Estandarte Divino Do Conhecimento, O

8/13/2019 Estandarte Divino Do Conhecimento, O

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Outras Obras de Abdul-Bah:EPSTOLAAHAIAEPSTOLAAODR. AUGUSTEFORELEPSTOLASDOPLANODIVINONARRATIVADEUMVIAJANTERESPOSTASAALGUMASPERGUNTASSEGREDODACIVILIZAODIVINA, OSELEODOSESCRITOSDEABDUL-BAHTRIBUTOAOSFIISLTIMAVONTADEETESTAMENTO, AColeo PALESTRASDEABDUL-BAH:

Londres 1911 Paris 1911 Estados Unidos e Canad 1912 /A PROMULGAODAPAZ

UNIVERSAL

Outras Obras com Escritos de Abdul-Bah:ALICERCESDAUNIDADEMUNDIALCOLEOSELEODEESCRITOSBAHS

DIVINAARTEDEVIVER, AORAESBAHSREVELAOBAH, A

BIOGRAFIASUGERIDA;ABDUL-BAH, O CENTRODOCONVNIO; DEH. BALYUZI


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Ttulo original em ingls: "#$%&' )*+,- .#/0$

2009Editora Bah do BrasilC.P. 108513800-973 Mogi Mirim SPwww.editorabahaibrasil.com.brISBN: 978-85320-0194-81 Edio: 2009Compilao: Horace Holley

Traduo: Osmar Mendes (salvo textos publicados anteriormente)Reviso: Coordenao Nacional Bah de Traduo e Reviso do BrasilImpresso: Prisma Grfica e Editora Ltda, Campinas - SP


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Introduo XI

ABERTURA:Epstola do Ramo 1

CAPTULOI: BAHULLH, SUAMISSO 7A Humanidade Est em Perigo 7Eu vim com Esta Misso 10A Abenoada Perfeio, Bahullh 13A Religio Progressiva 19

O Sculo Radiante 23A Paz Maior 27Homem e Natureza 31Cincia e Desenvolvimento Espiritual 40Ensinamentos de Bahullh 45Os Educadores da Humanidade 48O Estandarte Divino do Conhecimento 52

O Sol da Realidade 55A Fonte de Unidade 59A Vivificao do Esprito 63Existncia Espiritual Imortalidade 66Unidade Racial, Promessa da Paz Mundial 72Religio e Civilizao 74Justia Industrial 86

Paz Universal 90


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CAPTULOII: ALMA, MENTEEESPRITO 105A Origem do Homem 105

Modificao das Espcies 109O Reino Humano 112Homem e Evoluo 117A Natureza Espiritual do Homem 120Poderes Inatos do Homem 122O Esprito no Corpo 124A Relao do Homem com Deus 126

Alma, Mente e Esprito 128Os Cinco Poderes Psquicos e Espirituais 129Carter Inato, Hereditrio e Adquirido 130O Nosso Conhecimento de Deus 133A Imortalidade do Esprito 136As Perfeies so Ilimitadas 141A Evoluo do Homem no Outro Mundo 144

O Progresso Depois da Morte 145Epstola da Pureza 147Deus e o Universo 152

CAPTULOIII: O TEARDAREALIDADE 167Seu Esplendor Imortal 167O Novo Paraso, A Terra Nova 168Primavera Espiritual 169Servir o Reino 171Cumprimento da Profecia 173Arautos de Seu Nome 173O Mundo Est Enfermo 175O Convnio 176Unidade Racial 179O Fogo do Amor de Deus 180Vocs so os Anjos 180


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A Realidade da Ao de Graas 181O Caminho Estreito 181

Desapega-te do Mundo 182Levanta-se com Grande Poder 183Ajuda Divina 184Prova de Nobreza 184A Fonte de Amor 185F Objetiva e Subjetiva 185Capacidade Espiritual 186

O Amado de Deus 186Se a Pessoa Possui o Amor de Deus 187O Magneto do Reino 188O Esprito que a Tudo Envolve 188Almas so como Espelhos 189O Mundo da Viso 189Orao Indispensvel 190

Voltar-se para o Esprito Santo 191Inspirao do Esprito Santo 192O Intermedirio 192O Esprito de F 193Provaes, Uma Ddiva de Deus 194O Mistrio do Sofrimento 195Casamento Bah 195Bondade com Animais 197Moderao, um Grande Tesouro 199Meios de Sobrevivncia 199Socialismo 200Dois Meios de Cura 200Se Desejas Sade 201O Dever de Buscar a Cincia 201O Trabalho Adorao 202Cincia Adorao 202


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Msica 203Rompimento com Este Mundo 203

Consolo aos Nossos Coraes 204A Universidade do Reino 205A Essncia Incognoscvel 207F e Conhecimento 208Conhecimento e Aes 208Educao das Crianas 209Conhecimento Espiritual 210

Qualificaes de uma Alma Iluminada 210Soberania Eterna 211Confirmao e Ajuda 212Este Mundo, Uma Miragem 213Proteo aos Bahs 214O Retorno de Cristo 214Vida Eterna 215

Os que Espalham Calnia 218O Esprito de Cristo 218Salvao 219A Igreja Espiritual 219A Ceia com Deus 218Entendendo os Mistrios 219Reencarnao 219Boas-Novas 222Considera o Passado 223Este Ramo ir Ascender 224Depois desta Tormenta 224O Centro 226Educao Mental e Espiritual 226

CAPTULOIV: O PLANODIVINO 231A Causa de Bahullh 231


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A Comunidade do Mximo Nome 231Deus Ama os que Trabalham em Grupo 232

O Pastor Divino 234A Meta Fundamental 234Esta Reunio Abenoada 234A Eleio Espiritual 235A Casa de Justia 236Obedincia a Assembleia 238Abdul-Bah est Presente 240

O Centro de Deciso 241A Base da Unio 242A Assembleia Espiritual 242Misericrdia e Justia 246Reunio entre Assembleias 247O Mashiriqul-Adhkr 249O Centro Coletivo de Reino 254

Bahullh - O Senhor das Hostes 259A ltima Epstola do Mestre Amrica 266

Bibliografia 278


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O propsito deste livro oferecer uma compilao deEscritos Sagrados Bahs, os quais, em um nico volume,

expe seu alcance universal de temas, sua aplicao direta navida moderna e seu poder espiritual incomparvel. Aqui estum Livro Mundial exposto para os seres humanos de todasas raas e terras; uma nova criao que afirma e prov a maiselevada certeza de que, de tempos em tempos, uma sucessode Profetas tem iluminado internamente a alma humana.O passado no negado, mas se estende atravs do presente

para estabelecer uma base firme para uma nova era de justiae paz. A iluminao que jorrou sobre a nossa prpria eramostra, na verdade, as religies anteriores e seus Fundadoressob uma luz mais clara do que aquela que eles manifestaramanteriormente. O conceito bah da unidade dos Profetasde Deus tira da religio seus credos e cerimnias, mas fazressurgir a f na realizao de uma Verdade divina e eterna

que agora, pela primeira vez, pode ser compreendida em seuplano e propsito para a inteira raa humana.

Qual o significado da palavra bah?Esta palavra deriva do ttulo pelo qual o Fundador da

F conhecido: Bahullh, que significa Glria de Deus.Designa a pessoa seguidora ou crente, como cristo ou budistaidentifica o seguidor de Cristo ou de Buda. Semelhantes a

essas duas referncias, tambm a forma adjetivada usada paradescrever qualquer coisa que esteja diretamente relacionadacom a F, como, por exemplo, na expresso religio bah,


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reunio bah, ou comunidade bah. Um bah algumque aceita a Bahullh como seu Senhor, conhece Seus en-

sinamentos e obedece aos seus preceitos. A religio bah a religio de Bah. O nome Abdul-Bah significa Servo deBah, e identifica o grau e a misso do Filho mais velho deBahullh, Aquele por Ele designado para ser o Intrpretede Sua Palavra, o Exemplar de Sua nova criao e o Centrode Seu Convnio com a humanidade.* ...

Os quatro captulos contm excertos dos escritos e das

palestras de Abdul-Bah, as quais revelam a aplicao pr-tica dos Ensinamentos Bahs vida em nossa era. Assim,por exemplo, o captulo um apresenta o texto de palestrasproferidas na Amrica sobre a paz universal. O captulo doisesclarece o mistrio espiritual do ser humano. No captulotrs, encontramos passagens que nos oferecem a consumadasabedoria e o amor de Abdul-Bah. O ltimo captulo con-

tm passagens que descrevem o desenvolvimento e a funodas instituies bahs como corporificao do esprito deunidade.

Bahullh, cujo nome era Husayn-Ali, nasceu em 12de novembro de 1817 na antiga Prsia. Como Buda, nasceuem uma famlia rica e de alto nvel social, que lhe asseguravaum posto eminente no governo imperial do x. A Prsia da-quele tempo encontrava-se em uma condio parecida com ofeudalismo da Europa. Autoridade arbitrria, no reprimidapor uma Constituio, era conferida ao x e exercida atravs

*Por razes editoriais, omitimos completamente a seo I(com textos sagrados de Bahullh) da compilao original

feita por Horace Holley, somente mantivemos a Epstola doRamo, que indita em portugus, descrevendo Abdul-Bahe Sua Misso.


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de uma autocracia, socialmente irresponsvel, na corte eem palcios provinciais. O sistema era consubstanciado por

costumes e leis de um Isl tradicional, apoiado por um ver-dadeiro exrcito de sacerdotes, mestres religiosos, e senhoreseclesisticos. A teologia determinava o objetivo e o contedoda educao. As massas da populao viviam sob a exploraode um estado-igreja medieval.

Confinado em sua prpria cultura e territrio, separadoteologicamente mesmo de outros povos islmicos pelo impla-

cvel cisma entre xiitas e sunitas, praticamente inteiramentecarente da cincia e da tecnologia em rpida transformaono Ocidente, a Prsia, no entanto era agitada com sua prpriaviso de retido e de uma reforma religiosa. Dentro do pr-prio Isl, alguns mestres religiosos tinham, em uma tradioproftica, chegado concluso de que o cumprimento de an-tigas expectativas estava prximo. Sentiam que Deus desejava

pr um fim ao mal, ignorncia, injustia e hipocrisia.Previam uma nova Dispensao que substituiria a decadnciaque ocorrida com a F de Muhammad. Esperavam por umtempo de julgamento e de separao dos povos no mundointeiro. Na escurido que engolfava sua sociedade, eram comohomens com lanternas na mo procurando a direo de ondesurgiria a alvorada.

Em tal terra, ignorada pelo Ocidente, onde a iluminaoespiritual contrastava com a corrupo oficial, a pompa feudalcom a escravido impotente, a lembrana de glrias passadascom a traio da confiana lhes conferida por Muhammad,o Selo dos Profetas, a Providncia encontrara o teatro para aconcretizao dos mais estupendos eventos transformadoresna dramtica histria da religio revelada.

Respeitado e admirado por Suas qualidades, virtudese dignidade pessoal, livre da atrao das honrarias de uma


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carreira pblica, Husayn-Ali optou por Sua Misso espiritualno caminho do sacrifcio deixado por Ali-Muhammad, co-

nhecido para a histria como o Bb. De 23 de maio de 1844a 9 de julho de 1850, o Bb (cuja palavra significa Porta)proclamou o nascimento de uma nova F mundial. Ab-rogou as leis da Dispensao Muulmana, no mais eficazes;convocou reis e governantes a darem ouvidos ao ChamadoDivino e governarem com justia; identificou a verdadeira fde Deus com pureza moral e atos retos; reuniu em torno dEle

um grupo de devotados e heroicos seguidores; restaurou oesprito de esperana entre o povo; e fez com que o clero e asautoridades civis temessem perder seus privilgios e poder.

Por ordem da igreja e do estado, o Bb foi denunciadocomo herege e instigador de rebelio, sofreu o martrio dobastinado, por duas vezes foi aprisionado em celas escuras emcastelos isolados, e em 1850 este Profeta-Mrtir foi executado

publicamente na cidade de Tabriz.O Bb realizou duas misses. Sua Dispensao trouxe ao

seu final o ciclo das profecias. Revelou a unidade dos Profetas.Inaugurou um novo ciclo de realidade no qual os antigospostulados de f encontrariam sua realizao na unidade dahumanidade. Tambm descreveu Sua religio como a prepa-rao para o surgimento de Bahullh, sendo Ele prprio oPrecursor, ou Arauto, de Algum maior que Ele que surgiriaem seguida. Embora o esprito de todos os Profetas do passa-do tivessem retornado terra em Sua pessoa, as religies doOriente e do Ocidente no O conheciam.

Aps o martrio do Bb, o dio do clero e do governorecaiu sobre Husayn-Ali, que era ento o destacado lder dacomunidade bah. Ele foi enclausurado em uma masmorraem Teer. Durante o ano de 1853, quando passava por essagrande aflio, o Esprito Santo desceu sobre Ele e revelouSua Misso como Bahullh, o Prometido de todas as re-


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ligies e naes. Em uma carta dirigida um ano depois aox da Prsia, Bahullh escreveu: rei! Eu era apenas um

homem como os outros, adormecido em meu leito, mas eisque os sopros do Todo-Glorioso manaram sobre Mim e Mederam o conhecimento de tudo o que existe. Isso no provmde Mim, mas de Um que o Todo-Poderoso, o Onisciente.E Ele ordenou que Eu levantasse Minha voz entre a terra e ocu... (O Chamado do Senhor das Hostes, p.80-81).

Quarenta anos de exlio e aprisionamento haviam come-

ado. De Teer, Bahullh, com membros de Sua famlia eum grupo de seguidores do Bb, foram enviados para Bagd,na expectativa de que Sua ausncia da Prsia iria enfraqueceros crentes remanescentes. De Bagd, Bahullh foi exiladopara Constantinopla, o que transferiu a jurisdio das acu-saes civis e eclesisticas da Prsia para o Sulto, chefe doIsl sunita. Sob o comando do Sulto, a diretriz de represso

e de recusa a uma entrevista com Bahullh continuou. DeConstantinopla, o grupo foi enviado para Adrianpolis. Em1868, o regime turco condenou Bahullh e um grupo deSeus seguidores para a pestilenta fortaleza priso de Akk,na Sria, agora Israel.

Antes de deixar Bagd para Constantinopla, Bahullhdeclarou Sua Misso (em 1863) a um grupo de babs, e da-quele tempo em diante os crentes passaram a ser conhecidoscomo bahs, com exceo de alguns poucos, que rejeitaramSua reivindicao e buscaram perpetuar a F Bab alm dotempo ao qual estava destinado. Foi naquela cidade tambmque Ele revelou o incomparvel Kitb-i-Iqn(Livro da Cer-teza), o qual desselou os Livros Sagrados e interpretou suasleis e preceitos como estgios formativos na evoluo de umaF Mundial. O Kitb-i-Iqn insupervel em sua exposiodas posies singulares dos Profetas anteriores. Os seguidoresdas religies por Eles reveladas bem poderiam ponderar sobre


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aquelas passagens nas quais o propsito essencial das mesmase os significados espirituais so expostos.

Em Adrianpolis, Bahullh proclamou Sua Missoem Epstolas dirigidas a reis e governantes, convocando-os verdadeira f em Deus como fideicomissrios do bem estarde seus povos.

O perodo de exlio e confinamento de Bahullh emAkk representa o clmax de Seu Ministrio e da rica safra deSua volumosa Revelao. Tanto a reis como a lderes religiosos

do mundo, Ele dirigiu apelos, advertncias e exortaes, pre-vendo as tribulaes que adviriam humanidade por teremrepudiado o Profeta cuja Misso era unicamente unir os povose estabelecer a paz. Nunca, desde o incio do mundo, foi aMensagem, Ele afirmou, proclamada to abertamente.

O que foi chamado de efuses finais e poderosas de Suasinmeras Epstolas revelando mandamentos e verdades

junto com o exposto no Livro Sacratssimo, caracterizam estetempo proftico.

As obras de Bahullh incluem o misticismo do livro OsSete Vales, a sucinta e vital sabedoria das Palavras Ocultas, oenfoque de Deus quanto orao e meditao, a proclamaoaos reis, os apelos e advertncia aos chefes sacerdotais dasreligies, a interpretao das Escrituras Sagradas, o estabele-cimento de instituies, a formulao de leis e a designaode um Centro de Seu Convnio para a continuao de Suaobra aps Seu falecimento. Nenhuma Revelao anteriorproveu de forma to completa para a preservao e expansode seus ensinamentos em sua essncia mais pura, nem crioua Ordem na qual a comunidade religiosa iria funcionar e sedesenvolver.

Bahullh faleceu em Akk em 1892, com Sua Reve-lao completada e Sua Misso cumprida. Sua chegada naTerra Santa por decreto do sulto trouxera consumao a


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profecia das escrituras crist e judaica. A terra tornada santapor todos os Profetas tinha recebido seu Senhor. Seu encar-

ceramento no impediu Bahullh de expressar claramentea Vontade divina.

A designao feita por Bahullh a Abdul-Bah comoo Intrprete de Sua Palavra, o Exemplar de Sua F e o Cen-tro de Seu Convnio no tem paralelo na Histria humana.Significa que a autoridade e a guia divinas continuaro apsa Ascenso de Bahullh. A Revelao terminara, mas a

forma, a maneira, o modelo e o critrio foram estabelecidospara assegurar a criao de uma sociedade religiosa livre depreconceitos e atitudes dos crentes contra qualquer raa,credo ou nacionalidade. Significa que as qualificaes para taltarefa encontravam-se disponveis. Os bahs contam comalgo mais do que um Livro; eles contam com uma lideranacontnua acima de seu prprio controle. Desde 1892, a Misso

de Abdul-Bah estendeu-se at o Seu passamento em 1921 trinta anos, a vida de uma gerao, expressada atravs deincontveis aes, cartas, entrevistas e palestras pblicas queproclamaram a F ao mundo e sua aplicao para a vida sociale intelectual de nosso tempo.

Diferente dos antigos Profetas, Bahullh pde criar umainstituio social, a Casa de Justia, seus membros escolhidospelos prprios bahs e com promessa de inspirao em suasdeliberaes.

Com Sua designao de Abdul-Bah, e com o estabe-lecimento de uma nova ordem social, Bahullh proveu ascondies para a continuidade ininterrupta de um elementoprovidencial na religio e supriu os meios atravs dos quaisa humanidade pode dirigir seus poderes atravs de canais depaz e progresso.

Abdul-Bah cumpriu com Sua Misso ao deixar o docu-mento ltima Vontade e Testamento, que seria cumprido aps


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Seu falecimento. Nesse documento, Ele descreve as institui-es sociais da F e estabelece a hereditariedade da Guardia-

nia dentro da famlia de Bahullh, com qualificaes parainterpretar os Escritos sagrados e presidir as deliberaes daCasa de Justia Internacional.

A comunidade bah tem sobrevivido, passado por testese purificada atravs de sucessivos estgios de amarga persegui-o com a ascenso de Bahullh e a morte de Abdul-Bah.Sua F no somente uma reverncia a Bahullh por uni-

dade de ao em ordem de mbito mundial. O ser humanopor inteiro, e toda a sua relao com a sociedade, tm agoraum significado e uma sano espiritual. A diviso da religioem elementos leigos e clrigos chegou a um fim.

HORACE HOLLEY*

*Para saber mais sobre esta incomparvel figura dos anais daF Bah, que foi nomeado Mo da Causa de Deus, posio

nica com que alguns bahs foram honrados, convidamos oleitor a ler o Apndice da outra compilao feita por HoraceHolley:Alicerces da Unidade Mundial.


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Revelada por Bahullhsobre Abdul-Bah

Ele Eterno em Seu Horizonte de Abh!Verdadeiramente, a Causa de Deus surgiu das nuvens das

elocues e os politestas esto neste dia em grande tormenta!Em verdade, as hostes da revelao desceram com os estan-dartes da inspirao do cu da Epstola em nome de Deus,

o poderoso, o forte! Neste tempo, os monotestas todos seregozijam com a vitria de Deus e Seu domnio, e os quenegam veem-se ento em manifesta perplexidade.

povos! Fugis da misericrdia de Deus depois de ter elaenvolvido todas as coisas existentes criadas entre os cus e aterra? Cuidai para no vos preferirdes diante da misericrdiade Deus, e no vos priveis dela! Verdadeiramente, quem

quer que dela se afaste estar em grande perda. Em verdade,a misericrdia como versculos descidos de um nico cu edos quais os monotestas bebem como o vinho escolhido davida, enquanto os politestas bebem como gua causticante; equando os versos de Deus so lidos para eles, o fogo do dioest aceso em seus coraes. Assim, preferiram a si prpriosdiante da misericrdia de Deus, e so negligentes.

Entrai, povo, sob o abrigo da Palavra! Ento bebei dovinho escolhido das elocues e dos significados ocultos; poisneles est oculto o kawthar do Ser Glorioso e que surgiu do


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horizonte da Vontade de seu Senhor, o Misericordioso, comluzes deslumbrantes.

Dize: Verdadeiramente, o oceano da pr-existncia proce-de deste mais imenso Oceano. Abenoado, portanto, aqueleque permanece em suas praias e contado entre aqueles quenelas se estabelece. Em verdade, este templo mais sagrado deAbh o ramo de Santidade procede do Sadratul-Muntah.Abenoado aquele que busca abrigo nele e daqueles quenele encontra descanso.

Dize: Verdadeiramente, o ramo de comando procede destaraiz que Deus plantou firmemente no solo da vontade, cujogalho foi elevado uma posio que abrange toda a existn-cia. Portanto, exaltado seja Ele por esta criao, o exaltado,o abenoado, o inacessvel, o poderoso!

vs, povo! Aproximai-vos dele e provai dos frutos deseu conhecimento e sabedoria de parte do Ser poderoso e

Onisciente. Quem quer que dele se prive estar privado damisericrdia, mesmo que seja possuidor de tudo o que existena terra fosseis vs daqueles que conhecem.

Dize: Verdadeiramente, uma palavra foi proferida emfavor desta mais grandiosa Epstola, que Deus adornou-a comSeu prprio manto, fez dela soberana sobre tudo na terra e umsinal de Sua grandeza e onipotncia entre as criaturas; a fim deque, atravs dela, o povo possa louvar seu Senhor, o forte, opoderoso, o sbio; e que, atravs dela, as pessoas glorifiquemseu criador e santifiquem seu ser com Deus, o qual se encontraentre todas as coisas. Verdadeiramente, isso nada mais queuma Revelao que procede do sbio, do Patriarca!

Dize: povo, louvai a Deus, por sua Manifestao, poisverdadeiramente o mais grandioso favor a vs concedido ea bno mais perfeita sobre vs derramada; e atravs dEletodo osso decomponente refeito. Quem quer que se voltepara Ele com certeza voltou-se para Deus, e quem quer que


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dEle se afaste afastou-se de Minha beleza, negou Minhaprova e daqueles que so transgressores. Em verdade, Ele a

lembrana de Deus entre vs e Sua Confiana dentro de vs,e Sua manifestao a vs e Seu aparecimento entre os servosque esto prximos. Assim fui ordenado a vos transmitir amensagem de Deus, vosso Criador; e eu vos transmiti aquiloque me foi ordenado. Por isso, dai testemunho de Deus, entode Seus anjos, e ento de Seus Mensageiros, e ento de Seusservos santificados.

Inalai as fragrncias do Ridvn de Suas rosas e no sejaisdaqueles que se privam. Reconhecei a misericrdia de Deussobre vs e no vos oculteis dela. Em verdade, Ns O en-viamos em forma de templo humano. Assim, louvai a vossoSenhor, o Originador de tudo o que Ele deseja atravs de Seusbio e inviolvel Comando.

Em verdade, aqueles que se privam do abrigo do Ramo

esto certamente perdidos no deserto da perplexidade; e soconsumidos pelo calor de seus prprios desejos, e so daqueleque perecem.

Apressai-vos, povo, para o abrigo de Deus, a fim de Elevos proteja do calor do Dia no qual ningum encontrar porsi mesmo qualquer refgio ou abrigo exceto sob a proteode Seu Nome, o clemente, o que sempre perdoa! Adornai-vos, povo, com a vestimenta da certeza, a fim de que Elevos proteja dos dardos da dvida e das supersties, e paraque possais ser daqueles que esto conscientes naqueles diasquando ningum ter a certeza e ningum estar firmementeestabelecido na Causa, exceto separando-se de tudo o que possudo pelo povos e se voltando para o Semblante sagradoe radiante.

povos! Estais em busca de Jebt como um auxiliador emvez de Deus, e buscais o Taghoot como um Senhor, acimade vosso Senhor, o todo poderoso, o onipotente? Esquecei,


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povo, sua meno, ento segurai o clice da vida em nome devosso Senhor, o misericordioso. Em verdade, por Seu Nome,

o mundo existente avivado por uma gota dele, fosseis vsdos que conhecem.

Dize: Naquele Dia no haver refgio para ningum a noser o comando de Deus, e nenhuma salvao para qualqueralma, seno em Deus. Verdadeiramente, esta a verdade enada existe alm da verdade, a no ser erro manifesto.

Verdadeiramente, Deus incumbiu a cada alma transmitir

Sua Causa de acordo com sua capacidade. Assim foi o coman-do registrado pelo dedo da fora e poder sobre a Epstola demajestade e grandeza.

Quem quer que desperte uma alma nesta Causa comoaquele que desperta todos os servos, e o Senhor o levar no diada ressurreio ao Ridvn da unidade, adornado com o Mantode Si prprio, o protetor, o poderoso, o generoso! Assim se

servirdes a vosso Senhor, e nada mais que isso for mencionadoneste dia diante de Deus, vosso Senhor e o Senhor de vossosancestrais vos abenoar.

E quanto a vs, servo, ouvi a admoestao que vos dada na Epstola; ento buscai a graa de vosso Senhor emtodos os tempos. Ento compartilhai a Epstola entre aquelesque creem em Deus e em Seus versculos; para que possamseguir aquilo que nela est contido, e ser daqueles que sejamdignos de louvor.

Dize: povo, no causeis corrupo na terra e no dispu-teis com os homens: pois, verdadeiramente, isso no dignodaqueles que buscaram no abrigo de seu Senhor uma condiona qual em verdade possam permanecer seguros.

Se encontrardes algum sedento, da de beber a ele doclice do Kawtha e do Tasneen; e se encontrardes algumdotado de um ouvido atento, lede para ele os versculos deDeus, o poderoso, o misericordioso, o compassivo! Desatai


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vossas lnguas com elocues elevadas e admoestai o povo seos encontrardes a caminho do Santurio de Deus; de outra

forma abandonai-o a si mesmo e deixai-o no abismo do in-ferno. Cuidai para no espalhardes as prolas dos significadosocultos em solo seco e estril. Em verdade, os cegos estoprivados de contemplar as luzes e so incapazes de distinguirentre a pedra e a prola preciosa e sagrada.

Verdadeiramente, fosseis vs ler os versculos mais podero-sos e maravilhosos para a pedra durante milhares de anos, iria

ela entender ou sentir algum efeito? No, por vosso Senhor, oMisericordioso, o Clemente! Se lerdes todos os versculos deDeus a algum que surdo, ouviria ele uma palavra sequer?No, verdadeiramente, no, pela beleza, pelo poder, pelo queh de mais antigo.

Assim, compartilhamos convosco algumas das joias dasabedoria e da elocuo, a fim de que possais volver vosso

olhar na direo de vosso Senhor e sejais mantido parte detodas as criaturas. Possa o esprito e a glria estarem convos-co, e com aqueles que habitam a plancie da santidade e quepermanecem na Causa de seu Senhor em manifesta firmezae constncia.


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A HUMANIDADEESTEMPERIGO

povos do mundo!O alvorecer do Sol da Realidade ocorre seguramente para

a iluminao do mundo e para a manifestao da misericrdia.Na assembleia da famlia de Ado, os resultados e os frutos sodignos de louvor e as ddivas sagradas de toda generosidadeso abundantes. uma misericrdia absoluta e uma bno

completa, a iluminao do mundo, a camaradagem e a har-monia, o amor e a unio; ainda mais, generosidade e unidade,a eliminao da discrdia e a unidade de todos, existem sobrea terra na maior liberdade e dignidade. A Abenoada Belezaafirmou: Sois todos frutos de uma mesma rvore e as folhasde um mesmo ramo. Ele comparou o mundo da existnciaa uma rvore e todas as almas como folhas, flores e frutos.Portanto, todas os ramos, folhas, flores e frutos precisamestar em uma condio de completo frescor, e o surgimentode tal sutileza e doura depende da unio e da amizade. Porisso, eles devem ajudar-se mutuamente com todas as suasenergias e buscar a vida eterna. Assim, os amigos de Deusprecisam manifestar a misericrdia do Senhor de Compaixono mundo da existncia e devem expressar as bnos doSoberano visvel e do invisvel. Devem purificar sua viso,e ver a humanidade como as folhas, as flores e os frutos darvore da criao, e devem sempre estar pensando em fazer


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o bem aos outros, provendo amor, considerao, afeio eajuda a algum. Eles no devem ver os outros como inimigos

e no considerar quem quer que seja como maldoso. Devemconsiderar cada ser humano na terra como um amigo; con-siderar um estranho como ntimo amigo, e a um forasteirocomo companheiro. No devem estar presos por lao algum,mas, sim, estrar livres de todo e qualquer lao. Nestes dias,aquele que favorecido no limiar da grandeza algum queoferece o clice da fidelidade e concede a prola de ddiva

aos inimigos, mesmo que seja um opressor derrotado, oferecea ele uma mo de ajuda, e considera o maior inimigo comoum amigo afetuoso.

Estes so os mandamentos da Abenoada Beleza, estesso os conselhos do Mximo Nome. queridos amigos! Omundo est passando por guerras e disputas, e a humanidadeencontra-se no maior conflito e perigo. A escurido da in-

fidelidade envolveu a terra e a luz da fidelidade est oculta.Todas as naes e tribos do mundo afiam suas garras e estoguerreando e lutando umas com as outras. O edifcio dahumanidade est arrasado. Milhares de famlias perambulamdesconsoladas. Milhares de almas esto atoladas no p e nosangue da arena da batalha e lutam ano aps ano, e a tendada felicidade e da vida foi feita em pedaos. Os homensproeminentes tornaram-se comandantes e se vangloriam dosangue derramado e se gloriam com a destruio. Um delesdiz: Eu cortei com minha espada os pescoos de uma nao,e outro: arrasei um reino ao p, e ainda outro: Acabei coma estrutura de um governo. Este o piv em torno do qualo orgulho e a glria da humanidade revolvem. Em todas asregies, a amizade e a retido so denunciadas e reconciliadas,e desprezada qualquer considerao pela verdade. A arautada paz, da reforma, do amor e da reconciliao a Religioda Abenoada Beleza, a qual ergueu sua tenda no pice do


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mundo e proclama seu chamado a todos povos.Ento, amigos de Deus! Apreciai o valor desta preciosa

Revelao, movei-vos e ags de acordo com ela, caminhandoa vereda estreita e o caminho reto. Mostrai isso aos povos.Entoai com a melodia do Reino e espalhai por toda parte osensinamentos e os mandamentos do Senhor amoroso paraque o mundo possa tornar-se um outro mundo, a escuridoda terra iluminada e o corpo inanimado da humanidadeobtenha nova vida. Toda alma pode encontrar a vida eterna

atravs do sopro do Misericordioso. A vida neste mundomortal chegar rapidamente a um fim, e toda essa glria,riqueza, conforto e felicidade terrenas logo sero banidas eno mais existirio. Chamai as pessoas a Deus e convocai asalmas s boas maneiras e conduta do Concurso Supremo.Aos rfos sede como pais amorosos, e aos desafortunadosum refgio e abrigo. Ao pobre, um tesouro de riquizas, e

ao doente um remdio e cura. Sede um auxiliador de todooprimido e o protetor de todo destitudo, que estejais sempreatentos para servir a qualquer alma da humanidade. No deisimportncia s buscas pessoais, as rejeies, nem arrogncia,opresso e inimizade. No vos preocupeis com elas. Deveisagir no sentido contrrio. Sede bondoso, verdadeiramente,no apenas em aparncia e exteriormente. Todos os amigosde Deus devem concentrar sua mente sobre isso, que devemmanifestar a misericrdia de Deus e a generosidade dAqueleque sempre perdoa. Devem ser bondosos para com todas asalmas que encontrem, ajud-las, tornar-se causa da melhoriada moral e da correo dos pensmentos, de forma que a luzda orientao divina possa brilhar e que as graas de SuaSantidade o Misericordioso possam envolve-las. O amor luz em qualquer casa onde brilhe, e o inimigo, escurido,qualquer que seja a moradia onde habite.

amigos de Deus! Esforai-vos para que essa escurido seja


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totalmente dispersa e que o Mistrio Oculto possa ser revelado,tornando a realidade de todas coisas evidentes e manifestas.

EUVIMCOMESTAMISSO

Eu vim de terras distantes para visitar as reunies e as-sembleias deste pas. Em todo encontro vejo pessoas reunidas,amando umas s outras; por isso estou imensamente satisfeito.Os laos de unio esto evidentes hoje nesta assembleia, naqual aqueles que se dedicam ao desenvolvimento do mundo

humano foram reunidos em f, entendimento e concrdiapelo poder de Deus. minha esperana que, do mesmomodo, toda a humanidade possa se tornar unida nos laosde entendimento e amor. Unidade a expresso do amorosopoder de Deus e reflete a realidade da Divindade. Neste Diaela resplandece atravs das ddivas de luz humanidade.

Por todo o universo, o poder divino resplandece em in-findveis imagens e retratos. O mundo da criao, o mundohumano, pode ser comparado prpria terra, e o poderdivino, ao sol. Este Sol brilha sobre todo o gnero humano.A Vontade divina se manifesta na infinita variedade de seus re-flexos. Considerai como todos so objetos da graa do mesmoSol. No mximo, a diferena entre eles a de intensidade, poisa fulgncia a mesma, a mesma luz que emana do Sol. Istoh de expressar a unicidade do mundo humano. A sociedadeorganizada, ou a unidade social do mundo humano, pode sercomparada a um oceano, e cada membro, cada indivduo, auma onda desse mesmo oceano.

A luz do sol se evidencia em cada objeto de acordo coma capacidade desse objeto. A diferena apenas de grau e de

receptividade. A pedra pode receber apenas uma quantidadelimitada; outra coisa criada pode ser como um espelho quereflete o sol integralmente; mas a mesma luz que brilhasobre ambas.


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corao e alma para que esse amor nos domine e assim todaa humanidade tanto no Oriente como no Ocidente possa

se unir atravs dos laos desse divino afeto; pois somos todosas ondas do mesmo mar; viemos existncia por intermdioda mesma ddiva e somos favorecidos pelo mesmo centro. Asluzes da terra so todas aceitveis, mas o centro da resplan-decncia o sol, e devemos dirigir nossa vista a ele. Deus oSupremo Centro. Quanto mais nos dirigirmos a esse Centrode Luz, maior ser nossa capacidade.

No Oriente havia grandes diferenas entre raas e povos.Eles odiavam uns aos outros e no havia qualquer unio entreeles. Havia vrias seitas divergentes que eram hostis e irre-conciliveis. As diferentes raas estavam em constante guerrae conflito. Cerca de sessenta anos atrs Bahullh apareceusobre o horizonte oriental. Ele fez com que o amor e a unidadese tornassem manifestos entre esses povos antagnicos. Ele

os uniu com os laos do amor; o antigo dio e animosidadeentre eles desapareceram, e amor e unidade reinaram em seulugar. Era um mundo tenebroso, mas tornou-se radiante.Uma nova primavera surgiu por Seu intermdio, pois o Solda Verdade ergueu-se outra vez. Flores multicoloridas de sig-nificado interior comearam a florescer nos campos e pradosdos coraes humanos e os belos frutos do Reino de Deus setornaram manifestos.

Eu vim para c com essa misso: a de que atravs de vossoempenho, atravs de vossa conduta celestial e vossos devotadosesforos, possa ser estabelecido um perfeito lao de unidadeentre o Oriente e o Ocidente, de modo que os favores deDeus possam descer sobre todos e que todos possam ser vistoscomo partes da mesma rvore a grande rvore da famliahumana. Pois o gnero humano pode ser assemelhado aosramos, folhas, flores e frutos dessa rvore.

Os favores de Deus so infindveis, ilimitados. Infinitas


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graas envolveram o mundo. Ns devemos seguir o exemplodas ddivas divinas, e assim como cada uma delas a ddiva

da vida, por exemplo envolve e abrange a todos, devemosestar unidos e em harmonia at que cada parte se torne aexpresso do todo.

Considerai: Ns plantamos uma semente. A partir delasurge uma rvore completa e perfeita, e de cada semente dessarvore uma nova rvore pode ser produzida. Desse modo, aparte uma expresso do todo, pois essa semente era parte

da rvore, mas nela existia uma rvore completa em poten-cial. Assim, cada um de ns pode se tornar a expresso ou arepresentao de todas as ddivas da vida para a humanidade.Esta a unidade do mundo humano. Esta a ddiva de Deus.Esta a felicidade do mundo humano e esta a manifestaodos favores divinos.

A Promulgao da Paz Universal, pp. 15-8

A ABENOADAPERFEIO, BAHULLH

A Abenoada Perfeio, Bahullh, pertencia a umafamlia real do Ir. Desde a infncia distinguia-se entre Seusparentes e amigos. Diziam: Esta criana tem um poderextraordinrio. Em sabedoria, inteligncia e como fonte

de novos conhecimentos, Ele era algum bem acima de Suapoca e superior ao ambiente em que vivia. Todos que Oconheciam ficavam atnitos com sua preocidade. Era comumdizerem: Tal criana no viver, pois a crena geral era quecrianas precoces no chegavam maturidade. Durante suajuventude a Abenoada Perfeio no frequentou nenhumescola. No queria receber a educao usual. Este fato bem

conhecido entre os iranianos de Teer. No entanto, Ele eracapaz de resolver os problemas mais difceis que lhe fossemapresentados. Em qualquer reunio, encontro cientfico ou


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discusso teolgica da qual participasse, era sempre a autori-dade que esclarecia as mais intrincadas e abstrusas questes

que surgiam.Mesmo com o falecimento de Seu pai, Bahullh no

buscou posio ou cargo poltico, apesar de Sua ligao como governo. Isso ocasionava supresa e levantava comentrios.Era frequente ouvir-se dizer: Como que um jovem com talinteligncia e elevada percepo no busca por cargos lucrati-vos? Sem dvida alguma, qualquer cargo est disponvel para

ele. Esta uma afirmativa histrica inteiramente confirmadapelas pessoas no Ir.

Era muito generoso, compartilhando abundamente comos pobres. Ningum que O procurasse voltava de mos vazias.As portas de Sua casa estavam sempre abertas para todos.Tinha sempre muitos hspedes. Esta generosidade sem limitesdespertava ainda maior perplexidade, pelo fato de Bahullh

no buscar nem posio ou proeminncia. Ao comentar so-bre isso, Seus amigos diziam que Ele ficaria pobre, que Suasdespesas eram muitas e que Sua riqueza diminuiria cada vezmais. Por que Ele no pensa em seu prprios interesses?,perguntavam-se entre si; mas alguns, mais sbios, declaravam:Este personagem est ligado a outro mundo; Ele possuialgo sublime dentro dEle que no sabemos ainda o que seja;dia vir, certamente, quando isso se tornar manifesto. Naverdade, a Abenoada Perfeio era um refgio para todonecessitado, um abrigo para todo temente, bondoso para comtodo indigente e amoroso para com todas as criaturas.

Bahullh ficou bem conhecido por todas essas quali-dades antes do aparecimento de Sua Santidade o Bb. EntoBahullh declarou que a misso do Bb era verdadeirae promulgou Seus ensinanamentos. O Bb anunciou queuma Manifestao maior iria ocorrer depois dEle e chamou


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o Prometido de Aquele a Quem Deus tornar manifesto,dizendo que nove anos mais a realidade de Sua misso tornar-

se-ia conhecida. Em Seus escritos, afirmou que no nonoano este ser esperado seria conhecido; que no nono ano elesalcanariam toda a glria e felicidade; que no nono ano elesprogrediriam rapidamente. Entre Bahullh e o Bb nuncahouve uma comunicao pessoal direta. Nunca se encon-traram pessoalmente. O Bb escreveu uma carta contendotrezentos e sessenta derivaes da raz da palavra Bah.

O Bb foi martirizado em Tabriz, e logo depois, em 1852,Bahullh foi exilado para o Iraque, e em Bagd anunciouabertamente Sua misso. O Governo iraniano havia decididoque quanto mais tempo Ele permanecesse no Ir, a paz dopas estaria cada vez mais ameaada; portanto, com Seu exliodo Ir esperavam que tudo ficasse tranquilo. Seu banimento,porm, produziu efeito contrrio. Nenhum tumulto surgiu e

a meno de Sua grandeza e influncia espalhou-se por todaa parte do pas. A proclamao de Sua manifestao e missofoi feita em Bagd. Ele chamou Seus amigos para l e lhesfalou de Deus. Depois, deixou a cidade e foi viver por algumtempo retirado do mundo nas montanhas do Curdisto, ondefez das cavernas e de grotes sua residncia. Parte do tempoem que viveu nessa regio passou na cidade de Sulimaniyyeh.Dois anos se passaram sem que sua famlia, ou seus amigos,soubessem de seu paradeiro.

Embora solitrio, isolado e desconhecido em Seu retiro,notcia espalhou-se por todo o Curdisto sobre a existnciade um extraordinrio e sbio personagem, dotado de ummaravilhoso poder de atrao. Em pouco tempo, o Curd-isto foi magnetizado por Seu amor. Durante esse perodo,Bahullh viveu em completa pobreza. Suas vestes eram asde um mendigo e necessitado. Seu alimento, o de um pobre


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e indigente. Mas uma atmosfera de majestade aureolava Suapessoa como o sol do meio dia. Em toda parte, Ele era gran-

demente reverenciado e amado.Dois anos depois retornou a Bagd. Amigos que O con-

heceram em Sulimaniyyeh vinham visit-Lo. Encontraram-No em um ambiente de conforto e riqueza, ficando atnitoscom a diferena entre o que viam agora e a vida de pobrezae frugalidade em que vivia no Curdisto.

O governo iraniano acreditava que o banimento da

Abenoada Perfeio do Ir seria o extermnio de Sua Causanaquele pas. Tais governantes constatavam agora, porm,que Sua Causa expandira-se mais rapidamente. Seu prestgioaumentara, Seus ensinamentos tornaram-se mais amplamentedivulgados. As autoridades do Ir, ento, usaram de todaa influncia possvel para exilar Bahullh de Bagd. Foichamado a Constantinopla pelas autoridades turcas. Em Con-

stantinopla, Bahullh ignorou toda e qualquer restrio,especialmente a hostilidade dos ministros e do clero. Repre-sentantes oficiais do Ir novamente usaram da influncia quetinham para convencer as autoridades turcas, e conseguiram,para banir Bahullh de Constantinopla para Adrianpolis,com a inteno de mant-Lo o mais longe possvel do Ir etornar Suas comunicaes com aquele pas mais difceis. Noentanto, a Causa espalhou-se e fortaleceu-se ainda mais.

Finalmente, seus adversrio reuniram-se, consultarame disseram: Banimos Bahullh de um lugar para outroe cada vez que era exilado Sua causa torna-se cada vez maisconhecida, Sua proclamao aumentou em poder e dia adia Sua lmpada brilha mais com luz mais forte. Isso devidoao fato de ter sido exilado para cidades grandes e centrospopulosos. Portanto, vamos mand-lo agora para uma colniapenal como prisioneiro, para que todos O conheam comoassociado com assassinos, ladres e criminosos; em um curto


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tempo, Ele e Seus seguidores sero todos exterminados. OSulto da Turquia ento baniu Bahullh para a cidade priso

de Akk, na Sria.Ao chegar a Akk, porm, atravs do poder de Deus

Lhe foi possvel erguer e iar Sua bandeira. Sua luz haviasido inicialmente uma estrela; mas agora tornar-se-ia um solpoderoso e a luz de Sua Causa expandir-se-ia do oriente paraao ocidente. Dentro da priso, Escreveu Epstolas a todos osreis e governaments das naes, convocando-os ao arbtrio

e paz universal. Alguns reis receberam Suas palavras comdesdm e repulsa. Um deles foi o sulto do imprio otomano.Napoleo III, da Frana, nada respondeu. Uma segundaEpstola lhe foi enviada. Dizia: Escrevi a voc uma epstolaantes desta, conclamando-o para a Causa de Deus, mas vocfoi negligente. Proclamou ser um defensor dos oprimidos;agora tornou-se evidente que no era. Nem bondoso para

com o sofrimento de seu povo oprimido. Suas aes socontrrias aos seus prprios interesses, e por isso seu orgulhoreal desmoronor. Devido sua arrogncia, Deus em brevefar com que sua soberania seja destruda. A Frana livrar-se-de voc, que ser surpreendido por uma grande conquista.Haver lamentaes e lutos, mulheres prantearo a perda deseus filhos. Esta denncia sobre Napoleo III foi publicadae amplamente divulgada.

Leiam-na e considerem: Um prisioneiro, sozinho e soli-trio, sem ajuda ou defensor, um estrangeiro e desconhecidoapresionado numa fortalelza em Akk, escrevendo tais cartasao imperador da Frana e ao sulto da Turquia. Reflitam so-bre como Bahullh conseguiu levantar o estandarte de SuaCausa na priso. Vejam a histria. No tem paralelo. Nuncaaconteceu algo semelhante antes desse tempo, nem desdeento; um prisioneiro e exilado fez progredir Sua Causa eter Seus ensinamentos divulgados ao ponto de torn-Lo to


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poderoso capaz de triunfar sobre um prprio rei e bani-lo.Sua Causa espalhou-se cada vez mais. A Abenoada

Perfeio viveu prisioneiro por vinte e cinco anos. Durantetodo esse tempo teve de suportar indignidades e ultrajes depessoas. Foi perseguido, escarneado e colocado sob correntes.No Ir, Suas propriedades foram pilhadas e Suas possessesconfiscadas. Primeiro, banido do Ir para Bagd; ento paraConstantinopla e Adrianpolis, e finalmente da Roumliapara a priso fortaleza de Akk.

Durante toda a Sua vida foi sempre muito ativo. Suaenergia era ilimitada. Raramente, uma noite que fosse, dormiucom tranquilidade. Suportou todas essas provaes, sofreucalamidades e dificuldades a fim de que uma manifestao deabnegao e servio pudesse tornar-se aparente no mundo dahumanidade; para que a Paz Mxima fosse uma realidade; queas almas dos seres humanos pudessem tornar-se como anjos

do cu; que milagres celestiais ocorressem entre os homens;que a f humana fosse fortalecida e aperfeioada; outorgadasas ddivas preciosas e inigualveis de Deus, a mente humana,pudesse ser aperfeioada ao mximo de sua capacidade; e oser humano se tornasse o reflexo e a semelhana de Deus,assim como est revelado na Bblia: Criamos o homem nossa prpria imagem.

Em sntese, a Abenoada Perfeio suportou todas essasprovaes e calamiddes a fim de que nossos coraes pudessemtornar-se iluminados e radiantes, nossos espritos glorificados,nossas faltas transformadas em virtudes, nossa ignorncia emsabedoria; a fim de pudssemos alcanar os frutos reais dahumanidade e adquirir graas celestiais; embora carentes epobres, podemos receber os tesouros da vida eterna. Por tudoisso Ele suportou tais dificuldades e tristezas.

Confie tudo a Deus. As luzes de Deus so esplendorosas.As Epstolas sagradas se espalham. Os ensinementos abeno-


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ados so promulgados tanto no oriente como no ocidente.Logo vereis que as palavras divinas estabeleceram a unidade do

mundo da humanidade. A bandeira da Paz Mxima foi des-fraldada e a grande comunidade est comeando a surgir.

A RELIGIOPROGRESSIVA

A religio a expresso exterior da realidade divina. Porisso deve ser viva, vitalizada, dinmica e progressiva. Sem

movimento e progresso, ela carece de vida divina; ela estmorta. As instituies divinas esto em constante atividade eprogresso; por isso, sua revelao deve ser contnua e progres-siva. Todas as coisas esto sujeitas a reforma. Este um sculode vida e de renovao. As cincias e artes, a indstria e as in-venes foram reformadas. A lei e a tica foram reconstitudase reorganizadas. O mundo do pensamento regenerou-se. As

cincias e filosofias de pocas passadas no servem mais parahoje. As necessidades atuais exigem novos mtodos e solues;os problemas do mundo no tm precedentes. Velhas ideiase antigos modos de pensar rapidamente se tornam obsole-tos. Leis antigas e sistemas ticos arcaicos no satisfazem osrequisitos e as condies modernas, pois este claramente osculo de uma nova vida, o sculo da revelao da realidadee, por isso, o maior de todos os sculos. Considerai comoo desenvolvimento cientfico de cinquenta anos superou eeclipsou o conhecimento e as realizaes de todas as eras pas-sadas juntas. Poderiam os enunciados e as teorias dos antigosastrnomos explicarem nossos conhecimentos atuais sobre osol e o sistema planetrio? Poderia o vu da obscuridade quenublou os sculos medievais satisfazer as exigncias da clarezade viso e compreenso que caracteriza o mundo de hoje?Poder o despotismo dos antigos governos responder ao bradode liberdade que se ergueu do corao da humanidade neste


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ciclo de iluminao? evidente que hoje nenhum resultadovital pode surgir dos costumes, instituies e pontos de vista

do passado. Em vista disso, deveriam as antigas formas decegas imitaes e interpretaes teolgicas continuar a guiare controlar a vida religiosa e o desenvolvimento espiritual dahumanidade de hoje? Deveria o homem, dotado que dopoder da razo, seguir e aderir irrefletidamente aos dogmas,credos e crenas hereditrias que so inconsistentes anliseda razo neste sculo de refulgente realidade? Isto, inquestio-

navelmente, no satisfar aos homens de cincia, pois quandoeles encontram premissas ou concluses contrrias aos atuaispadres de comprovao e destitudas de bases reais, elesrejeitam aquilo que foi anteriormente aceito como padro everdadeiro, e seguem adiante a partir de novas bases.

Os Profetas divinos revelaram e fundaram religies. Elesformularam certas leis e princpios celestiais para guiar a

humanidade. Ensinaram e promulgaram o conhecimentode Deus, estabeleceram ideais ticos louvveis e inculcaramos mais altos padres de virtudes no mundo humano. Essesensinamentos celestiais e alicerces da realidade foram gra-dualmente sendo nublados pelas interpretaes humanase imitaes dogmticas de crenas ancestrais. As realidadesessenciais que os Profetas to arduamente trabalharam paraestabelecer nos coraes e mentes dos homens enquantosofriam provaes e severas torturas da perseguio, haviamagora quase desaparecido. Alguns desses Mensageiros celestiaisforam mortos, alguns aprisionados, todos Eles desprezados erejeitados por proclamarem a realidade da Divindade. Logodepois de Sua partida deste mundo, a verdade essencial deSeus ensinamentos se perdia de vista e se aderiam imitaesdogmticas.

Uma vez que as interpretaes humanas e cegas imitaesdivergem amplamente, conflito e discrdia religiosa comea-


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vam a surgir entre a humanidade, a luz da verdadeira religiose extinguia e a unidade do mundo humano era destruda.

Os Profetas de Deus proclamaram o esprito de unidade eacordo. Eles foram os Fundadores da realidade divina. Porisso, se as naes do mundo evitarem a imitao e investiga-rem a realidade subjacente Palavra revelada de Deus, hode se harmonizar e se reconciliar. Pois a realidade uma eno mltipla.

As naes e religies imergem em cegas e fanticas imi-

taes. Um homem judeu porque seu pai foi judeu. Omuulmano segue implicitamente as crenas e observnciasde seus ancestrais. O budista fiel sua herana budista. Istoquer dizer que eles professam crena religiosa cegamente, seminvestigao, tornando a unidade e a harmonia impossveis. evidente, portanto, que esta condio no ter soluo semuma reforma no mundo da religio. Em outras palavras, a

realidade fundamental das religies divinas deve ser renovada,reformada, novamente anunciada humanidade. Da sementeda realidade, a religio se desenvolveu numa rvore que deuramos e folhas, flores e frutos. Depois de algum tempo essarvore entrou numa condio de decadncia. As folhas e asflores murcharam e pereceram; a rvore definhou e se tornouestril. No justo que o homem se apegue velha rvore,alegando que suas foras vitais esto inalteradas, seus frutos,inigualveis, sua existncia, eterna. A semente da realidadedeve ser novamente semeada nos coraes humanos paraque da possa surgir uma nova rvore e novos frutos divinosrefresquem o mundo. Por seu intermdio as naes e povosagora em divergncia religiosa sero unidos, as imitaes serodeixadas de lado e a verdadeira fraternidade universal ser es-tabelecida. Conflito e contenda cessaro entre a humanidade;todos sero reconciliados como servos de Deus, pois todosse abrigam sob a rvore de Sua providncia e merc. Deus


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bondoso para com todos; Ele concede Sua graa a todosigualmente, tal como Jesus Cristo declarou que Deus faz e a

chuva desa sobre justos e injustos (Mateus 5:45) ou seja,a misericrdia de Deus universal. Toda a humanidade seencontra sob a proteo de Seu amor e favor, e a todos, Elemostrou o caminho da orientao e do progresso. O progresso de dois tipos: o material e o espiritual. O primeiro alcan-ado atravs da observao do mundo exterior e constitui abase da civilizao. O progresso espiritual concedido pelos

sopros do Esprito Santo e o despertar da alma consciente dohomem para perceber a realidade divina. O progresso materialgarante a felicidade no mundo humano. O progresso espiritu-al garante a felicidade e a eternidade da alma. Os Profetas deDeus inauguraram as leis da civilizao divina. Eles foram araiz e a primeira fonte de todo conhecimento. Estabeleceramos princpios da fraternidade, da irmandade humana, que

de vrios tipos tais como a fraternidade familiar, de raa, denao e de motivos ticos. Essas formas de fraternidade, esseslaos de irmandade, so meramente temporais e transitrios.No asseguram harmonia e geralmente so causa de desaven-a. No impedem conflito e contenda; so, ao contrrio, ego-stas, restritas e muitas vezes causa de inimizade e dio entreo gnero humano. A fraternidade espiritual, que se acende e estabelecida pelos sopros do Esprito Santo, une as naese remove as causas do conflito e da discrdia. Transforma ahumanidade numa grande famlia e estabelece as fundaes daunicidade da humanidade. Promulga o esprito da concrdiainternacional e assegura a paz universal. Por isso, devemosinvestigar os fundamentos desta fraternidade celestial. Deve-mos nos afastar de todas as imitaes e promover a realidadedos ensinamentos divinos. De acordo com esses princpios eaes, e pela assistncia do Esprito Santo, tanto a felicidadematerial como a espiritual sero alcanadas. Enquanto todas


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as naes e povos no se unirem nesta fraternidade verdadei-ra pelos laos do Esprito Santo, enquanto os preconceitos

nacionais e internacionais no forem eliminados da realidadedesta fraternidade espiritual, o homem no atingir o verda-deiro progresso, prosperidade e felicidade duradoura. Este o sculo de uma nacionalidade nova e universal. As cinciasavanaram; a indstria progrediu; a poltica foi reformada;a liberdade, proclamada; a justia est despertando. Este osculo de movimento, de estmulo divino e de realizaes, o

sculo da solidariedade humana e servio altrustico, o sculoda paz universal e da realidade do Reino divino.


O SCULORADIANTE

Para os historiadores, este sculo radiante equivalente

a cem sculos do passado. Se o compararmos com a totali-dade das realizaes anteriores do homem, veremos que asdescobertas, o progresso cientfico e a civilizao materialdeste sculo atual igualaram e at mesmo ultrapassaram emmuito o progresso e as realizaes de cem sculos anterio-res. A produo de livros e as compilaes de literatura dotestemunho suficiente de que o produto da mente humana

neste sculo foi maior e mais iluminador do que o conjuntode todos os sculos anteriores. evidente, portanto, que estesculo de importncia suprema. Refleti sobre os milagres dasrealizaes que j o caracterizaram: as descobertas em todosos campos de pesquisa humana. Invenes, conhecimentocientfico, reformas e regulamentaes ticas estabelecidas parao bem-estar da humanidade, mistrios da natureza explorados,foras invisveis tornadas visveis e dominadas um mundorealmente prodigioso, de novos fenmenos e condies atento desconhecidos ao homem, agora aberto sua utilizao


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e maiores investigaes. O Oriente e o Ocidente podem secomunicar instantaneamente. Um ser humano pode voar nos

ares ou se aventurar pelas profundezas submarinas. A energiado vapor interligou os continentes. Trens cruzam os desertose eliminam a barreira das montanhas; navios abrem cami-nhos seguros nos oceanos inacessveis. Dia a dia aumentamas descobertas. Que sculo maravilhoso esse! uma pocade reforma universal. Leis e estatutos de governos federaise civis esto em processo de mudana e transformao. As

cincias e artes esto sendo renovadas. O pensamento sofremetamorfose. As bases da sociedade esto sendo mudadas efortalecidas. Hoje as cincias do passado so inteis. O sis-tema astronmico de Ptolomeu e inmeros outros sistemase teorias de explanao cientfica e filosfica so descartadose reputados como falsos e inteis. Princpios e precedentesticos no podem ser aplicados s necessidades do mundo

moderno. Pensamentos e teorias de pocas passadas agoraso estreis. Tronos e governos esto cambaleando e caindo.Todas as condies e requisitos do passado, imprprios einadequados para a poca atual, esto sofrendo transformaoradical. evidente, portanto, que ensinamentos religiososfalsos e esprios, e formas de crenas antiquadas e imitaesancestrais que divergem dos fundamentos da realidade divinatambm devem ser deixados de lado e reformados. Eles devemser abandonados e novas condies devem ser reconhecidas.A moralidade humana deve passar por mudanas. Devem-seadotar novos remdios e solues para os problemas humanos.Os prprios intelectos humanos devem mudar e se sujeitar reforma universal. Assim como os pensamentos e hipteses daseras passadas so inteis hoje, dogmas e cdigos inventadospelo homem so igualmente obsoletos e contraproducentesna religio. Na verdade so causa de inimizade e conduzemo mundo humano contenda; guerra e carnificina so seus


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famlia, mesclada como as ondas de um mar, brilhar comoestrelas de um firmamento e como frutos de uma mesma

rvore. Esta a alegria e a felicidade da humanidade. Esta a iluminao do homem, a glria eterna e a vida imperecvel;esta a ddiva divina. Desejo esta condio para vs, e peoa Deus que o povo da Amrica possa alcanar este grandedestino de modo que as virtudes dessa democracia possam serasseguradas e que seus nomes sejam eternamente glorificados.Que as confirmaes de Deus os elevem em todos os sentidos

e suas memrias sejam reverenciadas no Oriente e no Oci-dente. Que se tornem servos do Deus Altssimo, prximos equeridos dEle na unicidade do Reino celestial.

Bahullh suportou provaes e dificuldades por sessen-ta anos. No houve perseguio, vicissitude ou sofrimentoque Ele no experimentasse nas mos de Seus inimigos eopressores. Passou todos os dias de Sua vida em dificuldade

e tribulao num tempo na priso, noutro em exlio, e al-gumas vezes acorrentado. De boa vontade Ele suportou essasdificuldades pela unidade do gnero humano, orando paraque o mundo humano pudesse perceber a luz de Deus, quea unicidade da espcie humana se tornasse realidade, conflitoe contenda cessassem, e paz e tranquilidade fossem sentidospor todos. Na priso, Ele ergueu a bandeira da solidariedadehumana, proclamando a paz universal, escrevendo aos reis egovernantes das naes, convocando-os unidade interna-cional e arbitramento conjunto. Sua vida foi um remoinhode perseguies e dificuldades; no entanto, as catstrofes, asseveras provaes e vicissitudes no O impediram de com-pletar Sua obra e misso. Ao contrrio, Ele Se tornou cadavez mais poderoso, Sua energia e influncia se espalharam ecresceram at que Sua gloriosa luz brilhou por todo o Oriente,amor e unidade foram estabelecidos, e as religies divergentesencontraram um ponto de contato e reconciliao.


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Por isso, tambm devemos nos esforar neste caminhode amor e servio, sacrificando vida e possesses, passando

os dias em estado de devoo, consagrando nossos esforosinteiramente Causa de Deus de modo que, queira Deus,a insgnia da religio universal possa ser erguida no mundohumano e a unicidade do gnero humano seja estabelecida.

Vejo em vossos coraes o reflexo de um grande e mara-vilhoso amor. Os americanos tm me mostrado bondade in-varivel, e nutro um profundo amor espiritual por eles. Estou

satisfeito com as suscetibilidades de vossos coraes. Orareipor vs, pedindo a assistncia divina, e ento digo adeus.

meu Deus! meu Deus! Verdadeiramente, estesservos dirigem-se a Ti, suplicando a Teu reino de misericrdia.Verdadeiramente, so atrados por Tua santidade e ardemcom a chama do Teu amor; buscam confirmao de Teu

reino maravilhoso e esperam atingir Teu domnio celestial.Verdadeiramente, almejam a descida de Tuas ddivas e a ilu-minao do Sol da Realidade. Senhor! Torna-os lmpadasradiantes, sinais misericordiosos, rvores frutferas e estrelasresplandecentes. Que se distingam em Teu servio e se unama Ti pelos laos de Teu amor, aspirando luz da Tua merc. Senhor! Faze-os sinais, que guiem estandartes de Teu Reinoimortal, ondas do mar da Tua misericrdia, espelhos quereflitam a luz da Tua majestade.

Em verdade, s o Magnnimo! Em verdade, s o Clemen-te. Em verdade, s o Precioso, o Bem-Amado!


A Paz Maior

Hoje no h maior glria para o homem do que o serviona causa da Suprema Paz. Paz luz, ao passo que guerra escurido. Paz vida; guerra morte. Paz guia; guerra


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erro. Paz o alicerce de Deus; guerra uma instituio sat-nica. Paz a iluminao do mundo da humanidade; guerra

o destruidor das bases humanas. Quando consideramos osresultados do mundo da existncia, vemos que paz e com-panheirismo so fatores de construo e melhora, enquantoguerra e conflito so causas de destruio e desintegrao.Todas as coisas criadas so a expresses da afinidade e coesodas substncias elementares, e a inexistncia a ausncia desua atrao e harmonia. Vrios elementos se unem harmo-

niosamente na composio, mas quando esses elementos setornam antagnicos, repelindo uns aos outros, o resultado decomposio e inexistncia. Tudo participa desta caracters-tica e est sujeito a este princpio, pois em todos os graus ereinos a base criativa uma expresso ou resultado de amor.Considerai a intranquilidade e a agitao do mundo humanohoje por causa da guerra. Paz sade e construo; guerra

enfermidade e dissoluo. Quando a bandeira da verdade erguida, a paz se torna causa de bem-estar e progresso domundo humano. Em todas as eras e ciclos, a guerra foi umfator de transtorno e mal-estar, enquanto a paz e a fraternidadeconferiram segurana e considerao aos interesses humanos.Esta distino especialmente saliente nas condies domundo de hoje, pois em sculos passados a guerra no haviaatingido o grau de selvageria e destruio que a caracterizaagora. No passado, se duas naes estivessem em guerra, dezou vinte mil homens eram sacrificados, mas neste sculo, adestruio de cem mil homens num s dia perfeitamentepossvel. A cincia da matana foi to aperfeioada e to efi-cientes se tornaram os meios e instrumentos de sua execuoque toda uma nao pode ser eliminada em pouco tempo.Por isso, no h termo de comparao com os mtodos econsequncias das guerras antigas.

De acordo com uma lei intrnseca, todos os fenmenos


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da existncia atingem um alto ponto e grau de consumao,aps o qual uma nova ordem e condio so estabelecidas.

Como a cincia e os instrumentos de guerra alcanaram umgrau de preciso e eficincia, espera-se que a transformaodo mundo humano esteja mo e que nos sculos vindourostodas as energias e invenes do homem sejam utilizadas napromoo dos interesses da paz e fraternidade. Por isso, queesta estimada e digna sociedade seja confirmada e fortalecidapor Deus nas suas sinceras intenes de estabelecer a paz

universal. Ento se apressar o tempo em que a bandeira daconcrdia universal ser erguida e o bem-estar internacional,proclamado e realizado, de modo que a escurido que oraenvolve o mundo h de passar.

H sessenta anos, Bahullh estava na Prsia. H se-tenta anos, o Bb surgiu l. Estas duas Almas Abenoadasdedicaram Suas vidas ao estabelecimento da paz e do amor

internacionais entre a humanidade. Eles Se esforaram decorao e alma para estabelecer os ensinamentos pelos quaisos povos divergentes poderiam ser reunidos, sem conflito,rancor e dio. Dirigindo-Se a toda a humanidade, Bahullhdisse que Ado, o pai da humanidade, pode ser comparado rvore da vida, da qual vs sois folhas e flores. Uma vez quevossa origem foi uma, deveis agora ser unidos em harmonia;deveis vos associar uns com os outros com alegria e fragrncia.Ele denominou o preconceito seja religioso, racial, patri-tico, poltico como destruidor da sociedade. Ele disse queo homem deve reconhecer a unicidade da humanidade, poisoriginalmente todos pertencem ao mesmo lar e so servos domesmo Deus. Portanto, o gnero humano deve continuarnum estado de amizade e amor, emulando as instituiesdivinas e se afastando das sugestes satnicas, pois as ddivasdivinas conduzem unidade e harmonia, enquanto as tenta-es satnicas induzem ao dio e guerra.


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Esta notvel Personalidade conseguiu, atravs dessesprincpios, estabelecer laos de unidade entre diferentes

seitas e povos antagnicos da Prsia. Os que seguiram Seusensinamentos, no importa a que denominao ou facopertencessem, foram ligados pelos laos de amor e at hojecooperam e convivem em paz e harmonia. So verdadeirosirmos e irms. No se v qualquer distino de classe en-tre eles, e prevalece completa harmonia. Dia a dia este laode afinidade se fortalece e sua camaradagem espiritual se

desenvolve constantemente. Para assegurar o progresso dahumanidade e estabelecer estes princpios, Bahullh sofreutodas as provaes e dificuldades. O Bb foi martirizado emais de vinte mil homens e mulheres sacrificaram suas vidaspela sua f. Bahullh foi aprisionado e submetido a severasperseguies. Finalmente, Ele foi exilado da Prsia para aMesopotmia; de Bagd foi mandado a Constantinopla e

Adrianpolis, e de l para a priso de Akk, na Sria.*Atravsde todas essas provaes, Ele Se empenhou, dia e noite, emproclamar a unicidade da humanidade e promulgar a men-sagem da paz universal. Da priso de Akk, Ele Se dirigiuaos reis e governantes do mundo atravs de longas cartas,convocando-os para a concrdia internacional, afirmandoexplicitamente que o estandarte da Suprema Paz certamenteseria erguido no mundo.

Isso veio a acontecer. Os poderes da terra no podem seopor aos privilgios e ddivas que Deus ordenou para estegrande e glorioso sculo. uma necessidade e exigncia dotempo. O homem pode impedir qualquer coisa exceto aquiloque divinamente intencionado e indicado para a poca esuas exigncias. Ora louvado seja Deus! em todos os pasesdo mundo podem ser encontrados amantes da paz, e estesprincpios esto sendo difundidos entre o gnero humano,

*Hoje Akk pertence ao Estado de Israel (n.t)


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especialmente neste pas. Louvado seja Deus! Este pensamen-to prevalece e as almas esto constantemente se levantando

como defensores da unicidade da humanidade, esforando-separa ajudar a estabelecer a paz internacional. No h dvidade que esta maravilhosa democracia conseguir realizar isso,e a bandeira da conciliao internacional ser desfraldadaaqui para se difundir amplamente entre todas as naes domundo. Dou graas a Deus por vos encontrar imbudos comtais suscetibilidades e aspiraes sublimes, e espero que sejais

o instrumento para difundir esta luz entre todos os homens.Assim o Sol da Realidade poder brilhar sobre o Oriente e oOcidente. As envolventes nuvens se extinguiro, e o calor dosdivinos raios dissipar o nevoeiro. A realidade do homem sedesenvolver e se apresentar como a imagem de Deus, seuCriador. Os pensamentos do homem voaro to alto que asrealizaes anteriores parecero brincadeira de criana, pois

as ideias e crenas do passado, e os preconceitos relativos araa e religio sempre rebaixaram o homem e impediram suaevoluo. Tenho muita esperana de que neste sculo estespensamentos elevados sero conducentes prosperidade hu-mana. Que este sculo seja o sol dos sculos anteriores, cujasfulgncias duraro para sempre, de modo que no futuro seglorifique o sculo vinte, dizendo que o sculo vinte foi osculo de luzes, que o sculo vinte foi o sculo de vida, queo sculo vinte foi o sculo da paz internacional, que o sculovinte foi o sculo das ddivas divinas, e que o sculo vintedeixou sinais que jamais se extinguiro.


HOMEMENATUREZA

Desde o tempo da criao de Ado at hoje houve doiscaminhos no mundo da humanidade: um o instintivo oumaterialista, o outro, religioso ou espiritual. O caminho dos


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instintos o do reino animal. O animal age de acordo com osrequisitos da natureza, segue seus prprios instintos e desejos.

Quaisquer que sejam seus impulsos e inclinaes, ele tem aliberdade de satisfaz-los; ainda assim, ele cativo da natureza.Ele no pode se desviar, nem no mnimo grau, do caminhoque a natureza estabeleceu. Ele carece completamente desensibilidade espiritual, ignora a religio divina e desconheceo Reino de Deus. O animal no tem qualquer capacidadede formar ideias ou de inteligncia consciente; cativo dos

sentidos e privado de tudo alm deles. Est sujeito quiloque o olho v, o ouvido ouve, as narinas sentem, a gustaodetecta e o tato revela. Estes sentidos so aceitveis e suficien-tes para o animal. Mas aquilo que est alm do alcance dossentidos, o domnio daqueles fenmenos atravs dos quais ocaminho consciente ao Reino de Deus passa, o mundo dassensibilidades espirituais e da religio divina desses o ani-

mal absolutamente inconsciente, pois na sua mais elevadaposio ele cativo da natureza.

Uma das coisas mais estranhas que os materialistas dehoje se orgulham de seus instintos e dependncias naturais.Eles afirmam que nada digno de crdito e aceitao excetoaquilo que sensvel e tangvel. Pela sua prpria afirmativa,eles so cativos da natureza, inconscientes do mundo espiri-tual, alheios ao Reino divino e insipientes das ddivas divinas.Se isto uma virtude, o animal a atingiu em grau superlativo,pois o animal desconhece completamente o domnio do es-prito e privado de qualquer contato com o mundo interiorda percepo consciente. O animal estaria de acordo com osmaterialistas em negar a existncia daquilo que transcende ossentidos. Se admitirmos que limitar-se ao plano dos sentidos uma virtude, o animal de fato mais virtuoso que o homem,pois inteiramente privado daquilo que se encontra alm eabsolutamente inconsciente do Reino de Deus e seus sinais,


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enquanto Deus entesourou na criatura humana uma ilimitadacapacidade pela qual ele pode reger o mundo da natureza.

Considerai como todos os outros seres fenomnicos socativos da natureza. O sol, aquele colossal centro do nossosistema solar, as estrelas e planetas gigantes, as imensas mon-tanhas, o prprio globo terrestre e seus reinos inferiores ao serhumano so todos cativos da natureza, exceto o homem.Nenhum outro ser criado pode, nem que seja no mais nfimograu, desviar-se da submisso s leis da natureza. O sol, em

sua glria e grandeza, milhes de milhas afastado, cativo emsua rbita de revoluo universal, sujeito ao controle naturaldo universo. O homem o regente da natureza. De acordocom a restrio e lei natural ele deveria permanecer sobre aterra, mas vede como ele transgride essa lei e voa por sobreas montanhas em avies. Ele navega a superfcie do oceano esubmerge nas profundezas em submarinos. O homem faz da

natureza sua serva; ele subordina, por exemplo, a poderosaenergia da eletricidade e a aprisiona numa pequena lmpadapara seu uso e convenincia. Ele fala do Oriente para o Oci-dente atravs de um fio. Ele capaz de armazenar e guardar suavoz num fongrafo. Embora viva sobre a terra, ele penetra osmistrios dos mundos estelares inconcebivelmente distantes.Descobre realidades ocultas no interior da terra, descobre te-souros, desvenda segredos e mistrios do mundo fenomnicoe traz luz aquilo que de acordo com as cuidadosas leis danatureza deveria permanecer oculto, desconhecido e inson-dvel. Por intermdio de uma perfeita capacidade interior ohomem traz essas realidades do plano invisvel para o visvel.Isto contrrio lei da natureza.

evidente, portanto, que o homem exerce domniosobre o campo da natureza. A natureza inerte; o homem progressista. A natureza no possui conscincia; o homem dotado dela. A natureza no possui vontade e age forosa-


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mente, enquanto o homem possui uma poderosa vontade.A natureza incapaz de descobrir mistrios e realidades, ao

passo que o homem especialmente capaz de fazer isso. Anatureza no tem relao com o domnio de Deus; o ho-mem se sintoniza com suas evidncias. A natureza no temconhecimento de Deus; o homem tem conscincia dEle. Ohomem adquire virtudes; a natureza privada delas. O ho-mem pode voluntariamente eliminar vcios; a natureza nopossui poder de modificar a influncia de seus instintos. Em

suma, evidente que o homem mais nobre e superior, e quenele existe uma capacidade perfeita que supera a natureza. Eletem conscincia, vontade, memria, inteligncia, atributosdivinos e virtudes de que a natureza carece totalmente; porisso, o homem mais elevado e nobre devido perfeita foracelestial latente e manifesta nele.

Como parece estranho que o homem, apesar de ser dotado

desse poder perfeito, possa descer a um nvel que lhe inferiore simplesmente se declarar claramente inferior sua verdadeiraposio. Deus criou nele um tal esprito consciente que ele o mais maravilhoso de todos os seres contingentes. Ignorandoessas virtudes ele desce ao plano material, considera a matriao governante da existncia e nega aquilo que est alm dela.Ser isso virtude? No sentido mais amplo, isso animalesco,pois o animal nada mais percebe. Na verdade, desse ponto devista o animal o maior filsofo, pois ignora completamenteo Reino de Deus, no tem qualquer sensibilidade espirituale no possui conhecimento algum do mundo celestial. Emsuma, esta uma viso do caminho da natureza.

O segundo caminho o da religio, o caminho do Reinodivino. Ele implica a aquisio de atributos louvveis, ilumi-nao celestial e atos justos no mundo humano. Este caminhoconduz ao progresso e elevao do mundo. fonte de ilumi-nao humana, educao e melhoramento tico o m que


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atrai o amor de Deus por causa do conhecimento de Deusque ele concede. Este o caminho dos santos Manifestantes

de Deus; pois na realidade Eles so a base da divina religioda unicidade. No h mudana ou transformao nesse ca-minho. a causa do aperfeioamento humano, a aquisiode virtudes e iluminao do gnero humano.

Infelizmente a humanidade est completamente submer-sa em imitaes e falsidades, embora a verdade da religiodivina tenha sempre permanecido a mesma. Supersties

obscureceram a verdade fundamental, o mundo escureceu ea luz da religio est oculta. Esta escurido leva a divergn-cias e dissenses; h muitos e variados rituais e dogmas; porisso surgiu discrdia entre os sistemas religiosos, enquanto areligio para a unificao da espcie humana. A verdadeirareligio fonte de amor e harmonia entre os homens, a causade desenvolvimento de qualidades louvveis, mas os povos

se apegam falsificao e imitao, negligenciam a reali-dade que unifica, privando-se assim da radincia da religio.Seguem supersties herdadas de seus pais e ancestrais. Detal modo isto prevaleceu que eles retiraram a luz celestial daverdade divina e permanecem na escurido das imitaes eimaginaes. Aquilo que estava destinado a conduzir vidatornou-se causa de morte; aquilo que era um fator de conhe-cimento, agora prova de ignorncia; aquilo que era um ele-mento de sublimidade da natureza humana mostrou-se comosua degradao. Por isso, o domnio dos religiosos restringiu-see obscureceu-se gradativamente, ampliando-se e avanandoo campo dos materialistas; pois os religiosos se prenderam imitao e falsidade, negligenciando e abandonando asantidade e a sagrada realidade da religio. Quando o sol sepe, o tempo dos morcegos voarem. Eles avanam porqueso criaturas da noite. Quando a luz da religio obscurece,os materialistas aparecem. Eles so os morcegos da noite. O


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declnio da religio o tempo de sua atividade; eles procu-ram as sombras quando o mundo mergulha na escurido e

as nuvens se espalham sobre ele.Bahullh surgiu no horizonte oriental. Ele veio ao

mundo como a glria do sol. Refletiu a realidade da religiodivina, dispersou as trevas da imitao, colocou as bases denovos ensinamentos e ressuscitou o mundo.

O primeiro ensinamento de Bahullh a investigaoda verdade. O homem deve procurar a verdade por si mesmo,

afastando-se da imitao e de meras formas herdadas. Comoas naes do mundo esto seguindo imitaes em vez da ver-dade e as imitaes so muitas e variadas, diferenas de crenatm resultado em conflito e guerra. Enquanto essas imitaespermanecerem, a unicidade do mundo humano imposs-vel. Por isso, devemos investigar a verdade para que atravsde suas luzes as nuvens e a escurido possam ser dispersas.

A realidade apenas uma; ela no admite multiplicidade oudiviso. Se as naes do mundo investigarem a verdade, elas seharmonizaro e se tornaro unidas. Muitas pessoas e seitas naPrsia buscaram a verdade atravs da guia e dos ensinamentosde Bahullh. Elas se tornaram unidas e agora vivem numacondio de harmonia e amor; no mais existe o menor traode inimizade e conflito entre elas.

Os judeus estavam esperando o aparecimento do Messias,buscando-o de corao e alma, mas, por estarem submersosem imitaes, no acreditaram em Jesus Cristo quando Eleapareceu. Finalmente levantaram-se contra Ele at o extremode persegui-Lo e derramar Seu sangue. Se tivessem investiga-do a verdade, teriam aceitado seu prometido Messias. Essascegas imitaes e preconceitos hereditrios invariavelmente setornaram a causa de amargura e dio, e encheram o mundocom a treva e a violncia da guerra. Por isso, devemos buscara verdade fundamental para nos desembaraarmos de tais


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condies e ento, com faces iluminadas, encontrarmos ocaminho para o Reino de Deus.

O segundo ensinamento de Bahullh diz respeito unidade do gnero humano. Todos so servos de Deus emembros da mesma famlia humana. Deus criou a todos etodos so Seus filhos. Ele educa, nutre, prov e bondosoa todos. Por que ns deveramos ser injustos e maldosos?Esta a poltica de Deus, cuja luz brilhou no mundo todo.Seu sol concede seu esplendor indistintamente a todos; Suas

nuvens vertem chuva sem distino ou privilgio; Suas brisasrefrescam a terra inteira. evidente que o gnero humano,sem exceo, abrigado sombra de Sua merc e proteo.Alguns so imperfeitos; eles devem ser aperfeioados. Osinsipientes devem ser instrudos, os enfermos, restabelecidos,os adormecidos, despertados. A criana no deve ser oprimidaou censurada porque no desenvolvida; ela deve ser pacien-

temente treinada. Os enfermos no devem ser negligenciadospor estarem doentes; ao contrrio, devemos ter compaixo eajudar a cur-los. Em suma, as antigas condies de animo-sidade, fanatismo e dio entre os sistemas religiosos devemser abandonadas e as novas condies de amor, harmonia efraternidade espiritual, estabelecidas entre eles.

O terceiro ensinamento de Bahullh que a religiodeve ser fonte de companheirismo, causa de unidade e aproximidade de Deus ao homem. Se ela promover dio econtenda, evidentemente a ausncia da religio prefervel eum homem irreligioso, melhor do que aquele que a profes-sa. De acordo com a inteno e a Vontade divina, a religiodeve ser causa de amor e concrdia, um lao para unir todaa humanidade, pois ela a mensagem de paz e benevolnciade Deus ao homem.

O quarto princpio de Bahullh a harmonia entre areligio e a cincia. Deus dotou o homem de inteligncia e


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razo, por meio das quais ele deve decidir a veracidade dasquestes e proposies. Se as crenas e opinies religiosas

forem consideradas contrrias ao padro da cincia, elas someras supersties e imaginaes; pois a anttese do conhe-cimento ignorncia, e o filho da ignorncia superstio.Inquestionavelmente deve haver concordncia entre a ver-dadeira religio e a cincia. Se uma questo for consideradacontrria razo impossvel ter f e crer nela, e dela nadaresulta seno indeciso e hesitao.

Bahullh ensinou tambm que os preconceitos sejamreligiosos, raciais, patriticos ou polticos destroem as basesdo desenvolvimento humano. Preconceitos de qualquer esp-cie so destruidores da felicidade e do bem-estar humanos. Amenos que sejam banidos, o progresso do mundo humano impossvel; por enquanto h preconceitos raciais, religiosos enacionais em toda parte. Durante milhares de anos o mundo

humano foi agitado e perturbado por preconceitos. Enquantoeles perdurarem, guerra, animosidade e dio ho de continuar.Por isso, se quisermos estabelecer a paz, devemos deixar delado este obstculo; pois de outro modo no haver concrdiae compostura.

Sexto, Bahullh deixou princpios de orientao e ensi-namentos para o reajustamento da economia. Revelou regu-lamentos que asseguram o bem estar da comunidade. Assimcomo o rico desfruta sua vida cercado por facilidades e luxo,o pobre deve, igualmente, ter um lar e obter sua subsistncia econforto de acordo com suas necessidades. Este reajustamentoda economia social de suprema importncia, uma vez quegarante a estabilidade do mundo humano; e a menos que eleseja atingido, felicidade e prosperidade so impossveis.

Stimo, Bahullh ensinou que um padro equitativode direitos humanos deve ser reconhecido e adotado. PeranteDeus, todos os homens so iguais; no domnio de Sua jus-


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tia e equidade no h qualquer distino ou preferncia aqualquer alma.

Oitavo, educao essencial e todos os padres de treinoe ensino em todo o mundo humano devem estar em confor-midade e acordo; um currculo universal deve ser estabelecidoe as bases para a tica devem ser as mesmas.

Nono, uma lngua universal deve ser adotada e ensinadapor todas as escolas e instituies do mundo. Um comitdesignado por corpos nacionais de aprendizado deve selecio-

nar um idioma adequado para ser usado como um meio decomunicao internacional. Todos devem aprend-lo. Este um dos grandes fatores para a unificao da humanidade.

Dcimo, Bahullh enfatizou e estabeleceu a igualdadedo homem e da mulher. O sexo no especfico da humanida-de; ele existe em todos os reinos animados, mas sem distinoou preferncia. No reino vegetal, h completa igualdade entre

macho e fmea de cada espcie. De igual modo, h igualdadeno plano do animal; todos esto sob a proteo de Deus. Serapropriado ao homem, a mais nobre das criaturas, fazer taldistino e insistir nela? A falha no progresso e proficincia dasmulheres era devida carncia de educao e oportunidadeiguais. Se lhe fosse permitida essa igualdade, no h dvidade que ela seria equiparada ao homem em habilidade e ca-pacidade. A felicidade da humanidade ser atingida quandomulheres e homens, coordenados, avanarem igualmente, poiscada um o complemento e assistente do outro.

O mundo humano no pode avanar meramente porintermdio de poderes fsicos e realizaes intelectuais; aocontrrio, o Esprito Santo essencial. O Pai divino deveauxiliar o mundo humano a atingir a maturidade. O corpodo homem est carente de energia fsica e mental, mas seuesprito requer a vida e a fortaleza do Esprito Santo. Semsua proteo e vivificao, o mundo humano se extinguiria.


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Jesus Cristo declarou: Deixa que os mortos enterrem os seusmortos. (Mateus 8:22) Disse tambm: O que nasceu da

carne carne; o que nasceu do Esprito esprito. (Joo 3:6)De acordo com Cristo, evidente, portanto, que o espritohumano que no for fortificado pela presena do EspritoSanto est morto e precisa de ressurreio pelo poder divino;seno, embora materialmente avanado a graus elevados, ohomem no pode atingir pleno e completo progresso.


CINCIAEDESENVOLVIMENTOESPIRITUAL

Se lanarmos um olhar aguado sobre o mundo dacriao, veremos que todas as coisas existentes podem serclassificadas do seguinte modo: primeiro, o mineral isto ,matria ou substncia em diferentes formas de composio;

segundo, o vegetal possuindo as virtudes do mineral alm dacapacidade de aumento ou crescimento, indicando um graumais avanado e mais especializado que o mineral; terceiro,o animal possuindo os atributos do mineral e do vegetal,alm do poder da percepo dos sentidos; quarto, o homem o organismo mais altamente especializado da criao vis-vel, incorporando as qualidades do mineral, do vegetal e do

animal, alm de um excelente dom absolutamente ausentenos reinos inferiores o poder da investigao intelectualdos mistrios e dos fenmenos exteriores. O resultado dessedom intelectual a cincia, que caracterstica especfica dohomem. Este poder cientfico investiga e compreende as coisascriadas e as leis que as regem. o descobridor dos segredose mistrios ocultos do universo material e peculiar apenasao

Estandarte Divino Do Conhecimento, O

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