios baseados em análises biomecânicas, pela Escola de Educação de Feevale em 1973, quando se elaborou o projeto de Educação Física compensatória e recreação.

Márcia explica que não existe um horário definido para se praticar a ginástica laboral. “Para envolver todos os grupos musculares do corpo, o programa pode ser desenvolvido em três fases”, diz. A primeira fase é a preparatória: realizada antes do início da jornada de trabalho. Tem como objetivo principal preparar o funcionário para sua tarefa aquecendo os grupos musculares que irão ser solicitados nas suas tarefas e desper-tando-os para que se sintam mais dispostos ao iniciar o trabalho.

A segunda é a compensatória, que é realizada durante a jornada de trabalho, interrompendo a monotonia operacional aproveitando pausas para executar exercícios específicos de compensação aos esforços repeti-tivos, e as posturas inadequadas nos postos operacionais. A última fase é a do relaxamento, que é a ginástica baseada em exercícios de alongamen-to realizada após o expediente, com o objetivo de oxigenar as estruturas musculares envolvidas na tarefa diária, evitando o acúmulo de ácido lático e prevenindo as lesões. “Em geral, nos programas de ginástica laboral é cobrado em média um valor entre R$ 80 e R$ 110 a hora/aula”, declara Carneiro.

Por dentrodo Sistema

O Serviço Social do Comércio do Distrito Federal

(Sesc-DF) aderiu à ginástica laboral

em 2012 para preservar a saúde dos funcionários. A chefe do núcleo

de bem-estar no trabalho, a

psicóloga Amanda Rabelo, diz que as

aulas nas unidades ocorrem duas

vezes por semana e os horários

ficam a critério de cada unidade.

“Todos os nossos colaboradores

adoram as aulas e todos

fazem questão de comparecer”,

ressalta. Nephertity Prateat Analista de Recursos Humanos

“Trabalhamos sentados durante oito horas e muitas vezes sentimos algumas dores em decorrência da atividade”

Page 31: Estímulo à tecnologia

Revista Fecomércio DF 31

Do centro da Europa para o centro do Brasil. Uma das principais cantoras da República Tcheca,

Edita Randová, aterrissa na capi-tal federal para apresentação de música clássica no projeto Sesc Sinfonia. O concerto faz parte da parceria firmada entre o Sesc-DF e a Embaixada da República Tche-ca no Brasil. O objetivo é mostrar a cultura do país europeu por meio da música. O evento irá ocorrer no dia 13 de junho, às 20h30, no Tea-tro Sesc Garagem (913 Sul). Ao final do recital será oferecida ao público uma degustação de vinhos tchecos. A entrada é franca e a classificação indicativa é livre.

De acordo com a coordenadora de Ações Culturais do Sesc-DF, Ju-liana Valadares, a proposta é inte-grar e difundir a arte do país da Eu-ropa Central. “O Sesc-DF já realiza parcerias com outras embaixadas, e esta é a primeira vez que conta-mos com a parceria da Embaixada da República Tcheca. Será uma grande oportunidade para o público apreciar o melhor da música tche-ca. Nossa ideia é difundir cada vez mais a música clássica, mostrando toda a capilaridade que o Sesc pos-sui dentro da cultura”, explicou.

sesc sinfonia

Mais informações

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Para o primeiro-secretário e cônsul da Embaixada da República Tcheca no Brasil, Viktor Dolista, é o início de uma grande parceria. “O Sesc possui prestígio em diversas áreas e é conhecido nacionalmente por prestar serviços para a comu-nidade. Por isso, nos identificamos muito com o trabalho e escolhemos a instituição para sediar apresenta-ções artísticas. Visitamos a unidade de Ceilândia e ficamos impressio-nados com a infraestrutura. Espe-ramos realizar mais eventos e que o público possa conhecer cada vez mais sobre a cultura do país que passou pela redemocratização, de Tchecoslováquia para República Tcheca”, contou.

No mês de maio, o Sesc rece-beu a violista tcheca Jitka Hosprová no projeto Sesc Sinfonia. No fim do mesmo mês, o Sesc Festclown Via Satélite foi palco das apresentações do artista Pavel Vangeli, com o es-petáculo Teatro de Marionetes. To-dos os eventos são fruto da parceria iniciada entre o Sesc e a Embaixada Tcheca.

SOBRE A ARTISTAEdita Randová é mezzo-sopra-

no e uma das principais cantoras de música clássica da República Tcheca. Ela frequentou cursos vo-cais internacionais. Ao longo de sua carreira se apresentou em impor-tantes salas de concerto na Europa, no México, nos Estados Unidos, no Canadá, na China e na Austrália. Participou de festivais internacio-nais sob a regência de importantes maestros. Edita Randová possui amplo repertório de ópera e de concerto, incluindo oratórios, can-tatas, missas e ciclos de canções dos principais compositores do mundo. Atualmente, atua princi-palmente em concertos e festivais.

//Por Sacha Bourdette

Projeto traz para Brasília renomados artistas para atrações de música e teatro

República Tchecanos palcos

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32 Revista Fecomércio DF

exposição

//Por Por Liliam Rezende Foto: Raphael Carmona

Arte urbana em destaque

Sesc da 504 Sul promove a primeira exposição sobre grafite das unidades, com obras do grafiteiro POMB

No dia 8 de junho, a partir das 19 horas, o Sesc 504 Sul será palco para o lançamento da

exposição “Sobre o infinito e outras coisas”, do jovem talento brasiliense Thales Fernando, 26 anos, conhecido como POMB. Ilustrador autodidata, ele teve sua primeira incursão no grafite em 2002 e segue sendo seu principal meio de expressão, com intervenções espalhadas por cida-des brasileiras, além de Buenos Ai-res e Barcelona. O artista trabalha, também, com as técnicas de murais, aquarela, gravuras e esculturas.

Estudante de Relações Interna-cionais pela Universidade de Brasília (UnB), morou um ano em Barcelona, por meio de graduação sanduíche e em 2014 realizou sua primeira expo-sição internacional, com pinturas em tela, naquela cidade. A partir daí ficou mais conhecido e quando retornou para Brasília seu trabalho despon-tou. “Meu objetivo é espalhar minha visão do mundo com formas e cores pelas ruas por onde passo, tendo o grafite como essência”.

A expectativa, de acordo com o técnico de cultura da unidade, Marco Nogueira, é aproximar o público das artes visuais. “Queremos contribuir para o cenário das exposições do DF. Assim, valorizamos a cultura, a ci-dadania, a produção dos artistas e a criatividade”, destaca.

Para Pomb, a ideia é a mesma - levar a arte da rua para as pessoas conhecerem. “Em um País como o Brasil, muito rico em música, teatro

e todos os tipos de arte, as pessoas deveriam olhar mais para a produção artística que existe na própria cidade e valorizar esse tipo de ação, já que ainda falta muito incentivo do gover-no para esse setor”.

A mostra apresentada no Sesc reúne 20 obras em técnicas que misturam acrílica, pastel, marcador e o grafite – gênero que introduziu o artista no universo da arte urbana. “Para a exposição vou trabalhar com o grafite aplicado em madeira, mas no dia a dia continuo com manifesta-ções artísticas nas ruas, que é a es-sência desse movimento”.

Das músicas que escuta, até os filmes que assiste, o artista acredita que sua arte não é algo pontual e sim uma corrente de acontecimentos e experiências. Suas inspirações en-globam, basicamente, tudo que está à sua volta. “Desde pequeno sentia necessidade de me expressar por meio de rabiscos e desenhos e nunca me permiti parar com esse processo criativo e ilimitado de criança. A arte pra mim tem esse lado lúdico e utó-pico”, conclui.

@sescdf

/sescdistritofederal

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EXPOSIÇÃO“SOBRE O INFINITOE OUTRAS COISAS”

Abertura: 8 de junho, às 19 horas

Visitação: 9 a 30 de junho, de segunda à sexta, das 8h às 18h

Local: Sesc 504 SulClassificação indicativa: livreInformações: (61) 3217-9119

Todas as obras expostas estarão à venda.

Page 33: Estímulo à tecnologia

Taís RochaJornalista, editora-chefe da Revista Fecomércio

[email protected]

(61) 3038 - 7525

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Revista Fecomércio DF 33

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Page 34: Estímulo à tecnologia

34 Revista Fecomércio DF Revista Fecomércio DF 35

//Por Daniel Alcântara e Sacha Bourdette Fotos: Raphael Carmona

capa

RISCO IMINENTEOusadia e fiscalização falha abrem espaço para o contrabando e a venda de produtos pirateados nos centros comerciais do DF

Page 35: Estímulo à tecnologia

34 Revista Fecomércio DF Revista Fecomércio DF 35

O relógio marca 7h da ma-nhã e, muitas vezes, antes mesmo de o sol sair, os

camelôs já começam a se instalar nas ruas e calçadas dos centros comerciais do Distrito Federal. Na hora do almoço, os pedestres en-contram dificuldade em passar pe-las calçadas e têm que disputar es-paço com os vendedores irregulares. Com uma fiscalização fraca e muitas vezes inexistente, os vendedores não se intimidam. Chegam com sacos de produtos e ocupam os espaços, montam bancas ao lado das lojas já estabelecidas ou estendem lonas no chão para vender artigos falsificados.

Os dados são alarmantes. De ja-neiro a abril deste ano, a delegacia que combate os Crimes contra a Pro-priedade Imaterial no DF (DCPIM), da Polícia Civil, já apreendeu 90,8 mil DVDs; 35,6 mil peças de vestuário; 25,9 mil CDs; 24,6 mil programas e jogos. Também estão na lista produ-tos que podem afetar diretamente a saúde de crianças e adultos, como: brinquedos (2,9 mil); bebidas (2,6 mil); medicamentos (2,5 mil); e cigar-ros (2,5 mil).

Na opinião do presidente da Fe-comércio-DF, Adelmir Santana, os mais prejudicados pela pirataria são os empresários do setor produtivo que precisam se preocupar em pagar taxas, encargos e os mais variados impostos. “A pirataria é uma concor-rência predatória. A cena se repete em frente aos shoppings populares, nas principais paradas de ônibus e estações de metrô e nos centros das regiões administrativas do DF. No Setor Comercial Sul, o comércio ile-gal ocorre na frente de um posto da Polícia Militar e ao lado de centenas de empresas estabelecidas regu-larmente”, ressalta. “Em sua quase totalidade, eles vendem um produto falsificado, produzido em fábricas clandestinas ao redor do mundo com o uso de mão de obra escrava. Essas mercadorias entram nos países de forma ilegal, acompanhadas do trá-fico de drogas, armas e seres huma-nos”, completa Adelmir.

De acordo com o diretor da Asso-ciação Brasileira de Combate à Falsi-

ficação (ABCF), Rodolpho Ramazzini, estima-se que o DF perde R$ 700 mi-lhões por ano com o contrabando de produtos falsificados. “Um dos fato-res crescentes da pirataria na capital do País é que a cidade do interior de Goiás, Jaguará, a 120 quilômetros de Goiânia, é um dos grandes polos de falsificação de roupas, o que facilita a entrada no Distrito Federal. Além dis-so, falta fiscalização. O policiamento nas fronteiras e nas ruas é muito pouco”, afirmou.

O coordenador de operações da Subsecretaria de Estado da Ordem Pública e Social do Distrito Federal, Luciano Teixeira, rebate essa crítica. De acordo com ele, a vigilância nas divisas do DF tem sido fortificada. Estão sendo realizados trabalhos em conjunto com a Polícia Rodoviária Fe-deral e a Receita Federal para inter-ceptar a entrada dos produtos pirate-ados nas fronteiras do DF. “Estamos atuando para impedir que os produ-tos entrem aqui. Contamos também com o Disque-Denúncia (181) e reali-zamos levantamentos para descobrir onde as vendas estão ocorrendo. Por exemplo, a Feira do Gama lidera a comercialização de CDs. Já na Feira do SIA, encontramos de tudo, mui-

ta roupa e tênis de grandes marcas como a Nike, Adidas, Tommy Hilfiger, Lacoste e Dudalina”, citou.

VÁRIAS BARREIRASO advogado tributarista Rooswelt

dos Santos aponta que para o empre-sário conseguir ser competitivo com o mercado pirata ele tem que enfren-tar várias barreiras em seu ambiente de trabalho, como reduzir o lucro e o faturamento, além de comercializar menos. Segundo Rooswelt, o comer-ciante legalizado paga em média 50% de impostos em cima de sua merca-doria, ao contrário do comércio pirata, que não arca com nada.

Entre os principais tributos estão: Imposto de Renda (IR), Programa In-tegração Social (PIS), Contribuição para Financiamento da Seguridade Social (COFINS), Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) e Impos-to sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços (ICMS). O em-presário ainda tem que se preocupar com lucro e o pagamento dos funcio-nários, uma conta que afeta direta-mente o bolso das empresas e reflete no bolso do consumidor. Para ilustrar a concorrência desleal, basta compa-rar os preços no quadro abaixo:

ORIGINAL PIRATEADO/FALSIFICADO

DVD Cinquenta Tons de Cinza

R$ 44,90Carga tributária: 44,20%

DVD Cinquenta Tons de Cinza

R$ 5Carga tributária: 0%

Camisa polo Tommy Hilfiger

R$ 199Carga tributária: 34,67%

Camisa polo Tommy Hilfiger

R$ 40Carga tributária: 0%

Tênis Osklen

R$ 397Carga tributária: 44%

Tênis Osklen

R$ 130Carga tributária: 0%

Boneca Frozen

R$ 83,51Carga tributária: 39,70%

Boneca Frozen

R$ 20Carga tributária: 0%

Fonte: Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação

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36 Revista Fecomércio DF Revista Fecomércio DF 37

capa

O comércio local fica prejudica-do, pois não tem condições de con-correr com a pirataria e a socieda-de opta por conta do baixo custo. O professor e doutor em Administra-ção e especialista em Marketing, Gilberto Clovis Josemin, aponta que o empresário, apesar de ar-car com os impostos, não conse-gue visualizar a aplicação correta dessa tributação. “Os ambulantes que vendem produtos pirateados não têm os ônus que o empresário legal possui. É preciso coibir, mas dar oportunidade, isso porque, poderá gerar problemas sociais como o desemprego”, explicou.

Josemin admite que essa é uma realidade que traz desafios para o comércio. “O empresário tem que buscar, em seu modelo de negócio, mostrar sua proposta de valor, que pode trocar com garan-tia, qualidade atestada e que segue a lei do consumidor. Mostrar cada

vez mais seu diferencial e que vale a pena pagar mais ao comprar em uma loja física, pois o camelô um dia está aqui e outro dia está em outro lugar. Outro detalhe é que o produto pirateado entra de forma obscura e não se sabe a procedên-cia, se veio de um trabalho escravo, por exemplo”, finalizou Josemin.

COMBATE E FISCALIZAÇÃOPirataria é crime. De acordo

com o Artigo 184 do Código Penal Brasileiro (CPB), o cidadão que é pego vendendo produtos piratea-dos é autuado, perde a mercadoria e responde criminalmente. Con-trabando é a prática da importação e/ou exportação clandestina de mercadorias e bens de consumo que dependem de registro, análi-se ou autorização de órgão público competente. Já a entrada/saída de produtos permitidos, sem passar pelos trâmites burocrático-tribu-

R$ 700 milhões

ano é o valor que

o DF perde com

o contrabando de

produtos falsificados

Page 37: Estímulo à tecnologia

36 Revista Fecomércio DF Revista Fecomércio DF 37

tários, é chamado de descaminho. Ou seja, descaminho tem carac-terísticas tributárias e pode ser sanado com o pagamento ou re-colhimento do imposto. Já o con-trabando é crime de ordem penal e tributária inafiançável de produtos proibidos.

No DF, os produtos falsos reco-lhidos ficam depositados em local próprio na sede da Polícia Civil do DF. Após os exames periciais, são encaminhados ao Depósito do Tri-bunal de Justiça do DF para serem destruídos, mediante ordem judi-cial. No caso de roupas, elas são descaracterizadas e doadas. As apreensões são coordenadas pela Polícia Civil, responsável pela in-vestigação e armazenamento dos produtos apreendidos, e pela Se-cretaria da Ordem Pública e So-cial (SEOPS), que combate o co-mércio irregular. A Polícia Militar fornece apoio para garantir a se-gurança durante as ações.

De acordo com a delegada Mô-nica Chmielewski Ferreira Lourei-ro, da DCPIM, por se tratar de um comércio altamente lucrativo, a tendência dessa prática em todas as capitais do País é o crescimen-to. Por isso, de acordo com ela, “a fiscalização nas ruas de Brasília está se intensificando”. Contudo, o processo de eliminar de vez a pi-rataria é mais difícil quando ainda não existe uma pena fixa ou uma legislação específica para esse tipo de crime no Brasil.

Atualmente, as penas previstas para o crime de pirataria são varia-das. Por exemplo: a venda e depó-sito de medicamentos pirateados gera pena de 10 a 15 anos de reclu-são, pois se trata de um crime con-tra a saúde pública, previsto no art. 273 do Código Penal. Já a venda de DVDs e brinquedos falsificados viola o Direito do Autor, daquele que criou filmes, músicas e per-sonagens infantis; esse tipo de cri-me tem penas previstas de dois a quatro anos de reclusão, tipificada no art. 184, do CPB. Por sua vez, a pena para violação do Direito de Marcas é de um mês a três meses

de detenção. “A legislação precisa ser aperfeiçoada por nossos parla-mentares no Congresso Nacional urgentemente. Assim, teríamos mais celeridade contra a prática ilegal”, explica Mônica.

Em março deste ano, a DCPIM deflagrou um laboratório de grava-ção de CDs e DVDs pirateados, lo-calizado na BR-070, em Ceilândia. Segundo a delegada, essa foi a maior apreensão do tipo nos últi-mos dois anos. No local havia 15 torres, totalizando 156 gravadoras de mídias, 11 controladoras de gravação, milhares de capas de encarte, uma impressora, galões de tinta e 10 mil CDs e DVDs pira-tas.

BARATO QUE SAI CAROCom o passar dos anos, a

prática e o jeito de vender produ-tos falsificados e réplicas evoluí-ram. Atualmente, alguns produtos pirateados têm até o selo do Inme-tro forjado ou da Anatel, no caso de celulares. “Esses produtos podem causar sérios riscos. A falsifica-ção de selo ou sinal público e sua utilização são crimes previstos no Art. 296, seus incisos e parágrafos do CPB, estando o autor sujeito à pena de reclusão de dois a seis anos, além de multa”, explica a de-legada Mônica.

O consumidor pode achar que está levando vantagem ao comprar um produto pirateados, mas se en-gana. Sem regulamentação e teste de qualidade feito por órgãos res-ponsáveis fica difícil saber os riscos que um calçado ou um brinquedo podem oferecer, por exemplo. Para o médico pediatra, Roberto Carlos de Abreu, são diversos os riscos para a criança. “O brinquedo pode conter materiais tóxicos e soltar tinta que até para um adulto é pe-rigoso. A criança ainda pode de-glutir e inalar peças que se soltem, acidentes que podem levar para a mesa de cirurgia e até a óbito. Por isso, é importante que tenham cer-tificado de garantia e faixa etária para uso”, explicou.

No caso de um calçado falsifi-

90,8 milDVDs

35,6 milpeças de vestuário

25,9 milCDs

24,6 milprogramas e jogos

2,9 milbrinquedos

2,6 milgarrafas de bebidas

2,5 milmedicamentos

2,5 milcigarros

De acordo com

a Polícia Civil,

de janeiro a abril

deste ano, foram

apreendidos no DF:

Page 38: Estímulo à tecnologia

38 Revista Fecomércio DF Revista Fecomércio DF 39

cado, os riscos também podem ser grandes. De acordo com o profes-sor e coordenador do curso de Edu-cação Física do Centro Universitário de Brasília (UniCeub), Marcelo Boia, tênis falsificados podem afetar até a musculatura de quem usa. “Não sabemos qual o amortecimento de um calçado pirateado pode propor-cionar. É um produto duvidoso que pode prejudicar o sistema múscu-lo-esquelético e as articulações. As pessoas não pensam no custo-be-nefício envolvido durante a compra e só mais tarde sentem o efeito da decisão”, apontou.

FLAGRANTES DA ILEGALIDADEO comércio de produtos piratea-

dos é diverso na parte de dentro e de fora das feiras no DF. São camisetas de times, sapatos, bolsas e brinque-dos. Ao chegar ao estacionamen-to, o consumidor já se depara com dezenas de ambulantes oferecendo acessórios de carros. Vendedores que comercializam CDs, DVDs e Blu-Ray conseguem faturar de R$ 3 mil a R$ 4 mil por mês. São filmes e séries nem lançados nos cinemas. Um vendedor de tênis falsos de marcas conhecidas diz que dá des-conto à vista no dinheiro e parcela em até cinco vezes no crédito, so-mente em compras acima de R$ 300 - outra prática que infringe o Código de Defesa do Consumidor, no qual é vedada a distinção de preços entre transações realizadas com cartão de crédito ou com dinheiro e cheque.

A menos de 100 metros da Feira dos Importados do SIA existem co-merciantes legalizados. Entretanto, com medo de represálias, não qui-seram conceder entrevista. Segundo um dos comerciantes que não quis se identificar, no mês passado foram apreendidos mais de R$ 2 milhões em mercadorias pirateadas. “Temos medo de denunciar e preferimos conviver com eles apesar da concor-rência desleal”, contou o empresário.

O presidente do Sindicato dos Feirantes do Distrito Federal (Sindi-feira-DF), Francisco Valdenir, afirma que a entidade é totalmente contrária à prática de pirataria no interior das

capa

Flagrante no estacionamento

da Feira dos Importados: oferta de acessórios para

carros sem garantias para o consumidor

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38 Revista Fecomércio DF Revista Fecomércio DF 39

feiras do DF. Na opinião dele, esses comerciantes denigrem a imagem das feiras da região. “O sindicato está atento a isso. Em todas as reuniões com administrações e associações orientamos que se tome cuidado com essa questão. O advogado que faz as-sessoria jurídica ao nosso sindicato não defende a causa dos que traba-lham na ilegalidade, mesmo sendo feirante. Nunca vamos compactuar com essa prática ilícita”, ressalta Val-denir. Ele também lembra que, com

a falsificação de selos e de etiquetas, alguns vendedores não têm conheci-mento se o produto realmente é fal-so. “É importante ficar alerta com o produto que vem do fornecedor. Pes-quisar e estudar a fonte do produto é de extrema importância”, pondera o presidente do Sindifeira.

Para o presidente do Sindicato do Comércio de Vendedores Ambulan-tes do DF, Bartolomeu Gonçalves, há uma discriminação com quem vende produtos nas feiras. “Existe

um preconceito com relação aos ambulantes. Somos regularizados e pagamos impostos. Os ambulantes e feirantes estão amparados pela Lei nº 2.510/1999. O que vemos é que as grandes produtoras de mer-cadoria pirateada tentam ludibriar as pessoas a venderem. Elas são usadas como intermédio. O sindica-to repudia a prática de venda e de-fende a redução da carga tributária para que os ambulantes possam ter condições de se manter”, afirmou.

O que vocês acham da pirataria?

“Não compro produtos piratas e sei que é crime. As pessoas compram porque é mais acessível e barato. Não concordo com o comércio irregular. Acredito que traz efeitos negativos para todos”.

“Hoje no Brasil é difícil você não comprar produtos piratas. O poder aquisitivo não coopera para comprar original. Quem compra está cometendo um crime em decorrência do crime que o governo comete com todos nós”.

“Eu compro porque é mais barato e o que a nossa condição dá. Na minha concepção não sabia que quem compra comete crime, para mim era só quem vende. É difícil não comprar algo, muita coisa é pirata e a gente nem sabe”.

“Eu não vou mentir. Eu compro às vezes produtos piratas. É mais barato, a gente acha mais fácil. Eu sei que é crime, mas não tem jeito, em qualquer lugar a gente acha, está bem do nosso lado”.

Cícero Verçosa,48 anos, instrutor

Larissa Costa,24 anos, vendedora

Wemerson Santos,27 anos, autônomo

Clesio Pereira,19 anos, operadorde máquina

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40

laboratórios

Exames mais rápidos e precisos são resultado dos investimentos em equipamentos modernos nos laboratórios de análises clínicas do DF

//Por Sílvia Melo Fotos: Raphael Carmona

Maismodernose eficazes

R eduzir o tempo para sair o resultado de exames, o risco de contami-nação e o período de jejum para fazer os exames, além da precisão do diagnóstico, no qual a margem de erro é praticamente nula, são

os principais benefícios que os clientes de laboratórios de análises clínicas ganharam nos últimos anos com a modernização do setor. Grandes e pe-quenos laboratórios têm investido em equipamentos de alta tecnologia para manter o padrão de qualidade e a competitividade. Na luta para se firmar no mercado, os empresários do setor estão apostando também em preços mais acessíveis para manter e conquistar clientes. Com a disputa, quem sai ganhando é o consumidor, que tem à disposição serviços de ótima qualida-de, modernos e eficazes.

De acordo com o Sindicato dos Laboratórios do Distrito Federal (Sindlab), existem atualmente 287 laboratórios registrados em sua base. O setor empre-ga mais de três mil profissionais, como farmacêuticos, bioquímicos, médicos, biomédicos, enfermeiros, além dos técnicos e das atendentes. Mesmo com a modernização, que trouxe redução no quadro de pessoal, a mão de obra espe-cializada ainda é fundamental. “A tendência dos laboratórios é a automação e isso leva à redução no quadro de funcionários. Em contrapartida, você tem que ter um profissional mais qualificado para poder utilizar as novas máquinas”, afirma Alexandre Bittencourt, presidente do sindicato.

Exames que antes levavam uma hora para ficarem prontos, hoje demoram 30 segundos. “Antigamente, a metodologia de realização de exame era bem complexa. Por exemplo, para fazer um hemograma completo, há vários parâ-metros para soltar, como hemoglobina, contagem de hemácias, contagem de

“A tendência dos laboratórios é a automação. Em contrapartida, você tem que ter um profissional mais qualificado para poder utilizar as novas máquinas”

Alexandre Bittencourt presidente do Sindlab

Page 41: Estímulo à tecnologia

Revista Fecomércio DF 41

plaquetas, contagem de leucócitos, entre outros, e fazer isso manual-mente, demorava em torno de uma hora por paciente. Por isso, os labo-ratórios tinham dezenas de pessoas contratadas para ler as lâminas de hemograma, fazer todos esses di-ferenciais manualmente para poder liberar. Hoje um aparelho faz tudo em 30 segundos”, explica Bittencourt.

APOSTA EM DIFERENCIAISAlém de ter deixado os exames

mais rápidos e precisos, a moderni-zação passou a exigir menos material coletado, como sangue por exemplo, e menos tempo de jejum. “Não há necessidade de coletar quantidades absurdas e, hoje em dia, poucos exa-mes têm obrigatoriedade de jejum, como o perfil lipídico, que necessita de 12h, e a glicose e insulina, que exi-gem jejum de 8h”, explica Eloiza He-lena Ferreira da Silva, gestora clínica do Laboratório GE Diagnósticos. Ela destaca ainda que a grande maio-ria de exames hormonais pode ser realizada à tarde. “Temos instruído nossos pacientes sobre essas possi-bilidades, pois eles podem recorrer a horários em que o fluxo do laborató-rio é menor para realizar seus exa-mes com maior tranquilidade”, diz.

Mesmo investindo em preços po-pulares, o laboratório apostou tam-bém na realização de exames raros e específicos que não são realizados pelos grandes laboratórios porque a demanda é pequena. “Nosso maior diferencial é ter assessoria técnica exclusiva pelo proprietário do labo-ratório e uma maior quantidade de exames mais raros como o exame para detectar erros inatos de meta-bolismo. Além disso, fomos os pio-neiros no exame toxicológico capilar particular e para concursos públicos e fazemos teste de paternidade com preço popular”, afirma Eloiza. “Nos-sa política é ser popular, mesmo em áreas com poder aquisitivo elevado”, completa. O GE Diagnósticos está presente em Ceilândia, Vicente Pires, São Sebastião, Taguatinga, Guará e Padre Bernardo.

De acordo com o presidente do Sindilab, Alexandre Bitencourt, o

principal problema enfrentado pelos pequenos laboratórios no DF refere--se ao credenciamento dos planos de saúde. “Os grandes laborató-rios focam seu público nos planos de saúde. Já os pequenos não têm conseguido credenciamento, pois as empresas alegam estar com sua rede coberta”, afirma.

Por isso, o sindicato tem como proposta, no Conselho Nacional de Saúde, que os laboratórios que tive-rem com todas as licenças de fun-cionamento em dia e que cumprem com o controle de qualidade exigido (RDC 302) sejam automaticamente credenciados para atender a todos os planos de saúde.

SETOR SEGMENTADOO laboratório Brasiliense, que

atua no DF desde 1968, decidiu apostar no segmento de anatomia patológica em 2005. O laboratório ainda faz análises clínicas, mas em proporção bem menor em compa-ração com as biópsias. “Mudamos nosso perfil e com isso diminuímos a parte de análises clínicas. A parte de biópsia, de anatomia patológica, cresceu bastante. A particularidade é que só trabalhamos com patologia do trato digestivo: esôfago, estôma-go, intestino. Doenças gastrointesti-nais”, destaca Heinrich Seidler, pre-

sidente do laboratório. Hoje, a empresa é considerada

referência absoluta nesse segmen-to em Brasília. No primeiro ano em que ocorreu a mudança, foram realizadas 300 biópsias. Em 2014 esse número cresceu para 40 mil. O público-alvo desse segmento são os médicos e as clínicas. “Normal-mente fazemos a captação do ma-terial nas próprias clínicas. Claro que no final das contas o objetivo é resolver o problema do paciente, mas o cliente imediato é o médico, porque quando ele faz a consulta, é ele quem tem a dúvida clínica. Então ele faz a biópsia para resolver essa dúvida”, explica Heinrich.

Segundo ele, por ser uma em-presa pequena, a forma que o la-boratório Brasiliense encontrou para competir com os grandes la-boratórios da cidade, como Sabin e Dasa, foi encontrando um nicho. “E para se destacar nesse nicho temos que fazer um serviço diferenciado. A ideia é essa, pegar um segmento e fazer o melhor possível”, diz. “A nossa ideia de crescimento futuro é continuar nessa área e expandir para outras regiões. Talvez mais regiões administrativas, cidades do entorno e Goiás, porque chegará um momento que vai saturar o mercado daqui de Brasília”, conclui.

“Para se destacar nesse nicho temos

que fazer um serviço diferenciado. A ideia

é essa, pegar um segmento e fazer o

melhor possível”

Heinrich Seidlerpresidente de laboratório

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42 Revista Fecomércio DF Revista Fecomércio DF 43

festa junina

//Por Liliam Rezende Foto: Raphael Carmona

Setores como atacadista, supermercados, lojas de fantasias e decoração esperam aumento nas vendas de produtos típicos

C hegou aquela época do ano de comidas fartas e danças animadas, para combinar o

tempinho frio com as fogueiras. Várias festas juninas agitam a cidade nas próximas semanas. As festividades, no entanto, não representam sim-plesmente diversão. O período tam-bém aquece a economia. No Distrito Federal, que tem uma parcela grande de população com raízes nordestinas, consumidora de produtos típicos, o otimismo com a época é ainda maior.

A animação das festas juninas está presente também na rede su-permercadista. O presidente do Sindicato dos Supermercados do

Clima frio,comércioaquecido

DF (Sindsuper), Tadeu Peron, prevê que o faturamento para essa linha de produtos deve variar entre 10% e 15%. Por causa das festas juninas, a procura pela canjiquinha aumenta 100% e por amendoim, por exemplo, a busca chega a ser quatro vezes maior do que em qualquer outro pe-ríodo do ano.

Para a indústria de alimentos típi-cos de festas juninas, as vendas nos meses de junho e julho representam uma parcela significativa na comer-cialização anual dos produtos. Por isso, os representantes comerciais investem em decoração e exposição nos supermercados para atraírem os

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42 Revista Fecomércio DF Revista Fecomércio DF 43

consumidores. “Este período é uma boa oportunidade para o lançamento de produtos, ações promocionais e degustações, o que alavanca as ven-das”, diz Peron.

O clima alegre, resultado de ações realizadas por várias redes de super-mercado, é o primeiro passo para fi-delizar clientes e, claro, aumentar as vendas na data, considerada a quarta mais importante para o varejo de au-tosserviço. “É um momento em que a sociedade está em festa, e a loja tem a chance de reproduzir isso com decoração, ambientação e música”, afirma. “No interior ou na capital, o Brasil todo comemora as festas ju-ninas, cada região à sua maneira”, completa Tadeu.

MERCADOS ENFEITADOSO resultado, além do clima festi-

vo, aparece em forma de boas opor-tunidades de venda. Em alguns su-permercados há espaços dedicados somente aos produtos comuns da época e o cenário fica caracterizado. Nessas seções, as vendas crescem até 50% no período. Os doces e en-feites são os mais procurados, bem como os produtos descartáveis como copos, potes e talheres.

A seleção de bebidas completa as opções dos supermercados para o período, com variedade em vinhos, destilados e cervejas. Alguns ingre-dientes especiais para o preparo do tradicional quentão são destaques nas prateleiras: canela em pó, cra-vo-da-índia, maçã e gengibre, indis-pensáveis para refinar o sabor das bebidas típicas.

O presidente do Sindicato do Co-mércio Atacadista do Distrito Federal (Sindiatacadista), Roberto Gomide, confirma o aquecimento nas vendas do comércio com os produtos juni-nos. “É um período expressivo para o atacado, assim como nas outras da-tas festivas que aumentam as vendas do comércio, em geral.” O Sindiata-cadista projeta uma alta de 2% em relação ao ano passado, na comer-cialização de artigos típicos, como milho de canjica, milho de pipoca, farofa, pé de moleque, aguardente, vinho, catuaba, entre outros.

TRAJES E PRODUTOSDECORATIVOS

O aluguel e a venda de roupas para quem participa das quadrilhas e de festas também são segmentos bastante procurados nesta época do ano. A loja Camarim Fantasias, que tem três unidades no Plano Piloto, aluga em torno de 200 trajes “cai-piras” por mês, no período. A de-manda aumenta cerca de 50% e os preços variam entre R$ 25 e R$ 180, dependendo da roupa e do número de acessórios. Muita gente faz reser-va das roupas com quase um mês de antecedência. “Quem aluga a fanta-sia quer escolher o modelo mais bo-nito, e se deixar para última hora não consegue”, explica a gerente da loja, Alcileide Farias.

Já para Branca Rodrigues, ge-rente da loja Casa e Festa, no Tagua-center, a expectativa para o período é a melhor possível. “Com essa crise, as vendas no carnaval foram aquém do esperado. Por isso, estamos apos-tando todas nossas fichas nas festas juninas.” Branca conta que a loja in-vestiu bastante em produtos diferen-ciados como espantalhos de 1,5m de altura, balões gigantes, bandeirinhas supercoloridas, chapéus, vestidos e vários outros artigos utilizados para enfeitar as festas e vestir os parti-cipantes a caráter. “A procura já co-meçou. Este é um período excelente para vendas, porque, além das fes-tas, muitas pessoas fazem o aniver-sário temático em casa e investem na decoração.”

FESTAS TÍPICASApesar de “junina”, muitos clu-

bes, igrejas e escolas começam as festividades em maio, assim como tem aqueles que estendem a data até julho. O pontapé inicial, este ano, ocorreu nos dias 15 e 16 de maio, na Paróquia Nossa Senhora do Lago. Mas a programação é variada, e to-das as regiões administrativas do DF preparam festas. O presidente do Sindeventos, Chico Maia, confir-ma que essas festas são bairristas e geralmente produzidas pela própria comunidade. “Essa é uma festa que ainda não consideramos profissional.

2%é a projeção de alta

na comercialização de artigos típicos para

este ano, em relação a 2014

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44 Revista Fecomércio DF Revista Fecomércio DF 45

“Este é um período excelente para vendas, porque, além das festas, muitas pessoas fazem o aniversário temático em casa e investem na decoração”

Branca Rodriguesgerente da lojaCasa e Festa

30 de maio - Tag. Sul

12 de junho - 913 Sul

12 e 13 de junho - Gama

3 e 4 de julho - Tag. Norte

11 de julho - Guará

11 de julho - Samambaia

7 e 8 de agosto - Ceilândia

Geralmente, as igrejas e escolas da cidade organizam o evento com con-tribuição direta das famílias, desde a decoração até a produção de comi-das.” Apesar do “bairrismo”, alguns eventos recebem um número grande de visitantes e geram lucro para os organizadores. “Nosso mercado é voltado para festas corporativas, mas essa data movimenta sim o merca-do, principalmente de fornecedores, como bufês, bandas, infraestrutura e montagem”, destaca Maia.

De acordo com o presidente do Sindicato de Clubes e Entidades de Classe, Promotora de Lazer, e de Esportes do Distrito Federal (Sinla-zer), Claudionor Santos, metade dos 33 clubes afiliados à entidade estão organizando festas. Um evento de grande porte, como os realizados pelo Iate Clube e Associação Atlética do Banco do Brasil (AABB), atrai cer-ca de 10 mil pessoas e pode custar até R$ 800 mil para ser organizado. Santos garante que o investimento compensa. “O retorno é de aproxi-madamente 20% sobre o valor gasto. É satisfatório, levando em conta que, em muitos casos, sócios não pagam. Toda a receita é revertida para me-lhorias nos clubes”, diz.

Claudionor conta que as festas juninas e o réveillon são as melhores datas do ano para clubes que tradi-cionalmente organizam festas. “Ce-lebramos também o carnaval, mas ele anda em baixa, já que muitos via-jam nessa época com amigos ou com a família”, conclui.

O Sesc-DF não poderia ficar de fora e preparou uma programação especial em sete unidades, com festas sempre a partir das 18 horas. A entrada custa R$ 5 para comerciário/dependentes, e R$ 7 para usuário (com exceção da unidade de Samambaia, que tem entrada franca).

De acordo com o chefe de Divisão do Sesc-DF, Guilherme Reinecken, algumas unidades, como Ceilândia, recebem cerca de 10 mil pessoas nos dois dias de evento, por ser uma festa voltada para o público que estuda na unidade. “Toda a família prestigia, inclusive este ano ela será realizada em agosto, quando esperamos receber desde alunos da educação infantil até os idosos do projeto Mais Vividos. É uma festa segura, lúdica e organizada para a família e toda a comunidade”. C

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44 Revista Fecomércio DF Revista Fecomércio DF 45

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agenda fiscal

O artigo 10 da Lei nº 9.249/1995 define que a distribuição de lucros não está sujeita à incidência do Im-posto de Renda na fonte pelas em-presas tributadas com base no Lu-cro Real, Presumido ou Arbitrado e nem integrará a base de cálculo do imposto do beneficiário. No entan-to, o governo federal identificou (ou criou) uma “brecha” na legislação para acompanhar, “bem de perto”, a movimentação das empresas. As-sim, definiu no artigo 5º da Instrução Normativa nº 1.420/2013, expedida

pela Receita Federal, que o módulo denominado Escrituração Contábil Digital (ECD) deve ser transmitido até o dia 30/6/2015 pelas “II – as pesso-as jurídicas tributadas com base no lucro presumido, que distribuírem, a título de lucros, sem incidência do Imposto sobre a Renda Retido na Fonte (IRRF), parcela dos lucros ou dividendos superior ao valor da base de cálculo do Imposto, diminuída de todos os impostos e contribui-ções a que estiver sujeita; …”. Por enquanto, estão dispensadas dessa

obrigação as sociedades simples e as microempresas e empresas de pequeno porte optantes pelo Sim-ples Nacional. Não estão obrigadas à entrega as empresas que não apresentaram movimento no perío-do e, por falar nisso, movimento não significa faturamento e sim total au-sência de fato contábil. Mais ainda, os empresários devem providenciar, com máxima urgência, o certificado digital, pois não é possível transmitir o arquivo sem esse. Fiquem atentos às novas regras.

5 a 30/6/2015Calendário

Adriano de Andrade MarrocosContador da Fecomércio-DF e do IFPD e vice-presidente do CRC/DF

O QUÊ e QUANDO pagar?

O QUÊ e QUANDO entregar?

Cri

stia

no C

osta

Distribuição delucros e lucro presumido

5/6 • FGTS (GFIP - Guia de Recolhimento do Fundo de Garantia e Informações à Previdência Social) referente a 5/2015

6/6 • Data-limite para pagamento dos Salários referente a 5/2015

15/6• COFINS/CSLL/PIS retenção na fonte, de 16 a 31/5/2015• Contribuição Previdenciária (contribuintes individuais, facultativos e domésticos) referente a 5/2015

19/6• Contribuição Previdenciária (SIMPLES e Empresas em Geral, incluindo retenção de 11% e empresas desoneradas) referente a 5/2015• Imposto de Renda Retido na Fonte nos códigos 0561, 0588 e 1708 referente a 5/2015

22/6 • SIMPLES NACIONAL referente a 5/2015• ISS e ICMS referente a 5/2015 (observar datas específicas para o ICMS – ST e outras situações)

25/6 • PIS e COFINS referente a 5/2015

30/6

• Contribuição Sindical Laboral Mensal referente a 5/2015• 3ª quota ou cota única do IRPJ e da CSLL referente ao 1º trimestre/2015 pelo Lucro Real, Presumido ou Arbitrado• Carnê Leão referente a 5/2015• IRPJ e CSLL referentes a 5/2015, por estimativa• COFINS/CSLL/PIS retenção na fonte, de 1 a 15/6/2015• Parcela do REFIS, do PAES, do PAEX, do Parcelamento do SIMPLES Nacional e do Parcelamento da Lei 11.941/2009 (consolidado).

5/6 • Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED) ao MTPS referente à 5/2015

15/6 • Escrituração Digital do PIS/Pasep, da COFINS e da Contribuição Previdenciária (EFD CONTRIBUIÇÕES) a SRF/MF referente a 4/2015

22/6 • Declaração de Débitos e Créditos Tributários Federais (DCTF Mensal) a SRF/MF referente a 4/2015

30/6 • Declaração de Operações Imobiliárias (DOI) a SRF/MF referente a 5/2015• Escrituração Contábil Digital (ECD) a SRF/MF referente ao ano calendário 2014

Várias • Livro Fiscal Eletrônico (LFE) a SEF/DF referente à 5/2015: observar Portaria/SEFP nº 398 (9/10/2009)

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46 Revista Fecomércio DF Revista Fecomércio DF 47

prêmio

Desde sua criação em 2003, premiação já homenageou 96 personalidades do DF

Mérito Mercador Candango

O Mérito Mercador Candan-go, realizado pela Fecomércio-DF, chega à sua oitava edição em 2015 e está marcado para ocorrer em 15 de julho, às 20h, em homenagem ao Dia do Comerciante. A expectativa é de que 700 pessoas compareçam ao evento, que será realizado na Hípica Hall, para prestigiar o prêmio, que é um reconhecimento ao trabalho dos empresários que acreditaram no desenvolvimento do capital da República.

O presidente da Fecomércio-DF, Adelmir Santana, ressalta que o Mer-cador Candango valoriza os empresá-rios que ajudam a gerar emprego e renda na capital do País. “O mérito é uma homenagem aos nossos bravos e nobres empresários brasilienses. Em um País onde ter o próprio negó-cio significa superar uma avalanche de dificuldades, como a elevada carga tributária e a extrema burocracia, é preciso valorizar histórias de suces-

so e exemplos daqueles que ajudam a transformar positivamente a reali-dade do Brasil”, destaca o presidente Adelmir Santana.

Desde sua criação em 2003, o Mercador Candango já homenageou 96 personalidades. Na edição passa-da, que ocorreu no ano de 2013, foram 15 empreendedores condecorados: Adão Gomes Pereira, Adriana Muniz, Antônio do Valle, Eunício de Oliveira, Geraldo Tadeu Siqueira, Hilton Carva-lho “in memoriam”, Jaira Coca, Jonas da Costa Freire, José do Patrocínio Leal, Laudenor Limeira, Luiz Maria de Ávila Duarte, Paulo de Mendonça Maia, Ronaldo Junqueira, Ruben Par-rilla e Sandra Costa.

O senador Eunício de Oliveira, um dos homenageados na última edição do prêmio, ressalta que o empresário sempre está em uma constante luta para superar as adversidades im-postas pela elevada carga tributária brasileira. “Quem tem espírito empre-

endedor sempre busca o desenvolvi-mento, gerando emprego e renda. A homenagem é mais do que justa para quem trabalha duro para transformar a cidade no que ela é hoje.”

Neste ano, a comissão julgadora ainda está avaliando os nomes que foram sugeridos pelos sindicatos da base da Fecomércio-DF. “A escolha desses homenageados inicia-se nas bases sindicais da Federação. Foram várias as indicações, tornando uma tarefa difícil escolher apenas alguns. Porém, tenho certeza que o prêmio estará nas mãos dos empresários que são exemplos a serem segui-dos por jovens empreendedores da capital do País”, afirma Adelmir. “Os séculos passaram, mas a profissão de comerciante, talvez uma das mais antigas da história, continua a ditar o modo de vida da sociedade. O Estado precisa dar mais atenção aos inte-resses legítimos dos empresários do comércio”, conclui.

//Por Daniel Alcântara Foto: Cristiano Costa

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48 Revista Fecomércio DF Revista Fecomércio DF 49

economia

Em abril, a desconfiança quanto aos ajustes na eco-nomia, bem como a falta de clareza no conteúdo e no

alcance das políticas de governo, continuou influenciando negativa-mente o desempenho das ativida-des do comércio.

Ainda pairam sobre a cabeça do empresário do comércio do Distrito Federal, dúvidas quanto à extensão das medidas de contenção de gas-tos, aumentos de impostos e a não- concessão de aumentos salariais aos servidores públicos, tanto na esfera local quanto na federal. Uma certeza todos têm: o poder de com-pra do consumidor de Brasília já está reduzido e será bastante afe-tado por qualquer dessas medidas.

Reflexos negativos estão pre-sentes em todos os indicadores. O

Indicadoresdo comércio

endividamento e a inadimplência continuam crescendo, a intenção de consumo, especialmente de bens duráveis, está reduzindo e a confiança dos empresários quanto a investimento e expectativas dos negócios também teve queda.

O nível de endividamento das famílias em Brasília (83,8%), como vem ocorrendo há algum tempo, superou, em abril, o nível nacional (62,3%) em mais de 21%. A taxa de inadimplência (dívidas não pagas há mais de 90 dias) atingiu 9,2%, representando uma alta de 1,4 pon-to percentual em ralação a março. Houve redução de 1 ponto percentu-al nas dívidas parceladas no cartão de crédito. Abaixo o quadro de de-sempenho dos principais índices da Pesquisa de Endividamento e Ina-dimplência do Consumidor (PEIC).

PEIC - Endividamento e Inadimplência das Famílias Distrito Federal Abril 2015

Cartão de Crédito89,790,790,2

Dívida impágavel0,30,00,1

Inadimplência9,27,87,6

Dívida Total83,882,281,4

Abril Março Fevereiro

Fonte: CNC

//Por José Eustáquio Moreira de Carvalho

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48 Revista Fecomércio DF Revista Fecomércio DF 49

Indicadoresinvestimento

ICEC - Geral

Indicadores das expectativas

Indicadores dascondições atuais

Mais de10 SM

Abril

Empréstimo pessoalfinanceiras

ChequeEspecial

Empréstimo pessoalbancos

Cartão deCrédito

88,592,796,9

119,9118,2131,2

112,9

139,24%

205,06%

27,27%

82,90%

115,1

138,71%

201,74%

26,97%

82,48%

122,1

138,18%

195,20%

26,68%

81,65%

101,3104,1113,8

96

60,10%

295,48%

99,1

59,00%

290,43%

109,9

116,29%

120,71%

38,32%

38,64%

31,37%

31,68%

109,10%37,51%

29,08%

58,27%

276,04%

54,763,370,5

87,794,799,5

Apesar ter sido menor em abril, a tendência de que-da continua no Índice de Intenção de Consumo das Fa-mílias. Em relação a março o indicador caiu 2,8 pontos percentuais, influenciado pela queda nas famílias de renda até 10 salários mínimos (3,1 pontos percentuais).

ICF - Intenção de Consumo das Famílias Distrito Federal

Taxax de Juros Pessoa Jurídica

Taxas de Juros Pessoa FísicaICEC - Índice de ConfiançaEmpresário do Comércio DF

Abril 2015

Abril 2015

Abril 2015

Abril 2015

Até10 SM

Março

Geral

Fevereiro

CDCFinanciamentosautomóveis

Juros doComércio

Conta garantida Desconto deduplicatas

Capitalde Giro

O ICEC em abril apresentou queda (7 pontos) no índice geral, em relação ao mês de março. Isolada-mente, destaca-se a queda de 8,6 pontos na confiança nas condições atuais do comércio e de 8,3 pontos em relação às expectativas do setor e da economia nacional.

Março Fevereiro Janeiro

Outros fatores de grande influência são as taxas de ju-ros praticadas no País. Os valores nominais continuam em constante crescimento, mais fortemente nos últimos seis meses. Na comparação de abril em relação a março, os destaques ficam paras as taxas cobradas da Pessoa Jurídi-ca, com a Conta Garantida, subindo de 116,29% em março para 120,71% em abril, ou seja, 4,42 pontos percentuais. No crédito à Pessoa Física continuam campeãs as taxas do Cheque Especial (205,06% em abril, contra 201,74% em março) e do Cartão de Crédito (295,48% em abril, contra 290,43% em março).

Fonte: CNC

Fonte: ANEFAC

Fonte: ANEFAC

SM: Salário MínimoFonte: CNC

Abril Março Fevereiro

Abril Março Fevereiro

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50 Revista Fecomércio DF

alimentação

//Por Andrea Ventura Foto: Cristiano Costa

Mesa farta

Programa Mesa Brasil completa 12 anos neste ano, com ações que visam reduzir a desigualdade social de pessoas em estado de vulnerabilidade social

OPrograma Mesa Brasil, do Sesc, completa 12 anos de atuação no Distrito Federal. É

um programa nacional no âmbito da segurança alimentar e nutricional, de combate ao desperdício de alimentos e redução da fome, uma rede de ban-co de alimentos que tem a finalidade de intensificar o acesso aos alimen-tos em reconhecimento ao direito humano à alimentação, contribuindo dessa forma, para minimizar a de-sigualdade social no País, em uma perspectiva de inclusão social.

Além da arrecadação e distribui-ção dos alimentos, o programa pro-move ações educativas nas áreas de nutrição e serviço social, que ocor-rem por meio de palestras, cursos e oficinas, objetivando, pela nutrição, a melhoria da qualidade das refeições oferecidas, o aproveitamento integral dos alimentos e a educação alimen-tar, e pelo serviço social, a organiza-ção da gestão, a sustentabilidade e fortalecimento institucional.

No ano passado, 190 entidades foram beneficiadas. O programa em 2014 doou mais de um milhão de qui-los de alimentos, complementando

7.607.873 milhões de refeições de indivíduos em situação de vulnerabi-lidade social.

Em 2015 o programa Mesa Brasil no Distrito Federal vai oferecer pa-lestras, oficinas e treinamento sobre temas de interesse do segmento de alimentação, como desperdício de alimentos, aproveitamento integral dos alimentos e alimentação saudá-vel. Todos os anos o programa pro-move encontros com os parceiros do programa, visando dar total transpa-rência aos resultados obtidos. Atual-mente, o programa atende 186 insti-tuições do DF cadastradas.

Desde sua implantação no DF, em 2003, arrecadou e doou 8.679.829,55 milhões de quilos de alimentos, complementou mais de 68 milhões de refeições e atendeu 122 mil pessoas/ano, abrigadas em 338 instituições sociais. Uma dessas instituições é a creche Assistência de Amigos Missão Infantil Soldadinho de Jesus, no Recanto das Emas. A

creche atende cerca de 60 crianças com idade entre cinco meses e qua-tro anos. Para a presidente da insti-tuição, Isamar Pereira dos Santos, sem a ajuda do Mesa Brasil, a creche já teria fechado. “É uma bênção que veio do céu, são verdadeiros anjos. É um sofrimento com alimentação dessas crianças. Mas depois que comecei a receber as doações, não falta leite nem fruta”, conta Isamar. A creche recebe mães que muitas vezes não têm condições de oferecer alimentação para os filhos em casa. “Há mães que trabalham como em-pregadas domésticas e muitas não têm o que comer em casa, e para es-sas eu também entrego alimentos”, revela. As doações à creche são feitas a cada 15 dias.

@sescdf

/sescdistritofederal

www.sescdf.com.br1,049 milhão de quilos de alimentos foram arrecadados e doados

7,6 milhões de atendimentos somente em 2014

186 entidades cadastradas em 2014

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52 Revista Fecomércio DF Revista Fecomércio DF 53

Mudança na área de atuação //Por Sílvia Melo Foto: Raphael Carmona

Ao trocar o trabalho no comércio pela logística, Danúbia sente-se realizada profissionalmente

Mais informações

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www.senacdf.com.br

caso de sucesso

Danúbia Dias Pereira, de 30 anos, co-meçou a trabalhar no comércio aos 15 anos, no Mato Grosso do Sul. Em 2007, decidida a arrumar um em-

prego melhor e passar em um concurso público, mudou-se para Brasília. Sem experiência em ou-tras áreas, voltou a trabalhar no comércio, como gerente de uma loja no Shopping de Sobradinho, cidade que escolheu para morar e estudar. Can-sada da rotina do comércio, aproveitou a opor-tunidade que surgiu de uma bolsa de estudo no Senac e fez o curso Técnico em Logística. Pediu demissão, passou quatro meses desempregada e atualmente trabalha na área de logística de uma grande rede de supermercados.

Ao escolher o curso, Danúbia não tinha noção do que se tratava a logística. “Escolhi porque achei interessante a descrição do curso por trabalhar em área de transporte, estoque e armazenamento”, explica. “Também queria apro-veitar a oportunidade de ter ganhado a bolsa pelo Programa Senac de Gratuidade para sair da área do comércio, pois já estava saturada”, afirma. A estudante fez o curso na unidade de Sobradinho,

entre 2012 e 2014 e comemora por ter acertado na escolha. “A principal mudança foi entrar para uma grande empresa. Nunca tive os benefícios que hoje essa empresa proporciona. Consegui graças a Deus e também ao Senac. Foi esse cur-so que me abriu as portas”, conclui.

SOBRE O CURSOO curso Técnico em Logística tem carga ho-

rária de 990h e prepara profissionais para atuar em pequenas, médias e grandes empresas, industriais, comerciais, de serviços e do agro-negócio, em qualquer ponto da cadeia logística. As próximas turmas serão oferecidas a partir de julho, nas unidades do Senac em Ceilândia e Taguatinga.

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52 Revista Fecomércio DF Revista Fecomércio DF 53

secure.unicef.org.br/empresasolidaria

[email protected]

0800 605 2020

Empresa Solidária à Infância é um programa que o UNICEF criou para mudar a realidade de milhares de crianças e jovens. Ao fazer uma doação, sua empresa colabora com o nosso trabalho e ajuda a levar oportunidades e direito à saúde, educação e proteção. É assim que, juntos, faremos a nossa parte por um mundo melhor. Acesse o site, saiba mais sobre o programa e participe.

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EMPRESA

À INFÂNCIA

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Raquel Corazzaconsultora jurídica

Ope Legis Consultoria Empresarial

A Constituição Federal (CF) esta-belece que “os ganhos habituais do empregado, a qualquer título, serão incorporados ao salário para efeito de contribuição previdenciária na forma da lei” (art. 201, § 11). O art. 22, I, da Lei 8.212/91, dispõe que: “A contribuição a cargo da empresa, destinada à Seguridade Social é de: I – 20% sobre o total das remunera-ções pagas, devidas ou creditadas durante o mês, aos segurados que lhe prestem serviços, destinadas a retribuir o trabalho, qualquer que seja a sua forma”.

Por outro lado, o conceito de salário de contribuição do empre-gado é previsto no art. 28, I, da Lei 8.212/91, segundo o qual “enten-de-se por salário de contribuição a remuneração auferida em uma ou mais empresas, assim entendida a totalidade dos rendimentos pagos, devidos ou creditados a qualquer título, durante o mês, destinados a retribuir o trabalho, qualquer que seja sua forma, inclusive gorjetas, os ganhos habituais sob a forma de utilidades e os adiantamentos de-correntes de reajuste salarial, quer pelos serviços prestados, quer pelo tempo à disposição do empregador nos termos da lei ou do contrato ou, ainda, de convenção ou acordo cole-tivo ou sentença normativa”.

No que se refere ao adicional de férias relativo às férias indenizadas, a não-incidência de contribuição de-corre de expressa previsão legal (art. 28, § 9º, “d”, da Lei 8.212/91 - reda-ção da Lei 9.528/97). Já em relação ao adicional de férias sobre às férias gozadas, tem natureza indenizatória e/ou compensatória, pois não cons-

titui ganho habitual, razão pela qual sobre ela não é possível a incidência de contribuição previdenciária, con-forme entendimento do STJ. Quanto ao aviso prévio indenizado, esse não integrava o salário de contribuição por expressa previsão legal e em Decreto, o que foi suprimido pela Lei 9.528/97 e Decreto 3.048/99. A Fazenda Nacional, amparando-se nessa alteração, passou a susten-tar que é legítima a incidência da contribuição previdenciária sobre os valores pagos a título de aviso prévio indenizado. Posicionamento consolidado no STJ é de que sobre as importâncias pagas em indeniza-ção, que não de serviços prestados nem de tempo à disposição do em-pregador, não incide contribuição previdenciária.

Assim, não concedido o aviso prévio pelo empregador, nasce para o empregado o direito, previsto no art. 487, § 1º, da CLT, ao aviso pré-vio indenizado, que visa a reparar o dano causado ao trabalhador que não fora alertado sobre rescisão contratual com a antecedência es-tipulada na CF. Portanto, segundo o STJ, não incide contribuição pre-videnciária sobre aviso prévio indenizado, tampouco sobre terço adicional de férias, se-jam essas indenizadas ou usufruídas.

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consolidado no STJ

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Contribuição previdenciária e aviso prévio

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54 Revista Fecomércio DF Revista Fecomércio DF 55

//Por Andrea Ventura Foto: Raphael Carmona

empresário do mês

Diversão levada a sério

Parque Nicolândia vive seus dias de glória com investimento em novas atrações e o filho do patriarca da família, Marcelo Márcio Gomes de Souza, à frente dos negócios

Quem é de Brasília ou mesmo mora na cidade há alguns anos conhece o parque de diversões Nicolândia.

Localizado no Parque da Cidade, o centro de diversões recebe de quinta a domingo cerca de 5 mil pessoas, que se divertem nas 28 atrações. Uma delas é a roda gigan-te Ferri Whell, instalada em março do ano passado. Quem utiliza o parque da cidade à noite consegue vê-la de qualquer lugar. Mas nem sempre foi assim, para chegar a esse patamar, foi preciso muito esforço de uma família. A história do Nicolândia funde-se com a história da cidade e do seu criador, Antônio Hilário de Souza, conheci-do como “Seu Nico” que chegou a Brasí-lia em 1968. Ele trabalhava no Cassino da Urca, no Rio de Janeiro, mas depois do fe-chamento do local foi gerenciar uma rede de parques de diversões. Quando saiu, o acerto trabalhista era uma roda gigante. O empresário começou uma atividade com parque itine-rante. Passou por Minas Gerais, Goiás e chegou à capi-tal. “O Nicolândia faz parte da história de Brasília, uma das epopeias da cidade”, conta o empresário e filho do fundador, Marcelo Márcio Gomes de Souza.

Até a morte do Seu Nico, em setembro de 2001, o parque era administrado pelo fundador e por sua espo-sa, Dona Maria Gomes. “Eu e o meu irmão, Marco Antô-nio Gomes de Souza, ficávamos nos bastidores, só ob-servando”, revela Marcelo. Uma das maiores dificuldades da família foi a regularização do espaço. “Não por culpa nossa, mas pela inoperância do poder público. Hoje nós estamos regularizados – temos apoio do GDF, que vê com bons olhos o Nicolândia. É uma parceria de gerar mais empregos e surpreender cada vez mais a sociedade”, afir-ma. O parque emprega hoje 110 funcionários.

A morte do patriarca foi um momento de reflexão para a família. “Pensamos que era preciso manter a tra-dição, continuar com esse legado. Eu cresci no parque. A gente via as famílias, muitas gerações, pais que vinham quando eram jovens e depois trazendo seus filhos. É um local que marcou, era uma referência para as famílias”, conta. A reflexão resultou em determinação. “Tivemos o

ímpeto de colocar o Nicolândia no rol de melhores par-ques do Brasil. E hoje tenho orgulho de dizer que o Ni-colândia já não é mais promessa, e o sucesso da marca é resultado de diversos fatores, como a veia empreendedo-ra que temos, que herdamos do nosso pai, a dedicação e o conhecimento de mercado”, define.

Para crescer investiram em atrações novas, fizeram viagens a feiras de entretenimento, conheceram par-ques. “Meu pai era muito seguro na hora de investir, não gostava de fazer dívidas, não arriscava. Mas a gente ar-riscou muito e acreditamos que o crescimento só vem se investirmos. Foi o que fizemos. Nos dedicamos e leva-mos o Nicolândia para a frente”, revela.

“O Nicolândia hoje é o cartão-postal da cidade, um empreendimento à altura de Brasília. Nós nos orgulha-mos de falar que crescemos e fomos criados aqui. É uma empresa da cidade, que cresce com ela”, explica. Apesar de não apontar sua receita anual, o empresário revela que o investimento é alto. A famosa roda gigante custou R$ 3,5 milhões e aumentou a frequência no parque em 50%. “Vamos continuar investindo também no público in-fantil – há muitas novidades para o ano que vem”, adianta o empresário.

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tecnologia

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dos acessos ao Google são feitos por dispositivos móveis

60%

Agora é oficial: o Mobile está em primeiro lugar

Renato CarvalhoGerente de Mídias Sociais & Conteúdoda ClickLab

Jens SchriverDiretor-Executivoda ClickLab

Há muito tempo já estamos batendo nessa tecla em nos-sa coluna sobre tecnologia. A navegação móvel crescia e nós alertávamos aos empreendedores, grandes ou pequenos, que estava passando da hora de se adaptar a essa nova realidade. Falávamos de a necessidade das empresas terem sites que fossem fáceis de serem navegados por smartphones e tablets e que, com o tempo, essa necessidade só aumentaria. Pois bem, chegou a hora. Só que desta vez, quem não se adaptar, não só perderá oportunidades como também será prejudicado por isso.

O Google, que atualmente domina 90% de todas as pesqui-sas online feitas no Brasil, anunciou recentemente que, desde 21 de abril, seu novo algoritmo irá começar a verificar os sites e a testar aqueles que são compatíveis com o acesso mobile. Sites que forem reprovados nesse teste começarão a perder posições no ranking de buscas, indo, cada vez mais, para as últimas páginas dos resultados das pesquisas.

Segundo a própria empresa, “conforme mais pessoas usam dispositivos móveis para acessar a internet, nossos al-goritmos têm de se adaptar a essa camada de uso.” E adiciona: “agora, o Google vai priorizar páginas de serviços que são bons para o meio que a pessoa está usando.” Atualmente, mais de 60% das pesquisas realizadas pela ferramenta ocorrem por meio de dispositivos móveis, e, como já alertamos diversas ve-zes, esse número só tende a aumentar.

COMO SE PREPARAR PARA ESSA NOVA REALIDADE?O principal a se fazer agora é testar se seu site é consi-

derado compatível pelo novo algoritmo do Google. Para isso, a empresa lançou o Mobile-Friendly Test, ferramenta que irá analisar sua página, aprovando-a ou não. Caso seja reprovado, recomendamos fortemente contratar uma empresa especiali-zada para fazer a reformulação. Lembramos que, mesmo que seu site pareça bonito quando acessado, o algoritmo irá ver muito mais a estrutura do que a beleza, por isso, mesmo sites lindos podem ser prejudicados.

Não há mais tempo a perder. Ou o empreendedor se adapta à nova realidade de navegação móvel, ou ele irá ver, cada vez mais, seu negócio sumindo da internet.

Depois de muitos testes e aprimoramentos, o Oculus Rift chegou a sua versão final. O aparelho, uma espécie de capace-te que, quando ligado ao computador, imerge o usuário em um ambiente 3D de realidade virtual, exibe 400 milhões de pixels por segundo e possui duas telas com resolução combinada de 2160 x 1200 pixels a 90Hz. Para usar essa beleza, no entanto, o investimento será grande. As especificações para ter a melhor experiência com o Oculus pedem uma placa NVIDIA GTX 970 / AMD290 ou superior, Intel i5-4590 ou superior, 8gb+ de RAM, Saída compatível com HDMI 1.3, 2 portas USB 3.0 e Windows 7 SP1 ou superior. Data de lançamento e preço ainda não foram divulgados.

A porta para um novo mundo

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Uma simpáticaacompanhante

Está chegando ao mercado um drone que, apesar de não ser o mais poderoso, com certeza é o mais simpático de todos. O projeto batizado de Lily, consiste em um pe-queno quadricóptero (popularmente chamado de Drone),

que possui a capacidade de voar autonomamente, isto é, sem alguém o controlando diretamente. Para realizar tal façanha, Lily conta com um dispositivo re-

moto que sinaliza sua posição e o orienta no espaço. Para ativá-lo basta lançá-lo ao ar. Lily entra em funcionamento automaticamente e ainda pode filmar e bater fotos de seu dono, utilizando uma câmera de 12 megapixels e 1080p de resolução a 60 quadros por segundo. E se tudo isso não fosse incrível o bastante, ainda existe a possibili-dade de você controlá-lo por meio de um aplicativo para o celular.

Valor: US$ 999

O Slack (Slack.com) é uma pla-taforma que permite a gestores organizarem toda a comunicação de sua empresa em um só lugar. Além de trocar mensagens, controlar os projetos em que cada membro está envolvido e permitir a troca de arqui-vos, ele ainda possui integração com diversos serviços, como o DropBox e o MailChimp.

Gerenciando sua equipe

Valor: Gratuito (com opções pagas)

Aplicativos para celular como o Mãe Coruja e o Baby Log permitem aos papais e mamães manterem um registro sobre tudo o que acontece com seu bebê no dia-a-dia, incluindo horários de amamentação e trocas de fraldas. Uma excelente opção para quem precisa de uma agenda sempre organizada.

Valor:

Gratuito (Mãe Coruja) eUS$ 4,99 (Baby Log)

Para as mamães

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//Por Luciana Corrêa Foto: Raphael Carmona

ensino

Curso de Marketing é um dos destaques para o próximo semestre

Oportunidadede crescimento

Com um amplo mercado, o curso de Tecnologia em Marketing, oferecido pela Faculdade de Tecnologia Senac do Distrito Federal, é um dos destaques da instituição para o próximo semestre. Segundo a coordenadora do curso, Gra-ciere Barroso, as opções para quem quer conquistar sua vaga no mercado de trabalho são diversas. “Marketing é um iceberg. Aqui na instituição, ele tem um viés na gestão. En-sinamos parâmetros operacionais de pesquisa, publicidade e merchandising. Com isso, o aluno vai aprender a geren-ciar e poderá atuar em diversas áreas”, explica. Algumas opções de carreiras que os alunos podem seguir, citadas pela coordenadora são: atuar em gráficas, eventos, cinema, divulgação, montar empresas prestadoras de serviços para eventos, mídias digitais, entre outras. O curso também for-ma profissionais aptos a atuar na gerência de empresas e em seus empreendimentos.

O ex-aluno, Welington Silva, de 35 anos, conta que sua visão profissional antes do curso era limitada e, após sua formação pela Faculdade Senac, cresceu e hoje se desta-ca no mercado. “Sempre gostei de Marketing, e como eu trabalho com organização de eventos, percebi que seria um ótimo curso para alavancar meus conhecimentos práticos em eventos. Percebi competências em mim que eu desco-

nhecia. Inclusive, a vontade de me tornar professor no futu-ro”, conta. Welington pretende ainda fazer especializações na área. “Já tenho duas que estão no meu cronograma. Sou empreendedor, meu projeto de futuro é atuar como consul-tor em empresas e voltar para a sala de aula como profes-sor”, concluiu.

Na Faculdade Senac, a duração média do curso de Marketing é de dois anos e é oferecido no turno noturno, na unidade 903 Sul. A aluna Aryane de Jonas Godinho, de 32 anos, está no 3º semestre e sempre esteve envolvida na área cultural, com economia criativa, e sentiu a neces-sidade de se apropriar de alguns conceitos do Marketing para crescer na área. “Estou adorando o curso. Temos professores que são seres humanos inspiradores acima de tudo e isso faz toda a diferença. Como comecei a tra-balhar muito cedo, na área de produção cultural, tive a oportunidade de transitar entre as diferentes atividades e responsabilidades dessa cadeia produtiva. Hoje sou dire-tora de Programas e Diversidade Cultural da Subsecre-taria de Cidadania e Diversidade Cultural, da Secretaria de Estado de Cultura do DF”, contou.

NOTA ALTAA Faculdade Senac-DF passou pelo processo de ava-

liação do Ministério da Educação (MEC) para renovação do reconhecimento do curso de Tecnologia em Marketing, em abril. A nota alcançada foi 4, na escala de 0 a 5. A visita dos agentes do MEC consiste em avaliar toda a organização di-dático-pedagógica, o corpo docente e a infraestrutura. Os principais destaques da avaliação foram: projeto do curso estruturado, com objetivos claros e perfil do egresso defi-nido de forma a atender o mercado de trabalho; apoio ao aluno e uso de tecnologias da informação; nota 5 para a coordenação do curso, pela sua experiência profissional, bem como sua carga horária dedicada ao curso; professo-res com experiência profissional também receberam nota 5; salas de aula bem equipadas com recursos multimídias, tela de projeção e ar condicionado; e o fato de atender aos quesitos de acessibilidade.

VESTIBULARO segundo processo seletivo 2015 da Faculdade de

Tecnologia Senac do Distrito Federal está com as inscri-ções abertas, presencialmente, na unidade 903 Sul e pela internet por meio do portal (www.facsenac.edu.br). O can-didato pode se inscrever de segunda à sexta-feira, das 9h às 21h30. A taxa de inscrição está no valor de R$ 20. A prova será aplicada no dia 24 de maio, às 10h. Mais informações pelo portal

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Revista Fecomércio DF 59

instituto fecomércio

Brasília é sede do Fórum Nacional de Dirigentes dos IFs de todo o País

Brasília foi a cidade escolhida para sediar o 7º Fórum Nacional de Dirigentes dos Institutos Fecomércio, que ocorreu nos dias 14 e 15 de

maio, na sede da Fecomércio. Além dos convidados de 12 estados, também participaram da reunião o vice-pre-sidente-fnanceiro, Paolo Orlando Piacesi, diretores, asses-sores da Fecomércio e representantes da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). O próximo encontro está marcado para os dias 15 e 16 de outubro em Aracaju, Sergipe.

O presidente da Fecomércio-DF, Adelmir Santana, re-alizou a abertura do encontro e ressaltou que a iniciativa é uma ótima oportunidade para conhecer a realidade dos outros estados, verificar as dificuldades enfrentadas e com-partilhar os casos de sucesso. “Também precisamos criar uma cultura de inovação, muitas vezes esquecida”, apontou Adelmir no discurso de abertura do evento.

Santana explicou que o Sistema Fecomércio conta com um braço da formação educacional, o Senac, outro braço da assistência aos trabalhadores, o Sesc, e o Instituto Fe-comércio complementa a assistência às empresas de co-mércio e serviços, oferecendo pesquisas de mercado, como a Conjuntural, que destrincha mensalmente a realidade das micros e pequenas empresas (maioria no DF), além de realizar pesquisas de expectativa de vendas nas principais datas comerciais, estudos encomendados por empresários para orientar sobre a realidade do mercado. “Oferecemos cursos in company e somos um agente de integração para o estágio, entre empresas e estudantes”, apontou Adelmir.

A diretora-executiva do IF-DF e presidente do Fórum, Elizabet Garcia Campos, afirmou que o objetivo do encon-tro é discutir e compartilhar ações, visando a uma melhor gestão das instituições. “É um momento de discussão para alcançar uma integração cada vez maior, com foco no for-talecimento e no desenvolvimento institucional, em uma perspectiva de potencializar a competitividade e a efetivida-de do sistema”, disse.

CONVIDADOSO presidente do Sebrae-DF, Luís Afonso Bermúdez,

ministrou a palestra “A Lei Geral da Pequena Empresa: Oportunidades para Jovens Empreendedores”. Para ele, é um desafio inserir todos os jovens estudantes no merca-do de trabalho, por isso os setores de comércio e serviço são ótimas alternativas para a realização profissional. De acordo com uma pesquisa do Sebrae sobre o Perfil do Em-preendedor Brasileiro, o segmento de negócio que mais atrai o potencial jovem empreendedor é o de serviços. “O empreendedorismo, principalmente com foco no jovem empreendedor, tem que ser entendido pelos líderes como uma saída e um tema relevante para o desenvolvimento so-cioeconômico brasileiro”, apontou Bermúdez. A consultora de pesquisas do IF-DF, Andréa Antinoro, terminou as apre-sentações do dia com a palestra “Pesquisa de Mercado: Saber e Poder!”.

Mais informações

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institutofecomerciodf.com.br

Troca produtivade ideias //Por Fabíola Souza Foto: Raphael Carmona

Elizabet Garcia, diretora, e Adelmir Santana, presidente do IF

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As feiras do DF pedem socorro

sindicatos

Sindifeiras luta pela criação de uma secretaria específica para tratar dos feirantes

//Por Fabíola Souza Foto: Raphael Carmona

A vocação do Distrito Federal é para comércio e serviços, po-rém o descaso com as feiras

da cidade demonstra total falta de or-ganização em preservar o patrimônio comercial por parte do governo. A si-tuação é tão crítica que, pela primeira vez na história da cidade, foi realizada uma audiência pública para tratar das Feiras do DF.

De acordo com o presidente do Sindicato dos Feirantes do Distrito Federal (Sindifeira-DF), Francisco Valdenir Elias, problemas dentro das feiras do DF é o que não falta. “Na história do sindicato, foi a primeira vez que conseguimos uma audiência pública, o que foi de grande impor-tância, pois estavam representadas todas as feiras do DF”, ressalta. O au-tor da iniciativa foi o deputado Renato Andrade (PR). No encontro, realizado

no dia 27 de abril de 2015, foram le-vantadas propostas como recadas-tramento e regularização das feiras.

O Sindifeira foi fundado em 1977 e atualmente abriga 84 feiras, entre feiras livres, permanentes e shoppin-gs populares. Representa aproxima-damente 30 mil feirantes, que pro-porcionam 100 mil empregos diretos e indiretos.

REIVINDICAÇÕESValdenir acredita que a principal

iniciativa que o Governo deveria ter é a criação de uma secretaria espe-cífica para tratar dos feirantes, am-bulantes, banca de jornal e revista, quiosques, trailers e similares. “Tal-vez assim nós acertássemos em to-dos os erros que foram cometidos no passado”, aponta o presidente. Outra questão apresentada pela categoria é

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60 Revista Fecomércio DF Revista Fecomércio DF 61

a inclusão das feiras do DF no Plano de Turismo da cidade, assim como o cadastro único e a revitalização das feiras. “O turista vem para Brasília e ele só conta com duas feiras: a Feira da Torre e a Feira dos Importados. Gostaríamos que incluíssem nos ro-teiros turísticos todas as feiras, que elas tivessem no calendário turístico de visitação do GDF”, afirma.

Francisco diz que atualmente existem muitos boxes abandonados na maioria das feiras por causa da falta de políticas públicas para o se-tor. O feirante se vê obrigado a voltar a vender na rua, o que prejudica o co-mércio estabelecido no local e coloca em risco a sua mercadoria. “Ele veio da rua como ambulante, o Estado foi e concedeu cidadania para ele virar feirante e ter o local apropriado para vender. Mas depois o feirante se vê forçado a voltar à ilegalidade porque não existe uma política pública para as feiras”, lamenta Valdenir. Segundo ele, se o governo oferecesse empre-go para os feirantes com uma média salarial de R$ 1,5 mil, cerca de 80% a 90% dos feirantes deixariam os boxes. Outro ponto levantado pelo presiden-te do sindicato foi a falta de linha de crédito. “Ninguém consegue linha de crédito para feirante. Quando chega até o gerente e fala que trabalha em feira, ele diz que te dá R$ 5 mil de cré-dito. O que se faz com esse dinheiro?”, questiona. Para ele, o que sustenta a maioria das feiras do DF atualmente são as vendas de frutas, verduras e comidas típicas de outras regiões.

PROBLEMAS ESTRUTURAISA distribuição dos boxes nos sho-

ppings populares é outro problema que prejudica o setor. “O Estado faz uma feira onde há 60 feirantes. Daí, constrói 300 boxes, mas apenas 60 pessoas querem trabalhar no local. Então, os outros repassam o ponto para quem não é comerciante, mas eles não ficam no espaço, ao con-trário, deixam os boxes fechados e os clientes param de ir porque tem muito box fechado”, critica Valdenir. A situação é tão séria que Francisco ex-plica que se o trabalhador não levar comida de casa, alguns passam o dia

sem fazer nenhuma refeição, porque não conseguem vender nada.

Atualmente, não existe nenhuma feira modelo, que o funcionamento sirva de inspiração para as outras. Apesar disso, o presidente elogia a estrutura do Shopping Popular lo-calizado perto da Rodoferroviária, que conta com um grande estacio-namento. Além dela, existem mais dois Shoppings Populares, um na Ceilândia e outro no Gama. “O sho-pping do Gama, por exemplo, era para 460 boxes, mas fizeram 1.012 boxes e um estacionamento que se dá 20 carros é muito. Aumentaram a estrutura, mas conclusão: existe um monte de boxes fechados, porque não são comerciantes. Agora se você passar no centro do Gama vai ver vá-rios feirantes. O governo precisa cha-mar a categoria para conversar sobre uma solução para esses problemas”, aponta Valdenir.

No Distrito Federal existe a Lei nº

fossem tomadas em conjunto com algum representante do governo e outro das feiras. “Em época de cam-panha, os candidatos ao Executivo disseram que a criação de uma Se-cretaria exclusiva para este assunto era totalmente viável. Só que depois de eleito, ninguém consegue mais fa-lar com o governador. As feiras estão pedindo socorro. É preciso que sejam feitas revitalizações. Se não for fei-to nada, é muito provável que todos voltem para as ruas. Porque não tem como você ficar em um local que o feirante não consegue vender”, afir-ma Francisco.

A questão das instalações de água e luz individualizadas, por exemplo, está na lei, mas não é a realidade das feiras. Segundo o presidente do Sin-difeira-DF, existem feiras que estão com a luz cortada há dois anos e está há mais de seis meses sem água. Outro exemplo triste é em relação à feira que funciona na Praça do Bica-lho, em Taguatinga. A feira nasceu com a cidade, que vai completar 57 anos em 2015, e funciona aos domin-gos das 6h às 13h, porém não tem banheiro. “Como fazem esses traba-lhadores? Temos um projeto pronto para a construção de um banheiro no local há 12 anos, mas nunca saiu do papel”, aponta.

Para completar o cenário difícil, há ainda as feiras itinerantes na cida-de. Elas funcionam apenas nos finais de semana e os colaboradores não são de Brasília. Ou seja, não pagam impostos locais e não geram empre-go e renda para a cidade. A Câmara Legislativa aprovou o Projeto de Lei (PL) 2.072/2014, que regulamenta o funcionamento das feiras itinerantes. De acordo com o PL, as feiras terão que ter no mínimo 60% de aprovação dos lojistas para funcionar perto de centros comerciais.

O governador Rodrigo Rollem-berg vetou o PL, que agora está na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara Legislativa. Os membros da comissão irão pre-parar um relatório para analisar o veto do governador. Depois disso, o texto volta ao plenário da casa, ain-da sem data para ser votado.

4.748, de 2 de fevereiro de 2012, que dispõe sobre a regularização, a orga-nização e o funcionamento das feiras livres e permanentes no DF. Valdenir defende que a lei ainda não é o ideal para o setor, mas certamente ajuda. “O problema é quando você vai cum-prir a lei. Cada Administração Regio-nal tem uma interpretação. Costumo comparar as leis à Bíblia, pois cada um interpreta de uma maneira”, lamenta.

Para ele, seria melhor a criação de um órgão e dentro dessa estru-tura houvesse câmaras temáticas divididas por assuntos, e as decisões

“Ninguém consegue linha de crédito para

feirante”Francisco Valdenir

presidente do Sindifeira-DF

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62 Revista Fecomércio DF Revista Fecomércio DF 63

pesquisa conjuntural

Nov x Out Dez x Nov Jan x Dez Fev x Jan Marx Fev Abril x Mar

Autopeças e Acessórios -5,58% -1,75% -9,78% -22,68% 4,91% 5,44%

Bares, Restaurantes e Lanchonetes -1,94% 4,09% -6,90% -6,85% 4,22% -2,67%

Calçados 1,99% 45,71% -46,12% 5,76% 5,17% -1,31%

Farmácia e Perfumaria -2,18% 6,70% -11,20% -6,55% 5,69% 0,20%

Floricultura 17,45% 5,86% -23,60% -7,06% 12,57% -5,70%

Informática -2,38% 23,61% -12,79% -10,28% 7,41% -4,89%

Livraria e Papelaria -0,99% 60,97% -9,04% 15,73% -6,37% -29,72%

Lojas de Utilidades Domésticas 5,45% 20,22% -24,04% -10,46% 9,73% -7,72%

Material de Construção 5,46% -1,92% -11,37% -1,77% -3,11% -5,63%

Mercado e Mercearia -0,02% -2,17% -9,05% -2,98% 12,58% -11,30%

Móveis e Decoração 8,10% -7,18% -0,02% -15,33% 2,80% -1,22%

Óticas 0,79% -7,84% -10,90% -2,08% 1,56% 9,46%

Tecidos 31,65% 12,45% -17,67% -13,66% -1,30% -5,13%

Vestuário 6,75% 43,67% -38,52% -10,40% 9,32% -8,61%

Total 0,59% 9,73% -15,68% -6,34% 5,44% -5,18%

Academia 5,58% -8,55% 15,22% -17,96% 5,79% 0,84%

Agências de Viagem 12,96% 6,94% 9,00% -9,87% -2,01% -3,88%

Aluguel de Artigos para Festa 3,54% 1,16% -23,78% 5,62% 14,76% -21,88%

Autoescola 7,98% -15,02% 5,94% 17,05% 17,80% 14,98%

Casa de Eventos -0,48% 1,75% -46,12% 14,97% 4,51% -6,72%

Clínica de Estética 0,19% 3,06% -18,68% -13,18% -14,93% 7,40%

Ensino de Idiomas 2,27% 3,06% -6,23% 1,71% 9,89% -5,95%

Pet Shop 7,13% 6,39% -15,58% -11,76% 2,52% 0,18%

Reparação de Eletroeletrônicos 2,82% -6,60% -2,45% -5,09% 6,64% -13,20%

Salão de Beleza 2,37% 17,61% -12,46% -15,04% 5,90% -0,60%

Total 4,22% 1,38% -8,92% -7,03% 5,48% -4,83%

Total 1,35% 7,94% -14,34% -6,49% 5,45% -5,11%

Comércio

Desempenho de vendas

Fonte: Pesquisa Conjuntural de Comércio e Serviços.Serviço

As vendas do setor de serviços também tiveram um declínio de 4,83%

Novamenteem queda

//Por Fabíola Souza

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62 Revista Fecomércio DF Revista Fecomércio DF 63

Formas de pagamento // Abril

Com

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Serv

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0% 0%

100% 100%

À vista

28,93%

À vista

26,77%

0,42%

Cheque

1,70%

Cheque

20,28%

Débito

13,90%

Débito

2,78%

A prazo

9,21%

A prazo

1,55%

Boleto

11,14%

Boleto

46,04%

Cartão de Crédito

39,27%

Cartão de Crédito

Fonte: Pesquisa Conjuntural de Comércio e Serviços.

As vendas do comércio brasiliense voltaram a registrar queda em abril. A redução foi de

5,18% na comparação com mar-ço. As vendas do setor de serviços também tiveram um declínio de 4,83%. No acumulado dos últimos 12 meses (abril 2014 X abril 2015) a variação ficou em -15,48%. É o que mostra a Pesquisa Conjuntu-ral de Micro e Pequenas Empresas do Distrito Federal, realizada pelo Instituto Fecomércio.

Segundo o presidente da Fe-comércio-DF, Adelmir Santana, a alta da inflação aliada à desacele-ração do crédito, a alta nas taxas de juros e a queda na renda dos brasilienses com a iminente situ-ação de desemprego formam esse cenário de declínio nas vendas. E esse quadro não atinge somente os setores de comércio e serviços, mas também o setor produtivo todo. “Em abril tivemos dois feria-dos prolongados, o que também impacta diretamente nas vendas”, aponta. Adelmir explica que as os-cilações impedem ainda a cons-trução de um cenário definitivo de recuperação ou queda das vendas

para o ano de 2015, portanto é fundamental o monitoramento nos próxi-mos meses com comparações imediatas e acumuladas para uma melhor avaliação prospectiva.

Os únicos segmentos do comércio que registraram alta em abril fo-ram: Óticas (9,46%); Autopeças e Acessórios (5,44%); Farmácia e Perfu-maria (0,20%). Os segmentos que apresentaram queda forma: Livraria e Papelaria (-29,72%); Mercado e Mercearia (-11,30%); Vestuário (-8,61%); Lojas de Utilidades Domésticas (-7,72%); Floricultura (-5,70%); Material de Construção (-5,63%); Tecidos (-5,13%); Informática (-4,89%); Bares, Restaurantes e Lanchonetes (-2,67%); Calçados (-1,31%) e Móveis e De-

5,18%foi a queda

das vendas do comércio em abril

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64 Revista Fecomércio DF Revista Fecomércio DF 65

pesquisa conjuntural

Nov x Out Dez x Nov Jan x Dez Fev x Jan MarxFev Abril x Mar

Autopeças e Acessórios -2,15% -2,99% -6,83% 13,33% -2,94% 3,01%

Bares, Restaurantes e Lanchonetes 0,91% -4,12% 0,20% -4,37% 3,99% 1,69%

Calçados -4,69% 10,08% -16,79% 8,65% -3,42% 2,65%

Farmácia e Perfumaria -1,01% 0,34% -5,96% -0,37% 5,99% -1,77%

Floricultura 4,76% 9,09% 0,00% 12,50% -3,70% 0,00%

Informática 0,00% 16,46% -6,52% -9,30% 0,00% 7,69%

Livraria e Papelaria 37,14% -2,94% 2,86% 1,90% -8,18% -5,50%

Lojas de Utilidades Domésticas 6,45% -7,58% -1,67% 1,69% 0,00% -10,17%

Material de Construção 6,78% -3,50% -4,19% -5,46% -8,67% 9,49%

Mercado e Mercearia 0,53% -2,93% 1,59% -0,45% -0,45% 0,00%

Móveis e Decoração 0,00% -26,09% 21,57% -1,54% 1,52% 0,00%

Óticas 6,67% 0,00% 3,45% 0,00% 0,00% 10,00%

Tecidos -7,69% -12,50% 9,52% 8,70% 32,00% -27,27%

Vestuário 8,49% -4,01% -3,73% 3,50% -1,13% -1,10%

Total 2,28% -2,70% -1,73% -0,68% 0,86% 0,70%

Academia 4,26% -6,69% 7,63% -7,45% 5,36% -2,91%

Agências de Viagem 18,00% -8,33% -8,16% 17,78% -7,55% -1,96%

Aluguel de Artigos para Festa 2,72% 1,32% 10,46% -3,55% -3,05% -5,43%

Autoescola 3,33% -4,84% 0,00% 9,43% -7,14% 12,82%

Casa de Eventos 2,70% 0,00% 2,27% -4,44% 2,33% 0,00%

Clínica de Estética 2,50% -11,84% 17,39% -16,05% 12,31% 1,37%

Ensino de Idiomas 1,66% -1,71% -8,18% 3,03% 2,21% 7,91%

Pet Shop 6,96% -10,66% 2,68% 1,74% 0,85% -1,69%

Reparação de Eletroeletrônicos 0,00% -0,93% -0,93% 0,00% 2,83% -0,92%

Salão de Beleza 5,77% 5,22% -16,81% 2,13% -1,05% 1,06%

Total 4,04% -3,68% 1,34% -1,87% 1,57% -0,09%

Total 2,79% -2,99% -0,86% -1,02% 1,06% 0,49%

Comércio

Nível de emprego

Fonte: Pesquisa Conjuntural de Comércio e Serviços.Serviço

coração (-1,22%). No setor de serviços, o des-

taque em abril ficou para o seg-mento de Autoescola (14,98%); seguido pela Clínica de Estética (7,40%); Academia (0,84%) e Pet-shop (0,18%). Os segmentos de serviços que apresentaram que-da nas vendas no mês de abril foram: Aluguel de Artigos para Festa (-21,88%); Reparação de Ele-troeletrônicos (-13,20%); Casa de Eventos (-6,72%); Ensino de Idio-mas (-5,95%); Agência de Viagem

(-3,88%) e Salão de Beleza (-0,60%). Entre as formas de pagamento,

o cartão de crédito foi o mais utili-zado nas compras. No comércio, a modalidade respondeu por 46,04% das vendas. No setor de serviços, foi responsável por 39,27% das compras. A Pesquisa Conjuntural de Micro e Pequenas Empresas do DF é realizada mensalmente pelo Instituto Fecomércio e tem o apoio do Sebrae. Foram consultadas 900 empresas, das quais 595 do co-mércio e 305 de serviços.

Page 65: Estímulo à tecnologia

64 Revista Fecomércio DF Revista Fecomércio DF 65

Fonte: Pesquisa Conjuntural de Comércio e Serviços.

Fonte: Pesquisa Conjuntural de Comércio e Serviços.

Comércio Serviço

Comércio Serviço

Nov x Out Dez x Nov Jan x Dez Fev x Jan Marx Fev Abril x Mar

Brasília (Asa Sul e Asa Norte) 0,44% 10,34% -13,32% -7,59% 10,47% -7,23%

Candangolândia, Guará eNúcleo Bandeirante -5,10% 12,93% -32,21% 4,05% 4,69% 0,97%

Ceilândia, Taguatinga, Vicente Pirese Águas Claras -1,04% 16,27% -17,46% -4,33% -0,97% -5,79%

Cruzeiro, Setor de Indústrias e Sudoeste -0,87% 0,80% -18,07% -4,25% 1,68% -5,40%

Gama, Recanto das Emas e Samambaia 1,99% 10,49% -19,49% -4,77% 1,36% 0,56%

Paranoá, Sobradinho e São Sebastião 7,33% 0,91% -6,61% -12,40% 7,61% -4,92%

Total 0,59% 9,73% -15,68% -6,34% 5,44% -5,18%

Brasília (Asa Sul e Asa Norte) 2,74% 2,66% -6,58% -3,04% 7,12% -1,38%

Candangolândia, Guará eNúcleo Bandeirante -1,51% -1,74% -19,86% -17,27% -7,93% 7,52%

Ceilândia, Taguatinga,Vicente Pires e Águas Claras 0,84% -1,40% -15,32% -9,12% 3,36% -3,71%

Cruzeiro, Setor de Indústrias e Sudoeste 4,17% 6,34% -12,62% -0,80% 4,27% -16,66%

Gama, Recanto das Emas e Samambaia 7,58% 3,04% -12,36% -4,15% -8,40% 5,14%

Paranoá, Sobradinho e São Sebastião 14,55% -1,59% 5,27% -16,84% 15,78% -9,10%

Total 4,22% 1,38% -8,92% -7,03% 5,48% -4,83%

Total 1,35% 7,94% -14,34% -6,49% 5,45% -5,11%

Desempenho de vendas

Nov x Out Dez x Nov Jan x Dez Fev x Jan Marx Fev Abrilx Mar

Brasília (Asa Sul e Asa Norte) 0,36% -2,11% -1,54% -2,35% 10,47% 0,00%

Candangolândia, Guará eNúcleo Bandeirante 4,02% 1,22% -14,47% 13,18% 4,69% 5,88%

Ceilândia, Taguatinga,Vicente Pires e Águas Claras -1,30% 0,66% 0,33% 0,83% -0,97% 2,32%

Cruzeiro, Setor de Indústrias e Sudoeste 8,43% -8,59% 1,50% -4,64% 1,68% -3,02%

Gama, Recanto das Emas e Samambaia -1,71% 0,35% -7,52% 4,24% 1,36% -2,62%

Paranoá, Sobradinho e São Sebastião 13,11% -9,41% 2,37% -3,86% 7,61% 4,18%

Total 2,28% -2,70% -1,73% -0,68% 5,44% 0,70%

Brasília (Asa Sul e Asa Norte) 4,64% -3,72% -3,75% 8,44% 7,12% 1,46%

Candangolândia, Guará e Núcleo Bandeirante -1,92% -3,92% 6,00% -5,77% -7,93% -3,70%

Ceilândia, Taguatinga, Vicente Pires e Águas Claras 4,95% -0,58% 4,46% -5,11% 3,36% -0,91%

Cruzeiro, Setor de Indústrias e Sudoeste 3,15% -6,02% 14,17% -4,58% 4,27% -1,67%

Gama, Recanto das Emas e Samambaia -1,41% -5,71% -1,49% 1,52% -8,40% -5,80%

Paranoá, Sobradinho e São Sebastião 5,33% -6,02% -3,62% -9,86% 15,78% 2,67%

Total 4,04% -3,68% 1,34% -1,87% 5,48% -0,09%

Total 2,79% -2,99% -0,86% -1,02% 5,45% 0,49%

Nível de Emprego

Page 66: Estímulo à tecnologia

66 Revista Fecomércio DF

Parabéns ao governo e aos administradores do parque. Incentivo ao esporte e lazer de baixo custo é sempre bem-vindo.

Devem ser punidos com o máximo rigor. Infelizmente, em pleno 2015, ainda nos depararmos com tão triste realidade.

Estamos vivendo um período de dificuldades econômicas. O que as famílias menos precisam agora é de gasto extra com sinal de TV digital.

O futuro de muitos dependem da educação financiada pelo governo. Como ser uma pátria educadora se estão podando o sagrado direito à educação? Uma pena!

O motorista tem que ser educado para respeitar os ciclistas. Uma solução é rever o modelo de mobilidade urbana no DF.

Com tanto avanço nas leis não há mais espaço para o racismo em qualquer esfera. É preciso que as pessoas sejam punidas.

Será uma evolução positiva se o governo garantir a transição dos modelos. É preciso que seja melhorado para que todos tenham acesso ao sinal.

RUIM RUIM

RUIM

RUIM RUIM RUIM RUIM RUIM

RUIM RUIM RUIM

A educação é a base para construirmos um país melhor. Suspender os contratos do FIES só nos coloca em uma situação de retrocesso.

A nova sinalização do parque reflete o que não se vê nas ruas, ciclistas circulando em segurança e cada vez mais pessoas aderindo à bicicleta.

Uso essa pista quase todos os dias e acho bom porque os motoristas começam a respeitar mais o espaço da bicicleta, que é o meio de transporte do futuro.

BOM BOM BOM BOM BOM

BOMBOM

As pessoas acreditam estar impunes e também expõem o que sentem. Me leva a crer que ainda temos muito a evoluir.

Acho isso uma falta de respeito. Somos todos iguais. É importante respeitar a todos e não julgar ninguém pela aparência física.

A qualidade da imagem na TV Digital é muito superior. Sinal de respeito com o telespectador, em relação à qualidade do serviço.

Se vai ficar tudo digital e isso melhorar a qualidade do sinal, acho bom.

Para um país que tem como slogan “Pátria Educadora”, é contraditória qualquer medida que gera impacto na educação.

É uma forma de incentivar os estudos, uma vez que há gente com dificuldade de pagar uma faculdade.

RUIM

É necessário preparar os motoristas para uma convivência harmônica entre os diversos meios de transporte que utilizam as vias de circulação.

É inadmissível, deve ser repudiado. Tais crimes precisam ser denunciados pelas vítimas por meio de registro de ocorrência e seus autores punidos.

R

Sinal analógico de TV será desligado em abril de 2016.

Excluiu muitos estudantes do processo educacional que tinham na Educação Superior a única oportunidade de melhoria de vida.

pesquisa relâmpago

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Pedro Vascoempresário e massoterapeuta

Belayne Vasconcelos, coordenadora de Marketing do Shopping Sul

Marconi Ribeiro,educador físico

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