ESTIMAÇÃO DE PARÂMETROS NA REMOÇÃO DE … · contido cm cllucntcs industriais. Via de regra....

8
Fica-Pira s. P. R ESTIMAÇÃO DE PARÂMETROS NA REMOÇÃO DE NITROGÊNIO AMONIACAL EM EFLlJENTES INDUSTRIAIS MEDIANTE BIORREATORES TRIF ÁSICOS. PR Fica-Piras Departamento de Proj etas Especiais - Ce ntro de Tec nologia Mine ral. Avenid a lpê. n'' 900. Cidade Uni\ crsit úria. Ilha do Fund;1o CEP l-.:'i90 Ri o de Janeiro- RJ E-ma il : pafipi(úcctem gov.br RESUMO Os bi orrcatorcs trifúsicos têm demonstrado aplicabilidade c ve rs atilidade na rc n1 oç: 1o biológica do nitro nio am o nia cal contido cm cllucntcs industriai s. Via de re gra . estes c llu c nt cs co nt êm tanto o citado mat e rial nitroge nad o co mo ainda teores remanesce nt es de mat é ri a or gi\ nica carbon :kca. A O.\icl açilo bi ológica t: ult o el o nitro ni o am o nia ca l quanto ela matéria orgúnica nestas condi ções é um proces so resultante cl c. pclo menos três rcaçõcs simult :' lll e: l s. Elas s:1o mccliaclas por mi croorganism os que concorrem pelo espaço di sponível no r ec heio sólido qu e fo rnece supo rt e no interior do bi orrcator trifús ico c pelo O .\i nio fornec id o na acraçào . Co ns eqüenteme nte . as ta.\as de crescimento de hctcrotróftcos. O.\ idantc s de am ô nia c o. .\idantcs de nitrito silo afctadas pe la C .\i stência de mai s de um s ub strato. Após mo nit o ram c nt os da s vari :' l\ -c is rel ev ant es do processo (NH,'. N0 2 ·• NO,·. DQO. COT. ATP/pro tcínas . KB,J c um balanço de materiais cst: lb cl cc ido para biomassa c substratos. consid erando v;ílido o modelo c in é ti co de Monod. fo ram determinado s numeri ca me nt e nm c p:mlmctros do sistema de equações resultantes do balanço. se guindo a mctodolog i:l da m:i . .\ima vcrossimilhan ç;L. P:1ra os c:'L iculos . foram co nsideradas du as abordagens. psc udo-cstaci on( lria c contínu a. :1 seg unda da s quai s apresentou melhores resultado s. co m so ma quadrútica menor c valores mai s apro .\ imados aos da lit eratura . As unidades de bancada c piloto fo ram alime ntad as co m cllucntc reaL fo rnec id o por uma re fin a ria pe tról eo a locada numa ;' u ·e a j;i hipc rtrofi ;ad; l. port a nt o sc nsÍ\-cl à continuidade da polui çiío por nutrie nte s. PALAVRAS- CHAV E: nitrificaç;lo: cllucntc indu strial: biorrcator trif;i sico: m;'t..\ ima \"Crossimilhança: dcspolui ç;1o da Baía de Guanabara I. INTRODUÇÃO Em cllucntcs industriais. a rcm oçilo do nitrogê ni o amoniacal é dcscj: ív el para a prcsc n aç; 1o dos co rpos hídricos rece pt o res . O nitro nio amo ni ac al é a fo rma rcdu ; .ida de nitrogê nio qu e as al gas preferem co tu o s ub str; ll o para s ua s estruturas proteicas c. como afinal scri1 O .\Ídado pela bi ota espontaneam e nt e present e. tr: u-;i como decorrênc ia :1 clitniLHti ç: lo elo O.\i gênio dissolvido nele. essencial ús forma s ac róbias de 'i ela (pci.\cs. crust:"l ccos etc). Outras formas el e nitro gênio (nitrilos c nitra to s) sil o também inco nvenientes em altas concent raçõ es. porém c n1 menor g rau . A fonna mai s cconômic a de rcmoçilo do nitroni o amoniacal co ntid o co mo po lu e nt e el e unl c lluentc é o tmtamcnto bi ológico. Dentre as várias op çõ es disponíveis para um processo com este objcti\ o. as com·encionais. co m biomassa su spe nsa (lodos ativados. lagoas acradas) devem usa r tempos de re si dência rclat i' a mente maiores. pois os microo rganismos autotróficos. principais rcspon vcis pela O..\id:1o deste sub s trato com o nitrogênio redu ; .id o (-:1) . poss uem uma vel oc idade específica de cresc ime nto sensivelme nt e menor ú dos nli croorga ni s nl os hctcrotró fl cos (o . .\idadores de mat é ria or nica carbonúcca ). Uma forma de rcdu ; .i r o tempo de residência hidrúulico do efluent e. sem afctar o te mpo de resid ênc ia elos microo rganismos rc sponsúvcis pela bi odcgradação (neste caso os e ncarregados da rcduç:lo dos teo r es do polu e nt e mediante me tab o li zaç:1o acróbia). é a in corporaçilo de al gum material lid o no sei o do rcat or. ele fo rma que s ina de s upo rte para o cspo nt ;" mc o cresc ime nto do s mi c ro organismos bi odcgradadorcs c n:lo seja retirado por arrasto junto com o e llu c nt c qu e sai do rcato r A deco rrente rcdu çií o do tempo de residência do cllucnte redunda at é mesmo c m' antagens adicionais. tant o do po nto de vi sta do custo cm investimento dircto na constnt ç;l o da unidade. quanto dos in d ire tos. ligados ao melhor aproveitamento do espaço c à diminuição do consumo de utilidad es. A depe ndê nc ia c estabilidade do processo de nitrificil o pera nt e utn eventual C.\ccsso el e mat é ria org: lnica ca rb o n:'1cc a. qu e poderá alime nt ar microorganismos que co nco rrcriío com os nitrifi cant es pelo espaço c o O.\ i nio vindo d:l :lc ra ç;lo. ju stiftca que sej a estudado com detalhes o ef e it o da proporç;lo carbono/nitro nio no clluent c a ser tratad o. além ele se rem levantados os dados ncce ssc' uios para o dimensionamento des te tipo el e unidades trif:'1 sicas. A estratégia el e proJeto 388

Transcript of ESTIMAÇÃO DE PARÂMETROS NA REMOÇÃO DE … · contido cm cllucntcs industriais. Via de regra....

Fica-Piras. P. R

ESTIMAÇÃO DE PARÂMETROS NA REMOÇÃO DE NITROGÊNIO AMONIACAL EM EFLlJENTES INDUSTRIAIS MEDIANTE BIORREATORES TRIF ÁSICOS.

PR Fica-Piras Departamento de Proj etas Especiais - Centro de Tec nologia Mineral.

Avenida lpê. n'' 900. Cidade Uni\ crsitúria. Ilha do Fund;1o CEP 2 1 .9~ l-.:'i90 Rio de Janeiro- RJ E-mail : pafipi(úcctem gov.br

RESUMO

Os biorrcatorcs trifúsicos têm demonstrado aplicabilidade c ve rsatilidade na rcn1oç:1o biológica do nitrogê nio amoniacal contido cm cllucntcs industriais. Via de regra . estes cllucntcs co ntêm tanto o citado material nitrogenado como ainda teores remanescentes de matéria orgi\nica carbon:kca. A O.\iclaçilo biológica t:ulto elo nitrogênio amoniaca l quanto ela matéria orgúnica nestas condições é um processo resultante clc.pclo menos três rcaçõcs simult:'llle:ls. Elas s:1o mccliaclas por microorganismos que concorrem pelo espaço disponível no rec heio sólido que fo rnece suport e no interior do biorrcator trifús ico c pelo O.\igênio fornecido na acraçào . Co nseqüentemente. as ta.\as de crescimento de hctcrotróftcos. O.\ idantcs de amônia c o . .\idantcs de nitrito silo afctadas pela C.\istência de mais de um substrato. Após monitoramcntos das vari:'l\ -c is relevantes do processo (NH, ' . N02· • NO,·. DQO. COT. ATP/protcínas. KB,J c um balanço de materiais cst:lbclcc ido para biomassa c substratos. considerando v;ílido o modelo cinéti co de Monod. foram determinados numerica mente nm c p:mlmctros do sistema de equações resultantes do balanço. seguindo a mctodolog i:l da m:i . .\ima vcrossimilhanç;L. P:1ra os c:'L iculos. foram co nsideradas duas abordagens. psc udo-cstacion(lria c contínua. :1 segunda das quai s apresentou melhores resultados. com soma quadrútica menor c valores mai s apro .\ imados aos da literatura . As unidades de bancada c piloto foram alimentadas com cllucntc reaL fornecido por uma refinaria petróleo alocada numa ;'u·ea j;i hipcrtrofi ;ad;l. port anto scnsÍ\-cl à continuidade da polui çiío por nutrientes.

PALAVRAS-CHAVE: nitrificaç;lo: cllucntc industrial: biorrcator trif;isico: m;'t..\ ima \"Crossimilhança: dcspolui ç;1o da Baía de Guanabara

I. INTRODUÇÃO

Em cllucntcs industriais. a rcmoçilo do nitrogênio amoniacal é dcscj:ível para a prcscn aç;1o dos co rpos hídricos receptores. O nitrogênio amoniacal é a forma rcdu;.ida de nitrogênio que as algas preferem co tuo substr;llo para suas estruturas proteicas c. como afinal scri1 O.\Ídado pela biota espontaneamente presente. tr:u-;i como decorrência :1 clitniLHtiç:lo elo O.\igênio dissolvido nele. essencial ús forma s ac róbias de 'i ela (pci.\cs. crust:"lccos etc). Outras formas el e nitro gênio (nitrilos c nitratos) silo também inco nvenientes em altas concent rações. porém cn1 menor grau .

A fonna mais cconômica de rcmoçilo do nitrogê nio amoniacal contido co mo poluente ele unl clluentc é o tmtamcnto biológico. Dentre as várias opções disponíveis para um processo com este objcti\ o. as com·encionais. co m biomassa suspensa (lodos ativados. lagoas acradas) devem usar tempos de residência rclat i' a mente maiores. pois os microo rganismos autotróficos. principais rcsponsúvcis pela O..\idaç:1o deste substrato com o nitrogênio redu;.ido (-:1) . possuem uma velocidade específica de crescimento sensivelmente menor ú dos nlicroorganisnlos hctcrotrófl cos (o . .\idadores de matéria orgúnica carbonúcca).

Uma forma de rcdu;.i r o tempo de residência hidrúulico do efluente. sem afctar o tempo de residência elos microo rganismos rcsponsúvcis pela biodcgradação (neste caso os encarregados da rcduç:lo dos teo res do poluente mediante metabolizaç:1o acróbia). é a incorporaçilo de algum material só lido no seio do rcator. ele forma que sina de suporte para o cspont ;"mco cresc imento dos microorganismos biodcgradadorcs c n:lo seja retirado por arrasto junto com o ellucntc que sai do rcato r A decorrente rcduçiío do tempo de residência do cllucnte redunda até mesmo cm' antagens adicionais. tanto do ponto de vi sta do custo cm investimento dircto na constntç;lo da unidade. quanto dos indiretos. ligados ao melhor aproveitamento do espaço c à diminuição do consumo de utilidades.

A dependência c estabilidade do processo de nitrificaçilo perante utn eventual C.\ccsso ele maté ria org:lnica ca rbon:'1cca. que poderá alimentar microorganismos que concorrcriío com os nitrificantes pelo espaço c o O.\ igê nio vindo d:l :lcraç;lo. justiftca que seja estudado com detalhes o efeito da proporç;lo carbono/nitrogênio no clluentc a ser tratado. além ele se rem levantados os dados nccessc'uios para o dimensionamento deste tipo ele unidades trif:'1sicas. A estratégia ele proJeto

388

'!

. . '

#-

XIX ENTMME- Recife. Pernambuco- 2002.

corrente. baseado até agora em regr~ts simples. nilo explica os fenômenos inerentes aos biofilmcs. expõe-se a nilo cobrir todas as situ:tções reais c redunda frequentemente cm supcrdimensionamcnto.

O objcti,·o principal elo presente trabalho foi levantar parúmetros que permitissem encaminhar o dimensionamento adequado de unidades trifúsicas de nitrificaç:1o. assim como aplicar uma metodologia confiúvcl para a dctcrminaçflo desses panimctros cinéticas para um sistema de balanços de massa simultflneos para os diferentes substratos c biomassa. Orante das co mplexidades verificadas na operaçilo cm tempo real com cllucntc real de uma refinaria de grande porte. este trabalho também pretendeu colc tar informações que venham a facilitar a opcraçilo otimi;.ada c cst:ívcl de uma unidade destas.

2. CONTEXTO

Sendo um dos sctorcs industriais onde o enquadramento :is normas ambientais se torna mais urgente. a indústria do petróleo tem nos seus sistemas produtivos ':írios processos onde as correntes de cllucntcs hídricos contêm altas quantidades de nitrogénio amoniacal Exemplos mais rclc,·antcs destas fontes s:1o as úguas de produç:1o elos poços de petróleo c os cllucntcs das rcfimri:ts de pet róleo. Nestas aplicações possíveis. o projeto ele uniclaclcs mais compactas que apliquem a utili;aç:1o de tuna tcrcc ir~t fase (além do líquido do cllucntc c o gús ela acraç:1o) como suporte dos microorganismos tende a ser rmplantada cont maior facilidade. apesar de existirem poucos casos no pai s (Fica Piras. I <J9 J : ScutJPlantut!Rcduc. I<J%)

A refinaria cm estudo cst:'t loc:tlizacla mnna baía naturalmente fechada. onde o impacto das suas descargas fica acentuado pela bai.\:J circui:Jç:1o natural das :ígu;Js (Scrm/Fccrna/PDBG/PAC I <J<JX) . A baía tem cinco mnas nas que pode ser di' idida. quanto ao seu ní\ cl de cont:nninaç:lo. A rcgi:lo :i consi ste na porç:1o mais deteriorada d:J baía de Guanabara (Villac era/ii. I <J') I l. onde inclusive a conccntraç:1o de oxigênio dissolvido decresceu cm média 0.29 mg-L·1-a no·' de I <JXú a I 9<JO. Por co nta ela antiga c intensa ativicladc industrial. têm acontccíclo também contaminações csporúdicas acidentais de grande rcpcrcuss:lo. ass im como contribuiçilo de poluentes acima do pcnniticlo pelo órg:1o ambiental (Fccma. 19Xó). com quotidiancidadc (Seut!Piantut/Reduc. l<J%)

Em que pesem o esforços realizados para conter a contaminaç:1o por nitrogénio amoniacal ainda dentro da refinaria. que possui internamente processos contribuintes diferentes n:1 proporçüo ele descarga (Scut I 999: Fica-Piras. 2000). o projeto. constmç:lo c opcraç:1o de uma unidade ele rcduç:1o do nitrogénio amoniacal no ellucntc hídrico é uma dccisflo ncccssúria para obedecer o ordenamento jurídico vigente (Fccma. 2000). Esta necessidade. ass im como a perspectiva ele soluç:lo. pode f:u.cr-sc inclusi\C cxtcnsi\a ús outras on;c rcfmari :1s do sistema (Dcpin. I<JX:i).

3. ANTECEDENTES

Quanto aos fundamentos ela nitrifrcaç:1o. o tratamento biológico ele cllucntcs interessa-se pela resposta das nitrificantes ús condições do meio. de forma a garantir que as bactérias scrilo capa;.es de desenvolver suas atividades metabólicas c frcicntcmcntc.

A cstcqucomctria para a oxidaçilo de amonia a nitrito (nitritifrcaç;1o) pelas nitritantes (até pouco tempo consideradas pertencentes exclusivamente ao gênero Nilro.,·omnnus) é a seguinte:

NH,' + I'/2 02

------) N02· + 2H ' + Hp+cnergia (I)

Esta rcaç;1o é cxocrgônica. liberando entre 5S c S4 kcal/mol de am6nia. segundo vários pesquisadores (Paintcr. I 970: McCarty. 1%4). A posterior oxidaçilo de nitrito a nitrato (nitratiftcaçilo) pelas nitratantcs (recentemente consideradas pertencentes exclusivamente ao gênero Nitrohacler) é sumari;.ada como:

N02

· + '12 O, --)- NO,· + energia (2)

Esta rcaç:1o também é libcradora de energia. estima-se que numa quantidade 15.4 c 20.9 kcahnol· 1 de nitrito (McCarty. 1964 ). Por isto . as nitritantcs obtêm mais energia por moi oxidado que as nitratantcs. Dado que a quantidade de massa celular produ;icla estú relacionada :i quantidade de energia liberada. h;í espontaneamente uma formação maior de nitritantcs do que nitratantcs. por moi ele nitrogênio amoniacal oxidado.

A rcaçào global para a nitnficaç;1o do nitrogénio amoniacal é obtida pela soma das equações (I) c (2):

JX9

Fica-Piras. PR

NH/ + 2 02 ~ NO;+ 2 H' + H

20 +energia Cl)

Além do processo de conversão de substrato. ocorre também a síntese de biomassa Nas equações de crescimento para :\'itrosomonas .1p. (nitritantcs) c Nitrobacler .1p. (nitratantcs). equações (4) c (5). assume-se a fórmula empírica elementar C ,H 7N0

2 para bactérias (massa seca).

n NH,' + 15 C02 ~ 10 NO, + l C,H

7N0

2 + n H'+ 4 H

2" (4)

lO N02

+ 5 C02

+ NH,' + 2 Hp ----7 lO NO,· + C,H7N0

2 + H' (5)

A síntese de células pode ser globalmente descrita combinando as equações (I). (2). (4) c (5).

Diferentemente do que para um biofllmc já estabelecido. para um biofllmc cm clcscm olvimcnto a ta:-.:a de nitritiftcaç;1o (o:-.:idação de amónia. equação I) é maior do que a de nitratiflcação (o:-.:idaç;1o de nitrito. cquaç;1o 2): isto ocasiona um acúmulo ele N-NO,·. característico dos sistemas cm formação. Como parte da cvoluç;1o normal deste sistema. este acúmulo de nitrito acaba estimulando o desenvolvimento das nitralantcs. acelerando assim a nilralificaç;1o c. posteriormente. eliminando-se dito acúmulo (Nijhof & Klapwijk. 1995)

4. METODOLOGIA

4.1. Modelagem

Tradicionalmente. as modelagens propostas para este processo consideram inc:-.:islcnlc a intcraç;1o entre nilriflcanlcs c hctcrótrofos (Lcc. 199 I: Golla & Ovcrkamp. 1989: Rittmann. 1982). No entanto. a c:-.:pcriência tem demonstrado que as flutuações vcriftcadas na nitrificação de efluentes com forte presença de fonte de carbono (situaç;1o comum cm estações de tratamento). os gmpos bacterianos interagem formando c consumindo produtos microbianos solú,·cis. sejam estes factívcis de serem associados ao crescimento ou;} utilizaç:!o de substrato pelos microorganismos (Namkung & Rittmann. 198(> ). A vcriftcação destes produtos dão indícios para c:-.:plicar instabilidades operacionais elos tratamentos (Rillmann c/

a/ii. 198ó).

H{J dois gmpos bacterianos importantes nos processos acróbios convencionais: hctcrótrofos c nilriftc:tntcs A intcraç:1o entre estes gmpos. sempre concorrentes pelo o:-.:igênio c pela superfície ele suporte. incrementada ainda pela troca dos próprios produtos metabólicos. tende a c:-.:plicar o por que ela influência t;1o profunda ele mudanças na proporç;1o C/N na alimcntaç;1o: os efeitos dessas flutuações fazem-se sentir até mesmo na composiç;!o rclativ:t de espécies no bioftlmc (Furnmai & Rittmann. 1992). Um leve c:-.:ccsso momcntilnco ele matéria orgfmic:t. pode signiftc:tr n:t insl:tbilicladc elo sistema c. cm casos mais prolongados. numa intcrmpç;!o elo processo ele bioclcgraclaç;1o elo nitrogénio amoni:tcal. com conscqiicnlc o fracasso no desempenho do processo c no enquadramento de nitrogénio prclcncliclo.

Funnnai c Rittmann ( 1994) defendem inclusive que o equacionamento seja indiferente ú C.'\islência de flocos (lodos ativados ou lagoas acradas) ou bioftlmc (cm todos seus tipos). pois a difcrcnciaç;!o entre esses dois tipos é apenas na forma cm como a biomassa vai diminuindo: os biofllmcs vao perdendo biomassa por dcsc:tmamcnlo. entanto que sistemas de biomassa cm suspensão a perdem na la:-.:a recíproca ao tempo de residência hidrúulica.

Neste modelo escolhido. são as vari{l\·cis de modelagem cada uma das que do v:triando com o tempo transcorrido no processo:

Y(l) = XH. concentração de hctcrótrofos: Y(2) = XNS. concentração de nitritantcs: Y (]) = XNB. conccntraç;1o de nitratantcs: Y(4) =XL concentração de biomassa inerte: Y(5) =S. concentração de substrato: Y(ó) = NH4. concentração de nitrogénio amoniacal: Y (7) = N02. concentração de nitrogénio na fonna de nitrito: Y (8) = NO:l. concentração de nitrogénio na forma de nitrato: Y(9) = OD, concentração de o:-.:igênio dissolvido: Y( I O)= PMS. concentração dos produtos microbianos solúveis: Y(ll) = PMSO. concentração inicial destes PMS.

O modelo original proposto por Fununai c Riltmann (1992) não considera difcrcnciaç;!o cm camadas. Aumentando

]90

,)

-~

..

• . , ...

XIX ENTMME - Recife. Pernambuco- 2002.

o número de cquaçôcs ao triplo. foi proposto depois (Furumai & Rittmann. l<J<J-l ) um modelo que separou cm três as camad;1s de um biofilmc nitrificante : uma interna. de biomassa inerte. uma intenncdiúri a. de nitrificantes c uma supcrfici;Jl. de hctcrótrofos As ca madas internas s;!o protegidas pelo dcscanwmcnto das mais ex ternas. que se expõem a maiores perdas para o se io do líquido. apenas co1npcnsú\Tl co m um cresc imento também rclatiYamcntc maior.

Suposições s;1o feitas na claboraç;1o deste modelo:

I . O modelo ele Monod utili;;1-sc na fonna Monocl-duplo. para rclacion;lr o efe ito simultúneo ele substrato (carbonúcco ou nitrogcnaclo c ox1gênio).

) Somente os hetcrótrofos conso mem os PMS l . A rcspi 1~1ç;!o endóge na libera ;unonia -l . Co nsidera-se que os produtos clcprccnclidos ela bi onwssa tem a mes ma composiç;1o que se assume para a própria

biomassa

O modelo considera balanços pa1~1 microorganismos hctcró trofos. nitrificantes. inertes. substrato carbonúcco. nitrogênio amoniacal. nitrito. nitrato. ox igênio c produtos microbi;JJlOs so lliYc is Escrcycr-sc-;1o apenas as quatro equações para a biom;Jss;L se ndo que o equaciona mento completo cs t(l nas publicações de referência (Fummai & Rittmann. I ')')4; Fica­Piras. 2000 )

I . Balanço par.1 hctcrótrofos <\,)

~r . , u ... ~ _ f.-1E. 1:r ~ _ •. -,s 1"" s _ .--1 ... 1='" ... \-u + l' ~. 1='" +l' r;:• 1:r _ • 1='" _ .-· ,,... ·1 ~. 1"" --:ç-- \;: ~1 ~ 1:::: ~·1,., 1:::: ~·1,., _1 ~· ~ ,.,.".,.,~l ,., .. ,'~ .. Jn~·l ,., .~,.,~-1,., 1 • .. fy _.. ·"•Jn~·l,.,

u.. .. l (6)

J Balanço pam nitrificantes(\, (nitritantcs) : X,~> (nitr.1tantcs))

-117" . ·. (.ta"' _(..-.,:_V E .-,&V S ,-~tr V ... )'T·'"+~,. i') V ~ V / 1./· ) i'::O V ---- \\;::' .d - '>-' .d - '>-·' ~-J. ~' J. ~""· ü - ~) ~-J. - I ~· ' ~n; I .d Lit · ra ...._. 1"'1:1 ......... ru _ n:1 ra n:1 nl ra . i/ rf'

1 . ..1"1:1 n1

(7)

--i'Y ~- ·. • r l<d ...... _ , -,1;::. y- ~ _ ,-,1:; y- S _ ,-,1 ... y- ,.. · T,."" ~,. p y- _ ~1 y- _ ' ) / · i;• y---- . d .!J '>-· ~!...... '>-· d .!J )~- +.~.,...,. ....... ~J. .!J ........ ~J. .!J ( / ) •• , ..... .:J. ..... cit . n ....... ..__. n - n n .. / ' rt 1 . ..

(X)

'· Balanço pam bi01mssa inerte C\l

(~~~ = '?' ):_-/- Q~.Y,s - QF.\-,F )v +(i- j~-)~l~~~)~-.1 (<J)

onde o subinclicc .i co rrespo nde a 11 (hctcrotróficos). ns (n itritantcs) c nb (nitratantcs). Mediante o monitoramcnto de unidades pode-se rcfut:1r ou , ·aliciar un1 mode lo proposto par.1 rcprcscnlar um processo: C.\emplos di sto jil h:í publicados na literatura (Er;uno ct o/11. I 'J'J-l) . Mas. visto que esta validaç:1o encontra cliscrcpil ncias maiores ao aclotar parfnnctros ela lit cmt ma. cabe realizar uma tarefa de cstimaç;"io destes par{nnctros. de forma ele aproxima-los :1 rcaliclaclc elo processo cm anúlisc.

Os processos de nitrifJcaç;lo possuem pa r."nnet ros gc nêricos. Estes par.lmetros silo analisados. para dirimir quai s scn1o 'ari il\cis etc clcci s;!o (\ari ;h cis es tas a sere m nwnipuladas. ,·ariadas. para atenuar a diferença entre o valor ca lculado mediante par;lmctros c a rnccliç:lo c.,pcrimcnt:Jl). qu;1is as vari;'J,·cis fixas (os parfnnctros bibliogrúficos que. mesmo podendo mudar. s;lo considerados mai s ;Jpro:-;imaclos ao sistema real) c os pa mmctros elo modelo (aqueles inalterados). Para estas três categorias. no intuito de olimiz;n· o processo. havcr.í uma minimizac:1o elo erro (Santos, 2000), havendo implíc itas vantagens de toda ordem nesta minimi;aç;1o (Pinto. I <J<JX).

Assume-se que o modelo poclcr:'t prcdi ;c r o co mporta mento elo sislcma desde que disponha-se ele resultados de e\]:>Crimcntos se m erros. sejam eles ramlómicos (ele reco nhecimento mais difícil) ou sistcmúticos. Resumidamente. o programa M.\:\l~L\ organi ;.a os resultados da subrotina R1 r ;l(l·s . que ap rox ima modelos de dados experimentais (Santos. 2000) Ad mite-se que um certo conjunto de vari:ívcis etc entrada (representado pelo veto r X) c um ce rto conjunto de 'ari;ívc is de saída (representado pelo' ctor Y) podem ser rclacionactos através de um moclclülnatcm:'Jtico da fonna:

[t_, X ' , Q_)= O (I O)

39 1

Fica-Piras. PR

Onde ~ é um vctor de parilmctros c y c f têm a mesma dimcns;lo. O problema b;ísico analisado é o de estimar r). de

forma que valores medidos cxpcrimc;~talmcntc para X c r. (i'' c y'' ~se ajustem de forma ótima ;rtr;l\éS do modelo (I 0). Para isto. recorre-se ao critério de maximi;ar uma funç;lo. chamada ele vcrossirnilhança. objctivo cgui\ alente c minimi;ar a funç;lo S :

S =L L \TJ ~X + ·~·.·s"' \Y;- y; nexp{nvert f..e c J (__. J} 1=1 j=l~ - 62

) \) ;, J J-1 Y; (II)

4.2. Montagens experimentais

O processo foi monitoraclo cm quatro uniclaclcs diferentes. com tipos de cllucntcs diferentes nos casos das uniclaclcs de bancada. como detalha-se na Tabela I.

Tabela I. Características dos biorrcatorcs monitorados c das simulações rcali1.adas

N" Nome Descriçlio Vol

númmcd Hiomassa ILI

BFS-LMC Bancada leito fi:-.:o submerso LMC (Fica Pir:rs cto/11. 100.+) 2.ú 7 Proteína I

BFS-LFA Bancada leito fi:-.:o submerso LFA (Fica Piras e/ olit. 100.+) Proteína 2.() 7

2 BAL-LMC Bancada airliji LMC (Fica Piras e/ ali/. 100.+) 2.2 7 Proteína BAL-LFA Bancada airlifi LFA (Fica Piras c/ a/ii. 100.+) 2.2 7 Proteína

j PFS Piloto de leito fixo submerso (Fica Piras c Russo. 10%) xoo II ATP 4 BFS2 Bancada leito fixo submerso (de Smva. 1007) 2/J II Proteína ú PBD Piloto de biodisco trabalho Ccnpcs (Santiago e/ ali/. 10%) 340 7 Número

4.3. Análises

Na Tabela II cst;lo sucintamente resenhadas as metodologias c:-.:pcrimcntais aplicadas no monitoramcnto.

Tabela II: Resumo das metodologias c:-.:pcrimcntais -- -- --·-

pH imediata. por clctrodo específico

Amônia elctrodo íon específico c adiç;lo padr;!o. ncccssúria para contornar a presença de interferentes: amostra devia ser previamente filtrada

Nitrito clctroclo íon específico c. eventualmente. acliç;lo padr;lo. Nitrato clctrodo íon específico

Demanda química leitura cspcctrofotomêtrica elo desaparecimento do Cr''' c aparecimento ele Cr'. de oxigênio associado ;I oxidação ele matéria orgúnica. cm úOO nm

Carbono orgânico aparelho especialmente projetado para clcscnvoh'Cr a combust;1o total da matéria total carbonácca presente na amostra c quantificar o CO, proclu;ido. na saída da coluna

Alcalinidade (KB ) titulação com HCI da amostra contendo CO . HCO c OH . até pH X.2 c 4.0

Sólidos suspensos membrana de fibra de \'iclro para reter os sólidos totais c calcinaç;!o cm mulla a 550 C (totais c voláteis) para clcprccndcr os sólidos n;1o vobtcis

bioluminiscência. num aparelho específico que detecta fotons. utili1anclo t;unpõcs ATP c cofatorcs para a rcação da lucifcrasc com o ATP da biomassa. prc,·iamcntc

hidrolisada.

Pmtcínas rcação específica do rcativo ele Folin com os c:-.:trcmos aminoacíclicos. calibr;rdo com uma concentração conhecida ele albumina bovina.

Contagem de inoculação cm placas com triptona. c:-.:trato de lc\ ceio. agar c glicose. cm diluições que númcm permitam o desenvolvimento ele colónias separadas por cada microorganismo

5. RESULTADOS E DISCUSSÃO

O tratamento biológico de nitrogénio amoniacal neste tipo ele indústria tem sempre a dificulclaclc de evitar a presença de material carbonácco. Ao se operar cm escala piloto. aplicando dispositivos adicionais ele rctcnç;lo de matéria org[rnica. pôde-se acompanhar o desempenho eficiente de um biorrcator de leito fixo submerso. que operou com taxas de rcmoç;lo

392

...

XIX ENTMME- Recife. Pernambuco- 2002.

superiores a 2.5 g·llt 1·dü'. co m um despejo inclusive n;1o totalmente isento de óleo (Fica Piras. 2000).

Os resultados dos cílculos para os 11ovc p;u~·unctros escolhidos como objcto da estimação cst:1o resumidos na Tabela III. As constantes cinéti cas obtidas para a remoção simult;ínca de matéria orgfmica carbom'tcca c nitro gênio amoniacal parecem indicar que os microorganismos hctcrotróficos presentes nestes sistemas mullissubstrato não se adaptam ;'1 rcmoç:lo rúpida c cficic11tc dos dois tipos de substrato. como poderia esperar-se caso a matéria orgfmica presente no despejo fosse prcpondcrantcmcllte bioclegradúvcl. A oxiclaç;io helcrotrófica declina diante das características do material C: lrbom'1cco. resíduos ele hiclroc:utJOIIctos: por exemplo. para o biorrcalor piloto de filtro submerso. enquanto que o valor de q""" normalmente e11cou1 r; Ido na bibliografia é ele I 5.0 mg,,,; mg,,,,, ·' ·di;r'. apesar ele que o controle ele matéria orgúnica esteve mais iute11so dura11tc a opcr;Jç;io elo biorrcator piloto de leito fixo. o valor da constante foi um terço menor (I 0.5 mg,,,, ·mg,., ,,,, '·di;r ' ) daquele valor ele rcfcrê11cia.

Tabela III Resumo elas baterias de experimentos. médias aritméticas dos parfunctros c número de simulações (Resultados co11soliclados ele todos os tipos de rcator para os que foi aplicado o modelo)

Pari\ mct ros Bibl. I-1:3FS- I-1:3FS- 2-1:3AL- 12-BAL-

J-PFS 4-BFS2 6-PBD LFA I.M \ LFA l .MC' AKSII 0

' 10.00 )~;_ I ú 17.05 57.56 77.04 12.42 :'i.OJ 56.94 AKSNS = 1.00 I. O I <UI IJ.'):'i 7. 1') 7.47 0.4ó LI2 AKSNB ,, I .00 1.14 un 1.15 O.ú2 X.l6 X.02 1.47

AKOH = 0.10 0.57 o.ox 4J I 2.77 ') .J I 2.02 1.0') AKONS = 0.50 !.II 0.2 1 O.JJ 4,2] l<l.7l OJJ 1.40 AKONB = 0,50 2.42 0.5X 15.X7 lú.97 12.47 UJ 3.%

QMH = l 5.00 ú.22 O.X2 4.7X J.IJ l 0.54 8.84 O.J I QMNS = l ,(,() ],]') l.ú7 2.75 4.26 l4.XO 1.80 2.55 QMNF3 = 7. 00 15 .24 l2.ú2 22.57 29.77 26J2 17.40 15.64

N.Simulaçõcs 4 :'i 4 2 ] 7 8

A comparaçüo de dois métodos de abordagem metodológica para cst i mar estes pará metros relletiu a i nva liclaclc da suposiçüo fundamental (essencial para a abordagem pscudo-cslacionúria) ele estar-se nas proximidades ele um estado cslacion{Jrio . Nessa abordagem. a cada entrada medida no monitoramcnlo corresponderia um estado estacionário discrcli;aclo . Os perfis resultantes clcmo11slram dist;íncia entre as simulações c os pontos C.\pcrimcntais. A abordagem contínua deu resultados mai s aproximados. porém 11;!o fi cou totalmente a resguardo ela detecção discontínua ele substratos na entrada. verificados postcrionncntc n;1 sa ída do processo. Particularmente o substrato carbonúcco. na medida que o óleo de processo se fa1. presente. com frcqüência acima do proJetado. é o par;lmctro que mais rellctc as llutuaçõcs nos cllucnles despejados pelas unidades ele clcstilaç;!o c craqucamcnto. Os resultados elo monitoramcnlo ela rcmoçüo ele matéria orgilnica carbon{Jcea. em experimentos com o uso de aditivos cmulsificantcs. demonstraram que a saída apresenta. cm média, maior conccnlraç<io de matéria orgúnica (co mo COT. por C.\cmplo) do que a entrada. Como isso é possível. se mio houve gc raçüo? O monitor:nncnlo di scre ti ;ado. espaçado no tempo. deixa passar os pulsos de alta concentraç;io que evcntuahnentc s:io despejados. Por isto. são somente detectados na sa ída. sobretudo quando se usa uma unidade ele cqualin1çé1o.

As ta.\as de rcmoç:io verificadas simultaneamente tanto para nitrogênio amoniacal quanto para material org;lmco carbowícco sugerem generica mente que esses biorrcatores n:io chegaram a apresentar as melhores condições para a nilrificaç;io : incmstaçõcs de material oleoso. prolifcraç;io de bactérias hctcrotróficas, consumo C.\Ccssivo de O.\igênio c entupimento da aeraç:io fornecida s<io causas específicas que poderiam explicar o desempenho inferior ao dcscj{wcl para um c.\pcrimcnto controlado. Estes episódios servem para orientar uma potencial futura implantaçüo ele unidades de t ratamcnto tcrciúrio de cllucnlcs.

Mesmo se distanciando do ótimo teórico. o processo ele remoção que combina os dois tipos de substrato (carbonúcco c amoniacal). at endidas restrições ele teor m:í.\imo de material carbon;kco. embora apresente bai.\a eficiência para cada poluente indi\ idualmcnlc. é o mais ge nérico c parece ser o de aplicabilidade mais imediata.

Quanto ús características da convergência numérica. constatou-se que esta varia muito c. sobretudo, depende criticamente para com crgir dos valores iniciais, que devem ser escolhidos com forte noçüo do significado físico do par;'lmctro cm testes. Apesar de se r um procedimento matcmútico. hú necessidade desta componente empírica c intuitiva sem a qualn;io é possivcl avançar na busca dos mínimos locais que cl;io r;v.üo a este procedimento. Esses valores que apontam para os mencionados mínimos s:lo raros c se loca li1.am cm regi;io de convergência frcqücnlcmcnlc limitada. mais ainda cm se tratando de estimaç;io de muitos parrunelros de modelagem. simultaneamente. A rapidez de convergência foi variável.

Se comparados os resultados da metodologia pscudocstacionúria com a do contínuo, observa-se que, de uma forma geral. a segunda fornece valores calculados c perfis mais pró.\imos dos dados experimentais. Contudo. mesmo a abordagem

]')]

Fica-Piras. P. R

dim1mica nilo consegue apro.\imar-sc total c satisfatoriamente dos resultados C.\pcrimcntais típicos da co rrente saída. pelos diferentes motivos apontados ao longo desta scçilo.

Este trabalho, ao relatar as C.\pcriências c resultados dos monitoramcntos cm unidade de tamanho piloto durante mais de um ano c depois seguir com a comparaçilo dos resultados obtidos com os que seriam previstos ao aplicar balanços c constantes cinéticas c cstcqucométricas pela sua natureza híbrida entre c.\pcrimcntal ele bancacb c computacionaL pretende contribuir_ para reforçar a ncccssidaclc ele se ter devidamente dimensionado o tr~Jtamcnto primúrio. como concliç:1o para que processos ii jusante aqui descritos venham a ter bom desempenho

6. BIBLIOGRAFIA

ele Souza MP. 1997. Avaliaçilo do desempenho do frltro biológico acrado ele leito fl.\o submerso para nitriflcaç;1o de efluentes de refinaria ele petróleo. Tese MSc. Coppc/UFRJ. Rio ele Janeiro . Dcpin. 1985. Levantamento das unidades ele processo ela Pctrobr;ís_ Documento Interno. Eclisc/Pet robrús Eramo B. Gavasci R. Misiti A. Viotti P. 1984. Valiclation ofa multisubstmtc mathematic; rlrnodel for the simulation ofthc denitriflcation proccss in fluidizccl bccl biofilm reactors. 11 áter Sei 'fi·chno/29( I 0-11 ).40 1-0X. Fecma. 1986. Norma Técnica 202 , vc rsilo 10, Lcgislaçilo EstaduaL RJ . Fccma. 2000. Qualidade da úgua da baia de Guanabara 1990-19")7 PDBG. Programas Ambientai s Co mplementares. Rio de Janeiro. p.80-6. Fica Piras P. Gurgcl L Russo C. 1994. f_ewmtmnenlo r/e parâmetros de fWojelo r/c unirlodc.1· de filtro hiol1igico c leito

.fluidizado para tratamento de efluentes de refinaria. Relatório finaL Projeto Petrobr{Js-Coppetec El~ 1102.\ 1. Fica Piras PR. Russo C. 19%. Sistema hiolágico de leitofixo cm escola piloto pom nitrifimç"iio r/c cflucntcs de refín ario. Relatório finaL Projeto Pctrobrús-Coppctec ET-11 0242 . Fica Piras PR. 1991. Tratamento biológico de cllucntcs ele refinaria de petróleo cm lagoas acradas em série. Tese MSc. Coppc/UFRJ. Rio ele Janeiro. Fica Piras PR. 2000. Estudos sobre nitriflcaç;!o ele efluentes de refinaria cru biorrcatorcs trif:'tsicos. Tese DSc. Coppc/ UFRJ. Rio de Janeiro. Funrmai H. Rittmann BE. 1992. Advanccclmoclcling of mi .\cd populations of hctcrotrophs anclnitriflcrs co nsiclcring thc forrnation anel C.\Changc of solublc microbial products. 1/ átcr ,\'ci 'fi~c!llloi Hl(.l -4).491-502.

Funrmai H. Rittmann BE. 1994. E' aluation of multiplc-spccics bi ofllm anel ll oc processes using a simplificd aggrcg: 1t c modcl. lfáler ,\'ci '/(•chno/29(10-11).41')-46 Golla PS . Ovcrcamp TJ. 1990 Sirnple solutions for stc:1dy-statc biofllm rcactors . .Juumu/ o{/<in·imlllncntal Fng111ccring 116 (5). 829-]CJ. La\'fado H. Mayr LM. Car\'alho V Paranhos R. I ')91 . Evolution ( 1980-19')0) of arnmonia anel dissohcd o.\ygc n in Guanabara bay. RJ. Br<vil. p. :\2:\4-45. ln: Maggon OT Com·c.\ H. Tippic V Tobon LT Clarkc E !cds.j. / 'me ofthe 7th ,\\'lllp Coas tal mui Occan Managc111 enl- Coastal /.onc ·y I. Califomia. USA. Lcc C. 1991. Modcl for biological rcactors haYing suspcndcd and attachcd gro\\ ths . .!uuma/n[hi\'irnniiicn!al /·.úgineering 118 (6). 981-87. McCarty PL. I %4. Thcrrnoclynarnics ofbiological synthcs is and grO\Yth. l'rocecdings oftiic I Iili lnt. Cu n/ nn /I Íltcr !'n//. Res, Tokyo. 169-99. Narnkung E. Rittmann BE. 1986. Solublc microbial products (SMP) formation kinctics by biofllm. lliltcr l?c.1 . 20(6).795 -806.

Nijhof M. Klapwijk A. 1995. Diffusional transpor! mcchanisms and bioftlmnitriflcation charactcristics intluencing nitritc leveis in nitrifying trickling flltcr cfllucnts. ll'ater l?cs 29( 10).2287-92 Pai ntcr H A. 1970 A rc,·ic\\ of litcraturc on inorganic nit rogcn mctabol ism i n 1nicroorganisms. 11 átcr l<cs 4( 6 ).193 . Pinto JC. 19!J8. On thc costs ofparamctcrs uncertainitics. Effccts on paramctcrs unccrtainitics cluring optimi;.ation and clcsign of C.\pcrimcnts. Che111 l·.·ng Sei 51( II ).2029-40 Rittrnann BE. Crawford LA. Tuck CK. Namkung E. 1986. ln situ dctcrrnination of kinctic paramctcrs for biofllms isolation and charactcrization of oligotrophic biofdms. /Jiotcchnoi/Jiocng 2X.I75.\-ó0 Rittmann BE. 1982. Compara tive pcrfomancc of biofllm reactor typcs. /Jiolcchno/liineng 24. 11-1 1-70 Santiago VMJ. Coelho EBA P. de Almeida JH C. Fica Piras PR. 19% Nitriflcaç:1o cm reata res ele bioruass:1 fi .\:L // '' ( 'ong. /Jra.1 . l·.úg. Quí111 .. Rio de Janeiro. 1411-7. Santos TJ. 2000. Algoritmos para cstimaç:1o c prcyisilo da C.\tcns;1o de planos C.\pcrimcntais scqücnciais. Tese DSc. Coppc/UFRJ, Rio de Janeiro. Scma/Fccma/PDBG/PAC. 1998. Projeto de controle industrial : antecedentes históricos. principais ati\ idades desenvolvidas, resultados alcançados. Indústrias prioritúrias: anos I c 2. Rio de Janeiro . .l ,·ols. Scut. 1999. Balanço de amônia na Rcduc. Documento intcmo Plantut!Rcduc/Dcpin. 1.1 pp. Scut!Plantut/Rcduc. 1996. Procon 1995 . Villac MC. Mayr LM. Tcnenbaum DR. Paranhos R. 1991 . Sarnpling stratcgics proposcd to monitor Guanabara ba\'. RJ.

]94

.... ..

-.

XIX ENTMME - Recife. Pernambuco- 2002.

1:3razil.. p. II(>X-S2. ln : Maggon OT. Com·e.'> H. Tippie V Tobon LT. Clarke E leds. l. fJroc o/the 7th .\.:vmp Coas/a/ mui

Oceon .l!anagemcnl - ( 'oastol !one 9 I . California. USA .

395