Esther Araújo

Perda Auditiva Induzida por Ruído:Perda Auditiva Induzida por Ruído:ConceitosConceitos

►Perda auditiva por exposição a ruído do Perda auditiva por exposição a ruído do trabalhotrabalho

►Perda auditiva profissionalPerda auditiva profissional►Surdez ocupacionalSurdez ocupacional►Perda auditiva induzida por ruído Perda auditiva induzida por ruído

ocupacional ocupacional ►Perda auditiva induzida por níveis de Perda auditiva induzida por níveis de

pressão sonora elevadapressão sonora elevada►Perda auditiva ocupacional Perda auditiva ocupacional

Perda Auditiva Ocupacional:Agentes Causais

Produtos Químicos: Solventes aromáticos: tolueno, xileno, benzeno, triclororoetileno, álcool etílico

Metais: chumbo, arsênico, mercúrio

Asfixiantes: monóxido de carbono, nitrato de butila.butilaVibrações

Ruído Industrial

HistóriaHistóriaSibaritas (720 aC) artesãos gregos, criaram “distrito Industrial “

Júlio César (50-44 aC) proibição de rodar a noite os veículos pesados

Caio Plínio Secundus (23 dC) autor da obra clássica ‘Naturalis historia”Chineses (Idade Média séc XII) descoberta da pólvora, introdução em conflitos militaresSéc XVII surdez dos ferreiros, caldeireiros.

Revolução Industrial: surdez dos ferroviários, tecelões.

CaracterísticasCaracterísticas

► Perda auditiva é irreversível, Perda auditiva é irreversível, neurossensorial, predominância coclearneurossensorial, predominância coclear

► História prolongada de exposição a História prolongada de exposição a níveis de ruídos elevados (>85 dB 8 níveis de ruídos elevados (>85 dB 8 horas por dia)horas por dia)

► Perda auditiva gradual num período de 6 Perda auditiva gradual num período de 6 a 10 anos de exposiçãoa 10 anos de exposição

► Inicia-se nas freqüências altas, ordem 6, Inicia-se nas freqüências altas, ordem 6, 4, 8, 3, 2 KHz ou 4, 6, 8, 3, 2 KHz4, 8, 3, 2 KHz ou 4, 6, 8, 3, 2 KHz

► Equivalentes nas duas orelhasEquivalentes nas duas orelhas► Deve estabilizar-se quando cessa a Deve estabilizar-se quando cessa a

exposição a ruídos exposição a ruídos

Tipos de alterações auditivas Tipos de alterações auditivas provocadas pelo ruídoprovocadas pelo ruído

►Trauma AcústicoTrauma Acústico Exposição aguda.Exposição aguda. Causa: som explosivo Causa: som explosivo

instantâneo, com pico de pressão instantâneo, com pico de pressão sonora muito elevado. sonora muito elevado.

Natureza das lesões: mecânicas.Natureza das lesões: mecânicas. Atividades de risco: exercícios Atividades de risco: exercícios

com tiro (militares).com tiro (militares).

Tipos de alterações auditivas Tipos de alterações auditivas provocadas pelo ruídoprovocadas pelo ruído

►PAIR – PAIR – Perda Auditiva Induzida pelo Ruído Perda Auditiva Induzida pelo Ruído

EExposição crônicaxposição crônica Doença cumulativa e insidiosaDoença cumulativa e insidiosa Cresce ao longo dos anos de Cresce ao longo dos anos de

exposiçãoexposição Associada ao ambiente de trabalhoAssociada ao ambiente de trabalho As lesões: mecânicas e metabólicas.As lesões: mecânicas e metabólicas.

Tipos de alterações auditivas Tipos de alterações auditivas provocadas pelo ruídoprovocadas pelo ruído

►TTSTTS Perda Auditiva TemporáriaPerda Auditiva Temporária Desvio Temporário dos LimiaresDesvio Temporário dos Limiares►PTS PTS Desvio permanente dos limiares. Desvio permanente dos limiares.

Sinais e SintomasSinais e Sintomas

Auditivos 1- Perda Auditiva 2- Zumbidos 3- Dificuldade de discriminação

Sinais e SintomasSinais e Sintomas

Transtornos Não-Auditivos 1- Comunicação 2- Neurológicos 3- Vestibulares 4- Digestivos 5- Comportamentais 6- Cardiovasculares

Avaliação DiagnósticaAvaliação Diagnóstica

Anamnese - Historia do Trabalho - Historia Familiar - Uso prévio de ototóxicos - Queixas de zumbidos, hipoacusia etc.

Avaliação DiagnósticaAvaliação Diagnóstica

Exames - Otoscopia - Audiometria Tonal e Vocal - Impedanciometria - Potenciais Evocados: BERA e EOA.

Avaliação DiagnósticaAvaliação Diagnóstica

Preparo para Audiometria:

Repouso Acústico: antes da jornada de trabalho ou 14/16 horas após.

Classificação das Perdas AuditivasClassificação das Perdas Auditivas

Sua caracterização clínica e médico pericial é Sua caracterização clínica e médico pericial é de complexa abordagem.de complexa abordagem.

Utiliza-se a classificação de MERLUZZI (1979), Utiliza-se a classificação de MERLUZZI (1979), de grande vantagem, não utiliza o critério de grande vantagem, não utiliza o critério

de médias de freqüências e fácil de médias de freqüências e fácil aplicabilidade.aplicabilidade.

Ë considerado normal o indivíduo que Ë considerado normal o indivíduo que apresenta um limiar auditivo bilateral igual apresenta um limiar auditivo bilateral igual ou inferior a 25 dB, conforme a ISO 1999.ou inferior a 25 dB, conforme a ISO 1999.

Perda Auditiva de 1Perda Auditiva de 1oo. Grau. GrauA diferença entre a média da fala e das frequências agudas é igual ou superior a 15 dB. Frequências agudas A diferença entre a média da fala e das frequências agudas é igual ou superior a 15 dB. Frequências agudas dentro do grau moderado.dentro do grau moderado.

-10 125 250 500 750 1000 1500 2000 3000 4000 6000 8000 -10

0 0

10 10

20 20

30 30

40 40

50 50

60 60

70 70

80 80

90 90

100 100

110 110

120 120

130 130

1º Grau

Média TritonalO.E.: 10dBO.D.: 10dB

DiscriminaçãoO.E.: 100%O.D.: 100%

Perda Auditiva de 2Perda Auditiva de 2oo. Grau. GrauFrequência de 4 K acima de moderado com 3k ainda dentro do moderado.Frequência de 4 K acima de moderado com 3k ainda dentro do moderado.

Média TritonalO.E.: 15 dBO.D.: 18 dB

DiscriminaçãoO.E.: 96%O.D.: 96%

-10 125 250 500 750 1000 1500 2000 3000 4000 6000 8000 -10

0 0

10 10

20 20

30 30

40 40

50 50

60 60

70 70

80 80

90 90

100 100

110 110

120 120

130 130

2º Grau

Perda Auditiva de 3Perda Auditiva de 3oo. Grau. GrauA frequencia de 2K é afetada, dentro do grau moderadoA frequencia de 2K é afetada, dentro do grau moderado

Média TritonalO.E.: 25 dBO.D.: 30 dB

DiscriminaçãoO.E.: 88%O.D.: 88%

-10 125 250 500 750 1000 1500 2000 3000 4000 6000 8000 -10

0 0

10 10

20 20

30 30

40 40

50 50

60 60

70 70

80 80

90 90

100 100

110 110

120 120

130 130

3º Grau

Perda Auditiva de 4Perda Auditiva de 4oo. Grau. Grau

Média TritonalO.E.: 46 dBO.D.: 48 dB

DiscriminaçãoO.E.: 80%O.D.: 48% (comprometimento híbrido)

-10 125 250 500 750 1000 1500 2000 3000 4000 6000 8000 -10

0 0

10 10

20 20

30 30

40 40

50 50

60 60

70 70

80 80

90 90

100 100

110 110

120 120

130 130

4º Grau

Perda Auditiva de 5Perda Auditiva de 5oo. Grau. Grau

-10 125 250 500 750 1000 1500 2000 3000 4000 6000 8000 -10

0 0

10 10

20 20

30 30

40 40

50 50

60 60

70 70

80 80

90 90

100 100

110 110

120 120

Média TritonalO.E.: 61dBO.D.: 40dB

DiscriminaçãoO.E.: 80%O.D.: 68%

TRATAMENTOTRATAMENTO

A PAIR é uma lesão irreversível!A PAIR é uma lesão irreversível!

Não existe nenhum tipo de tratamento clínico Não existe nenhum tipo de tratamento clínico ou cirúrgico para a recuperação dos limiares ou cirúrgico para a recuperação dos limiares

Auditivos.Auditivos.

A PREVENÇÃO é a principal medida a ser A PREVENÇÃO é a principal medida a ser tomada antes de sua instalação.tomada antes de sua instalação.

PREVENÇÃOPREVENÇÃO

A Lei obriga as empresas e os profissionais daA Lei obriga as empresas e os profissionais daárea de saude e segurança a implementar e área de saude e segurança a implementar e

gerenciar programas de prevenção e de gerenciar programas de prevenção e de progressão da perda auditiva.progressão da perda auditiva.

PREVENÇÃO COLETIVA: clausura de processos PREVENÇÃO COLETIVA: clausura de processos industriais.industriais.

PREVENÇÃO INDIVIDUAL: EPI (abafador e/ou PREVENÇÃO INDIVIDUAL: EPI (abafador e/ou protetor auricular). protetor auricular).

PROGRAMA DE PREVENÇÃO DE PROGRAMA DE PREVENÇÃO DE PERDAS AUDITIVASPERDAS AUDITIVAS

De acordo com a NR-9 da Portaria no. 3214 do De acordo com a NR-9 da Portaria no. 3214 do Ministério de Trabalho, toda a empresa deve Ministério de Trabalho, toda a empresa deve

ter um Programa de Prevenção de Riscos ter um Programa de Prevenção de Riscos Ambientais e de Conservação Auditiva Ambientais e de Conservação Auditiva

(PCA). (PCA).

Em 1996, a NIOSH, publicou o guia prático Em 1996, a NIOSH, publicou o guia prático para prevenção da perda auditiva para prevenção da perda auditiva

ocupacional.ocupacional.

Comunicação de Acidente de TrabalhoComunicação de Acidente de Trabalho

Toda perda auditiva ocupacional – PAIR Toda perda auditiva ocupacional – PAIR deve ser notificada ao INSS com a deve ser notificada ao INSS com a emissão de CAT – Comunicação de emissão de CAT – Comunicação de

Acidente de Trabalho. Acidente de Trabalho.