ESTADO NUTRICIONAL ATRAVÉS DA MINI AVALIAÇÃO NUTRICIONAL … · A avaliação nutricional do...
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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO
FACULDADE DE NUTRIÇÃO
ESTADO NUTRICIONAL ATRAVÉS DA MINI AVALIAÇÃO
NUTRICIONAL E PELO ÍNDICE DE MASSA CORPORAL DE
IDOSOS DE UM CENTRO DE CONVIVÊNCIA DE CUIABÁ-
MT
MICHELLY LEITE ATAIDE
Cuiabá-MT, outubro de 2018
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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO
FACULDADE DE NUTRIÇÃO
ESTADO NUTRICIONAL ATRAVÉS DA MINI AVALIAÇÃO
NUTRICIONAL E PELO ÍNDICE DE MASSA CORPORAL DE
IDOSOS DE UM CENTRO DE CONVIVÊNCIA DE CUIABÁ-
MT
MICHELLY LEITE ATAIDE
Trabalho de Graduação apresentado ao curso de
Nutrição da Universidade Federal de Mato
Grosso como parte dos requisitos exigidos para
obtenção do título de Bacharel em Nutrição, sob
orientação da professora Nilma Ferreira da Silva.
Cuiabá-MT, outubro de 2018
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04/10/2018
ESTADO NUTRICIONAL ATRAVÉS DA MINI AVALIAÇÃO
NUTRICIONAL E PELO ÍNDICE DE MASSA CORPORAL DE IDOSOS
DE UM CENTRO DE CONVIVÊNCIA DE CUIABÁ-MT
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AGRADECIMENTOS
A Deus, que está presente em todos os dias da minha vida, iluminando-me e mostrando-me o
caminho.
Aos meus pais, Alcidene e Paulina, por acreditarem no meu potencial, e acima de tudo por
todo o amor, incentivo e compreensão.
A universidade UFMT que oportunizou este momento de aprendizado em minha vida.
As amigas da graduação, os quais me incentivaram a nunca desanimar da caminhada e que
moraram para sempre em meu coração.
A minha orientadora, Profa Nilma Ferreira da Silva, que me conduziu, dividiu suas
expectativas e por colaborar com este trabalho.
A mestranda, Iara dos Anjos agradeço pela oportunidade de participar desta pesquisa.
Aos idosos do Centro de Convivência de Idosos João Guerreiro alvos da pesquisa, pela
paciência e colaboração.
Enfim, agradeço a todas as pessoas que de alguma forma, estiveram presentes nos momentos
de alegria e tristeza, neste período da minha vida.
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SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO ................................................................................................................. 7
2. OBJETIVOS ...................................................................................................................... 9
2.1 OBJETIVO GERAL .................................................................................................... 9
2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS ...................................................................................... 9
3. REVISÃO DE LITERATURA ....................................................................................... 10
4. CAUSUÍSTICA E MÉTODO ......................................................................................... 13
4.1 CAUSUÍSTICA ............................................................................................................... 13
4.2 LOCAL DO ESTUDO ..................................................................................................... 13
4.3 POPULAÇÃO DO ESTUDO .......................................................................................... 13
4.4 CRITÉRIO DE INCLUSÃO E EXCLUSÃO .................................................................. 13
4.5 VARIÁVEIS DE INVESTIGAÇÃO .............................................................................. 14
4.6 ANÁLISES ESTATÍSTICAS ......................................................................................... 15
5. RESULTADOS E DISCUSSÃO .................................................................................... 16
6. CONCLUSÃO ................................................................................................................. 23
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ............................................................................... 24
APÊNDICE ............................................................................................................................ 28
ANEXO .................................................................................................................................. 29
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RESUMO
Em 2050 a Organização Mundial de Saúde (OMS) prevê um aumento de dois bilhões de pessoas idosas no
mundo. Esse trabalho tem como objetivo identificar o estado nutricional através da Mini Avaliação Nutricional
versão reduzida (MAN-SF) e do Índice de Massa Corporal (IMC). Trata-se de um estudo de caráter
observacional transversal, realizado com 94 idosos de ambos os sexos, que frequentam um centro de convivência
de idosos em Cuiabá, MT. Para avaliar o estado nutricional, utilizou-se a MAN reduzida que avalia dados
antropométricos, estado neuropsicológico e motores, e pelo IMC. Os resultados encontrados pela MAN são
86,2% dos idosos eram eutróficos, 12,7% em risco de desnutrição e 1,1% desnutrido. Já em relação ao IMC
75,53% encontrava-se com sobrepeso, 23,40% eram eutróficos e 1,06% com baixo peso. Conclui-se a
importância de estudos nessa área que favoreçam o empoderamento do idoso em relação ao seu estado
nutricional, para que eles optem por uma alimentação saudável e uma melhor qualidade de vida.
PALAVRAS-CHAVE: Idosos, mini avaliação nutricional reduzida, estado nutricional.
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ABSTRACT
By 2050 the World Health Organization (WHO) predicts an increase of two billion elderly people in the world.
This work aims to identify the nutritional status through the Mini Nutrition Assessment (MAN-SF) and the Body
Mass Index (BMI). It is a cross-sectional, cross-sectional study of 94 elderly men and women attending an
elderly cohabitation center in Cuiabá, MT. To evaluate the nutritional status, we used the reduced MAN that
evaluates anthropometric data, neuropsychological status and motor, and by BMI. The results found by MAN
are 86.2% of the elderly were eutrophic, 12.7% at risk of malnutrition and 1.1% malnourished. Regarding BMI,
75.53% were overweight, 23.40% were eutrophic and 1.06% were underweight. We conclude the importance of
studies in this area that favor the elderly's empowerment in relation to their nutritional status, so that they opt
for a healthy diet and a better quality of life.
KEY WORDS: Elderly, reduced mini nutritional assessment, nutritional status.
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1. INTRODUÇÃO
A população de indivíduos com mais de 60 anos vem crescendo rapidamente. Estima-
se um aumento ainda maior de pessoas nessa faixa etária, em 2050 existirá cerca de dois
bilhões de pessoas idosas no mundo e a maioria delas vivendo em países em desenvolvimento
(ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE, 2000). No último censo demográfico realizado
no Brasil, observou-se um crescimento da participação da população idosa de 5,9% em 2000,
para 7,4% em 2010, havendo previsões de que em 2050, haverá cerca de 34 milhões de
pessoas com mais de 60 anos (IBGE, 2010).
Os especialistas no estudo do envelhecimento referem-se a três grupos de pessoas mais
velhas: os idosos jovens, os idosos velhos e os idosos mais velhos. O termo idoso jovem
geralmente se refere a pessoas de 65 a 74 anos, que costumam estarem ativas cheias de vida e
vigorosas. Os idosos velhos, de 75 a 84 anos, e os idosos mais velhos, de 85 anos ou mais, são
aqueles que têm maior tendência para a fraqueza e para a enfermidade, e podem ter
dificuldade para desempenhar algumas atividades da vida diária (SCHNEIDER; IRIGARAY,
2008).
Entretanto, cada vez mais as pesquisas revelam que o processo de envelhecimento é
uma experiência heterogênea, vivida como uma experiência individual. Algumas pessoas, aos
60 anos, já apresentam alguma incapacidade; outras estão cheias de vida e energia aos 85 anos
(SCHNEIDER; IRIGARAY, 2008).
A população idosa e seu crescimento faz parte de uma das principais preocupações no
campo da saúde, devido a todas as alterações que acontecem no organismo dos mesmos no
processo do envelhecimento. Alterações funcionais como a redução da massa magra e
aumento de adiposidade, diminuição da altura e do peso corporal. Em alguns casos, o olfato e
o paladar tornam-se menos apurados e a mastigação pode ser ineficiente, devido à ausência
dos dentes. Além disso, o envelhecimento populacional apresenta como consequência o
aumento da prevalência de Doenças Crônicas não Transmissíveis (DCNT), como diabetes e
hipertensão (PREVIATO, 2015).
É de grande valia compreender os fenômenos desencadeados pela idade, como o
Brasil e o mundo estão em processo de envelhecimento. A nutrição é fundamental em todos
os ciclos da vida (PONT, 2009). Essas alterações comprometem o estado nutricional, que por
sua vez se relaciona à saúde. Nesse contexto, uma ingestão alimentar saudável e,
consequentemente, a manutenção do estado nutricional adequado são fatores importantes para
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a saúde e, assim sendo, para um envelhecimento bem sucedido (FREITAS; PHILIPPI;
RIBEIRO, 2011).
No indivíduo idoso, a determinação do diagnóstico nutricional e a identificação dos
fatores que contribuem para tal diagnóstico são processos fundamentais, mas complexos. A
complexidade se deve à ocorrência de diversos fatores, onde é possível relatar o isolamento
social, a solidão, as doenças crônicas, as incapacidades e as alterações fisiológicas próprias
dessa fase da vida (SAMPAIO, 2004).
Além disto, apresentam várias doenças simultaneamente, necessitando fazer uso de
múltiplos medicamentos, situação que compromete ainda mais o estado nutricional
(MARUCCI et. al., 2007).
Ao mesmo tempo em que se assiste à redução contínua dos casos de desnutrição, são
observadas prevalências crescentes de excesso de peso entre esta população, contribuindo
assim com o aumento das doenças crônicas não transmissíveis. A essas são associadas às
causas de morte mais comuns atualmente (COUTINHO et. al. 2008).
Desta forma, estudos na área do envelhecimento são de extrema valia e podem
contribuir para um maior parecer global do tema. Nesse contexto, o objetivo deste trabalho é
avaliar o estado nutricional, de um grupo de idosos, através da Mini Avaliação Nutricional
versão reduzida (MAN-SF) e do Índice de Massa Corporal (IMC) em um Centro de
Convivência de Idosos em Cuiabá-MT.
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2. OBJETIVOS
2.1 OBJETIVO GERAL
Avaliar o estado nutricional de idosos, através da MAN-SF e pelo IMC em um
centro de convivência de idosos em Cuiabá-MT.
2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Determinar o estado nutricional dos idosos por meio da mini avaliação
nutricional reduzida;
Avaliar o IMC dos idosos através do peso e altura;
Determinar a circunferência da panturrilha (CP) dos idosos;
Identificar os idosos que apresentarem risco nutricional e desnutrição.
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3. REVISÃO DE LITERATURA
O envelhecimento é um processo natural, que sofre influência de muitos fatores, como
a genética, o ambiente, o estilo de vida, entre outros, que não acontece da mesma maneira,
forma ou ritmo (RUIPÉRES; LLORENTE, 1998; SACHS et al., 2005). A velhice, não é
definida por uma simples cronologia, e sim pelas condições mentais, físicas, funcionais e de
saúde das pessoas (SAN MARTÍN; PASTOR, 1990).
Uma dessas condições que mais afeta a população idosa é a sarcopenia. O termo
sarcopenia (em grego, sark = carne; penia = perda) foi pioneiramente utilizado por Irwin H.
Rosenberg (1997), para se referir à perda de massa muscular relacionada à idade, associada à
perda de força (ROSENBERG, 1997).
Estudos sugerem que diferentes fatores contribuem para o desenvolvimento da
sarcopenia, perda de neurônios motores, incluindo alterações hormonais, nutrição inadequada,
inatividade física e baixo grau de inflamação crônica (HUGHES, 2002).
A avaliação nutricional do idoso permite o diagnóstico do estado nutricional e
contribui para a recuperação e/ou manutenção deste, proporcionando uma precoce intervenção
nutricional (SOUSA et al., 2015).
Dentre as duas consequências de uma má alimentação que afetam o idoso, desnutrição
e obesidade, a desnutrição requer especial atenção por sua ampla associação com a
morbimortalidade. Os Indivíduos acima dos 65 anos passam por mudanças que aumentam as
chances de desenvolver a desnutrição (NAJAS, YAMATTO, 2014).
A desnutrição é definida como um desvio preocupante e frequente, o qual é observado
na população geriátrica nos nossos dias e se associa a diversos problemas que influenciam a
saúde dos idosos (COSTA; CUNHA; OLIVEIRA, 2013).
A desnutrição no idoso predispõe a uma série de riscos e complicações graves como:
tendência a infecções, diminuição do nível de percepção dos odores (olfato), deficiência no
processo de cicatrização, falência respiratória, insuficiência cardíaca, diminuição da síntese de
proteínas a nível hepático com produção de metabólitos anormais, diminuição da filtração
glomerular e da produção de suco gástrico, aumento do risco de complicações cirúrgicas, e o
aumento do risco para câncer que é considerado o segundo fator de risco e está correlacionado
com a desidratação nos idosos (MAIA, 2005).
Por outro lado, a obesidade aumenta o risco de doenças de grande morbimortalidade,
tais como hipertensão arterial, diabetes mellitus, doenças cardiovasculares, hiperlipidemias e
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câncer, além de estar associada a outras doenças que podem interferir na qualidade de vida do
indivíduo obeso (SILVEIRA; KAC; BARBOSA, 2009).
Todas as transformações citadas afetam direta ou indiretamente o estado nutricional.
Há ainda o consumo frequente de medicamentos que interferem na digestão, absorção e
utilização de nutrientes. Desta forma, é de extrema importância o monitoramento destas
condições por prevenir agravos evitáveis nesta fase da vida, muitos deles relacionados
diretamente à alimentação (MELLO, 2014).
Frente a isso, a avaliação nutricional resulta em papel essencial, uma vez que
utilizando indicadores específicos, permite identificar os distúrbios nutricionais,
possibilitando uma intervenção adequada de forma a auxiliar na recuperação e/ou manutenção
do estado de saúde do indivíduo, bem como fornecer um padrão compatível com as
informações sobre a adequação nutricional e a saúde em longo prazo (CHAGAS, 2013).
A Associação Americana de Saúde Pública define o estado nutricional (EN) como a
“condição de saúde de um indivíduo influenciada pelo consumo e utilização de nutrientes e
identificada pela correlação de dados obtidas através de estudos físicos, bioquímicos, clínicos
e dietéticos”. Portanto, o EN é detectado com base em vários parâmetros, dentre eles, o Índice
de Massa Corporal (IMC) e a Mini Avaliação Nutricional (MAN). O IMC é um indicador da
adiposidade geral, e apresenta boa relação com a morbimortalidade. Por sua vez, a MAN é um
método validado, prático, não invasivo, com questões rápidas e de simples mensurações para
avaliar o EN de idosos (FREITAS et al., 2015).
A Mini Avaliação Nutricional versão reduzida (MNA®-SF) é o instrumento de
triagem nutricional obtido a partir de sua forma completa, a Mini Avaliação Nutricional
(MNA®), recomendado pela European Society of Parenteral and Enteral Nutrition (ESPEN),
Associação Internacional de Gerontologia (IAG) e pela Academia Internacional de Nutrição e
Envelhecimento (IANA), por ser prático, simples de ser aplicado e pela capacidade de
identificar rapidamente o paciente que necessita de intervenção nutricional (SOUSA et al.,
2015).
A Mini Avaliação Nutricional (MAN) revela-se como instrumento que abrange as
varias dimensões necessárias à avaliação do idoso, tais como: o estado nutricional e de saúde,
e a fragilidade fisiológica e as demais doenças que possam acometê-los. Foi desenvolvida
com a finalidade de mensurar o risco de desnutrição em idosos, possibilitando intervenções
dietoterápicas precoces utilizando-se da avaliação antropométrica, sendo um instrumento útil
quando se pensa em traçar perfis nutricionais especialmente em idosos (SILVA, 2010).
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É importante entender o papel da nutrição na promoção da saúde dos idosos, levando
em consideração que os mesmos apresentam características advindas da idade que podem
comprometer seu estado nutricional, assim como o bem estar social que reflete na garantia da
manutenção da saúde dessa população (PREVIATO, 2015).
Segundo Kumpel (2011), os grupos de terceira idade também chamados de Centro de
Convivência de Idosos (CCI) tem se mostrado uma ótima opção para as pessoas lutarem
contra a estagnação social da velhice, e se encontrarem para trocar ideias e experiências,
vivendo saudavelmente essa etapa da vida. Nesses espaços se percebe a vontade de viver,
sorrir, dançar, movimentar-se e relacionar-se. É uma maneira de sobrevivência, ou seja, um
meio de viver e envelhecer melhor.
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4. CAUSUÍSTICA E MÉTODO
4.1 CAUSUÍSTICA
Trata-se de um estudo de caráter observacional transversal realizado com um grupo de
idosos de ambos os sexos, no Centro de Convivência de Idosos João Guerreiro.
O projeto de pesquisa passou por aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa Área da
Saúde (CEP-SAUDE) com o CAAE: 79479617.7.0000.8124 da Universidade Federal de
Mato Grosso (UFMT) e atendeu a Resolução 466/2012 – Conselho Nacional de Saúde.
4.2 LOCAL DO ESTUDO
O estudo foi realizado no Centro de Convivência de Idosos João Guerreiro, localizado
no bairro Altos do Coxipó, na cidade de Cuiabá-MT. O CCI João Guerreiro, inaugurado em
2010, atualmente atende cerca de 600 idosos cadastrados, mantendo profissionais de saúde e
assistência social durante todo o dia. O CCI é um local que luta contra a estagnação social da
velhice, um espaço para se viver e envelhecer melhor, sorrir, dançar, movimentar-se e
relacionar-se.
4.3 POPULAÇÃO DO ESTUDO
Foram elegíveis todos os idosos, com idade igual e maior de 60 anos, que participam
das atividades oferecidas pelo Centro de Convivência de Idosos, colaboraram com o estudo
aqueles que aceitarem participar da pesquisa e assinaram o Termo de Consentimento Livre e
Esclarecido (TCLE) em anexo.
4.4 CRITÉRIO DE INCLUSÃO E EXCLUSÃO
Foram incluídos idosos, com idade igual e maior de 60 anos, de ambos os sexos e que
assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) e que apresentam boas
condições para aplicações dos testes para avaliação da funcionalidade.
Não participaram do estudo os idosos portadores de doenças neurológicas ou com
quaisquer patologias que impossibilitaram a realização dos testes.
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4.5 VARIÁVEIS DE INVESTIGAÇÃO
Foram coletadas variáveis antropométricas, e da Mini Avaliação Nutricional
Reduzida.
Foram coletados dados de peso e altura para a classificação do estado nutricional
através do Índice de Massa Corporal – IMC.
Peso – foi aferido o peso atual, obtido através de balança calibrada, onde os indivíduos
se posicionaram em pé, no centro de base da balança, descalços, com roupas leves e sem
nenhum objeto pessoal.
Altura - Foi medida utilizando um antropômetro, os indivíduos foram medidos em pé,
descalços, com os calcanhares juntos e com as costas e os braços estendidos ao lado do corpo.
O IMC foi calculado dividindo o peso atual pela altura ao quadrado, através da
formula: peso/altura² expresso em kg/m². Foram considerados os pontos de corte do IMC
aqueles propostos pelo SISVAN 2004, conforme quadro 1.
Quadro 1. Classificação de Estado Nutricional para idosos conforme Índice de Massa
Corporal (IMC).
IMC (kg/m2) Diagnóstico Nutricional
< 22,0 Baixo peso
>22,0 e < 27,0 Adequado ou Eutrófico
>27,0 Sobrepeso
Fonte: SISVAN (2004).
O IMC é um indicador direto do estado nutricional e a avaliação antropométrica foi
utilizada por ser a medida do tamanho corpóreo, realizada conforme determina a literatura
(CUPPARI, 2005).
Foi aferida também a circunferência da panturrilha (CP, cm) para avaliar a massa
muscular dos idosos. De acordo com a Organização Mundial de Saúde, aquela que fornece a
medida mais sensível da massa muscular nos idosos é a circunferência da panturrilha. Esta
medida indica alterações na massa magra que ocorrem com a idade e com o decréscimo na
atividade física. A medida deverá ser realizada na perna esquerda, com uma fita métrica
inelástica, na sua parte mais protuberante. Deverá ser considerada adequada a circunferência
igual ou superior a 31 cm para homens e para mulheres (NAJAS, YAMATTO, 2014).
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No entanto, alterações relacionadas com a idade como depósito de gordura e perda de
elasticidade da pele, contribuem para erros de mensuração em idosos. Assim não é
recomendado o seu uso rotineiro para diagnóstico de perda de massa magra. Por outro lado,
pode ser adequado para rastreio nutricional, pois é uma avaliação simples, fácil de ser obtida e
não invasiva e barata (LANDI, F. et al. 2017).
Para a triagem nutricional utilizou-se a mini avaliação nutricional versão reduzida
(MAN-SF) (Anexo 1). Os pontos de corte utilizados foram: Idosos que apresentaram escore
entre 12 a 14 pontos foram classificados como estado nutricional normal; entre 8 a 11 pontos
com risco de desnutrição e com escore entre 0 a 7 pontos como desnutrido.
4.6 ANÁLISES ESTATÍSTICAS
Os dados foram analisados, utilizando o software Excel da Microsoft, de forma
descritiva para frequências absolutas (n) e relativa (%) para variáveis qualitativas, cálculos de
medidas de tendência central (média) e de dispersão (desvio padrão) para variáveis
quantitativas, apresentado através de tabelas e gráficos para visualização, análise e
compreensão dos resultados.
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5. RESULTADOS E DISCUSSÃO
Foram avaliados 94 idosos, de ambos os sexos, que frequentam o Centro de
Convivência de Idosos João Guerreiro. Desses idosos avaliados 85% (n= 80) são do sexo
feminino e 15% (n= 14) do sexo masculino, com média de idade de 68 (60-86) anos.
Figura 1 - Distribuição do grupo estudado, por sexo, do Centro de Convivência de
Idosos João Guerreiro, na cidade de Cuiabá, 2018.
Com os resultados encontrados neste estudo, observou-se que grande parte dos idosos
era do sexo feminino, bem como observado por Santos e Sichieri (2005) no qual foi realizada
uma avaliação do estado nutricional em idosos, em que a população feminina era composta
por 88,9%.
Segundo o DATASUS, a expectativa de vida entre as mulheres é maior, portanto, este
fato explica a maior proporção de mulheres idosas em relação aos homens (IBGE, 2010).
Assim, destaca-se, em maior parte no grupo dos idosos, a frequente participação do gênero
feminino. Segundo Trindade (2001) o predomínio do sexo feminino nesses programas pode
ser decorrente da maior preocupação das mesmas em relação à saúde.
A predominância também se da pela persistência da viuvez entre as mulheres da
terceira idade. Já os homens tendem a assumir novos casamentos após a separação ou viuvez
e resistem em encontrar novas atividades após a aposentadoria, como a participação em
atividades culturais, educacionais e lúdicas (SILVA, 2011).
15%
85%
Distribuição do grupo por sexo
Masculino Feminino
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Figura 2 - Média de idade, segundo o sexo dos idosos estudados no Centro de
Convivência de Idosos João Guerreiro, na cidade de Cuiabá, 2018.
Levando em consideração a analise das faixas etárias, entre 60 a 69 anos de idade
ficaram 62% dos idosos, considerados idosos jovens de acordo com Veras (1994) e 38% na
faixa etária de 70 a 86 anos de idade, ficando entre e ultrapassando a expectativa média de
vida do brasileiro que é de 75,8 anos (IBGE, 2017).
A média de idade do sexo masculino foi de 67,56 anos e das mulheres foi de 68,14.
Resultados semelhantes foram encontrados no estudo de Previato (2015), na cidade de Ouro
Preto, Minas Gerais, com idosos participantes do Programa Terceira Idade, onde a idade
média dos idosos foi de 67,91 anos.
Tabela 1 – Média e desvio padrão de variáveis antropométricas segundo o sexo, do
grupo estudado no Centro de Convivência de Idosos João Guerreiro, na cidade de
Cuiabá, 2018.
VARIÁVEL SEXO
Masculino Feminino
Peso (kg) 84,10 ± 15,36 73,26 ± 13,82
Altura (m) 1,70 ± 0,04 1,54 ± 0,06
IMC (peso [kg] / altura [m2])
29,26 ± 5,09 30,94 ± 4,98
Circunferência da Panturrilha (cm) 37,36 ± 2,91 37,41 ± 3,74
67,20
67,40
67,60
67,80
68,00
68,20
Masculino Feminino
67,56
68,14
Média de idade
Masculino Feminino
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Em relação à altura (Tabela 1), observa-se um declínio conforme a idade, que se inicia
por volta dos 40 anos e torna-se mais acentuado com o avançar da idade, dentre as causas
deste declínio estão: achatamento das vértebras, cifose dorsal, escoliose, redução dos discos
intervertebrais, achatamento do arco plantar e/ou arqueamento dos membros inferiores
(SAMPAIO, 2004).
Quanto ao peso, às mulheres tendem ao ganho de peso até os 75 anos e, apenas a partir
desta idade, começam a ter perda ponderal, enquanto que os homens tendem a ganhar peso até
os 65 anos de idade e, a partir daí, passam a perder peso. Algumas das principais causas dessa
perda de peso são: a redução do tecido muscular, redução no peso das vísceras, além da perda
de água corporal (SAMPAIO, 2004).
Neste estudo é possível observar que a média do IMC foi de 29,26 kg/m2 para o sexo
masculino, destes 7,45% (n= 7) dos idosos foram classificados com sobrepeso, 5,32% (n= 5)
como eutróficos e nenhum com baixo peso. Já para o sexo feminino a média do IMC foi de
30,94kg/m2, correspondendo a 68,08% (n= 64) encontra-se com sobrepeso, 18,08% (n= 17)
eutróficas e 1,06% com baixo peso. Valores de referência para IMC de idosos segundo a
classificação do SISVAN (2004), que levam em consideração as modificações corporais que
ocorrem durante o processo do envelhecimento, tanto para os homens quanto para as
mulheres.
De acordo com Silveira; Kac e Barbosa (2009), uma possível explicação para a maior
prevalência de sobrepeso em mulheres se deve ao fato de que elas acumulam mais gordura
visceral quando comparadas aos homens. Todavia, o uso do IMC em idosos apresenta
algumas dificuldades em função de alterações como declínio de estatura, aumento de
adiposidade e redução da massa magra.
Resultados semelhantes foram encontrados no estudo de Marucci e Barbosa (2003),
em estudo realizado no município de São Paulo (Projeto SABE), constataram que 21,7% dos
homens e 40,5% das mulheres apresentavam sobrepeso.
Dados prescritos pela Pesquisa Nacional sobre Saúde e Nutrição, indicou que o perfil
nutricional do idoso tem uma prevalência geral de pré-obesidade, IMC>25 Kg/m² de 30,4%
em homens e 50,2% em mulheres (PONT, 2009).
Observa-se, neste estudo e nos demais citados que há prevalência de idosos com
sobrepeso, sendo um fato preocupante, pois a obesidade é um dos grandes problemas que a
área da saúde enfrenta.
Quanto à identificação da massa muscular uma medida de CP inferior a 31 cm é
considerada, atualmente, um importante indicador clínico de massa muscular e de sarcopenia,
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pois tem elevada sensibilidade e, ela avalia não somente o estado nutricional, mas também o
risco de incapacidade funcional e de quedas (SOUSA et al., 2015).
Na medida da circunferência da panturrilha, as médias foram bem próximas entre
ambos os sexos, no total, estavam adequadas (≥ 31 cm), ou seja, sem perda de massa
muscular. Para o sexo masculino 37,36 ± 2,91 e de 37,41 ± 3,74 para o sexo feminino.
Resultados semelhantes foram encontrados por Machado et al. (2006) onde as médias da
circunferência da panturrilha estavam acima do preconizado, o valor médio encontrado para o
sexo masculino foi de 36,7 cm e para o sexo feminino de 34,8 cm.
Outro estudo envolvendo CP encontrou variáveis semelhantes entre idosos não
institucionalizados, onde o mínimo foi de 31 cm e o máximo de 42,5 cm de CP, e a média
destes valores para ambos os sexos foi de 36,22 ± 3,24 estando dentro do parâmetro adequado
(≥ 31 cm) (TAGLIAPIETRA et. al., 2016).
É importante salientar os resultados encontrados dentre estes estudos, onde os idosos
se encontraram com médias de CP bem próximas e todas acima do adequado, o que pode ter
relação com o perfil dos idosos estudados, uma vez que praticam atividades físicas
desempenhadas no centro de convivência e também relacionadas à sua condição de peso.
Analisando o instrumento da MAN-SF (Tabela 2), apresentam-se os seguintes
resultados de todas as suas variáveis.
A Triagem Nutricional começa com o item A: “Nos últimos três meses houve
diminuição da ingestão alimentar devido à perda de apetite, problemas digestivos ou
dificuldades para mastigar ou deglutir?”. Nesta questão, 82,98% dos idosos relataram não ter
diminuído a ingestão alimentar, para 15,96%, referente a 1 homem e 14 mulheres disseram ter
uma diminuição moderada do consumo de alimentos.
A questão B questiona: “Perda de peso nos últimos meses?”. A maioria dos idosos
(82,98%) relataram que não tiveram perda de peso recente, os que tiveram perda de um a três
quilos corresponderam a 9,57% referente a 3 homens e 6 mulheres. E 5,32% dos idosos não
souberam relatar se houve ou não perda de peso, pois não tem hábito de fazer esta medida há
meses. E os que relataram ter perda superior a três quilos foram 2,13% dos idosos.
A questão C questiona: “Mobilidade?”. Entre os idosos entrevistados, 84,04% não
apresentaram dificuldades na locomoção, dado perfeitamente justificável, considerando que
são idosos que se locomovem de suas casas até o centro de convivência, participam das
atividades, entre outras formas de mobilidade. Em uma das variáveis que foi a 1 desta
questão, na MAN-SF ela está descrita da seguinte maneira: (1= deambula mas não é capaz de
sair de casa), porém para a pesquisa levou-se em consideração: (1= deambula com
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dificuldade), pois a entrevista foi realizada com os idosos que caminham e participam das
atividades do centro de convivência de idosos com frequência, ou seja são capaz de sair de
casa mesmo que tenham alguma dificuldade. Para esta variável descrita 15,96% dos idosos
deambulam com dificuldade, vale ressaltar que apenas nesta questão e nesta variável os
homens apresentaram esta dificuldade em maior proporção em relação às mulheres, foram 14
homens para apenas 1 mulher. Em todas as outras variáveis as mulheres se destacam, estando
acima do número de homens.
Tabela 2 – Triagem nutricional e qualidade de vida dos idosos estudados, segundo o
sexo, no Centro de Convivência de Idosos João Guerreiro, na cidade de Cuiabá, 2018.
VARIÁVEIS SEXO TOTAL
Masculino Feminino n %
A- Nos últimos 3 meses houve diminuição da ingesta alimentar devido à perda de
apetite, problemas digestivos ou dificuldades para mastigar ou deglutir?
0= diminuição severa
1= diminuição moderada
2= sem diminuição
0
1
13
1
14
65
1
15
78
1,06
15,96
82,98
B- Perda de peso nos últimos 3 meses
0= superior a três quilos
1= não sabe
2= entre um e três quilos
3= sem perda
0
1
3
10
2
4
6
68
2
5
9
78
2,13
5,32
9,57
82,98
C- Mobilidade
0= restrito ao leito ou à cadeira de
rodas
1= deambula com dificuldade
2= normal
0
14
0
0
1
79
0
15
79
0
15,96
84,04
D- Passou por algum estresse psicológico ou doença aguda nos últimos 3 meses?
0= sim
2= não
4
10
30
50
34
60
36,17
63,83
E- Problemas neuropsicológicos
0= demência ou depressão grave
1= demência leve
2= sem problemas
0
0
14
1
0
79
1
0
93
1,06
0
98,94
F1- IMC
0= IMC
-
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Questão D: “Passou por algum estresse psicológico ou doença aguda nos últimos três
meses?”. Nesta questão 36,16% dos idosos relataram terem sofrido algum estresse psicológico
ou doença aguda nos últimos três meses, sendo destes 30 mulheres e 4 homens. Para que os
idosos compreendessem a pergunta usou-se de uma linguagem mais simples, como para a
doença aguda questionou-se, se o idoso ficou doente nos últimos três meses, consultou-se
com um médico e/ou tomou alguma medicação diferente, além das rotineiras. E para o
estresse psicológico, perguntou-se se havia ficado muito triste com algum acontecimento, se
teve a perda de algum ente querido ou se foi hospitalizado e/ou “ficou de cama” por algum
motivo. Segundo Chumlea (1999) o problema desta questão é que não existe o padrão tanto
do que é, exatamente, a doença aguda quanto o estresse psicológico.
A questão E investiga: “Problemas neuropsicológicos?”. Para esta questão 98,94%
relataram não ter nenhum problema neuropsicológico, vale ressaltar que a maior porcentagem
encontrada dentre todas as variáveis da tabela 2, está foi a mais relevante quanto a uma
porcentagem positiva para a questão, e apenas 1,06% representado por apenas uma mulher
que relatou ter tido depressão.
A questão F: “Índice de massa corpórea?”. Para esta questão, os autores da MAN-SF
utilizaram como referência o estudo com idosos franceses, utilizando como ponto de corte o
percentil 10 (GUIGOZ; VELLAS; GARRY, 1997). A OPAS (Organização Pan-Americana de
Saúde) classificam os idosos, segundo a MAN-SF, como de baixo peso os que tiverem IMC
inferior a 23 kg/m2.
Os que se apresentavam em risco de desnutrição foram apenas 2,13% dos idosos, que
foram classificados como baixo peso, entre os parâmetros de 21 ≤ IMC < 23 kg/m2, se
encaixaram neste parâmetro duas mulheres.
Já entre os que não possuíam risco de desnutrição pela MAN-SF, 97,87% dos idosos
tinham IMC ≥ 23 kg/m2, sendo estes 78 mulheres e 14 homens. Isto indica que os indivíduos
sem risco de desnutrição, realmente possuem IMC maior, ou seja, mais protetor contra a
desnutrição.
De acordo com a MAN reduzida, um total de 86,2% dos idosos apresentou estado
nutricional normal, sendo 12 do sexo masculino e 69 do feminino. Outros 12 idosos
apresentaram risco de desnutrição, sendo 2 do sexo masculino e 10 do feminino. E 1 idosa
apresenta-se desnutrida.
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Tabela 3 – Distribuição do escore de triagem nutricional da MAN reduzida segundo o
sexo do Centro de Convivência de idosos João Guerreiro, na cidade de Cuiabá, 2018.
ESTADO NUTRICIONAL SEXO TOTAL
n % Masculino Feminino
Normal 12 69 81 86,2
Risco de Desnutrição 2 10 12 12,7
Desnutrido 0 1 01 1,1
TOTAL 14 80 94 100
Quando se analisa a MAN reduzida, observa-se que pela pontuação da triagem, que
termina na questão F, do total de idosos participantes da pesquisa 12,7% (n= 12) tinham risco
de desnutrição, já 86,2% (n= 81) obtiveram maior pontuação (12 pontos ou mais) que os
consideram como normal ou não desnutrido. E apenas 1,1% (n= 1) sendo uma idosa foi
considerada desnutrida segundo escore de triagem da MAN reduzida.
Observou-se que a prevalência de desnutrição é baixa no grupo de idosos que
participam do centro de convivência.
Em um estudo transversal realizado por Morais, Campos e Lessa (2010) para
diagnosticar o estado nutricional de idosos através da associação entre o IMC e a MAN-SF
observou que dos 34% de pacientes considerados em sobrepeso pelo IMC, 6% deles estavam
desnutridos e 15% em risco de desnutrição segundo a MAN-SF. Achados que permitem
reafirmar a não indicação da utilização de um indicador de forma isolada, além de constatar a
sensibilidade da MAN-SF para detecção precoce de risco nutricional e sua não indicação
como marcador de sobrepeso.
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23
6. CONCLUSÃO
Os resultados obtidos neste estudo revelam que a população idosa estudada convive
concomitantemente com a obesidade, a maioria dos idosos investigados apresentaram
sobrepeso quando avaliados pelo IMC e estado nutricional normal quando avaliados pela
MAN reduzida, pois a mesma não tem parâmetros para sobrepeso, prevaleceram então entre o
sexo feminino estes resultados. A MAN foi desenvolvida com a finalidade de mensurar o
risco de desnutrição em idosos, e neste estudo apenas uma idosa apresenta-se desnutrida.
Quanto à identificação da massa muscular através da circunferência da panturrilha, os
idosos se encontraram com médias de CP bem próximas e todas acima do adequado indicando
que os mesmos não têm uma pré-disposição a sarcopenia, pois a CP é um importante
indicador e de elevada sensibilidade para um diagnóstico clínico de perda de massa magra e
de sarcopenia, além de mostrar que participar dos centros de convivência trazem muitos
benefícios a eles por estarem sempre em atividade.
Contudo faz se necessário que as orientações nutricionais na terceira idade sejam
frequentes na vida dessa população, fazendo com que eles optem por uma alimentação
saudável a fim de prevenir ou tratar disfunções já existentes, mostrando a eles a grande
relevância de um acompanhamento especializado na melhora da qualidade de vida.
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28
APÊNDICE
Termo de Consentimento Livre e Esclarecido
Avaliação da Capacidade Funcional de Idosos de um Centro de Convivência de Cuiabá.
Objetivo: O presente estudo tem como objetivo avaliar a capacidade funcional e o estado
nutricional de indivíduos idosos que participam de um centro de convivência de Cuiabá.
Procedimentos: A pesquisa que está sendo realizada com o senhor (a) envolve a resposta de
perguntas simples sobre seu histórico de vida, após essas perguntas o senhor (a) será
convidado a subir em uma balança portátil calibrada, e em seguida sua altura será aferida,
após essa etapa iniciam-se os testes físicos para avaliar sua capacidade funcional. Para avaliar
sua capacidade funcional o senhor (a) irá caminhar com sua velocidade normal de marcha
sobre uma linha branca traçada no chão com o cumprimento de 4,6 m, respeitando seu tempo
necessário para a realização deste. Serão apresentadas ao senhor todas as medidas obtidas, e
as pesquisadoras estarão sempre dispostas para esclarecer qualquer dúvida. Os riscos que o
senhor (a) corre de participar dessa pesquisa são pequenos mais existem como, ficar cansado
(a) e indisposto (a) de realizar os testes ou de responder perguntas relacionadas ao seu
histórico de vida. No final do estudo o senhor (a) será informado sobre os resultados e
também orientado sobre seu estado nutricional e sua capacidade funcional, além de colaborar
com a área científica, que a cada dia mais necessita de estudos que envolvem a população
idosa e finalmente poder atingir os órgãos públicos, os quais são responsáveis em elaborar
estratégias e leis que possam contribuir para melhorar a sua qualidade de vida e futuramente
dos seus descendentes.
Todas essas medidas serão realizadas tomando-se o máximo cuidado de não constranger o
senhor (a), e este terá a liberdade de responder ou não às perguntas.
Os dados obtidos nas entrevistas são de responsabilidade dos pesquisadores envolvidos na
pesquisa.
Fui igualmente informada/o:
Da garantia de receber resposta a qualquer esclarecimento acerca dos procedimentos e
outros assuntos relacionados à pesquisa;
Da liberdade de retirar o meu consentimento a qualquer momento e deixar de
participar do estudo;
Da segurança que não serei identificado (a) e o caráter confidencial das informações
relacionadas à minha privacidade;
Eu,___________________________________fui informada (o), de maneira clara, dos
objetivos da pesquisa acima. Esclareci minhas dúvidas. Sei que em qualquer momento
poderei solicitar novas informações.Para qualquer pergunta sobre os meus direitos como
participante deste estudo ou se penso que fui prejudicado pela minha participação ou ainda, se
quiser fazer novas perguntas sobre este estudo, posso chamar Iara dos Anjos Vaez no telefone
(65) 8128-4099.
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29
ANEXO