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Este estágio tem como objetivo de atender as exigências do Estágio Supervisionado I que se realizou na Farmácia Hospitalar do Hospital Universitário Lauro Wanderley no período de fevereiro de 2006. 1 - Histórico A primeira farmácia hospitalar que se tem registro, é data de 1952 em um hospital da Pensilvânia – EUA, na qual apresentou-se a primeira proposta de padronização de medicamentos A história da farmácia hospitalar brasileira pode-se dizer que recomeçou com o professor Cimino no Hospital das Clínicas em São Paulo, na década de 50 e 60, realizando um trabalho destacado, com ênfase na farmacopéia hospitalar, as farmácias populares mais antigas foram instaladas nas Santas Casas de Misericórdia e Hospitais Militares, onde o Farmacêutico manipulava os medicamentos dispensados aos pacientes internos, obtidos de um ervário do próprio hospital. No começo do século XX a farmácia possuía sua autonomia. Dentre os diversos setores que estruturavam o hospital, a que mais se destacava pela sua capacidade de produção e atendimento, bem como pela superioridade financeira obtida pelos recursos levantados, era o de farmácia. Naquela época, quase inexistiam especialidades farmacêuticas (medicamentos que sofriam processos de fabricação industrial), o que valorizava muito mais o trabalho deste profissional e do médico, ressaltando as artes de manipular e formular. Com a industrialização de medicamento veio a Industria Farmacêutica, surgindo assim o fármaco pronto para o uso, o que levou a uma crise na profissão farmacêutica, atingindo de forma parecida o farmacêutico hospitalar. Com os medicamentos industrializados foram realizadas várias propagandas e os médicos compraram a idéia da nova tecnologia e o farmacêutico passou a inexistir. A farmácia

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Este estágio tem como objetivo de atender as exigências do Estágio Supervisionado I que se realizou na Farmácia Hospitalar do Hospital Universitário Lauro Wanderley no período de fevereiro de 2006.

1 - Histórico

A primeira farmácia hospitalar que se tem registro, é data de 1952 em um hospital da Pensilvânia – EUA, na qual apresentou-se a primeira proposta de padronização de medicamentosA história da farmácia hospitalar brasileira pode-se dizer que recomeçou com o professor Cimino no Hospital das Clínicas em São Paulo, na década de 50 e 60, realizando um trabalho destacado, com ênfase na farmacopéia hospitalar, as farmácias populares mais antigas foram instaladas nas Santas Casas de Misericórdia e Hospitais Militares, onde o Farmacêutico manipulava os medicamentos dispensados aos pacientes internos, obtidos de um ervário do próprio hospital.No começo do século XX a farmácia possuía sua autonomia. Dentre os diversos setores que estruturavam o hospital, a que mais se destacava pela sua capacidade de produção e atendimento, bem como pela superioridade financeira obtida pelos recursos levantados, era o de farmácia. Naquela época, quase inexistiam especialidades farmacêuticas (medicamentos que sofriam processos de fabricação industrial), o que valorizava muito mais o trabalho deste profissional e do médico, ressaltando as artes de manipular e formular.Com a industrialização de medicamento veio a Industria Farmacêutica, surgindo assim o fármaco pronto para o uso, o que levou a uma crise na profissão farmacêutica, atingindo de forma parecida o farmacêutico hospitalar. Com os medicamentos industrializados foram realizadas várias propagandas e os médicos compraram a idéia da nova tecnologia e o farmacêutico passou a inexistir. A farmácia abria espaço para leigos, e o farmacêutico praticamente deixava de manipular e a resultante de tudo foi um abalo na economia de um setor que foi tão viável em alguns anos atrás. Foi uma época tenebrosa para a Farmácia Hospitalar.Porém no ano de 1940, apareceram as sulfas e, em seguida, os antibióticos. A partir daí inúmeras especialidades farmacêuticas, usadas até então, vieram a ser substituídas.A partir de 1950 os serviços de Farmácia, mais representados na época pelas Santas Casas de Misericórdia e Hospital das Clinicas da Universidades de São Paulo, passaram a desenvolver-se e modernizar-se.Em 1975, a faculdade de Farmácia da Universidade Federal de Minas Gerais incluiu no seu currículo a disciplina de Farmácia Hospitalar e na década de 80 apareceram cursos patrocinados pelo Ministério da Saúde em Natal(Hospital Onofre Lopes) e na Faculdade de Farmácia da Universidade Federal do Rio de Janeiro, sendo os primeiros Serviços de Farmácia Clínica.A partir de 1982, o MEC – Ministério da Educação e Cultura, passou a

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incentivar programas de desenvolvimento para a Farmácia Hospitalar, que vem obtendo sucesso crescente em todo o país, despertando e formando novos profissionais nesta área. A partir de 1985, o Ministério da Saúde, preocupado com os problemas de Infecção Hospitalar, também passou a incentivar a reestruturação das Farmácias Hospitalares, promovendo cursos de especialização, a exemplo do MEC.O Hospital Universitário Lauro Wanderley (HULW) é um hospital geral terciário de grande porte (240 leitos funcionando), de administração federal, localizado no Campus I da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), como hospital ligado a atividades de ensino, pesquisa e extensão, funcionando como instituição de referencia para o Estado da Paraíba.O Serviço de Farmácia Hospitalar (SFH) do Hospital Universitário Lauro Wanderley (HULW) foi instalada no ano de 1980, mas era constituída como serviço que dividia o mesmo espaço com o almoxarifado no andar térreo do hospital. Em 1981 passou a ocupar seu próprio espaço nos segundo andar não possuindo área suficiente para armazenamento com isso passou a ocupar área no térreo mantendo farmácia satélite e deposito no segundo andar. O profissional farmacêutico responsável pelo SFH (Farmacêutico Ricardo Vieira Coutinho) é liberado para realizar Curso de Administração de Farmácia Hospitalar na UFRJ.Já em 1986 o SFH passou a atuar em definitivo na área atual e em 1988 passou a implementar de forma pioneira o Sistema SDMDI na Clínica de Doenças Infecto-Contagiosas (DIC), com 48 leitos.No período que compreende os anos de 1988 a 1992 o SFH obteve várias conquistas que podemos destacar: área destinada ao Centro de Abastecimento Farmacêutico (CAF), divisórias internas na área administrativa, publicação da 1a edição da Padronização de Medicamentos do HU, construção do laboratório de farmacotécnica em Nutrição Parenteral, informatização do Controle de Estoque e a participação do SFH em diversas comissões permanentes do HU.Em 1993 há a edição da 2a padronização do HU e em 1998 a 3a sendo a 4a e vigente publicação realizada no ano de 2001. A padronização da ficha de controle de antimicrobianos em atividade conjunta com a Comissão de Controle de Infecções Hospitalares se deu no ano de 1999.A implementação do Centro de Informações Farmacêuticas (CIM) mediante convênio com o Conselho Regional de Farmácia (CRF) se deu no ano de 1997.

2 - Desenvolvimento

2.1 – CONCEITO DE FARMÁCIA HOSPITALAR

Segundo Cimino – é uma unidade tecnicamente aparelhada para promover as clinicas e demais serviços de medicamentos e produtos afins de que necessitam para normal funcionamento.

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Segundo a OMS (Organização Mundial de Saúde) – é o serviço através do qual se executa a assistência farmacêutica (conjunto de procedimentos necessários à promoção, prevenção e recuperação da saúde individual ou coletiva, centrada nos produtos farmacêuticos – medicamentos, insumos e correlatos).

Conceito atual – é a unidade clinica de assistência técnica, administrativa e contábil, dirigida por profissional farmacêutico que visa atender toda a comunidade hospitalar no âmbito dos produtos farmacêuticos, integrada técnica e hierarquicamente as atividades hospitalares.

2.2 – IMPORTANCIA DA FARMÁCIA HOSPITALAR

-Entendimento recíproco entre corpo clinico e de enfermagem-Não se restringe ao fator econômico2.3 – OBJETIVOS

-Planejamento, aquisição, análise, armazenamento, distribuição e controle de medicamentos e correlatos;-Desenvolvimento e/ou manipulação de fórmulas magistrais e/ou oficinais;-Produção de medicamentos e correlatos;-Desenvolvimento de pesquisas e trabalhos próprios ou em colaboração com profissionais de outros serviços;-Desenvolver atividades didáticas;-Adequar-se aos problemas políticos, sociais, econômicos, financeiros e culturais do hospital;-Estimular a implantação e o desenvolvimento da Farmácia Clínica.

2.4 – TIPOS DE FARMÁCIA HOSPITALAR

2.4.1 – Farmácia quanto ao tipo de paciente

-Farmácia de Hospitais Gerais-Farmácia de Hospitais Especializados

2.4.2 - Farmácia quanto a capacidade do hospital

-Farmácia Hospitalar para atender até 50 leitos;-Farmácia Hospitalar para atender até 100 leitos;-Farmácia Hospitalar para atender 200 leitos ou mais.

2.4.3 – Farmácia quanto ao trabalho desenvolvido

-Deposito de drogas e medicamentos (hospital de até 100 leitos);-Farmácia Hospitalar propriamente dita (hospital de 100 a 200 leitos);

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-Farmácia Hospitalar semi-industrial (hospital de 200 a 500 leitos);-Farmácia Hospitalar industrial (hospital acima de 500 leitos).

2.5. – ESTRUTURA ORGANIZACIONAL DA FARMÁCIA HOSPITALAR

2.5.1 – Localização

Quanto a localização a Farmácia Hospitalar deve estar localizada em área de livre acesso e circulação, tanto para atender à distribuição de medicamentos aos usuários internos e ambulatoriais, como para receber estes e demais produtos farmacêuticos adquiridos para consumo. Além de usuários e produtos farmacêuticos, a farmácia também recebe a visita de técnicos e de fornecedores, o que justifica a sua localização em ponto estratégico que facilite a troca de informações.

2.5.2 – Área Física

A Área Física da Farmácia Hospitalar deve dispor de um espaço suficiente para desenvolvimento das diferentes atividades, tendo em vista que são muitos os fatores que podem condicionar o espaço necessário para uma farmácia.Sendo os principais:-Tipo de hospital (geral ou especializado);-Número de Leitos;-Localização Geográfica;-Tipo de Assistência prestada pelo hospital;-Tipo de compras efetuadas pela farmácia(mensal, semestral ou por estoque mínimo);-Tipo de atividade da farmácia.

2.5.3 – CAF (Central de Abastecimento Farmacêutico)

A Central de Atendimento Farmacêutico (C.A.F.) tem como objetivo básico garantir a correta conservação dos medicamentos, germicidas, correlatos e outros materiais adquiridos, dentro de padrões e normas técnicas específicas, que venham assegurar a manutenção das características e qualidade necessárias à sua correta dispensação.Para tanto se faz necessário dotar no local boas práticas e condições adequadas com relação a:Acesso – o acesso tanto interno quanto externo deve ser facilitado, além da circulação devem ser otimizados;Água e eletricidade – deverá contar com quantidades suficientes para atender as exigências para o bom desempenho das atividades;Comunicação – deverá contar com eficiente sistema de comunicação, entre todas as dependências do hospital;

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Drenagem – caso seja necessário, deverá contar com eficiente sistema de drenagem para prevenir inundações;Circulação – o local deve estar disposto em só plano, contando com divisões e portas que favorecem a circulação e a liberdade dos movimentos;Segurança – deverá conter equipamentos adequados para segurança contra incêndios e acidentes ocupacionais;Localização – deverá estar localizado o mais próximo possível das unidades hospitalares bem como as áreas de acesso externo;Ventilação – deve contar com abertura superior e inferior com o uso de equipamentos vazados;Conservação – todas as instalações devem ser de fácil conservação;Condições ambientais – não permitir a incidência de luz direta bem como evitar ao máximo o contato do material à temperaturas e umidades excessivas.A C.A.F. deve ser dividida em: recepção, armazenagem e distribuição.Os medicamentos são armazenados em sala climatizada com um esforço para manter a organização e a contagem de estoque de medicamentos e matérias médico-hospitalares.Para cada especialidade de medicamento ou material médico-hospitalar há na prateleira um registro do movimento de entrada e saída e controle destes.

2.5.4 – Área de Dispensação Interna

Na área de dispensação interna deve-se permitir dispensar corretamente os medicamentos, segundo as exigências do sistema de distribuição adotado. De qualquer forma, precisa de espaço para análise das prescrições, para a guarda dos produtos dispostos de forma a facilitar a separação e preparação das doses.

2.5.5 – Área de Produção / Manipulação – Farmacotécnica

Deverá dispor de equipamentos específicos, convenientemente instalados, cujos graus de complexidade e desenvolvimento atendam os medicamentos e germicidas manipulados.A distribuição do espaço físico e a dotação de material e de pessoal podem ser estabelecidas a partir de uma classificação das formas farmacêuticas a elaborar.

2.5.6 - Centro de Informações sobre Medicamentos (C.I.M.)

O centro pode ou não estar situado na própria área da farmácia, facultando a conveniência do centro hospitalar, mas deve ser de fácil acesso à equipe de saúde do hospital, já que difundir informações objetivas e esclarecedoras para os diversos profissionais é tão importante quanto distribuir corretamente os próprios medicamentos.

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Para a organização de um C.I.M. deve-se considerar o tipo de hospital, a formação dos profissionais, tipos de pacientes atendidos, as patologias prevalecentes e suas referidas freqüências.O acervo bibliográfico deve ser constituído de fontes bibliográficas primárias, secundárias e terciárias. As fontes primárias são periódicos conceituados que veiculam informações atualizadas, sobre medicamentos e terapêutica. Tem-se como fontes secundárias os índices que permitem acesso às fontes primárias, podendo ser apresentadas em volumes impressos ou microfichas. As fontes terciárias são constituídas de livros e são as mais utilizadas.Para exercer o controle de qualidade das fontes de informação disponíveis deve-se realizar rigorosa análise dos dados registrados verificando-se a validação dos resultados, ou seja, se foram tomadas as medidas necessárias para evitar os erros aleatórios ou sistemáticos.O CIM deve reunir condições de fornecer informações referentes a medicamentos, germicidas e correlatos, segundo as necessidades do Serviço de Controle de Infecções Hospitalares (S.C.I.H.).

2.5.7 – Área Administrativa

Na área administrativa se realizam todas as atividades da aquisição de medicamentos, controle de estoques, estudo de consumo e custos, previsão das atividades, enfim, onde são analisadas todas as ações realizadas na farmácia.Estas exigências são criteriosas e atendem as patologias e atendimento em determinado hospital, para isto é constituído uma comissão com representante de cada uma das especialidades de médicos e farmacêuticos sendo a padronização o primeiro passo para administrar os recursos destinados a ele. Deve-se definir o consumo médio mensal e elaborar os pedidos de acordo com vários fatores políticos do hospital. O processo de compra deverá ser explicado mais pormenorizado em outro tópico.Outras áreas podem ser acrescidas às citadas desde que se justifique a sua instalação.

2.5.8 – Recursos Humanos

Naturalmente na Farmácia Hospitalar deve estar sobre a responsabilidade de um farmacêutico legalmente habilitado e especialmente preparado em Farmácia Hospitalar. A farmácia deverá estar dotada de farmacêuticos, técnicos e auxiliares de farmácia, em numero suficiente para exercer as funções que se queiram desenvolver de acordo com o plano de prioridades assistenciais do hospital.Qualquer que seja o tamanho do hospital, em principio, é certo que deve haver o numero mínimo de farmacêuticos, afim de que o serviço de farmácia tenha durante 24 horas, a assistência do farmacêutico.

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Os técnicos ou auxiliares de farmácia são servidos da saúde que receberam de uma formação básica de primeiro ou segundo graus e ensinamentos práticos para desenvolverem atividades na Farmácia Hospitalar.

2.6 – Elementos Componentes

2.6.1 – Farmácia Ambulatorial

A Farmácia Ambulatorial atende usuários que vem das diversas clínicas (internamento e ambulatoriais) do HULW além de atender os programas conveniados com o Governo Federal de distribuição Diabetes, Hansen, Tuberculose e DST/AIDS.Muitos destes medicamentos dispensados conferem na lista de medicamentos citados na Resolução da Portaria 344/98 que visa Normas para prescrição e dispensação de medicamentos sujeitos a regime especial de controle e são acondicionados de acordo com a tal resolução.Quanto a receita há 2 vias sendo que a primeira deve-se constar idade, sexo, clínica do usuário ficando retido para motivo de arquivamento e a segunda via com as mesmas informações além de um carimbo com os dizeres de que já fora dispensado o medicamento caso este seja o caso.

2.6.2 – Estoque Satélite no Centro de Terapia Intensiva

Neste setor deve-se observar apenas a manutenção de níveis de reserva em caráter de emergência em quantidade suficiente para tal.No local há um local reservado para o estoque satélite.

2.6.3 – Nutrição Parenteral

A Nutrição Parenteral é formulada pelo SFH e possui uma resolução própria que visa manter a ordem e a qualidade do que é oferecido ao usuário. Esta a Portaria 272.É uma solução de grande volume estéril, apirogenico. Não pode ser absorvido nem por via oral ou enteral e é submetido a usuários acometidos de comprometimento parcial ou total do Trato Gastro-Intestinal.O caso é avaliado por uma junta multidisciplinar (médico, farmacêutico, nutricionista e enfermeiro) para se valer do tratamento. Os casos mais comuns são os pacientes acometidos de ferimentos graves, anciãos ou aqueles que sofrem de sérias complicações em que a administração de nutrientes pode ser decisiva no seu estabelecimento. Pacientes que possuam obstrução da via digestiva por doença maligna ou benigna também são submetidos a este tratamento.No HULW é disponibilizado dois tipos de Nutrição Parenteral sendo eles: Sistema Glicídico e o Sistema 3 em 1, sendo a principal diferença dos dois

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tratamentos a via de administração.Os materiais utilizados para esta manipulação são: câmara de fluxo laminar, área isolada para manipulação e condições perfeitas de esterilização.Quanto ao preparo deve-se observar: temperatura, pH e a ordem de preparo (sob pena de precipitar os micronutrientes).

2.6.4 – Sistema de Aquisição de Medicamentos e Correlatos

Já escolhido os medicamentos e correlatos na prévia padronização do hospital, a forma de aquisição destes materiais se dão na forma de:Pregão eletrônico é como um leilão que não tem valor limitado de compra, faz-se o edital e abre-se a licitação com empresas sérias legalizadas com ANVISA e se esta em dia com INSS, Cofins, todos os impostos federais, estaduais e municipais em dia para adentrar no sistema comprasnet.O Registro de Preço por Pregão Eletrônico diferencia-se da anterior pois a intenção de comprar esta num período de 12 meses determinando-se no edital até o tipo de entrega.Cotação Eletrônica se faz com compras até R$ 8.000,00 sendo esta informatizada sem edital.Sistema Presencial é outro modelo de aquisição desta vez de forma direta quando após varias tentativas de cotação eletrônica ninguém participa ou não há nenhuma empresa ou distribuidora interessada.Em qualquer modalidade é emitidos formulários que vem junto com a nota fiscal que deve ser apresentado ao hospital no ato da entrega do produto cabendo também a empresa o certificado de analise do produto.

3 – SISTEMA DE DISTRIBUIÇÃO POR DOSE INDIVIDUALIZADA

Através de transcrição da prescrição medica tem-se a possibilidade de erro de transcrição, prescrição adulterada e outros.Através da cópia da prescrição médica, estes erros são minimizados. O regime adotado pelo HULW é de uma prescrição de 24 em 24 horas, exceto para alterações de prescrição.

Vantagens:

-Diminuição de estoque das unidades assistenciais;-Redução do potencial de erros de medicação;-Facilidade para devolução à Farmácia;-Reduz tempo de pessoal de enfermagem quanto às atividades com medicamentos;-Reduz custos com medicamentos;-Controle mais efetivos com medicementos;-Aumento da integração do farmacêutico os demais profissionais da equipe de

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saúde.

Desvantagens:

-Aumento das necessidades de recursos humanos e estrutura da farmácia;-Existência de investimento inicial;-Incremento nas atividades desenvolvida pela farmácia;-Necessidade de plantão na Farmácia Hospitalar;-Permite potencial erro de medicação;-Não permite controle total sobre as perdas econonicas.

4 – SETOR DE MEDICAMENTOS CONTROLADOS

O Setor de Controlados de uma Farmácia Hospitalar é de total responsabilidade do profissional farmacêutico, funcionando da seguinte maneira: os medicamentos controlados são guardados em salas com trancas; as prescrições são retidas na farmácia, para posterior controle, sendo registradas no livro de controlados que passa pela Vigilância Sanitária (VS) mensalmente seguindo as normas da Resolução da Portaria 344/98 que visa Normas para prescrição e dispensação de medicamentos sujeitos a regime especial de controle.O farmacêutico é responsável pelo mapa dos medicamentos controlados que é fiscalizado pela VS. O mapa é entregue a mesma até o 15º dia de cada mês, contendo o nome do paciente, o balanço de entrada, saída e estoque.

5 – CONCLUSÃO

Este estágio dispertou em mim uma nova área de atuação de nossa profissão, ele foi bastante proveitoso e gratificante, aprendi noções de administração hospitalar, interpretação de prescrições medicas, como se relacionar com diversos setores da área hospitalar dentre outros assuntos além de vivenciar o ambiente profissional.O estágio prestou uma orientação no que diz respeito a Farmácia Hospitalar, onde pude acompanhar e aprender as atividades cotidianas da farmácia através da orientação de excelentes profissionais bastantes experientes e especializados nestas áreas.Na minha exclusiva opinião, para um maior aproveitamento de nós alunos, deveríamos neste último período do curso realizar apenas estágios, o que levaria a uma maior dedicação e conseqüente maior aprendizado acadêmico para a vida profissional.

6 – REFERENCIAS

NETO, JULIO FERNANDES MAIA, Farmácia Hospitalar um enfoque sistêmico.

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Editora Thesaurus. Brasília, 1990.

MINISTÉRIO DA SAÚDE. Guia Básico para Farmácia Hospitalar. Brasília, 1994.

CONSELHO FEDERAL DE FARMÁCIA. Manual Básico de Farmácia Hospitalar. Brasília, 1997.XAVIER, JOSÉ ROMULO BATISTA. DE ASSIS, MARIA DAS VITÓRIAS. Evolução Histórica do Serviço de Farmácia do Hospital Universitário Lauro Wanderley. 2004