Estado da arte em Codificação Criativa
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Estado da arte em \*Codificação Criativa*\
Frederick van Amstel @usabilidoidoEscola de Arquitetura e Design - PUCPR
www.usabilidoido.com.br
O que é codificação criativa?
• Utilização de linguagens de programação existentes para fins expressivos ao invés de funcionais
• Novas linguagens de programação para arte e design
• Ambiente de programação para iniciantes
• Hardware para instalações artísticas
História
Arabescos, 800 d.C.
Tapetes persas (1500)
Arte generativa, Musikalisches Würfelspiel, 1757
Caleidoscópio (1816), Sir David Brewster
Pontilismo (1890), Georges Seurat
Automatismo surrealista (1920), André Breton, André Masson
Movimento De Stijl (1920), Van Doesburg, Mondrian, Rietveld
Escola Bauhaus (1920-1933)
Expressionismo abstrato (1940), Jackson Pollock
M.C. Escher (1956)
Arte cinética (1960)
Improvisão no Jazz (1960)
Computação gráfica (1962), Ivan Sutherland
Domo geodésico (1967), Buckminster Fuller
Sintetizadores musicais (1970), Rick Wakeman
Discreet music (1975), Brian Eno
Vídeo arte (1980) Nam June Paik
Live coding (1985), TOPLAP001
Net.Art (1995)
Software art, Auto-illustrator (2001), Adrian Ward
Ferramentas para codificação criativa
Hypercard (1987), Bill Atkinson
MAX/MSP/Jitter (1988), Cycling '74
Processing (2001), Casey Reas e Benjamin Fry
Wiring (2003), Hernando Barragán, Instituto Ivrea
Arduino (2005), Instituto Ivrea
OpenFrameworks (2005), Zachary Lieberman
Quartz composer (2005), Apple
Scratch (2007) MIT Media Lab
Grashopper 3D for Rhino (2007), David Rutten
Swift Playgrounds (2016)
Características comuns
• Compilação rápida ou em tempo real
• Sintaxe simplificada
• Tolerância a erros
• Facilidade de compartilhamento de códigos
• Comunidade de criadores
O que dá pra fazer com estas ferramentas?
• Jogos procedurais
• Brinquedos interativos
• Narrativas interativas
• Visualização de dados
• Animação procedural
• Simulador
• Quebra cabeça
• Objeto de aprendizagem
• Arte cinética
• Ilusão de ótica
• Instrumentos musicais
Conceitos discutidos
O material digital
• Artistas tradicionalmente exploram o máximo que é possível fazer com o material de suas obras
• Será que o digital, apesar de imaterial, poderia ser considerado um material artístico?
• Características: plasticidade, efemeridade, interatividade, fragilidade
Níveis de abstração
• Níveis elevados de abstração dão maior liberdade à criação, porém, prendem o artista dentro das regras da abstração
• Linguagens de alto nível oferecem menos controle sobre a criação
Filosofia da caixa preta
• O fotógrafo amador não sabe como a câmera funciona nem as Leis da Ótica que ela se aproveita
• A caixa preta esconde o conhecimento para dar acesso à sua funcionalidade
• O fotógrafo artista é aquele que abre a caixa preta e subverte as funcionalidades
Emergência
• Entidades simples associadas por regras simples formam entidades coletivas extremamentes complexas
• A organização emergente é horizontal, dinâmica e imprevisível
Autoria difusa
• Quem é o autor de uma obra generativa? O programador, o interator ou não existe autor?
• O conceito de autor tem sido fundamental para a arte desde a Renascença
• Pode um computador fazer arte por conta própria?
Projeto de exemplo
Capa do livro Coralizando (2015)
• Guia criado pela comunidade da Plataforma Corais.org para explicar o modo de trabalho colaborativo
• 16 pessoas em diferentes lugares do Brasil (e eu na Holanda)
• Processo extensamente documentado
Propostas iniciais para a capa de diversos colaboradores
Coral Reef, Jackie London, OpenProcessing.org
Primeira modificação: desenhar redes entre os pontos geradores
Primeiro esboço no Inkscape
Segunda modificação: criar uma rede entre as letras do logotipo
Juntando as duas modificações
Inserindo os colaboradores do livro na composição
Criando um efeito de turbilhão para integrar a composição
Resultado final
Conclusões
• Na Codificação Criativa, o computador é parceiro e não inimigo
• O conceito da criação não deve permanecer fixo na mente durante o processo, do contrário, a frustração de não conseguir se expressar pode emperrar o processo
• Mais interessante é ver o conceito emergir através de vários experimentos curiosos para “ver o que acontece”
Obrigado!
Frederick van Amstel @usabilidoidoEscola de Arquitetura e Design - PUCPR
www.usabilidoido.com.br